Relatório de Avaliação Ambiental de Campo Grande/MS

11
APRESENTAO
A elaborao do Relatrio de Avaliao Ambiental (RAA) do Programa de
Desenvolvimento Integrado e Qualificao Urbana de Campo Grande/MS Viva Campo
Grande atende aos termos do Regulamento Operacional do Programa PROCIDADES
(financiado pelo BID), no qual est includo o Programa de Campo Grande.
A finalidade do RAA o de apoiar, junto comunidade em geral, a divulgao
e o esclarecimento do Programa, dos seus impactos ambientais e socioeconmicos, assim
como dos critrios, procedimentos e aes institucionais visando a sua sustentabilidade
scio-ambiental. Portanto, o RAA dever ser dado a conhecer atravs de reunio pblica e
disponibilizado para consulta da populao em geral.
O RAA visa uma anlise pr-ativa do Programa, definindo medidas para a
preveno, correo, mitigao ou compensao dos impactos ambientais adversos e a
maximizao dos impactos positivos que sejam conseqncia das obras e aes
financiadas.
O RAA estabelece procedimentos e critrios ambientais a serem atendidos
pelos empreendimentos previstos:
(i)
garantindo a sua viabilidade ambiental;
(ii)
e apoiando a ambientalizao do Programa como um todo e, assim, a
sua sustentabilidade e sucesso.

Por ambientalizao do Programa se entende:
(i) o aproveitamento das oportunidades nele inerentes visando a qualidade
ambiental do Municpio de Campo Grande, em consonncia com as polticas pblicas
ambientas;
(ii)
e a incorporao de atributos ambientais a partir da concepo s fases
de projeto e construo e continuando na operao, no monitoramento (de indicadores

previamente estabelecidos) e na(s) avaliao(es) ex-post.
Rua Manoel Secco Tom, 143 Jardim dos Estados CEP 79020-020 Fone: 3314-3094 Campo Grande - MS
12
CAPTULO I - DIAGNSTICO DO MUNICPIO DE CAMPO GRANDE.

Algumas consideraes iniciais.
(i)
O diagnstico a seguir utiliza dados e indicadores baseados, no apenas,
mas, sobretudo, no ltimo censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatstica (IBGE, 2000).
(iii) O diagnstico contempla informaes disponveis consideradas relevantes
s anlises a serem realizadas na seqncia deste RAA, seguindo, na medida do possvel,
as diretrizes dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentvel definidos pelo IBGE.
1.1
MUNICPIO DE CAMPO GRANDE

Campo Grande a capital do Estado do Mato Grosso do Sul, e sofre influncia
do setor Comercial, de Servios e Indstria, basicamente. A cidade tem uma rea de

8.086,051 Km2, que representa 2,27% de toda a extenso do Estado. Campo Grande
composta por 74 bairros, divididos em 9 Regies (Segredo, Prosa, Bandeira,
Anhanduizinho, Lagoa, Imbirussu, Centro, Anhandu e Rochedinho). Somando-se a outros
sete municpios1, engloba a Microrregio Geogrfica Centro. A populao estimada
749.7682 residentes em Campo Grande.
Durante as ltimas dcadas o municpio experimentou um importante
crescimento populacional, tendo em vista que a populao foi multiplicada por quase cinco
vezes entre os censos de 1970 e 2000. A participao da populao do municpio em
relao do Estado de Mato Grosso do Sul ainda elevada, sendo que em 2000 chegou a
31,94%. Ou seja, para cada 100 habitantes do estado, cerca de 30 residem em Campo
Grande. No contexto nacional, Campo Grande o 23 (vigsimo terceiro) municpio em
volume populacional.
O setor de Comrcio e Servios gera a maior parte da arrecadao de ICMS e
empregos no municpio, juntos representam 61,923 do PIB de Campo Grande, que
somados aos 34,52% da indstria e 3,56% da agropecuria agregam o PIB do municpio.
Os indicadores econmicos evidenciam um PIB4 de R$ 4.731 milhes, que corresponde a
24,94% do PIB do Estado. A taxa de participao 5de emprego, dada pela populao
economicamente ativa entre a populao em idade de trabalhar 0,62 no Municpio.
1
Bandeirantes, Corguinho, Jaraguari, Rio Negro, Rochedo, Sidrolndia e Terenos.

Estimativa do IBGE, 2005.
Valor Adicionado Bruto do PIB Municipal por Setor de Atividade a Preos Correntes 2003 (IBGE, 2003).
4
Produto Interno Bruto PIB a Preo de Mercado em Valores Correntes. IBGE 2003.
5
Fonte Ipeadata (www.ipeadata.gov.br).
2
3
13
Os indicadores de renda mostram que a proporo de pobres, diminuiu de

19.3% para 18.6%, na dcada de 1991-2000 e a renda per capita mdia aumentou,
passando de R$ 323,10 para R$ 394,70 (valores corrigidos para o ano de 2000).
Os indicadores sociais de Campo Grande so os melhores da Microrregio
Geogrfica Centro. No mbito educacional, foram reduzidas as taxas de analfabetismo da
populao de 9.0% a 6.0% na dcada de 1991-2000, alm disso, a taxa de mortalidade
infantil do municpio diminuiu 25,12% e a expectativa de vida ao nascer cresceu 2,39 anos,
alcanando 70,43 anos em 2000. O ndice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M)
cresceu 5.71% passando de 0.770 (em 1991) para 0.814 (em 2000), segundo a
classificao do PNUD, o municpio est entre as regies consideradas de alto
desenvolvimento humano (IDH maior que 0,8), ocupando a 307 posio nacional.
Quase a totalidade da populao do municpio tem acesso gua encanada
(95.8% da populao em 2000), energia eltrica (99.8% da populao em 2000) e coleta
de lixo urbano (98.2% da populao em 2000). Porm o percentual da populao que vive
em domiclios com instalaes adequadas de esgoto, ou seja, com instalaes sanitrias
no compartilhadas com outro domiclio e com escoamento atravs de fossa sptica ou
rede geral de esgoto diminuiu, passando de 33,70% em 19706, para 19,90% em 1991.
Segundo informaes da empresa guas Guariroba7, a rede coletora de esgotos de
Campo Grande, atualmente, est disponvel para 32% da populao, sendo que, desse
total, cerca de 21% esto conectados, nmeros que sero ampliados em 50% atravs do
programa Sanear Morena, que vai duplicar a rede de esgoto em Campo Grande at o ano
de 2008
1.2
LOCALIZAO
O
Municpio
de
Campo
Grande,
com
8.096
km,
est
localizado
geograficamente na poro central de Mato Grosso do Sul, ocupando 2,26% da rea total
do Estado.
A sede do municpio localiza-se nas imediaes do divisor de guas das Bacias
do Paran e Paraguai, estando definida pelas coordenadas geogrficas 202634 latitude
Sul e 543847 longitude Oeste, e sua altitude varia entre as cotas 500 e 675 metros. Tem
como municpios limtrofes: Jaraguari, Rochedo, Nova Alvorada do Sul, Ribas do Rio
Pardo, Sidrolndia e Terenos, e possui dois distritos: Anhandu e Rochedinho, que
6
7
Dados obtidos no site do IPEADATA (www.ipeadata.gov.br).

Informaes no site da Empresa - www.aguasguariroba.com.br
14
passaram a ser considerados Regies Urbanas para fins de planejamento, atravs da Lei
Complementar n 5, de 22 de novembro de 1995, que institui o Plano Diretor de Campo
Grande.
FIGURA 1.1-LOCALIZAO DO MUNICPIO
FIGURA 1.2 - LOCALIZAO DA SEDE DO MUNICPIO
15
1.3
ASPECTOS FSICOS
1.3.1
Climatologia
O estado de Mato Grosso do Sul est numa rea de transio climtica,
sofrendo a atuao de diversas massas de ar, o que implica em contrastes trmicos

acentuados, tanto espacial quanto temporalmente. Na verdade, a regio est numa zona
de encontro de diversas massas que atuam no territrio brasileiro.
O clima de Campo Grande, segundo a classificao de Kppen, situa-se na
faixa de transio entre o sub-tipo Cfamesotrmico mido sem estiagem em que a
temperatura do ms mais quente superior a 25C, tendo o ms mais seco mais de 30
mm de precipitao e o sub-tipo Aw tropical mido com estao chuvosa no vero e seca
no inverno. Cerca de 75% das chuvas ocorrem entre os meses de outubro e abril, quando
a temperatura mdia oscila em torno de 24C. Os meses de menor precipitao so: junho,
julho e agosto e a temperatura mdia de 20C. Os dficits hdricos ocorrem com maior
intensidade nesses meses, onde a mdia das temperaturas mnimas abaixo de 15C. O
ms mais seco o ms de agosto (Fonte: EMBRAPA).
De acordo com o Atlas Multirreferencial de Mato Grosso do Sul, a Variao
Mesoclimtica no estado pode ser classificada nos seguintes tipos:
a. mido
Apresenta ndice efetivo de umidade com valores anuais variando de 40 a 60.
A precipitao pluviomtrica anual varia entre 1750 e 2000 mm, com excedente hdrico de
1200 a 1400 mm durante 7 a 8 meses e deficincia hdrica de 200 a 350 mm durante 3
meses.
b. mido a sub-mido
Apresenta ndice efetivo de umidade com valores anuais variando de 20 a 40.
A precipitao pluviomtrica anual varia entre 1500 e 1750 mm, com excedente hdrico
anual de 800 a 1200 mm durante 5 a 6 meses e deficincia hdrica de 350 a 500 mm
durante 4 meses.
c. Sub-mido
Apresenta ndice efetivo de umidade com valores anuais variando de 0 a 20. A
precipitao pluviomtrica anual varia entre 1200 a 1500 mm, com excedente hdrico anual
16
de 400 a 800 mm durante 3 a 4 meses e deficincia hdrica de 500 a 650 mm durante 5

meses.
d. Sub-mido a semi-rido
Apresenta ndice efetivo de umidade com valores anuais variando 20 a 0. A
precipitao pluviomtrica anual varia entre 800 e 1200 mm, com excedente hdrico anual
de 100 a 400 mm durante 2 meses e deficincia hdrica de 650 a 750 mm durante 6
meses.
FIGURA 1.3 - FAIXA ZONAL DIVISRIA DOS REGIMES CLIMTICOS SEGUNDO

ZAVATINI (1992)
Fonte: Atlas Multirreferencial de Mato Grosso do Sul (1990)
17
O estado de Mato Grosso do Sul est numa rea de transio climtica,

sofrendo a atuao de diversas massas de ar, o que implica em contrastes trmicos
acentuados, tanto espacial quanto temporalmente. Na verdade, a regio est numa zona
de encontro de diversas massas que atuam no territrio brasileiro. Joo Afonso ZAVATINI
(1992) efetuou estudos do clima regional, onde verificou que o estado cortado pela Faixa
Zonal Divisria (preconizada por C.A.F. MONTEIRO), que corresponde a um virtual limite
de atuao das massas de ar e dos resultantes regimes pluviomtricos.
Na tabela 1.1. pode ser observado o quadro explicativo e o mapa da
classificao climtica de base gentica segundo ZAVATINI (1992).
FEIES CLIMTICAS INDIVIDUALIZADAS NOS CLIMA REGIONAIS

CONFORME A MORFOLOGIA E A PLUVIOMETRIA
PANTANAL
REGIO DE
AQUIDAUANA PLANALTO DA
E
BODOQUENA
MIRANDA
BACIA
SUPERIOR
DOS RIOS
TAQUARI
E COXIM
PLANALTO
DIVISOR
Destacada atuao da
massa tropical atlntica
(TA/TAC)
Participao Efetiva
da Massa Tropical
Continental com
ao espradica
Predominncia da Massa Polar
Atlntica (PA/PV) e
participao efetiva da massa
tropical continental (TC)
BORDAS DO
PLANALTO
CENTRAL
PLANALTO
ARENITOBASLTICO
(ALTO PARAN)
VIII
I
Centro
Serrado
Amolar
Serra do
Urucum
II
III
IV
SUL
Mdios
Vales do
Aquidauan
ae
Miranda
Planalto da
Bodoquena
Atuao Equilibrada das

Massas Tropical Atlntica
(TA/TC) e Polar Atlntica
(PA/PV)
CLIMAS TROPICAIS ALTERNADAMENTE

SECOS E MIDOS
CLIMAS
REGIONAIS
CLIMAS SUBTROPICAIS MIDOS
CONTROLADOS POR MASSAS TROPICAIS E

POLARES
CONTROLADOS POR MASSAS

EQUATORIAIS E TROPICAIS
CLIMAS ZONAIS
TABELA 1.1. - Quadro explicativo da classificao climtica de base gentica

segundo ZAVATANI (1992).
VI
Vale do
Coxim
Alto
Taquari
NORTE
Serra do
Catap
(Serra
Preta)
Serra do
Catap
(serra das
Araras
VII
Centro-Sul
IX
NORTE
Regio de
Paranba (do
Paranaba e
Grande
Vales do Rio
Verde e
Baixo Sucuri
X
Centro-Sul
Serra de
Maracaju
Serra de
Amambai
Fonte: Altas Geogrfico (www.uniderp.br)
Poro Central
Vales do
Ivinhema e
Pardo
Poro
Meridional
Vales do
Amambai e
Iguatemi
18
FIGURA 1.4 - MAPA DA CLASSIFICAO CLIMTICA DE BASE GENTICA SEGUNDO

