Apostila Modelo - Administração e Empreendedorismo
Apostila Modelo - Administração e Empreendedorismo
Apostila Modelo - Administração e Empreendedorismo
ADMINISTRAO E EMPREENDEDORISMO
Autoria: Rhaiane Maria Andrade Santos
So Mateus, 2016
Diretor Executivo: Tadeu Antnio de Oliveira Penina
Diretora Acadmica: Eliene Maria Gava Ferro
BIBLIOTECA MULTIVIX
78 f. ; 30 cm
Inclui referncias.
Multivix. II.
CDD: 658.001
SUMRIO
1 BIMESTRE............................................................................................................
Administrao e Empreendedorismo
UNIDADE 1 INTRODUO..................................................................
2.1
2.2
2.3
2.4
2.5
2.5.1
TEORIA CIENTFICA.......................................................................................
TEORIA CLSSICA.........................................................................................
TEORIA DAS RELAES HUMANAS............................................................
TEORIA NEOCLSSICA..................................................................................
TEORIA BUROCRTICA.................................................................................
CARACTERSTICA DA
BUROCRACIA......................................................................
DESDOBRAMENTOS NEGATIVOS DA
BUROCRACIA.................................................
TEORIA COMPORTAMENTAL........................................................................
MOTIVAO
HUMANA..........................................................................................
TEORIA SISTMICA........................................................................................
TEORIA CONTINGENCIAL..............................................................................
7
8
12
16
21
24
2.5.2
2.6
2.6.1
2.7
2.7
2 BIMESTRE............................................................................................................
3
UNIDADE 3 PROCESSO ADMINISTRATIVO.................................
3.1
3.2
3.3
3.4
PLANEJAMENTO.............................................................................................
ORGANIZAO...............................................................................................
DIREO.........................................................................................................
CONTROLE......................................................................................................
UNIDADE 4 EMPREENDEDORISMO................................................
4.1
5.1
26
27
29
31
37
39
43
44
45
52
54
57
62
66
70
70
SCULO XXI.........................................................................................
74
REFERNCIAS............................................................................................
76
Administrao e Empreendedorismo
1 Bimestre
Administrao e Empreendedorismo
1 UNIDADE 1 - INTRODUO
O empreendedorismo se tornou um dos principais responsveis pelo sucesso
econmico de uma nao. Empreender e gerir bem as suas funes e negcios
um pilar importante para o progresso econmico.
A muito tempo o conceito de empreendedorismo estava intimamente ligado a
abertura de novos negcios. Contudo, atualmente esse conceito se tornou mais
abrangente e percebe-se que empreendedorismo um comportamento, um conjunto
de atitudes que possibilita maior sucesso de carreira, maior e melhor gesto de suas
atividades e uma sustentabilidade profissional que gera qualidade de vida.
As organizaes perceberam que ter em seu time colaboradores com o perfil
empreendedor traz inovao e uma busca constante pela excelncia e com isso o
termo empreendedorismo deixou de limitar-se apenas aos administradores e passou
a ter igual relevncia a todas as reas de formao profissional.
Atrelado a isso, aborda-se tambm a importncia de compreender a base da
administrao e a contextualizao de suas teorias e conceitos para um
entendimento da forma gerencial de hoje.
A globalizao e a tecnologia permitiram a mundializao dos processos e tcnicas
e de empresas em todo o mundo. Como consumidores, prestadores de servio,
colaboradores ou fornecedores, todas as pessoas esto constantemente ligadas e
se relacionando com organizaes. Por meio dos conceitos de Administrao, o
estudante consegue entender como funciona basicamente uma instituio
organizacional e quais fatores contriburam para que o mercado alcanasse o
cenrio atual.
Administrao e Empreendedorismo
Administrao e Empreendedorismo
Isso quer dizer que antes o que havia de produo artesanal, limitada e sem
necessidade de maiores investimentos e preocupaes com marketing, vendas e
prospeco de novos clientes, visto que, havia uma limitao de comercializao,
deu lugar produo em massa e s organizaes cada vez maiores e com enorme
carncia gerencial.
