022 Prpgi Reit PDF
022 Prpgi Reit PDF
022 Prpgi Reit PDF
03 a 06 de novembro de 2014
Anais
9a Edio, Srie 2
So Lus - Maranho
2014
Reitor:
Apoio Tcnico:
Comunicao e Cultura:
Infraestrutura e Finanas:
Tecnologia da Informao:
Realizao:
Patrocnio:
Apoio:
Cincias da Sade
Educao Fsica
Apresentao
Esta publicao compreende os Anais do IX CONNEPI - Congresso
Norte Nordeste de Pesquisa e Inovao. O material aqui reunido
composto por resumos expandidos de trabalhos apresentados por
pesquisadores de todo o Brasil no evento realizado em So Lus-MA,
entre os dias 3 e 6 de novembro de 2014, sob organizao do Instituto
Federal do Maranho.
Os resumos expandidos desta edio do CONNEPI so produes
cientficas de alta qualidade e apresentam as pesquisas em quaisquer
das fases em desenvolvimento. Os trabalhos publicados nestes Anais
so disponibilizados a fim de promover a circulao da informao
e constituir um objeto de consulta para nortear o desenvolvimento
futuro de novas produes.
com este propsito que trazemos ao pblico uma publicao cientfica
e pluralista que, seguramente, contribuir para que os cientistas de
todo o Brasil reflitam e aprimorem suas prticas de pesquisa.
Educao Fsica no Ensino Mdio Tcnico Integrado: a pesquisa como estratgia de ensino
F. L. S. Nunes (PQ)
Instituto Federal da Bahia (IFBA) - Cmpus Paulo Afonso e-mail: [email protected]
(PQ) Pesquisador
RESUMO
Entendendo que h diferentes possibilidades de
conhecimentos a serem trabalhados pela Educao
Fsica e que o trato com seus contedos no deve se
restringir apenas aos aspectos de ordem tcnica que se
vincula ao saber fazer, mas promover nos alunos uma
compreenso crtica desses conhecimentos, procuramos
desenvolver uma experincia pedaggica com alunos do
Ensino Mdio Tcnico Integrado em informtica do
Instituto Federal de Educao da Bahia, Cmpus Seabra,
que problematizasse elementos que envolvem a relao
atividade fsica/exerccio fsico e sade. Para tanto,
fomentamos os estudantes a pesquisarem os seguintes
temas: (a) quais os lugares pblicos que so utilizados
em Seabra-Ba para a prtica de exerccios fsicos?; (b)
Educao Fsica no Ensino Mdio Tcnico Integrado: a pesquisa como estratgia de ensino
Introduo
Os Parmetros Curriculares Nacionais - PCNs - (1999) destacam que no Ensino Mdio (EM)
a formao do aluno deve ter como foco principal a aquisio de conhecimentos bsicos, o
preparo cientfico e a capacidade de utilizar as diferentes tecnologias relativas s reas de
atuao em sua formao. Tal premissa tambm se liga ao indicado como possibilidades dos
Institutos Federais de Educao, ou seja, procurar vencer os obstculos entre o ensino tcnico e o
cientfico, de forma a colocar em articulao trabalho, cincia e cultura na direo da
emancipao humana. Notadamente em relao Educao Fsica (EF) os PCNs (1999) explicitam
que seu objetivo aproximar o aluno da escola mdia novamente daquele componente,
indicando inclusive que os temas relacionados atividade fsica/exerccio fsico e sade so uma
boa alternativa.
Tendo isso em vista, entendemos que h diferentes possibilidades de conhecimentos a
serem trabalhados pela EF e que o trato com seus contedos no deve se restringir, tal como
afirmado por Melo (2006), apenas aos aspectos de ordem tcnica que se vincula ao saber fazer,
mas promover nos alunos uma compreenso crtica desses conhecimentos. Tambm
concordamos com a atualidade do pressuposto de que existem relaes de interdependncia
entre os temas que compem um programa de EF com os grandes problemas scio-polticos do
tempo presente, tais como: papeis sexuais, sade pblica, distribuio do solo urbano, entre
outros (SOARES et al.,1992). Por fim, entendemos que uma possibilidade formativa interessante
para os discentes do EM iniciar o contato com o trabalho de pesquisa que, como afirma Godoy
(2011, p.40), uma ferramenta eficaz que permite ao educando, auxiliado pelo educador, ter
condies de refletir, construir conhecimento em prol de transformao da sociedade, alm de
ter contato com a vida acadmica.
Assim, levando em considerao os pressupostos citados no pargrafo precedente e
procurando contribuir para a ampliao do conhecimento dos alunos do EM Tcnico Integrado
em informtica do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia da Bahia (IFBA), Cmpus
Seabra, sobre os temas da EF, desenvolvemos uma experincia pedaggica que problematizasse
aspectos que envolvem a relao atividade fsica/exerccio fsico e sade levando em
considerao alguns aspectos socioambientais, tais como: lugares pblicos que so utilizados
para a prtica de exerccios fsicos; perfil dos praticantes de exerccios fsicos em locais pblicos
da cidade de Seabra-Ba; e motivaes e limitaes que os moradores do municpio explicitam
possuir para praticar exerccios fsicos. Tambm foi inteno fomentar nos discentes o
entendimento de que pesquisar contribui para conhecer os variados aspectos de sua realidade.
Materiais e Mtodos
Resultados e Discusso
30
20
8
10
0
1
Local adequado
local inadequado
local inadequado
Local adequado
2
Figura 2 Opinio sobre os locais pblicos de Seabra-Ba para a prtica de exerccios fsicos
Quando questionados sobre o que achavam dos locais em que realizavam exerccios fsicos,
destacam-se algumas respostas dos moradores investigados no municpio, no momento em que
faziam seu exerccio, sendo elas:
Sujeito 01
As condies no esto apropriadas, eu preferia que eles fizessem um lugar para se fazer
exerccios, lugar protegido do sol, plano, sem poeira"
Sujeito 12
"No acho apropriado, apesar de serem ruas deveriam sofrer algumas alteraes"
Sujeito 23
Fao por falta de opo, porque um ambiente que no tem estrutura para isso, por ter
muito movimento, falta de iluminao, lixos nas encostas(...)
Observa-se, desse modo, que a maioria da populao entrevistada tem a percepo de que
grande parte dos locais pblicos oferecidos pelo municpio para a prtica de exerccios fsicos so
inadequados, indicando inclusive os motivos de tal inadequao, tais como: poeira, falta de
iluminao, lixo entre outros.
J o grupo que ficou encarregado por pesquisar sobre o perfil dos praticantes de exerccios
fsicos em locais pblicos da cidade de Seabra-Ba, conseguiu entrevistar em tais locais 21
pessoas, sendo 15 do sexo feminino (mdia de idade de 29,14 anos) e 6 do sexo masculino
(mdia de idade 32,83 anos). Em relao ao nvel de escolaridade os estudantes verificaram que
a populao investigada apresentava o seguinte perfil:
8
6
4
2
0
3
2
Masculino
Ensino
Mdio
Incompleto
Ensino
Mdio
completo
Feminino
Superior
Incompleto
Feminino
Masculino
Superior
Completo
Assim, possvel notar que, a maioria das mulheres entrevistadas que praticam exerccios
fsicos em vias pblicas em Seabra-Ba possuem nvel superior de escolaridade, o que corresponde
aos dados apresentados por Nahas (2006) ao se referir ao perfil das mulheres brasileiras que so
mais fisicamente ativas. Quando os alunos do IFBA verificaram as ocupaes profissionais de seus
entrevistados encontraram os seguintes dados:
Feminino
Masculino
Quanto ao grupo que ficou incumbido por investigar a respeito das motivaes e limitaes
que os muncipes de Seabra-Ba explicitam ter para praticar exerccios fsicos os alunos do IFBA
entrevistaram 31 pessoas (16 mulheres e 15 homens), com idade entre 15 e 37 anos, que
realizavam caminhada e corrida em vias pblicas. Nessa investigao, inicialmente, foi
perguntado pelos estudantes do Instituto ao grupo de pessoas investigadas sobre as motivaes
que as levaram a praticar exerccios fsicos. O grfico a seguir apresenta os dados obtidos:
6
4
Feminino
4
Masculino
2
0
Masculino
Feminino
problemas
de sade
por gosto
perder peso
8
6
4
5
4
2
0
Masculino
Feminino
Feminino
Masculino
Assim, conforme as respostas obtidas, o fator falta de tempo foi apontado pelas mulheres
como o motivo que mais atrapalha na prtica de exerccios fsicos, o que possibilita inferir que
isso se deve a dupla jornada de trabalho a que esto submetidas, alm do fato de que mesmo
nos municpios do interior do Brasil, h o peso da rotina de obrigaes cada vez mais crescentes a
que as populaes esto submetidas. J em relao ao aspecto pavimentao inadequada e falta
de espao adequado, quando somadas as opinies de mulheres e homens, evidencia-se que
representam mais da metade dos fatores que atrapalham na prtica de exerccios fsicos dos
entrevistados, o que possui estreita relao com a opinio dos praticantes de exerccios fsicos do
municpio baiano em relao inadequao dos locais pblicos utilizados para realizarem seus
exerccios, principalmente a caminhada e a corrida.
Por fim, foi elaborado um questionrio para verificar se os alunos do IFBA, campus Seabra,
atriburam significados positivos ao trabalho de pesquisa que empreenderam com os moradores
do municpio. Assim, todos os estudantes da turma responderam que foi interessante trabalhar
dessa maneira nas aulas. Ao explicarem porque, destacam-se algumas respostas:
Sujeito 01
Possibilitou conhecer nossa cidade e quais condies oferece para os moradores fazerem
exerccios.
Sujeito 15
Fez eu ter contato com as pessoas mais velhas que fazem exerccios e entender que eles
fazem para se sentirem bem
Sujeito 21
No ficamos s fazendo aula prtica sem entender por que. Entendemos por que
importante fazer exerccios e como o municpio no tem locais adequados.
Todos os alunos tambm demonstraram que compreenderam os temas trabalhados
durante as aulas no decorrer da unidade, e ao serem indagados se gostariam de realizar outras
pesquisas que se aliassem aos assuntos estudados na EF os estudantes responderam que sim,
alguns inclusive escreveram:
Sujeito 01
Sim bem mais interessante.
Sujeito 03
Com certeza. Porque foram aulas que estimularam a nossa vontade de aprender sobre o
exerccio fsico, a realidade da cidade, ideia legal, bem interessante.
Com isso fica evidente que os alunos aprovaram utilizar a pesquisa para conhecer sua
realidade aliados aos temas da EF, o que certamente contribuiu, como afirma Godoy (2011), para
ampliar suas possibilidades de reflexo, construo do conhecimento e o contato inicial com a
vida acadmica.
Concluso
Diante das indicaes para um EM que contribua para a formao de um sujeito com
slidos conhecimentos bsicos e preparo cientfico; e da compreenso de que o componente EF
no deve apenas se vincular ao saber fazer, mas promover nos alunos uma compreenso crtica
REFERNCIAS
W.S. Morais (IC);E. L. Melo (PQ) ; E. A. Carneiro (PQ) ; J.P.S. Clementino (PQ)
2
Instituto Federal do Cear (IFCE) - Campus Fortaleza -, Instituto Federal do Cear (IFCE) -Campus Fortaleza;
3
4
Instituto Federal do Cear (IFCE) Campus Fortaleza Instituto Federal do Cear (IFCE) Campus Fortaleza
E-mail: [email protected]
RESUMO
Com a globalizao e a velocidade das informaes, os
jovens passam a modificarem seus comportamentos e a
igreja passa a se utilizar do lazer para atrair um publico
para seus padres, sem ferir seus princpios, sendo que
ante o lazer sendo praticado pelos fieis era tido como
escndalo para a doutrina pregada. Esta pesquisa tem
como objetivo identificar a contribuio das atividades
de lazer no incentivo participao das pessoas no
retiro espiritual. Este trabalho tem como base uma
pesquisa de campo de modo exploratrio com a
abordagem quanti-qualitativa. A pesquisa foi realizada
no perodo de 17 de maio at 20 de maio no retiro
espiritual da igreja batista El Betel de Fortaleza (templo
Sede) onde foram entrevistados os participantes do
INTRODUO
A igreja em sua inicial construo tinha seus fieis como bem precioso e os maiores
geradores de renda. Em seu padro, a religio pregava que toda e qualquer atividade que no
fosse relacionada a adorao a uma Divindade seria um escndalo a doutrina, e quem praticasse
essas atividades estaria transgredindo um principio moral da igreja, sendo tachado de rebelde e
indigno de estar envolvido no meio religioso.
Logo em seguida, surgiram pensadores que analisaram a religio em si, e mostraram para
os fieis que aquilo que estava sendo pregado, na verdade estava indo contra ao que realmente
estava escrito no bblia. As pessoas passaram a viver o livre rbitro, e comearam a ter uma viso
critica sobre o que realmente era a finalidade da igreja, na verdade, em meio a tantas leis , o que
havia mesmo era utilizao de uma Divindade para interesses pessoais. O lazer, o cio, e o tempo
livre eram os escandalizadores da religio.
Esta pesquisa tem como objetivo identificar a contribuio das atividades de lazer no
incentivo participao das pessoas no retiro espiritual. Este trabalho tem como base uma
pesquisa de campo de modo exploratrio com a abordagem quanti-qualitativa. A pesquisa teve
como populao todos os jovens participantes do retiro espiritual da igreja batista El Betel e teve
como amostra 40 questionrios que corresponde cerca de 12 %.
Em umas de suas citaes, CAILLOIS (1967) se posiciona em relao ao jogo como uma
das molas principais do desenvolvimento das mais altas manifestaes culturais e em cada
sociedade, da educao moral e do progresso intelectual dos indivduos. Concordantemente, a
igreja vendo que o lazer poderia sim agregar valores com atividades de lazer como forma de
aprendizagem e inteligncia dos indivduos, passou a se utilizar das atividades de lazer sem
deixar seus princpios de lado. A exemplo disso , uma simples atividade de correr sem soltar as
mos , j deixa a atividade ldica , sabendo que de mo dadas, o grupo pode remeter a varias
coisas de seus princpios,(unio, trabalho em equipe, concordar em decises, liderana).
Em todo atividade de lazer, pode existir um forte contedo de sociabilidade, expresso no
contato com amigos, parentes, colegas. Fala-se, contudo, em atividades associativas de lazer,
para exprimir o interesse cultural centrado no contato com as pessoas. (Camargo, 1992)
O lazer hoje abordado nos retiros espirituais, acampamentos, confraternizaes,
congressos e encontros religiosos , tem como finalidade a socializao entre os membros, que
ficam mais ntimos na execuo das tarefas recreativas programadas para o evento. Em uma
gincana noturna em que uma equipe tem que fazer uma trilha ou um circuito, tem que haver
comunicao, dinamismo, e organizao, justamente com intuito de explorar essas competncias
de seus participantes para a aplicao no dia-a-dia.
Dentro do ponto de vista dos autores citados, pode-se afirmar que o lazer tem papel
fundamental na formao do carter de uma pessoa, e que at mesmo os padres religiosos
aderiram as atividades de lazer , sem o ferimento de seus princpios, e sem restringir seus fieis
apenas ao trabalho e aos dogmas.
A igreja assim como o lazer, teve uma modernizao no em seus princpios, mas na
forma de ver as coisas que esto ao seu redor como fatores que podem sim agregar valores e
atrair os fieis para a religio. Antes havia uma padronizao em termos de vestimentas, ate
mesmo no carter, cada individuo vivia com um s propsito, servir a religio, sem se
contaminar com as coisas que lhe cerca.
Em toda a histria da igreja no se ver tantas novidades como nos dias de hoje. As
entidades religiosas promovem eventos em que visam determinado publico, com intuito de
atravs de determinada atividade, mostras que uma pessoa pode sim ter um carter exclusivo e
ainda sim, ser membro da doutrina, respeitando o livre rbitro que a religio prega. At
mesmo em termos de estrutura as igrejas evoluram com tecnologias para o melhor desempenho
do culto a Divindade.
Os eventos religiosos hoje seriam escndalos se ocorressem a algumas poucas dcadas
atrs, sendo que na verdade o intuito de seus eventos , seja shows, acampamentos, congressos,
passeatas e etc. no de afastar membros e fazer acepo de pessoas , mais sim de fazer
pessoas no praticantes da religio venham a conhecer permanecer na doutrina , no pelo
atrativo do lazer, mais pela moral ldica com que passada atravs das atividades dos eventos.
O lazer hoje, diferente de antes que tinha aspectos menos favorveis pelo fator histrico,
evoluiu com a modernizao. O que era antes um simples jogo entre amigos, se tornou agora
esporte de competio, contando com vrios recursos tecnolgicos para a sua execuo, e conta
tambm com um conjunto de regras de alcance universal.
O lazer passou a ser comercializado, e praticamente todas as suas reas servem para o
fortalecimento do capitalismo. As atividades comercializadas perderam um pouco de seus
princpios, mas foram renovadas, evoludas ao longo do tempo, e em algumas ocasies, foram
adaptadas em termos de regras e membros participantes.
Marcelino (1996) afirma que o a palavra lazer vem aparecendo com uma frequncia
maior, o que no acontecia a poucos anos atrs, fortalecendo assim a ideia de que as atividades
que eram denominadas de tempo cio e tempo livre, tambm evoluram e ganharam esse nome
que abrange um todo: Lazer.
As praticas de lazer costumam tomar o tempo de um individuo, sendo que ele tem que
abrir mo de suas obrigaes sociais para pratic-las. O lazer teve seu desenvolvimento ao longo
das ultimas dcadas, e sempre com uma inquietao dos padres religiosos. Gomes (2010)
observou um comportamento da igreja em relao ao lazer. Em sua observao, trabalho
corporal, festas, jogos, espetculos, danas e etc, representavam um perigo a purificao da alma
e desviaria os fiis do caminho de Deus.
A igreja tinha essa viso fechada, no s pelos padres, mais tambm pelo fato do lazer
despertar o senso critico dos indivduos, que poderiam se rebelar a Religio. A principio, os
padres religiosos eram de cunho rgido (hoje ainda sim, mais com um pensamento mais aberto),
onde o individuo tinha que se doar a religio de corpo e alma, sempre a servio da igreja.
DELINEAMENTO DA PESQUISA
A pesquisa em questes tem como finalidade esclarecer o paradigma que vem sendo
quebrado entre Religio e lazer, mostrando que os dois termos no se convergem, eles se
completam, e um se adapta ao outro sem ferir seus princpios, deixando claro que essa
divergncia entre ambos era apenas uma concluso precipitada da religio contra as praticas de
lazer .
TIPO DA PESQUISA
Este trabalho tem como base uma pesquisa de campo de modo exploratrio com a abordagem
quanti-qualitativa, de modo exploratria, onde atravs das respostas dos entrevistados , buscouse responder a essa quebra de paradigmas pertinentes ao assunto em questo.
LOCAL DA PESQUISA
A pesquisa foi realizada no perodo de 17 de maio at 20 de maio no retiro espiritual da igreja
batista El Betel onde foram entrevistados os participantes do retiro.
POPULAO E AMOSTRA
A pesquisa teve como populao todos os jovens participantes do retiro espiritual da igreja
batista El Betel e teve como amostra 40 questionrios que corresponde cerca de 12 %.
COLETA DE DADOS
Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionrio contendo 4 perguntas
abertas e fechadas. O questionrio tinha como objetivo identificar a contribuio das atividades
de lazer no incentivo participao das pessoas no retiro espiritual, e saber se o lazer tinha
influencia na permanncia na doutrina.
PROCEDIMENTOS TICOS
O estudo atendeu s diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa com seres humanos do
Conselho Nacional da Sade do Ministrio da Sade do Brasil resoluo 196/96, que atende ao
sigilo e anonimato, benefcios e propriedade intelectual dos participantes. Os locais investigados
assinaram o termo de anuncia e estavam completamente cientes das observaes realizadas e
os gestores assinaram um termo de consentimento autorizando a divulgao das informaes
dadas durante a entrevista
RESULTADOS E DISCUSSO
QUESTO 1 TEMPO DE FREQUENCIA
O numero de pessoas que compareceram ao retiro pela primeira vez maior do que o
numero de veteranos, isso por que, os iniciantes nas atividades dos retiros vieram a convite dos
prprios veteranos, e um ciclo que no termina os que j frequentam sempre convidando
outros para participar mostrando as atividades de lazer que so as responsveis pelos
comparecimentos dos jovens primeira vez.
O convite para os eventos partem principalmente dos amigos que j frequentam a mais
tempo os ambientes de lazer da igreja, vale salientar que no primeiro grfico , uma determinada
parte j frequenta a 4 ou mais anos os retiros , os mesmos esto representados nesse grfico
como frequentadores espontneos, ou seja , j passaram da fase de serem convidados.
Atravs dos resultados obtidos neste grfico, podemos reforar a ideia de que o lazer no
interfere na devoo do individuo com a religio, 85% disseram que o interesse principal no
retiro a palavra, mesmo sabendo que seriam desenvolvidas as atividades de lazer no ambiente
(e que eles iriam participar delas ) foram categricos em suas respostas a respeito da palavra
pregada , e se posicionaram em favor da religio, mesmo com o lazer envolvido.
QUESTO 4
COMPARECERIA?
MESMO
SEM
AS
BRINCADEIRAS
GINCANAS
VOC
Est claro que o lazer no interfere e nem afasta os fieis, pois 57% dos participantes
disseram que viriam mesmo sem lazer, , mas o mesmo lazer que no interfere na desistncia,
incentiva os mesmos a participarem das atividades religiosas, pois 40% disseram que sem o lazer
ao retiro no teria a mesma animao , portanto o lazer s tem a agregar dentro dos ambientes
religiosos, sem interferir nos seus princpios doutrinrios.
CONSIDERAES FINAIS
Hoje o lazer entrou na religio para no sair mais,assim como Marcelino ,vrios Autores do lazer,
deixarem bem claro que as praticas de lazer s vem a agregar valores para o individuo, a igreja se
modernizou e vem aderindo o lazer como atrativo a religio , e nos dias atuais , essa vem sendo
uma parceria bem produtiva tanto para a religio , como para o lazer que era o maior inimigo da
religio.
AGRADECIMENTOS
Quero aqui deixar os meus agradecimentos aos meus pais, Wellington e Edneuda, meus familiares e
a minha amiga Natalia Bezerra que sempre me apoiaram e me incentivaram nos meu estudos. Grato a
minha Amiga de trabalho Esmeralda Pires que sempre me deu conselhos sbios para a minha caminhada
nos estudos, no trabalho e na vida. No poderia deixar de agradecer a minha amiga me Hamanda freires,
que sempre me apoiou e ajudou quando precisei, sempre me incentivou a batalhar pelos meus objetivos
e me ensinou a nunca desistir deles. meus sentimentos de gratido tambm para a Famlia El-Betel em
que tenho orgulho de fazer parte, em especial, a minha grande amiga, conselheira e irm em Cristo
Adanilly Ranielly, amiga essa que tenho grande admirao , respeito, carinho e juntos nutrimos laos de
amizade para a vida toda. e ao meu orientador Eduardo Melo que se disps a est me norteando nesse
artigo. A todos o meu sentimento de gratido.
REFERNCIAS
CAILLOIS, R, 1967, Os jogos e os homens: a mascara e a vertigem, traduo: Jos Garcez Palha,
Lisboa: Cotovia, 1990 , P.10
CAMARGO, Luiz O. O que lazer. 3 edio, So Paulo; Brasiliense, 1992 P. 25
GOMES, Christianne L. Verbete. Teorias do lazer, Maring, Eduem, 2010, P. 21
1,2,3,4
RESUMO
Esse estudo diagnosticou problemas fsicos acometidos
pela rotina de trabalho de tcnicos de Eletrotcnica,
atravs da aplicao de questionrios e visitas in locu,
evidenciando as posturas de trabalho dos mesmos. A
pesquisa quanti-qualitativa, exploratrio-descritiva e
um estudo de caso, alm de precisar da pesquisa
bibliogrfica para teorizar o estudo e do estudo
transversal para fazer um marco no tempo. O grupo de
estudos foi formado por vinte e um tcnicos em
Eletrotcnica de seis empresas diferentes das cidades de
Palmeira dos ndios, Igaci, Estrela de Alagoas e Bom
Conselho-PE. Foi identificado que noventa por cento dos
trabalhadores sentem dores, principalmente nas costas,
e regies das pernas e pescoo, que so ocasionadas
principalmente pela posio de trabalho, por esforos
repetitivos e pelos tipos de movimentos necessrios
CONTEXTUALIZANDO O ESTUDO
O tcnico em eletrotcnica desempenha inmeras funes inerentes formao
adquirida. Segundo o Plano de Curso Tcnico em Eletrotcnica do IFAL (2009, p. 8), objetivo
geral do curso:
formar profissionais-cidados capazes de uma atuao profissional, em condies de
compreender as relaes com o mundo de trabalho e com os saberes produzidos nas
prticas profissionais, decorrentes da manuteno, instalao e projetos eltricos de
baixa, mdia e alta tenso, integrando-os ao desenvolvimento sustentvel da regio.
Dessa forma, fica evidenciado que o profissional dessa necessita de um grande esforo
fsico, que envolve fora, equilbrio, coordenao motora, dentre outras variantes para conseguir
desenvolver as atividades especificadas na sua rea de atuao. O mesmo documento apresenta,
dentro dos seus objetivos especficos, a seguinte afirmao sobre a atuao do profissional:
planejar e executar a instalao especificando materiais, acessrios, dispositivos, instrumentos,
equipamentos e mquinas, que tambm ratificada pelo Manual de Fiscalizao da Cmara
Especializada de Engenharia Eltrica n 002.
Carvalho (2003) explica que os problemas vividos por trabalhadores braais podem estar
relacionados diretamente com a fora que exercem, ou ainda, com a posio que so obrigados a
trabalhar. Complementa sua ideia, falando da necessidade de fortalecimento muscular atravs
de atividades prescritas por um profissional de Educao Fsica. Exemplifica sua afirmao
dizendo que trabalhadores que so obrigados a suportar o peso de uma pea com um brao
enquanto apertam um parafuso com a outra mo devem executar atividades que aliviem
periodicamente as tenses envolvidas sob o risco de aparecerem leses musculares ou posturais.
PROCEDIMENTOS METODOLGICOS
Este estudo ter cunho qualitativo e trabalhar com a pesquisa exploratrio-descritiva,
j que se aprofundar no mundo dos significados das aes e relaes humanas, estudando os
mais variados aspectos (ALSSIO; SANTOS, 2005), atendo-se a percentuais quando for pertinente.
um estudo transversal, j que faz um recorte em determinado perodo de tempo para analisar
uma situao.
O grupo de estudo foi formado por 21 (vinte e um) tcnicos em Eletrotcnica,
trabalhadores de 6 (seis) empresas localizadas nos municpios de Palmeira dos ndios, Igaci,
Estrela de Alagoas e Bom Conselho, que atuam efetivamente como tcnico em eletrotcnica.
Os participantes foram informados que so voluntrios de um estudo e que podem
desistir a qualquer momento. Tambm foi avisado que existir confidencialidade e que, em
hiptese alguma o mesmo ser identificado no estudo. Foi solicitada ainda, a assinatura do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
O instrumento de coleta de dados foi um questionrio com nove questes objetivas e
subjetivas, alm de um esquema corporal para que fossem indicadas as regies do corpo que
sentem dores. Para identificao das posies de trabalho, foram feitas fotografias in locu, em
uma das empresas, com autorizao dos entrevistados.
Figura 2 Em p
Figura 3 - Semissentado
Figura 5 Em altura
Figura 6 - Deitado
Quando questionados sobre o motivo das dores, as opinies convergem para alguns
problemas: falta de exerccio fsico, tipo de movimento realizado nas funes laborais ou mesmo
a repetio de alguns desses movimentos, postura de trabalho inadequada, esforo fsico, muito
tempo em p ou muito tempo em altura, alm de subir e descer escadas.
CONSIDERAES FINAIS
A anlise das imagens evidencia todas as informaes contidas nos grficos sobre os
locais acometidos pelas dores e os motivos que as causam. A postura de trabalho, bem como a
repetio de movimentos ou de posies laborais causam desconfortos musculares, que evoluem
para dores e, se no cuidadas podem chegar a doenas relacionadas ao trabalho.
Apesar de tantas dores incomodando o trabalho dos profissionais, o nmero de
afastamento ocasionado por elas ainda muito baixo: apenas 9% dos trabalhadores j
precisaram de licena mdica ocasionada por problemas que comearam com simples dores. O
nmero justificado, tendo em vista a baixa faixa-etria do grupo de trabalho,
consequentemente atestando os poucos anos de trabalho em posies desconfortveis.
O alto nmero de trabalhadores com dores em diversas partes do corpo deixam um
alerta para a preveno que deve ser feita para garantir a longevidade laboral desses
funcionrios. Ao serem perguntados sobre a prtica de atividades fsicas, os nmeros so
alarmantes: 66% dos entrevistados no praticam nenhuma atividade fsica, enquanto que 34%
praticam. Detalhando-se essa prtica, apenas 14% podem ser considerados praticantes, pois faz
atividades no mnimo trs vezes por semana. Os outros 20% que admitiram praticar atividade
fsica, fazem de forma espordica, no servindo para a preveno das dores ocasionadas pelo
trabalho.
Martins (1972, 35) afirma que a promoo da atividade fsica contribui para a melhoria
da vida do indivduo dentro e fora do trabalho, estreitando a relao da qualidade de vida e da
qualidade de vida no trabalho. Nesse nterim, surge a Ginstica Laboral como fonte para a
soluo dos problemas de empresas e trabalhadores. Aquela investe na promoo da sade do
trabalhador atravs de prticas fsicas alternativas, enquanto que estes recebem os benefcios
diretos, tornando-se mais produtivos no trabalho e evitando afastamentos de ordem mdica.
Sugere-se a implantao de um Programa de Ginstica Laboral para os tcnicos em
Eletrotcnica nas empresas, bem como uma poltica de valorizao do trabalhador, promovendo
palestras educativas sobre a importncia do exerccio fsico para o fortalecimento muscular,
principalmente das reas mais exigidas seja para a postura de trabalho, seja para a realizao de
movimentos condizentes com as funes desempenhadas.
REFERNCIAS
ALSSIO, R.; SANTOS, M. Desenvolvimento humano e violncia na zona rural. In: SANTOS, M.;
ALMEIDA, L. Dilogos com a teoria das representaes sociais. Recife: Ed.Universitria da UFPE,
2005. p.77-97.
CARVALHO, S. H. F. Ginstica laboral. Disponvel em: http://www.saudeemmovimento.com.br ,
Aces. 27.mai.14.
IFAL. Curso Tcnico de Nvel Mdio Integrado em Eletrotcnica. Disponvel em:
http://ifal.edu.br/?q=content/documentos. Acesso em 08.05.2013. Palmeira dos ndios-AL, 2009.
MARTINS, C.O. Programa de Promoo da Sade do Trabalhador. Jundia-SP: Fontoura, 1972.
Manual de Fiscalizao da Cmara Especializada de Engenharia Eltrica. Disponvel em:
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Ginstica
Laboral
Ponto
de
vista.
Disponvel
em:
http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_exibe1.asp?cod_noticia=815.
Acesso em 08 mai 2013.
1,2,3,4
RESUMO
Esse estudo buscou analisar e interpretar as
representaes sociais acerca da Educao Fsica no
ensino mdio, atravs de entrevistas com alunos e
professores da Escola Estadual Humberto Mendes, em
Palmeira dos ndios-AL. A pesquisa tem cunho
qualitativo e exploratrio-descritivo, alm de ser um
estudo de caso. O instrumento utilizado foi a entrevista
semi-estruturada e a anlise e a interpretao de dados
foram feitas a partir de categorias elencadas a
posteriori, de acordo com as falas dos entrevistados. Os
alunos representaram as aulas de educao fsica como
motivadoras e se mostraram satisfeitos com o que vm
aprendendo, apesar de elencarem as faltas constantes
dos professores para as aulas e a falta de aulas prticas.
Reclamaram da diviso feita pela instituio de ensino
em que eles tm uma aula no turno comum e outra aula
no turno contrrio para as prticas esportivas. Os
Nessa busca por uma identidade para a Educao Fsica, os pesquisadores dividiram seus
pensamentos em vrias correntes: alguns defendem a aula prtica como norteadora dos
ensinamentos baseados na cultura corporal; outros defendem a diviso da carga-horria em
aulas tericas e prticas, enquanto que outros restringiram as aulas teoria, voltando-se para o
campo da sade e da qualidade de vida.
PROCEDIMENTOS METODOLGICOS
A pesquisa buscou saber como os alunos e professores da Escola Estadual Humberto
Mendes, de Palmeira dos ndios representam as aulas de Educao Fsica buscando compreender
os problemas enfrentados pela disciplina, tendo que para isso usar a pesquisa exploratriodescritiva. Segundo Gil (2007, p.45), a pesquisa exploratria tem como objetivo principal o
aprimoramento de ideias, sendo seu planejamento bastante flexvel, de modo que possibilite a
investigao dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Afirma, ainda, que o foco
principal da pesquisa descritiva reside no desejo de conhecer a comunidade e seus traos
caractersticos, citando que ela muito comum no campo da educao.
Esta pesquisa tem cunho qualitativo, j que se aprofunda no mundo dos significados das
aes e relaes humanas (ALSSIO; SANTOS, 2005). A pesquisa classifica-se como exploratriodescritiva e qualitativa j que o enfoque dela est voltado para a investigao de como os alunos
representam suas aulas de Educao Fsica, atravs de anlise e interpretao dos dados
fornecidos nas entrevistas. Por ser voltada para uma unidade escolar, na qual se vai estudar
aprofundadamente sobre as aulas de Educao Fsica, a pesquisa tambm classificada como um
estudo de caso.
O grupo de estudo foi formado por 18 (dezoito) alunos do primeiro ao terceiro ano do
Ensino Mdio da Escola Estadual Humberto Mendes e dois professores do mesmo
estabelecimento de ensino. A escolha dos alunos foi da seguinte forma: o aluno representante e
o aluno mais velho de cada turma. O aluno representante foi entrevistado tendo em vista que ele
foi escolhido democraticamente pela turma para ser seu lder e o mais velho, porque tem mais
maturidade para responder s questes propostas. Para que se trabalhe a questo de gnero, em
cada turma ser escolhido sempre o aluno mais velho do sexo oposto ao do representante. Sero
excludos da pesquisa os alunos que foram dispensados das aulas de Educao Fsica no ensino
fundamental e os menores de dezoito anos que os pais ou responsveis no assinem o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
O procedimento para a coleta de dados foi o seguinte: todos os alunos foram informados
da realizao da pesquisa e do critrio de escolha dos selecionados a participar. Estes, por sua
vez, foram informados dos detalhes e da necessidade do TCLE. O instrumento de coleta utilizado
para esta pesquisa foi a entrevista semi-estruturada.