ZAVATINI (1992).
Fonte: Altas Geogrfico (www.uniderp.br)
1.3.1.1
Perfil do vento
Na tabela 1.2., encontra-se a velocidade mdia dos ventos na regio de Campo
Grande desde 1985 at 2003, constituindo uma sria histrica de 17 anos, cujos dados
foram coletados na Base Area, Aeroporto, Embrapa e UNIDERP. Os meses com os
ventos mais fortes encontram-se no perodo de junho at outubro. Os meses que
apresentam ventos mdios mais fortes so agosto e setembro. Na tabela 1.3, esto os
valores das velocidades mximas registradas na regio de Campo Grande. No perodo de
julho at novembro, os valores mdios so superiores aos demais meses do ano. No ms
de novembro o valor mdio da mxima superior aos demais meses. Na tabela 1.4 podem
19
ser observados os valores mdios dos ventos (km/h) em funo da sua direo
predominante. Os ventos de noroeste-leste, noroeste-nordeste, noroeste-norte, norte-leste
e norte-noroeste, ocorrem em todos os meses do ano. Nestas direes o sentido noroeste
o que mais predomina na regio.
TABELA 1.2. - Velocidade mdia do vento em km/h na regio de Campo Grande - MS
ANO
JAN
FEV
MAR ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
1985
7,53
7,38
6,41
9,17
10,23
9,78
11,47
9,93
1987
8,24
9,05
7,28
10,54
8,71
10,32
11,24
1988
7,90
8,41
8,22
8,61
8,27
10,72
1990
8,94
7,64
7,88
10,22
9,21
1991
9,71
8,44
8,77
10,28
1992
7,93
7,27
7,82
1993
8,33
7,33
1994
9,06
1995
1996
SET
OUT
NOV
DEZ
MDIA
10,07
8,98
13,86
8,04
9,40
12,01
12,88
10,79
9,36
9,05
9,96
13,97
11,84
11,16
14,14
10,77
8,58
10,23
9,83
11,38
13,18
12,90
10,52
9,64
9,58
10,09
8,65
11,63
12,51
11,31
12,83
9,97
8,57
9,26
10,16
10,84
8,26
10,57
11,44
12,29
12,35
10,25
9,72
7,83
9,72
6,68
10,83
8,85
9,79
11,42
12,00
11,39
10,55
10,19
11,12
9,89
6,65
8,56
8,46
9,10
11,10
11,28
10,04
13,41
10,38
11,01
8,39
9,80
8,62
6,98
8,50
8,15
9,11
9,88
9,82
9,86
11,93
10,86
10,35
8,74
9,41
7,17
7,28
6,98
8,58
9,96
10,08
10,48
9,90
12,51
9,63
10,57
7,56
9,23
1997
8,36
7,15
8,96
9,47
7,49
11,22
9,34
11,19
10,06
10,52
9,45
8,55
9,33
1998
7,86
6,42
6,49
8,90
9,36
10,80
9,86
9,79
10,21
10,27
8,37
7,84
8,86
1999
6,75
5,70
5,87
9,40
8,99
10,21
9,93
13,36
11,32
11,51
9,18
7,89
9,21
2000
7,31
8,23
6,81
8,79
8,73
10,24
10,11
12,14
10,51
9,30
8,31
7,59
9,00
2001
6,82
6,99
6,74
7,96
10,66
9,76
10,30
11,34
12,28
9,55
10,20
7,61
9,18
2002
7,42
6,78
8,52
8,99
8,45
10,11
11,05
12,32
11,44
12,25
10,65
8,78
9,73
2003
7,68
8,11
8,92
9,15
8,75
10,56
11,74
12,41
11,36
11,44
10,97
8,22
9,94
2004
6,68
7,21
8,96
8,84
6,75
9,65
10,22
12,32
11,34
10,21
9,67
8,76
8,54
MDIA
8,04
7,40
7,47
9,35
9,04
10,40
10,97
11,35
11,72
10,48
9,97
8,51
9,58
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INEMET) e UNIDERP
TABELA 1.3. - Velocidade mxima dos ventos registrados na regio de Campo

Grande - MS
ANO
JAN
FEV
MAR ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
MDIA
1985
14,04
11,16
11,52
19,81
17,28
18,37
20,89
13,68
16,56
19,45 136,84
18,73
9,40
1987
12,24
13,32
16,92
14,04
14,04
16,20
20,53
21,97
21,61
18,37
21,25
12,60
9,96
1988
16,56
18,37
12,24
11,88
20,17
17,28
14,76
21,97
30,25
18,37
16,92
21,97
10,23
1990
16,92
13,32
15,12
15,84
15,84
16,20
30,97
19,45
18,01
24,49
23,41
16,56
10,09
1991
15,12
12,24
14,40
14,76
17,28
18,01
23,41
20,89
25,57
18,73
15,12
18,37
10,16
1992
15,48
12,60
19,45
16,20
21,61
27,37
17,28
17,64
21,61
17,64
15,12
16,20
9,72
1993
16,20
14,04
15,48
14,40
17,64
18,01
21,25
18,01
20,17
19,45
20,53
16,20
9,89
1994
15,12
13,68
12,96
14,76
16,20
16,56
19,09
24,49
18,37
19,09
13,68
25,21
9,80
1995
17,64
14,76
16,92
17,64
13,32
21,97
20,53
16,56
21,61
18,73
21,97
14,76
9,41
1996
14,76
14,76
14,40
16,20
13,68
20,17
16,92
20,17
21,25
23,41
21,97
16,20
9,23
1997
14,40
15,48
14,04
25,57
14,40
17,64
19,09
17,64
27,37
15,48
16,20
11,52
9,33
1998
17,64
13,32
20,17
18,73
24,49
19,09
17,28
20,17
21,61
18,01
18,37
14,76
8,86
20
ANO
JAN
FEV
MAR ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
MDIA
1999
14,04
16,56
13,68
21,25
15,84
15,84
20,17
22,33
18,73
19,09
18,01
19,45
9,21
2000
12,96
11,52
25,21
14,40
18,73
16,56
23,05
25,21
20,89
21,25
17,28
19,81
9,00
2001
14,04
15,84
15,12
18,37
15,12
16,56
21,61
18,37
23,41
24,13
19,45
18,73
9,18
2002
14,52
15,42
16,22
17,42
14,78
17,52
21,45
20,11
22,45
20,41
19,77
19,46
18,29
2003
15,09
15,24
16,75
17,85
15,68
18,53
20,25
21,96
21,65
20,33
20,68
20,73
18,73
2004
11,08
10,00
122,0
10,00
10,5
9,00
10,40
11,00
14,00
22,00
14,00
13,00
21,47
MDIA
15,11
14,22
15,92
17,01
16,83
18,35
20,50
20,03
21,83
19,79
25,68
17,72
14,60
TABELA 1.4. - Valores mdios dos ventos

DIREO DOS VENTOS JAN
FEV
leste-nordeste
MAR
11,16
ABR
MAI
JUN
JUL
8,64 12,24 16,06
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
16,20 13,80 12,60 12,60 14,76
leste-noroeste
4,68
7,38
12,96
9,36
leste-norte
9,84
8,22
7,38 10,53
9,79
7,83
8,64 11,07 10,92
9,16 12,36
8,82
4,32 11,16
4,68
5,76
6,84
5,40
leste-oeste
12,60
Leste-sudeste
11,34
leste-sul
10,98 10,08
nordeste-leste
8,75
nordeste-noroeste
9,86
9,72
4,50
nordeste-oeste
7,92
nordeste-sudeste
6,12
8,64
5,76
9,00
8,04
7,92
8,76
11,74 11,88 15,34
8,64
8,18 10,49 11,41 11,07 11,56 12,36 11,72 14,91 11,68

5,76
7,11
9,78
4,32 11,52
8,28
9,98
6,30
6,12
13,61
7,33 10,28 10,36 11,74 10,57 11,57 12,34 11,63 13,39 12,47
9,00
nordeste-norte
9,00
9,75
9,16
10,08 14,76
9,47
6,84
9,96 10,62 11,64 11,52
6,84
5,76
8,64
9,00
5,04 19,81
11,88 10,08
nordeste-sudoeste
6,84
nordeste-sul
15,12
7,80
13,68 13,32
1,08
noroeste-leste
6,84
7,20
7,30
6,54
7,77
7,65
8,96
7,42
7,92 12,06
7,38
8,39
noroeste-nordeste
7,12
7,18
6,21
8,09
8,21
9,00
9,00
9,24 11,10 11,40
7,63
7,12
noroeste-norte
8,67
7,66
6,84
6,48
6,48 12,08 13,04 10,11 10,83 10,50
9,75
8,39
noroeste-oeste
8,28
6,48
6,84
12,60
noroeste-sudeste
4,32 11,52
7,65
7,20 12,60
noroeste-sudoeste
8,28
noroeste-sul
6,48
5,94 14,40 10,01 17,28 10,08 11,76
7,66
7,06
7,50
norte-nordeste
12,60
8,25
norte-noroeste
7,20
norte-oeste
1,80
7,56
6,84
5,76 11,52 11,52
16,38 11,52
11,52
8,64
5,76
9,18
8,74
9,58 10,49 11,35 11,18 10,76
9,38
9,08
8,89
7,07
8,19
8,72
9,60 11,75 10,22 10,06 10,01
8,50
7,56
6,84
7,56
8,28 10,89
7,14
6,20
6,15
6,65
7,87
norte-sudeste
8,64
2,88
7,56
9,54
norte-sul
5,76
oeste-leste
6,07
oeste-nordeste
oeste-noroeste
norte-leste
oeste-norte
oeste-sudeste
9,89
8,95
11,16
9,48
9,96 10,08 10,15 11,34

7,74
8,61
6,30
6,60
7,20
4,14
9,48
5,76
8,64
8,28
10,26
6,66 11,52
9,36
9,09
6,32
7,93
13,68 12,24 11,52
6,48
8,03
9,65
11,16
7,92
10,44
9,54
8,01
6,03
19,09
6,25
5,04
6,12
10,44
9,00
5,04
7,92
10,26
5,40
8,10
2,52
21
DIREO DOS VENTOS JAN
oeste-sul
FEV
MAR
6,84
sudeste-leste
12,33 10,62
ABR
MAI
JUN
JUL
5,22
6,84
8,64
9,72
11,16
7,56
5,04
14,40
3,60
2,16
10,80
8,28
7,20
9,36
9,36
8,64 14,04 10,44 15,30 12,24
sudeste-sudoeste
10,26 12,24 12,53
8,46
9,36
14,22
8,28 16,28 14,52 14,40
sudoeste-nordeste
7,20
8,64
13,68
10,44
sudoeste-norte
9,00
8,64
2,16
8,64
9,90
15,12
4,32
sudoeste-sul
9,00
2,52
5,76
sul-leste
8,93
8,76
7,67
sudoeste-sudeste
DEZ
8,54 10,82 13,12 12,99 12,81 10,67 14,58 11,83 10,44
9,72
sudoeste-oeste
NOV
7,02
sudeste-norte
sudoeste-noroeste
OUT
8,28
sudeste-noroeste
sudeste-sul
SET
7,56
sudeste-nordeste
sudeste-oeste
AGO
sul-noroeste
7,20
11,52
7,38
6,84
9,97
6,84
9,12
8,89 12,44 11,90 12,74 11,39 11,74 10,53
9,47
9,54
sul-norte
11,52 13,32
9,36
sul-oeste
5,94
6,72 14,40
sul-sudeste
7,99
8,85
6,30
9,54
11,16
9,18
5,76
15,48
10,44
18,01
7,29 10,80 10,80
9,54
4,86
8,10
9,30 13,22 10,83 11,22 13,46 13,11 12,86 12,38 12,24
8,73
Na figura 1.5, observa-se a predominncia dos ventos na regio de Campo

Grande MS. Verifica-se que os ventos esto em mdia entre 2,5 a 3,0 m/s sentido nortenordeste. A figura 1.6 demonstra a velocidade mxima do vento ocorrida as 7:00 h na
cidade de Campo Grande atingindo uma velocidade mxima de 122 m/s, no sentido
sudeste e na figura 1.7 a velocidade mxima ocorrida as 14:00 h, atingindo 78 m/s no
sentido sudoeste.
Mdia m/s
N
4,00
NW
3,00
2,00
NE
1,00
0,00
SW
SE
S
FIGURA 1.5 Rosa dos Ventos para velocidade mdia

dos ventos na regio de Campo Grande, nos ltimos 10
anos.
22
N
NW
125,0
100,0
75,0
50,0
25,0
0,0
NE
SW
N
S
SE
FIGURA 1.6 - Rosa dos Ventos para velocidade mxima

anos, ocorrida no horrio de 7:00h.
100
NW
75
50
25
NE
SW
E
S
SE
FIGURA 1.7 - Rosa dos ventos para velocidade mxima

anos, ocorrida no horrio de 14:00h.
Na figura 1.8., encontra-se a direo no formato de rosa dos ventos (m/s) em

funo dos meses do ano. A predominncia dos ventos verifica-se no sentido sudeste,
independente do ms do ano, e o ms de agosto as velocidades so maiores em relao
ao demais meses do ano.
23
FIGURA 1.8. - DIREO PREDOMINANTE DOS VENTOS.
24
1.3.1.2
Temperatura
Na figura 1.9 encontra-se a mdia das temperaturas mxima e mnima
ocorridas no perodo. As temperaturas mdias mais altas ocorrem nos meses de Outubro,
Novembro e Dezembro (31,25 a 30,80 oC), enquanto que as mais baixas so registradas
no ms de julho (14,56 oC).
O
35,00
Temp. mdia das mxima
Temp. mdia
Temp. mdias das minima
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
0,00
Janeiro
Fevereiro
Maro
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
FIGURA 1.9 - TEMPERATURA MENSAL DAS MDIAS DAS MXIMAS E MNIMAS DE 1985 A
2000 DA CIDADE DE CAMPO GRANDE MS.
Na figura 1.10, encontram-se as temperaturas mxima e mnima em funo de

anos de 1985 a 2000 em Campo Grande. A temperatura mnima registrada variou de 6,70
1995 a 1,4o C em 2000. A temperatura mxima registrada variou de 40,10C em 1985 a
35,30C ocorridas em 1992 e 1996.
o
45,0C
Mximo de T max
Mnimo de T min
40,0
35,0
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
1985 1986 1987 1988 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
FIGURA 1.10 - TEMPERATURAS MXIMA E MNIMA OCORRIDAS NOS ANOS DE 1985 A 2000
DA CIDADE DE CAMPO GRANDE MS.
25
1.3.1.3
Umidade do ar
Na figura 1.11 podem ser observados os valores da umidade relativa mdia do
ar (UR), desde 1985 a 2004 e os valores mnimos observados neste perodo, na regio de
Campo Grande - MS. O ms de menor UR o de agosto, no entanto os meses de outubro,
setembro e agosto foram os que registraram os menores valores de UR, respectivamente
(22, 24 e 25).
90
Umidade Relativa do ar mdia

Umidade Relativa do Ar mais baixa observado
80
70
60
%
50
40
30
20
10
0
Janeiro
Fevereiro
Maro
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
FIGURA 1.11 - UMIDADE RELATIVA DO AR MDIA E OS MENORES VALORES OBSERVADOS

EM FUNO DOS MESES NO PERODO DE 1985 A 2004 DA CIDADE DE CAMPO GRANDE-MS.
1.3.1.4
Balano hdrico
Na figura 1.12, est representado o balano hdrico climatolgico da regio de
Campo Grande, tendo como referncia, uma pastagem em pousio, ou seja ,que no est
sendo pastejada. Neste balano observa-se que nos meses de junho, julho, agosto e
setembro ocorre a retirada de gua do solo. A partir de outubro que comea a reposio
de gua no solo. Na figura 1.13, pode ser observado o armazenamento mximo e efetivo,
em funo dos meses. No perodo de maio a novembro no existe armazenamento efetivo
de gua no solo na regio.
TABELA 1.5 - Balano hdrico da regio de Campo Grande pelo sistema de
Thornthwaite-Mather, segundo Mota, 1989.
MS
EP
P-EP
ARM
ALT
ER
DEF
EXC
JANEIRO
139
232
93,1
100
139
93,1
FEVEREIRO
105
172
67,3
100
105
67,3
MARO
133
155
21,8
100
106
27
21,8
ABRIL
139
146
6,6
70
30
139
0,0
MAIO
102
115
12,8
80
20
102
0,0
JUNHO
115
48
-66,2
40
60
108
0,0
26
MS
EP
JULHO
148
P-EP
23
-125,3
ARM
ALT
11
ER
19
DEF
EXC
42
106
0,0
AGOSTO
185
28
-157,2
94
122
63
0,0
SETEMBRO
189
86
-103,3
97
183
0,0
OUTUBRO
175
141
-34,5
99
240
-65
0,0
NOVEMBRO
134
133
-1,1
99
232
-98
0,0
DEZEMBRO
138
215
77,3
100
100
138
22,7
LEGENDA: EP= Evaporao potencial P= Precipitao ARM= Armazenamento de gua no solo

at 1 m ALT= Alterao de gua no solo ER= Evaporao real DEF- Deficincia de gua no solo
e EXC= Excedente de gua no solo.
FIGURA 1.12 - BALANO HDRICO NA REGIO DE CAMPO GRANDE