Surgiu ento, alguns pesquisadores e teorias que juntas construram os conceitos
atuais da Administrao.
2.1 TEORIA CIENTFICA
No inicio do sculo XX, a Administrao surge como uma cincia que mudaria a
forma de gerenciar e supervisionar uma empresa.
desnecessrios,
economizando
assim
energia
tempo
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4.
combinar cargos com o intuito de uma tarefa ser executada com os demais cargos
existentes dentro da organizao. Essa simplificao no desenho dos cargos
permite algumas vantagens como: a admisso de empregados com qualificaes
mnimas reduz os custos de produo, minimizao dos custos de treinamentos,
reduo de erros na execuo do trabalho, minimizando os ndices de refugos e
retrabalhos, facilidade de superviso, aumento da eficincia do trabalhador.
5. Incentivos salariais e prmios de produo, onde o operrio estimulado a
produzir mais e tambm a ganhar mais pelos seus servios, uma vez que, a
remunerao baseada no tempo (salrio mensal) no estimula ningum a trabalhar
mais.
6. Conceito de homo economicus analisado sob a tica de que o homem procura o
trabalho no porque gosta dele, mas como um meio de ganhar a vida por meio do
salrio que o trabalho proporciona.
7. Condies ambientais de trabalho, onde a eficincia depende no somente do
mtodo de trabalho e do incentivo salarial, mas de um conjunto de condies de
trabalho que visam garantir o bem-estar do trabalhador, como: adequao de
instrumentos e ferramentas de trabalho e equipamentos de produo para minimizar
o esforo do operador, um arranjo fsico das mquinas e equipamentos para
racionalizar o fluxo de produo, um ambiente de trabalho o qual os rudos fossem
minimizados e aumentasse o conforto do trabalhador, alm de projetar instrumentos
e equipamentos especiais, como transportadores.
8.
11
trabalho, acabou dando origem a quatro princpios bsicos, segundo Taylor, a saber:
1. Princpio de planejamento Substituir no trabalho a improvisao dos operrios por
mtodos cientificamente comprovados, onde a improvisao dava lugar ao
planejamento dos mtodos de trabalho.
2. Princpio de preparo Esse princpio
tinha
como
finalidade
selecionar
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de
aplicao
organizao
industrial.
As
cincias
humanas,
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20
21
22
23
Orientar;
Controle Definir padres; Monitorar o desempenho; Avaliar o desempenho; Ao
corretiva.
A Administrao por Objetivos ou administrao por resultados, constitui um modelo
administrativo bastante difundido e plenamente identificado com esprito pragmtico
e democrtico da Teoria Neoclssica. Seu aparecimento recente: em 1954, Peter
F. Drucker publicou o livro The Pratice of Management (Prtica da Administrao nas
Empresas), no qual caracterizou pela primeira vez a Administrao por Objetivos,
sendo considerado o criados da APO. Drucker nasceu na ustria, em 1909. Embora
ele tenha uma forte contribuio para a Administrao, ele era formado em Direito.
Um dos seus grandes mritos foi incentivar o planejamento nas organizaes para
reduzir as incertezas.
APO surgiu, quando a empresa privada norte-americana estava sofrendo presses
acentuadas, como mtodo de avaliao e controle sobre o desempenho de reas e
organizaes em crescimento rpido. Inicialmente constituiu-se um critrio financeiro
de avaliao e controle. Como critrio financeiro foi vlido, mas na abordagem global
da empresa resultou em uma deformao profissional, pois os critrios de lucro ou
de custo no so suficientes para explicar a organizao social e humana.
APO uma tcnica de direo de esforos por meio do planejamento e controle
administrativo, fundamentada no princpio de que, para atingir resultados, a
organizao precisa antes definir em que negcio est atuando e aonde pretende
chegar.
