Unidade1 Livro
Unidade1 Livro
Unidade 1
ESPECIALIZAO
Unidade 1
So Lus
2014
Site: www.unasus.ufma.br
Normalizao
26. : il.
CDU 613.9-053.9
PALAVRAS DO AUTOR
Discorrer acerca da temtica da sade da pessoa idosa remete sempre
ao lugar a partir do qual esse termo se define e o lugar onde esse sujeito se
encontra. Este lugar simblico, social, fsico e poltico se estabelece a partir
de um contnuo histrico no qual outros termos tambm vo surgindo e se
configurando como uma marca que define a fase aps a idade adulta ou mesmo a pessoa que est nessa fase.
Relembrando alguns destes termos, surge imediatamente na minha
memria os termos vida madura, maturidade, amadurecimento, envelhecimento, velho, velhice, senil, senilidade, terceira idade, idoso e por fim pessoa
idosa, termo ao qual a Poltica Nacional de Sade da Pessoa Idosa se refere ao
sujeito que alcanou essa fase da vida.
Ento me pergunto: Quem o velho? E me deparo com a seguinte afirmao: O velho aquele que tem diversas idades (ZIMERMAN, G. 2000).
Portanto, discorrer sobre a Terapia Ocupacional nessa rea muito
entusiasmante, visto que faz com que eu me perceba como partcipe desse
processo, j que todos ns estamos envelhecendo.
um espao de poder falar de um sujeito que tem uma histria de vida
estruturada a partir de um contexto simblico, social e poltico, mas que em
alguns casos visto, de modo pejorativo ou no, como idoso, em outros, como
velho, por vezes pessoa da terceira idade.
Sendo assim, a proposta discutir sobre a sade da pessoa idosa a partir
do olhar da Terapia Ocupacional, que prope o desempenho ocupacional como
objeto de estudo e a autonomia, a independncia e a participao social como eixos estruturantes de seu processo de trabalho. Somada perspectiva da Poltica
Nacional de Sade da Pessoa Idosa, que preconiza o envelhecimento saudvel, e
Organizao Mundial de Sade, que prope o termo envelhecimento ativo, espero poder colaborar na construo do conhecimento dessa rea.
Desejo uma tima leitura e um excelente passeio por esse conhecimento!
APRESENTAO
Para o entendimento do estudo sobre a temtica da Terapia Ocupacional na Sade da Pessoa Idosa, esta unidade terica, Unidade I, denominada A Terapia Ocupacional e o desempenho ocupacional faz um apanhado de
conceitos que embasam o trabalho do terapeuta ocupacional, como: incapacidade, capacidade funcional, autonomia, independncia e desempenho ocupacional.
No segundo momento, se faz um resumo da atuao do terapeuta
ocupacional na organizao do cotidiano e a partir dos componentes de desempenho ocupacional, entre os quais: fsico, cognitivo, afetivo e social. Neste
sentido, se direciona algumas sugestes de instrumentos de avaliao, tcnicas de interveno, modos de atuao e leituras complementares.
No final desta unidade, esperado que voc possa definir conceitos
como o de autonomia, independncia e desempenho ocupacional, discriminar capacidade funcional de desempenho ocupacional, compreender o papel
do terapeuta ocupacional na reestruturao do cotidiano da pessoa idosa e
conhecer os componentes de desempenho ocupacional (cognitivo, afetivo,
social e fsico), alm de elencar os instrumentos de avaliao mais utilizados
para esses componentes.
SUMRIO
1 TERAPIA OCUPACIONAL NA SADE DA PESSOA IDOSA........... 7
2 TERAPIA OCUPACIONAL E O DESEMPENHO OCUPACIONAL.... 8
2.1 Relembrando os conceitos de incapacidade, de funcionalidade
e de capacidade funcional.......................................................... 9
2.2 Terapeuta ocupacional na reestruturao do cotidiano da
pessoa idosa................................................................................. 11
2.3
SNTESE DA UNIDADE................................................................. 24
REFERNCIAS..................................................................................................... 25
UNIDADE 1
1 TERAPIA OCUPACIONAL NA SADE DA PESSOA IDOSA
O Brasil caminha rapidamente para um perfil demogrfico mais
envelhecido, caracterizado por uma transio epidemiolgica, em que as
doenas crnico-degenerativas ocupam lugar de destaque. O incremento das
doenas crnicas implica na necessidade de adequaes das polticas pblicas,
particularmente aquelas voltadas para atender as crescentes demandas nas
reas da sade, previdncia e assistncia social (MENDES, 2012).
Essas condies crnicas tendem a se manifestar de forma expressiva
na idade mais avanada e, frequentemente, esto associadas a comorbidades.