MS, ELABORADO POR CELSO DE SOUZA MARTINS.
Fonte: Martins, 2003 (dados no publicados)
FIGURA 1.13 - ARMAZENAMENTO MXIMO E EFETIVO, SEGUNDO

CELSO DE SOUZA MARTINS NA REGIO DE CAMPO GRANDE-MS.
Fonte: Martins, 2003 (dados no publicados)
27
1.3.1.5
Precipitao
A mdia anual na regio de Campo Grande fica em torno de 1500 mm anuais
(figura 1.14), sendo que a distribuio desuniforme, conforme pode ser observado na
figura 1.15. Nos meses de junho, julho e agosto os ndices mensais so os mais baixos em
relao aos demais. Na figura 1.16, encontra-se a precipitao semanal em funo dos
meses do ano. No ms de julho, o ms menos chuvoso, nunca ocorreu precipitao na 3a
semana. Nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro as precipitaes esto bem
destrudas ao longo do ms. Os meses de maro, abril e maio esto com uma precipitao
2000
1800
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
19
85
19
86
19
87
19
88
19
90
19
91
19
92
19
93
19
94
19
95
19
96
19
97
19
98
19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
mm de chuva
concentrada na 1 semana e na 3 semana.
Anos
FIGURA 1.14. - PRECIPITAO ACUMULADA ANUAL EM MM DE CHUVA,
EM FUNO DOS ANOS NO PERODO DE 1985 A 2003, NA REGIO DE
CAMPO GRANDE MS.
Precipitao (mm)
250
200
150
100
50
o
br
o
em
ez
D
ov
em
ub
br
ro
o
ut
O
Se
te
os
br
to
o
Ag
Ju
lh
o
nh
ai
ri l
o
Ju
Ab
o
ar
M
re
ve
Fe
Ja
ne
iro
iro
Meses
FIGURA 1.15 - MDIA MENSAL DE PRECIPITAO DE 1985 A 2004 DA

CIDADE DE CAMPO GRANDE MS.
28
250,0
1a semana
2a semana
3a semana
4a semana
200,0
150,0
100,0
50,0
0,0
Janeiro
Fevereiro
Maro
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
FIGURA 1.16 - MDIAS MENSAIS DE PRECIPITAO, EM FUNO DOS

MESES DO ANO NA REGIO DE CAMPO GRANDE - MS
1.3.1.6
Evaporao
A evaporao potencial, obtida pela medida no tanque classe A da estao
meteorolgica, foram obtidas na estao climatolgica da UNIDERP em Campo Grande.

Na figura 1.17 observa-se que a evaporao mdia est em torno de 98,56 a 188,9 mm/
ms, sendo os meses de agosto, setembro e outubro os meses de maior evaporao
potencial mdia. Na evaporao mxima ocorrida no perodo, destacam-se os meses de
fevereiro com 834 mm/ms e outubro 795 mm/ms. Estes valores ficaram bem acima dos
valores observados nos demais meses no perodo considerado.
Mdia
Mxima
900,00
800,00
700,00
mm
600,00
500,00
400,00
300,00
200,00
100,00
0,00
jan
fev
mar abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov dez
Ms
FIGURA 1.17 - EVAPORAO DO POTENCIAL MXIMA E A MDIA

OCORRIDA NO PERODO DE 1985 A 2004 NA REGIO DE CAMPO
GRANDE MS.
29
1.3.2
Qualidade do ar
As emisses de poluentes atmosfricos de uma regio, associados s
caractersticas topogrficas e meteorolgicas, definem os nveis de qualidade do ar e

provocam o surgimento de efeitos adversos sobre os agentes receptores.
As fontes de poluio do ar podem ser classificadas em trs grandes grupos,
que so: fontes urbanas e industriais; fontes criadas pelas atividades agrcolas e rurais e
fontes naturais.
Na primeira classe de fontes de poluentes, esto includas as indstrias que
utilizam combustveis fsseis nas caldeiras, as que geram gases odorferos, as que
utilizam compostos volteis; os veculos so fontes considerveis de poluio do ar por
material particulado e gasoso. As chamins das indstrias que utilizam o carvo como
combustvel podem emitir grandes quantidades de cinzas (SiO2), xidos de ferro e alumnio
do carvo; as que utilizam leo combustvel podem emitir entre outros compostos, os
metais pesados. Os principais poluentes que podem ser emitidos so o monxido de
carbono (CO), dixido de carbono (CO2), dixido de enxofre (SO2), xidos de nitrognio
(NOx), certos hidrocarbonetos e compostos orgnicos volteis (COV).
Outros processos de emisso abrangem os fornos e a queima de lixo, que
emitem CO, CO2, SO2, NOx, hidrocarbonetos, compostos orgnicos volteis (COV) e
partculas.
A construo civil uma outra grande fonte de emisses de poluentes gasosos
e de partculas no ar. Atividades de demolio, desmatamento, pavimentao, escavao,
moagem, pintura etc, emitem poeiras, partculas, hidrocarbonetos, CO, CO2, SO2, NOx e
COV.
Os poluentes secundrios da atmosfera se formam a partir dos poluentes
primrios. Assim, tem-se que o dixido de enxofre (SO2) no ar, com a presena de
oxignio e vapor de gua, reage e gera cido sulfrico (H2SO4), que, por sua vez, pode
reagir com a amnia (NH3) e resultar no sal sulfato de amnia (NH4)2SO4. O xido ntrico
(NO) se oxida no ar e gera NO2 que, por sua vez, pode gerar oznio (O3) ao ser
bombardeado pela radiao solar ou o cido ntrico (HNO3). Na formao do oznio a
reao qumica comea pela fotodissociao do NO2 pela radiao ultravioleta do sol. No
processo surge um xido ntrico (NO) e um tomo de oxignio em estado excitado, O (3P).
O tomo de oxignio excitado reage com uma molcula de oxignio (O2) e gera uma
molcula de oznio (O3). Enquanto isso, esse oznio reage com o NO (xido ntrico) e O2
(oxignio) e fecha o ciclo. Esse processo repetitivo no resulta no acmulo de oznio no ar
30
e por isso chamado de estado fotoestacionrio. Entretanto, tambm participam destas

reaes outros compostos anteriormente citados, chamados compostos orgnicos volteis
(COV), que perturbam o estado fotoestacionrio, ocasionando um excesso de oznio na
atmosfera.
Com a presena de COV no ar, o NO mais prontamente convertido em NO2
por reaes qumicas envolvendo hidrocarbonetos reativos, sem consumir O3, isto , na
atmosfera livre de COV, o xido ntrico reage com o oznio. No entanto, quando os COV
esto presentes, a reao ocorre com esses. Dessa forma, o O3 se acumula no ar.
O oznio usado como um poluente indicador dos produtos de oxidao
fotoqumica. A mistura total conhecida como SMOG e causa irritao nos olhos,
lacrimao e dificuldades respiratrias para quem caminha ou trabalha ao ar livre.
Alm dos danos sade, flora e fauna e aos monumentos e construes,
alguns desses poluentes discutidos aqui causam o conhecido efeito-estufa, tais como o
CO2, CH4, N2O e O3.
1.3.2.1
Padres de qualidade do ar
As tabelas 1.6, 1.7 e 1.8 indicam, respectivamente, os padres nacionais de
qualidade do ar (Resoluo CONAMA n. 3 de 28/06/90), os padres de qualidade do ar

adotados pela EPA (Agncia de Proteo Ambiental dos Estados Unidos) e os nveis
mximos recomendados pela Organizao Mundial da Sade, 1995.
Na tabela 1.6, observa-se que dos Padres Nacionais da Qualidade do Ar, o
padro primrio de qualidade do ar constitui-se das concentraes de poluentes que, se
ultrapassadas, podero afetar a sade da populao.
TABELA 1.6 - Padres de qualidade do ar - nvel nacional

TEMPO DE
AMOSTRAGEM
PADRO
PRIMRIO (g/m)
PADRO
SECUNDRIO (g/m)
Partculas totais em
suspenso
24 horas
MGA
240
80
150
60
Amostrador de
grandes volumes
Partculas inalveis
24 horas
MAA
150
50
150
50
Separao
inercial/filtrao
Fumaa
24 horas
MAA
150
60
100
40
Refletncia
Dixido de enxofre
24 horas
MAA
365
80
100
40
pararosanilina
1 hora
MAA
320
100
190
100
quimiluminescncia
POLUENTE
Dixido de nitrognio
MTODO DE
MEDIO
31
POLUENTE
TEMPO DE
AMOSTRAGEM
PADRO
PRIMRIO (g/m)
PADRO
SECUNDRIO (g/m)
1 hora
40.000
35ppm
10.000
9ppm
40.000
35ppm
10.000
9ppm
160
160
Monxido de carbono
Oznio
8 horas
1 hora
MTODO DE
MEDIO
Infravermelho no
dispersivo
quimiluminescncia
LEGENDA: 1 no deve ser excedido mais que uma vez ao ano

2 mdia geomtrica anual
3 mdia aritmtica anual
TABELA 1.7 Padres de qualidade do ar adotado pela EPA

POLUENTE
TEMPO DE
AMOSTRAGEM
PADRO PRIMRIO
Partculas inalveis (MP10)
24 horas
mdia aritmtica anual
150
50
Separao inercial/
Filtro gravimtrico
(MP2,5)
24 horas
65
15
Separao inercial/
Filtro gravimtrico
Dixido de enxofre
24 horas
365
80
Pararosanilina
Dixido de nitrognio
Mdia aritmtica anual
100
Quimiluminescncia
1 hora
Monxido de carbono
8 horas
1 hora
Oznio
8 horas
MTODO DE MEDIO
40.000
35pmm
10.000
9ppm
Infravermelho
dispersivo
235
0,12ppm
157
0,08ppm
Quimiluminescncia
no
Chumbo
Mdia aritmtica trimestral
1,5
Absoro atmica
LEGENDA: 1 Esses padres so apresentados apenas como informao, pois ainda no foram
implementados
2 No deve ser excedido mais que uma vez ao ano
3 Uma regio atende ao padro de 8h de O3 se mdia de 3 anos do 4 valor mais alto
(mximas dirias da mdia de 8h) de cada ano for menor ou igual a 0,08ppm
TABELA 1.8 - Nveis mximos de poluentes recomendados pela OMS, 1995.

CONCENTRAO
( g/m)
TEMPO DE AMOSTRAGEM
Dixido de enxofre
125
24 horas
Dixido de nitrognio
200
1 hora
Monxido de carbono
10
9 ppm
8 horas
120
8 horas
POLUENTE
Oznio
32
1.3.3
Solos
As classes de solos predominantes no municpio de Campo Grande,
conforme se observa na figura 1.18., so os seguintes:

a. Latossolos Vermelhos Distrficos: so solos minerais profundos e bem
drenados, com colorao indiscriminada (vermelha ou amarela), com diferentes classes
texturais, desenvolvidos a partir dos mais diversos materiais originrios.
Possuem
horizonte B desenvolvidos, textura arenosa, condicionada pelo substrato rochoso.

Geralmente, verifica-se, no municpio, a presena de solo com textura mdia, localizado
em terras planas ou suavemente onduladas. Apresentam grande capacidade de infiltrao
dgua superficial com pouca susceptibilidade eroso. No entanto, sob condies de uso
inadequado, ou sob fortes precipitaes, processos de degradao ambiental irreversveis
podem ocorrer.
b. Latossolos Vermelhos Distrofrricos: solos profundos, bem drenados e
com baixa susceptibilidade eroso. Apresentam textura argilosa e elevados teores de
xido de ferro, titnio e mangans. So solos que, embora necessitem da correo de
acidez, possuem boas potencialidades para a explorao agrcola mecanizada ou pastoril.
Ocupam grande extenso na poro oeste e noroeste do municpio, principalmente na
regio central, onde surge acompanhando o curso dgua do rio Anhanduizinho em faixa
marginal. Este tipo de solo ocorre, geralmente, em relevos planos e suavemente
ondulados.
c. Neossolos Quartzarnicos Hidromrficos: so solos minerais, no
hidromrficos, textura predominantemente composta por areia, pouco desenvolvidos e com
baixa fertilidade natural. Apresentam baixa capacidade de reteno de umidade e grande
susceptibilidade eroso, sendo desaconselhado para a agricultura. Ocorrem em reas
com topografia plana ou suavemente ondulada.
d. Neossolo Litlicos: so solos rasos, muito pouco evoludos, apresentam
teores elevados de materiais primrios de fcil decomposio (matria orgnica).
Geralmente, apresentam textura mdio cascalhenta ou cascalhenta, em reas de relevo
suavemente ondulado. Devido pouca profundidade e presena de cascalho, no
aconselhvel a sua utilizao agrcola. Este solo encontrado em pouca extenso, na
poro noroeste do municpio.
33
FIGURA 1.18 - IMAGEM DE SATLITE DA CIDADE DE CAMPO GRANDE E A

DELIMITAO DA REA COM PRINCIPAL TIPO DE SOLO QUE REPRESENTA A
MESMA. FONTE: UNIDERP
1.3.3.1
Suscetibilidade eroso
A suscetibilidade a eroso, diz respeito ao desgaste que a superfcie do solo
poder sofrer, quando submetida a qualquer uso, sem medidas conservacionistas. Est na
dependncia das condies climticas, das condies do solo (textura, estrutura,
permeabilidade, profundidade, capacidade de reteno de gua, presena ou ausncia da
camada compacta e pedregosidade), das condies do relevo (declividade, extenso da
pendente e micro relevo) e da cobertura vegetal. Na rea, o relevo plano ou praticamente
34
plano, conforme a tabela 1.9. A rea apresenta se coberta com pastagem do tipo
Brachiaria fato este que atenua a ao de processos erosivos observados sobre reas
desnudas, no apresentando voorocas.
TABELA 1.9 - Tipo de relevo em funo da declividade
Nvel de declive
0 a 3%
1.3.4
Grau de limitao
Plano/praticamente plano
3 a 8%
Suave ondulado
8 a 13%
Moderadamente ondulado
13 a 20%
Ondulado
20 a 45%
Forte ondulado
45 a 100%
Montanhoso
acima de 100 %
Escarpado
Geologia
O Municpio de Campo Grande est situado sobre a Bacia Sedimentar do
Paran. Seu arcabouo geolgico constitudo pelos seguintes litotipos: Formao