O objetivo da Administrao proporcionar eficincia e eficcia s empresas. A
eficincia refere-se aos meios: mtodos, processos, regras e regulamentos sobre
como as coisas devem ser feitas na empresa, a fim de que os recursos sejam
adequadamente utilizados. A eficcia refere-se aos fins: objetivos e resultados a
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atribudas
funcionrios
que
ocupam
posies
numa
determinada hierarquia marcada pelo direito carreira. Cada posio tem objetivos
previamente fixados e h uma codificao de todas as regras de conduta que tratam
da organizao como um todo, onde h ordens comunicadas por escrito.
Para Weber trata-se de uma das caractersticas do Estado Moderno, um conjunto de
6 LIMA, Mauricio Fernandes: Teoria Gereal da Administrao. Centro de
Ensino Sistemas e Tecnologia. Maranho. 2013, p 32-35. Disponivel em:
http://www.universopublico.com.br/wp-content/uploads/2013/05/Apostila-deEvolu%C3%A7%C3%A3o-do-Pensamento-Adm_CESTE.pdf Acesso em: 09/03/2016
7 LIMA, Mauricio Fernandes: Teoria Gereal da Administrao. Centro de
Ensino Sistemas e Tecnologia. Maranho. 2013, p 35. Disponivel em:
http://www.universopublico.com.br/wp-content/uploads/2013/05/Apostila-deEvolu%C3%A7%C3%A3o-do-Pensamento-Adm_CESTE.pdf Acesso em: 09/03/2016
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governante tem liberdade para emitir ordens, ficando restrito apenas aos costumes e
hbitos da sua sociedade.
A dominao carismtica consiste na crena em qualidades excepcionais de um
indivduo para governar outros. Quando atinge uma complexidade maior, ele
assessorado pelos seus discpulos mais prximos. Trata - se de uma dominao
instvel e inconstante. J a dominao legal se baseia num aparato de regras que
legitimam o seu poder. Os assessores administrativos so chamados burocratas e
tambm tem seu poder regulamentado legalmente, no podendo vend-lo ou
transferi-lo.
Max Weber no tentou definir as organizaes, nem estabelecer padres de
administrao que elas devessem seguir. Weber descreveu as organizaes como
mquinas totalmente impessoais, que funcionam de acordo com regras que ele
chamou de racionais regras que dependem de lgica e no de interesses
pessoais.
Weber estudou e procurou descrever o alicerce formal-legal em que as organizaes
reais se assentam. Sua ateno estava dirigida para o processo de autoridadeobedincia que, no caso das organizaes modernas, depende de leis.
2.5.1 CARACTERSTICAS
DA
BUROCRACIA
27
NEGATIVOS DA
BUROCRACIA
28
29
inicialmente,
nos
Estados
Unidos,
uma
nova
concepo
de
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viso
da
teoria
administrativa
baseada
no
comportamento
humano
nas
organizaes.
A abordagem comportamental marca a mais forte nfase das cincias do
comportamento na teoria administrativa e a busca de solues democrticas e
flexveis para aos problemas organizacionais.
Esta abordagem originou-se das cincias comportamentais e, mais especificamente,
da psicologia organizacional. com a abordagem comportamental que a
preocupao com a estrutura se desloca para a preocupao com os processos e
com a dinmica organizacional, isto , com o comportamento organizacional. Aqui
ainda predomina a nfase nas pessoas, inaugurada com a Teoria das Relaes
Humanas, mas dentro de um contexto organizacional.
A Teoria Comportamental (ou Teoria Behaviorista) da Administrao veio significar
uma nova direo e um novo enfoque dentro da teoria administrativa: a abordagem
das cincias do comportamento, o abandono das posies normativas e prescritivas
das teorias anteriores e a adoo de posies explicativas e descritivas. A nfase
permanece nas pessoas, mas dentro de um contexto organizacional. Principais
vultos da teoria: Kurt Lewin (1890-1947), Douglas McGregor, Herbert Simon, Rensis
Likert, Chris Argyris, J.G.March.