Todas as entrevistas foram realizadas em uma sala onde estavam presentes apenas o
entrevistado, o entrevistador e o orientador da pesquisa. As entrevistas foram gravadas em um
Music Player, sendo estas guardadas em arquivos no formato MP3 e posteriormente transcritas.
Aps as transcries das entrevistas, os dados foram distribudos em categorias a posteriori,
eleitas com base no referencial terico, para proceder-se posteriormente a uma anlise
aprofundada das representaes apresentadas pelos alunos.
A pesquisa obedeceu resoluo 196/96 do Conselho Nacional de Sade (CNS), onde os
alunos-sujeitos da pesquisa receberam todas as informaes necessrias quanto realizao do
estudo em todas as suas etapas, ficando cientes de que a sua participao aconteceria de acordo
com sua vontade, podendo desistir quando desejasse.
Quadro 1 Grupo de Estudo
Alunos
Aluno 1
Aluno 2
Aluno 3
Aluno 4
Aluno 5
Aluno 6
Professor 1
Sexo
Idade
18
16
20
18
16
20
31
Alunos
Aluno 7
Aluno 8
Aluno 9
Aluno 10
Aluno 11
Aluno 12
Professor 2
Sexo
Idade
16
15
17
19
18
19
35
Alunos
Aluno 13
Aluno 14
Aluno 15
Aluno 16
Aluno 17
Aluno 18
Sexo
20
20
16
19
19
15
Idade
Informaes dadas pelos professores de Educao Fsica da Escola Estadual Humberto Mendes.
bastante. A esse respeito, os PCNs explicitam que os contedos prticos devem ser superiores
aos tericos nas aulas de Educao Fsica.
Objetivos diversos Os homens foram bastante criativos e ao mesmo tempo
divergentes dos objetivos da disciplina. As motivaes comearam por obteno de nota,
passaram pela oportunidade de sair da sala de aula convencional e terminaram na apatia da
turma na qual estudam.
A esse respeito, o professor 1 relata: A educao Fsica uma disciplina que, pela
maneira como tratada, principalmente nas escolas pblicas, tem perdido um pouco o sentido,
no s pelo desinteresse dos alunos, mas tambm pela maneira como ela ministrada por parte
dos professores, mostrando serem coerentes as reclamaes dos alunos.
Os contedos que esto sendo vistos no ensino mdio variaram de primeiros para
segundos anos, porm foram coincidentes nos segundos e terceiros. Os primeiros anos esto
vendo prticas esportivas, importncia do exerccio fsico e a influncia da mdia na Educao
Fsica. J segundos e terceiros anos esto com contedos voltados para o entendimento do
fenmeno Copa do Mundo, nas questes de sade, tica, atividade fsica e legado, alm de
debaterem sobre a alimentao.
Os alunos se mostraram satisfeitos com as aulas e no foram encontradas diferenas
significativas entre turmas e entre gneros. Porm, algumas turmas reclamaram das faltas
consecutivas dos professores. Houve reclamao ainda da quantidade de aulas: uma aula no
horrio convencional e uma aula no contraturno. Muitos reclamaram tambm das aulas prticas
serem concentradas no turno contrrio, o que inviabiliza a participao dos alunos que
trabalham e dos que residem distante da escola. Apesar de muitos elogios s aulas e de
motivao e satisfao, os alunos deram sugestes para o melhoramento das aulas, as quais
sero apresentadas em categorias:
Aulas prticas um grande nmero de alunos falou que h necessidade de um maior
nmero de aulas prticas e, ainda, que elas aconteam no turno de aula.
Interao uma maior interao entre professor e alunos, bem como, entre os prprios
alunos foi mencionada como maneira de deixar as aulas mais atrativas.
Projetos lecionar o contedo atravs da utilizao de projetos foi mostrado por alguns
alunos como forma altamente motivadora para o trabalho da disciplina.
Assiduidade a cobrana pelos professores que faltam muito no deixou de aparecer.
Os alunos disseram que a cada semana que eles aguardam para terem aulas de Educao Fsica e
os professores no comparecem, diminui drasticamente a satisfao e a motivao da turma.
CONSIDERAES FINAIS
Os alunos da Escola Estadual Humberto Mendes representam a Educao Fsica como a
disciplina que pode ensin-los contedos sobre cultura corporal, esportes, sade, qualidade de
vida e ainda colaborar com atitudes morais, como fuga do lcool e das drogas, alm de respeito
s leis e regras.
Os professores entendem que a disciplina um elemento fundamental para a formao
do cidado, importante na orientao, prescrio e preveno de doenas, porm entendem que
nem sempre ela ministrada com a metodologia mais adequada, afastando os alunos ou mesmo
fazendo com que haja desinteresse pelo seu estudo.
Foram identificadas motivao e satisfao com as aulas, apesar de os alunos elencarem
problemas como aulas no turno contrrio, pouco tempo de aula, falta dos professores e at
mesmo falta de participao dos alunos durante as aulas, que acabavam por deix-las
desmotivantes.
Na questo de gnero, notou-se que as mulheres foram mais conscientes dos benefcios
e da importncia da disciplina, indicando que h a busca pelo entendimento, pelo aprendizado,
enquanto muitos homens elencaram que participam apenas para sair da sala ou adquirir a nota
para passar de ano.
No houve uma diferenciao entre turmas de anos diferentes ou mesmo de
professores diferentes. A reclamao mais presente nas falas dos alunos foi das faltas dos
professores e do pouco tempo de aula, independendo do turno ou turma entrevistada.
A elaborao de uma proposta curricular por parte dos professores da Escola Estadual
Humberto Mendes surtiu efeito para os alunos, j que no foram encontradas opinies
discordantes dos contedos ministrados pelos professores.
Nesse sentido, sugere-se uma adequao metodolgica, buscando-se utilizar a
ludicidade e as aulas prticas como norteadores dos contedos apresentados, para que haja uma
maior motivao e consequentemente maior aprendizado, tendo em vista que as sugestes de
melhoras passaram exatamente pela diminuio da falta dos professores e aumento das aulas
prticas em todas as turmas.
REFERNCIAS
ALSSIO, R.; SANTOS, M. Desenvolvimento humano e violncia na zona rural. In: SANTOS, M.;
ALMEIDA, L. Dilogos com a teoria das representaes sociais. Recife: Ed.Universitria da UFPE,
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A. T. Arajo Junior(PQ); A. P. S Targino (PQ); A. Aquino (PQ); R.C .T Arajo (PQ); C. R. Paz(PQ); M. S. C.
2
Sousa (PQ)
Instituto Federal de Educao Cincia e Tecnologia da Paraba IFPB, Campus Campina Grande. E-mail:
2
Universidade Federal da Paraba IFPB, Campus Joo Pessoa
[email protected]
(PQ) Pesquisador
RESUMO
do IFPB no esto com bons nveis fsicos em relao aos valores estabelecidos pelo projeto.
Desta maneira, tem-se como objetivo classificar os nveis de desempenho fsico de alunos dos
cursos Tcnico Integrado ao Ensino Mdio (ETIM) e ensino Tcnico Subsequente do IFPB, Campus
Campina Grande, com os valores estabelecidos pelo Projeto Esporte Brasil.
MATERIAIS E MTODOS
Caracterizao da pesquisa
Trata-se de uma pesquisa com uma abordagem quantitativa dos dados, do tipo descritiva
e com delineamento transversal.
Participantes
Foram avaliados 10 alunos (63,7 10,2 kg; 1,70 0,4 m), todos do sexo masculino, que
iniciaram o ano letivo de 2014, na faixa etria que compreende dos 15 aos 16 anos de idade, dos
primeiros e segundo anos dos cursos Tcnico Integrado ao Ensino Mdio (ETIM) e Tcnico
Subsequente, do IFPB Campus Campina Grande, que esto devidamente aptos prtica de
exerccios fsicos, e matriculados no instituto. Para seleo e incluso dos adolescentes foram
adotados os seguintes critrios de: estar regularmente matriculado no IFPB; estar na faixa etria
que compreende dos 15 aos 16 anos de idade; ter apresentado todos os exames mdicos
exigidos pela instituio para a prtica de exerccios fsicos, e ter respondido negativamente as
perguntas do questionrio de Prontido para a Atividade Fsica (PAR Q).
Instrumentos utilizados e variveis mensuradas
Antropomtricas
A Massa Corporal (MC) foi registrada em quilogramas (kg) em uma balana digital, com
preciso de 100g. A Estatura foi determinada em metros (m) em um estadimetro milimetrado,
com preciso de um milmetro (mm) e espao de uso de 0,40 centmetros (cm) a 2.20m.
O ndice de massa corporal (IMC) (kg/m2) ser equacionado pela massa corporal
(kg)/estatura*estatura e classificada conforme o PROESP BR. Com os seguintes pontos de corte:
<15,58 (Baixo peso); entre 15,58-22,96 (Normal); entre 22,96-28,34 (Excesso de peso) e >28,34
(Obesidade), conforme Gaya et al. (2012).
Desempenho Fsico
Todos os testes foram empregados conforme bateria do PROESP BR, os pontos de corte
de cada teste, e que foram utilizados paras as comparaes estatsticas, esto apresentados na
tabela 1. Para flexibilidade (cm) foi utilizado o teste de (sentar-e-alcanar) adaptado sem banco.
Para montagem do teste foi utilizada uma trena, fita adesiva e uma pea tipo rgua de 53 cm de
comprimento por 15 cm de largura. Os alunos sentam-se de frente para a base da trena e da
marca adesiva, com as pernas estendidas e unidas. Colocam uma das mos sobre a outra e
elevam os braos a vertical. Inclinam o corpo para frente e alcanam com as pontas dos dedos
das mos to longe quanto possvel sobre a rgua graduada, sem flexionar os joelhos e sem
utilizar movimentos de balano (insistncias). O resultado medido a partir da posio mais
longnqua que o aluno pode alcanar na escala com as pontas dos dedos.
Para Fora-resistncia abdominal (repeties por minuto rep) o aluno posiciona-se em
decbito dorsal com os joelhos flexionados a 90 graus e com os braos cruzados sobre o trax. O
avaliador fixa os ps do estudante ao solo. Ao sinal o aluno inicia os movimentos de flexo do
tronco ate tocar com os cotovelos nas coxas. O resultado foi expresso pelo numero de
movimentos completos realizados em 1 minuto. A fora explosiva de membros inferiores (cm) foi
mensurada pelo teste de salto horizontal foi aplicado de acordo com o indicado por Gaya et al
(2012). Para tal o aluno realiza uma salto para frente na tentativa de alcanar a maior distncia
do ponto de partida. A distncia do salto foi registrada em centmetros, com uma casa decimal.
A Capacidade anaerbia (segundos s) pelo teste de velocidade de deslocamento, a
corrida de 20 metros. Ao sinal do avaliador, o aluno devera deslocar-se, o mais rpido possvel,
em direo linha de chegada, percorrendo os 20 metros. O cronometrista registrou o tempo do
percurso em segundos e centsimos de segundos. A Capacidade aerbia (m) teste de capacidade
cardiorrespiratria, a corrida de 9 minutos. Em uma pista os alunos so estimulados a correr
durante nove minutos. Sendo a registrada a distncia total percorrida em metros aps cessar o
tempo.
Procedimentos de coleta de dados
No primeiro momento, os alunos das turmas de Educao Fsica foram convidados a fazer
parte da pesquisa e aqueles que atenderam aos critrios de incluso foram selecionados e
tomaram conhecimentos dos testes fsicos a que iriam submeter-se. Antes dos testes serem
aplicados os professores realizaram uma reunio visando discutir os procedimentos e cuidados
que iriam ser tomados e elaboraram, a partir desta prtica, uma logstica eficaz para o momento
da coleta de dados. Os alunos foram orientados quanto importncia da alimentao antes dos
testes e do uso de vestimenta adequada prtica do exerccio fsico.
O estudo seguiu com o encontro com os estudantes no dia e hora marcada para aplicao
dos testes. As atividades comearam s oito horas da manh com a mensurao das variveis
antropomtricas. Aps isto foram realizados os testes fsicos, com a montagem da bateria dos
testes na seguinte sequncia: flexibilidade, resistncia fora abdominal, salto horizontal,
velocidade de 20 metros, e por fim o teste de corrida de nove minutos. a coleta de dados teve a
durao de aproximadamente duas horas.
Anlise dos dados
Os dados foram analisados em programa estatstico SPSS, verso 16, para estatstica
descritiva de mdia e desvio padro. Quanto anlise inferencial, optou-se pela estatstica no
paramtrica, dado pequeno tamanho da amostra. As comparaes foram realizadas por meio do
teste Wilcoxon para comparao entre a mdia do grupo com os valores de referncia. Em adio
foi apresentado os deltas de variao (% ) entre estas medidas. O nvel de significncia adotado
foi de 5%. Foram estabelecidos pontos de corte ou valores crticos que permitem ao professor de
educao fsica avaliar as crianas e adolescentes numa escala categrica de dois graus: ZONA DE
RISCO SADE ou na ZONA SAUDVEL.
RESULTADOS
DISCUSSO
Este estudo classificou os nveis de desempenho fsico de alunos dos cursos Tcnico
Integrado ao Ensino Mdio (ETIM) e ensino Tcnico Subsequente do IFPB, Campus Campina
Grande, com os valores estabelecidos pelo PROESP-BR (GAYA et al., 2012). E diante dos
resultados observados verificou-se que dentre as variveis medidas a maior parte foi considerada
como risco sade. Alm disto, este estudo traou um panorama da condio fsica dos alunos
que iniciam um perodo letivo, o que pode ser til no planejamento escolar dos professores de
educao fsica.
Para esta amostra de estudantes do agreste paraibano, os valores de IMC foram
considerados como normais. Em Estudo transversal conduzido por Santos Silva (2002) com
adolescentes de 07 a 14 anos da regio do Cotinguiba, Sergipe, demonstrou nveis baixos de
condicionamento fsico e altos de IMC para esta faixa etria. Fato no observado, na presente
pesquisa. Seabra et al. (2008) alertam a necessidade de se estabelecerem estratgias e
programas de interveno que visem promover, junto dos adolescentes, estilos de vida ativos e
saudveis fazendo da atividade fsica uma parte muito importante.
Do total de cinco variveis de desempenho fsico analisadas, apenas duas foram
enquadradas na categoria saudvel. Nesta linha, cita-se o excelente resultado dos garotos para o
teste de flexibilidade e velocidade, que foram estatisticamente superiores aos valores do PROESP
BR. Levandovski et al. (2007) com o objetivo de traar um perl de desempenho fsico a partir
de testes fsicos e motores, numa amostra de 15 atletas adolescentes de futsal de Ponta Grossa,
Paran, com mdia 16,27 anos, encontraram e um mdia de 37,53 repeties para a resistncia e
fora abdominal e 1.888 m na corrida de 12 minutos, valores estes tambm mais elevados que
aos encontrados nos alunos do ensino mdio do IFPB. Entretanto, para este mesmo estudo os
valores de repeties abdominais (37,5rep) foram menores do que os executados pelos
estudantes de Campina Grande PB.
Uma medida de desempenho fsico foi bastante abaixo das mdias de referncias do
Projeto Esporte Brasil, que foi a capacidade aerbia. Nesta varivel o resultado dos alunos do
IFPB indicou um baixo condicionamento fsico. Farias et al. (2010), em artigo com amostra
semelhante, verificaram o efeito da atividade fsica programada sobre os testes de aptido fsica
em adolescentes durante um ano de perodo letivo. Amostra foi composta de 383 alunos. A
aptido fsica foi avaliada por testes de sentar-e-alcanar (flexibilidade), resistncia muscular
(flexo e extenso do cotovelo) e aptido cardiorrespiratria (corrida e caminhada de nove
minutos). Segundo os autores o desempenho motor no apresentou melhora significativa ao
longo da pesquisa. Indicando que deve haver ateno quanto eficcia das aulas de educao
fsica escolar. Fato que deve ser considerado em nesta pesquisa com adolescentes paraibanos,
dado que eles apresentaram baixos nveis de capacidade aerbia e anaerbia no incio do ano
letivo, o que gera uma maior preocupao com os professores de educao fsica com o
planejamento das aulas (no mbito da melhoria destas variveis).
Como algumas limitaes desta pesquisa, relata-se a falta da utilizao de uma medida da
confiabilidade dos testes fsicos empregados e o baixo nmero de adolescentes analisados, visto
que os valores de pontos de corte do PROESP so produzidos com maior quantidade de
indivduos. Alm do mais, o estudo, aqui realizado, deve ser ampliado para a insero de outras
variveis relacionadas temtica investigada, que incluam o acompanhamento da rotina diria
do estudante, com instrumentos que monitorem tanto os hbitos de prtica fsica e hbitos
alimentares. Alm de abranger os fatores psicolgicos e emocionais com medidas qualitativas
que permitam traar o perfil do comportamento pela adeso ou no da prtica fsica, com
HUSSEY, J., BELL, C., BENNETT, K., O'DYWER, J., GORMLEY, J. The relationship between the
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5.
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mayo-junio 2007.
9.
T.L.N. Silva (IC); E.M.B. Araujo (PQ) ; O.C.C. Lima (PQ) ; V.M.L. Medeiros (PQ) ; J.C.O. Jnior (PQ)
1
Instituto Federal da Paraba (IFPB) - Campus Joo Pessoa e-mail: [email protected]
RESUMO
O objetivo deste estudo foi analisar a percepo
subjetiva da dor dos servidores participantes da vivncia
de Pilates, com a finalidade de propormos medidas
preventivas e de orientao visando qualidade de vida
dos servidores do IFPB - Joo Pessoa. A pesquisa
caracteriza-se por ser de carter exploratrio, descritivo,
quali-quantitativo. A coleta de dados foi realizada no
segundo dia destinado a qualidade de vida e sade Semana de Desenvolvimento do Servidor 2013 (Semana
10) do Campus Joo Pessoa. Os indivduos da pesquisa
foram todos os servidores que vivenciaram a oficina de
Pilates. Os instrumentos utilizados foram: caracterizao
dos indivduos quanto ao gnero e idade; o diagrama de
indicao de dor e a escala unidimensional
verbal/numrica de intensidade da dor. Resultados:
Participaram da oficina de Pilates, N= 23 servidores de
sobrecarga aos demais funcionrios em funo do abalo fsico daquele que se encontra
acometido de dor e, assim, existe comprometimento com a produtividade (NAVARO, 2003).
Segundo Nascimento e Moraes (2000), uma das razes de se investir em programas de
preveno dos distrbios osteomusculares relacionados ao trabalho a relao virtual que
existe entre a sade de seus trabalhadores e a produtividade. Devido a isto, muitas empresas
adotaram um novo comportamento no que se refere sade dos empregados, em que
apresentam intervalos de descansos durante a jornada de trabalho, alm de um ambiente
ergonomicamente correto, bem iluminado e bem arejado, favorecendo assim um melhor
rendimento na produtividade. Os benefcios nem sempre so quantificados, pois no se deve
priorizar, quando se investe em preveno, o aumento da produtividade, que resultado da
melhora na qualidade de vida de seus empregados, e pode ser alcanada quando se investe no
prprio homem, atravs de itens como: conforto e segurana, atividades antiestresse,
socializao dos empregados, incentivo a prtica de esportes e a hbitos saudveis de
alimentao.
Portanto o objetivo deste estudo foi analisar a percepo subjetiva da dor dos servidores
do IFPB-Joo Pessoa, participantes da vivncia de Pilates. A finalidade dessa ao teve como
princpio norteador, justificar a importncia de implantarmos medidas preventivas e de
orientao visando qualidade de vida dos servidores do IFPB - Joo Pessoa.
APROXIMAES METODOLGICAS E OS RESULTADOS ENCONTRADOS
A pesquisa caracteriza-se por ser de carter exploratrio, descritivo, quali-quantitativo. A
coleta de dados foi realizada no segundo dia destinado a qualidade de vida e sade da Semana
de Desenvolvimento do Servidor 2013 (Semana 10) do Campus Joo Pessoa. Os indivduos da
pesquisa constituram todos os servidores que vivenciaram a oficina de Pilates. Os instrumentos
utilizados foram: caracterizao dos indivduos quanto ao gnero e idade; o diagrama de
indicao de dor (IIDA, 2005), e a escala unidimensional verbal/numrica de intensidade da dor.
RESUMO
ANTHROPOMETRICRISKMEASURESOFCARDIOVASCULAR DISEASESINBODYBUILDERS
ABSTRACT
com idade entre 18 e 51 anos, onde 28 destas eram do sexo feminino e 7 do sexo masculino.
Para se encaixarem nos critrios de pesquisas, os participantes deveriam estar iniciando a prtica
de musculao e ter o consentimento do mdico atravs de atestado.
No grupo foram aplicados testes para coleta dos seguintes dados antropomtricos: peso
(balana Pessoal Digital G.TECH), estatura (Estadiomtro Compacto da marca Sanny) e
circunferncias (quadril, abdmen e cintura com uso de uma trena antropomtrica sem trava
Sanny).
O IMC foi calculado atravs da frmula (1) e analisado atravs da classificao da OMS
(organizao mundial da sade) para adultos acima de 18 anos (Tabela 1), enquanto o RCQ foi
calculado atravs da frmula (2) analisado e classificado atravs da APPLIED BODY COMPOSITION
ASSESSMENT (1996) (Tabela 2 e tabela 3):
IMC = peso (kg) / altura (m) x altura (m)
Frmula (1)
Frmula (2)
Abaixo do peso
< 18
Peso normal
18,5 -24,9
Excesso de peso
25-29,9
Obesidade Classe 1
30-34,9
Obesidade Classe 2
35-39,9
Obesidade Classe 3
Maior ou Igual a 40
BAIXO
MODERADO
ALTO
20 A 29
30 A 39
40 A 49
50 A 59
60 A 69
<83
<84
<88
<0,90
<0,91
0,83 A 0,88
0,84 A 0,91
0,88 A 0,95
0,90 A 0,96
0,91 A 0,98
0,89 A 0,94
0,92 A 0,96
0,96 A 1,00
0,97 A 1,02
0,99 A 1,03
MUITO
ALTO
>0,94
>0,96
>1,00
>1,02
1,03
BAIXO
MODERADO
ALTO
20 A 29
30 A 39
40 A 49
50 A 59
60 A 69
<0,71
<0,72
<0,73
<074
<076
0,71 A 0,77
0,72 A 0,78
0,73 A 0,79
0,74 A 0,81
0,76 A 0,83
0,78 A 0,82
0,79 A 0,84
0,80 A 0,87
0,82 A 0,88
0,84 A 0,90
MUITO
ALTO
>0,82
>0,84
>0,87
>0,88
>0,90
Fonte: APPLIED BODY COMPOSITION ASSESSMENT, PGINA 82 ED. HUMAN KINETICS, 1996.
Frmula (4)
Frmula (5)
IMC
16,67%
33,33%
50%
Normal
Excesso de peso
Obesidade Classe 1
al. (2010) afirmam que os novos hbitos e facilidades da vida moderna podem contribuir para o
surgimento da obesidade.
Segundo Hill, Drougas e Peters (1993) para que se consiga diminuir os depsitos de
gordura necessrio que a ingesto calrica seja menor do que o gasto energtico. No entanto,
pode haver uma perda de massa corporal magra apenas com a utilizao da restrio calrica,
resultando na diminuio da habilidade de queimar calorias em repouso ou no exerccio,
portanto, sendo necessria a prtica de exerccio (DOMINGUES FILHO citado por HANNIBAL,
2010).
De acordo com os ltimos estudos, os exerccios resistidos mostram cada vez mais
eficincia incontestvel para a manuteno da sade, alm de proporcionar preveno e
tratamento de doenas (SILVA FILHO, 2013; PERAA, FAGUNDES e LIBERALI, 2008; HANNIBAL et
al. 2010). Sendo assim, os exerccios com pesos devem ser encarados como mecanismos
certamente eficazes na reduo do percentual gordura, possibilitando o indivduo controlar ou
aumentar a massa corporal magra, o que beneficia o estilo de vida dos praticantes (SILVA FILHO,
2013).
O Grfico 02 representa o percentual de gordura corporal (%GC) de pessoas que fazem a
prtica dos exerccios resistidos. A partir dos dados coletados, pde-se perceber que houve
predominncia dos nveis abaixo da mdia e mdia quanto o percentual de gordura analisado.
Dos 36 participantes, 22,22% apresentaram um ndice abaixo da mdia; 22,22% exibiram ndices
normais; 13,89% foram classificados com nvel ruim; 13;89% mostraram nvel muito ruim; 13,89%
expuseram nvel bom; 8,33% foram classificados com nvel excelente e somente 5,56%
apresentaram nveis acima da mdia.
Percentual de Gordura
8,33%
13,89%
13,89%
13,89%
5,56%
22,22% 22,22%
Muito ruim
Ruim
Abaixo da mdia
Mdia
Acima da mdia
Bom
pode estar diretamente relacionada ao fato de elementos como: massa magra, massa ssea,
bitipo, idade e sexo no serem ponderados no ndice de IMC, expondo parmetros
generalizados para qualquer indivduo. Segundo Zamai et al (2005) no se pode generalizar o
ndice de IMC por conta dos dados alm do que os dados so coletados e efetuados de forma
breve. No entanto, Mainardes et al (2009) nos lembram que o mtodo duplamente indireto de
antropometria - IMC amplamente utilizado por necessitar de pouqussimos equipamentos e ser
totalmente acessvel, porm, eles destacam que para se chegar a resultados mais fidedignos,
necessita-se de tcnicas puramente criteriosas.
O Grfico 03 abaixo demonstra a relao entre a circunferncia cintura/quadril dos
adultos praticantes de musculao. Dos adultos participantes do estudo, 11,12% apresentaram
um nvel muito alto; 16,66% foram classificadas com nvel alto; 50% apresentaram nvel
moderado; apenas 22% apresentaram o nvel baixo risco de desenvolver doenas
cardiovasculares.
RCQ
11,12%
16,66%
22,22%
Baixo risco
50%
Moderado
Alto
Muito alto
11,8%
17,6%
17,6%
53%
Baixo
Moderado
Alto
Muito alto
REFERNCIAS
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Campinas.Revista Movimento & Percepo, 2005.
RESUMO
O estudo identifica as diferentes reas do conhecimento
que influenciam a estrutura interna da produo
acadmica da Educao Fsica no CONNEPI e no
Programa de Ps-Graduao em Educao Agrcola
(PPGEA). Como resultado, temos 149 trabalhos
produzidos pelo CONNEPI entre 2008 e 2013 e, 18
dissertaes no PPGEA entre 445 produzidas entre 2004
e 2013. No CONNEPI os trabalhos foram: 67 em
Educao Fsica Escolar, 40 em Sade, 22 na rea de
Performance (Esporte e Fitness) e 19 na rea de Lazer.
PROSPECTS OF PRODUCTION IN PHYSICAL EDUCATION, RECREATION AND SPORT IN SPACESCIENCE ACADEMIC NETWORK OF EDUCATION FEDERAL VOCATIONAL EDUCATION
ABSTRACT
The study identifies the different areas of
knowledge that influence the internal structure of
academic production in CONNEPI Physical Education and
Graduate Program in Agricultural Education (PPGEA). As
a result, we have 149 works produced by CONNEPI
between 2008 and 2013, 18 dissertations in PPGEA
between 445 produced between 2004 and 2013 In
CONNEPI jobs were. 67 in Physical Education, 40 Health,
INTRODUO
Este estudo se insere no mbito da produo do conhecimento em Educao Fsica, Lazer
e Esporte a partir da rede de educao federal de ensino profissionalizante no Brasil. Para tanto,
tem como plano de anlise a produo acadmica dos professores de Educao Fsica desta rede,
difundida nos anais do Congresso Norte-Nordeste de Pesquisa e Inovao (CONNEPI) e, ainda, das
dissertaes desenvolvidas pelo Programa de Ps-Graduao em Educao Agrcola (PPGEA) da
UFRRJ.
O CONNEPI est em sua 9 edio com periodicidade anual. Em seus objetivos almeja a
troca de experincias e resultados de projetos entre professores, pesquisadores e estudantes da
Rede Federal de Educao Profissional, Cientfica e Tecnolgica com pesquisadores de outras
instituies de ensino, pesquisa e extenso, empresas e indstrias, alm de profissionais
autnomos (CONNEPI, 2012).
Quanto ao PPGEA seu objetivo a formao e capacitao de docentes cuja funo o de
qualificar profissionais que atendam as exigncias prprias do mundo rural, agrcola e agrrio
(PPGEA, 2012). Justifica-se sua incluso na busca de dados devido ao programa ter realizado
convnios entre os Institutos Federais de Educao e a Secretaria de Educao Tecnolgica
(SETEC) desde 2004.
A opo pelo estudo motivada pela necessidade que h de conhecer os trabalhos
desenvolvidos e publicados nesses espaos acadmicos, por professores de Educao Fsica da
rede, na busca de identificar as contribuies possveis para a formao tcnica
profissionalizante, tanto pelas experincias das prticas pedaggicas com o componente
curricular no ensino mdio integrado, como das incurses no domnio do lazer e do esporte nas
aes extracurriculares estendidas em projetos de extenso e na organizao e participao de
competies esportivas. Acredita-se que, nesta direo, seja possvel encontrar relaes
existentes entre educao e trabalho, considerando o arco na formao profissionalizante.
Os professores de Educao Fsica dos Institutos Federais no possuem uma padronizao
no planejamento e nas escolhas dos contedos e no desenvolvimento dos mesmos na escola.
No existe uma referncia pontual e definida por esses professores da rede em torno dos
contedos da chamada cultura corporal (COLETIVO DE AUTORES, 1992). Isso pode indicar
aspectos significativos quando se reconhece a diversidade de prticas e expresses corporais
advindas da cultura brasileira em suas diferentes regies. E neste sentido, a autonomia pela
escolha dos contedos e perspectivas pedaggicas pode contribuir para um encaminhamento
poltico pedaggico situado na cultura e historicidade local/regional.
No entanto, possvel apontar que essa autonomia para os encaminhamentos
pedaggicos, de escolha dos contedos e a constituio dos planos de curso pode ir de encontro
a alguns limites postos quando se constata, por exemplo, que as referencias gerais para o ensino
tcnico profissionalizante esto atreladas aos Parmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (BRASIL,
2013).
A possibilidade de autonomia no trato com o conhecimento da rea e as referncias
sugeridas nos PCNs supe uma contradio no processo educativo. Na medida em que os PCNs
tm representado uma ordem neoliberal que marca a sentena de subordinao do estado ao
modo de produo capitalista (KUENZER, 2007).
Este recorte fundamental para o estudo, visto que a realidade em que se manifestam
tais relaes concreta e se teia historicamente atravs das consideraes do modo de
organizao scia capitalista. E neste sentido, as impresses dessas relaes aparecem
diretamente no perfil desejado do trabalhador e nos arranjos da formao tcnica em
detrimento das necessidades do modo de produo atual. E aqui que se busca adentrar nos
nexos guardados nas opes pedaggicas e nos projetos assumidos no interior da escola onde
possvel identificar interesses hegemnicos.
Dadas essas consideraes iniciais, a questo que apresenta o objeto de estudo se
caracteriza pelas opes terico-metodolgicas, que os professores de Educao Fsica da rede
federal de ensino tcnico profissionalizante assumem em suas indagaes e pesquisas,
transcritas nos espaos acadmico-cientficos do CONNEPI e no PPGEA.
Espera-se com este estudo contribuir com o debate acerca do ensino tcnico
profissionalizante, na medida em que a Educao Fsica, o Esporte e o Lazer so reas
fundamentais para a formao humana, especialmente quando se encontram no universo
contraditrio do mundo do trabalho.
OBETIVOS
Geral - Conhecer a produo acadmico-cientfica advinda do trabalho de
professores/pesquisadores que atuam com o componente curricular Educao Fsica da rede de
ensino federal de Educao Tcnica Profissionalizante.
Especficos
Identificar as diferentes perspectivas que influenciam a estrutura interna da produo
acadmica no ensino da Educao Fsica atravs dos anais do Congresso Norte-Nordeste
de Pesquisa e Inovao (CONNEPI);
Conhecer as problemticas de estudos desenvolvidos por professores de Educao Fsica
pelas dissertaes de mestrado no Programa de Ps-graduao em Educao Agrcola
(PPGEA) da UFRRJ.
REVISO DA LITERATURA
Para dialogar com os resultados a serem encontrados e fundamentar o argumento
dissertativo preciso definir um arcabouo terico atual e consistente, com base em uma
perspectiva de conhecimento que encare a realidade da produo cientfico-acadmica dos
professores de Educao Fsica da rede de ensino tcnico profissional federal de maneira crtica e
situada historicamente. Em vista de que o processo educativo um ato poltico-pedaggico na
relao com sujeitos histricos, situados em condies determinadas.
A histria tem mostrado que essa dualidade se cerca de discursos polticos e ideolgicos
ajustados uma vez para a formao de trabalhadores, definidos pelas demandas tcnicas
imediatas para o mercado de trabalho e, por outro sentido, a formao de trabalhadores
cidados crticos e conscientes das potencialidades do acervo histrico do conhecimento que
pode contribuir para o uso qualitativo das tecnologias e suas relaes com a produo, o respeito
ao ambiente, as transformaes do mundo do trabalho que tendem a sua precarizao e a perda
dos direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores.
O sentido dado ao aprendizado da tcnica, quando desprovido da educao geral e
propedutica, pelos estudos de autores como Frigotto (1995) e Kuenzer (2007) parece despontar
uma instrumentalizao cega, encarregada de subsidiar o aluno-trabalhador para atuar em um
cenrio laboral sem vida, como por mais uma pea engendrada. esta dualidade no ensino
tcnico profissional que se busca superar e avanar sobre a ausncia de reflexo, do
desconhecimento do processo de alienao no trabalho e dos encaminhamentos das polticas
neoliberais na educao brasileira (GENTILI, 2007).
Portanto, fala-se aqui da educao para os trabalhadores. E neste campo, essencial
considerar a que o desenvolvimento histrico da sociedade se d num movimento contraditrio
entre foras e relaes de produo, que leva contradio entre as classes sociais. Portanto, das
lutas dos trabalhadores contra a explorao constante da classe proprietria que se afirma pela
mais valia. E neste sentido, o presente estudo entende que a sociedade compreendida pela luta
de classes (MARX, K.; ENGELS, F., 1999) e que a educao formal se revela nessa disputa.
Nesta direo, as experincias e intervenes poltico-pedaggica dos professores so
compreendidas como uma ao concreta de consequncias polticas que asseguram a
reproduo da lgica exploratria, mas tambm motivaes historicamente situadas e relevantes
para transformar a prpria realidade.
neste cenrio de disputa de projetos de sociedade em que a educao se torna pea
fundamental para a resistncia a planos opressores e a conquista da emancipao humana ou
um meio para a reproduo do modo de produo capitalista. Por esta ltima instncia, a
educao serve para fornecer os conhecimentos e o pessoal necessrio maquinaria produtiva
em expanso do sistema capitalista, mas tambm gerar e transmitir um quadro de valores que
legitima os interesses dominantes (MSZROS, 2005, p.15).