Botucatu e Formao Serra Geral do Grupo So Bento e Formao Caiu do Grupo Bauru.
A Formao Botucatu do Jurssico caracterizada pela ocorrncia de arenitos
rosados friveis a duros, com estratificaes cruzadas, granulometria mdia a fina, com
gros apresentando um bom arredondamento e boa esfericidade sedimentados em
ambiente desrtico. So descritos conglomerados no contato entre as Formaes Botucatu
e Pirambia e seixos de quartzo dispersos dentro do arenito. O ambiente deposicional da
Formao Botucatu definido como um ambiente desrtico elico, com dunas e rios
meandrantes que depositaram material de granulometria mais grosseira. A estratificao
predominante a cruzada. Sua espessura muito variada chegando a atingir cerca de 250
m. Seu contato inferior se d com a Formao Pirambia e o superior, com os derrames de
basalto da Formao Serra Geral.
Uma anlise das perfilagens de poos tubulares profundos e de poos
perfurados na cidade de Campo Grande indica uma profundidade mdia de 250 m e uma
espessura mdia para a Formao Botucat de 200 m, sendo que localmente a
profundidade gira em torno de 100 m. Os teores de argila so baixos e a porosidade
aparente gira entre 25 e 30%.
Representando o termo final do Grupo So Bento, a Formao Serra Geral
est assentada sobre os arenitos elicos da Formao Botucatu e capeada pelos arenitos
continentais flvio-lacustre do Grupo Bauru. O contato superior com o Grupo Bauru
35
discordante e erosivo, j o contato inferior com a Formao Botucatu descrito por alguns
autores como discordante e erosivo e por outros como concordante e interdigitado, devido
contemporaneidade das duas formaes, evidenciado pela ocorrncia de camadas de
arenitos intertrapeanos dentro dos derrames da Formao Serra Geral.
1.3.5
Geomorfologia
O relevo do municpio encontra-se situado, segundo RADAMBRASIL (1982),
na unidade geomorfolgica denominada de Planalto de Maracaj-Campo Grande, que

representa a terminao sul da borda ocidental da bacia sedimentar do Paran e separa
parte das guas que fluem para o rio Paran daquelas que se dirigem ao rio Paraguai.
Esta unidade caracterizada por uma superfcie pediplanada mais a norte, e
por formas dissecadas em amplos interflvios de topo plano a sul, com altitudes mdias de
500 m desenvolvidas sobre as efusivas bsicas Jurocretcicas da Formao Serra Geral,
sobre as quais ocorrem grandes extenses a sul e a nordeste do Planalto, de arenitos
Cretcicos da Formao Caiu.
Predomina as formas de dissecao do tipo tabular, com relevo de topo
aplanado, intensidade de aprofundamento de drenagem muito fraca e vales de fundo
plano.
1.3.6
Carta Geotcnica
A rea urbana de Campo Grande dispe de Carta Geotcnica, elaborada
em 1991 pela Prefeitura Municipal de Campo Grande, atravs do PLANURB com apoio
tcnico do instituto de pesquisas tecnolgicas do estado de So Paulo IPT.
instrumento que orienta intervenes de engenharia em funo das
caractersticas fisiogrficas dos terrenos, dividindo o permetro urbano do municpio em
cinco unidades homogneas, possibilitando a tomada de deciso e a adoo de
diretrizes distintas para cada unidade visando prevenir possveis problemas com o uso
e a ocupao criteriosa do solo.
36
FIGURA 1.19 CARTA GEOTCNICA

37
1.4
ASPECTOS BIOLGICOS
1.4.1
Vegetao
O permetro urbano de Campo Grande foi ocupado originalmente por diversas
formaes vegetacionais (fitofisionomias) do Bioma Cerrado. Configurava originalmente,

portanto num grande mosaico de paisagens naturais, associados rica biodiversidade
destes ambientes. O Cerrado a segunda maior formao vegetal brasileira. Estendia-se
originalmente por uma rea de 2 milhes de km, abrangendo dez estados do Brasil
Central. Hoje, restam apenas 20% desse total. Tpico de regies tropicais, o Cerrado
apresenta duas estaes bem marcadas: inverno seco e vero chuvoso, com solo de
Savana tropical, deficiente em nutrientes e rico em ferro e alumnio. Apresenta
fitofisionomias como Cerrado, Cerrado sentido restrito, Mata Ciliar, Mata de Galeria,
Campo sujo, Campo rupestre, Campo limpo, Parque de Cerrado, Palmeiral e Vereda
(predominante na rea de estudo). Estimativas apontam a existncia de mais de 6.000
espcies de rvores, 800 espcies de aves, alm da grande variedade de peixes e outras
formas de vida. Devido a esta excepcional riqueza biolgica, o Cerrado, ao lado da Mata
Atlntica, considerado um dos biomas mais ricos e ameaados do Planeta. O cerrado o
sistema ambiental brasileiro que mais sofreu alterao com a ocupao humana.
Atualmente, vivem ali cerca de 20 milhes de pessoas, realidade retratada no municpio de
Campo Grande. Essa populao majoritariamente urbana. Na economia, tambm se
destaca a agricultura mecanizada de soja, milho e algodo, que comea a se expandir
principalmente a partir da dcada de 80. Nos ltimos 30 anos, a pecuria extensiva, as
monoculturas e a abertura de estradas destruram boa parte do cerrado. Hoje, menos de
2% est protegido em parques ou reservas.
Dos trechos onde sero realizadas as intervenes objeto deste licenciamento,
apenas o trecho Via Morena (Av. Duque de Caxias), apresenta uma mancha com
vegetao nativa bastante modificada, localizada na margem esquerda da via (sentido
aeroporto) na rea de reserva florestal da base area. caracterizada por uma vegetao
bastante modificada e originalmente coberta por formaes de Vereda.
A rea de reserva florestal da base area (foto 1.1) guarda ainda destas
formaes originais uma expressiva mancha de matas de pindaba ou brejos, situados
nesta plancie de inundao sobre solos hidromorfos, em locais permanentemente
encharcados onde existe afloramento de lenol fretico. A superfcie do terreno bastante
irregular e a vegetao predominantemente arbrea cresce sobre elevaes de terreno
que ficam circundadas por canaletas de gua que se mantm em carter permanente
38
mesmo nas pocas mais secas do ano. Embora sujeitas aos fatores de perturbaes
adjacentes tpicas de rea urbanizadas como as queimadas, corte seletivo de espcies,
etc, esta mancha apresenta-se relativamente conservada. Os fragmentos de reas
brejosas so extremamente vulnerveis condio de encharcamento permanente do solo
e esto cada vez mais raros, devendo por esta razo merecer especial ateno na
implementao de medidas de preservao e recuperao. A vocao desta rea
unicamente a preservao visto a impossibilidade de desenvolver qualquer atividade em
seu interior. Porm, o empreendimento em si no dever afetar estas formaes.
FOTO 1.1 Reserva Florestal da Base Area
As veredas so comunidades vegetais que ocorrem em reas de nascentes na

regio de domnio do Cerrado (sentido amplo) (Eiten 1983, 1994). Esta formao
caracterizada principalmente, pela presena da palmeira Mauritia flexuosa L.f. (buriti) que
ocorre, em geral, na parte mais alagada da vereda em agrupamentos mais ou menos
densos. A maior parte dessa comunidade ocupada por uma densa vegetao herbcea,
principalmente por espcies das famlias Cyperaceae, Eriocaulaceae e Poaceae e por um
estrato arbustivo e subarbustivo de Melastomataceae e Rubiaceae (Carvalho 1991). As
veredas tm o seu papel reconhecido no equilbrio geoecolgico do bioma Cerrado,
protegendo nascentes e fornecendo gua, alimento e abrigo para a fauna silvestre (Castro
39
1980). No entanto, elas esto sendo degradadas devido ao avano da urbanizao,

construo de vias e canais de drenagem.
1.4.2
reas Verdes
Em um ambiente urbano qualquer rvore, qualquer jardim por menor que seja
so de grande importncia, por que so elementos de um conjunto importante na relao

fauna x flora, que podem tornar uma cidade mais bonita e menos agressiva ao homem,
mesmo que no seja determinante para a conservao da natureza.
Na ltima dcada a prefeitura municipal Campo Grande implementou os
parques lineares do Anhandu, do Ster e do Buriti Lagoa, com o objetivo de ordenar o uso
das margens dos crregos urbanos, antes ocupadas por favelas, que contribuam para o
acumulo de lixo nas margens, acarretando problemas ambientais e de sade pblica. As
famlias foram assentadas em conjuntos habitacionais com infra-estrutura de moradia e as
margens dos crregos foram revitalizadas com o objetivo de conservao dos mananciais.
Estes parques oferecem a populao vrios equipamentos de lazer.
O Municpio tem 183.000 hectares de cobertura vegetal remanescentes. Deste
total, 61% esto em parques, praas ou unidades de conservao protegidas por lei. Na
figura 1.19 pode ser observado o mapa de reas verdes do municpio de Campo Grande
S nos ltimos dois anos - com a criao de novos parques no permetro
urbano - esta rea aumentou mais 64 ha, onde o campo-grandense pode desfrutar do
contato direto com a natureza. Um deles o Parque Assaf Trad, com 27 ha que est
sendo implantado na sada de Cuiab, junto ao loteamento Alphaville.
Outro espao que combina lazer contemplativo e preservao da natureza - a
Estao Ecolgica Damha vai ser aberto numa regio que nascente de um dos
mananciais que abastecem Campo Grande, o Crrego Lajeado. Durante a Semana do
Meio Ambiente vai ser entregue populao um parque prximo ao Loteamento Damha
com 31 hectares. No local, vai ser construdo o primeiro mirante de pssaros da cidade.
Um dos poucos trechos do crrego Prosa, despoludo e ainda no domado
pelo canal em concreto armado, vai se transformar em Unidade de Conservao. So 6 ha
em frente ao Shopping Campo Grande, nos fundos de trs conjuntos de torres de
apartamento na Afonso Pena. Quem for visitar o Parque das guas do Prosa vai conhecer
40
uma beleza escondida pela urbanizao: a cachoeira que s os privilegiados moradores do

Residencial Cachoeirinha podem ver da janela dos apartamentos.
No Programa Viva Campo Grande sero implantados dois parques lineares Orla Ferroviria e a Orla Morena.
Na Orla Ferroviria ser desenvolvido projeto urbanstico para transformar a
rea em local de encontro e lazer, com a implantao de calado para caminhada, locais
de descanso e convvio, mobilirio urbano adequado, paisagismo e iluminao, visando
incorpor-la ao uso da populao residente e usuria do centro.
A Orla Morena ter a implantao de ciclovias e outros equipamentos pblicos
destinados ao lazer, pista para caminhada, reas para contemplao, instalaes de
praas com equipamentos diversos e reas para descansos e convvio, trar maior
conforto a populao, proporcionar melhoria da qualidade de vida, valorizao de
espaos pblicos e melhoria ambiental de toda a regio.
01
02
04
03
05
LEGENDA
rea Verde
Permetro Urbano
Crrego
Malha Urbana
Parque Estadual Matas do Segredo
Parque Ster
Parque da Naes Indgenas
Reserva Ecolgica Parque dos Poderes
Lagoa Itatiaia
06 Parque Jacques da Luz
07 Parque Anhandu
08 Parque Ayrton Senna
01
02
03
04
05
07
08
PROJETO VIVA CAMPO GRANDE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO E QUALIFICAO
URBANA DO MUNICPIO DE CAMPO GRANDE - MS
06
REAS VERDES DO MUNICPIO
FIGURA 1.20
Fonte: PLANURB
JULHO/2007
42
1.4.3
Unidades Municipais de Conservao da Natureza

As Unidades de Conservao (UC) so espaos territoriais especialmente
protegidos, destinados proteo da fauna, flora e preservao da diversidade do

patrimnio gentico e dos processos ecolgicos essenciais, possibilitando o manejo
ecolgico de espcies e dos ecossistemas importantes. Sua criao, implantao e
implementao est regulamentada pela Lei 9.985, de 18 de julho de 2000, que criou o
Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza SNUC.
As reas de Proteo Ambiental APAs, particularmente, tm-se constitudo
em um instrumento vivel de gesto ambiental aplicado em situaes em que h presso
da expanso urbana sobre espaos importantes, detentores de diversidade e de recursos
naturais, cuja proteo e preservao tm sido fundamental para a manuteno e melhoria
da qualidade de vida da populao local e cuja soluo definitiva ainda se coloca como um
desafio para os governos locais.
A rea total do municpio de Campo Grande de 8.096 km. Deste total,
113.862 ha esto, de alguma forma, protegidos em unidades de conservao de proteo
integral ou de uso sustentvel (Lei Federal n. 9985). Na tabela 1.10 esto relacionadas s
unidades de conservao existentes no municpio de Campo Grande.
TABELA 1.10 Relao das Unidades de Conservao implantadas no Municpio de

Campo Grande.
UC
legislao
Parque Estadual
do Proza
Parque Estadual
das Matas do
Segredo
APA do
Guariroba
APA do Lajeado
Decreto estadual n 10783 de

maio de 2002
Decreto Estadual 9935 de
julho de 2000
APA do Ceroula
RPPN Estadual
da UFMS
Decreto municipal n 7183/

setembro 95
Lei municipal 8265 27 de
julhon de 2001
Lei municipal 8264 de julho
de 2001 Uso sustentvel
Deliberao CECA n 005
/ 2003, 25/07/03
rea (ha)
Localizao
Tipo de uso
135
Urbano
Proteo integral
177
Urbano
Proteo integral
45.000
Rural
Uso sustentvel
3.500
Rural
Uso sustentvel
65.000
Rural
Uso sustentvel
116
Urbano
Uso sustentvel
O Parque Estadual do Prosa e o Parque Estadual das Nascentes do Segredo

so unidades de conservao de proteo integral e so gerenciadas pelo Instituto de
43
Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (IMASUL). Ambos foram criados com o objetivo de
preservar nascentes de crregos e amostras de cerrado.
As APAs do Gariroba, do Lageado e do Ceroula so unidades de conservao
de uso sustentvel e foram criadas com o objetivo que preservar as nascentes e as reas
de Preservao Permanente (APP) dos crregos de mesmo nome. So gerenciadas pela
Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMADES).
A APA do Lajeado foi criada pelo Decreto n. 8.265, de 27 de julho de 2001,
com aproximadamente 3.555 hectares abrangendo reas rurais e urbanas de onde
captada a gua para o consumo de 12% da populao da cidade de Campo Grande. Seu
conselho gestor encontra implantado sendo constitudo por 17 entidades representantes de
rgos pblicos, organizaes da sociedade civil e populao residente.
Dentre as finalidades de sua criao esto:
Recuperar, proteger e conservar os mananciais de abastecimento pblico

formados pela bacia do crrego Lajeado, de modo a que seus recursos
hdricos tenham asseguradas, de forma sustentvel, a sua quantidade e
qualidade;
Proteger seus ecossistemas, as espcies raras e ameaadas de extino,

o solo, assim como as vrzeas e demais atributos naturais que possam
ser considerados relevantes para a melhoria e conservao da qualidade
ambiental da bacia e,
Promover programas, projetos e aes de gesto e manejo da rea que

contribuam com a sustentabilidade econmica e social de atividades e
empreendimentos compatveis com as finalidades constantes nos incisos
anteriores.
A Reserva Particular do Patrimnio Natural (RPPN) da Universidade de Mato