Origem: O movimento behaviorista surgiu como evoluo de uma dissidncia da
Escola das Relaes Humanas, que recusava a concepo de que a satisfao do
trabalhador gerava de forma intrnseca a eficincia do trabalho. A percepo de que
nem sempre os funcionrios seguem comportamentos exclusivamente racionais ou
essencialmente baseados em sua satisfao exigia a elaborao de uma nova teoria
administrativa.
A Teoria Comportamental defendia a valorizao do trabalhador em qualquer
empreendimento baseado na cooperao, buscando um novo padro de teoria e
pesquisa administrativas. Foi bastante influenciado pelo desenvolvimento de estudos
comportamentais em vrios campos da cincia, como a antropologia, a psicologia e
a sociologia. Adotando e adaptando para a administrao conceitos originalmente
Administrao e Empreendedorismo
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elaborados dentro dessas cincias, propunha-se fornecer uma viso mais ampla do
que motiva as pessoas para agirem ou se comportarem do modo que o fazem,
particularizando as situaes especficas do indivduo no trabalho.
Dentre os trabalhos fundamentais para a ecloso do Behaviorismo destacam-se os
de Barnard, acerca da cooperao na organizao formal e os de Simon, relativos
participao dos grupos no processo decisrio da organizao. Eles oferecem os
principais pontos de referncia para a formulao das propostas inicias dessa
abordagem. Posteriormente, essas ideias e propostas foram complementadas pela
Teoria X e Y de 2 McGrecor, pelo Sistema 4 de Rensis Likert, pelas teorias
motivacionais de Herzog e de McClelland, assim como pelos estudos de Chris
Argyris.9
2.6.1 MOTIVAO HUMANA
Para explicar o comportamento organizacional, a Teoria Comportamental se
fundamenta no comportamento individual das pessoas. Para poder explicar como as
pessoas se comportam, torna-se necessrio o estudo da motivao humana. Os
autores behavioristas verificaram que o administrador precisa conhecer as
necessidades humanas para melhor compreender o comportamento humano e
utilizar a motivao humana como poderoso meio para melhorar a qualidade de vida
dentro das organizaes.
Necessidades de Maslow
Maslow, um psiclogo e consultor americano, apresenta uma teoria da motivao,
segundo a qual as necessidades humanas esto organizadas e dispostas em nveis,
numa hierarquia de importncia e de influenciao. Essa hierarquia de necessidade
pode ser visualizada como uma pirmide. Na base da pirmide esto as
necessidade mais baixas (necessidade fisiolgicas) e no topo as necessidades mais
elevadas (as necessidades de auto realizao).
9 Disponvel em:
http://www.professorcezar.adm.br/Textos/AbordagemComportamental.pdf
Acesso em: 09/03/2016
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de
auto
realizao: Auto
realizao, Autodesenvolvimento
Autossatisfao.
Necessidade de estima: Orgulho, Autor espeito, Progresso, confiana, Necessidades
de status, Reconhecimento, Apreciao, Admirao pelos outros.
Necessidades Sociais: Relacionamento, aceitao, afeio, amizade, compreenso,
considerao.
Necessidade
de
Segurana:
Proteo
contra
perigo,
doena,
repouso,
abrigo,
sexo.
incerteza,
desemprego, roubo.
Necessidades
Fisiolgicas:
Alimento,
Estilos
de
Administrao
A Teoria Comportamental procura demonstrar a variedade de estilos de
administrao que esto disposio do administrador. A administrao das
organizaes em geral est fortemente condicionada pelos estilos com que os
administradores dirigem, dentro delas, o comportamento das pessoas.
Por sua vez, os estilos de administrao dependem substancialmente das
convices que os administradores tm a respeito do comportamento dentro da
organizao. Essas convices moldam no apenas a maneira de conduzir as
pessoas, mas tambm a maneira pela qual se divide o trabalho, se planejam e
organizam as atividades.
Teoria X e Teoria Y
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sistema constitudo por componentes em interao. Alm disso, a Teoria Geral dos
Sistemas pode ser desenvolvida em vrias linguagens matemticas, em linguagem
escrita ou ainda computadorizada.