O ensino da educao fsica e as possibilidades de atuao no domnio do esporte e lazer
em escolas de formao profissionalizante no escapam das intenses e tenses que cercam o
roteiro de disputas dos interesses capitalistas, nem to pouco se desvia da objetiva e concreta
realidade educacional contextualizada no mundo do trabalho.
O Brasil um pas caracterizado pela clara representao da luta de classes sociais. E por
meio desse modo de organizao social se apresentam disputas de interesses que se projetam
por duas linhas antagnicas, pelo imediato e o histrico (SOUZA, 1987 apud SOARES, 1992). E
neste sentido, enquanto classe social, os capitalistas no prezam por mudanas estruturais e no
pretendem transformar a sociedade brasileira na perspectiva de superar a enorme desigualdade
econmica, nem abrir mo de seus privilgios enquanto classe. Para isso, aponta Soares et all
(1992),
desenvolvem determinadas formas de conscincia social (ideologia), que veicula
seus interesses, seus valores, sua tica e sua moral como universais, inerentes a
qualquer indivduo, independente da sua origem ou posio de classe social. Ela
detm a direo da sociedade: a direo poltica, intelectual e moral (SOARES,
1992 p. 24).
Mais tarde o esporte teria o centro das atenes das polticas nacionais, especialmente no
perodo em que foi implantado o programa Esporte Para Todos (EPT). Este programa foi lanado
nos anos de 1973, em poca de enfraquecimento do regime militar no pas. Em pesquisa
realizada em 2009, o professor Srgio Teixeira, em sua dissertao de mestrado intitulada O
Esporte Para Todos: popularizao do lazer e da recreao aponta que,
O objetivo do EPT era conduzir as condutas da populao, disseminando prticas
esportivas orientadas para o lazer e a recreao, sendo um movimento que
buscou regulamentar uma poltica de constituio de corpos teis e obedientes,
em que o alarde em torno da espontaneidade e da autonomia engendravam
eficientes tticas de controle social (TEIXEIRA, 2009, p.01).
A Educao Fsica estaria ainda vinculada, historicamente, pelo conhecimento das cincias
biolgicas, que determinaria as opes de organizao da prtica pedaggica e das escolhas do
contedo no currculo. Alis, essa relao persiste atualmente nas diretrizes e planos para o
ensino bsico e profissionalizante, como o caso dos Parmetros Curriculares Nacionais-PCNs
(BRASIL, 2013).
Esse trajeto histrico que toma a Educao Fsica, parece configurar o seu
Performance
(esportiva e fitness)
Total
Lazer
Sade
Outros
02
08
08
03
03
CONNEPI IV (2009)
05
03
CONNEPI V (2010)
04
02
02
06
02
16
CONNEPI VI (2011)
09
07
05
11
32
15
05
07
15
29
04
03
07
43
Total CONNEPI
65
24
19
39
02
149
PPGEA
18
18
Total
83
24
19
39
02
167
42
Esses dados revelam o aumento da produo da rea da Educao Fsica, Esporte e Lazer no
CONNEPI e apresenta as tendncias conceituais e categricas que predominam para a resoluo
de problemas encarados pelos professores-pesquisadores e alunos.
Entre os 08 (oito) trabalhos apresentados no III CONNEPI em Fortaleza-CE no ano de 2008 e os
43 (quarenta e trs) trabalhos apresentados em 2013 no VIII CONNEPI de Salvador-BA, percebe-
se a importncia deste espao acadmico para o conjunto da rede federal e para a rea em
discusso.
Os resultados indicam, ainda, o predomnio na tradio da produo do conhecimento da
Educao Fsica em perspectivas e abordagens no mbito da aptido fsica, sade e do esporte
como motivaes para o ensino, a pesquisa e extenso na rede de educao tcnica
profissionalizante. E que suas pesquisas so encaminhadas, em sua grande maioria (ver Tabela n
02), com base no paradigma emprico-analtico.
Tabela n 02 Quantidade de trabalhos identificados com abordagens de pesquisa com base
nos paradigmas emprico-analtico, fenomenolgico-hermenutico e crtico-dialtico.
FONTE
empricoanaltico
fenomenolgicohermenutico
crtico-dialtico
TOTAIS
07
01
08
CONNEPI IV (2009)
06
01
01
08
CONNEPI V (2010)
10
03
03
16
CONNEPI VI (2011)
22
07
03
32
34
07
01
42
32
06
05
43
Total CONNEPI
111
25
13
149
12
04
02
18
Total Geral
123
29
15
167
federal, carecem de irem alm das abordagens positivistas e quantitativas que aparecem na
maioria dos textos. Acreditamos no desenvolvimento dessas pesquisas, mas a produo
acadmica necessita considerar a realidade a partir de uma conscincia das contradies que
perpassam a formao tcnica profissional e as problemticas que permeiam a explorao do
corpo e as objetivaes marcadas pelas relaes com o modo de produo capitalista.
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14.
RESUMO
A discusso atual sobre o Ecoturismo envolve duas preocupantes questes: sua relao
com a proteo da natureza, entendido o Ecoturismo como um instrumento de proteo
ambiental pela via do mercado, focando, sobretudo, as questes relativas capacidade suporte
do ambiente para receber uma quantidade de visitantes adequada, e sua relao com a dinmica
cultural, entendido o ecoturismo como um vetor de acelerao de trocas culturais entre o
viajante e o residente do espao visitado pelo ecoturista.
Ao longo da histria, percebeu-se uma mudana no papel do meio ambiente para os
homens. At mesmo seu significado mudou, conforme Neiman (2002), onde o mesmo diz que,
a natureza era vista, at o sculo XIX, como perigo, uma assombrao, um lobo mau que deveria
ser domado, transformado. No final do sculo XIX, essa concepo modificou-se para
tranqilidade, contemplao, devido ao estresse da vida urbana. Essa era uma viso romntica
que desencadeava os passeios e fotos de paisagem.
A natureza no sofreu apenas mudanas de significado, mas, sobretudo impacto no seu
estado fsico natural, o que gerou conseqncias negativas. Surge, ento, a necessidade de se
repensar a relao ser humano e natureza, tendo em vista que esta reage numa ao destruidora
dos homens, trazendo resultados que pe em risco a qualidade de vida e at mesmo a prpria
existncia da humanidade.
Para Marcetto (2002), sensibilizar a populao para questes sociais, ecolgicas e
culturais um dever de quem quer ver o ser humano passeando pelo planeta por mais algum
tempo. satisfatrio considerar o Ecoturismo como uma possibilidade concreta tanto de
proteo da natureza, como de fortalecimento cultural das comunidades habitantes no destino
do ecoturista.
Na escola, o desenvolvimento dos esportes de natureza deve estar focado em questes
que atendam participao, onde todos tenham acesso e, sobretudo com chance de sucesso,
contextualizado s realidades individuais; formao, lazer, tornando-o apto ou consciente do uso
do seu tempo em atividades que lhe permitam prazer, repouso ou crescimento cultural. Os
esportes de natureza podem ainda propiciar o desenvolvimento do trabalho em equipe, seja
durante os planejamentos e elaborao do evento ou da prpria atividade, ou, em ltima anlise,
posterior sua execuo na forma de grupos de discusso e avaliao.
Quanto aprendizagem, baseada em atividades prticas, Yus (1998, p. 219) traz o
seguinte:
Essa estratgia se baseia em teorias psicossociais que passam dos sentimentos ao,
animando os professores a tirar seus alunos da escola para que aprendam experincias
da vida real. Algumas dessas atividades se realizam ao ar livre; outras, em
acampamentos ou em intercmbios transculturais ou programas de ajuda social
comunidade.
de alguma motivao, seja ela fsica ou psquica, propiciando, muitas vezes, uma forma de
relaxamento, prazer, convvio com a natureza ou consigo mesmo. Sendo uma atividade que pode
ser praticada por qualquer pessoa em qualquer idade (sempre com cuidados e prescries de
profissionais da rea da sade) (RUPERTI, 2005).
O trekking muito acessvel do ponto de vista financeiro e muito seguro quanto ao no
comprometimento de alguma estrutura fsica do praticante, alm de poder pratic-lo em
qualquer ambiente e qualquer poca do ano sem a utilizao de muitos acessrios (RUPERTI,
2005).
2. MOUNTAIN BIKE
O Mountain Bike surgiu no final dos anos 70, quando um grupo de jovens ciclistas
comeou a freqentar algumas trilhas nas montanhas da Califrnia (EUA). Ao longo do tempo, os
grupos de praticantes do mountain bike foram aumentando. As provas foram sendo organizadas,
e uma das primeiras competies do mountain bike (com registro) foi o Repack Downhill, um tipo
de downhill realizado aos finais de semana em Mount Tamalpais, na Califrnia.
Existem grupos de pessoas que passaram a unir o prazer de pedalar a possibilidade de
conhecer novas paisagens. Desta forma surgiu o cicloturismo, atividade em que ciclistas viajam,
utilizando a bike como meio de transporte.
Tambm h grupos que, mesmo sem competir, se renem para rodar pelas estradas de
asfalto das grandes cidades, como os Night Bikers e o Sampa Biker. O mountain bike
contribui para a evoluo do esporte ciclstico nacional e tambm sociedade, sendo que ela
um meio de transporte econmico e no poluente, preservando o meio ambiente, melhorando o
condicionamento fsico das pessoas, e uma alternativa soluo do caos provocado pelo trnsito
(BLANQUER, 2006).
3. CORRIDA DE ORIENTAO
um esporte individual praticado preferencialmente na natureza, que tem por objetivo
realizar um percurso, munido de mapa e bssola, passando por todos os pontos de controle do
mapa, no menor tempo possvel. (CBO, 2009). Por solicitar um leque de conhecimentos e saberes
a Corrida de Orientao contribui para a formao harmoniosa do praticante (FERNANDES,
1999).
Esse esporte ainda proporciona a quem o pratica um aprimoramento (atravs de
exerccios e percursos) de determinadas reas da inteligncia, descritas por Gardner e Antunes, e
aos professores a oportunidade de trabalhar o recurso da interdisciplinaridade (FEITOSA, 2009).
METODOLOGIA
A Escola Estadual de Ensino Profissional Governador Waldemar Alcntara localizada na
cidade de Ubajara, segue a proposta de ensino profissional integrado, implantada em 2008 pelo
Governo do Estado do Cear.
Porcentagem (%)
Sim
80
No
20
Porcentagem (%)
Esttico
12
Lazer
48
Teraputico
Condicionamento Fsico
68
Convvio social
Tabela 3 Que atividades voc gostaria que a escola abordasse com mais frequencia?
Atividades fsicas
Porcentagem (%)
Dana
Ginstica
24
Esportes de natureza
52
Lutas
Esportes coletivos
16
Para Elias e Dunning (1990), existe uma perda das emoes nos esportes tradicionais
devido as diversas regras, e a grande disputa acima de tudo entre os atletas, fatos que tendem a
canalizar as emoes. Dessa forma, as atividades de aventura na natureza ganham cada vez mais
adeptos, devido ao fato de serem imprevisveis e excitantes, e estarem abertos a qualquer
pessoa seja qual for idade ou sexo. Dessa forma, a tabela deixa claro o desejo, a vontade e a
ansiedade que os alunos demonstram em estarem praticando tais atividades.
Tabela 4 - Benefcios que podem trazer a relao esportes - natureza
Benefcios
Porcentagem (%)
Conscientizao ambiental
24
Condicionamento fsico
20
Reduo do estresse
44
Lazer
12
Em relao aos benefcios que podem trazer a relao esportes natureza a tabela
confirma o que j se esperava: a maioria relatou como principal benefcio a reduo do estresse.
Esse fator j era esperado devido a cansativa rotina do modelo de ensino integral.
Segundo Douglas citado por Campos e Brum (2004) as atividades fsicas apresentam
alguns benefcios sociais na vida do praticante como: o aumento da responsabilidade, aumento
do desempenho acadmico, reduo de distrbio de comportamento e do estresse, aumento na
freqncia das aulas, melhora na relao com os pais, reduo dos problemas psicossociais como
drogas e lcool e influencia positiva sobre a dieta alimentar.
Tabela 5 J havia praticado alguns desses esportes?
Esportes
Porcentagem(%)
Mountain bike
60
Corrida de Orientao
44
Trekking
36
Todos os alunos j haviam vivenciado alguma das trs atividades acima questionadas,
porm, sem as devidas e corretas orientaes bsicas para a prtica das modalidades. Alguns j
haviam realizado trekking, porm no conheciam o esporte por esse nome. Outros haviam
praticado caa ao tesouro, porm no ambiente interno da escola. Em relao ao mountain bike
o nmero de relatos foi alto devido a cidade de Ubajara ser um grande plo do esporte no estado
do Cear.
Tabela 6 As atividades superaram suas expectativas?
Porcentagem (%)
Completamente
84
Parcialmente
16
Apenas para quatro alunos as atividades no foram totalmente satisfatrias. Esse fato
pode ser explicado, devido a falta de condicionamento fsico por parte desses quatro alunos.
Tabela 7 Dificuldades encontradas para realizar as atividades
Dificuldades
Porcentagem (%)
Nenhuma
80
Descondicionamento fsico
20
Local da prtica
14
Porcentagem (%)
Recursos materiais
36
Local da prtica
28
24
Dia e horrio
12
A maioria dos alunos relatou a carncia de recursos materiais como sendo o fator
principal para a melhoria das atividades. Conforme Bracht (2003, p. 39), a existncia de
materiais, equipamentos e instalaes adequadas importante e necessria para as aulas de
Educao Fsica, sua ausncia ou insuficincia podem comprometer o alcance do trabalho
pedaggico.
Em relao ao local da prtica, alguns alunos relataram que os locais eram muito
distantes do centro da cidade, o que dificultava o deslocamento para as tais reas visitadas e,
conseqentemente, a falta de condicionamento fsico adequado para determinada atividade. A
maioria das atividades foi realizada aos sbados ou feriados por conta que durante a semana
esses mesmos alunos esto na escola.
CONCLUSO
Neste estudo, a relao entre a atividade fsica e esportes de natureza levou-nos a
verificar que a proposta de aliarmos atividades de aventura e educao ambiental nas aulas de
Educao Fsica apresentam possibilidades bastante significativas. O potencial motivador que tais
atividades provocam, refletem sensaes novas, imprevisveis e excitantes que os esportes de
J. P. Macdo (IC) ; B. C. do Prazeres (IC) ; A. A. de Ges (IC) ; K. dos Santos (IC) ; E. V. Borges (IC) ; A. SmithMenezes (PQ)
1
2
3
Bolsista PIBIC/IFS, Bolsista PIBEX/IFS; Bolsista Pibic Jr./FAPITEC Grupo de Pesquisa em Educao Fsica e
Sade (GPEFiS/IFS)- Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Sergipe (IFS) - Campus Itabaiana. email: [email protected]
(IC) Iniciao Cientfica
(PQ) Pesquisador
RESUMO
O referido estudo buscou verificar a prevalncia de
condutas de risco sade em servidores do Instituto
Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Sergipe.
Materiais e Mtodos: Realizou-se um estudo
transversal. A amostra foi composta por 148 servidores,
distribudos nos seis campi do IFS (Aracaju, So
Cristvo, Lagarto, Estncia, N. Sra. da Glria e
Itabaiana) e a Reitoria. Foi aplicado o questionrio auto
administrado via google/docs encaminhado por e-mail.
INTRODUO
A literatura frequentemente mostra elevada prevalncia global de doenas e agravos
no transmissveis (DANTs.), como, sobrepeso/obesidade (Ng, Fleming, Robinson et al. 2014),
diabetes (Shaw, Sicree e Zimmet, 2010), hipertenso (Sur, Sur, Kudor-Szabadi, 2010) e vrias
doenas cardiovasculares (Nascimento, Brant, Moraes et al., 2014). No Brasil, em especial, no
estado de Sergipe, verifica-se o mesmo caminho, onde se verifica que as doenas
cardiocirculatrias, em 2005, responderam por 29,8% e as neoplasias por 13% das causas de
bitos (DATASUS, 2008). Sabe-se, tambm, que fatores de risco, como hipertenso arterial,
dislipidemia e hiperglicemia podem favorecer ao aumento das DANTs.
Da mesma forma, alteraes em condutas de risco sade em adultos, como elevada
prevalncia do sedentarismo (Masson et al. 2005; Baretta et al., 2007; Pitanga e Lessa, 2005),
incorporao de hbitos alimentares industrializados e pouco saudveis, aumento do estresse e
da ansiedade na vida diria, juntamente com o abuso de drogas lcitas e ilcitas, dentre outros,
contribuem com o crescimento substancial das DANTs. Tais fatores tambm so refletidos em
trabalhadores da indstria (SESI, 2009), profissionais da sade (Lelis et al., 2012) e profissionais
da educao (Reis et al., 2006).
Por outro lado, evidncias mostram que alteraes no estilo de vida podem reduzir os
fatores de risco e seu impacto sobre as doenas cardiovasculares (Joyner e Green, 2009). Neste
contexto, analisar e compreender os fatores do estilo de vida que mais acometem os
profissionais da educao pode direcionar estratgias efetivas que visem modificar as condies
de vida deste subgrupo populacional. Ressalta-se que no estado de Sergipe no se conhece
pesquisa dessa natureza, justificando esse estudo.
Sendo assim, considerando o acima exposto e o fato de que o trabalhador passa a maior
parte do dia em seu local de trabalho, verifica-se que o diagnstico de comportamentos de risco
sade em servidores do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Sergipe
favorecer intervenes mais efetivas para a promoo de estilo de vida positivo. Portanto, o
referido estudo buscou verificar a prevalncia de condutas de risco sade em servidores do
Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Sergipe.
MATERIAL E MTODOS
Caracterizao do Estudo:
Foi realizado um estudo descritivo, com delineamento transversal, em servidores
(professores e tcnico administrativos) do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de
Sergipe (IFS).
Populao e Amostra:
A populao alvo da pesquisa foi composta por todos os servidores lotados no
Instituto Federal de Sergipe. De acordo com a Pr-reitora de Gesto de Pessoas, a populao do
IFS comporta por cerca de 900 servidores (professores e tcnico-administrativo), distribuda em
seis campi (Aracaju, Lagarto, So Cristvo, Itabaiana, Estncia e Nossa Senhora da Glria). Para
compor a amostra da pesquisa encaminharam-se e-mails a todos os servidores do Instituto
(docentes e tcnico administrativo). Para o clculo deste planejamento amostral da pesquisa,
utilizou-se a equao para clculo amostral descrita por Barbetta (2002, p. 60).
Em virtude dos vrios desfechos a serem investigados (baixo nvel de atividade fsica,
exposio ao comportamento sedentrio, auto avaliao do estresse, hbitos alimentares e
consumo de lcool e sobrepeso/obesidade), na estimativa do tamanho amostral considerou-se o
erro tolervel da amostragem em cinco pontos percentuais e a populao em 900 servidores.
Para no perder a representatividade amostral por vrios motivos, sero acrescentados 10 % de
servidores, como: recusa dos participantes, no responder a questes importantes como sexo e
idade, dentre outros, totalizando uma amostra de 277 servidores para todo o IFS.
Seleo da amostra:
Para seleo da amostra, recorreu-se ao processo de amostragem aleatria simples
retirada dos servidores dos campi, seguindo a proporcionalidade de professores e tcnico
administrativo. O sorteio dos servidores foi realizado mediante a utilizao da relao nominal,
fornecida pela Pr-Reitoria de Gesto de Pessoas, para que se procedesse ao sorteio da mesma.
Critrios de Incluso:
A participao dos servidores na pesquisa foi voluntria, adotando-se, alm da
utilizao negativa do termo de consentimento os seguintes critrios: ser servidor efetivo do IFS;
e preencher adequadamente o questionrio enviado por e-mail.
Instrumentao e Coleta de Dados:
A coleta dos dados foi realizada nos meses de junho a outubro/2013 pelos bolsistas
do projeto, os quais foram devidamente instrudos quanto ao domnio das questes do
instrumento, forma de aplicao e anlise dos questionrios, conforme metodologia adotada no
do Grupo de Pesquisa em Educao Fsica e Sade (GPEFiS/IFS). Para a coleta das condutas de
risco sade foi encaminhado um questionrio auto administrado via e-mail (on-line) construdo
no google/docs, adaptado com base em outros j validados, composto por duas sees. A
primeira referente a informaes demogrficas e socioeconmicas; a segunda sobre condutas de
sade (consumo de lcool, tabagismo e uso de outras drogas, hbitos alimentares, atividade
fsica habitual, auto avaliao do estresse e satisfao com o peso corporal).
Anlise dos Dados:
As variveis foram analisadas por meio de procedimentos descritivos (distribuio de
frequncias, medidas de tendncia central e medidas de disperso) e inferenciais. Na anlise da
associao entre variveis foi empregado o teste de Qui-quadrado, Qui-quadrado para tendncia
e, quando pertinente, o teste exato de Fisher. O nvel de significncia adotado ser 5%.
RESULTADOS
A tabela 1 descreve as caractersticas demogrficas e socioeconmicas dos servidores do
IFS, segundo o sexo. A proporo de servidores respondentes foi maior no campus Aracaju e
menor em Nossa Senhora da Glria em relao aos demais (35% em Aracaju versus 3,4% em N.
Sra. da Glria). Verificou-se maior quantidade de rapazes (57,4 %), servidores com idade de 31 a
50 anos (63,5 %), vivendo com parceiro (59,5 %), com um ou mais filhos (58,8 %) e com psgraduao strictu sensu (50,7).
Tabela 1. Descrio da amostra de servidores do Instituto Federal de
Sergipe (n=148).
Variveis
Campus
Masculino % (n)
Reitoria
61,1 (11)
Aracaju
47,2 (25)
Lagarto
68,8 (11)
So Cristvo
53,8 (15)
Estncia
75,0 (9)
Itabaiana
58,8 (10)
N. Sra. da Glria
80,0 (4)
Cargo no IFS
Tcnico
56,0 (41)
Professor
60,0 (44)
Faixa Etria (anos)
At 30
59,0 (23)
31-50
60,6 (57)
> 50
33,3 (5)
Estado Civil
1
Vivendo sem parceiro
54,0 (31)
Vivendo com parceiro
60,2 (54)
Formao
Superior Incompleto
100 (11)
Superior Completo
63,2 (12)
Especializao
60,5 (26)
Mestrado
41,4 (24)
Doutorado
69,1 (12)
1
Casado, namorido, vivendo com companheiro
SEXO
Feminino % (n)
38,9 (7)
52,8 (28)
31,3 (5)
46,2 (12)
25,0 (3)
41,2 (7)
20,0 (1)
44,0 (33)
40,0 (30)
41,0 (16)
39,4 (37)
6,67 (10)
46,0 (28)
39,8 (35)
00
36,8 (7)
39,5 (17)
58,6 (34)
30,9 (5)
Sexo
Feminino
Todos
Sim
No
82,1 (33)
48,1 (52)
17,9 (7)
51,9 (56)
27,0 (39)
73,0 (108)
0,001
Nunca fumou
Parou de Fumar
Fuma
avaliao
do
58,1 (75)
45,5 (5)
62,5 (5)
41,9 (54)
54,5 (6)
37,5 (3)
87,2 (129)
7,4 (11)
5,5 (8)
0,514
Variveis
Consumo
de
(ltimos 30 dias)
Tabagismo
lcool
p-valor
Auto
Estresse
s vezes estressado
57,1 (52)
42,9 (39)
61,5 (91)
0,692
Raramente estressado
55,3 (26)
44,7 (21)
31,8 (47)
Sempre estressado
70,0 (7)
30,0 (3)
6,8 (10)
Consumo de Frutas
(dias da semana)
At 3 dias/sem
63,6 (21)
36,7 (12)
22,3 (33)
0,062
4-5 dias/sem
67,5 (27)
32,5 (13)
27,0 (40)
6-7 dias/sem
37,7 (23)
62,3 (38)
48,0 (71)
Consumo de Verduras
(dias da semana)
1-2 dias/sem
56,5 (13)
43,5 (10)
15,5 (23)
0,068
3-4 dias/sem
67,6 (23)
32,4 (11)
23,0 (34)
5 ou + dias/sem
53,5 (46)
46,5 (40)
58,1 (86)
Nvel de Atividade Fsica
1
(Recomendaes)
Atende
66,7 (6)
33,3 (3)
17,5 (26)
0,001
No Atende
56,8 (79)
43,2 (60)
82,5 (122)
Exposio
ao
Comportamentos
Sedentrios
2
(Recomendaes)
Atende
54,8 (17)
45,2 (14)
17,5 (26)
0,096
No Atende
58,1 (68)
41,9 (49)
82,5 (122)
1
30 min de atividades fsicas moderadas em, no mnimo, 5 dias por semana;
2
2 horas/dia assistindo TV, jogando vdeo game, deitado, sentado, etc.
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2
2
, L. N. Carvanho (PQ)
1,2
Instituto Federal do Cear (IFCE) - Campus Juazeiro do Norte e-mail: [email protected]
(IC) Iniciao Cientfica
(PQ) Pesquisador
RESUMO
A corrida uma prtica comum desde os tempos
primitivos, apresentando-se no atletismo em uma de
suas formas como corrida de rua. Um dos principais
fatores para permanncia dessa prtica est relacionado
motivao. O objetivo do estudo foi investigar os
fatores que levam os praticantes de corrida de rua de
Juazeiro do Norte a escolher essa prtica como atividade
fsica. A amostra foi composta por praticantes de
atletismo, participantes da corrida So Jos na cidade de
Juazeiro do Norte. Foi aplicado Inventrio de Motivao
para a Prtica Desportiva adaptado de Gaya & Cardoso
(1998). Os resultados apontaram que 44,3% da amostra
que permite que um indivduo permanea em atividade por um perodo de tempo longo e faz
com que o individuo apresente melhorias significativas em termos de sade como afirma Tubino
(2003) o treinamento de resistncia aerbica melhora o desenvolvimento da capacidade
funcional do corao, melhora no transporte de oxignio e a troca gasosa pelo sistema
circulatrio e aumenta a capacidade das fibras musculares para oxidar acares e gorduras.
Sabe-se que h uma grande variedade disponvel de atividade fsica, muito embora, se
saiba dos benefcios trazidos por tais atividades, muitas pessoas no praticam ou no se
interessam em fazer da atividade fsica um hbito dirio. Ao adotar uma prtica de atividade
fsica um dos principais fatores para permanncia na prtica est relacionado motivao
considerada por Samulski (2008) [...] como um processo ativo, intencional e dirigido a uma
meta, o qual depende da interao de fatores pessoais (intrnsecos) e ambientais (extrnsecos).
J para Weinberg e Gould (2008) apud Melo (2010) definiram a motivao como a direo
e a intensidade de um esforo. A direo refere-se a um indivduo buscar, aproximar-se ou ser
atrado a certas situaes. A segunda refere-se intensidade do esforo que o indivduo aplica
em uma determinada situao. Esses autores ainda categorizaram o conceito de motivao como
percebido pela sociedade em geral. Observa-se que crescente o nmero de praticantes de
corrida de rua na cidade de Juazeiro do Norte e ao fazer essa observao que se busca como
esse trabalho investigar os motivos ou fatores que levam a populao corredora a escolher essa
prtica de atividade fsica.
MATERIAIS E MTODOS
Esta pesquisa caracterizada como sendo quantitativa em que a pesquisa quantitativa
considera que tudo pode ser quantificado, o que significa traduzir em nmeros opinies e
informaes para classific-las e analis-las (SILVA; MENESES, 2001, p. 25). Trata-se de um
estudo transversal e descritivo com dados primrios e objetivos.
A populao analisada foi composta por praticantes de atletismo, especificamente
corredores. A amostra constituiu-se de 79 participantes da corrida So Jos na cidade de Juazeiro
do Norte, com 23 mulheres e 56 homens selecionados de forma aleatria. Os participantes antes
de responder ao inventrio assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido- TCLE. Para
anlise dos dados utilizou-se o programa SPSS 13.0.
Para desenvolver este estudo foi utilizado o Inventrio de Motivao para a Prtica
Desportiva adaptado de Gaya & Cardoso (1998) que constitudo de 19 perguntas classificadas
em trs nveis de respostas, sendo estas: nada importante, pouco importante e muito
importante. Estas perguntas so agrupadas em trs categorias referindo-se aos aspectos de
Competncia desportiva, Sade e Amizade e lazer.
As questes, portanto, foram assim divididas quanto Competncia desportiva: voc
pratica a corrida para vencer; para ser o melhor no esporte; porque gosta; para competir; para
ser um atleta; para desenvolver habilidades; para aprender novos esportes e para ser jogador
quando crescer; na competncia Sade: para manter a sade; para desenvolver a musculatura;
para manter o corpo em forma e para emagrecer; e por fim na competncia Amizade e lazer:
para brincar; para encontrar os amigos; para divertir-me; para fazer novos amigos e para no
ficar em casa (INTERDONATO et al, 2008).
RESULTADOS E DISCUSSO
Os resultados sero apresentados a seguir, em forma de tabelas com frequncia relativa,
seguindo a ordem de descrio das tabelas e discusso dos resultados.
A Tabela 1 descreve os resultados gerais para os trs blocos de fatores motivacionais do
questionrio, apresentando que 44,3% da amostra total classificou o aspecto Competncia
desportiva como Pouco importante para a prtica do Atletismo; 88,6% e 77,2% acreditam que
os aspectos relacionando Sade e Amizade e lazer, respectivamente, so os critrios mais
importantes para motivar a sua prtica.
Tabela 1 Frequncia relativa de importncia de fatores motivacionais para a prtica do Atletismo.
Nada importante
Pouco importante
44,3
6,3
7,6
Muito importante
32,9
88,6
77,2
Esses resultados vo de encontro aos achados de Mouto et al. (2012), que em seus
estudos sobre motivao para a prtica de atividades fsicas determinaram que a Sade
encontra-se como o aspecto mais valorizado entre os praticantes. Achados de Interdonato et al.
(2008) realizado com vrios atletas adeptos de diferentes modalidades esportivas tambm
evidenciaram a Sade como fator preponderante prtica de atividades fsicas.
A anlise do fator Competncia desportiva por participao em treinamento (Tabela 2),
mostra que os atletas treinam tanto em equipe quanto individualmente e ambos relatam ser
Pouco importante a motivao relacionada a Competncia desportiva. Porm quando
analisada a resposta Muito importante, 42,4% dos praticantes que treinam em Equipe
percebem como aspecto mais relevante do que o grupo que treina individualmente (31,4%).
Tabela 2 Anlise do fator Competncia desportiva por participao em treinamento.
Competncia desportiva
Nada importante
Equipe
9,10%
48,50%
42,40%
Individual
20,00%
48,60%
31,40%
em segundo lugar, ficando atrs apenas do fator Sade. Este fator est relacionado competio,
status e aprendizagem motora.
J os estudos de Bento, Silva e Pontes (2008) com profissionais do atletismo encontraram
que a Competncia desportiva foi o fator mais importante para sua prtica, mostrando
diferenas por se tratarem de grupos distintos.
Na Tabela 3, que analisa a Sade como o principal fator de motivao prtica, observase que para os dois grupos, equipe e individual, a Sade uma caracterstica fundamental que os
instiga prtica.
Tabela 3 Anlise do fator Sade por participao em treinamento.
Sade
Pouco importante Muito importante
Equipe
11,40%
88,60%
Individual
2,80%
97,20%
Os estudos de Interdonato et. al (2008), Bento, Silva e Ponte (2008) e Mouto (2012)
relatam que a Sade foi o fator fundamental e imprescindvel prtica, no que se refere ao
objetivo pessoal de escolha do hbito de executar esse esporte.
Esta importante, acredita-se que seja pelo fato de trazer benefcios ao indivduo, como
melhor qualidade de vida, promoo da sade e surgimento de hbito de vida saudvel (PEREIRA
et al., 2009; INTERDONATO et al. 2008).
Enquanto que na anlise do fator Amizade e lazer verificou-se, tambm, que ambos os
grupos determinam como fator de grande relevncia para o treinamento, afinal 91,4% dos que
treinam em equipe e 67,6% dos que treinam individualmente classificaram-na como aspecto
Muito importante.
Tabela 4 Anlise do fator Amizade e lazer por participao em treinamento.
Amizade e lazer
Nada importante
Pouco
importante
Muito
importante
Equipe
5,70%
2,90%
91,40%
Individual
18,90%
13,50%
67,60%
Em relao ao fator Amizade e lazer, nos estudos de Pereira et al. (2009), no foram
dados valores percentuais significativos em relao aos aspectos anteriores. Na pesquisa de
Interdonato et. al. (2008) que observou atletas de modalidades individuais e coletivas percebeu
que no houve tanta importncia em ambos os grupos, pois a frequncia com que se encontra
em outras ocasies faz com que essa caracterstica no fosse to relevante.
CONCLUSO
Ao verificar os motivos que levam as pessoas prtica da corrida de rua, concluiu-se que
os fatores que mais motivam os praticantes de atletismo so a Sade e a Amizade e lazer, o fator
da Competncia desportiva, ficou bem atrs, e no foi tido como fator relevante.
No que se refere Sade, a atividade fsica praticada porque proporciona benefcios aos
indivduos e os instigam a estar na ativa para ter hbitos saudveis. Na Amizade e lazer, as
pessoas procuram a atividade fsica como forma de fazer novas amizades, ter o contato com
outras pessoas, e at mesmo para ter uma distrao fora de casa.
REFERNCIAS
1. BENTO. A. N. F.; SILVA, M. R.; PONTES, M. Motivao de atletas para a prtica do atletismo.
com o sexo, idade e nveis de desempenho desportivo. Revista Perfil. 1998. n. 02, ano 02.
5. INTERDONATO et al. Fatores motivacionais de atletas para a prtica esportiva. Revista Motriz.
Shape, 2003.
11. TRUCCOLO, A. B.; MADURO, P. A.; FEIJ. E, A. Fatores Motivacionais de Adeso a Grupos de
M.H.S. Arajo (IC) ; I. G. Melo (PQ) ; M.E.S. Souza (PQ) ; C.J. Borges (PQ)
2
Instituto Federal de Rondnia (IFRO) - Campus Porto Velho Calama-, Instituto Federal de Rondnia (IFRO) 3
Campus Porto Velho Calama-; Universidade Federal de Rondnia(UNIR) Campus Porto Velho e-mail:
[email protected]
RESUMO
O presente estudo tem como objetivo estudar os
componentes do estilo de vida dos estudantes dos
terceiros anos dos cursos tcnico integrado ao ensino
mdio Edificaes, Eletrotcnica e Informtica do
perodo matutino e vespertino, do IFRO, Cmpus Porto
Velho Calama. A amostra foi composta por 135 jovens,
com idade variando entre 15 a 21 anos de idade, sendo
78 do sexo masculino e 57 do sexo feminino. Os dados
foram coletados por meio do questionrio Perfil do
hbitos alimentares e de atividade fsica (NAHAS, BARROS & FRANCALACCI, 2000, p. 51).