Grosso do Sul (UFMS) foi criada com o objetivo de preservar amostras de cerrado e a
fauna associada. Est localizada nas imediaes da Universidade de Mato Grosso do Sul
e utilizada para o desenvolvimento de vrias pesquisas e projetos universitrios.
A partir do ano de 2000 o estado de Mato Grosso do Sul comeou a
operacionalizao do ICMS Ecolgico, que em sntese distribui parte do ICMS (Imposto
Sobre Circulao de Mercadorias), que rateado entre os municpios, para os municpios
que tem reas de unidades de conservao e reservas indgenas.
44
Neste sentido, o ICMS Ecolgico a compensao financeira aos municpios

que possuem restrio do uso do solo em seus territrios para o desenvolvimento de
atividades econmicas clssicas, mas acima de tudo incentivo e em alguns casos, de
contribuio complementar conservao ambiental.
Na tabela 1.11 esto contempladas as UCs do Municpio de Campo Grande e
os respectivos coeficientes de conservao da biodiversidade que determina o valor de
ICMS que repassado ao municpio.
TABELA 1.11 Coeficientes de Conservao da Biodiversidade que determina o valor
de ICMS que repassado ao Municpio.
UC/Terra Indgena
rea UC/T.Irea UC/T.Irea do

municpio(ha) satisfatria(ha) municpio (ha)
FC
CCB
CCBI
APA do Ceroula
66954,0000
66954,0000
809600,0000
0,05 0,5 0,0041350 0,0621284
APA do Lageado
3550,0000
3550,0000
809600,0000
0,05 0,5 0,0002192 0,0031407
APA Guariroba
35533,0000
35533,0000
809600,0000
0,05 0,5 0,0021945 0,0337401
PE. do Prosa
135,2573
135,2573
809600,0000
0,90 3,0 0,0001504 0,0158780
PE. Matas do
Segredo
181,8940
181,8940
809600,0000
0,90 3,0 0,0002022 0,0223537
RPPN Est. UFMS
50,1100
50,1100
809600,0000
0,70 1,0 0,0000433 0,0012543
Legenda: UC: Unidade de Conservao; TI: Terra Indgena; PE: Parque Estadual; APA: rea de
Proteo Ambiental; RPPN: Reserva Particular do Patrimnio Natural. FC: Fator de Conservao,
P:Peso Ponderado; CCB: Coeficiente de Conservao da Biodiversidade; CCBI: Coeficiente de
Conservao da Biodiversidade por interface.
Alm de garantir a preservao da biodiversidade, as unidades de conservao

e os parques lineares garantem altas taxas de permeabilidade. Por outro lado o a Lei de
Uso e Ocupao do Solo do municpio garante um rea mnima de 12,5 m/ha de rea
permevel.
A figura 1.21 mostra a taxa de permeabilidade do centro de Campo Grande,
bem como a localizao de praas e reas verdes. Cabe ressaltar que todos os projetos
paisagsticos nos parques lineares limitam as reas impermeveis s caladas para
caminhadas e as reas com equipamentos de lazer e utilizam para a arborizao espcies
da flora nativa, atraindo vrias espcies da fauna.
45
FIGURA 1.21 TAXA DE PERMEABILIDADE DA REGIO URBANA CENTRO.
46
1.5
RECURSOS HDRICOS
1.5.1
Hidrografia
O Municpio de Campo Grande encontra-se predominantemente na Bacia
Hidrogrfica do Rio Paran, com exceo de uma pequena poro Noroeste de seu
territrio, que se situa na Bacia Hidrogrfica do Rio Paraguai, na qual encontram-se os
crregos Mateira, Ceroula e Angico.
FIGURA 1.22 REDE HIDROGRFICA DO MUNICPIO
O Rio Anhandu o principal curso dgua do municpio, tendo como seus

afluentes a maioria dos corpos dgua, destacando-se o rio Anhanduizinho, Ribeiro da
Lontra e os crregos Cachoeira, Trs Barras, Anhandu, Lajeado, Lajeadinho, Imbirussu,
Pouso Alegre, Do Engano, Mangue, Lagoa, Lagoinha, Estiva, Limpo, Da Areia, Arame e
Fortaleza, alm dos crregos Guariroba, gua Turva, Estaca e Ribeiro das Botas, que
so tributrios da sub-bacia do rio Pardo. Este ltimo, afluente do rio Paran.
47
Os crregos Lajeado e Guariroba esto destinados ao fornecimento de gua

potvel populao campo-grandense, contribuindo com aproximadamente 80% da gua
consumida na cidade.
1.5.2
Hidrogeologia
Em relao aos recursos hdricos subterrneos podem ser encontrados trs
tipos de aquferos subterrneos no municpio:

I.
Fraturado
Neste tipo de aqfero as guas percolam e so armazenadas nos sistemas de

fraturamentos da rocha. Isto impem uma condio de explorao local, apesar das
grandes reas de afloramento. Representam este aqfero s rochas baslticas da
Formao Serra Geral.
Aqfero Serra Geral
O aqfero basltico da Formao Serra Geral apresenta-se distribudo na
poro leste do estado do Mato Grosso do Sul, inserido dentro da zona de ocorrncia da
Bacia Sedimentar do Paran.
A explorao de guas subterrneas do Aqfero Serra Geral no estado de
Mato Grosso do Sul feita principalmente dentro da faixa de afloramentos e em locais
onde a cobertura dos sedimentos do Grupo Bauru pequena.
Vrias cidades importantes tm como fonte de gua para abastecimento
pblico, principal ou secundria, poos perfurados neste aqfero, podendo ser citados
como exemplo: Campo Grande, Dourados, Ponta Por, Caarap, Sidrolndia, entre outras.
O Aqufero Serra Geral um aqfero basltico de meio fissurado, sendo,
portanto, bastante problemtica a realizao de clculos dos balanos hdricos locais e
regionais. Este tipo de aqfero muito heterogneo, com caractersticas, propriedades
hidrolgicas, e comportamento hidrogeolgico marcadas por intensas e abruptas
mudanas.
A determinao dos pontos de perfurao deve-se basear em um estudo
geolgico local para definio dos lineamentos fraturados e estruturas existentes no
macio rochoso. Alm do abastecimento pblico de algumas cidades, as propriedades
particulares rurais utilizam-se da gua para abastecimento domstico, pecuria e
raramente para irrigao. Os poos so perfurados normalmente com dimetro de 6,
profundidades entre 100 e 140 m e extraem vazes que variam de 3 at 15 m/h. A vazo
48
extrada nem sempre a vazo mxima do poo, refletindo a capacidade do equipamento

ou a necessidade da demanda da propriedade.
As caractersticas estruturais locais, a indicao da piezometria no condiciona
o xito da perfurao, ou seja, a existncia de guas passveis de explorao, alm disto
os fatores estruturais locais pode modificar a piezometria e os gradientes regionais.
De modo geral a piezometria regional do Aqfero Serra Geral, como aqfero
livre, acompanha a forma do relevo, porm a anisotropia da Formao Serra Geral pode
modificar localmente esse comportamento.
As vazes mximas encontradas em poos com bombeamento contnuo, e
sem queda de vazo, perfurados dentro dos basaltos so da ordem de 100 m/hora , e as
vazes mdias de 40 m/hora, mas na grande maioria dos poos a vazo obtida de at
30 m/h, de acordo com Tahal (1997).
II.
Poroso
No aqfero poroso as guas ocorrem nos espaos entre os gros das rochas
sedimentares, estando seu fluxo intimamente relacionado ao tamanho das partculas e seu
grau de reteno. Este tipo de aqfero permite que suas caractersticas hidrulicas sejam
tratadas matematicamente, atravs de parmetros especficos (transmissividade e
armazenamento). Os aqferos do tipo porosos, seja em superfcie ou em profundidades
variveis, ocupam grande parte do municpio de Campo Grande e so representados pelos
sedimentos da Formao Caiu e pelo sistema Botucatu/Pirambia, sendo denominados
respectivamente de aqfero Caiu e aqfero Botucatu/Pirambia.
De acordo com a situao hidrulica os aqferos podem ser classificados em
livres, semiconfinados e confinados. O aqfero livre tem seu nvel de gua dentro da
formao aqfera e apresenta um escoamento gravitacional, com o coeficiente de
armazenamento equivalente a porosidade efetiva (0,5% a 30%). No aqfero confinado o
nvel de gua representado pr um ponto situado acima do topo da Formao, sendo o
coeficiente de armazenamento menor que 10-3 e quanto mais confinado o aqfero menor
ser o armazenamento. O aqfero semiconfinado representa o estgio intermedirio entre
os aquferos livres e confinados, com coeficiente de armazenamento entre 10-2 e 10-4.
Aqfero Caiu
O Aqfero Caiu apresenta-se como o aqfero mais importante do Grupo
Bauru no estado de Mato Grosso do Sul, pois alm de ocupar uma grande rea na poro
ocidental da Bacia do Paran, que vai do sul ao norte do estado, bordejando todo o contato
49
com as rochas baslticas da Formao Serra Geral, abastece uma regio bastante
povoada, composta por cidades de pequeno e mdio porte, tais como, Mundo Novo,
Itaquira, Navira, Ivinhema, Nova Andradina com poos de pequena profundidade, at 150
m, e vazes entre 25,00 m/h at 100,00 m/h. No ocorre apenas em uma pequena faixa
que vai do Rio Verde, passando pela cidade de gua Clara at a cidade de Cassilndia,
situada nordeste do estado.
A profundidade mdia dos poos que aproveitam exclusivamente o aqufero
Caiu no municpio de Campo Grande de 60 m, podendo atingir at 100 m, na regio das
Chcaras das Manses.
A piezometria do Aqufero Caiu reflete o relevo topogrfico, ou seja, as linhas
equipotenciais tendem a ter a mesma configurao das curvas de nveis topogrficas.
Normalmente os nveis so rasos, at 30 m do solo, no entanto podem ser profundos como
na regio de Chapado do Sul, em torno de 60 m, dependendo diretamente da topografia,
onde esto locados.
As linhas de fluxo de gua do Aqfero Caiu, direcionam-se ortogonalmente
das partes mais elevadas topograficamente, para as partes mais baixas, alimentando os
mananciais que formam os cursos dgua atuais atravs do fluxo bsico.
Este fluxo possui trs direes principais NE, SW e SE. As direes NE e SW
so decorrentes dos divisores das bacias hidrolgicas, e o fluxo SE reflete a drenagem
principal (rio Amamba, rio Ivinhema, rio Pardo, rio Verde) que segue em direo ao rio
Paran. Nestes cursos de gua afloram rochas da Formao Serra Geral, que
interrompem o fluxo subterrneo do Aqfero Caiu. Esta condio faz com que este
aqfero seja dividido em diversas sub-bacias.
As vazes de teste dos poos cadastrados pela Sanesul, que captam
unicamente o Aqfero Caiu variam de 5 a 132 m/h. Na regio que vai das cidades de
Bataguass, Nova Andradina, Bataipor, Ivinhema, Navira at as cidade de Iguatemi e
Eldorado, as vazes so de 40 m/h a mais de 100 m/h. No entanto de uma forma geral a
grande maioria dos poos, ou seja, 41,5% apresentam vazes no intervalo de 10 a 30
m/h, de acordo com Tahal (1997).
Aqfero Botucatu/Pirambia
O Sistema Aqfero Botucat/Pirambia apresenta-se distribudo na poro
leste do estado de Mato Grosso do Sul, inserido dentro da poro ocupada pela Bacia
Sedimentar do Paran, com rea de ocorrncia de aproximadamente 215.000 Km, dos
50
quais cerca de 36.000 Km correspondem a rea de afloramentos distribuda em uma faixa

de direo Norte-Sul na poro central do estado. Na poro oriental encontra-se
recoberto pelas Formaes Serra Geral e os sedimentos do Grupo Bauru, com uma
extenso da ordem de 178.000 Km.
Apesar da enorme rea de ocorrncia o aqfero composto pelas Formaes
Botucatu e Pirambia muito pouco explorado no estado de Mato Grosso do Sul, estando
a maioria dos poos concentrados em algumas regies, como por exemplo, a Regio
Centro Norte do estado (zona de afloramentos), a Regio Central do estado, que engloba
os municpios de Campo Grande, Sidrolndia e Terrenos, e algumas Cidades na Regio
de Dourados.
De um modo geral o aproveitamento do Sistema Aqfero Botucatu/Pirambia
no estado do Mato Grosso do Sul apresenta inmeras vantagens, podendo ser citadas
entre elas a sua ocorrncia regional, a possibilidade de obteno de grandes vazes nas
zonas de confinamento e semiconfinamento, que atenderiam as demandas dos principais
centros urbanos localizados em sua rea de ocorrncia (Dourados, Campo Grande e
Ponta Por) e as baixas profundidades dos nveis de gua.
No municpio de Campo Grande o aqfero em questo apresenta condies
de semiconfinamento, com o nvel esttico cerca de 100m acima do topo da Formao
Botucatu/Pirambia, apresentando vazes que podem alcanar 350 m/h, quando a mdia
encontrada de 150 m/h. Os poos perfurados nesta zona apresentam uma espessura
mxima de basalto de 350m.
1.5.3
Carta de drenagem
A rea urbana de Campo Grande dispe de uma Carta de Drenagem, que
apresenta recomendaes gerais e especficas, critrios, condicionantes e diretrizes para

elaborao dos projetos de infra-estrutura na rea urbana. Nela a rede hidrogrfica de
Campo Grande dividida em 10 micro-bacias, sendo elas: Bandeira, Prosa, Anhandu,
Lajeado, Gameleira, Blsamo, Imbirussu, Coqueiro, Segredo e Lagoa.
51
FIGURA 1.23 CARTA DE DRENAGEM.
52
1.6
ASPECTOS URBANSTICOS
1.6.1
A Malha Urbana e sua Ocupao

O stio natural, onde surgiu Campo Grande, mostra sua grande influncia na
configurao atual da cidade, pois foi o grande facilitador da ocupao espraiada, tendo
em vista suas caractersticas praticamente planas, com suaves ondulaes, permitindo seu
crescimento em todas as direes geogrficas.
Historicamente, a ocupao da malha urbana ocorreu entre as margens dos
crregos Prosa e Segredo, que no incio se constituram em obstculos para o crescimento
da cidade na direo sul e oeste, respectivamente.
A partir de 1914, com a construo da ferrovia, as barreiras fsicas foram
vencidas no sentido oeste, cuja ocupao se efetivou na dcada de 30, com a instalao
dos quartis nessa rea da cidade.
A
expanso
urbana
foi
condicionada
existncia
de
bloqueios
representados por grandes reas institucionais - do Exrcito, da Base Area de Campo