A aplicao do pensamento sistmico, segundo Kast & Rosenzweig, tem uma
particular importncia para as cincias sociais, alm de apresentar um estreito
relacionamento entre a teoria e sua aplicao a diversas reas do conhecimento
humano. A teoria de sistemas possibilitou, por exemplo, a unificao de diversas
reas do conhecimento, pois sistema um conjunto de elementos em interao e
intercmbio com o meio ambiente (environment). Ou ainda, conforme define
Littlejohn, um 4 sistema pode ser definido como um conjunto de objetos ou
entidades que se inter-relacionam mutuamente para formar um todo nico.
Alm disso, para entendermos a teoria de sistemas e sua difuso, devemos levar em
conta duas caractersticas obrigatrias aos sistemas sociais:
1-
Funcionalismo:
embora
esta
palavra
apresente
vrias
conotaes,
39
Um sistema fechado aquele que no realiza intercmbio com o seu meio externo,
tendendo necessariamente para um progressivo caos interno, desintegrao e
morte.
Nas teorias anteriores da Administrao, a
organizao era
considerada
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13
2 Bimestre
13 Disponvel em:
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_TN_STO_183_046_22371.pdf
Acesso em: 08/03/2016
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aproximadamente
sequencial,
constituem
chamado
Processo
Administrativo.14
3.1 PLANEJAMENTO
O planejamento compreende um processo consciente e sistemtico de tomada de
decises relativas a objetivos e atividades que uma pessoa, um grupo, uma unidade
ou uma organizao buscaro no futuro.
Convm salientar que o planejamento no constitui uma resposta informal ou casual
a uma crise, mas sim corresponde a um esforo que tem um propsito, sendo
liderado e controlado por seus administradores com suporte do conhecimento e
experincia dos colaboradores.
Compreende tcnica administrativa que procura ordenar as ideias das pessoas, de
forma que se possa criar uma viso do caminho que se deve seguir (estrat- gia).
Depois de ordenar as ideias, so ordenadas as aes (implementao) de modo que
a organizao caminhe na direo pretendida, sem desperdcio de esforos. Isso
permite inferir que ningum ganha dinheiro apenas porque esforado e faz seu
trabalho.
14 PEREIRA, Natanael C. Introduo Administrao. Instituto federal de So
Paulo Campus So Carlos, p. 8 Disponvel em:
http://www.cefetsp.br/edu/natanael/Apostila_ADM_parte1.pdf Acesso em :
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Na realidade, preciso tambm saber dirigir os esforos para aquilo que traz
resultados. Esse processo prov aos indivduos e unidades de trabalho um mapa
claro a ser seguido em suas atividades futuras, ao mesmo tempo em que esse mapa
pode levar em considerao circunstncias nicas e mutantes.
o processo administrativo que tem como objetivo proporcionar a sustentao
mercadolgica da organizao atravs do estabelecimento de uma direo a ser
seguida. um processo de definir objetivos ou resultados a serem alcanados, bem
como as atividades e os recursos que permitiro alcan-los. Dessa forma, observase claramente que planejar tomar, no presente, decises que afetam o futuro,
visando reduzir sua incerteza.
O planejamento tem como prioridade a interao otimizada da empresa com o seu
ambiente, atravs de formas inovadoras e diferenciadas, uma vez que considera a
organizao como um todo.
Atravs do planejamento, a organizao consegue estabelecer um fluxo de
informaes com maior eficincia para os tomadores de deciso. Por oportuno,
permite uma interao maior com o ambiente, de modo a tornar a organizao
proativa e possibilita o comportamento sinrgico das unidades de negcio da
organizao.
Como consequncia, a organizao pode compensar incertezas e mudanas,
enfocar a ateno aos objetivos, operar economicamente e facilitar o controle. Cabe
destacar que o planejamento atua como uma locomotiva que puxa o trem de aes
de organizao, direo e controle. Sem o planejamento, os administradores no
tm condies de organizar as pessoas e os recursos, podendo at no ter uma
ideia clara sobre o que precisam organizar.