Pensando nesses aspectos a professora de educao fsica da Instituio pesquisada, aplicou o
questionrio pentculo do bem-estar, no incio do ano letivo, para que os alunos pudessem
refletir e definir algumas metas de mudanas em seus hbitos para que o perfil de estilo de vida
individual apresentasse alteraes positivas ao longo do ano.
Ao trmino do ano letivo, os alunos responderam ao questionrio novamente e puderam
comparar o perfil de estilo de vida ao incio do ano com aquele apresentado ao trmino do ano.
So os resultados dessas avaliaes que se apresentam no presente artigo que tem por objetivo
estudar as variveis do estilo de vida dos estudantes dos terceiros anos dos cursos tcnico
integrado ao ensino mdio Edificaes, Eletrotcnica e Informtica do perodo matutino e
vespertino, do IFRO, Cmpus Porto Velho Calama.
METODOLOGIA
O universo deste estudo foi composto pelos estudantes do Instituto Federal de Rondnia,
Cmpus Porto Velho Calama. A amostra foi constituda por 135 jovens, com idade variando entre
15 e 21 anos de idade, sendo 78 do sexo masculino e 57 do sexo feminino.
Os dados foram coletados durante as aulas de Educao Fsica, por meio do questionrio
desenvolvido por NAHAS (2000), intitulado Perfil do Estilo de Vida, que inclui cinco
componentes relacionados qualidade de vida do indivduo, so eles: atividade fsica,
alimentao, controle de estresse, relacionamento e comportamento preventivo.
Para avaliao o estilo de vida dos estudantes cada componente foi categorizado, segundo a
pontuao que alcanou em: ALERTA!, que envolve recomendaes para mudanas de
comportamentos urgentes; PODE MELHORAR, com recomendaes para melhorar os
comportamentos avaliados; e V EM FRENTE!, com incentivo para continuar nesta direo. Os
dados foram tabulados no Programa Microsoft Excel 2007 e analisados a partir de estatstica
descritiva realizada com o Programa XLSTART 2013.
RESULTADOS E DISCUSSES
Foram obtidos os seguintes resultados percentuais em relao amostra: Atividade fsica 8,89%
Alerta!, 52,59% Pode Melhorar e 38,52% V em frente!; no componente Alimentao 24,44%
Alerta!, 63,70% Pode Melhorar e 11,85% V em frente!; Controle de estresse 20,74%
Alerta!, 60% Pode Melhorar e 19,26% V em frente!; Relacionamento 1,48% Alerta!, 33,33%
Pode Melhorar e 65,19% V em frente!; e Comportamento preventivo 3,70% Alerta!, 19,26%
Pode Melhorar e 77,04% V em frente! com seu comportamento preventivo (figura 1).
Figura 1 Perfil do estilo de vida de acordo com o Pentculo do Bem-Estar, Porto Velho RO,
2013.
O resultado da pesquisa mostra que h uma alta prevalncia de hbitos inadequados de
alimentao e de controle de estresse que podero interferir na sade dos jovens avaliados e em
seus rendimentos acadmicos. Com relao atividade fsica, h tambm uma alta prevalncia
de acadmicos com insuficincia para obter benefcios para sade. Sobre esse assunto,
importante destacar que a sade e qualidade de vida encontram-se interligados em vrios
aspectos. Segundo NAHAS (2003), qualidade de vida um constructo muito subjetivo de
percepo individual, ou seja, ela difere de pessoa para pessoa.
No entanto, o seu conceito geral envolve: estado de sade, longevidade, satisfao no
trabalho/estudo, perspectivas e oportunidades de um bom salrio, emprego, lazer e at
espiritualidade. Por outro lado, manter um estilo de vida saudvel um importante passo para
manuteno da sade.
Depois de realizada uma comparao da coleta do primeiro semestre de 2013 com a coleta
realizada ao final do segundo semestre de 2013, pudemos perceber que houve uma pequena
melhora nos componentes: atividade fsica e alimentao; e uma piora nos componentes:
controle de estresse, relacionamento e comportamento preventivo, tendo em vista que os
componentes que obtiveram melhoras so os principais no estilo de vida dos estudantes, pois
esto relacionados manuteno de uma boa sade fsica do corpo humano, atividade fsica e
alimentao.
Tabela 1 Comparativo entre coleta inicial e coleta final das amostras, Porto Velho RO, 2013.
Componentes
Atividade fsica
Alimentao
Controle de estresse
Relacionamento
Comportamento preventivo
Inicial
14,739
13,270
9,306
8,811
11,613
Final
13,268
12,723
9,741
9,563
11,750
p
0,213
0,205
0,331
0,088
0,784
Ainda que os resultados mdios no indiquem melhoras significativas, como pode ser observado
na tabela acima, a avaliao realizada para cada componente mostra essa melhora. Na figura a
seguir pode-se observar que o componente relacionamento e o comportamento preventivo tm
mais alunos com a recomendao V em frente!".
Figura 2 Comparao dos dados coletados ao incio com aqueles observados ao trmino do ano
letivo, Porto velho, 2013.
As melhorias no perfil do estilo de vida do grupo estudado pode ser resultado das aes de
educao em sade desenvolvidas durante as aulas de Educao Fsica, com uma poltica de
conscientizao e incentivo por parte dos professores da disciplina, com abordagem de
contedos relacionados a uma melhor alimentao para o indivduo, com a prtica de atividades
fsicas, com incentivo para uma alimentao adequada. Prtica essa que resultou na melhor
postura corporal dos estudantes, nas prticas alimentares saudveis e atividades fsicas no e fora
do IFRO.
CONCLUSES
Neste estudo, os componentes nutrio, estresse e atividade fsica do construto estilo de vida
individual dos estudantes dos terceiros anos dos cursos tcnico integrado ao ensino apresentam
deficincias preocupantes. Porm, aes de educao em sade podem sensibilizar os
estudantes para adoo de hbitos saudveis. Acredita-se que se essas intervenes
educacionais ocorrerem com responsabilidade interdisciplinar os resultados podem ser mais
expressivos.
Ao se considerar que os componentes do estilo de vida esto relacionados s graves doenas
como obesidade, hipertenso arterial sistmica, diabetes, depresso, entre outras, verifica-se a
necessidade desenvolver estratgias que corroborem com as prticas saudveis. Portanto,
avaliando a comparao do perfil do estilo de vida ao incio e no final do ano pode-se dizer que
essa melhora pode ser um grande passo para que os professores continuem com essa proposta
de sensibilizao aos estudantes, a ter um comportamento e hbitos ativos com objetivo de um
melhor estilo de vida e com isso uma melhor qualidade de vida.
REFERNCIAS
FONTOURA, A. S.; FORMENTIN, C. M.; ABECH, E. A. Guia prtico de avaliao fsica: uma
abordagem didtica, abrangente e atualizada. So Paulo: Phorte, 2008.
BARBANTI, V. J. Dicionrio de Educao Fsica e esportes. 2. ed. So Paulo: Manole, 2003.
FERNANDES FILHO, J. Novas tendncias da avaliao fsica. (Livro Digital) Verso 2010.
BRASIL. Parmetros Curriculares Nacionais: Ensino Mdio. Parte II Linguagens, Cdigos e suas
Tecnologias. Secretaria de Educao Mdia e Tecnolgica. Braslia: MEC, 2000.
PITANGA. F. J. G. Teste, medidas e avaliao em educao fsica e esportes. Salvador: UFBA,
2000.
LOPES, Vtor Pires; et al. Actividade fsica habitual da populao escolar (6 a 10 anos) dos aores.
R. Bras. Ci. e Mov. Braslia v. 11 n. 2 p. 07-12 junho 2003.
MELO, Iranira Geminiano; BORGES, Clio Jos. Aulas de Educao Fsica em escola ribeirinha:
Descrio de uma realidade a partir do olhar dos alunos. FIEP Bulletin, Vol. 79, Special Edition,
Art. II, p. 465-468. Foz do Iguau, 2009.
MATTOS, M. G.; ROSSETO JNIOR, A. J.; BLECHER, S. Teoria e Prtica da Metodologia da
Pesquisa em Educao fsica: construindo sua monografia, artigo cientfico e projeto de ao.
So Paulo: Phorte, 2004.
NAHAS, M.V., BARROS, M. V. G e FRANCALACCI, V.L.: O Pentculo do bem estar: Base conceitual
para avaliao do estilo de vida de indivduos ou grupos. Revista Brasileira de Atividade fsica e
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NAHAS, Markus Vinicius. Atividade fsica, sade e qualidade de vida: conceitos e sugestes para
um estilo de vida ativo. 6. ed. Londrina: Midiograf, 2013.
NAHAS, M. V. Atividade fsica, sade e qualidade de vida: conceitos e sugestes para um estilo
de vida ativo. 3. Ed. Londrina: Midiograf, 2003.
NAHAS, M.V. Atividade fsica, sade e qualidade de vida: conceitos e sugestes para um estilo
de vida ativo. Londrina- PR: Midiograf, 2001.
NIEMAN, David C. Exerccio e sade: como se prevenir de doenas usando o exerccio como seu
medicamento. Traduo: Marcos Ikeda. So Paulo: Manole, 1999.
C. A. H. Pereira (PQ)1 ; E. L. Melo (PQ)2 ; E. A. Carneiro (PQ)3 ; J. P. S. Clementino (PQ) ; T. V. Santana (PQ) ;
2
3
Instituto Federal do Cear (IFCE) - Campus Fortaleza, Instituto Federal do Cear (IFCE) Quixad.
RESUMO
Nos ltimos tempos, algumas instituies vm
assumindo o comando de aes sociais como maneira
de minimizar os efeitos causados sociedade pela falta
de polticas pblicas. Um dos grupos sociais que mais
necessita de cuidados so os idosos. Sensvel aos
problemas da populao o Corpo de Bombeiros do
Estado do Cear desenvolveu uma ao de
responsabilidade social denominada, Projeto Sade,
Bombeiros e Sociedade (PSBS). O objetivo geral foi
identificar os benefcios, assim como, o que esses idosos
sentem com a prtica regular de atividade fsica
desenvolvida pelo projeto e sua percepo qualidade
de vida depois de ingressar no PSBS. Considerando a
insero desse projeto no mbito do Estado do Cear,
qual conta com aproximadamente 360 ncleos, buscou-
O PSBS atende comunidade de Fortaleza em vrios ncleos e como objeto deste estudo
foi escolhido o ncleo Nosso Cho devido ao seu tempo de existncia, dez anos, e sua atuao
ativa junto aos participantes.
A fim de avaliar a importncia desse projeto para a comunidade do bairro Colnia,
elaborou-se a seguinte questo de pesquisa: Qual a viso dos moradores do bairro Colnia sobre
os benefcios auferidos ao participarem regularmente do Projeto Sade, Bombeiros e Sociedade
(PSBS)?
Buscando responder ao problema da pesquisa, definiu-se como objetivo geral identificar os
benefcios proporcionados pelo Projeto Sade, Bombeiros e Sociedade (PSBS) aos participantes
do ncleo no bairro Colnia. Adicionalmente, buscou-se identificar o perfil dos participantes do
PSBS.
Tomando por base o propsito do PSBS, elaborou-se o seguinte pressuposto: o Projeto
Sade, Bombeiros e Sociedade proporciona melhoria na qualidade de vida das pessoas que o
frequentam regularmente, em seus aspectos de sade, social e lazer?
Acredita-se que identificando a percepo da comunidade sobre os provveis benefcios
que poderiam ser trazidos populao por aes que envolvem o poder pblico e a sociedade,
estar-se- incentivando novas aes nesse sentido. O projeto em estudo traz na sua essncia a
responsabilidade social de instituies pblicas que mostram o interesse pela qualidade de vida
das pessoas.
As razes que levaram realizao deste trabalho so de cunho social e o mesmo se
justifica medida que se fomenta um maior conhecimento dos benefcios auferidos
comunidade participante. O desejo e a convico de mostrar sociedade a importncia dos
resultados advindos de projetos sociais desenvolvidos pelas organizaes como meio de mudar
uma realidade foi o que motivou a responsvel pela pesquisa para a realizao deste trabalho.
Nesse contexto, nasce o interesse da mesma em dar a conhecer o real valor de efetivas aes de
responsabilidade social em prol da comunidade, contribuindo para o desenvolvimento e a
transformao social, levando a uma sociedade mais justa.
2. MATERIAIS E MTODOS
A presente pesquisa classifica-se quanto ao mtodo como qualitativa e quantitativa
(RICHARDSON, 1999) e quanto ao tipo como descritiva, de opinio (CERVO; BERVIAN; DA SILVA,
2007).
O universo de pesquisa do presente estudo consistiu em pessoas participantes do Projeto
Sade, Bombeiros e Sociedade, ncleo Colnia, o qual realiza suas atividades desde 2003 no
salo da Igreja Nossa Senhora Aparecida, localizada na Avenida Leste Oeste, S/N, bairro Colnia.
H dez anos o PSBS desenvolve atividades regulares, trs vezes por semana, no horrio de
7h s 8h, sob a responsabilidade de soldados e oficiais do Corpo de Bombeiros.
Participam do ncleo Nosso Cho uma mdia de 120 pessoas de ambos os sexos, sendo a
maioria pessoas da terceira idade. Grande parte dessas pessoas participa do PSBS h mais de um
ano e, vrias delas, esto desde a criao do ncleo no bairro.
Nessa pesquisa contou-se com a participao de 68 pessoas. A avaliao do grupo foi feita
atravs de entrevista e aplicao de questionrio, ou seja, com dados primrios, cujo objetivo foi
identificar os benefcios fsicos e sociais, assim como, o que essas pessoas sentem com a prtica
regular das atividades desenvolvidas pelo projeto e a sua percepo no que se refere qualidade
de vida aps o seu engajamento no projeto. Vale ressaltar que a fase inicial deste trabalho
consistiu na explorao da literatura sobre o tema com a leitura de livros e de artigos tcnicos e
cientficos.
A aplicao do questionrio ocorreu nos meses de novembro e dezembro de 2013 e
demandou em mdia 20 minutos.
Para tabular os dados contou-se com o auxlio dos softwares Excel, verso 2010 e SPSS,
verso 17. Para analisar os dados se utilizaram as tcnicas de Contagem de Frequncia
(BARDIN, 2002) e Anlise de Discurso (FISCHER, 1995).
3. RESULTADOS E DISCUSSES
3.1. Contextualizao do Projeto Sade, Bombeiros e Sociedade (PSBS)
O PSBS foi criado em 2002, de forma voluntria, no Ncleo de Busca e Salvamento (NBS) do
Corpo de Bombeiros Militar do Cear, localizado na Avenida Leste-Oeste, com o objetivo de
orientar pessoas da terceira idade que faziam caminhadas nas proximidades quanto prtica
correta de atividade fsica.
Devido grande aceitao e procura pelo projeto, o mesmo se expandiu e foi oficializado
atravs da portaria interna n 023, de 18 de maro de 2003, criando uma fora tarefa para
ministrar atividades fsicas e sociais para a comunidade. Como resultado dessa grande
repercusso positiva do projeto, foi criado o Centro de Treinamento e Desenvolvimento Humano
(CTDH), atravs do Decreto Estadual n 27.141, de 18 de julho de 2003, cuja finalidade era
centralizar em um departamento a coordenao de todos os projetos sociais que esto sob a
competncia do Corpo de Bombeiros.
O Corpo de Bombeiros, numa viso empreendedora, defende que toda organizao deve
ter seu projeto de ao social como forma de contribuir para uma sociedade mais justa e
igualitria. Para tanto, necessria a unio de foras e habilidades para desempenh-lo com
destreza e assim chegar ao objetivo traado.
A idia inicial do PSBS contemplava exclusivamente o mbito da atividade fsica. Hoje,
devido evoluo do projeto, os coordenadores consideram que preciso uma ampliao do seu
campo de atuao, passando a ressocializao a ser o objetivo principal do mesmo, tendo em
vista depoimentos dos participantes que atestam a significativa melhoria de sua qualidade de
vida, tendo-se observado o resgate da vontade viver, de conviver em grupo, de voltar a fazer
parte da sociedade, de caminhar para uma velhice com autonomia. Segundo informaes do
CTDH, as atividades sociais so os aspectos que mais colaboram com a melhora da autoestima e,
consequentemente, da qualidade de vida.
Em 2011, o PSBS tinha cerca de 360 ncleos espalhados em todo o Estado do Cear, com
uma estimativa de 26 mil participantes, sendo 194 ncleos somente em Fortaleza. Tal iniciativa
do Corpo de Bombeiros Militar do Cear, que j se tornou uma ao de Estado, vem tendo
repercusso em todo o pas, servindo de modelo para projetos similares em outros estados
brasileiros.
3.2. Benefcios do Projeto Sade, Bombeiros e Sociedade (PSBS)
Para conhecer o pblico que frequenta o PSBS e entender como o mesmo influencia na
melhoria da qualidade de vida de seus participantes foi realizada uma pesquisa relacionando o
perfil social e a percepo dos benefcios trazidos pelo projeto.
3.2.1. Perfil social
Observa-se na Tabela 1 que, o PSBS tem como pblico alvo pessoas da terceira idade. Ao
analisarmos a faixa etria dos participantes fica evidente que a procura pelo mesmo feita de
forma mais frequente por pessoas com idade acima de 60 anos, considerada pelo IBGE como a
porta de entrada da terceira idade, representando mais de 63% dos entrevistados. No h
impedimento, porm, para que pessoas de faixas etrias mais baixas participem do projeto,
observando-se que quase 37% dos entrevistados tm menos de 60 anos de idade.
Tabela 1 Faixa etria
Faixa etria
mais de 60 anos
de 51 a 60 anos
de 41 a 50 anos
at 40 anos
Total
Frequncia
43
16
8
1
68
%
63,2
23,5
11,8
1,5
100,0
Frequncia
65
3
68
%
95,6
4,4
100,0
Frequncia
31
27
9
1
68
%
45,6
39,7
13,2
1,5
100,0
O grau de instruo do pblico que participa do projeto formado, em grande parte, por
pessoas que tem o ensino fundamental incompleto, 42,6%, ensino mdio completo, 30,9% e
ensino fundamental completo, 16,2% (Tabela 4). Observa-se que a baixa escolaridade no um
fator que inibe a participao das pessoas no projeto.
Tabela 4 Grau de instruo
Grau de instruo
Ensino Fundamental Incompleto
Ensino Mdio Completo
Ensino Fundamental Completo
Ensino Mdio Incompleto
Ensino Superior Completo
Ps-graduao
Total
Frequncia
29
21
11
4
2
1
68
%
42,6
30,9
16,2
5,9
2,9
1,5
100,0
Foi possvel observar por meio da Tabela 5, que o ncleo onde foi realizada a pesquisa um
grupo antigo, tendo em vista que mais de 67,8% frequentam o projeto h mais de cinco anos.
Isto evidencia que os benefcios esperados pelos participantes esto se concretizando e
ocorrendo a formao de vnculos sociais e afetivos, alm de os objetivos quanto melhoria da
sade esto sendo alcanados.
Tabela 5 Tempo de participao no projeto
Tempo
8 anos ou mais
5 a 7 anos
2 a 4 anos
7 meses a 1 ano
0 a 6 meses
Total
Frequncia
25
21
15
6
1
68
%
36,8
30,9
22,1
8,8
1,5
100,0
Frequncia
68
0
68
%
100,0
0
100,0
Observa-se na Tabela 7, que os aspectos como sade, com 18,03%; autoestima, com
17,46%; relacionamento social, com 16,62%; e lazer, com 15,21% esto entre os pontos que mais
se destacam na melhoria da qualidade de vida das pessoas que participam do projeto. O
relacionamento informal com os amigos adquiridos no convvio dentro do projeto d novo nimo
de viver aos seus participantes, fato esse retratado em reportagem veiculada em 22/04/2012, no
jornal Dirio do Nordeste, onde uma senhora afirma que Essa ao traz atividades que nos tiram
da ociosidade e nos do um novo objetivo para viver. No grupo, fazemos amigos, levantamos a
auto-estima e vivemos melhor em todos os sentidos (DIRIO DO NORDESTE, 2012, p. 11).
Tabela 7 Aspectos de melhoria com a participao no projeto
Aspecto de melhoria
Sade
Auto-estima
Relacionamento social
Lazer
Relacionamento familiar
Espiritual
Cultural
Outros
Total
Total
64
62
59
54
39
38
29
10
355
%
18,03
17,46
16,62
15,21
10,99
10,70
8,17
2,82
100,0
Embora o PSBS tenha como um dos objetivos principais a ressocializao, ficou evidenciado
na pesquisa que a prtica da atividade fsica o fator que mais estmulos trazem aos seus
participantes (Tabela 8).
Os dados obtidos da pesquisa encontram ressonncia na matria feita pelo Jornal O Povo,
de 2/10/2011, com o tema Atividade Fsica para o Corpo e a Mente onde se afirma que se os
pilares alimentao, atividade fsica e gentica so essenciais para a busca do bem-estar e do
envelhecer saudvel, os aspectos sociais e emocionais se mostram cada vez mais fortes, como as
relaes que se tem com as pessoas, com o trabalho, com as possibilidades que a cidade tem a
oferecer (O POVO, 2011). E nesse contexto que atuam os promotores e participantes do PSBS e
se mostra que os resultados esperados esto sendo alcanados.
Tabela 8 Atividades ofertadas pelo projeto que trazem mais estmulos
Grau de estmulo
Atividade
Estimula mais
(...)
Estimula menos
Frequncia
Frequncia
Frequncia
Atividade Fsica
Passeios outras localidades
Festas
Passeios locais (Fortaleza/CE)
Outros
52
12
2
1
1
76,47
17,65
2,94
1,47
1,47
5
20
16
24
3
7,35
29,41
23,53
35,29
4,41
4
19
15
22
8
5,88
27,94
22,06
32,35
11,76
Total
68
100,00
68
100,00 68
100,00
Observa-se na Tabela 9 que mais de 97% dos entrevistados avaliam o projeto com um
conceito acima de bom, enquanto apenas 2,9% o avaliam como regular. Isto mostra um elevado
grau de satisfao dos participantes, ressaltando-se que as pessoas que mais tempo
permanecem no projeto pertencem ao grupo que o melhor avalia.
Tabela 9 Avaliao do projeto
Excelente
timo
Bom
Regular
Total
Frequncia
6
43
17
2
68
%
8,8
63,2
25,0
2,9
100,0
O pensamento de Melo Neto e Froes (1999) retrata o PSBS no resultado das atitudes e
aes desenvolvidas pelo projeto, onde busca fortalecer a valorizao da dignidade humana, um
dos fundamentos da Constituio Federal, com o compromisso de contribuir para a diminuio
dos problemas sociais, elevando a autoestima e promovendo a qualidade de vida daqueles que
dele participam.
4. CONSIDERAES FINAIS
Os resultados possibilitaram concluir quanto ao perfil que, o PSBS tem como maior pblico
as pessoas da terceira idade, com idade acima de 60 anos (63%), considerada pelo IBGE como a
K.D.S. Pinto (IC); I. G. Melo (PQ) ; M.E.S. Souza (PQ) ; C.J. Borges (PQ)
2
Instituto Federal de Rondnia (IFRO) - Campus Porto Velho Calama-, Instituto Federal de Rondnia (IFRO) 3
Campus Porto Velho Calama-; Universidade Federal de Rondnia(UNIR) Campus Porto Velho e-mail:
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RESUMO
O objetivo deste artigo foi verificar o estilo de vida dos
participantes do Projeto Atletismo: iniciao ao
esporte. A amostra foi composta por 25 jovens, com
idade variando entre 13 e 18 anos de idade, sendo 14 do
sexo masculino e 11 do sexo feminino. Os dados foram
coletados por meio do questionrio intitulado Perfil do
Estilo de Vida, composto de cinco componentes
relacionados qualidade de vida do indivduo, so eles:
atividade fsica, alimentao, controle de estresse,
relacionamento e comportamento preventivo. Os dados
foram tabulados no Programa Microsoft Excel 2007 e
analisados a partir de estatstica descritiva realizada com
o Programa XLSTART 2013. Os resultados encontrados
Com isso, favorvel que existam alternativas para que o aluno compreenda a importncia do
esporte no seu cotidiano, perceba o destaque que existem em competies e compreenda que a
prtica esportiva um modo de trabalhar valores e atitudes vitais para o convvio social, o bemestar e a sade.
Em relao aos benefcios da prtica esportiva para um melhor convvio social pode-se destacar:
o respeito aos colegas competidores, s regras, aos coordenadores, o trabalho em equipe, a
relao entre ganhar e perder, o entendimento dos limites existentes em uma competio e as
relaes de amizade, alm de uma base educacional, na formao do aluno.
A prtica esportiva constitui um forte aliado na preveno de doenas, proporcionando, por
exemplo, o aumento da capacidade respiratria, circulatria e da densidade ssea e em quesitos
de reduo de peso, auxilia na perda de tecido adiposo, como tambm diminui e melhora os
ndices de estresse e de ansiedade. reconhecido que a prtica de atividades fsicas regulares
ajuda no controle de massa corporal, reduz a presso arterial, melhora o bem-estar psicolgico.
Durante a adolescncia, especificamente, existem evidncias de que a atividade fsica beneficia a
METODOLOGIA
Este estudo se reconhece descritivo, do tipo quantitativo. O instrumento de pesquisa foi um
questionrio desenvolvido por NAHAS (2000), denominado Perfil do Estilo de Vida. O universo
deste estudo foi constitudo 47 jovens, e a amostra formada por 25 adolescentes de 13 a 18 anos
de idade, sendo 14 do sexo masculino e 11 do sexo feminino.
O questionrio Perfil do Estilo de Vida incluiu cinco componentes do estilo de vida, que so:
Nutrio, a Atividade Fsica, o Comportamento Preventivo, os Relacionamentos e o Controle de
Estresse; cada um desses componentes avaliado de acordo com seis questes, as quais tm
como opo de resposta as afirmativas nunca (zero ponto), s vezes (um ponto), quase sempre
(dois pontos) e sempre (trs pontos).
Para cada componente do instrumento, (so cinco), pode haver um somatrio de 0 a 18 pontos
e, conforme a pontuao alcanada pode haver uma recomendao de incentivo para um estilo
de vida saudvel, conforme especificado a seguir:
De 0 a 6 pontos situao: ALERTA! recomendaes para mudanas de
comportamentos urgentes;
De 7 a 12 pontos situao: PODE MELHORAR! recomendaes para melhorar os
comportamentos avaliados;
De 13 a 18 pontos V EM FRENTE! recomendaes para continuar nesta direo.
Os dados foram tabulados no Programa Microsoft Excel 2007 e analisados a partir de estatstica
descritiva com o suplemento XLSTART 2013. Os resultados so apresentados em tabela e figura
de forma a facilitar o entendimento dos mesmos.
RESULTADOS E DISCUSSES
Na tabela 1, observamos que a mdia do componente alimentao a menor (9,00) em
comparao aos outros mdulos do questionrio Perfil do Estilo de Vida, isto ocorre, pois boa
parte desses alunos possui maus hbitos alimentares. Sobre esse assunto, Bastos, Machado e
Souza (2008, p. 1) afirmam que:
Vrios so os fatores que influenciam a uma alimentao inadequada. Quando no
participam da alimentao escolar, levam a merenda de casa ou dinheiro para comprar
seu lanche. Nos casos em que no h a participao dos pais na escolha dos alimentos,
necessria a orientao de profissionais qualificados na rea, principalmente no caso do
almoo (refeio de grande importncia para os brasileiros, responsvel por boa parte
de toda a parte calrica e de nutrientes do dia).
Tabela 1 Estatstica descritiva do Estilo de Vida, Porto Velho-RO, 2013.
Estatstica
IDADE ATIVIDADE ALIMENTAO
CONTROLE
FISICA
DE ESTRESSE
No. de
25
25
25
25
observaes
Mnimo
13,00
5,00
5,00
1,00
Mximo
18,00
18,00
18,00
18,00
1 Quartil
15,00
12,00
7,00
8,00
Mediana
17,00
14,00
9,00
10,00
3 Quartil
17,00
16,00
12,00
12,00
Mdia
16,28
13,28
9,92
9,76
Varincia (n-1)
1,79
13,38
14,08
14,27
Desvio-padro
1,34
3,66
3,75
3,78
(n-1)
RELACIONAMENTOS
25
COMPORTAMENTO
PREVENTIVO
25
4,00
18,00
12,00
14,00
15,00
13,44
9,67
3,11
9,00
18,00
11,00
14,00
15,00
13,20
7,75
2,78
importante reconhecer que se os alunos continuarem com este padro de atividade fsica, eles
tm a probabilidade de possurem uma vida saudvel na fase adulta.
importante que os alunos sejam identificados em situao de estresse, para que com isso
possam ser orientados e aprendam a reagir de modo equilibrado e que sofram menos com as
consequncias de fatores estressantes do dia a dia, que ocorrem na vida de todos.
A tabela que apresentamos a seguir est com os dados separados por sexo. Sobre os resultados
importante destacar que existem semelhanas e diferenas no estilo de vida de meninos e
meninas, sendo que segundo este estudo, no componente Atividade Fsica os rapazes so mais
ativos que as moas.
TABELA 2 Porcentagens obtidas no questionrio Perfil de Estilo de Vida de cada quesito e
recomendao, dividido por sexo, Porto Velho-RO, 2013.
CATEGORIA
Atividade fsica
Alimentao
Controle do estresse
Relacionamentos
Comportamento preventivo
ALERTA!
Masculino Feminino
18
29
18
7
27
10
-
PODE MELHORAR!
Masculino
Feminino
22
27
50
64
79
55
21
36
43
36
V EM FRENTE!
Masculino
Feminino
78
55
21
18
14
18
79
54
57
64
Neste estudo no foi verificado os motivos determinantes para que a porcentagem de alunos do
sexo masculino na prtica de atividades fsicas seja maior que a porcentagem feminina. Todavia
compreendido que para determinar tais motivos devem-se levar em conta uma srie fatores de
um dado grupo, como situao econmica, os tipos de exerccios praticados, a situao familiar e
escolar entre outros causadores desses resultados.
Ao utilizar estudos sobre atividades fsicas e os gneros (feminino e masculino), entende-se que
no se pode afirmar ao certo quem pratica mais, porm percebe-se que em pleno sculo XXI, a
mulher est mais preocupada com a prtica de atividades fsicas para a manuteno do corpo e
de uma silhueta magra. Em estudo relacionado a este assunto, Faerstein et al (2003) destacam
sobre predominncia masculina na prtica de Atividades Fsicas, um padro que tem sido
observado em outros estudos populacionais realizados em pases desenvolvidos. Cabe destacar
que os hbitos ativos so relativos, pois variam de sociedade para sociedade e de como
determinado grupo de pessoas recebeu a educao sobre as prticas corporais, ou seja, a prtica
de atividade fsica est relacionada cultura corporal de determinado grupo social.
Essas informaes apontam para a importncia e a necessidade de desenvolver projetos para os
jovens, pois existem hbitos que devem ser estabelecidos na juventude para que na fase adulta
viva-se bem, devido aos hbitos saudveis do seu estilo de vida.
A partir deste estudo, possvel compreender que mais da metade dos alunos que participam do
Projeto, Atletismo: Iniciao ao Esporte possuem caractersticas favorveis quanto ao estilo de
vida. Compreende-se que tais atitudes cotidianas refletem nas atitudes e valores dos alunos.
Pode haver mudanas no estilo de vida dos jovens ao longo da idade adulta, mas isso depender
da percepo de outros comportamentos.
O estilo de vida pode sofrer alteraes positivas com a implementao de aes afirmativas
como prtica de esportes que contribuem para sade, bem-estar e relacionamentos
(socializao) com colegas de treino e para que com isso desenvolvam uma conscincia de
hbitos ativos que levaro para a vida toda. evidente que a prtica esportiva escolar um fator
SANTOS, P. B.; STEFANELLO, J. M. F. Estresse em jovens atletas: artigo de reviso. Revista Digital.
Buenos Aires, Ao 15, N 147, Agosto de 2010.
(PQ)Pesquisador(a)
RESUMO
corporal uma balana Digital Camry EB9013, com preciso de 100 gramas, o equipamento tem
capacidade mxima de 200 quilogramas. Para mensurar a estatura foi utilizado um estadimetro
modelo tipo trena, com preciso de 0,1 cm, constitudo de parte fixa parede. Os avaliados
foram aconselhados a usarem calo e camiseta, e permanecerem descalo durante as avaliaes
(massa e estatura). Para o ndice de Massa Corporal foi calculado: a massa corporal em kg
(quilogramas) dividida pela estatura em m (metros) elevada ao quadrado (kg/m2). Em seguida,
para a determinao do ndice de sobrepeso e obesidade entre adolescentes foi aplicada a
classificao de Conde e Monteiro (2006). O nvel de atividade fsica foi mensurado atravs do
Questionrio Internacional de Atividade Fsica (InternationalPhysicalActivityQuestionnaire
IPAQ; verso 8, forma curta, ltima semana), desenvolvido pela OMS, com verso em Portugus
validado para a populao brasileira(Matsudo et al., 2001; ), e para adolescentes brasileiros
(GUEDES et al., 2005). A classificao da atividade fsica dos adolescentes foi baseada no critrio
desenvolvido pelo IpaqResearchCommittee (2005),esta classificao leva em considerao a
frequncia e a durao das atividades fsicas realizadas na ltima semana. Para este estudo, o
NAF foi subdividido em duas categorias: Inativo e ativo.
RESULTADOS E DISCUSSO
A tabela 1 mostra as caractersticas antropomtricas dos participantes. So 104
adolescentes, com idade entre 13 e 19 anos, sendo deste total, 49 (quarenta e nove) do sexo
masculino e 55 (cinquenta e cinco) do sexo feminino. A mdia de idade foi de 14,92 (1,51) anos.
Para os dados antropomtricos foi observado mdia de estatura de 1,63 (0,05) metros e massa
corporal mdia de 55,15 (2,84) quilogramas. No uso dos dados antropomtricos pode-se
identificar o IMC da amostra, de um modo geral, com mdia de 20,75 (2,08) kg/m2.
Mdia
+/-
Idade (anos)
14,92
1,51
104
Peso (kg)
55,15
2,84
104
Altura (m)
1,63
0,05
104
20,75
2,08
104
IMC (kg/m )
Aps a identificao do IMC, os adolescentes foram classificados em: baixo peso, peso
normal, sobrepeso e obesidade. A tabela 2 demonstra a classificao composta por 25 (24,2%)
sujeitos no grupo baixo peso, 69 (66,2%) no grupo peso normal, 10(9,6%) no grupo sobrepeso e 0
(0%) no grupo obesidade.
TABELA 2. Classificao do IMC, geral e por gnero.
GERAL
Caractersticas
Frequncia
MASCULINO
Frequncia
FEMININO
Frequncia
Baixo Peso
25
24,2%
14
28,5%
11
20,0%
Peso Normal
69
66,2%
28
57,2%
41
74,5%
Sobrepeso
10
9,6%
14,3%
5,5%
Obesidade
0%
0%
0%
104
100%
49
100%
55
100%
Total
Caractersticas
Frequncia
MASCULINO
Frequncia
FEMININO
Frequncia
Ativo
66
63,5%
37
75,5%
29
52,7%
Inativo
38
36,5%
12
24,5%
26
47,3%
104
100%
49
100%
55
100%
Total
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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Evidence based physical activity for school-age youth. J Pediatr,146,732-737, 2005.