Podem gerar um processo incapacitante, afetando a funcionalidade, ou seja,
dificultando o desempenho das atividades cotidianas de forma independente.
Essas condies geralmente tendem a comprometer de forma significativa a
qualidade de vida dos idosos (BRASIL, 2006a)
Assim, envelhecer mantendo todas as capacidades funcionais no
representa nenhum problema para a sociedade. Quando h um declnio
funcional que os problemas comeam a surgir (MELLO, 2007).
Por isso, o foco da sade est estritamente relacionado funcionalidade
global do individuo, definida como a capacidade de gerir a prpria vida ou
cuidar de si mesmo. A pessoa considerada saudvel quando capaz de
realizar as atividades funcionais de forma independente e autnoma, mesmo
que tenha doenas. Isso traz profundas consequncias na estruturao das
redes de ateno sade (MORAES, 2012).
Essa rede de ateno sade surge com a perspectiva de repensar
o conceito de idoso e de trabalhar o envelhecimento saudvel. Alm disso,
coloca a Ateno Primaria Sade (APS) como foco da organizao da
assistncia ao idoso, garantindo a continuidade do cuidado nos outros pontos
de ateno.
Um terapeuta ocupacional
pode ajud-lo a entender o
que est acontecendo.
Incapacidade
Funcionalidade
Capacidade
Na
AUTONOMIA
INDEPENDNCIA
COGNIO
HUMOR
a capacidade mental de
compreender e resolver os
problemas do cotidiano
MOBILIDADE
COMUNICAO
a capacidade de deslocamento
do indivduo e de manipulao
do meio
Marcha, postura
e transferncia
a capacidade estabelecer um
relacionamento produtivo
com o meio
Viso
Audio
Fala, voz e
motricidade orofacial
Alcance,
preenso e pina
Capacidade
aerbica
Continncia
esfincteriana
Para refletir:
10
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Considera:
- Desempenho funcional nas atividades da
vida diria (AVD) e atividades instrumentais
da vida diria (AIVD)
- Histrico ocupacional
Reestruturao
do cotidiano
Considera os aspectos:
-Fsicos
-Cognitivos
-Emocionais
-Sociais
-Ambientais
Au
Espiritualidade
ade
vid
toc
uid
ad
Afetivo
ti
du
Pro
Fsico
Cultural
Fsico
Cognitivo
OCUPAO
Lazer
Institucional
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PESSOA
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Atividade sexual;
As atividades instrumentais
da vida diria (AIVD) ou atividades
de vida prtica (AVP), por sua vez,
so atividades que apoiam a vida
diria da casa e na comunidade
que, frequentemente, requer maior
complexidade
de
interaes
do
Atividades sociais;
Atividades recreativas;
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Atividades produtivas;
Trabalho formal;
Trabalho informal;
Direo veicular;
Servio voluntrio;
Organizao de eventos;
Hobbies.
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Resultado
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Identificao do problema;
Propostas de solues;
Vamos praticar?
Identifique no seu territrio adscrito se comumente as adaptaes
so utilizadas pelas pessoas idosas. Em caso afirmativo, quais so essas
adaptaes?
Logo abaixo, voc poder identificar algumas adaptaes que podem
ser indicadas para a melhoria do desempenho ocupacional da pessoa idosa:
Quadro 2: Adaptaes. Fonte: TEIXEIRA; ARIGA; YASSUKO, 2003.
Mobilidade
Transferncia
Tbua de transferncia;
Elevador para transferncia;
Faixa em tecido para transferncia.
Deambulao
Andador fixo;
Andador com rodzios;
Bengala;
Cadeira de rodas.
Alimentao
Vesturio
Higiene
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Calador de meia;
Abotoador;
Zper com puxador em argola;
Roupa com velcro.
Escova de cabo longo;
Bucha com substituio de preenso;
Luva de toalha;
Barras paralelas para banheiro;
Vaso sanitrio adaptado;
Cadeira de banho.
Comunicao
Controle do
ambiente
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Voc sabia?
Existe uma cartilha
desenvolvida por alunos
de Terapia Ocupacional da
UFSCar/2013 cujo nome
Cartilha para acessibilidade ambiental: Orientaes
ilustradas para domiclios
de pessoas idosas.
Acesso: gratuito.
Disponvel: Internet.
Vamos praticar?
Que tal elaborar uma cartilha de orientaes de acessibilidade e
adaptaes ambientais para idosos e realizar palestras educativas na sala de
espera de sua unidade de sade?
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SNTESE DA UNIDADE
Chegamos ao final da primeira unidade e espero que voc tenha
conseguido relembrar conceitos como o de autonomia, independncia
e
desempenho
ocupacional,
discriminar
capacidade
funcional
de
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REFERNCIAS
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