Seguindo esse fundamento, o planejamento torna-se relevante medida que sua
falta impede liderana com confiana e impede seguidores que desenvolvam
atividades que agregam valor para a organizao. Essencialmente, as expresses
eficincia, eficcia e efetividade so inerentes ao processo de planejamento, pois
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50
com
um
todo,
ttico
considera
apenas
parte
dela
(departamento/unidade de negcio).
Apresenta menores riscos do que o planejamento estratgico, por sua menor
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precisamos
ainda
estudar
diviso
organizacional
em
54
feita na base das funes que requerem atividades similares e que so agrupadas
juntas e identificadas de acordo com alguma classificao funcional como finanas,
produo, marketing, etc.
b) Estrutura por produtos ou servios envolve a diferenciao e o agrupamento
das atividades de acordo com as sadas ou resultados da organizao.
c) Estrutura por base territorial requer diferenciao e agrupamento das atividades
de acordo com a localizao onde o trabalho ser desempenhado ou uma rea de
mercado a ser servida pela organizao. geralmente utilizada por organizaes
que cobrem grandes reas geogrficas e cujos mercados so extensos.
d) Estrutura por clientela envolve diferenciao e agrupamento das atividades de
acordo com o tipo de pessoa ou agncia para quem o trabalho feito (consumidores
ou clientes). As caractersticas dos clientes, como idade, nvel econmico, hbitos de
compra, etc., constituem a base para esta estratgia, que totalmente centrada no
cliente. O agrupamento por clientes geralmente ocorre na rea de marketing,
envolvendo vendas e credirio.
e) Estrutura por processo a diferenciao e o agrupamento se fazem atravs da
sequncia do processo produtivo, ou ainda atravs do arranjo e disposio racional
do equipamento utilizado. Diante de tais ponderaes podemos concluir que a
importncia da organizao entre outras basicamente a de agrupar pessoas e
estruturar
todos
os
recursos
organizacionais
para
atingir
os
objetivos
predeterminados.
Com a organizao a empresa rene e integra os recursos, define a estrutura de
rgos que devero administr-los. Estabelecendo ento a diviso do trabalho por
diferenciao, possibilita os meios de coordenar as diferentes atividades pela
integrao de seus setores e define os nveis de autoridade e de responsabilidade. 16
3.3 DIREO
A direo a funo administrativa que se refere s relaes interpessoais dos
administradores com seus subordinados. Para que o planejamento e a organizao
16 Disponvel em:
http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_cooperativismo/caderno.pdf Acesso em:
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possam ser eficazes, eles precisam ser complementados pela orientao a ser dada
s pessoas atravs de uma adequada comunicao e habilidade de liderana e de
motivao.
Enquanto as outras funes administrativas (planejamento, organizao e controle)
so impessoais, a direo um processo interpessoal, que determina as relaes
entre os indivduos, onde este trato com pessoas significa um componente de
incerteza para a administrao.
Para que a direo possa ser desenvolvida de modo a oportunizar que a
organizao alcance seus objetivos, faz-se necessrio que ela se apoie em alguns
elementos. Esses elementos so a motivao, a liderana e a comunicao.
A motivao assunto de vital importncia para os administradores, pois nenhuma
organizao pode executar atividade e alcanar objetivos sem comprometimento e
esforo por parte de seus membros.
A motivao compreende um conjunto de fatores que provocam, canalizam e
sustentam o comportamento de um indivduo. As teorias da motivao podem ser
caracterizadas como de contedo, de processo ou de reforo. As teorias de
contedo ressaltam a importncia dos impulsos ou das necessidades internas do
indivduo como motivos para suas aes. As teorias de processo enfatizam como e
por que objetivos as pessoas se motivam. As teorias de reforo concentram-se em
como as consequncias dos atos de uma pessoa no passado afetam seu
comportamento no futuro.
A perspectiva sistmica da motivao identifica trs variveis que afetam no
trabalho:
As caractersticas individuais, entre as quais se encontram os interesses, as
atitudes e as necessidades do indivduo.