Grande, do Aeroporto Internacional, da Cidade Universitria - e pelo traado sinuoso dos
trilhos da Rede Ferroviria Federal antiga Noroeste do Brasil que secciona a trama
viria da cidade em vrios pontos, assim como pelo leito dos crregos Prosa e Segredo
(hoje j canalizados).
A expanso da malha urbana da cidade no se deu de forma contnua,
fazendo surgir reas urbanizadas entremeadas de glebas no loteadas e desligadas da
trama urbana.
A verdadeira exploso do tecido urbano aconteceu na dcada de 60,
momento em que surgiram grandes loteamentos bastante afastados do centro comercial,
destinados, na sua maioria, a abrigar a populao de baixa renda que imigrava, em fluxos
cada vez maiores, para a cidade. O acesso a esses bairros se dava praticamente atravs
de uma rua ou avenida. Normalmente as prprias sadas, ou rodovias, desempenhavam
este papel de eixo de integrao entre centro e bairros. Consolidou-se assim uma
configurao urbana radial onde praticamente todos os acessos convergem para o centro,
reforando a centralidade comercial e de servios, que caracterizam a cidade de Campo
Grande desde a dcada de 60.
Neste sentido, os fluxos urbanos se do no sentido bairro-centro-bairro e
praticamente inexiste acessibilidade direta entre as regies. A estrutura viria acompanha
53
os principais corredores de expanso urbana, com poucas vias estruturais, sendo os

acessos bsicos interligados atravs do mini-anel de circulao.
O crescimento desordenado, sobretudo a partir da dcada de 70 e a
ausncia de diretrizes de planejamento fizeram com que at 1988 o adensamento urbano
em Campo Grande se concentrasse nas sadas da cidade, criando imensos vazios,
dificultando o acesso entre os bairros e provocando a descontinuidade da malha viria.
Atendendo a uma dos principais reivindicaes dos muncipes, a Prefeitura,
em convnio com o Ministrio dos Transportes, concluiu a construo do Contorno
Ferrovirio da cidade, liberando todo o traado ferrovirio antigo que atravessava a zona
central de Campo Grande.
A importncia desse corredor como eixo de transporte coletivo, que
atravessa a zona que se traduz como rea de maior convergncia de origem e destino da
maior parte dos deslocamentos da populao, inegvel.
Com a construo do Contorno Ferrovirio, a Prefeitura toma posse do
corredor que compreendia o segmento ferrovirio, livre e desimpedido, conforme acordos
firmados com a RFFSA, para abrigar a construo do eixo central de transporte coletivo de
passageiros da cidade.
A Lei de Uso do Solo n. 1747/78 reforou a tendncia de fluxo e comrcio
nas avenidas, sacramentou o aproveitamento das sadas da cidade como acesso aos
novos bairros perifricos, intensificando o trnsito e o uso destas avenidas e
desencadeando um processo de atividades comerciais e de servios nesses locais.
Em 8 de dezembro de 1988 foi aprovada a Lei de Ordenamento do Uso e
Ocupao do Solo, Lei n. 2567, que trata do parcelamento do solo urbano definindo
padres de loteamento, que se diferenciam pela infra-estrutura exigida; compatibiliza a
Zona aos usos permitidos residencial (UR), servio (US), comercial varejista (UV),
comercial atacadista (UA), industrial (UI), de recreao, lazer e cultural (UL) e especial
(UE); estabelece ndices urbansticos para cada zona e institui reas de Regime
Urbanstico Especfico (RESP) e a Guia de Diretrizes Urbansticas (GDU).
Em 13 de dezembro de 1996, o decreto n. 7360 instituiu a Hierarquizao
do Sistema Virio da Cidade de Campo Grande, como elemento ordenador do trnsito e do
transporte a ser considerado no gerenciamento do espao urbano, atravs da criao das
vias Perimetrais, Arteriais, Principais, Locais, de Pedestres e Ciclovias.
54
A Lei Complementar n. 05 de 22 de novembro de 1995, que instituiu o Plano

Diretor de Campo Grande, dividiu o territrio urbano do Municpio Regies Urbanas,
referenciais para a descentralizao das aes de planejamento, assim denominadas:
Centro, Segredo, Prosa, Bandeira, Imbirussu, Anhanduizinho, Lagoa, Rochedinho e
Anhandu, conforme identificadas no mapa a seguir:
FIGURA 1.24 REGIES URBANAS DO MUNICPIO DE CAMPO GRANDE
55
1.6.2
rea Urbana
A rea urbana da cidade de Campo Grande foi fixada em 34.115,6535 ha
atravs da Lei Complementar n. 31, de 13 de dezembro de 1999, aps sofrer vrias

ampliaes, especialmente na dcada de 80 para anexao de conjuntos habitacionais. A
rea territorial total do municpio de 8.096 km.
1.6.3
O Uso do Solo Urbano

O uso do solo urbano em Campo Grande, at 1978, era regido pela Lei
Municipal n. 1.429, de 29 de janeiro de 1973, proposta em 1970 pelo Plano de

Desenvolvimento Integrado (PDI), elaborado pela Hidroservice-Engenharia de Projetos
Ltda, que zoneava a cidade em:
a) Zona Central (C);
b) Zona Comercial (ZC);
c) Zona Industrial Atacadista (ZIA);
d) Zona Residencial (ZR) e
e) Zona Especial de Recreao (ZER).
Em meados de 1977, foi elaborado o trabalho "Cidade de Campo Grande Estrutura Urbana", pelo escritrio do arquiteto Jaime Lerner, que deu origem a Lei n. 1747
de 1978, disciplinando e orientando o crescimento da cidade, atravs da definio das
diretrizes da estrutura urbana associada ao uso do solo, ao sistema virio e ao transporte
coletivo. Esta lei, alterada inmeras vezes desde a sua promulgao, zoneou a cidade em:
a) Zona de Alta Densidade;
b) Zona de Mdia Densidade;
c) Zona de Baixa Densidade 1;
d) Zona de Baixa Densidade 2;
e) Zona de Servios 1;
f) Zona de Servios 2;
g) Zona Verde e
h) Zona Especial.
56
Em 1987, a Unidade de Planejamento Urbano de Campo Grande - PLANURB,

juntamente com a Secretaria Municipal do Controle Urbanstico - SEMUR, procedeu
levantamento de uso do solo urbano, visando identificar a real ocupao e o zoneamento
na cidade a partir, principalmente, da aplicao da Lei n. 1.747, de 29 de maio de 1978, e
as suas alteraes atravs da Lei n. 1896, de 10/07/80, Lei n. 2.095, de 08/10/82 e Lei n.
2.156, de 21/10/83.
Elaborou-se ento a nova Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupao do Solo,
n. 2.567, de 08 de dezembro de 1988, que estabeleceu o seguinte zoneamento:
a) ZR.1 - Zona Residencial Exclusiva;
b) ZR.2 - Zona Residencial Predominante;
c) ZR.3 - Zona Residencial de Uso Diversificado;
d) ZR.4 - Zona Residencial Mista;
e) ZC.1 - Zona Comercial e de Servios Central;
f) ZC.2 - Zona Comercial e de Servios Sub-Central;
g) ZC.3 - Zona Comercial e de Servios Mista;
h) ZI.1 - Zona Industrial Exclusiva;
i) ZI.2 - Zona Industrial Predominante;
j) ZN.1 - Zona Institucional de reas Organizadas;
k) ZN.2 - Zona Institucional do Aeroporto Internacional de Campo Grande;
l) ZT.1 - Zona de Transio de Uso Rural Vinculado;
m) ZT.2 - Zona de Transio de Uso Misto Vinculado;
n) ZT.3 - Zona de Transio de Uso Comercial e Industrial Vinculado;
o) CM.1 - Corredor de Uso Mltiplo 1 e
p) CM.2 - Corredor de Uso Mltiplo 2.
Sendo includos posteriormente:
q) CM.3 - Corredor de Uso Mltiplo 3 e
r) CM.4 - Corredor de Uso Mltiplo 4.
57
A Lei Complementar n. 74/2005, estabeleceu as seguintes zonas:

a) Z.1 Zona 1;
b) Z.2 Zona 2;
c) Z.3 Zona 3;
d) Z.4 Zona 4;
e) Z.5 Zona 5;
f) Z.6 Zona 6;
g) Z.7 Zona 7;
h) Z.8 Zona 8;
i) Z.9 Zona 9;
j) Z.10 Zona 10;
k) Z.11 Zona 11;
E os Corredores Virios:
l)
C1 Corredor Virio 1
m)
C2 Corredor Virio 2;
n)
o)
p)
C5 Corredor virio 5;
q)
C6 Corredor virio 6.
58
FIGURA 1.25 ZONEAMENTO LEI COMPLEMENTAR N.74/2005
59
1.7
ASPECTOS DEMOGRFICOS
1.7.1
Evoluo da Populao
A populao campo-grandense, segundo estimativa do IBGE, atingiu um total
de 749.768 pessoas em 1 de julho de 2005.

Durante as ltimas dcadas o municpio experimentou um importante
crescimento populacional, tendo em vista que a populao foi multiplicada por quase cinco
vezes entre os censos de 1970 e 2000.
Contudo, a taxa de crescimento vem declinando. No perodo de 1970 a 1980,
observou-se a maior taxa de crescimento anual, 7,61%. Desde ento a taxa de
crescimento demogrfico vem se desacelerando, em funo da acentuada reduo dos
nveis de fecundidade e da diminuio do fluxo migratrio.
Entre 1991 e 2000 a taxa mdia geomtrica de crescimento anual foi de 2,64%,
a mais baixa desde o Censo de 1960.
Mesmo assim o crescimento absoluto foi de
137.495 mil pessoas. O incremento mdio anual foi de 15.277 pessoas no perodo
1991/2000 contra 21.304 no perodo 1980/1991.
Observa-se o alto grau de urbanizao, onde a populao urbana representava
98,84% e a rural 1,16% em 2000.
A participao da populao do municpio em relao do Estado de Mato
Grosso do Sul ainda elevada, sendo que em 2000 chegou a 31,94%. Ou seja, para, cada
100 habitantes do estado, cerca de 30 residem em Campo Grande.
No contexto nacional, Campo Grande o 23 (vigsimo terceiro) municpio em
volume populacional.
TABELA 1.12 - Populao Total, urbana e rural, e taxa de urbanizao - Municpio de
Campo Grande 1970 /2000.
Populao/ taxa de urbanizao
Populao total
1970
1980
1991
2000
140.233
291.777
526.126
663.621
Masculina
69.396
144.129
257.697
322.703
Feminina
70.837
147.648
268.429
340.918
13.1138
283.653
518.687
655.914
9.095
8.124
7.439
7.707
93,51%
97,22%
98,59%
98,84%
Urbana
Rural
Taxa de urbanizao
Fonte: Sistema Nacional de Indicadores Urbanos- Ministrio das Cidades, acesso em janeiro/2004
60
TABELA 1.13 - Evoluo dos grandes grupos de idade do Municpio de Campo

Grande - 1960/2000
Grandes Grupos
de Idade
1960
1970
1980
1991
1996
2000
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
0-14
40,70
40,08
36,76
33,90
30,80
28,45
15-64
56,73
57,06
60,15
62,50
64,69
66,73
Fonte: IBGE, Censos Demogrficos de 1960 a 2000 e Contagem da Populao de 1996
TABELA 1.14 - Taxa Mdia Geomtrica de crescimento anual da populao residente

no Municpio de Campo Grande - 1960/2000
Perodo
TMGCA (%)
1960/1970
6,71
1970/1980
7,61
1980/1991
5,51
1991/1996
2,71
1991/2000
2,64
1996/2000
2,55
Fonte: IBGE, Censos Demogrficos de 1960 a 2000

e Contagem de 1996.
TABELA 1.15 - Participao relativa da populao do Municpio de Campo Grande

em relao ao estado de MS - 1940/2000
Ano
Participao (%)
1940
20,8
1950
18,4
1960
12,8
1970
14,2
1980
21,3
1991
29,5
1996
31,1
2000
31,9
Fonte: IBGE, Censos Demogrficos de 1980, 1991 e 2000 e

Contagem da populao de 1996.
Nota: 1940/1950 populao presente
1960/1980 populao recenseada
1991/2000 populao residente
61
FIGURA 1.26 POPULAO RESIDENTE - 2000
1.7.2
Caractersticas Gerais da Populao
TABELA 1.16 - Indicadores e variveis selecionadas, no Municpio e nas Regies

Urbanas de Campo Grande 2000
Indicadores e Variveis Selecionadas
Regies Urbanas
Campo
Grande
Centro
Segredo
Prosa
Bandeira
Anhanduizinho
Lagoa
Imbirussu
Populao Total
663.621 75.662 82.528 58.495 96.607
152.202 98.940
89.865
Populao Masculina
322.703 34.770 40.646 28.800 47.318
74.365 48.133
43.562
Populao Feminina
340.918 40.892 41.882 29.695 49.289
77.837 50.807
46.303
Populao com idade de 0 a 14 anos
188.792 14.562 25.217 16.593 28.045
47.390 28.769
25.338
Populao com idade de 15 a 64 anos
442.843 54.033 53.927 39.616 64.483
98.801 65.803
60.162
Populao com idade de 65 anos e mais
31.986
7.067
3.384
2.286
4.079
6.011
4.368
4.365
Populao com idade de 0 a 1 ano
11.527
775
1.592
984
1.732
2.909
1.812
1.554
62
Indicadores e Variveis Selecionadas
Regies Urbanas
Campo
Grande
Centro
Segredo
Prosa
Bandeira
Anhanduizinho
Lagoa
Imbirussu
Razo de sexo (%)
94,66
85,03
97,04
96,98
96,00
95,53
94,74
94,08
Idade Mdia
28,66
34,47
27,39
28,37
28,01
27,18
28,23
28,86
Idade Mediana
25,72
31,75
24,37
25,96
25,15
24,35
25,28
25,99
Razo de dependncia demogrfica (%)
49,85
40,03
53,04
47,65
49,82
54,05
50,36
49,37
ndice de envelhecimento (%)4
16,94
48,53
13,42
13,78
14,54
12,68
15,18
17,23
Proporo de Mulheres em idade frtil

(%)5
57,75
57,64
57,54
59,13
60,86
57,07
57,85
57,43
346,85 307,45
301,28
Razo de crianas / mulheres ()6
301 168,91 334,65 291,38 291,42
Taxa Mdia Geomtrica de Crescimento

Anual (%) 1996/2000
2,55
0,62
2,84
6,98
2,24
2,97
2,1
1,9
91,16
96,85
88,81
92,8
90,9
88,98
91,12
92,09
553,38 679,91
823,2
Taxa de Alfabetizao (%)

Rendimento nominal mdio mensal dos
responsveis pelos domiclios (R$)
Densidade demogrfica (hab/ha)
Domiclios particulares permanentes
Mdia de moradores por domiclio
970,62
81,74
2.356,
580,83
61
1.379,
869,62
56
37,63
10,71
18,33
15,71
185.575 23.800 22.682 16.013 26.526

3,55
3,15
3,62
3,57
28,17
19,62
18,49
41.817 27.057
24.976
3,63
3,63
3,65
Fonte: Censo Demogrfico 2000/IBGE

Notas:
(1)
Expressa o nmero de homens para cada grupo de 100 mulheres.
(2)
a idade que divide o total da populao em dois blocos numericamente iguais.