1,2,3,4
RESUMO
Esse estudo pretendeu identificar e interpretar as
representaes de esporte e atividade fsica da
populao de Palmeira dos ndios - AL, verificando
semelhanas e diferenas entre os gneros, a
quantidade de sedentrios e buscando solues para os
problemas enfrentados. A pesquisa quanti-qualitativa,
exploratrio-descritiva e um estudo de caso. O
instrumento de coleta de dados foi um questionrio. A
anlise e a interpretao de dados foram feitas a partir
de categorias elencadas a posteriori, de acordo com as
falas dos entrevistados. A populao representou a
atividade fsica e o esporte sem dar-lhes conceitos
bsicos, mas exemplificando (no caso dos homens) e
evidenciando benefcios (no caso das mulheres). Foi
identificado que as mulheres so mais ativas fisicamente
que os homens e, que, os sedentrios na sua maioria
reclamam da falta de tempo e da falta de interesse.
PROCEDIMENTOS METODOLGICOS
Este estudo tem cunho quanti-qualitativo e trabalhou com a pesquisa exploratriodescritiva, j que se aprofundou no mundo dos significados das aes e relaes humanas,
estudando os mais variados aspectos (ALSSIO; SANTOS, 2005), atendo-se a percentuais quando
for pertinente, para identificar quantidade de pessoas e quais tm a atividade fsica como
norteadora de sua sade e qualidade de vida.
Os participantes da pesquisa so moradores do municpio de Palmeira dos ndios,
tornando-se assim um Estudo de Caso. O grupo de estudo foi formado por 100 (cem) pessoas,
porm trs delas desistiram durante a entrevista, ficando o grupo formado por 41 (quarenta e
uma) mulheres e 56 (cinquenta e seis) homens, residentes nos diversos bairros. A faixa etria dos
entrevistados foi dividida em trs grupos: adolescentes, para aqueles com idade de 15 a 18 anos;
adultos, para aqueles com idade compreendida entre 18 e 60 anos e idosos, para os que
apresentem idade maior que 60 anos.
pela Teoria das Representaes Sociais, que tem como foco central explicar como os fenmenos
do homem surgem e se modificam a partir de uma perspectiva coletiva, contudo sem perder de
vista a individualidade do sujeito. (MEDEIROS & SANTIAGO, 2010, p. 6).
Barbanti (2012, p.1) deixa evidente que existe representao social do esporte quando
expe que se alguns amigos discutem o resultado de uma partida de futebol, algum l a seo
de esportes de algum jornal ou ainda quando um hotel oferece esportes aos hspedes, ningum
fica confuso com o que seria esporte. O brasileiro apaixonado pelos esportes, principalmente
por futebol, ento existe um conhecimento dentro de senso comum para o quer seria esportes e
atividades fsicas.
O esporte
Esporte uma atividade competitiva institucionalizada que envolve esforo fsico
vigoroso ou o uso de habilidades motoras relativamente complexas, por indivduos, cuja
participao motivada por uma combinao de fatores intrnsecos ou extrnsecos. (BARBANTI,
2012). O autor ainda complementa seu conceito dizendo que para existir esporte, trs condies
devem ser analisadas: referir-se a tipos especficos de atividades, depender das condies sob as
quais acontecem e depender da orientao subjetiva dos participantes envolvidos nas atividades.
A timidez ou mesmo a tentativa de construir um conceito mais elaborado fez com que
houvesse demora nas respostas. As representaes dos homens convergiram no para um
conceito do que esporte e sim para a enumerao de vrias modalidades esportivas, como:
futebol, futsal, malhao entre outros. As mulheres tiveram uma representao de benefcios
dos esportes, citando a sade, o lazer e o bem estar como aquisio advinda da prtica dos
mesmos. Termos como atividade fsica ou mental, jogo, atividade do dia-a-dia, meio de vida
tambm foram relacionados. Como esperado, alguns relataram que no sabiam dizer o que era
esporte.
A atividade fsica
O perodo pr-histrico compreende uma fase em que o homem dependia de fora,
velocidade e resistncia para sobreviver, tendo que fazer longas caminhadas para seu
deslocamento e ainda lutar contra outros homens ou mesmo com animais para garantir sua
alimentao. Pode-se dizer que o homem era um ser extremamente ativo fisicamente, j que
vivia fazendo atividades musculares com gastos calricos.
No Brasil, de acordo com Pitanga (2002, p.51) os programas de atividades fsicas tiveram
incio alicerados em bases mdicas, procurando formar o indivduo saudvel. Na sequncia
houve o perodo influenciado pelo militarismo e pelo sucesso de equipes esportivas em mbito
mundial, fazendo com que as pessoas tenham suas representaes de atividades fsicas ligados a
esses fatos histricos.
Atividade fsica pode ser entendida como qualquer movimento corporal,
produzido pela musculatura esqueltica, que resulta em gasto energtico, tendo
componentes e determinantes de ordem biopsicossial, cultural e
comportamental, podendo ser exemplificada por jogos, lutas, danas, esportes,
exerccios fsicos, atividades laborais e deslocamentos. (PITANGA, 2002).
Quanto aos locais utilizados para as prticas, os entrevistados relataram que utilizam
praas, escolas, campo, pista, vias pblicas, academias e piscina. Fica evidente que os locais
pblicos so mais procurados para a prtica de atividades fsicas que os estabelecimentos
particulares. Quanto a locais prprios para atividades fsicas nos bairros de residncia, 75% dos
entrevistados relatou que esses so inexistentes. Os entrevistados que relataram a existncia de
locais para prticas de atividades fsicas, na sua totalidade, reclamaram das condies desses
locais, elencando falta de manuteno, falta de segurana, falta de iluminao adequada e,
ainda, a falta de projetos sociais que estimulem a populao a praticar atividades fsicas e
recreativas.
A falta de tempo o principal fator que afasta a populao da prtica de atividades
fsicas, tanto em homens como em mulheres. Os homens, na sequncia, elencam a falta de
espaos fsicos adequados, enquanto que as mulheres, surpreendentemente alegaram falta de
interesse como o segundo maior fator. Apesar dos ndices de violncia na cidade, noticiados
pelos meios de comunicao, uma pequena parte dos entrevistados atrelaram a informao
falta de atividades fsicas. Os problemas de sade foram lembrados por alguns homens, o que
muitas vezes se d pela falta de informao e orientao de um profissional da rea.
Homens
41,46%
9,75%
2,43%
12,19%
7,31%
2,43%
Mulheres
57,89%
26,31%
10,52%
5,26%
0
0
CONSIDERAES FINAIS
O esporte se tornou uma das principais ferramentas de interveno em polticas
pblicas para a juventude (NOGUEIRA, 2001). Com isso, vrios programas so fomentados para
ocupar o tempo ocioso de crianas e jovens com vulnerabilidade social. A prpria Prefeitura
Municipal de Palmeira dos ndios em parceria com instituies pblicas e privadas oferece
algumas atividades para a populao.
A populao representou a atividade fsica e o esporte, sem lhes dar um conceito
especfico, porm exemplificando-os (no caso dos homens) e mostrando seus benefcios (no caso
das mulheres). Sendo assim, o conhecimento advindo do senso comum e dos conhecimentos
experenciais colocam os entrevistados como conhecedores dentro da rea ligada Educao
Fsica.
Dentre os desejos para a prtica esportiva da populao, foram lembrados: futebol,
voleibol, handebol, futsal, basquete, natao, ciclismo, artes marciais, bal e atletismo.
evidente que para a prtica dessas atividades necessria a existncia de locais apropriados,
bem como para a prtica da musculao, relatada por muitos.
A caminhada foi lembrada por muitos dos entrevistados, que relacionaram a no prtica
falta de tempo ou falta de interesse. No quesito desinteresse, 25% dos entrevistados relataram
que no gostariam de fazer nenhuma atividade. Apesar de encontrar uma taxa de sedentrios
menor do que os fisicamente ativos notou-se uma grande falta de interesse na populao, que
poderia ser resolvida com campanhas educativas que evidenciassem os benefcios adquiridos
com a prtica de atividades fsicas regulares.
A populao sugeriu que mudanas e investimentos poderiam ser feitos para melhorar o
quadro da cidade de Palmeira dos ndios no que diz respeito prtica fsica: construo e
manuteno de locais adequados como praas, academias, ciclovia e reas verdes; investimento
na sade, na iluminao pblica e na segurana, bem como profissionais qualificados para
orientao, divulgao e incentivo de prticas saudveis.
A interpretao das representaes sociais acerca da atividade fsica e dos esportes da
populao de Palmeira dos ndios mostrou que os cidados so conscientes de seus direitos e
que, apesar de a maioria dos entrevistados ter apenas o ensino fundamental (analfabetos 5,
fundamental 42, mdio-39 e superior-11), existe um conhecimento nascido do senso comum
que evidencia os benefcios trazidos pela prtica de exerccios fsicos.
Em meio a isso, sugere-se a criao de projetos de atividades fsicas, orientados por
profissionais de Educao Fsica e/ou equipes de sade multidisciplinares, com uma grande
divulgao para que haja estmulo dos que ainda so sedentrios. H uma necessidade de
melhoria dos espaos fsicos, bem como da segurana e iluminao dos mesmos. Apesar da falta
dos espaos, nota-se que a populao, na sua maioria, adepta de hbitos fsicos saudveis e
que a prtica orientada de atividades fsicas j seria um ganho a curto prazo para a melhoria dos
ndices de sade do municpio.
REFERNCIAS
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ao terreno. In: V EPEAL Encontro de Pesquisa em Educao de Alagoas, 5, 2010, Macei-AL,
RESUMO
Este trabalho possui como finalidade maior apresentar
uma anlise em forma de grficos sobre a qualidade de
vida dos servidores (Docentes e Tcnicos) do IFRN campus Nova Cruz. Tendo como base um questionrio
que fora aplicado aos mesmos para que os dados
pudessem ser obtidos e analisados. Neste intuito de
investigar os servidores a fim de avaliar a percepo de
qualidade de vida e sade no trabalho, o que possibilita
comparaes futuras e a elaborao de propostas de
melhoria da qualidade de vida dos mesmos e
2. METODOLOGIA
Esta pesquisa de natureza aplicada com abordagem quantitativo-qualitativa. A
estruturao dos passos da pesquisa se dar inicialmente pela reviso da literatura sobre o tema
proposto e, subsequentemente, a aplicao de um questionrio atravs da ferramenta de
planilha eletrnica disponibilizada pelo sistema Google Docs como instrumentos de coleta. Os
dados apresentados sero analisados, tratados atravs da planilha do sistema Microsoft Office Excel e discutidos ao final.
O questionrio QVS-80 foi escolhido para investigar os desfechos relacionados qualidade
de vida e sade no trabalho sendo composto por 80 questes. No QVS-80 so identificados
quatro domnios: domnio da sade (Sade), domnio da atividade fsica (AF), domnio do
ambiente ocupacional (AO) e domnio da percepo da QV.
O domnio da sade composto por 30 questes, o domnio da atividade fsica
composto por 15 questes sobre a atividade fsica no lazer, o domnio do ambiente ocupacional
composto por 11 questes sobre a atividade fsica no trabalho e no ambiente ocupacional e o
domnio da percepo da QV composto por 24 questes sobre caractersticas pessoais,
coletivas e de autonomia.
Para a pesquisa, em seu campo emprico, contamos com o campus de Nova Cruz do
Instituto de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e os sujeitos
colaboradores desta pesquisa foram os seus servidores no perodo letivo de 2013, sendo
contatados atravs e correio eletrnico sistmico ou diretamente pelos bolsistas, j preparados,
para, em seguida, responderem voluntariamente ao questionrio.
3. FUNDAMENTAO TERICA
Segundo Rodrigues (1999 apud Vasconcelos, 2001) o tema da qualidade de vida no
trabalho, com outros ttulos e contextos, sempre foi objeto de preocupao da humanidade e no
sculo XX pesquisadores como Helton Mayo na Western Eletric Company nos anos 20.
Para Couto (1995 apud Rosa, 2006) foi no ano de 1915 com a fundao da Comisso de
Sade dos Trabalhadores na Indstria de Munies, que a preocupao com a sade do
trabalhador se iniciou institucionalmente e era composta por fisiologistas e psiclogos, com o
trmino da Guerra, foi transformada no Instituto de Pesquisa da Fadiga Industrial e, mais tarde,
passou a se chamar Instituto de Pesquisa sobre Sade no Trabalho.
J Abraham H. Maslow hierarquizou as necessidades fundamentais onde, citado por
Vasconcelos (2001), ele coloca as necessidades fisiolgicas, de segurana, de amor, estima e
autorrealizao. Rodrigues (apud Vasconcelos, 2006) tambm menciona a teoria X de Douglas
McGregor onde relaciona o compromisso com objetivos ao recebimento de recompensas.
Frederick Herzberg citado por Vasconcelos (2001) apresentou a ideia de que a insatisfao
com o trabalho estava associada ao ambiente de trabalho e a satisfao se relacionava ao
contedo do trabalho e passou a classificar os fatores intervenientes na qualidade de vida no
trabalho como higinicos e motivadores. Os higinicos ou capazes de causar insatisfao do
trabalho como sendo: a poltica e administrao da empresa, as relaes interpessoais com os
supervisores, superviso, condies de trabalho, salrios, status e segurana no trabalho. Os
motivadores ou geradores de satisfao so: realizao, reconhecimento, o prprio trabalho,
responsabilidade e progresso ou desenvolvimento.
Segundo Veiga (2000 apud Vasconcelos, 2001) destaca que atualmente as pessoas tm
trabalhado cada vez mais tendo menos tempo para si mesmas e Handy (apud Vasconcelos, 2001)
Autoestima;
4. RESULTADOS
Aps realizarmos as pesquisas aqui propostas, utilizando um questionrio (contidas 80
questes) designado a qualidade de vida no trabalho com 40 servidores (docentes e tcnicos) do
IFRN Campus Nova Cruz, foi possvel extrair determinadas informaes a respeito da QVT dos
investigados. Escolhemos trs questes para que alm de representarmos em formas de grficos,
pudssemos tambm realizar a analise das mesmas.
No grfico notamos que a minoria, representada por 12% dos entrevistados, praticam
atividades fsicas muito raramente. Apenas 13% possui uma vida adepta prtica de exerccios
fsicos. Enquanto uma parcela de 20% nunca realiza atividades fsicas satisfatrias para sua
melhor condio fsica, 33% o faz frequentemente.
O grfico a seguir referente questo 57 que trazia a seguinte pergunta: Como voc
avalia a sua qualidade de vida?
Com base nas informaes obtidas atravs do grfico da questo 57, vemos que a
maioria, representada por 58% dos entrevistados, afirmam ter uma boa qualidade de vida. Ao
mesmo tempo, apenas 10% classificaram sua QV como muito boa. Os demais declararam a sua
qualidade de vida como ruim (3%) e regular (29%), isso significa que a maioria que respondeu o
questionrio pussui uma QVT boa, de acordo com suas respectivas opinies, j o restante no
tem um qualidade de vida to favorvel.
O grfico a seguir corresponde questo 42 que continha a seguinte pergunta: Com que
frequncia voc teve sintomas negativos tais como mau humor, desespero, ansiedade e
depresso nas ltimas duas semanas?
5. CONCLUSO
Por fim, aps termos realizado as devidas pesquisas com alguns servidores e analisado as
mesmas atrs de grficos, conclumos que h uma necessidade maior da prtica de atividades
fsicas, de uma refeio mais saudvel e dentro os aspectos favorveis QVT. Levando em conta
os dados obtidos, podemos assim, direciona-los a uma possvel soluo que trar aos servidores
do campus de Nova Cruz uma melhoria em sua qualidade de vida. Considerando o exposto,
sugere-se que seja implementado um programa de exerccios fsicos no instituto, a oferta de
refeies de cunho mais saudvel e o controle clnico regular com orientaes nos casos
necessrios.
REFERNCIAS
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LORKORKI, CRB; RISSI V. Avaliao da qualidade de vida no trabalho: estudo de caso no setor
pblico.
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Promoo da Qualidade de Vida: Uma Viso Geral dos Instrumentos WHOQOL. Acessado em
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ROSA, MAS; PILATTI, LA. Qualidade de vida no trabalho e a legislao pertinente. Revista Digital
2006 Febrero - Buenos Aires - Ao 10 - N 93.
VASCONCELOS, AF. Qualidade de vida no trabalho: origem, evoluo e perspectivas. Caderno de
Pesquisas em Administrao 2001 janeiro/maro; So Paulo, v. 08, n 1.
RESUMO
Este projeto descreve aes realizadas no IFRN
Campus Mossor buscando Qualidade de Vida no
trabalho, que uma diretriz organizacional do trabalho,
trata-se de uma filosofia que leva em conta o bem estar
dos colaboradores dentro de uma organizao,
procurando mant-los mais saudveis, diminuindo
estresse e exausto, tornando-os motivados, produtivos
e satisfeitos com o seu trabalho. Neste contexto, a
qualidade de vida vem se tornando o foco principal da
sociedade contempornea na esfera pessoal, social e
TITULO EM INGLS
ABSTRACT
This project describes actions taken in IFRN Campus Mossor seeking Quality of Working Life, which
is an organizational guideline of the work, it is a
philosophy that takes into account the welfare of
employees within an organization, keeping them looking
the healthiest decreasing stress and exhaustion, making
them motivated, productive and satisfied with their
work. In this context, the quality of life is becoming the
main focus of contemporary society in personal, social
and family sphere, thinking about this issue, our project
lado, as empresas seriam beneficiadas com uma fora de trabalho mais saudvel, menor
absentesmo/rotatividade, menor nmeros de acidentes, menor custo de sade
assistencial, maior produtividade, melhor imagem e, por ultimo, um melhor ambiente de
trabalho. (Silva e De Marchi, 1997)
A prtica de atividades fsicas sistmicas seria o ideal para um estilo de vida saudvel. No
entanto, observa-se uma restrio ao acesso dessa forma de prtica por algumas camadas da
sociedade por critrios socioeconmicos. Contudo, longe do ideal, observa-se uma vertente que
onde o movimentar-se, independente da forma, vlido e tem certo impacto positivo na sade
dos indivduos.
Intervenes sobre a Qualidade de Vida de um sujeito ou de um grupo lidam com a
melhora do bem-estar e, principalmente, com a possibilidade de autonomia por parte do
indivduo (VILARTA; GONALVES, 2004, p. 17 - 26). A atividade fsica como forma de melhoria da
qualidade de vida e bem-estar exige ateno profissional com relao ao impacto sobre a sade
clinica, social e emocional, pois a autonomia pessoal resultante de uma boa condio de sade,
relacionamentos pessoais e capacidade de realizao prtica das expectativas individuais.
Relao empresa/Qualidade de Vida
O trabalho ocupa um espao importante na vida do homem e da sociedade. Porm, h
conflitos na relao do homem com o trabalho. Dependendo das condies a que os
trabalhadores so expostos, eles podem adquirir doenas e at morrer. Na contramo h
indivduos que consideram a aposentadoria a causa do adoecimento e da morte.
Segundo Pastore (2007),
No Brasil existe uma conscincia de preveno muito melhor que a de anos atrs, muito
embora ainda seja deficiente. Anualmente, so notificados mais de 300 mil casos de
adoecimento, acidentes ou mortes que esto diretamente relacionadas s condies de
trabalho, contudo, estima-se que esse nmero seja mais de trs vezes maior. Dados do
sistema de previdncia social do ano de 2004 revelam que perdas decorrentes de
acidentes e doenas profissionais so substanciais, chegando a quase 25 bilhes de reais
por ano. (Pastore 2007)
seu baixo custo de implementao. O termo ginstico laboral muito conhecido e difundido em
empresas de mdio e grande porte.
Diversos estudos surgiram com a repercusso negativa das atividades ocupacionais sobre
o indivduo, eles visam adequar tarefas e estruturas organizacionais as necessidades dos
trabalhadores, buscando assim satisfao e melhoria no desempenho. Avanos tecnolgicos na
rea da engenharia de produo aliadas as medidas de ergonomia fsicas baseadas na
biomecnica ocupacional, os programas de promoo sade, so exemplos de intervenes
voltadas para esse fim.
METODOLOGIA
O presente projeto se caracterizou como sendo uma pesquisa de natureza descritiva,
exploratria e de abordagem mista qualitativa e quantitativa, atravs do qual se pretendeu
encontrar fundamentao para confirmar o sentido e significado da qualidade de vida e sade na
vida do homem trabalhador, assim como assegura Figueiredo (2007) quando afirma que os
significados das relaes humanas, esto em suas aes e so influenciadas pelas emoes e/ou
sentimentos aflorados diante das situaes vivenciadas no dia-a-dia. Para tanto, nosso projeto
tambm caracteriza-se de natureza aplicada e, de acordo com seus objetivos, assume o perfil de
pesquisa quantitativa, cuja GIL (1994) diz que a pesquisa quantitativa considera que tudo pode
ser quantificvel, o que significa traduzir em nmeros opinies e informaes. Para classifica-las e
analisa-las requer o uso de recursos e de tcnicas estatsticas. O pblico alvo deste estudo
constituiu-se de servidores e colaboradores do IFRN Campus Mossor, na cidade de Mossor,
Rio Grande do Norte. Servidores e colaboradores foram convidados a responder um questionrio
intitulado Diagnstico de Sade e Qualidade de Vida no Trabalho, organizado e
operacionalizado pela Diretoria de Gesto de Pessoas IFRN.
RESULTADOS E DISCUSSES
Dentre os diversos resultados, o diagnostico apontou que, dos 58 participantes que
responderam pesquisa, 76% encontravam-se acima do peso ou obesos (Figura 1).
Figura 1 Grfico do ndice de massa corprea (Fonte Diretoria de Gesto de pessoas IFRN)
Outro dado preocupante revelado no diagnstico que, dos 58 que participaram da
pesquisa, apenas 18 tm praticado atividade fsica 3(trs) ou mais vezes por semana nos ltimos
meses.
E. R. Andrade.; G. S. Bispo
Docente do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Campus Natal Zona
Norte; Pesquisador do NEPECC Ncleo de Estudos e Pesquisa em Educao, Corpo e Cultura
2
Discente do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Campus Natal Zona
Norte; Pesquisador do NEPECC Ncleo de Estudos e Pesquisa em Educao, Corpo e Cultura
E-mail: [email protected] [email protected]
RESUMO
Nos ltimos anos, ocorreu um aumento considervel da
populao idosa. Tal fato mostrou uma real necessidade
de conhecer a terceira idade de uma forma melhor. O
artigo apresenta uma pesquisa de espcie meta-anlise
qualitativa que tem por objetivo entender como os
pesquisadores que fazem parte dos Institutos Federais
tm analisado o tema da velhice e o envelhecimento
humano. A coleta de dados foi realizada nos Anais do
Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovao
(CONNEPI), em suas edies compreendidas entre os
STATE OF ART: THE SCIENTIFIC PRODUCTION ON OLD AGE AND HUMAN ENVELHICIMENTO
DEVELOPED BY RESEARCHERS FEDERAIS INSTITUTES OF EDUCATION, SCIENCE AND
TECHNOLOGY
In recent years, there was a considerable increase in the
elderly population. This fact shows a real need to know
the seniors in a better way. The article presents a
survey of species qualitative meta-analysis aims to
understand how the Federal Institutes studies have
examined the topic of aging and human aging. Data
collection was performed in the annals of Congress
North Northeast Research and Innovation (CONNEPI),
2008-2012, in all thematic sections. After analysis it was
found that, the phenomenon has been little explored in
o desconhecimento desse natural e inevitvel processo contribui para o fato de muitas pessoas
no aceitarem o seu prprio envelhecimento, e em consequncia aumentar o preconceito pelo
qual passam alguns velhos em nossa sociedade. Sobre esse assunto Morim (1999) afirma que o
ser humano ignorando a morte, rejeitando-a, tende a recusar a velhice. Por sua vez Martin (2002)
assinala que a velhice, para muitos pode ser entendida como um assunto abstrato, pois retrata
uma categoria criada socialmente para delimitar o perodo em que os indivduos ficam
envelhecidos, velhos, idosos.
O CAMINHO METODOLGICO
Em relao aos aspectos metodolgicos a pesquisa pode ser caracterizada como sendo
um estudo do tipo meta-anlise qualitativo. De acordo com Luiz (2002), a meta-anlise como
uma sntese de perguntas sobre um determinado assunto, que apresenta destaque na produo
de concluses quantitativas. Conforme o autor, ela no representa uma tcnica especfica de
anlise de dados, mas um modelo do qual o estudioso se ampara a uma nova perspectiva para
agrupar resultados e concluses alheias.
Para atender os nossos objetivos de pesquisa, analisamos os Anais do Congresso Norte
Nordeste de Pesquisa e Inovao (CONNEPI), alusivas ao perodo compreendido entre os anos
2008 e 2012, em todas as sees temticas, referentes as 11 grandes reas do conhecimento que
compem o referido congresso cientfico, a saber: Cincias da Sade; Cincias Sociais Aplicadas;
Cincias Exatas e da Terra; Cincias Biolgicas; Engenharias; Cincias Agrrias; Cincias Humanas;
Lingustica; Letras; Artes. Estas, por sua vez, obedecem a uma subdiviso que consta com um
nmero de 76 subreas nas quais os participantes do congresso podem submeter artigos para
serem apresentados. Ressaltamos que a busca se deu nos anais do CONNEPI disponibilizados
eletronicamente em seus respectivos stios.
Para a busca dos artigos com os quais trabalhamos utilizamos as seguintes palavraschave: envelhecimento, velhice, idoso (a), terceira idade, velho (a), melhor idade, aposentadoria.
De um total de aproximadamente 7500 trabalhos apresentados durante os anos pesquisados,
encontramos apenas 17 publicaes, um nmero em torno a 0,23% dos artigos publicados.
A partir deste levantamento, procuramos verificar o objetivo dos artigos, os
procedimentos metodolgicos, os principais resultados e suas respectivas sugestes, com a
finalidade de entender como os estudos em Institutos Federais tm analisado o tema da velhice e
o envelhecimento humano.
RESULTADOS E DISCUSSES
Os 17 artigos analisados para esse estudo, sobre a temtica da velhice e do
envelhecimento humano, esto organizados no quadro 1 que conta tambm com o ttulo e sua
respectiva autoria, ano no qual foi apresentado, alm da rea e subrea de publicao no
CONNEPI. A seguir observada a sigla da rea/subrea junto com sua nomenclatura: CSN
Cincias da Sade (Nutrio) CSE Cincias da Sade (Enfermagem); CSC Cincias da Sade
(Coletiva); CSF Cincias da Sade (Educao Fsica); FTO Fisioterapia e Terapia Ocupacional;
CSA Cincias Sociais Aplicadas (Administrao); CSU Cincias Sociais Aplicadas (Arquitetura e
Urbanismo); CHE Cincias Humanas (Educao); LET Letras.
Quadro 1 Artigos pesquisados
ANO
ARTIGO
REA
2009
LET
2010
CSF
2011
CSF
2011
CSF
2011
CSF
2012
CSN
2012
CSN
2012
CSE
2012
CSC
2012
A VIOLNCIA E OS MAUS TRATOS CONTRA O IDOSO NO MUNICPIO DE BOA VISTA- RR: UMA
REALIDADE QUE CRESCE A CADA DIA (PEREIRA; PRAZERES; SANTOS)
CSC
2012
CSF
2012
CSF
2012
FTO
2012
CSA
2012
CSU
2012
CHE
2012
ALFABETIZAO E BEM ESTAR DOS IDOSOS NAS PRTICAS PERTINENTES AO PROJETO VIDA
SAUDVEL NA MELHOR IDADE (PEREIRA; AQUINO)
CHE
Fonte Elaborado pelos autores do artigo com base nos dados do CONNEPI (2008 2012).
A seguir o grfico 1 mostra a quantidade de artigos por rea Cincias da Sade, Cincias
Humanas, Cincias Sociais Aplicadas e Letras encontrados na pesquisa dos dados do CONNEPI
(2008 2012) sobre envelhecimento e velhice.
rea
2
0
Cincias da Cincias
Humanas
Sade
Cincias
Sociais
Aplicadas
Letras
Fonte Elaborado pelos autores do artigo com base nos dados do CONNEPI (2008 2012).
Como se pode observar, a rea de Cincias da Sade (CSN, CSE, CSC, CSF, FTO) acumula a
maior parte das publicaes sobre o referido tema: 12 trabalhos, que representa 70,58% do
contingente total da pesquisa. Logo em seguida, empatados, com 2 artigos - 11,77% - cada, vem
as reas de Cincias Humanas (CHE) e Cincias Sociais Aplicadas (CSA, CSU), por fim, a rea de
letras (LET) tendo 1 publicao com 5,89% do total.
De acordo com as metodologias e as estratgias de pesquisas utilizadas nos artigos
observamos que a grande maioria foi de espcie quantitativa, perfazendo um total de 11
trabalhos (SILVA; COSTA; ALMEIDA; CASAGRANDE; SANTOS, 2012; SILVA; COSTA; ALMEIDA;
CASAGRANDE; SANTOS, 2012; SILVA; SANTOS; OLIVEIRA, 2012; CAPISTRANO; ARAJO; SILVA;
PEIXOTO; CUNHA; CARVALHO, 2012; SOUZA, 2012; SILVA; FONTES; JUNIOR, 2012; FREITAS;
MEIRELLES; INOCENTE, 2012; FERREIRA; CARVALHO; SILVA; MAIOR, 2012; NETO; MELO; SANTOS;
BARBOSA; S, 2011; SILVA; FREITAS; MARTINS; MARINHO; RODRIGUES, 2011; DANIEL; VICTOR;
GUERRA, 2010).
Por sua vez, as pesquisas de carter qualitativas totalizaram 5 artigos (PEREIRA;
PRAZERES; SANTOS, 2012; OLIVEIRA; PAIVA, 2012; FLIX; SANTOS; SILVA, 2012; PEREIRA;
AQUINO, 2012; BRANDO, 2009). E por fim 1 artigo utilizou-se das duas estratgias (PAULINO;
PEREIRA; AQUINO, 2011).
Foi verificado que o ano de 2012 teve participao expressiva com 12 trabalhos sobre a
temtica velhice e envelhecimento. Logo aps, 2011, com 3 trabalhos selecionados. E em seguida
2010 e 2009, empatados, com apenas 1 artigo cada. Em 2008 no teve nenhum artigo publicado
em relao ao assunto. Observa-se uma curva ascendente em publicaes de artigos dentro da
temtica pesquisada, pois no decorrer dos anos o nmero aumentou de forma significativa. Isso
nos indica o crescente interesse da comunidade cientfica por questes relacionadas a velhice e
ao envelhecimento humano. A seguir o grfico 2 ilustra esses dados de forma mais objetiva.
Grfico 2 Quantidade de artigos publicados por ano.
14
12
10
8
Quatidade de Artigos
Publicados/Ano
6
4
2
0
2012
2011
2010
2009
2008
Fonte Elaborado pelos autores do artigo com base nos dados do CONNEPI (2008 2012).
pas, em especial pelo esforo em desenvolver estudos propositivos que permitem amenizar as
condies de marginalidade em que vivem grande parte dos idosos e/ou ainda pensarem em
solues promotoras de uma melhor qualidade de vida para as pessoas que esto vivenciando
essa fase da vida.
CONSIDERAES FINAIS
Acreditamos que a anlise e discusso presentes nesse artigo, mesmo que de maneira
preliminar, nos impulsionou a investir em novos estudos que nos ajudem a melhor compreender
a velhice e o envelhecimento humano. Confiamos tambm que os resultados aqui apresentados
so importantes, medida que nos ajudam a desenhar o retrato de como estas referidas
temticas esto sendo estudadas no mbito dos Institutos Federais. Constatamos que ainda so
poucos os estudos no mbito dessas instituies de ensino e pesquisa quem tem como objetivo
estudar os fenmenos do envelhecimento e da velhice, tal constatao pode ser aferida,
sobretudo, pelo reduzido nmero de trabalhos apresentados sobre as temticas em questo em
um dos principais fruns de divulgao cientfica, o CONNEPI. Porm, de maneira geral,
entendemos que mesmo sendo escassas as pesquisas relacionadas a rea, houve um aumento
significativo nos ltimos anos. Isto mostra que esse campo de investigao, de maneira gradativa
vem ganhando maior interesse da comunidade cientfica. Por fim, estamos conscientes que o
recorte utilizado na presente reflexo consiste apenas no primeiro passo em nosso objetivo de
entendermos e contribuirmos de maneira mais eficaz com essas temticas que consideramos
atuais e ao mesmo tempo ainda carentes de pesquisa, principalmente no mbito dos Institutos
Federais.
REFERNCIAS
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http://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/view/2378 >. Acesso em: 07 maio
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Disponvel
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Disponvel
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exerccio
fsico. ,
2012.
Publicado.
Disponvel
em:
<
RESUMO
A educao inclusiva um tema bastante discutido na
sociedade, em especial no que diz respeito
transformao atravs de um processo em que amplia a
participao de alunos deficientes nos estabelecimentos
de Ensino Regular. O seguinte artigo trata de um relato
de experincia das observaes e prticas vivenciadas
pelos acadmicos durante o estgio supervisionado IV
que visa educao inclusiva. O mesmo ofertado pelo
curso de licenciatura em educao fsica do Instituto
Federal de Educao Cincia e Tecnologia do Cear,
campus Juazeiro do Norte. O mesmo foi realizado em
uma escola da rede privada da cidade de Barbalha-Ce
INTRODUO
A educao inclusiva um tema que cada vez mais vem sendo discutido dentro da
sociedade. A mesma visa uma transformao atravs de um processo em que se amplia a
participao de todos os estudantes, deficientes ou no, nos estabelecimentos de Ensino
Regular.
Esta incluso passa por uma reestruturao tanto dentro da cultura escolar quanto dentro
das polticas pblicas de educao, de modo que estas possam atender e respeitar a diversidade
dos educandos, auxiliando em seu desenvolvimento. Alm disso tambm devem contribuir para
a reestruturao de prticas e aes cada vez mais inclusivas e sem preconceitos.
O movimento de incluso dos alunos com deficincia nas escolas pblicas pressupe a
educao como sendo um direito de todos os indivduos. Sendo assim, definida na Constituio
Federal, no artigo 205, a educao como um direito de todos, garantindo o pleno
desenvolvimento da pessoa, o exerccio da cidadania e a qualificao para o trabalho. No seu
artigo 206, inciso I, estabelece a igualdade de condies de acesso e permanncia na escola,
como um dos princpios para o ensino e garante como dever do Estado, a oferta do atendimento
educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (BRASIL, 1988). Todas as
crianas podem participar das atividades desenvolvidas na escola, mas para que haja interao
por parte delas deve haver um planejamento pedaggico focado na dinamizao e respeito s
diversidades dos educandos.
