ELEPOT
ELEPOT
ELEPOT
____________________
Vitria da Conquista
2016
____________________________________________________________
____________________
I INTRODUO
A teoria de potncia ativa e reativa convencional tem sido aplicada na anlise,
estudos e projetos em sistemas de potncia h praticamente um sculo e v- lida na
grande maioria dos casos. Desta forma, existe um consenso entre a maioria dos
Engenheiros Eletricistas de que esta realmente uma teoria correta e vlida em todos
os casos. Porm, uma anlise mais detalhada mostra que esta teoria tem a sua
validade fisicamente confirmada apenas para sistemas operando em regime
permanente e sem distoro, no caso monofsico. No caso trifsico o sistema deve
ainda ser balanceado. verdade que na maioria dos casos a rede eltrica apresenta
aproximadamente estas caractersticas. No entanto, em sistemas especiais, como por
exemplo, em alimentao de ferrovias comum esta ser feita apenas com uma ou duas
fases, caracterizando um sistema desbalanceado. Tambm, o uso generalizado de
retificadores e conversores baseados em chaves semicondutoras tem aumentado muito
o nmero de cargas que alm de gerarem correntes com alto contedo de harmnicos
geram tambm desequilbrios entre as fases e corrente de neutro.
O problema fundamental da teoria de potncia ativa e reativa convencional vem
do fato de que esta foi desenvolvida inicialmente para circuitos monofsicos e foi
expandida para uso em circuitos trifsicos como se estes fossem compostos por trs
sistemas monofsicos independentes. O acoplamento entre as fases foi ignorado. Esta
teoria seria vlida se os sistemas trifsicos fossem realmente compostos por trs fases
e trs neutros no interligados.
Um outro problema nesta teoria convencional que o conceito de potncia
reativa nasceu em conexo direta com os elementos indutivos e capacitivos, inclusive o
nome reativo est relacionado com o termo reatncia. Para as cargas da poca em
que esta teoria foi desenvolvida a ideia de que potncia reativa estava relacionada com
a energia armazenada nos elementos reativos era perfeitamente correta. Mas, se
tomarmos um exemplo de um circuito muito simples e comum como um controlador de
lmpada incandescente (dimmer) como o mostrado na Fig. 1(a), e sua respectiva
forma de onda de tenso e corrente, mostrada na Fig. 1(b) vemos que existe uma
defasagem entre a componente fundamental da corrente e a tenso apenas por causa
da operao dos tiristores, sem que existam elementos reativos (armazenadores de
energia).
Alm disto, a teoria convencional foi toda derivada com base em fasores e
valores eficazes o que caracteriza ser uma tcnica desenvolvida para uma frequncia
apenas. Assim, ela no adequada quando mais de uma frequncia esto presentes
no sistema.
____________________________________________________________
____________________
____________________________________________________________
____________________
____________________________________________________________
____________________
____________________________________________________________
____________________
Expresses similares podem ser escritas para as correntes i a, ib, ic. Uma das
vantagens desta transformao a separao de sua componente de sequncia zero
(v0 e i0). A potncia real p, imaginria q e de sequncia zero p 0 so dadas por:
Esta equao mostra que a potncia ativa trifsica instantnea p 3 dada pela
soma da potncia real p e da potncia de sequncia zero p 0. Vale notar que esta
potncia de sequncia zero normalmente uma potncia no desejada no sistema
eltrico convencional. Por outro lado, se as variveis - da potncia imaginria q,
definida em (9), forem substitudas pelas suas correspondentes nas coordenadas a-b-c
a seguinte equao pode ser escrita:
____________________________________________________________
____________________
diferente: esta potncia corresponde a uma potncia que existe nas fases
individualmente, mas no conjunto trifsico no contribuem para a potncia ativa
instantnea trifsica. Devido a este significado fsico diferente, Akagi et al (1983)
sugeriram uma nova unidade para q: o VoltAmpere Imaginrio ou Imaginary VoltAmpere, IVA. Neste trabalho sugerimos o smbolo "vai", fazendo analogia com o VoltAmpere reativo var, internacionalmente aceito pelas normas. As correntes
instantneas que produzem a potncia q nas coordenadas - podem ser obtida a partir
da submatriz de (9) que depende de p e q, fazendo-se p = 0:
III REFERNCIAS
[1] WATANABE, Edson H. e AREDES, Maurcio. (2006). Teoria de Potncia Ativa e
Reativa Instantnea e Aplicaes - Filtros Ativos e FACTS, Laboratrio de Eletrnica de
Potncia.