Mede o peso da populao em idade potencialmente inativa (0 a 14 anos e 65 anos ou mais) sobre a
populao potencialmente ativa (15 a 64 anos de idade). Este indicador expressa o nmero de pessoas
em idades potencialmente inativas para cada grupo de 100 pessoas economicamente ativas.
(4)
Expressa o nmero de idosos ( 65 anos e mais de idade) para cada grupo de 100 crianas (0 a 14 anos de
idade).
( 3 )
(5)
( 6 )
Sob a tica demogrfica as mulheres em idade frtil so aquelas com idade de 15 a 49 anos.
nmero de crianas menores de 5 anos de idade por mil mulheres de 15 a 49 anos de idade de uma
populao. Esta medida se utiliza como indicador aproximado da fecundidade quando no se dispe de
dados detalhados sobre nascimentos.
3,57
63
FIGURA 1.27 TAXA MDIA GEOMTRICA DE CRESCIMENTO ANUAL DA POPULAO
64
1 . 8 INFRA-ESTRUTURA URBANA E SERVIOS

1.8.1
Energia Eltrica
O sistema eltrico que atende cidade de Campo Grande e regio encontra-se
hoje incorporado ao "Sistema Interligado Sul/Sudeste/Centro-Oeste" do Pas, o que

representa sua elevada importncia e seu significativo grau de confiabilidade.
Em dezembro de 2004 o municpio contava com 5.183 km de rede de energia
eltrica, com 105.491 postes e 640.520 KVA de potncia instalada total, atendendo a
226.362 ligaes domiciliares urbanas e 2.677 na rea rural do municpio.
1.8.2
Gasoduto
Em Campo Grande, desde junho de 2001, encontra-se em operao a rede de
distribuio de gs natural que atende a Termeltrica Willian Arjona, com 190 MW de

potncia instalada e potencial de consumo de gs natural de 1.350.000 m/dia. O gs
natural veicular (GNV) est disponvel para consumo desde novembro de 2002. Uma rede
de distribuio de gs natural na regio central da cidade est em fase de construo.
1.8.3
1.8.3.1
Saneamento Bsico
Sistema de Abastecimento de gua
O Sistema de abastecimento de gua de Campo Grande atende atualmente
cerca de 98% da populao e tem uma produo mdia mensal de 6,2 milhes de metros
cbicos para um consumo medido de 2,8 milhes de metros cbicos. A diferena entre o
total produzido e o total consumido, corresponde s perdas no sistema, o que atualmente,
encontra-se em torno de 45%. A Empresa guas Guariroba planeja reduzir a perda para
25% at 2010, sendo esta uma meta arrojada para se atingir com a utilizao dos recursos
tcnicos e financeiros atualmente disponveis.
O ndice de atendimento populao merece destaque, pois somos uma das
capitais do pas melhor servida com abastecimento de gua, com um ndice de
atendimento de 98%.
65
FIGURA 1.28 ABASTECIMENTO DE GUA
66
1.8.3.2
Sistema de Esgotamento Sanitrio

O sistema coletor de Campo Grande foi implantado na zona central da cidade,
a partir de 1950. Atualmente, o Sistema de Esgotamento Sanitrio possui um total superior

a 520 Km de rede coletora, 11 estaes elevatrias, emissrios de recalque, interceptores
e 08 estaes de tratamento.
O ndice de atendimento com coleta e tratamento de 20%, enquanto que o
ndice de atendimento potencial com sistema de esgotamento sanitrio de 32%; ou seja,
a rede coletora de esgoto est disponvel para 32% da populao, porm apenas 20% est
conectada rede.
Atualmente existem sete Estaes de Tratamento de Esgoto (ETE), quais
sejam:
ETE Cabreva (01 mdlo) - capacidade de 100 l/s - em operao;
ETE Salgado Filho (04 mdulos) - capacidade de 100 l/s - em operao;
ETE Aero Rancho (01 mdulo) - capacidade de 40 l/s - em operao;
ETE Unio (02 mdulos) - capacidade de 15 l/s - em operao;
ETE Coophatrabalho (01 mdulo) - capacidade de 15 l/s - em operao;
ETE Mrio Covas (01 mdulo) - capacidade de 20 l/s - em operao.
ETE Sayonara (1 mdulo) capacidade de 5 l/s em operao.
67
FIGURA 1.29 REDE DE ESGOTO
68
1.8.3.3
Limpeza Pblica
A limpeza pblica da rea urbana de Campo Grande est dividida em trs
partes: varrio, manuteno e coleta de lixo.

a) Varrio
efetuada varrio manual nos principais corredores de trfego e vias da zona
central, Av. Duque de Caxias, Av. Afonso Pena - da Rua Cear ao Parque dos Poderes,
Av. Mato Grosso, da Rua Cear ao Parque dos Poderes, Av. Eduardo Elias Zahran, Av.
Capibaribe, Av. Jlio de Castilho, Av. Costa e Silva, Rua Brilhante, Av. Bandeirantes, Av.
Marechal Deodoro, Av. Manoel da Costa Lima, Av. Tamandar, Av. Mascarenhas de
Moraes, Av. Coronel Antonino, Av. das Bandeiras, Rua Spipe Calarge, Av. da Capital, Rua
Vitrio Zeola, Rua Dr. Euler de Azevedo, Rua Trindade e Rua Japo.
Na rea central da cidade executada a varrio manual diariamente, por
empresa contratada pela Prefeitura.
Tambm executada varrio manual, com freqncia variando entre uma e
trs vezes por semana na rea compreendida pelo permetro: Av. Eduardo Elias Zahran,
Av. Salgado Filho, Av. Tiradentes, Av. Tamandar, Av. Mascarenhas de Moraes, Av.
Coronel Antonino e Rua Cear.
A Prefeitura executa varrio manual com freqncia semanal nas Regies
Urbanas do Prosa, do Bandeira, do Anhanduizinho, do Lagoa.
Nas Regies Urbanas do Imbirussu e Segredo a varrio executada junto
com a capina manual, nos mutires.
b) Manuteno e roada
Os servios de capina manual dos logradouros pblicos e pintura de meio-fio
da rea compreendida pelo permetro do mini-anel so realizados por empresa contratada
pela Prefeitura, com freqncia mensal.
A capina manual e pintura de meio-fio dos bairros e conjuntos habitacionais
compreendidos fora do permetro do mini-anel, so realizados por Regio Urbana
(Segredo, Prosa, Bandeira, Anhanduizinho, Lagoa, Imbirussu) de maneira a atender uma
regio a cada 30 dias.
69
c) Coleta de lixo
O servio de coleta de lixo domiciliar executado em 98% da rea urbana,
com exceo dos loteamentos e assentamentos clandestinos, que no solicitaram o
servio de coleta de lixo domiciliar.
Vinte e dois veculos so utilizados para a coleta de lixo domiciliar, recolhendo
em mdia 565 toneladas por dia; na rea central a coleta feita diariamente no perodo
noturno, e na periferia, 3 vezes por semana.
Para um melhor atendimento da populao em relao coleta de lixo, a
cidade foi dividida em 5 grandes regies com 72 setores (ver figura 1.30). A coleta feita
durante os perodos noturno e diurno, e um caminho executa a coleta de lixo hospitalar.
O destino final do lixo o aterro sanitrio, localizado na sada para Sidrolndia.
TABELA 1.17 - Quantidade de lixo domiciliar coletado em Campo Grande (t) 19962005
Ms
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
Jan
11.572,41
11.306,25
11.544,63
12.366,68
12.837,42
15.668,63
14.670,90
14.474,63
15.248,47
17.448,74
Fev
10.016,32
9.742,95
9.854,88
10.918,13
12.087,89
12.255,13
12.177,12
12.504,79
13.358,51
14.228,23
Mar
10.289,12
9.864,05
10.749,49
12.554,97
12.488,34
13.275,60
13.100,43
13.164,94
13.920,37
14.489,71
Abri
9.673,29
9.746,85
10.167,93
11.128,71
10.909,34
12,227,04
13.117,72
12.512,26
13.086,53
13.607,51
Mai
9.560,24
9.908,41
9.653,42
10.708,90
11.319,37
12.598,34
12.468,58
12.403,36
12.974,68
13.435,19
Jun
8.473,79
9.688,51
10.119,93
10.707,79
11.221,48
11.800,66
11.164,73
11.699,39
13.462,79
13.148,99
Jul
9.541,99
10.158,21
10.738,07
11.298,83
10.958,96
12.446,46
12.825,06
12.490,67
14.089,27
12.815,73
Ago
9.941,64
10.032,84
11.431,34
11.555,83
12.566,72
12.545,48
13.259,99
12.379,58
13.477,18
14.279,58
Set
10.416,88
11.291,41
11.055,19
11.589,70
12.381,53
11.811,83
12.528,65
13.549,78
13.844,47
13.551,40
Out
10.151,64
11.114,17
12.034,47
11.749,40
12.814,51
13.292,66
14.398,63
14.326,28
14.262,34
15.126,57
Nov
11.210,71
11.532,25
13.263,95
12.704,79
12.627,84
13.671,84
15.041,92
14.589,08
16.572,18
15.994,83
Dez
11.958,07
12.990,39
13.682,56
13.487,95
14.911,16
16.090,53
15.940,02
16.598,15
16.952,68
18.915,54
Total 122.806,10 127.376,39 134.295,86 140.771,68 147.124,56 157.734,20 160.693,75 160.692,91 171.249,47 177.042,02
Ton/
10.233,84
10.613,95
11.191,32
11.730,97
12.260,38
13.144,52
13.391,15
13.391,08
14.270,79
ms
Fonte: SESOP
14.753,50
70
TABELA 1.18 - Coleta de lixo hospitalar (t)- 1997-2005

Ms
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
Jan
0,00
146,22
144,89
166,25
182,67
148,62
212,89
231,63
215,41
Fev
89,16
113,48
132,79
175,14
167,74
173,88
209,92
209,65
199,86
Mar
99,21
124,16
167,36
188,40
191,83
200,45
218,50
240,88
231,39
Abri
91,19
119,77
149,72
160,63
177,67
208,91
218,14
222,73
224,07
Mai
104,16
121,68
151,67
169,36
192,77
219,35
221,52
224,36
223,74
Jun
103,85
116,71
160,60
163,48
175,07
202,87
209,66
219,73
224,52
Jul
111,37
132,87
174,64
166,45
186,67
224,85
218,05
214,74
205,92
Ago
115,15
133,18
166,57
189,25
182,22
228,42
221,88
221,80
245,89
Set
107,26
135,35
167,14
178,36
170,56
216,78
233,35
228,83
230,20
Out
103,54
139,40
163,67
179,36
183,50
226,78
246,16
224,77
235,44
Nov
111,11
147,84
164,36
182,58
182,93
218,07
228,05
229,25
234,41
Dez
145,49
149,73
169,27
174,82
182,65
210,99
233,98
231,37
234,44
1.181,49
1.580,39
1.912,68
2.094,08
2.176,28
2.479,37
2.672,10
2.699,74
2.705,29
98,46
131,70
159,39
174,51
181,36
206,61
222,68
224,98
225,44
Total
Ton/ms
Fonte: SESOP
71
FIGURA 1.30 COLETA URBANA DE LIXO
72
1.8.4
Pavimentao
A abertura de vias pblicas faz parte do processo de produo do sistema
virio, tendo papel fundamental na consolidao das condies de acessibilidade e no

programa de estruturao da rea urbana na periferia.
TABELA 1.19 - Pavimentao existente 2003

m
13.772.937,04
Km
1.978
Fonte: SESOP
FIGURA 1.31 PAVIMENTAO ASFLTICA
73
1.8.5
1.8.5.1
Transportes
Sistema virio
A estrutura viria de Campo Grande na rea central formada por vias com
traado ortogonal, originando um tabuleiro de xadrez de onde partem as vias de acesso

aos bairros. Estas vias coincidem na maior parte com as sadas da cidade, que se
estruturam de forma radial convergindo para o centro.
O crescimento desordenado, sobretudo a partir da dcada de 70 e a ausncia
de diretrizes de planejamento fizeram com que at 1988 o adensamento urbano em
Campo Grande se concentrasse nas sadas da cidade, criando imensos vazios,
dificultando o acesso entre os bairros e provocando a descontinuidade da malha viria.
Em 1988, com a entrada em vigor da Lei n. 2567 - Lei de Ordenamento do Uso
e Ocupao do Solo iniciou-se um processo de planejamento urbano, instituindo o
zoneamento e a obrigatoriedade da manuteno da continuidade da malha viria nos
processos de loteamento e parcelamento do solo.
Em 1991, com a implantao do Sistema Integrado de Transporte - SIT, e a
definio das linhas troncais, alimentadoras, expressas e convencionais, iniciou-se uma
ordenao do sistema virio para atender ao transporte coletivo que se consolidou em
1995 com a Hierarquizao do Sistema Virio de Campo Grande.
As Avenidas Afonso Pena, Mato Grosso e Calgeras, Ruas Rui Barbosa,
Cear e Bahia so as principais vias do sistema de circulao, sendo as primeiras vias de
ligao entre as zonas Leste e Oeste, e as outras, de ligao entre as zonas Norte e Sul.
O Mini Anel Rodovirio, cuja funo coletar e distribuir o trfego, faz a ligao
entre os bairros, aliviando o trfego na rea central. constitudo pelas Av. Mascarenhas
de Moraes, Av. Coronel Antonino, Rua So Borja, Rua Cear, Av. Eduardo Elias Zahran,
Av. Salgado Filho, Av. Tiradentes, Rua General Nepomuceno Costa, Av. Tamandar at a
Av. Mascarenhas de Moraes.
1.8.5.2
Transporte Coletivo e Trnsito

A fiscalizao e a orientao do trnsito na cidade so realizadas pela
Companhia Independente de Policiamento de Trnsito CIPTRAN e pela AGETRAN,

atravs dos agentes municipais de trnsito.
O Sistema Integrado de Transportes - SIT comeou a ser implantado em 1991
e conta com 8 terminais de transbordo, e um terminal de integrao das linhas
74
convencionais, o qual no faz parte do SIT, e est localizado no Terminal Rodovirio de

Campo Grande.
Atualmente o transporte coletivo e operado por cinco empresas particulares em
regime de concesso, totalizando 154 linhas e transportando uma mdia de 200.548
passageiros/dia com 417 nibus operantes.
1.8.5.3
Transporte Areo
O Aeroporto Internacional de Campo Grande, localizado a 7,5 km de distncia
do centro da cidade, funciona 24 horas por dia, opera em nvel nacional e internacional.
1.8.5.4
Transporte Coletivo Rodovirio