Anteriormente, as crianas com algum tipo de deficincia ficavam em instituies
distintas especializadas, e raramente acontecia destas assistirem aulas com as demais crianas.
Atualmente estas s so includas em escolas especializadas quando no for possvel sua
integrao na escola regular, como posto na Lei de Diretrizes e Bases da Educao (LDB) no Art.
58 2o O atendimento educacional ser feito em classes, escolas ou servios especializados,
sempre que, em funo das condies especficas dos alunos, no for possvel a sua integrao
nas classes comuns de ensino regular. Sendo assim, deve-se dar a oportunidade para ver a
interao da criana com deficincia com as demais.
Pode-se notar que a lei bem clara quanto incluso dentro da escola, contudo a
construo para uma melhor educao inclusiva um dever que cabe a todos dentro da
sociedade para que haja melhor acolhimento de tal prtica. Deve-se haver respeito, aceitao,
qualificao, tanto na estrutura fsica da escola, quanto na formao dos professores para
atender esse pblico.
Sendo assim, o presente trabalho constitui-se de um relato de experincia dos
acadmicos durante o estgio supervisionado IV, que proporciona a vivncia da prtica de ensino
inclusivo, na rede regular de ensino. O mesmo foi realizado em uma Instituio privada, de
educao infantil e fundamental I na cidade de Barbalha-Ce.
Este estudo tem como objetivo geral relatar a experincia do Estgio Supervisionado IV,
da Educao Inclusiva, durante as aulas de Educao Fsica no ensino infantil III e segundo ano do
fundamental I. Neste, sero relatados as dificuldades e desafios encontrados, incluso dos alunos
deficientes durante as aulas e ainda os conhecimentos/aprendizados adquiridos durante as
observaes e regncias. Como objetivos especficos descrever seu planejamento, a realizao
das aulas, a experincia de trabalhar com esse pblico e dificuldades e aprendizados adquiridos.
De acordo com o Conselho Nacional de Educao (CNE), resoluo CNE/CP 02 de 19 de
fevereiro de 2002, o estgio est inserido nos cursos de licenciatura, onde instituda uma carga
horria de estgio curricular a partir da segunda metade do curso para formao de professores
na educao bsica. Sendo assim, no Curso de Licenciatura em Educao Fsica do Instituto
Federal de Educao Cincia e Tecnologia do Cear, a disciplina de Estgio Supervisionado
definida como um componente curricular obrigatrio articulado pelos princpios da relao
teoria-prtica do ensino, tendo como objetivos proporcionar aos acadmicos as experincias de
observao, planejamento e vivncia no campo de estgio da Educao Bsica.
MATERIAIS E MTODOS
O presente estudo possui carter qualitativo, de campo e documental, relatando a
experincia desenvolvida durante a prtica do Estgio Supervisionado IV do curso de licenciatura
em Educao Fsica que est presente na grade curricular do Instituto Federal de Educao,
Cincia e Tecnologia do Cear. A amostra foi composta por um aluno com autismo e uma aluna
com Sndrome de Down. As intervenes e observaes foram realizadas no perodo de
Fevereiro a Abril do ano de 2014. Para facilitar no desenvolvimento do artigo foram utilizadas
leituras, de artigos, livros e legislao referentes ao estgio. Tambm foi utilizado um dirio de
campo escrito pelos estagirios durante as intervenes, contendo registros de reflexes das
atividades realizadas durante as aulas.
As leituras realizadas proporcionaram o aprofundamento do conhecimento a cerca da
metodologia utilizada, ajudaram na escolha dos contedos que foram lecionados. O relato foi
desenvolvido durante a experincia adquirida durante a regncia, confrontada com vrias
leituras realizadas.
RESULTADOS E DISCUSSO
As aulas foram realizadas em uma sala de ensino regular. Entre os contedos trabalhados
estavam jogo simblico, jogos e brincadeiras populares e brincadeiras cantadas. Em relao ao
pblico, foram trabalhados com autismo e com sndrome de Down.
Os autistas geralmente apresentam comprometimentos em trs importantes domnios do
desenvolvimento humano: a comunicao, a sociabilizao e a imaginao. Dentro do CID-10
(Classificao Internacional de Doenas) o autismo pertence ao grupo denominado TGD e
classificado como:
a) um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes
da idade de trs anos, e b) apresentando uma perturbao
caracterstica do funcionamento em cada um dos trs domnios
seguintes: interaes sociais, comunicao, comportamento
focalizado e repetitivo. Alm disso, o transtorno se acompanha
J a Sndrome de Down (SD), causada por um acidente gentico que acontece na diviso
cromossmica das clulas. Seu diagnstico clnico pode ser realizado, nas primeiras horas de
vida da criana, atravs de suas caractersticas fsicas (fenotpicas) e, posteriormente, confirmado
por anlises cito genticas do caritipo de clulas em metfase (CAPONE, 2004 apud LUIZ, et al.
2012).
As crianas com SD apresentam caractersticas tpicas da prpria sndrome, como, seu
crescimento fsico mais lento, algumas doenas de m formao que acabam retardando seu
desenvolvimento, alm de que, essas crianas esto mais suscetveis a infeces respiratrias, e
ouvidos, garganta alm de resfriados repetidos.
Para Hayes e Batshaw (1993) Rogers e Coleman (1992) apud Oliveira e Perim (2009) a SD
talvez seja a condio mais antiga associada ao retardo mental, e umas das causas mais comum
relacionado deficincia do desenvolvimento. No entanto, as crianas com SD podem apresentar
todas ou somente algumas das caractersticas dessa sndrome.
Conhecendo essas caractersticas, durante as aulas os acadmicos sempre buscavam
chamar ateno atravs das brincadeiras para que houvesse a participao de todos os alunos,
em especial do autista e dos com Sndrome de Down, para que estes no se sentissem isolados
durante as atividades propostas. Praa, (2011, pag. 16) diz que se a deficincia limita a pessoa a
realizar at algumas atividades bsicas do seu dia a dia, necessrio refletir sobre como
trabalhar com as limitaes dos alunos deficientes no espao escolar. Sendo assim,
interessante saber o que eles gostam de fazer, e tambm levar novas possibilidades de atividades
para que sejam experimentados.
Quanto ao aluno com autismo, notou-se aps algumas semanas de aula, que entre as
atividades que ele mais gostava eram as brincadeiras cantadas e com som eletrnico, onde nas
msicas tinha que executar gestos, pular, fazer imitaes. No entanto ele no deixava de
participar das outras atividades que lhes eram propostas, desde que houvesse o incentivo dos
estagirios para realizao.
A participao dele era bastante positiva, mas sempre os acadmicos tinham que ficar
observando para que ele no fugisse da atividade, pois qualquer outra coisa que chamasse
ateno, como TV, brinquedos que ali existiam rapidamente desviavam sua ateno. Outras
vezes, s em ver seus colegas participando ele mesmo ia sem que ningum o chamasse. Outro
fato positivo que as crianas que com ele estudavam, conviviam bem com os colegas
deficientes. De acordo com Castro, Melo e Silvares (2003) apud Camargo e Bosa (2009) p. 66,
esta convivncia positiva, uma vez que representam uma fonte de relaes imprescindvel,
provendo um contexto adicional nico e poderoso que influencia as diferenas individuais
durante o desenvolvimento social de qualquer criana. Sendo assim, o convvio com outras
crianas, em especial da mesma faixa etria, ajudam essas crianas autistas a trocar experincias
e ainda, possibilita o estmulo as suas capacidades interativas, impedindo seu isolamento.
Apesar de muitas vezes o autista apresentar caractersticas como isolamento, essa
caracterstica dificilmente era observada durante o estgio, sendo que o aluno com quem se
conviveu era bastante carinhoso com os estagirios, e entrosado com os demais colegas. O
isolamento de uma criana autista para Grandin e Scariano (1999), como uma fuga para filtrar
os estmulos externos, pois caso contrrio, o excesso de muitos estmulos simultneos pode
causar nos autistas ataques de nervos, gritos e outros comportamentos inadequados.
Quanto agressividade, essa tambm foi uma caracterstica pouco observada durante as
aulas. Somente uma vez, quando os estagirios terminaram a aula, pois no queria voltar para
sala, ento ele ficou chorando.
Contudo, vale ressaltar que cada autista tem suas caractersticas e limitaes prprias, ou
seja, cada autista reage de maneira particular a cada situao. (PRAA, 2011). s vezes notava-se
que ele s queria um pouco de ateno, no entanto, sem aquela superproteo.
Sendo assim, durante as aulas, concluiu-se que possvel trabalhar com esse aluno, no
entanto, preciso mais de um professor dentro de sala de aula, pois a ateno dele diferente
da de seus colegas.
J os alunos com SD, nesta escola foram trabalhadas com duas crianas com essa
sndrome, uma com 03 anos de idade que ser chamada criana 01 (C1) e outra com 6 anos a
qual ser citada como criana 2 (C2). Estas eram mais difceis de participar das atividades. Na
primeira semana os estagirios se deparam com uma cena, onde a prima da C1 ficava o tempo
todo segurando-a no brao como se fosse uma boneca, esse um fato negativo para a criana,
pois isso a deixa sujeita desde cedo as limitaes, o que no deve ocorrer, pois estes devem
testar suas limitaes.
Mesmo os estagirios, tentando fazer com ela participasse travs de interao com os
colegas, ou simplesmente mostrando as atividades e chamando, ela no queria participar. s
vezes ela ainda brincava das brincadeiras de roda, mas quanto a essa aluna, no se pode citar
muito avano ou no, pois esta tambm faltava muito s aulas.
importante citar, que a famlia tem papel fundamental para o desenvolvimento das
crianas, em especial as com SD. Deve-se comear por ela o papel de estmulo a determinadas
situaes, confiana para que estas melhor se adaptem ao meio. Mas muitas vezes isso no
acontece, pois muitos familiares de crianas com deficincia mental tm uma sobrecarga a mais
no que se refere ao social, psicolgico, financeiro e tambm com relaes aos cuidados, pois na
maioria das vezes, estes sentem ansiedade e incertezas acerca da sobrevivncia e
desenvolvimento da criana. Logo isso pode causar um senso de limitao e restrio para as
crianas. (SILVA; DESSEN, 2002).
J a C2, ela parecia prestar ateno no que era explicado, parecia compreender bastante
o que lhe era passado, mas s vezes ela simplesmente escolhia no fazer as atividades, uma vez
que, sua ateno era focada em outras coisas. Isso podia ser explicado, porque no local onde
eram realizadas as atividades, tinha um pula-pula, no qual ela queria brincar, mas no era
permitido, pois sempre ao subir ela no queria mais descer, s vezes as professoras dela at
deixavam, mas j sabendo da dificuldade para tir-la.
Entre as brincadeiras que ela gostava, estava as de manipulao de bola, e as vezes
brincadeiras com corda, como cobrinha, que um brincadeira onde dois participantes seguram
nas extremidades da corda e comeam a fazer movimentos com ela. Enquanto isso, os demais
participantes devero ultrapassar a corda sem tocar nela. Se no conseguir, eliminado. Quando
todos j tiverem passado, devero passar para o outro lado. E por a vai at chegar a um
campeo.
Esta, tambm era uma aluna com quem se conviveu pouco, pois ela tambm faltava
bastante s aulas. Sendo assim, no possvel descrever se houve ou no uma evoluo.
Para os acadmicos, as principais dificuldades encontradas nessas deficincias, era o fato
de ter que disputar ateno muitas vezes com aparelhos eletrnicos, como TV, onde muitas
vezes era ligada para crianas de outras turmas assistirem DVDs infantil, e isso no chamava
ateno somente dos deficientes, e sim de todas as crianas. Outro fato era que, algumas vezes o
aluno autista resistia ou no prestava ateno no que se falava, principalmente se as atividades
eram feitas em sala de aula, como foi o caso de uma pequena atividade de pintar, contornar
realizada dentro da mesma.
O ptio tambm era um local que dificultava as aulas, uma vez que o espao era muito
pequeno e ficava prximo as salas de aula, alm de dificultar as atividades de correr, os
professores das outras salas de aulas se sentiam incomodados com os gritos das crianas, pois
acabavam tirando a concentrao dos que estavam em sala de aula. Alm disso, no meio do ptio
tinha um pula-pula, objeto que tambm muitas vezes atrapalhava as aulas. Por esses motivos,
durante suas aulas normais, o professor titular, no levava os alunos para fora, e a recreao era
feita em sala, o que deixava os meninos ansiosos para as aulas realizadas pelos estagirios.
No entanto, todos esses desafios tinham que ser vencidos, e os planos das aulas
geralmente estavam ligados a todas essas questes. Quanto ao numero de alunos, a sala era
composta por 25 alunos. Mas para os acadmicos as aulas davam certo, pois os dois davam aula
juntos, e quando um dos alunos ficava dispersos, um dos estagirios ia tentar convencer aquele
aluno a voltar a atividade. No entanto, mesmo o estgio sendo realizado em dupla, alguma vezes
era difcil controlar os alunos. Com isso podemos tirar uma concluso: se j difcil dois alunos
darem aula para uma turma de 25 alunos, onde esta era composta por 03 alunos especiais, pois
as vezes era difcil ter controle da turma, sendo que cada aluno tem uma personalidade
diferente. Logo, se pode dizer que ainda mais difcil um professor cuidar sozinha de uma turma,
onde na maioria das vezes esse professor no est preparado para lidar com tal situao. A se
pode considerar que por estes e outros motivos que os alunos muitas vezes ficam isolados.
CONCLUSO
Percebe-se que ao tratar de incluso, a lei bem clara no que diz respeito a recepo dos
alunos com deficincia. Com isso, a escola est diante do desafio de alcanar uma educao que
contemple toda diversidade humana. No entanto, no adianta somente est escrito na
legislao.
Para que haja uma melhor incluso, preciso mudanas de valores da sociedade e a
vivncia de um novo paradigma que no se faz com simples recomendaes tcnicas, mas com
reflexes dos professores, direes, pais, alunos e comunidade. Ainda preciso uma capacitao
especfica para os professores que iro receber esse pblico, alm de uma boa estrutura fsica
escolar.
O professor um profissional bastante importante na formao e acompanhamento das
crianas com deficincia, pois depois da famlia so eles que convivem com estes alunos no
ambiente escolar. E com isso, este profissional desafiado continuamente a responder s novas
e crescentes expectativas projetadas sobre ele, principalmente depois da implantao do modelo
de incluso em sala de aula, (SILVA 2009).
Sendo assim, as mudanas tornam-se fundamentais para incluso, mas exige esforo de
todos, possibilitando que a escola possa ser vista como um ambiente de construo de
conhecimento, deixando de existir a discriminao de idade e capacidade dos alunos.
No que diz respeito prtica do estgio, pode-se considerar que esta teve uma
importncia bastante significativa para formao acadmica. O convvio com as turmas ajuda
bastante a identificar qual postura deve-se adotar em situaes problema e qual metodologia
mais eficaz para compreenso dos contedos, alm de ter que aprender a lidar com todos os
desafios e dificuldades encontradas durante a interveno.
Nota-se que no uma tarefa to fcil, pois dentro desse campo de atuao h uma
responsabilidade de tentar modificar a realidade dos alunos, trabalhando os aspectos
procedimentais, conceituais e atitudinais, devendo incentiv-los durante toda a aula de maneira
prazerosa. E ainda dentro de uma realidade que no atende as expectativas dos estagirios,
como o caso de no ter uma boa estrutura fsica para realizao das atividades com os educando.
REFERNCIAS
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2. BRASIL. Leis de Diretrizes e Bases da Educao Nacional. LEI No. 9.394, de 20 de
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out./dez. 2012. Disponvel em <http://www.scielo.br/pdf/pe/v17n4/a11v17n4.pdf>
7. MOREIRA, C. J. de M. Poltica pblica de educao inclusiva: Entre o ideal legal e o
real
existencial
no
cotidiano
escolar.
2011
Disponvel
em:
<
http://www.anpae.org.br/simposio2011/cdrom2011/PDFs/trabalhosCompletos/comu
nicacoesRelatos/0093.pdf >
RESUMO
O presente trabalho prope verificar a relao entre o
uso de tecnologias e o nvel de atividade fsica de alunos
do ensino mdio de uma escola particular de Limoeiro
do Norte/CE. Trata-se de uma pesquisa quantitativa de
carter transversal, fazendo uso de anlise estatstica. O
instrumento utilizado foi o Questionrio Internacional
de Atividade Fsica (no ingls, IPAQ), com acrscimo de
algumas questes especialmente para este estudo.
Participaram da pesquisa 54 alunos, de ambos os sexos,
que cursam o ensino mdio em uma escola particular de
Limoeiro do Norte/CE. Os dados coletados foram
tabulados em uma planilha eletrnica, em seguida
analisados para a construo de grficos representativos
RELATIONSHIP BETWEEN THE USE OF TECHNOLOGY AND LEVEL OF PHYSICAL ACTIVITY AMONG
STUDENTS OF SECONDARY EDUCATION OF A PRIVATE SCHOOL ABSTRACT OF LIMOEIRO DO
NORTE/CE
This paper aims to verify the relationship between the
use of technology and the level of physical activity in
middle school students of a private school in Limon
North / EC. This is a quantitative study of cross-sectional
nature, making use of statistical analysis. The instrument
used was the International Physical Activity
Questionnaire (in English, IPAQ), with addition of some
questions for this study . 54 students participated in the
survey, of both sexes, who attend high school at a
private school in Limon North / EC. The collected data
were tabulated in a spreadsheet, and then analyzed for
KEY-WORDS: technology, physical activity, adolescence.
Este trabalho foi produzido na disciplina Metodologia do Trabalho Cientfico do curso de Licenciatura em Educao
Fsica do Instituto Federal do Cear, campus Limoeiro do Norte. Os estudantes no receberam bolsa de iniciao
cientfica para realizar o estudo.
2
A palavra tecnologia tem um sentido muito amplo, por isso, neste trabalho restringiu-se tecnologia televiso,
vdeo game e internet, por se entender que estas so as tecnologias mais utilizadas pelos adolescentes.
3
Foram consultados os Arquivos Brasileiros de cardiologia e Portal Peridicos da Capes, incluindo as revistas:
Cinergis, Movimento, Pensar a prtica, Prisma.com, Revista Digital, Revista interuniversitria e Revista interfaces.
Para efetuar a pesquisa foram utilizadas as palavras-chave: adolescente, atividade fsica, tecnologia e sedentarismo.
4
As maiores propores de acesso internet por estudantes de escolas privadas foram observadas na Regio Sul
(96,4%). No foram apresentados dados especficos para as regies Norte e Nordeste.
ATIVO
IRREGULARMENTE
ATIVO
De acordo com estudos do IBGE (2013) somente 40,9% dos estudantes de escolas pblicas na Regio Norte e 35,5%
dos estudantes de escolas pblicas na Regio Nordeste declararam possuir computador no domiclio. A mdia
nacional de pose de computador entre estudantes de escolas particulares de 95,5%.
INATIVO
No realizou nenhuma atividade fsica por pelo menos 10 minutos contnuos durante
a semana.
13 (24,07%)
41 (75,93%)
Vale ressaltar que a atividade fsica entendida pela OMS (2013) como qualquer movimento realizado pela
estrutura corporal que exija gasto energtico. Necessariamente no necessita estar relacionada a fins esportivos ou
de condicionamento. Para o estudo foram consideradas as atividades cotidianas realizadas pelos adolescentes, tais
como realizar servios domsticos.
atividade fsica de moderada a intensa ao longo da semana (RIVERA, 2010). Essa divergncia
precisa ser explicada por outras pesquisas que se proponham a conhecer os hbitos de atividades
fsicas do pblico adolescentes.
Com o intuito de verificar a relao entre sedentarismo 7 e uso de tecnologia, procedeu-se
a mensurao do tempo gasto pelos adolescentes com o uso de internet, vdeo game e televiso.
O grfico 2 abaixo apresenta o nvel de uso da tecnologia pelos adolescentes pesquisados.
23
(42,59%)
22
(40,74%)
9
(16,67%)
GRFICO 2 - Tempo gasto pelos adolescentes com uso de tecnologias (em horas).
Nota-se que 23 (42,59%) adolescentes da amostra utilizam tecnologias (televiso,
internet, vdeo game) por um perodo de at 0 a 2 horas dirias; outros 22 (40,74%) utilizam
tecnologias de 2 a 7 horas dirias; e 9 (16,67%) utilizam tecnologias de 7 a 15 horas por dia. Pelos
dados, possvel afirmar que as tecnologias esto presentes no dia-a-dia dos adolescentes da
amostra utilizada. Quase dois teros (57,41%) dos adolescentes informaram ficar 2 horas ou mais
utilizando tecnologia. A Organizao Mundial de Sade (OMS) recomenda que as crianas no
devem estar mais duas horas dirias assistindo televiso ou jogando vdeo game (IBGE, 2013).
Para Silveira e Bazzo (2005) a tecnologia reflete o modo de vida da sociedade atual. Com
os adolescentes no diferente, a televiso, videogame e a internet seriam exemplos de
smbolos da tecnologia que envolve esse grupo da sociedade diariamente. Nahas (2001 apud
MARQUES, 2007) aponta que a adoo da atividade fsica ao estilo de vida exige que o indivduo
esteja predisposto, porm a tecnologia caminha no sentido oposto a essa predisposio. Convm
citar como exemplo a internet que, devido popularidade das redes sociais, atrai a ateno de
um grande nmero de adolescentes. Os games, com os mais variados jogos e a sua possibilidade
de associao televiso e ao computador, tambm despertam o interesse desse pblico. A
televiso, por sua vez, ao oferecer a atividade fsica de forma passiva estimula ainda mais o
comodismo. Por isso, necessrio divulgar e promover aes que despertem no adolescente o
7
O sedentarismo definido por Mattos (2006) como a carncia ou a diminuio da prtica de atividade fsica.
4 (7,41%)
Uso
excessivo
5 (9,26%)
5 (9,26%)
Uso
intenso
17 (31,48%)
Uso
moderado
4 (7,41%)
19 (35,18%)
GRFICO 3 - Relao entre o tempo mdio de uso das tecnologias com o nvel de
atividade fsica.
possvel verificar que 4 (7,41%) adolescentes classificados como inativos e
irregularmente ativos utilizam as tecnologias por perodos que variam de 7 a 15 horas. Com o
mesmo tempo de uso de tecnologias, 5 (9,26%) adolescentes foram classificados como ativos e
muito ativos. Entre os pesquisados que afirmaram usar tecnologias no intervalo de 2 a 7 horas
por dia, 5 (9,26%) foram classificados como inativos e irregularmente ativos, e 17 (31,48%) como
muito ativos e ativos. Entre os adolescentes da amostra que utilizam de tecnologias por at 2
horas constatou-se que 4 (7,41%) foram considerados inativos e irregularmente ativos, e 19
(35,18%) esto entre os muito ativos e ativos.
Os resultados revelam que houve aumentos expressivos no quantitativo de adolescentes
ativos que utilizam tecnologia de forma intensa (2 a 7 horas) e moderada (0 a 2 horas) em relao
aos adolescentes que usam tecnologias de forma excessiva (7 a 15 horas). Percebe-se que quanto
menor o tempo de uso de tecnologia, mais ativos so os adolescentes, enquanto que o
quantitativo de adolescentes com baixo nvel de atividade fsica variou pouco,
independentemente do tempo de uso de tecnologias. possvel inferir que o tempo livre do uso
de tecnologias revestido em atividades fsicas, tais como andar de bicicleta, praticar esportes,
participar das aulas de educao fsica. Destaca-se a necessidade de realizao de outros estudos
para conhecer os hbitos de atividades fsicas dos adolescentes.
Deve-se atentar para o fenmeno da sedentarizao na sociedade moderna. Se por um
lado as inovaes tecnolgicas tornam a vida mais fcil, divertida e eficiente, por outro se
Apenas 33,5% dos brasileiros praticam atividades fsicas de forma regular, segundo dados de 2012, da Pesquisa
Vigitel, do Ministrio da Sade.
Atividade Fsica. In: VILARTA, Roberto; GUTIERREZ, Gustavo Luis; CARVALHO, Teresa Helena
Portela Freire de; GONALVES, Aguinaldo. Qualidade de Vida e Novas Tecnologias. Campinas:
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PEREIRA, M. G. Estrutura, vantagens e limitaes dos principais mtodos. In: PEREIRA, M. G.
Epidemiologia: teoria e prtica. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2000.
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SILVEIRA, Rosemari Monteiro Castilho Foggiatto; BAZZO, Walter Antonio. Cincia e tecnologia:
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SOUZA, Rodrigo Pereira de. Os benefcios da prtica de atividade fsica e os riscos do
sedentarismo em: crianas e adolescentes, no adulto e no idoso. Cinergis. Vol 11, n. 1, p. 52-59
Jan/Jun, 2010.
RESUMO
Segundo as Diretrizes Curriculares do Ensino Mdio esta
etapa de ensino a ltima da Educao Bsica. A
Educao Fsica, disciplina pertencente rea de
Linguagens e cdigos, e suas Tecnologias, componente
curricular obrigatrio da Educao Bsica brasileira. A
presente pesquisa teve como objetivo compreender
como as perspectivas de formao para o mundo do
trabalho, cincia e cultura se articulam s aulas de
Educao Fsica do Ensino Mdio. A pesquisa de corte
transversal e caracterstica qualitativa tem como
arcabouo terico uma reviso de literatura que
compreende seu entendimento. Fora realizada uma
pesquisa em campo, a coleta fora realizada no Colgio
Estadual Pulo Sarasate na cidade de Canind Cear
durante o ms de fevereiro do ano de 2014. Fora
realizada visitas escola, sondando essa realidade,
observando as aulas de educao fsica no ensino mdio
e entrevistando os professores e alunos.
ABSTRACT
According to the Curriculum Guidelines of high school
teaching this step is the last of Basic Education . Physical
education , discipline belongs to the area of languages
and codes and its technologies is mandatory curriculum
component of Brazilian Basic Education . This research
aimed to understand the prospects for training for the
world of work , science and culture are linked to physical
education classes in high school. The cross-sectional
research and qualitative characteristic as theoretical
framework a literature review that comprises your
understanding. Carried out a survey in the field, the
collection carried out in the State College Leap Sarasate
in town Caninde - . Cear during the month of February
of the year 2014 carried out visits to the school , probing
this reality , noting the physical education classes in
A Educao Fsica deve desenvolver em suas aulas no Ensino Mdio essa construo do
cidado crtico, como as demais disciplinas, fugindo do mtodo tecnicista exagerado. Articular
mundo do trabalho, cincia e cultura para o aluno aprender a fazer, conhecer e viver em
sociedade, da a importncia da explorao do tema do presente estudo, que tem como objetivo
geral, compreender como as perspectivas de formao para o mundo do trabalho, cincia e
cultura se articulam nas aulas de educao fsica do ensino mdio no municpio de Canind- CE, e
em especficos reconhecer os aspectos legais que caracterizam as aulas de educao fsica no
ensino mdio e identificar os aspectos relacionados ao mundo do trabalho, da cincia e da
cultura nas aulas de educao fsica no ensino mdio.
O que nos levou a pesquisar sobre esse tema: trabalho, cincia e cultura nas aulas de
Educao Fsica no ensino mdio, fora a vivencia do pesquisar enquanto aluno do ensino mdio
na disciplina de Educao Fsica onde pode observar e vivenciar aulas exclusivamente
esportivistas e sem nenhum parecer pedaggico. Esse trabalho se justifica pela importncia de
entender como essa trade, trabalho, cincia e cultura, influencia na formao crtica do aluno e
sua construo como cidado, podendo assim fazer com que os professores se atentem a essas
perspectivas e situe-as nas aulas de Educao Fsica. Dados como a interpretao das aulas no
ponto de vista dos professores e alunos foram levantados para compreendermos o valor aplicado
s perspectivas de trabalho, cincia e cultura pelos mesmos e se tais valores correspondem aos
devidos ditos por lei.
MATERIAS E MTODOS
A Pesquisa fora realizada em ambiente escolar, escola pblica de Canind CE que atende
o Ensino Mdio. Colgio Estadual Paulo Sarasate. O Colgio Estadual Paulo Sarasate, teve a sua
fundao no dia 04 de Outubro de 1950, inicialmente denominada como Sociedade Educadora
So Francisco. Uma instituio sem fins lucrativos, mantida por um fundo social constitudo de
aes de voluntrios e donativos. Em 1956, atravs da portaria 186/56 do MEC, o Colgio foi
oficializado com o nome de Ginsio Paulo Sarasate. Em 1963 foi iniciada uma campanha pelo
Governo do Estado, atravs do (D.O. de 09/09/1963) para estadualizao da escola e somente
em 1968 passou a se chamar Colgio Estadual Paulo Sarasate (D.O. 28/05/1968).
O ncleo gestor possui atualmente um diretor, um secretrio, quatro coordenadores,
dezenove funcionrios administrativos, oitenta e seis professores, sendo 10 efetivos e 76
contratados, quatro professores de Educao Fsica, sendo um efetivo.
O prdio da escola divide-se em trs alas, a primeira ala conta com algumas salas de
administrao, sala dos professores e algumas salas de aula. A segunda ala, salas de aula,
bebedouro e acesso quadra poliesportiva. A terceira ala, sala de multi-meios (biblioteca),
laboratrios, cantina e banheiros. Ao todo a escola possui dez salas de aulas, so vinte e oito
turmas, e possui uma extenso rural com o nmero de dezesseis turmas, extenses rurais
localizadas nas localidades de Bonito, Ip, Salitre, So Serafim, Vazante do Cur no municpio de
Canind-CE.
Os sujeitos da pesquisa foram: professor lotado e atuando no Ensino Mdio em escola
pblica do municpio de Canind- CE, no caso o Colgio Estadual Paulo Sarasate foi escolhido
como cenrio. O mesmo ministrava a disciplina de educao fsica, formado pela Universidade
Estadual do Cear (UECE) e atua h trs anos no Colgio Estadual Paulo Sarasate. Tambm, os
alunos deste professor foram pesquisados, sendo os mesmos escolhidos aleatoriamente, destes,
foram onze alunos entrevistados que cursavam primeiro, segundo e terceiro ano do ensino
mdio, em uma faixa etria de 14 a 19 anos de idade, dos entrevistados foram sete do sexo
feminino e quatro do sexo masculino. Os alunos em grande maioria moram distantes da escola
em bairros perifricos ou interior do municpio, com condies socioeconmicas baixas ou
mdias, dos entrevistados nenhum fora repetente. No foram citados nomes verdadeiros na
pesquisa, a nomenclatura ser feita de acordo com o vinculo a escola, ou seja, professor ou
aluno, os alunos sero enumerados de acordo com as entrevistas realizadas, de um a onze.
Foram includos na pesquisa, o professor efetivo e lotado no Ensino Mdio da escola
selecionada para participar da pesquisa que assinou o termo de consentimento livre e
esclarecido e que aceitou participar do estudo e alunos escolhidos aleatoriamente da mesma
escola que aceitaram participar do estudo e igualmente assinaram o termo.
Foram excludos da pesquisa todos aqueles que no se enquadrarem nos critrios de
Incluso acima esclarecidos.
A presente pesquisa se caracteriza como transversal e de campo, pois a coleta de dados
fora realizada uma nica vez em um determinado instante de tempo.
Tambm se caracteriza como pesquisa qualitativa. A expresso pesquisa qualitativa
assume diferentes significados no campo das cincias sociais. Abrange um campo de diversas
da pesquisa e seus objetivos, aps assinaram o TCLE autorizando sua participao de forma
voluntria.
A referida pesquisa tambm obedeceu aos princpios que devem ser respeitados e no que
se refere a pesquisas que envolvam seres humanos: a autonomia, a beneficncia, no
maleficncia e justia, de acordo com o que estabelece o Conselho Nacional de Sade (CNS)
(BRASIL, 1996).
RESULTADOS E DISCUSSO
O Trabalho como perspectiva educacional no ensino mdio apresenta-se como um dos
principais objetivos desse nvel de ensino, isso bem claro j no primeiro artigo da Lei de
diretrizes e base onde afirmado que: A educao escolar dever vincular-se ao mundo do
trabalho e prtica social (BRASIL, Art 1, 2, p. 1, 1996). Compreendemos assim que todas as
disciplinas no ensino mdio devem ter um cunho vinculado ao mundo do trabalho, ou seja, a
prtica dos contedos aplicadas na sociedade seja de forma social, voluntria, artstica ou
remunerada. Deve haver uma correlao do contedo aplicado ao mundo do trabalho, onde o
professor saliente onde cada contedo usado no mundo do trabalho e por qual profissional.
Um exemplo dentro da Educao Fsica: ao apresentar os ossos, dizer que quem trabalha com tal
assunto o mdico ortopedista, ao falar de fraturas, explicar que quem trabalha com a
recuperao das mesmas um fisioterapeuta, so infinitos exemplos dentro de cada assunto e
de cada profisso. O aluno deve ter concepo de que trabalho pode ser sua contribuio com
um servio sociedade, alm disso, deve conhecer cada servio para que possa desses usufruir
e/ou reivindicar.
No Colgio Estadual Paulo Sarasate o professor mostrou conhecimento desta perspectiva,
seu conhecimento fora por meio dos Parmetros Curriculares Nacionais, que enfatizam a Lei de
Diretrizes e Bases. Segundo o Professor entrevistado muito importante formao do aluno
para o mercado de trabalho, pois o nmero de vagas nas instituies de nvel superior pblicas
no Brasil so limitadas e nem todos os alunos almejam uma vaga, sendo a falta de interesse
provocada pelo prprio meio, seja econmico, familiar ou social. Na prtica foi visto que existe
uma articulao de trabalho nas aulas de Educao Fsica, o professor constri isso atravs de
exemplos, o mesmo expe o contedo terico e mostra que esse contedo pode ser aplicado na
prtica do cotidiano. Um exemplo que pode ser visto na observao e que foi registrado no dirio
de campo fora o do ndice de relao cintura quadril, onde o professor mostrava como verificar a
circunferncia de cintura e quadril para fazer o clculo e entender em que risco se encontra de
desenvolver doenas metablicas (diabetes, hipertenso, ou seja, doenas crnicas no
transmissveis). O professor explicava que o sentido disso era a aplicabilidade na sua prpria casa,
com a famlia, ou em sua sociedade, na sua rua, na sua comunidade e falar para aquele que fora
verificado o ndice de relao cintura quadril o que isso significa, que um pai sedentrio correra
risco em praticar seu futebol de domingo estando em grau de obesidade.
Segundo Frigotto; Ciavatta (2004) a uma dificuldade de lidar com o trabalho em seu
sentido formativo, pois a uma explorao da pobreza impossibilitando o conhecimento do
empreendedorismo, a cultura se preocupa em aperfeioar o ser humano, no desenvolvendo os
recursos da prpria ideologia, herana advinda dos tempos colnias.
visto essa despreocupao com a construo ideolgica para o trabalho nas falas dos
alunos nas entrevistas. A citao abaixo sintetiza o pensamento da maioria dos alunos
entrevistados quando indagados sobre a importncia da Educao Fsica para o trabalho, vendo a
Educao Fsica como uma ferramenta para a construo de um corpo apto ao mercado de
trabalho. Os prprios alunos se enxergam como peas para produo, assim seguindo um perfil
alienado, no crtico ao governo ou as formas de trabalho importas pelo mesmo.