As caractersticas do trabalho, que so atributos inertes tarefa.
As caractersticas da situao do trabalho, que so as polticas de pessoal e de
recompensas da organizao, o clima da organizao e as atitudes e atos dos
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3.4 CONTROLE
A palavra controle tem vrias conotaes e seu significado depende da funo ou
rea especfica em que aplicada:
a) Funo administrativa que compe ou faz parte do processo administrativo.
b) Meio de regulao utilizado por um indivduo ou empresa (como certas tarefas
reguladoras que um controller aplica para acompanhar e balizar o seu
desempenho e orientar as decises).
c) Funo restritiva de um sistema para manter os participantes dentro dos padres
desejados e evitar desvios.
d) Conferncia ou verificao.
e) Exerccio de autoridade sobre algum.
O controle compreende o processo atravs do qual os administradores asseguram
que as atividades efetivas estaro de acordo com as atividades planejadas. Na
verdade, o planejamento e o controle esto to relacionados que, s vezes, se torna
difcil identificar onde um termina e outro comea.
Um planejamento representa uma antecipao da ao (que um conceito passivo
at o momento de sua execuo). O controle um processo ativo que procura
manter o planejamento dentro do seu curso inicial.
Independentemente do nvel organizacional em que se situe, o controle realizado
atravs de trs passos distintos.
O estabelecimento de padres depende diretamente dos objetivos, especificaes e
resultados previstos no processo de planejamento. Um padro compreende um nvel
de realizao ou de desempenho que se pretende tomar como referncia, ou ainda,
uma medida que serve de base ou norma para a avaliao de qualidade ou
quantidade.
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controle,
em
qualquer
nvel,
se
baseia
nas
informaes
obtidas
no
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18 Disponvel em:
http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_cooperativismo/caderno.pdf Acesso em:
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4 UNIDADE 4 - EMPREENDEDORISMO
O Empreendedorismo um assunto muito discutido hoje em dia, porm sua
definio muito complexa, pois seu contedo pode variar dependendo do lugar e
do autor, isso porque o empreendedorismo recebeu fortes contribuies vindas da
psicologia e tambm da sociologia, o que pode ter provocado variaes em sua
definio. Apesar de o empreendedorismo ser um assunto comum nos artigos,
revistas, internet, livros e aparentar ser um termo novo para os profissionais, um
conceito antigo que assumiu diversas vertentes ao longo do tempo.
No incio do sculo XX, a palavra empreendedorismo foi utilizada pelo economista
Joseph Schumpeter em 1950 como sendo, de forma resumida, uma pessoa com
criatividade e capaz de fazer sucesso com inovaes. J em 1967 com K. Knight e
em 1970 com Peter Drucker foi introduzido o conceito de risco, uma pessoa
empreendedora precisa arriscar em algum negcio.
A palavra empreendedorismo se origina do termo francs entrepeneur que significa
fazer algo ou empreender.
Para Drucker (1974) empreendedorismo : prtica; viso de mercado; evoluo, e
diz ainda que o:
trabalho especfico do empreendedorismo numa empresa de negcios
fazer os negcios de hoje serem capazes de fazer o futuro, transformandose em um negcio diferente [...] Empreendedorismo no nem cincia,
nem arte. uma prtica.(DRUKER, 1974:p25)
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Administrao e Empreendedorismo
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65
Vimos
que
so
vrios
os
conceitos
as
influncias
referentes
ao
Administrao e Empreendedorismo
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67
executa.
Para Dolabela (1999), as caractersticas empreendedoras podem ser adquiridas e
desenvolvidas. A preocupao de identificar o perfil do empreendedor de sucesso
auxilia no processo de aprender a agir, adotando comportamentos e atitudes
adequadas para se tornar um.