Desenvolvem o servio de transporte rodovirio intermunicipal de passageiros
em Campo Grande, 11 empresas. Existem linhas de transporte coletivo rodovirio de

passageiros interligando Campo Grande a todos os municpios do Estado de Mato Grosso
do Sul.
1.8.5.5
Transporte Ferrovirio
Mato Grosso do Sul servido pela Ferroviria Novoeste S/A, atravs de linha
que corta o Estado no sentido Leste-Oeste, com procedncia de Bauru (SP), intercmbio
em Corumb com a Ferrovia Boliviana, FOSA, passando por Campo Grande, de onde sai
um ramal com 304 km em Indubrasil, estabelecendo ligao com Ponta Por, fronteira com
o Paraguai, no Sul do Estado.
75
1.9
ASPECTOS SOCIAIS
1.9.1
Educao
TABELA 1.20 - Nmero de estabelecimentos de ensino em Campo Grande na rea

urbana e rural 1994-2004
Estabelecimentos Dependncia
Administrativa
Escolas no Ensino
Regular
Centro de
1994
U
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
- 80
- 81
76
8 77
8 77
Federal
Estadual
79
79
79
79
79
79
79
79
80
Municipal
57
30
58
28
62
24
66
16
69
13
72
73
75
Privada
133
Federal
- 144
- 168
- 155
- 156
- 150
- 159
- 146
- 148
- 140
- 141
Estadual
Municipal
Privada
Federal
Estadual
30
33
40
35
31
12
14
12
11
- 11
Municipal
Privada
13
13
13
13
12
12
12
11
- 12
- 12
Federal
- 112
94
95
91
92
- 92
- 83
13
72
73
75
76
8 77
8 77
- 161
- 233
- 158
Educao de
Jovens e Adultos
Educao Especial
Estadual
111
Municipal
57
- 114
- 121
- 116
Total Geral
Privada
141
30
58
- 159
28
62
24
- 183
71
- 170
16
70
- 173
- 165
- 175
- 159
FONTE: Estatstica/ COPROP/ SUPAE/ SED
76
FIGURA 1.32 REDE FSICA DE EDUCAO
77
1.9.2
Sade
O Municpio de Campo Grande gestor pleno desde 1996. Gerencia todas as
suas unidades (prprias) e aquelas credenciadas com o SUS Sistema nico de Sade,
sediadas na capital de Mato Grosso do Sul.
Em dezembro de 1990 foi criado o Conselho Municipal de Sade pela Lei n.
2.784, alterada posteriormente pela Lei n. 2811/91 e em 1991 foi criado o Fundo Municipal
de Sade pela Lei 2794.
Desde 1998 a Prefeitura Municipal de Campo Grande vem disponibilizando
recursos para a sade, acima de 15% de seu oramento global. Em 2005 foi aprovado
21,3% do oramento da Prefeitura cumprindo o estabelecido pela emenda constitucional
n29, a qual estabelece, a partir de 2004, o mnimo de 15% de participao do oramento
dos municpios nos recursos destinados sade.
TABELA 1.21 - Recursos prprios do Municpio de Campo Grande, MS aplicados na
sade, 1996-2004.
Ano
Valor ()
%()
1996
22.047.000
13,7
1997
22.140.000
12,3
1998
32.920.000
17,3
1999
37.320.000
17,8
2000
40.771.000
18,9
2001
48.595.000
20,3
2002
61.931.000
18,7
2003
62.929.000
20,54
2004
72.988.000
21,87
2005
85.260.000
21,30
Fonte: ASTEC/ SESAU em reais do oramento total
78
FIGURA 1.33 REDE FSICA DE SADE
79
1.9.2.1
Assistncia Mdico-Hospitalar
Um dos maiores impactos do SUS - Sistema nico de Sade - em Campo
Grande foi a expanso da cobertura de consultas mdicas bsicas. O nmero de

atendimento da rede municipal aumentou de 1.073.688 em 1997 para 1.596.571 consultas
em 2003.
TABELA 1.22 - Atendimento mdico bsico em Campo Grande 1993-2004
Ano
Nmero de Atendimentos
1993
716.314
1994
196.080
1995
898.416
1996
1.027.628
1997
1.073.688
1998
1.165.367
1999
1.260.036
2000
1.272.162
2001
1.537.144
2002
1.587.841
2003
1.596.571
2004
1.588.555
Fonte: SESAU/PMCG
1.9.2.2
Indicadores de Sade
TABELA 1.23 - Indicadores de sade selecionados para Campo Grande-MS 19932004

Indicadores de sade
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
24,64
24,36
23,30
21,99
20,90
19,83
19,78
18,03
17,79
13,82
17,09
5,59
5,88
5,91
5,58
5,26
5,58
5,22
5,06
5,09
4,20
5,15
Mortalidade infantil
25,59
23,93
20,85
20,66
18,78
17,85
16,14
15,59
13,54
13,33*
13,66
Mortalidade neonatal
precoce
12,05
11,50
10,51
10,36
8,97
7,21
8,22
8,08
6,00
4,92
5,13
Mortalidade neonatal
15,50
15,71
14,37
14,19
13,88
12,73
11,57
10,61
9,97
8,41
8,47
Mortalidade ps-neonatal
10,01
80,07
6,51
6,47
4,90
5,12
4,57
4,98
3,56
4,82
5,21
Mortalidade fetal
11,35
10,31
9,87
12,27
11,39
10,17
10,81
12,65
11,76
9,84
6,76
Mortalidade materna
21,14
35,07
28,60
29,41
37,72
62,08
30,46
40,82
40,56
25,60
32,56
Mortalidade proporcional
por 50 e mais anos
56,27
58,48
56,99
67,27
62,28
65,75
65,28
68,54
69,58
70,30
70,16
Natalidade
Mortalidade geral
Fonte: CGVS-SESAU
*dados sujeitos a alterao
80
1.10 ASSISTNCIA SOCIAL

O Sistema Municipal de Assistncia Social caracterizado por um processo
dinmico e contnuo, monitorado e avaliado atravs de critrios e preceitos definidos no
Plano de Monitoramento e Avaliao, sendo acompanhado, controlado e efetivado pelo
Conselho Municipal de Assistncia Social.
Desta forma o Municpio atravs do rgo gestor de assistncia social em
parceria com o Conselho materializam o rol das organizaes com execuo direta e
indireta legalmente constitudas ou em processo de legalizao e organizadas por
segmentos e por localizao nas sete Regies Urbanas de Campo Grande.
TABELA 1.24 - Sistema de assistncia social 2004
Modalidade de Assistncia
Estadual
Total
ONG
Municipal
Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano
16
16
Aprendizagem Profissional
Assistncia a Adoo
Assistncia a Criana de 00 a 06 anos 8 horas
21
51
28
100
Assistncia a Criana de 03 a 06 anos 4 horas
Assistncia a Criana e Adolescente de 07 a 21 anos em Meio

Aberto
37
20
60
Assistncia a Famlia em Situao de Vulnerabilidade Social
35
39
Assistncia a Gerao de Renda
Assistncia a Mulher
Assistncia a Pessoa Idosa
11
26
37
Assistncia a Pessoas em Condies de Desvantagem Pessoal

Resultante de Incapacidade
10
11
Assistncia a Populao de Rua
Assistncia a Populao Indgena
Assistncia ao Dependente do Uso e Vtimas da Explorao

Comercial das Drogas
Assistncia ao Migrante
Assistncia de Proteo e Defesa de Direitos
Assistncia em Abrigo para Crianas e Adolescente em

Situao de Risco Social e Pessoal
12
Assistncia Pessoa Portadora de Deficincia
19
22
Assistncia Psicossocial
Centro de Juventude
Creche Domiciliar (Servio Voluntariado Lei n. 9.608)
176
119
37
332
Total Geral
Fonte: SAS
Nota: Situao em fevereiro de 2004
81
TABELA 1.25 Gerao de renda - 2004

rgos e Entidades
Unidades
Capacidade
Organizaes No Governamentais
130
Secretaria Municipal de Assistncia Social/SAS PMCG
12 Famlias/Trimestre
Total
Fonte: SAS
Nota: Situao em fevereiro de 2004
1.11 TRABALHO
TABELA 1.26 - Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de
referncia, por posio na ocupao e a categoria do emprego no trabalho principal
Campo Grande 2000
Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referncia
de trabalho
assinada (1)
284 047
206 648
112 082
Militares e
Outros sem
funcionrios
carteira de
pblicos
trabalho
estatutrios
assinada (2)
27 216
67 350
11 241 61 881
3 847
prprio consumo
Com carteira
Trabalha-dores na produo para o
Total
Conta prpria
Total
principal
Empregadores
Categoria do emprego no trabalho
do domiclio
Empregados
No remunerados em ajuda a membro
Posio na ocupao no trabalho principal
430
Fonte: IBGE Censo 2000 Resultados da Amostra

(1) Inclusive os trabalhadores domsticos.
(2) Inclusive os aprendizes ou estagirios sem remunerao
1.11.1 Fundao Social do Trabalho FUNSAT

A Fundao Social do Trabalho de Campo Grande, autarquia municipal, presta
servios populao atravs do Departamento de Intermediao de Emprego,
Departamento de Educao Profissional e Departamento de Promoo ao Trabalho e
Renda.
O Departamento de Intermediao de Emprego, atravs da Agncia Municipal
de Emprego, atua na captao de vagas junto s empresas, cadastramento dos
82
trabalhadores; emisso de carteira de trabalho; recrutamento e pr-seleo de candidatos

ao emprego e recrutamento, seleo e encaminhamento ao Programa Frente Emergencial
de Auxlio Desemprego.
O Departamento de Educao Profissional desenvolve aes de educao
profissional voltadas para os trabalhadores, com a finalidade de melhorar o perfil para
empregabilidade e apoiar iniciativas empreendedoras com vistas a gerao de trabalho e
renda.
O Departamento de Promoo ao Trabalho e Renda tem como aes: a
elaborao de pesquisas e projetos voltados ao microcrdito, o estabelecimento de
parcerias com entidades/instituies e a implantao do Programa de Microcrdito
CREDIGENTE. O Programa tem por objetivo conceder microcrditos, de forma acessvel e
adequada ao crescimento econmico, com vistas a combater a situao de desemprego e
subemprego da populao local; apoio tcnico aos empreendimentos beneficiados pelo
CREDIGENTE atravs de acompanhamento tcnico e de Feira da Gente; elaborao de
relatrios, formulrios eletrnicos para tabulao de pesquisas voltadas ao microcrdito.
1.12 HABITAO
TABELA 1.27 - Populao residente em domiclios particulares permanentes e
percentuais segundo o tipo de domicilio em Campo Grande 2000
Populao residente em domiclios particulares permanentes
659.127
Populao residente em domiclios particulares permanentes casa
617.608
Populao residente em domiclios particulares permanentes apartamento
38.782
Populao residente em domiclios particulares permanentes cmodo
2.737
Proporo da pop. que reside em domiclios particulares permanentes casa (%)
93,70
Proporo da pop. que reside em domiclios particulares permanentes aptos. (%)
5,88
Proporo da pop. que reside em domiclios particulares permanentes cmodo (%)
0,41
Fonte: Sistema Nacional de Indicadores Urbanos Ministrio das Cidades

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11

garantindo a sua viabilidade ambiental;

e apoiando a ambientalizao do Programa como um todo e, assim, a

sua sustentabilidade e sucesso.

e a incorporao de atributos ambientais a partir da concepo s fases

de projeto e construo e continuando na operao, no monitoramento (de indicadores

CAPTULO I - DIAGNSTICO DO MUNICPIO DE CAMPO GRANDE.

O diagnstico a seguir utiliza dados e indicadores baseados, no apenas,

mas, sobretudo, no ltimo censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

MUNICPIO DE CAMPO GRANDE

do setor Comercial, de Servios e Indstria, basicamente. A cidade tem uma rea de

Bandeirantes, Corguinho, Jaraguari, Rio Negro, Rochedo, Sidrolndia e Terenos.

Os indicadores de renda mostram que a proporo de pobres, diminuiu de

Dados obtidos no site do IPEADATA (www.ipeadata.gov.br).

FIGURA 1.1-LOCALIZAO DO MUNICPIO

FIGURA 1.2 - LOCALIZAO DA SEDE DO MUNICPIO

sofrendo a atuao de diversas massas de ar, o que implica em contrastes trmicos

de 400 a 800 mm durante 3 a 4 meses e deficincia hdrica de 500 a 650 mm durante 5

FIGURA 1.3 - FAIXA ZONAL DIVISRIA DOS REGIMES CLIMTICOS SEGUNDO

O estado de Mato Grosso do Sul est numa rea de transio climtica,

FEIES CLIMTICAS INDIVIDUALIZADAS NOS CLIMA REGIONAIS

Atuao Equilibrada das

CLIMAS TROPICAIS ALTERNADAMENTE

CLIMAS SUBTROPICAIS MIDOS

CONTROLADOS POR MASSAS TROPICAIS E

CONTROLADOS POR MASSAS

TABELA 1.1. - Quadro explicativo da classificao climtica de base gentica

Fonte: Altas Geogrfico (www.uniderp.br)

FIGURA 1.4 - MAPA DA CLASSIFICAO CLIMTICA DE BASE GENTICA SEGUNDO

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INEMET) e UNIDERP

TABELA 1.3. - Velocidade mxima dos ventos registrados na regio de Campo

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INEMET) e UNIDERP

TABELA 1.4. - Valores mdios dos ventos

8,64 12,24 16,06

16,20 13,80 12,60 12,60 14,76

8,64 11,07 10,92

11,74 11,88 15,34

8,18 10,49 11,41 11,07 11,56 12,36 11,72 14,91 11,68

9,96 10,62 11,64 11,52

9,24 11,10 11,40

6,48 12,08 13,04 10,11 10,83 10,50

5,94 14,40 10,01 17,28 10,08 11,76

5,76 11,52 11,52

9,58 10,49 11,35 11,18 10,76

9,60 11,75 10,22 10,06 10,01

9,96 10,08 10,15 11,34

13,68 12,24 11,52

DIREO DOS VENTOS JAN

8,64 14,04 10,44 15,30 12,24

8,28 16,28 14,52 14,40

8,54 10,82 13,12 12,99 12,81 10,67 14,58 11,83 10,44

8,89 12,44 11,90 12,74 11,39 11,74 10,53

7,29 10,80 10,80

9,30 13,22 10,83 11,22 13,46 13,11 12,86 12,38 12,24

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INEMET) e UNIDERP

Na figura 1.5, observa-se a predominncia dos ventos na regio de Campo

FIGURA 1.5 Rosa dos Ventos para velocidade mdia

FIGURA 1.6 - Rosa dos Ventos para velocidade mxima

FIGURA 1.7 - Rosa dos ventos para velocidade mxima