Maior aptido fsica no trabalho (Aluno Entrevistado Nmero 3, 2014).
Mais uma vez aparece a influencia da abordagem da aptido fsica e sade. Em suma o
professor conhece o objetivo de articular o mundo do trabalho nas aulas de Educao Fsica, isso
acontece intrinsecamente no contexto da aula, mas no acontece uma reflexo, isso causa um
dficit na definio de Trabalho e de como a Educao Fsica inserida no mercado de trabalho
para os alunos. Esse sistema no condiz com o que a Lei de Diretrizes e Bases sugere, j que um
dos objetivos maiores do ensino mdio preparar o aluno para o mercado de trabalho, o mesmo
no estar preparado se no conhecer como as disciplinas se articulam nesse contexto,
conhecendo o universo profissional. Conhecer onde aplicar os contedos vlido e muito
importante, mas deve haver uma discusso sobre isso e como isso ocorre no mundo do trabalho.
Segundo Velozo (2010) a Educao Fsica ainda fragmenta o homem da realidade para
apenas estudar o seu fsico-motor, como em grande parte da histria. Ou seja, ainda difcil de
mostrar a influncia do homem no meio, mostrar que os seus movimentos que mudam a
realidade, que o corpo em movimento no esta fragmentado da sociedade, seu trabalho molda o
ambiente em que vive.
O trabalho princpio educativo no ensino mdio, proporciona a transformao social
pelo conhecimento desenvolvido, muda s condies naturais da vida ampliando as capacidades,
potencializando os sentidos do cidado (FRIGOTTO; CIAVATTA, 2004).
No que diz respeito cincia observada nas aulas de Educao Fsica no Colgio Paulo
Sarasate fora visto que os procedimentos conceituais caracterizam essa vertente, so todas as
informaes do arcabouo terico da disciplina, ou seja, a cincia bem visvel, ela est na
transmisso das informaes, na justificativa dos contedos e na veracidade que o professor
descreve os fatos por referencias oriundas da literatura.
Segundo o relato do professor em entrevista ele enfatiza que a preocupao com a
cincia no ensino mdio o carro-chefe da escola, na Educao Fsica no diferente, o
professor se atrela a isso para provar a importncia das atividades e dos contedos em geral por
meio das informaes, ou seja, mostrando cientificamente o significado do que repassado na
aula para os alunos. Pode-se constatar isso, a existncia dessa articulao, nas observaes e
construo do dirio de campo fora observado que ao tratar do ndice de massa corporal o
professor esclarece por quem foi desenvolvido, para que foi desenvolvido, qual a importncia
deste para a sociedade e quais os riscos a sade que foram comprovados na literatura que tal
medida pode precaver. A pesquisa outro meio de cincia explorado pelo professor, a
construo de um grupo de pesquisa para produzir estudos dentro da prpria escola no mbito
da Educao Fsica, no caso a qualidade de vida dos professores, uma ferramenta cientifica
usada para estimular os alunos. Porm, essas produes so mostradas apenas em feiras
organizadas pela secretaria de educao do estado.
Frases marcantes do professor nas aulas so as seguintes: Podemos ver na literatura e
No se encontra na literatura. Isso mostra que de fato as informaes transmitidas tem uma
fonte e podem ser acessadas pelos alunos, mostra que para ser repassada uma notcia a mesma
deve ser provada e a cincia como um todo a encarregada disso, pesquisar e provar os fatos,
diversos fatos. Muitos entendem que a Educao Fsica s cincia quando fala do corpobiolgico, esquecendo que quando fala de poltica, de sociedade, de filosofia, tambm se
caracteriza como cincia.
No ponto de vista dos alunos quando indagados se existe cincia nas aulas de Educao
Fsica a grande maioria relata que sim e que enxergam isso nas informaes a respeito do corpo,
por tanto a Educao Fsica como a cincia que estuda o corpo. Torna-se notvel o ponto de vista
dos alunos em uma resposta selecionada das entrevistas onde o aluno define que:
Existe cincia nas aulas de Educao Fsica conhecendo o corpo (Aluno Entrevistado
Nmero 7, 2014).
exguo o conceito de cincia no ponto de vista dos alunos, talvez instigados pela prpria
escola. Retardando tambm um amplo conceito sobre Educao Fsica, que no se apresenta
como cincia s nas questes biolgicas, mas tambm culturais, lingusticas, humanas e sociais.
Segundo Velozo (2010) a Educao Fsica tem como base cincias naturais e cincias
humanas, assim sendo um campo multidisciplinar o que proporcionar muitas intervenes com
pesquisas com infinitos fins, ainda afirma que no a conhecimento cientifico se esse no for alm
do senso comum. O conhecimento cientifico seria a legitimidade, a maneira hegemnica de
conceber os conhecimentos do mundo, o reconhecimento do saber.
Segundo Frigotto; Ciavatta (2004) na construo de novas perspectivas para o ensino
mdio que possa formar sujeitos , a cincia um princpio que estruturante e de compreenso
para a transformao do mundo atual.
Para a educao fsica no basta organizao do seu contedo sustentado por uma
premissa filosfica cientfica sem uma ontologia ou uma axiologia. Em cada reduto
esportivo, em cada palco, em cada parque infantil, pressupe-se a conciliao
interminvel no campo do imaginrio e no campo do intelecto. Ao refletir sobre essa
tica, encontraremos outro referencial para a prtica terica, para a noo de
rendimento-motor e social, totalidade e interdisciplinaridade de corpo e de alma,
particular e universal (JNIOR, 1999, p. 4).
No Colgio Paulo Sarasate pode-se notar uma articulao nas aulas de Educao Fsica na
perspectiva da cultura, atravs da observao e da construo do dirio de campo. Identificamos
que o Professor usa a cultura como ferramenta para situar o aluno no contedo, explicando onde
se apresenta o contedo dentro do cotidiano do aluno, serve de suporte e contexto, ou seja,
todo o contedo abordado na realidade dos indivduos. Em entrevista o Professor relata a
importncia do respeito cultura prvia do aluno, seja do movimento ou de suas informaes, a
partir de sua cultura prvia que ser desenvolvida a aula, dado que demonstrado o que o aluno
demonstra entender sero lanados novos contedos.
Enquanto a cultura no decorrer da aula o professor afirma que todas as atividades so a
cultura em si, ou seja, o esporte, o conhecimento sobre o corpo, todo baseado na cultura do
aluno, as regras, as nomenclaturas, por exemplo, chamando o jogo conhecido como queimada,
ou carimba, de bali. Com o passar do tempo includo aos poucos um ponto de vistas de
outras culturas, outros comportamentos, para agregar a cultura local, ou seja, atividades que no
so desenvolvidas ou conhecidas na cultura dos alunos, ou como outras culturas interpretam o
nosso comportamento, por exemplo, a discusso do fair play, uma partida Rugby, discusso
sobre hbitos alimentantes em outras culturas. Depois da aula com todas as informaes e
tambm um enriquecimento no repertrio motor os indivduos, modificam sua cultura, seja do
movimento ou do comportamento. Com os alunos do terceiro ano pode-se verificar que a cultura
j modificada a partir das aulas de Educao Fsica, existe uma preocupao maior com a sade
e a qualidade de vida, principalmente pelas influencias da cultura jovem na sociedade, as
academia, anabolizantes, treinamento incorreto, tudo isso discutido em sala de aula. Os alunos
tambm se mostram muito mais abertos a novas culturas, como uma aula de badminton, por
exemplo, um processo construdo em longo prazo, a articulao com a cultura intrnseca,
caracteriza-se por um link feito entre sua realidade e uma nova realidade que est sendo
apresentada.
Os alunos unanimemente concordam que a Educao Fsica influencia na sua cultura.
Tambm fora questionado sobre se a cultura dos alunos influenciaria as aulas de Educao Fsica,
a grande maioria acredita que sim. Os alunos entrevistados justificam essa influencia pela
contribuio da disciplina no que diz respeito sade, podemos ver isso na resposta de um
entrevistado quando indagado se a Educao Fsica influencia a sua cultura.
Minha famlia toda sedentria, comecei a ter aulas de Educao Fsica no 6 ano do
ensino fundamental, mas por ser no contra turno era muito difcil de eu vir, s no ensino
mdio por as aulas serem no mesmo turno que comecei a frequentar. Isso mudou muito
l em casa, eu e minha me comeamos a fazer caminhada, compramos uma bicicleta
ergomtrica, tudo isso por influncia da Educao Fsica (Aluno Entrevistado Nmero 1,
2014).
Segundo Frigotto; Ciavatta (2004) no se pode conceber a Educao, logo, a melhor forma
de propiciar isso seria a adaptao ao meio, ou seja, proporcionar ao educando a possibilidade de
sentir os contedos como uma extenso do meio em que vive se apropriar da realidade para que
possa transforma-la.
CONCLUSO
De acordo com as observaes e construo do dirio de campo constata-se que existe
uma articulao com o mundo do trabalho, cincia e cultura nas aulas de Educao Fsica, essa
articulao feita pelo professor na forma de transmisso de contedo entrelaados com os
exemplos para esclarecimento dos mesmos e finalidades prticas aplicveis na sociedade. Porm,
as entrevistas de professor e alunos nos possibilita verificar que essa articulao compreendida
apenas pelo professor e que o mesmo enfatiza a cincia como principal perspectiva, acima disso
uma cincia apenas fisiolgica, a ser desenvolvida. Os alunos enxergam as trs perspectivas,
entretanto, compreendem apenas como ferramentas no mbito da aptido fsica e sade, no
social, poltico ou antropolgico.
AGRADECIMENTOS
Sempre a minha famlia, professores, namorada e amigos.
REFERNCIAS
BRASIL. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Mdia e Tecnolgica. Parmetros
Curriculares Nacionais (Ensino Mdio Bases Legais Parte I). Braslia: MEC, 2000.
FRIGOTTO; CIAVATTA. Ensino Mdio: Trabalho, Cincia e Cultura. 1ed. Braslia: MEC, SEMATEC,
2004.
JNIOR, W. C. Educao Fsica e a Cultura: Uma Ontologia das Prticas Corporais. Revista
Motriz. Vol.5, no.1, Junho, 1999.
Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional LDB994/96
MAANEN, John Van. Reclaiming qualitative methods for organizational research: a preface, In
Administrative Science Quarterly, vol.24, no.4, December 1979a, pp 520-526
VELOZO, E. L. Educao Fsica, Cincia e Cultura. Vol.31, no.3, maio 2010a, pp 79-93.
(PQ) Pesquisador
RESUMO
A pesquisa tem como objetivo principal analisar a
percepo dos profissionais de Educao Fsica inseridos
no Centro de Ateno Psicossocial de Horizonte - Cear,
quanto aos impactos dos exerccios fsicos na integrao
social e respostas emocionais dos depressivos. Para isto,
foram realizadas entrevistas estruturadas com os
referidos profissionais. As entrevistas foram gravadas e
posteriormente transcritas para o dirio de campo. Os
principais resultados apontam que os usurios da
referida instituio melhoram o humor com a prtica de
exerccios fsicos, alm de interagirem com outros
companheiros de terapia durante a aula. Os exerccios
INTRODUO
A depresso pode ser entendida como um distrbio emocional, sendo caracterizada
por um conjunto de sintomas que afetam principalmente a rea afetiva e emocional de um
indivduo, podendo ser transitrio ou permanente. Os sintomas podem ser representados pela
tristeza patolgica, estado de fraqueza ocasionado pela perda de apetite e de sono, irritabilidade
e alteraes de humor, que podem acarretar uma diminuio no rendimento das atividades
laborais e uma limitao na vida social.
Inmeras pessoas possuem problemas de sade mental como transtorno obsessivocompulsivo, transtornos de personalidade emocionalmente instvel e de ansiedade, transtornos
alimentares ou causados pelo uso de lcool e drogas, sndrome de amnsia, hbitos impulsivos,
dentre outros, sendo a doena psiquitrica mais comum na populao, a depresso.
A depresso no uma doena do sculo XXI, anteriormente conhecida como
melancolia, termo mais antigo para a patologia dos humores tristes. As origens da melancolia
remontam Grcia antiga, alguns sculos antes de Cristo, como exemplo, pode-se citar a obra
Ilada de Homero, onde o personagem Bellerofonte era um melanclico, vtima do dio dos
deuses e por eles condenado ao dio, ao sofrimento e solido (PERES, 1996).
A concepo grega de melancolia derivava da teoria dos humores de Hipcrates, (pai
da medicina). As doenas eram originrias de um desequilbrio entre os humores do corpo: o
sangue, a linfa, a blis amarela e a blis negra. O aumento da concentrao da blis negra no
organismo acarretaria uma instabilidade no corpo e sintomas como a tristeza, a ansiedade e a
tendncia ao suicdio se fariam presentes no indivduo (PERES, 1996).
Idade Mdia, auge do catolicismo, a melancolia era considerada uma enfermidade da
alma. De acordo com a doutrina citada, uma doena poderia afligir, somente, ou o corpo ou a
alma, no haveria uma molstia que afetasse a ambos simultaneamente. A melancolia afetaria a
alma e era vista como o pecado da acedia, um dos nove pecados capitais da poca, mais tarde
reduzidos a sete. O termo acedia deriva do grego akedia cuja acepo original aproximava-se do
que hoje se entende por indiferena, e no sculo XIII a acedia foi traduzida como preguia
(SOLOMON, 2001).
Durante a Idade Moderna, perodo marcado pelo renascimento, meios
farmacuticos e fsicos destinados a purgar o paciente de seus excedentes humorais, seja com
ajuda de revulsivos medicamentosos, seja com a ajuda de exerccios corporais destinados ao
mesmo efeito (LAMBOTTE, 2000) eram bastante utilizados. A Renascena busca romper a
associao da melancolia com a religiosidade, apresentando explicaes orgnicas e
psicolgicas para tal.
No sculo XX houve a consolidao da psiquiatria, alm disso, surgiram os
movimentos sociais e comunitrios que visavam modificar as formas de atendimento e
assistncia ao paciente psiquitrico. Atravs de tais iniciativas, surgiram os Centros de Ateno
Psicossocial (CAPS), entidades designadas a acomodar os pacientes com transtornos mentais,
incentivar sua integrao social e familiar, apoi-los em suas atitudes em busca da autonomia,
oferecer-lhes atendimento mdico e psicolgico.
O interesse em realizar tal estudo emergiu da insero do profissional de Educao
Fsica na residncia multiprofissional em sade, coordenada conjuntamente pelo Ministrio da
Sade e Ministrio da Educao. Tal residncia orientada pelos princpios e diretrizes do SUS, a
partir das necessidades scio-epidemiolgicas da populao brasileira e realidades locais e
regionais. O objetivo do profissional de Educao Fsica no programa desenvolver prticas de
interveno atravs de atividades e exerccios fsicos que contribuam para potencializar aspectos
cognitivos, afetivos e socais dos pacientes inseridos no programa de tratamento.
A ltima seleo para a Residncia Multiprofissional em Sade, realizada em 2013,
ofereceu seis vagas para profissionais de Educao Fsica de todo o Cear na rea de sade
mental coletiva. As vagas foram destinadas aos municpios de Horizonte, Iguatu e Aracati, cada
um com a equivalncia de duas vagas. Horizonte foi a cidade escolhida para a aplicao do
estudo, por ser, dentre as citadas, a mais prxima de Fortaleza, onde reside o pesquisador.
Tendo em vista o exposto foi elaborada a seguinte pergunta de partida, de cunho
investigativo: Qual a percepo dos Profissionais de Educao Fsica do Centro de Ateno
Psicossocial de Horizonte - Cear, quanto aos impactos dos exerccios fsicos na integrao social
e respostas emocionais dos usurios diagnosticados com depresso?
Portanto, esta pesquisa tem como principal objetivo analisar a percepo dos
profissionais de Educao Fsica inseridos no Centro de Ateno Psicossocial de Horizonte Cear, quanto aos impactos de um programa de exerccios fsicos no humor e relaes
interpessoais de paciente diagnosticados com depresso.
DEPRESSO E EXERCCIO FSICO
A depresso pode ser conceituada como uma doena, caracterizada por uma
desordem afetiva significativa, minimizando o nvel de autoestima, rebaixando o estado de
humor, podendo durar semanas, meses ou anos consecutivos, ou seja, por tempo indeterminado
(SILVA, 1999).
A depresso um distrbio mental decorrente de um conflito interno e de uma
alterao bioqumica. Este conflito interno pode ser desencadeado por vrios fatores: psquicos,
orgnicos e sociais. A intensidade do conflito interno e a sua durabilidade determinaro a
gravidade deste transtorno (GUARIENTE, 2002).
Esta doena ativa regies no crebro que produzem a tristeza. Pessoas com
depresso tm diminuio da atividade cerebral, mais especificamente, do crtex pr-frontal do
lado esquerdo, diminuindo o estmulo de sentimentos positivos, limitando essas pessoas de
produzir momentos de felicidade (HOUZEL, 2004).
O Sistema Nervoso em consonncia com o Sistema Endcrino responsvel pela
maioria das funes do organismo. As principais clulas que compem esse sistema so
(Entrevistado 1, CAPS).
O exerccio fsico realizado com msica interfere nos estados de nimo de seus
praticantes de forma positiva, diminuindo a tristeza e o medo, tornando-os mais ativos (SENA et
al., 2011). A msica propicia benefcios psicolgicos, elevando a motivao e atuando como um
elemento de distrao do desconforto, tornando a atividade mais agradvel (MOURA et al.,
2007).
A avaliao das melhoras dos pacientes com depresso, submetidos ao exerccio
fsico realizada pelo profissional de Educao Fsica, de acordo com as transcries a seguir.
Sempre aps as aulas so coletados relatos da experincia com aquela atividade, bem como aplicado
questionrios de satisfao e avaliao da depresso (Entrevistado 1, CAPS); Aps cada atividade
feito um breve resumo do que foi vivenciado e colocado no pronturio do paciente, proporcionando ao
restante da equipe saber como esto sendo realizadas as atividades e como anda o paciente
(Entrevistado 2, CAPS).
(PQ) Pesquisador
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo principal
identificar os desafios e facilidades da atuao dos
Profissionais de Educao Fsica atuantes no Centro de
Ateno Psicossocial de Horizonte Cear. Para isto,
foram realizadas entrevistas estruturadas com os
profissionais de Educao Fsica atuantes no referido
centro. As entrevistas foram gravadas e posteriormente
transcritas para o dirio de campo. Concluiu-se que as
facilidades do profissional de Educao Fsica esto
relacionadas formao continuada, na busca de novos
INTRODUO
Mundialmente falando, no sculo XIX, a doena mental era assunto em pauta para
estudos cientficos: a psiquiatria germinou como disciplina mdica e os portadores de
transtornos mentais passaram a ser considerados pacientes da medicina. Porm, estes indivduos
eram isolados da sociedade em grandes instituies com carter de crcere, os denominados
manicmios pblicos, que posteriormente passaram a ser chamados de hospitais psiquitricos
(OMS, 2002).
Durante a segunda metade do sculo XX, ocorreu uma mudana no paradigma dos
cuidados de sade mental, devido ao progresso na psicofarmacologia, descoberta de novos
medicamentos e ao desenvolvimento de novas formas de interveno psicossocial (relao entre
a psicologia e as cincias sociais). Assim, o movimento dos direitos humanos transformou-se em
um fenmeno atravs da criao da Organizao das Naes Unidas - ONU, que se trata de uma
organizao internacional, que tem como objetivo, garantir a paz no mundo atravs do bom
relacionamento entre os pases (OMS, 2002).
No Brasil, a reforma psiquitrica iniciou com os movimentos de estudantes,
professores universitrios, setores populares e entidades profissionais de sade inseridos no
contexto da ditadura militar, que passaram a defender mudanas na sade, o que ocasionou a
criao do Centro Brasileiro de Estudos de Sade (CEBES) (FLEURY, 1997 apud PAIM, 2007). Neste
contexto, ressalta-se a Reforma Psiquitrica brasileira que pode ser entendida como um
movimentado iniciado na dcada de 70, defendendo os direitos da pessoa com transtornos
mentais e a extino progressiva dos hospcios no pas.
Congressos e Conferncias foram realizados nos anos seguintes para defender a
temtica, mas o marco deste movimento foi o Projeto de Lei do deputado Paulo Delgado
(PT/MG), o qual prope a regulamentao dos direitos da pessoa com transtornos mentais e a
extino progressiva dos hospcios no pas. A referida lei foi criada em 1989, mas s foi aprovada
doze anos depois, em 2001, sendo denominada Lei Federal 10.216/2001 (MESQUITA et al., 2010).
O processo antimanicomial possibilitou o surgimento de relevantes servios
atendimentos extra-hospitalares como o Ncleo de Ateno Psicossocial (NAPS), o Centro
Ateno Diria (CAD), Hospitais Dia (HD), Centros de Convivncia e Cultura e os Centros
Ateno Psicossocial (CAPS) e com estes a insero de vrios profissionais para contribuir
tratamento de pacientes diagnosticados com algum tipo de transtorno mental.
de
de
de
no
J o CAPS de Horizonte surge anos depois, em 2003. Em 2011 passa a integrar o Centro
Integrado de Sade Dr. Memria, que rene as seguintes especialidades, alm da j citada
instituio: Centro de Especialidades Odontolgicas (CEO), Centro de Reabilitao Funcional
(CRF), Centro de Referncia em Sade do Trabalhador (CEREST), Policlnica e Vigilncia Sanitria.
Desde ento, o CAPS de Horizonte vem desenvolvendo alm dos atendimentos, palestras,
caminhadas, confraternizaes, entre outros, a fim de difundir seu trabalho na sociedade em
geral.
(Entrevistado 2, CAPS).
WACHS, F.; FRAGA, A. B. Educao Fsica em Centros de Ateno Psicossocial. Rev. Bras. Cienc.
Esporte, Campinas, v. 31, n. 1, p. 93-107, set. 2009.
Adenilson Targino de Arajo Junior (PQ); Gabriela Silva Arajo (IC) ; Kyeves Siqueira Silva (IC) ; Joeldina de
1
1
Arajo Sousa (IC) ; Julia Karoline Lira Silva; Geisio de Lima Vieira (PD)
Instituto Federal de Educao Cincia e Tecnologia da Paraba IFPB, Campus Campina Grande. E-mail:
[email protected], [email protected], [email protected],
[email protected], [email protected], [email protected]
(IC) Iniciao Cientfica
(PD) Pedagogo
(IT) Intrprete de Libras
(PQ) Pesquisador
RESUMO
MATERIAIS E MTODOS
Tipo de pesquisa
Esta pesquisa caracterizada como qualitativa, por explorar novos temas sobre grupos ou
experincias relacionadas educao (Richards e Morse, 2012). Com uma abordagem de
pesquisa-ao, a qual permite conceber e realizar em estreita associao com uma ao ou com a
resoluo de um problema coletivo, no qual pesquisadores e participantes esto envolvidos de
modo cooperativo ou participativo (Franco, 2005; Venncio e Darido, 2012).
Participantes
Foram atuantes no processo de concepo dos sinais das tcnicas do Jiu-Jitsu para a
Lngua Brasileira de Sinais: um professor de Educao Fsica (EF), trs alunos com deficincia
auditiva de cursos Tcnico Integrado ao Ensino Mdio (ETIM) matriculados na modalidade JJ nas
aulas de EF, uma intrprete de Libras e um pedagogo, todos do IFPB, campus Campina Grande.
Procedimentos metodolgicos
Inicialmente foi exposto e debatido, pelo professor, alunos, intrprete e pedagogo o
problema que estava ocorrendo no processo de ensino e aprendizagem nas aulas de EF. E disto
surgiu a ideia de solucionar tal questo por meio de um projeto de pesquisa, que foi aprovado no
Edital Bolsa Pesquisador (25/2013) do IFPB. Este artigo trata os primeiros resultados do citado
projeto.
Em continuidade, a segunda ao do grupo foi a realizao de duas reunies em que
houve uma breve reviso sobre os contedos tericos e prticos da arte marcial que precisam ser
adaptados para os alunos auditivos. Nesta fase o professor de EF exps os conhecimentos
especficos a respeito do JJ, explicitando o ponto que acreditava ser importante sua insero no
trabalho, que so as principais tcnicas do JJ, e as suas implicaes para o entendimento dos
objetivos da luta. Os alunos por sua vez apontaram as principais dvidas em relao ao processo
comunicativo durante as aulas e opinavam a respeito das tcnicas que acreditavam ser
pertinentes, dado que tinham prvio conhecimento sobre a arte marcial. Durante todo este
tempo o intrprete estava presente viabilizando a comunicao. Os processos pedaggicos foram
direcionados e supervisionados pelo pedagogo que indicava os caminhos a serem percorridos na
pesquisa.
No terceiro momento o professor junto com os alunos, e de acordo com a literatura
consultada (Gracie et al., 2001; Gurgel, 2007; Walder, 2008), definiram quais tcnicas seriam as
elencadas para criao dos sinais correspondentes em Libras. Desta maneira, o grupo selecionou:
Duas posies bsicas (figura 1):
o Guarda fechada (GF) ocorre quando um dos atletas est por baixo, com
as costas no cho e prendendo o seu oponente (colega de treino), que se
est por cima apoiado nos joelhos, por dentro de suas pernas;
o Guarda aberta (GA) representada quando um lutador est com as costas
no cho ou sentado, tendo seu oponente por cima sem estar preso entre
suas pernas.
Por fim, e aps a seleo das referidas tcnicas, iniciou-se o processo de criao dos
sinais, cada um foi debatido por cerca de trinta minutos, at a sua concepo final, que culminou
com a composio grfica do sinal esboada pelos trs alunos participantes da pesquisa, que
sero apresentadas nos resultados. Foram necessrias duas reunies para finalizao deste
processo. Todos os encontros, ao total de cinco, ocorreram na sala de lutas do departamento de
Educao Fsica do IFPB campus Campina Grande, onde se encontra o tatame utilizado nas
aulas de JJ.
RESULTADOS
Nesta seo so exibidas as representaes grficas (desenho em papel A4) das quatro
tcnicas selecionadas nesta pesquisa, que foram construdas ou desenhadas pelos alunos
auditivos. Aps as reunies foi decidido que primeiro seriam compostos os sinais em Libras para
as duas posies bsicas do Jiu-Jitsu, e em seguida foi elaborado o sinal para as tcnicas de
finalizao.
Sinais compostos para as posies bsicas: guarda fechada (GF) e aberta (GA)
Os primeiro a sinais a serem apresentados so a guarda aberta e fechada (Figura 3),
consideradas as posies primordiais para o entendimento da luta. Aps os debates de como
seria formado este sinais, foram levados em considerao semelhana do smbolo com a
caracterstica da posio. Assim, para a GF, foi criado um sinal em que o dedo mdio cruza o
indicador passando a ideia de uma tranca ou cadeado, que o que acontece quando se fecha a
guarda em cima do colega de treino. J para a GA o sinal feito com os dedos indicador e mdio
flexionado e paralelos, ou seja, indicando algo aberto, visto que esta posio permite mais
mobilidade a ambos os atletas.
Figura 3 Posies bsicas do Jiu-Jitsu: Guarda fechada (direita) e Guarda aberta (esquerda).
Sinais compostos para as tcnicas de finalizao: arm-lock e tringulo
Expem-se aqui as tcnicas de finalizao (Figura 4), que so muito utilizadas durante a
prtica do JJ, que foram uma chave de brao e um estrangulamento, chamado de tringulo. Para
o arm-lock foi pensado um sinal que tivesse semelhana com a posio das pernas do atleta que
ataca o brao do seu parceiro de treino, desta forma com uma mo fechada coloca-se os dedos
indicador e mdio, da outra mo, em paralelo simulando a posio das pernas durante o golpe.
Para o tringulo, como se trata de uma posio que causa um sufocamento com as pernas, tevese a ideia de enlaar os dedos das mos como se estivessem presos, indicando o que ocorre
nesta posio.
JJ (Gracie et al., 2001; Gurgel, 2007), as lutas tambm despertam a conscincia sobre o prprio
corpo, melhoram a postura e o equilbrio, aumentam a fora, a agilidade, o reflexo e a
capacidade de concentrao (Walder, 2008; Cazetto, 2010; Borges, 2011). Como tambm, foi
propiciado condies para que os alunos auditivos tenham acesso aprendizagem do JJ e que
possam contribuir para a concepo de recursos didticos adaptados s suas necessidades,
possibilitando autonomia, comunicao e desenvolvimento nas reas cognitivas, motoras, e
emocionais, minimizando as diferenas que venham a prejudicar as relaes educacionais.
Ainda importante descrever que os sinais foram produzidos para os carteres mais
frequentes durante a luta. As posies bsicas de guarda fechada ou aberta so as responsveis
por todo desenvolver de uma luta de JJ, alm do que, a finalizao por meio do arm-lock ou
tringulo so muito empregados para promover a submisso do adversrio, sendo umas das
primeiras tcnicas de finalizao a serem ensinadas aos iniciantes (Gracie et al., 2001; Walder,
2008).
Dentro da escola, o ensino desta arte marcial ainda pouco usual no Brasil, ainda mais
quando se trata de uma proposta de incluso desta modalidade para alunos com deficincia
auditiva. Alm disto, ressalta-se que as lutas propiciam momentos de integrao social, o que
estimula a formao de um cidado adaptado ao convvio social salutar, e com possibilidades de
aproveitar o espetculo esportivo desta modalidade (Gonalves e Silva, 2013), e contribuem na
capacitao dos alunos numa arte marcial, j que, aprendem tcnicas de defesa pessoal. As
tradies de ensino das Lutas e das Artes Marciais se constituem em um patrimnio cultural
valiosssimo, e o acesso ao conhecimento destas tcnicas obedecem a rgidas normas de
conduta, tica e forma (Cazetto, 2010).
Nesta pesquisa h de citar algumas limitaes, consideradas pelo grupo que participou do
estudo, como a falta de um melhor detalhamento sobre os objetivos e fundamentos do Jiu-Jitsu,
principalmente em relao descrio das tcnicas elencadas neste estudo, que foi breve.
Contudo, sabe-se que um texto sobre as caractersticas do JJ no era o objeto da pesquisa.
Ademais, acredita-se que ser necessrio o envolvimento de um maior nmero de alunos
auditivos neste tipo estudo, em que ao dos pesquisadores o mtodo empregado para a
produo dos resultados.
CONSIDERAES FINAIS
Diante do objetivo traado pode-se afirmar que uma interveno com intuito de adaptar
para a Lngua Brasileira de Sinais as tcnicas de uma arte marcial milenar, o Jiu-Jitsu, possibilitou
um melhor entendimento e comunicao entre o professor e aluno. Considera-se que, envolver o
aluno, com necessidade especial, no processo de resoluo dos problemas do cotidiano escolar,
aprimora de forma substancial o mtodo de ensino e aprendizagem, visto que, ele no tratado
apenas como o receptor da informaes e sim como sujeito do processo educacional, o que
tambm um adicional no ideia de incluso social proposta pelo governo federal dentro dos
Institutos Federais.
Por fim, acredita-se que a sala de aula , indubitavelmente, um espao privilegiado para
aes inclusivas desta natureza. As aulas de educao fsica escolar, no contexto geral, devem ser
pautadas na diversificao de contedos que possibilitem uma experimentao motora mais
ampliada por parte dos educandos, sendo acessvel a todos.
AGRADECIMENTOS
Os autores deste artigo agradecem o apoio financeiro dispensado pelo Instituto Federal
de Educao, Cincia e Tecnologia IFPB, por meio do Edital 25/2013, referente concesso de
bolsa pesquisador. H tambm de ressaltar o total auxlio do Ncleo de Apoio s Pessoas com
Necessidade Especiais (NAPNE) do Campus Campina Grande, em todas as fases desta pesquisa.
REFERNCIAS
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B. N. de Oliveira (IC) ; R. C. Marinheiro (PQ) ; A.C.F.C de Sousa (IC) ; J.F.S.N Segundo (IC) ;
1
1
J.F de Oliveira (IC) , L.C.L de Oliveira (IC)
1
Instituto Federal da paraba (IFPB) - Campus Sousa e-mail: [email protected]
(IC) Iniciao Cientfica
(PQ) Pesquisador
RESUMO
Esse estudo tem como objetivo analisar os fatores de
permanncia e evaso dos estudantes da primeira
turma do curso de Licenciatura em Educao Fsica do
Instituto Federal da Paraba IFPB Campus Sousa. Tratase de uma pesquisa qualitativa, cujo objetivo analisar e
fixar os resultados nos significados das relaes
humanas a partir de diferentes pontos de vista e
compreender as percepes de cada sujeito sobre a
tomada de decises acadmicas. Para tanto, foi utilizado
um questionrio correlacionado aos objetivos do
presente estudo. Observamos aps analise das
INTRODUO
A Educao Fsica sempre foi o curso dos sonhos pra min, por isso, a
motivao maior vem do corao. Mas a turma e o corpo de professores
tambm motivam muito permanncia.
O sentimento de querer ser mesmo uma licenciada em Educao Fsica.
Informao verbal
Tambm detectado nas respostas de alguns dos entrevistados que os motivos de
permanncia seriam os de disponibilidade de emprego na rea, j afirmava Farias e Nascimento
que fatores como pouca infraestrutura nas escolas, baixa remunerao e desvalorizao da
profisso so atualmente os aspectos da carncia de profissionais capacitados na rea de
educao fsica. Como mencionado no estudo de Proni (2010):
O mercado de trabalho para os egressos de Educao Fsica pode ser dividido em dois
grandes segmentos: um referente aos empregos oferecidos no sistema de ensino (pblico
e privado); e outro referente s ocupaes que se distribuem entre vrios tipos de
estabelecimentos (em especial, em clubes esportivos, academias, prefeituras, empresas e
centros de recreao e lazer).