Pinchot (1985, apud HIRSCH; PETERS 2004, p. 61) em um comparativo entre as
caractersticas do Gerente Tradicional, do Empreendedor e do Intra Empreendedor,
levanta interessantes comentrios a respeito dos empreendedores. Dentre estes, os
motivos principais dos empreendedores querer independncia, oportunidade de
criar e dinheiro; Orientao de tempo: sobrevivncia e crescimento do negcio entre
cinco e 10 anos; Atividade: envolvimento direto; Risco: assume riscos moderados;
Status: nenhuma preocupao; falhas e erros: lida bem com isso; Decises: segue
seus sonhos; A quem serve: a si e aos clientes; Historia familiar: experincia
empresarial em pequena empresa, profissional ou fazenda; Relacionamento com os
outros: transaes e acordos como relacionamento bsico.
Em outra viso, Dornelas (2003), define que o empreendedor de sucesso possui
caractersticas extras. Alm dos atributos do administrador, e alguns atributos
pessoais que somados a caractersticas sociolgicas e ambientais permitem a
realizao da diferenciao e inovaes dentro da corporao.
Algumas dessas caractersticas dos empreendedores de sucesso so: so
visionrios, tem viso de futuro para o negcio onde est envolvido e tem a
habilidade de implementar seus sonhos; sabem tomar decises, no so inseguros,
sabem lidar nos momentos de adversidades; so indivduos que fazem a diferena,
sabem agregar valor aos servios e produtos que ajudam a colocar no mercado;
sabem explorar ao mximo as oportunidades, um individuo curioso e atento a
informaes; so determinados e dinmicos, atropelam as adversidades, faz
acontecer. so otimistas e apaixonados pelo que fazem, adoram seu trabalho, so
auto determinadores; so dedicados, se dedicam 24 horas por dia ao que fazem,
so trabalhadores exemplares; So independentes e constroem seu prprio destino;
so lderes e formadores de equipes, tem um senso de liderana incomum, so
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desafiantes.
8- Planejamento e monitoramento sistemtico: planeja dividindo tarefas de grande
porte em sub-tarefas com prazos definidos, constantemente revisa seus planos
levando em conta os resultados obtidos e as mudanas circunstanciais, utiliza
registros financeiros para tomar decises.
Caractersticas relativas ao poder:
9- Persuaso e rede de contatos: o empreendedor utiliza estratgias para influenciar ou
persuadir pessoas. Trabalha com pessoas chave, age para desenvolver e manter
relaes comerciais.
10- Independncia e Autoconfiana: o empreendedor busca autonomia em relao a
normas e controles de terceiros, mantm seu ponto de vista, expressa confiana na
sua prpria capacidade de enfrentar um desafio. 21
As
caractersticas
do
empreendedor
de
sucesso
so
relacionadas
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qualidade e de custo;
desconhecer o mercado e, principalmente, a concorrncia;
ter pouco domnio sobre o mercado fornecedor;
no saber vender e promover os produtos/servios;
no saber tratar adequadamente o cliente.
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Mas, citando o ditado popular, devemos transformar cada limo em uma boa
limonada. Os perigos anteriormente aventados constituem os fatores crticos do
novo negcio. Um fator crtico aquele que se no for muito bem cuidado
poder colocar em risco o seu negcio. Assim, cada fator crtico deve ser visualizado
de maneira correta para evitar o reverso da moeda.
Agora, dentro uma perspectiva positiva, os fatores crticos de um negcio bemsucedido envolvem as seguintes questes:
concorrncia;
como dominar o mercado fornecedor;
como vender e promover os produtos/servios;
como encantar os clientes.22
As dificuldades vo aparecer diariamente. Seja o controle financeiro e tributrio do
negcio, o estudo do mercado e as dificuldades de compreender as mudanas e o
ambiente externo. Pode ser o controle do processo produtivo ou mesmo a gesto de
pessoas. Para super-las o empreendedor deve ter aliado ao seu perfil de sucesso e
o desenvolvimento constante das caractersticas do empreendedor o estudo tcnico
do negcio e uma busca diria da eficincia e eficcia operacional.
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Corporativo.
Segundo
Hitt;
Ireland
Hoskisson,
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tempo
que
mantm
algumas
das
recompensas
dos
esforos
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