REFERNCIAS
Neucivnia M. Silva (IC); Neurivnia M. Silva (IC) ; B.L.M. Amaral (IC) ;C.A.S. Pinto (PQ)
Acadmica do curso de Licenciatura em Educao Fsica do Instituto Federal do Cear, campus Limoeiro do
2
Norte e Bolsista de Iniciao Pesquisa (PIBIC). E-mail [email protected]; Acadmica do curso de
Licenciatura em Educao Fsica do Instituto Federal do Cear, campus Limoeiro do Norte e Bolsista de Iniciao
3
Docncia (PIBID). E-mail: [email protected]; Acadmica do curso de Licenciatura em Educao Fsica do
Instituto Federal do Cear, campus Limoeiro do Norte e Bolsista de Iniciao Docncia (PIBID). E-mail: bruna4
[email protected] Professor efetivo do Instituto Federal do Cear, campus Limoeiro do Norte. Graduado
em Educao Fsica, com especializao em Gesto e Docncia no Ensino Superior. E-mail:
[email protected]
1
RESUMO
A pesquisa teve como objetivo analisar a percepo dos
servidores do IFCE (Instituto Federal do Cear) de
Limoeiro do Norte sobre as influncias de um programa
preventivo de ginstica laboral que pretendeu prevenir
doenas ocupacionais e promover a sade dos
servidores. A pesquisa foi desenvolvida mediante uma
perspectiva qualitativa e quantitativa, tendo sido
realizada com seis servidores que trabalham na
biblioteca do IFCE campus Limoeiro do Norte. Os dados
foram coletados por meio de questionrios aplicados
antes e depois do programa de ginstica executados por
alunos sob a superviso de uma professora experiente
Disposio fora do
horrio de trabalho
Desconforto ao realizar
suas atividades
Participante A
No
No
Sim
Participante B
Sim
Sim
Sim
Participante C
s vezes
Sim
No
Participante D
Sim
s vezes
Sim
Participante E
Sim
s vezes
s vezes
Participante F
s vezes
No
Sim
indisposto at fora do horrio de trabalho. A disposio fsica para as tarefas cotidianas pode
estar relacionada a diversos fatores, entre os quais destacamos a condio fsica e os fatores
relacionados ao ambiente de trabalho. Com base nos relatos sobre os desconfortos sentidos ao
realizar as atividades laborais, possvel supor que a indisposio fsica pode estar relacionada
condio fsica dos servidores.
Do total de seis sujeitos da pesquisa, quatro relataram que sentem desconforto ao
realizar as atividades laborais e um informou que s vezes sente desconforto; apenas um
entrevistado informou que no sente desconforto ao realizar as suas atividades laborais.
Podemos inferir que esses desconfortos, e consequentemente a indisposio fsica, podem estar
associados s atividades repetitivas desempenhadas ou ao baixo nvel de atividade fsica
praticada pelos sujeitos. Todos os seis entrevistados informaram que realizam movimentos
repetitivos em sua prtica profissional e cinco relataram que so inativos fisicamente. Segundo
Lima (2007) a grande jornada de trabalho e a inatividade fsica vm ocasionando perdas
funcionais, que acabam influenciando a capacidade fsica do indivduo na realizao de atividades
domsticas e ocupacionais. Essas perdas tm reflexo importante na vida profissional, pois
indivduos bem condicionados so mais produtivos e resistentes s presses no trabalho.
Ao serem questionados se sentiam dores ao realizarem suas atividades, todos os
participantes relataram que sentiam dores em determinadas regies do corpo. O grfico 1 a
seguir mostra a predominncia de dores entre os participantes.
1
5
Punho
Lombar
Cervical
Coluna
Joelhos
5
Ombros
Posterior da coxa
Art. do cotovelo
4
Dentre os seis participantes do estudo, cinco relataram que sentem dores no punho e na
lombar ao realizarem suas atividades laborais; quatro informaram que sentem dores na cervical e
na coluna; enquanto outros afirmaram que sentem dores nos joelhos, nos ombros, na parte
posterior da coxa e articulao do cotovelo. Sendo essas as regies onde incide maior sobrecarga
para a realizao de suas atividades no trabalho.
Como podemos perceber as dores mais frequentes incidem sobre os membros superiores,
punho, lombar, cervical e coluna, por serem as regies corporais mais solicitadas ao realizar suas
atividades. Esse resultado pode ser explicado pela ocorrncia de movimentos repetitivos
realizados pelos sujeitos ao desempenharem suas funes, tais como reposio de livros, uso do
computador e desmagnetizao de livros. Para YASSI (1997) citado por POLLETO (2002), os
movimentos repetitivos causam danos sade, que geralmente esto relacionados aos
msculos, tendes, articulaes e circulao. Esses danos so comumente conhecidos por leso
por esforo repetitivo (LER) e Distrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) que
acometem as estruturas mais solicitadas durante o trabalho. Dessa forma as doenas
adquiridas na prtica laborativa esto relacionadas a cada funo desempenhada pelo
trabalhador em especifico.
Ao serem questionados sobre os benefcios adquiridos com a prtica dos exerccios, os
participantes do estudo afirmaram que a GL proporcionou inmeros benefcios. O quadro 2 a
seguir mostra os benefcios que foram relatados pelos participantes.
Benefcios
Alivio das dores corporais
Melhora da postura no trabalho
Reduo da ansiedade
Aumento da concentrao no trabalho
Melhora do relacionamento no trabalho
Aumento da disposio no trabalho
Melhora no bem estar
Diminuio das tenses
Melhora da respirao
Quadro 2: Benefcios adquiridos com o programa de Ginstica Laboral
visto que eles no praticam nenhum tipo de atividade fsica, exceto o participante E que faz
caminhada regularmente.
A partir da imagem de um boneco do corpo humano, os participantes identificaram a
intensidade das dores relatadas no incio do programa: punho, lombar, cervical, coluna, joelhos,
ombros, posterior da coxa e articulao do cotovelo. Os servidores informaram se a dor diminuiu,
permaneceu e/ou desapareceu. A imagem 1 a seguir mostra os resultados da reavaliao
subjetiva das dores localizadas relatadas pelos participantes.
de ginstica laboral.
Image
m
1:
Diagn
stico
subjetiv
o
da
melhori
a das
dores
em
regies
do
corpo
relatad
a pelos
particip
antes
aps as
prticas
Dos cinco participantes que disseram sentir dores no punho e na lombar, trs destacaram
que a dor diminuiu e dois que a dor desapareceu. Dos quatro participantes que relataram sentir
dores na cervical e na coluna, trs disseram que a dor diminuiu, enquanto o outro que a dor
desapareceu. Os dois que sentiam dores no ombro afirmaram que houve uma diminuio da
mesma. Os dados so representativos dos efeitos positivos de um programa de ginstica laboral
conforme a percepo dos participantes.
Em um trabalho realizado por Santos e Ribeiro (2001) com mais de 300 trabalhadores de
uma fbrica de confeces foi contatado redues das dores prximas a 50% em todos os
seguimentos corporais avaliados, dois exemplos destacados foram regio lombar com reduo
de 50% para 27% e pernas de 61% para 21%. Diante disso os autores desse trabalharam
atestaram que as prticas de GL especificas para cada ambiente de trabalho podem reduzir
consideravelmente as dores localizadas.
4 CONCLUSO
Nesse estudo buscamos analisar a percepo dos servidores do Instituto Federal do Cear
de Limoeiro do Norte sobre as influncias de um programa preventivo de ginstica laboral. A
partir das sesses de ginstica laboral os participantes relataram que estavam se sentindo mais
dispostos para trabalhar e tambm para realizar atividades fora do ambiente de trabalho.
Relataram ter ocorrido uma diminuio tanto na frequncia quanto na intensidade das dores que
sentiam antes das sesses de exerccios.
Entre os benefcios percebidos pela ginstica laboral destacaram o alvio das dores
corporais, a melhora da postura, a reduo da ansiedade, o aumento da concentrao, a melhora
dos relacionamentos interpessoais, o aumento da disposio, a melhora do bem-estar, a
diminuio das tenses e a melhora da respirao.
A partir do estudo possvel perceber que os servidores reconhecem como positivos os
efeitos da prtica de ginstica no ambiente de trabalho. Essa constatao leva-nos a concluir que
necessrio o desenvolvimento de projetos de promoo a sade dos trabalhadores do setor
pblico com o foco na melhoria da qualidade de vida tanto no ambiente de trabalho quanto fora
dele. A ginstica laboral apresenta-se como um importante instrumento para esse fim, sendo
imprescindvel a atuao de professores de Educao Fsica na conduo ou superviso das
atividades.
AGRADECIMENTOS
Ao curso de Licenciatura em Educao Fsica do Instituto Federal do Cear, campus Limoeiro do
Norte. Ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Cientfica (PIBIC) e Programa
Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia (PIBID). Em especial, professora Maria Elisngela
da Silva Amaral pelo suporte para realizao das prticas de Ginstica Laboral.
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O que educao fsica e quais as pretenses futuras como profissionais? Uma viso conceitual
dos alunos do terceiro semestre do IFPB Campus Sousa
1
L. V. Lima (IC) ; T. V. S. Queiroz (IC) ;P. S. Nascimento(IC) ; W.B. de Andrade(IC) ; A.A.A. de Sousa(PR) , R. C.
1
Marinheiro (PR-PQ)
1
Instituto Federal da paraba(IFPB) - Campus Sousa e-mail: [email protected]
(IC) Iniciao Cientfica
(PR) Professor
(PQ) Pesquisador
RESUMO
Este estudo analisa a viso conceitual dos alunos do
terceiro semestre do curso de Licenciatura em Educao
fsica do Instituto Federal da Paraba (IFPB) Campus
Sousa, sobre a rea de conhecimento da educao fsica
e suas preferncias de atuao no mercado de trabalho,
sendo utilizado um mtodo qualitativo de comparao
entre os discursos atuais e as respostas dadas a essas
mesmas perguntas em uma pesquisa realizada durante
What is Physical education and what future claims as professionals? A conceptual view of the
students of the third semester of IFPB Campus Sousa
ABSTRACT
This study analyzes the conceptual view of the
students of the third semester of the graduation of
Physical Education Institute of the Federal da Paraba
(IFPB) - Campus Sousa, on the area of physical education
knowledge and preferences of experience in the labor
market. A qualitative method of comparing the current
discourses and responses to these same questions in a
survey conducted for admission into the institution
O que educao fsica e quais as pretenses futuras como profissionais? Uma viso conceitual
dos alunos do terceiro semestre do IFPB Campus Sousa
INTRODUO
O conceito de educao fsica e sua importncia nas reas da educao e da sade tm
sido abordados constantemente por professores, alunos e at mesmo por praticantes de
atividades fsicas. Diferentemente de outros componentes curriculares, a educao fsica
apresenta variadas dimenses conceituais, no se restringindo apenas ao cunho escolar. Praticar
um esporte, debater temas transversais e conhecer o corpo so contedos muitas vezes
divergentes e talvez por isso, a maioria das pessoas no tem um conceito formado para a
educao fsica.
O tema conceito de educao fsica tem sido constantemente discutido nos cursos de
formao (Licenciatura e bacharelado). At mesmo entre os graduandos, o saber sobre o
conceito e a importncia da educao fsica bastante diversificado. Muitos discentes
relacionam o conceito geral de educao fsica a variveis, tais como: sade, bem-estar fsico e
mental, esporte e pedagogia. No podemos dizer que esses conceitos esto errados ou que
devem ser dispostos separadamente, mas a formulao e conhecimento de um conceito que
abranja todos esses aspectos imprescindvel.
Pensar sobre a didtica em sala de aula refletir sobre o papel do professor no processo
ensino-aprendizagem e, principalmente sobre a qualidade da formao profissional. Uma vez que
neste processo que se efetiva a transmisso da informao/conhecimento. (BORGES, et al.,
2009). Visto que um curso de Licenciatura em Educao fsica visa primordialmente formar
profissionais para a atuao no meio escolar, pressupe-se que o conceito dos alunos sobre a
educao fsica deva ser lapidado at o final do curso, proporcionando eles um conhecimento
amplo sobre a rea.
Ter uma noo prvia do conhecimento dos alunos fundamental para trabalhar novos
conceitos e formar bons profissionais. Por este motivo, destacou-se a necessidade em saber qual
a viso conceitual e profissional que os alunos do terceiro perodo do curso de licenciatura em
Educao Fsica do IFPB Campus Sousa tem sobre a rea de conhecimento a qual esto
recebendo a formao e compar-las as respostas anteriormente dadas as mesmas perguntas no
ingresso na instituio.
METODOLOGIA
A pesquisa gira em torno da leitura de depoimentos dos alunos. Para tanto, usamos o
mtodo de anlise das informaes por meio de um carcter qualitativa. De acordo com Thomas,
et al. (2011), a pesquisa qualitativa diferente das demais abordagens. um mtodo sistemtico
de investigao e, em medida considervel, segue o mtodo cientfico de soluo de problemas,
embora haja desvios em certas dimenses. Esse tipo de pesquisa caracteriza-se pela presena
intensiva do pesquisador.
educao fsica. Academia, desporto, treinamento, trabalho com idosos, educao fsica
adaptada, eram os campos de atuao mais relevantes para os alunos. Depois de dois semestres,
obtivemos as seguintes respostas:
D13: Treinamento desportivo e academias.
D9: Talvez treinamento esportivo.
D17: Pretendo atuar em escolas, independente de ciclos e tenho vontade
tambm, de atuar no ensino superior.
D8: Na rea educacional, na sala de aula.
D2: Pretendo ser professor e tcnico de um time de basquete onde a
popularizao na regio mnima, mas tambm tenho desejo de treinar outras
reas esportivas.
D15: Quero trabalhar na rea educacional, na educao bsica e pretendo me
especializar em treinamento desportivo e pesquisa epistemiolgica.
D4: No tenho certeza na rea que vou atuar pois vi no ano passado que a
educao fsica possui diversas reas de atuao.
D7: As reas de atuao so muitas e vrias delas me chamam ateno. Ainda
no tenho uma certeza de onde pretendo atuar. Sala de aula e academia
talvez.
Na anlise do segundo bloco temtico, percebemos que, contrariamente ao estudo
realizado no primeiro semestre, onde os alunos demonstraram interesse demasiado em
trabalhar com sade e esporte, as preferncias pedaggicas comearam a surgir.
Especificamente, dez alunos ligaram a sua futura rea de atuao com a escola. Seis alunos
demonstraram incerteza na sua escolha, relatando que precisaro de mais tempo para definio
de suas preferncias.
Podemos perceber no discurso dos discentes D9 e D13, que as preferncias pelo
treinamento esportivo ainda so presentes na turma. D8 e D17 relacionaram sua preferncia
diretamente educao fsica escolar; O discente D8 demonstrou em seu discurso
conhecimentos em especficos da didtica na educao fsica, destacando os ciclos de ensino
presentes na educao bsica. De acordo com o Coletivo de Autores (1992), ao trabalhar os
contedos da educao atravs dos ciclos de aprendizagem, podemos superar o atual sistema de
seriao na educao bsica, possibilitando contemplar todo o contedo especfico da educao
fsica durante todos os anos de ensino.
Alguns fizeram uma interseco entre escola e treinamento desportivo. Como foi o caso
dos discentes D2 e D15 que citaram o desejo de trabalhar nessas duas reas. No podemos negar
que essas reas podem ser contempladas igualmente na escola, visto que o treinamento
desportivo acontece muitas vezes dentro da realidade escolar e que o mesmo pode ser
trabalhado com um olhar mais pedaggico do que de rendimento esportivo.
Como j dito, alguns alunos no sabem ainda onde pretendem atuar, foi o caso dos
discentes D4 eD7 que perceberam o vasto campo de atuao da educao fsica e ainda se
sentem confusos quanto rea futura de atuao.
CONSIDERAES FINAIS
Aps a anlise dos blocos temticos, partindo do pressuposto inicial de comparar as
opinies atuais com as opinies dadas no incio do curso, conclui-se que o conceito de educao
fsica est bem mais diversificado; a vivncia das aulas pedaggicas nos primeiros semestres
incluiu nos discentes a noo de que a educao fsica deve ser muito mais do que praticar
esportes e cuidar do corpo
A pretenso da rea de atuao tambm teve inclinaes pedaggicas, se comparado ao
estudo realizado no primeiro semestre, onde a maioria pretendia trabalhar na rea da sade e
treinamento esportivo, percebemos a presena significativa da educao fsica escolar nas
respostas.
No podemos dar como terminado esse estudo, visto que, por ser de cunho qualitativo, as
opinies podem se diferenciar com o decorrer do tempo. Provavelmente, os pensamentos
sofrero alteraes at o final do curso.
REFERNCIAS
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C. R. Paz (PQ); M. D. T. Paz (PQ) ; A. T. Arajo Junior (PQ) ; E. D. da Silva Filho (PQ) ; N. H. Pereira (PQ) ; R. C.
2
Montenegro (PQ)
1
2
Instituto Federal da Paraba (IFPB) Campus Campina Grande; Instituto Federal da Paraba (IFPB) Campus
Guarabira. e-mail: [email protected]
(PQ) Pesquisador
RESUMO
O aumento dos percentuais de gordura corporal nas
crianas e adolescentes em idade escolar est
relacionado ao sedentarismo; na contramo dessa
realidade as aulas prticas de educao fsica
proporcionam atividades que podem reverter ou
minimizar os efeitos, desde que seja feita uma avaliao
fsica adequada que possibilite a identificar as
potencialidades genticas individuais. Objetivou-se
identificar e classificar o perfil gentico dos escolares
atravs do mtodo dermatoglfico. Realizou-se uma
pesquisa descritiva, com tipologia de perfil que
identificou o perfil dermatoglfico de n= 218 indivduos,
(117 femininos e 101 masculinos). Utilizou-se o
protocolo de (Cummins & Midlo, 1961) e a classificao
MATERIAIS E MTODOS
Caracterizao da Pesquisa
A presente pesquisa caracterizou-se metodologicamente conforme a linha descritiva,
tendo carter transversal, onde para Thomas, Nelson e Silverman (2007) foram identificadas e
descritas s caractersticas dermatoglficas dos indivduos avaliados.
Populao e Amostra
A populao do presente estudo foi constituda por alunos da Escola Municipal de Ensino
Infantil e Fundamental Salvino Joo Pereira da cidade de Juripiranga PB. A amostragem foi do
tipo aleatria causal e proporcionou a participao dos alunos que cursavam do 6 ao 9 anos do
ensino fundamental no ano letivo de 2014, desde que preenchessem todos os critrios de
incluso. A amostra foi composta por 218 crianas e adolescentes com idades entre 12 e 15 anos,
sendo (117 feminino e 101 masculino), selecionados dentre os 247 alunos matriculados nas
respectivas sries.
Incluso e Excluso
Foram inclusos na pesquisa os alunos que participavam das aulas de educao fsica, que
estavam presentes no dia da coleta dos dados e os que concordaram com todos os
procedimentos estabelecidos pelo pesquisador. Foram exclusos da pesquisa os alunos que por
qualquer motivo durante as avaliaes no concordaram com os procedimentos propostos pelo
pesquisador, os que no compareceram no dia da coleta dos dados, os que no apresentaram
limitaes morfolgicas (falta de um ou mais dedos das mos) e os que no estavam
matriculados em algumas das sries que compreendiam do 6 ao 9 anos do ensino fundamental.
tica na Pesquisa
Esta pesquisa foi aprovada pelo Comit de tica e Pesquisa do Hospital Universitrio
Lauro Wanderley CEP/HULW com protocolo - 677-10, e seguiu todos os padres e regras do
Estatuto da Criana e do Adolescente, bem como a Resoluo do Conselho Nacional de Sade CNS n 466/2012, os quais atendem aos preceitos para pesquisa com seres humanos respeitando
autonomia dos participantes, garantindo o anonimato, assegurando a privacidade dos
envolvidos e a confidencialidade dos dados. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TCLE foi assinado pelos pais ou responsveis dos alunos avaliados, autorizando assim, suas
participaes.
Procedimento Experimental
Os procedimentos de coleta dos dados foram realizados pelo prprio pesquisador na
Escola Salvino Joo Pereira, momentos antes das aulas de educao fsica, por apresentar
condies favorveis para uma perfeita coleta, corroborando a fidedignidade da pesquisa. Os
materiais das coletas utilizados foram revisados e ajustados durante todo o processo e poderiam
at ser substitudos por outro idntico se houvesse necessidade.
Protocolo da Dermatoglifia
Conforme descrito por Cummins e Midlo (1961), esse mtodo fundamenta a coleta e o
estudo das caractersticas genticas dos indivduos atravs das IDs.
Procedimento de Coleta e Anlise
Para uma perfeita coleta das IDs foi pedido aos avaliados que lavassem as mos com gua
e sabo e posteriormente as secassem, de modo que estivessem bem secas e limpas.
No momento da coleta, a seguinte sequncia foi seguida: sujou-se toda rea das falanges
distais de todos os dedos das mos, de forma que as mesmas estivessem cobertas com a tinta do
lado da superfcie valar e dos lados at as unhas, nesse procedimento foi utilizado uma almofada
micro-porosa com tamanho (110 x 70mm), especfica para IDs PORELON.
Posteriormente, o pesquisador segurou a falange mdia do avaliado com o polegar e o
dedo mdio, usando o dedo indicador para pressionar a unha do indivduo, onde a falange do
avaliado foi apoiada imediatamente (lado da ulna), no papel de densidade e rugosidade mdia e
foi realizada uma rotao em seu eixo longitudinal, at o lado lateral (lado do rdio). Este
processo foi repetido com todos os outros dedos das mos direita e esquerda.
Para evitar que as mesmas IDs fossem analisada repetidamente, os dedos das duas mos
formam identificados da seguinte forma: A partir do polegar que receberam a seguinte
numerao: 1 polegar, 2 indicador, 3 mdio, 4 anular e 5 mnimo.
O prximo passo foi anlise das IDs, tendo como objetivo distinguir cada um dos trs
tipos de desenhos dermatoglficos. Para tal, foi necessrio o auxlio de uma lupa ou lente de
aumento para maximizar os desenhos formados pelas IDs e facilitar suas visualizaes.
Este protocolo classificou os desenhos encontrados nas IDs como sendo: Arco A,
Presilha L e Verticilo W, que representam os ndices qualitativos, figura 1.
Quando A, o desenho caracteriza-se pela ausncia de deltas e se compe por linhas
drmicas que cruzam transversalmente, a almofada digital.
Quando L, o desenho se configurava com a presena de um delta, caracterizado por linhas
drmicas que formam tracejados meio fechados partindo de uma extremidade do dedo
encurvando-se de forma distal em relao ao outro, no se aproximando do local de origem.
Quando W, o desenho caracteristicamente apresentava dois deltas e tambm um
envoltrio de linhas drmicas que circundam seu ncleo, tendo como forma um traado fechado.
ARCO, DESENHO
SEM DELTA.
PRESILHA, DESENHO
COM 1 DELTA.
VERTICILO, DESEHO
COM 2 DELTAS.
linhas existentes nas IDs. Para isso foi contado quantidade de linhas drmicas presentes a partir
do delta at o ncleo das IDs do tipo L e W.
A tcnica para contagem das linhas drmicas procedeu da seguinte maneira: utilizou-se a
linha imaginria de Galton que tem uma trajetria retilnea que cruzou as linhas drmicas,
distinguindo assim, as que foram contadas. Tal contagem partiu do delta at o ncleo das IDs,
sendo desprezadas a primeira e a ltima linha, figura 2.
Linha de Galton
Figura 2 Contagem das linhas drmicas a partir do delta at o ncleo.
Fonte: Fernandes Filho, CD-ROM 2009.
O passo seguinte foi identificao dos ndices quantitativos representados pelo D10 e
pelo SQTL.
O D10 corresponde ao nmero de deltas encontrados nos dez dedos das mos. Cada
desenho recebeu um valor especfico quantificados da seguinte maneira: A = 0, L = 1 e W = 2.
Logo, o somatrio dos mesmos compreendeu valores entre 0 e 20. Tais valores foram
encontrados a partir da seguinte forma: frmula 1.
D10 = L + 2 ( W).
formula (1)
Quando as IDs foram classificadas como W, a contagem das linhas drmicas partiu dos
dois deltas at o ncleo, somou-se o nmero de linhas e dividiu-se por dois. Quando o resultado
formou uma frao, arredondou-se para o nmero maior.
A classificao das caractersticas dermatoglficas transcorreu conforme os padres
propostos por Abramova (1995) e Nikitiuk (1984), que classificou os alunos em quatro grupos em
relao s suas qualidades fsicas, a partir dos seus padres dermatoglficos.
Os indivduos com caractersticas dermatoglficas para resistncia e coordenao
apresentaram: A 2; L 6; W 4; D10 13 e SQTL 134, para resistncia de velocidade os
indivduos apresentaram: A = 0; de 4 6 L; de 4 6 W; D10 > 13 e SQTL > 134, os que foram
classificados para potncia anaerbica apresentaram: 1 ou 2 A; 7 ou 8 L; 1 ou 2 W; D10 < 13 e
SQTL< 134, e por fim, os classificados para fora pura apresentaram: A 4; L 6; W 0; D10 < 13
e SQTL < 134.
Tratamento Estatstico
Utilizou-se a estatstica descritiva para representar as frequncias dermatoglficas de A, L,
W, D10 e SQTL, bem como as medidas de tendncia central dos dados coletados. Para tabulao
foi utilizado o programa Statistical Package for the Social Science SPSS, Verso 14.0.
RESULTADOS E DISCUSSO
Na tabela 1 foi apresentado os valores descritivos de frequncia, mdia e desvio padro
dos ndices quantitativos e qualitativos da dermatoglifia e aps a anlise e avaliao das
caractersticas dermatoglficas foi possvel classificar os alunos em quatro grupos subdivididos
em: G1, G2, G3 e G4, que representaram geneticamente as potencialidades relacionadas s
qualidades fsicas.
Foram enquadrados no G1 n = 15 alunos representando 6,9% da amostra, no G2 n = 108
alunos correspondendo 49,5%, no G3 n = 19 alunos representando 8,7% da amostra e no G4 n =
76 alunos correspondendo a 34,9% dos avaliados.
Os alunos que se enquadraram no G1 foram aqueles que apresentaram caractersticas
dermatoglficas inerentes potncia anaerbica, ou seja, so indivduos capazes de gerar muita
potncia durante a contrao muscular.
O G2 representou os alunos tinham padres dermatoglficos para resistncia de
velocidade, qualidade que permite ao ser humano a capacidade de resistir por mais tempo a uma
corrida com velocidade elevada.
Os alunos representados pelo G3 apresentaram caractersticas dermatoglficas inerentes
fora pura, qualidade que possibilita ao ser humano desempenhar altos nveis de fora durante a
contrao muscular.
O G4 compreendeu os alunos que apresentaram caractersticas dermatoglficas
particulares resistncia e coordenao; essa qualidade consente aos indivduos a capacidade de
resistir por mais tempo e de forma sincronizada a uma corrida de longa distncia ou executar
movimentos complexos de forma mais coordenada.
Tabela 1 Valores descritivos de frequncia, mdia e desvio padro dos ndices qualitativos e
quantitativos da dermatoglifia.
GRUPOS
G1
G2
G3
G4
Potncia Anaerbica
Resistncia de Velocidade
Fora Pura
Resistncia e Coordenao
NDICES
Qualitativos
n
15
108
19
76
18%
4%
46%
8%
69%
58%
54%
42%
13%
38%
0%
50%
Quantitativos
D10
+s
9.07 0.92
13.43 1.88
8.42 1.47
16.10 2.17
SQTL
+s
100.73 18.0
142.70 16.1
83.95 34.61
166.92 22.81
Legenda: A= Arco; L= Presilha; W= Verticilo D10= Nmero de deltas nos dez dedos das mos;
SQTL= Somatrio da quantidade total de linhas; + s = Mdia e Desvio padro.
A discusso do presente estudo enfocou a importncia da identificao e classificao do
perfil gentico nos escolares atravs do mtodo dermatoglfico e ressaltou sua eficcia na
prescrio de exerccios para as aulas prticas de educao fsica escolar.
Comprovadamente o mtodo dermatoglfico vem caracterizando atletas de diversas
modalidades esportivas, identificando a partir dos padres das IDs s qualidades fsicas inerentes
a cada esporte e auxiliando na forma de direcionar a prescrio do treinamento fsico
considerando as potencialidades individuais (SERHIYENKO; LISHEVSKAYA, 2010).
REFERNCIAS
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RESUMO
Os primeiros socorros so um grupo de conhecimentos
importante e pouco falado na escola. Eles so utilizados
durante um acidente de qualquer intensidade e so de
fundamental importncia para a vtima, uma vez que,
esse atendimento salvar sua vida e/ou amenizar
possveis sequelas sade (BRUNO; BARTMAN, 1996).
No ambiente escolar bem comum ocorrerem
acidentes, principalmente com crianas; por isso, as
instituies precisam estar preparadas para qualquer
emergncia, sendo tomadas assim as providncias
necessrias, uma vez que, as crianas e os adolescentes
costumam passar horas no ambiente escolar
necessitando de muita segurana (RIBEIRO, 2010). Esse
trabalho tem como objetivo identificar o nvel de
TEACHING BASIC FIRST AID IN A PUBLIC SCHOOL IN THE MUNICIPALITY OF CANINDE - CEAR
ABSTRACT
First aid is a group of important knowledge and little
spoken in school. They are used during an accident of
any intensity and are of fundamental importance for the
victim, since this service save your life and / or health
will ease possible sequelae (BRUNO; BARTMAN, 1996).
In the school environment is very common accidents
occur, especially with children, so institutions need to be
prepared for any emergency, and the necessary steps
taken so since, children and adolescents often spend
hours in the school environment requiring much security
KEY-WORDS: First Aid, School, Teachers.
INTRODUO
Os primeiros socorros so um grupo de conhecimentos importante e pouco falado na
escola. Eles so utilizados durante um acidente de qualquer intensidade e so de fundamental
importncia para a vtima, uma vez que, esse atendimento salvar sua vida e/ou amenizar
possveis sequelas sade (BRUNO; BARTMAN, 1996).
No ambiente escolar bem comum ocorrerem acidentes, principalmente com crianas;
por isso, as instituies precisam estar preparadas para qualquer emergncia, sendo tomadas
assim as providncias necessrias, uma vez que, as crianas e os adolescentes costumam passar
horas no ambiente escolar e necessitam de segurana fsica, social, emocional, psicolgica e de
profissionais capacitados para agirem durante uma situao de risco (RIBEIRO, 2010).
A ausncia de informaes sobre cuidados com vtimas acidentadas pode acarretar
inmeros problemas, tais como a manipulao incorreta da vtima e a solicitao desnecessria
do socorro especializado (FIORUC et al., 2008). Deste modo dever da escola, portanto,
disponibilizar em seu ambiente, profissionais capacitados para situaes emergenciais, devendo
sempre haver treinamento para todos aqueles que compem o quadro de profissionais da
instituio, a fim de evitar maiores complicaes.
O mtodo de informao educativa em relao sade no ainda uma preocupao
atual em nosso pas. No continente europeu, desde o sculo XIX, eram adotadas medidas de
higiene e controle de doenas utilizando a educao em sade (Heringer, 2007). No Brasil, desde o
incio do sculo XX, quando muitas pessoas encontravam-se afligida por graves epidemias, deu-se
destaque a educao em sade, a qual adquiriu a conotao de determinar normas de
procedimento moral, convvio social e de higiene (SABIA, 2005).
A educao em sade configurou-se atravs dos tempos, como uma das estratgias do
poder pblico para garantir o desenvolvimento de aes de controle e preveno de doenas,
particularmente junto aos setores marginalizados da populao (SABIA, 2005). Porm, apesar
da educao em sade ser antiga, sua ao demonstra, ainda na atualidade, fragilidade na sua
operacionalizao, tendo em vista que os servios de sade do pouca ou nenhuma importncia
s aes educativas (ALBUQUERQUE, 2004).
As situaes de emergncia podem acontecer com qualquer pessoa e em qualquer lugar,
por isso os profissionais que trabalham dentro da escola devem adquiri esses conhecimentos
extras. As informaes sobre com atuar em situaes de emergncia podem ser relevantes tanto
em sala de aula, como na hora do intervalo, na fila da merenda, ou no momento da sada da
escola, sendo necessria uma atuao correta e segura por parte desses profissionais (NOVAES;
1994).
Logo preciso investir no s em treinamentos para os professores, mas tambm para os
funcionrios administrativos, intervir tambm em espaos fsicos, nas estruturas e, inclusive, na
comunidade, a quem deve ser apresentadas uma educao em sade. Assim os adultos
escola quando se pergunta sobre se tem e onde se encontra a caixa de materiais de primeiros
socorros e o nmero do GSU ou corpo de bombeiros da cidade.
Estes docentes que trabalham em uma escola de ensino fundamental, sabem que a todo
instante esto com a presena de crianas, onde as mesmas so vulnerveis a ocorrncia de
vrios acidentes. notrio que ainda existe o despreparo destes profissionais casos ocorra uma
situao corriqueira.
Analisando os achados da pesquisa, foi constatado que o nvel de conhecimentos em
primeiros socorros dos docentes desta escola ainda deixa muito a desejar, uma vez que em
algumas situaes eles sabem o procedimento correto, mas no o colocam em prtica.
Pode-se analisar que na tabela 1 e tambm no grfico 1, apresentado o ndice de
respostas em geral dos docentes, percebendo-se que a porcentagem de respostas errneas
apresenta-se bem alarmante.
Tabela 1 - Percentual de acertos e erros por questo
DOCENTES
ACERTOS
ERROS EM BRANCO
QUESTES
%
%
%
1 QUESTO
69
31
2 QUESTO
66
34
3 QUESTO
6
94
4 QUESTO
9
91
5 QUESTO
38
63
6 QUESTO
75
25
7 QUESTO
0
100
8 QUESTO
44
56
9 QUESTO
63
38
10 QUESTO
22
78
11 QUESTO
25
72
3
12 QUESTO
25
66
9
Grfico 1 Percentual de acertos e erros dos Docentes
VALORES (EM
MDIA)RESPOSTAS
ERRNEAS
VALORES (EM
MDIA) RESPOSTAS
EM BRANCO
37
62
A tabela 2 representa o percentual total de erros dos docentes onde foi realizado em
mdia, tendo um total de 62,0 de erros, podemos perceber que o nvel de conhecimentos desses
profissionais esta insatisfatrio, uma vez que a mdia das respostas exatas foi obtida em 37,0 e
com uma mdia de apenas 6,0 foi obtido em respostas em branco.
CONCLUSO
Este trabalho verificou o nvel de conhecimento em primeiros socorros dos profissionais
de uma escola na cidade de Canind-Cear. Uma vez que, sabemos que as ocorrncias em
primeiros socorros podem acontecer a qualquer momento, alguns dados obtidos nesta pesquisa
se tornaram bastante preocupantes.
Com os dados achados na pesquisa foi constatado que o nvel de conhecimento em
primeiros socorros dos docentes est preocupante diante das situaes emergncias encontrada
no questionrio. Eles obtiveram um percentual de respostas errneas bem mais elevado de que
respostas exatas, classificando assim que os seus conhecimentos relacionados primeiros
socorros ainda est baixo.
Tendo em vista estes dados, torna-se de extrema importncia apresentar-se polticas
pblicas para estes profissionais, tais polticas se associam a palestras, cursos, minicursos, ou
seja, informaes que sejam repassadas a estes participantes, para que assim eles possam obter
claramente esses conhecimentos, repassar o que aprender e poder ajudar uma vtima, agindo
consciente.
Tais dados se tornam relevantes, uma vez que, de extrema importncia que estes
docentes tenham em mente que esses conhecimentos so indispensveis para eles, pois, iro
ajudar alm dos escolares, pessoas da famlia, amigos, enfim, pessoas em necessidades
emergenciais.
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