Hartmut Gunther - Como Elaborar Um Questionário PDF
Hartmut Gunther - Como Elaborar Um Questionário PDF
Hartmut Gunther - Como Elaborar Um Questionário PDF
HARTMUT GNTHER
CONCEITO - ITENS
O objetivo do estudo determinar os conceitos a serem investigados num dado
survey. No presente exemplo, e conforme a definio do objetivo, deve-se
diferenciar conceitualmente (a) avaliao de algo existente e (b) levantamento de
necessidades de algo inexistente, alm de (c) distinguir entre existncia ou falta
de algum objeto externo ao indivduo e de um estado de esprito interno.
Embora objetivos e conceitos no sejam mutuamente excludentes, podendo at
ser tratados numa mesma pesquisa, no faltam exemplos de confuso entre si.
Num segundo momento, o objetivo do estudo determina as perguntas
concretas a serem apresentadas (i., os itens), alm de existir uma relao
recproca entre conceitos e itens. Dependendo dos conceitos a serem
pesquisados, o contedo das perguntas ou itens varia. Igualmente, a
possibilidade de fazer certas perguntas (mais facilmente) a determinadas pessoas
(amostra) faz com que um ou outro conceito possa ser explorado numa dada
pesquisa. Finalmente, os conceitos subjacentes e, especialmente, o contedo dos
itens, determinam o instrumento e a maneira da sua apresentao.
POPULAO-ALVO - AMOSTRA
No apenas o objetivo da pesquisa que determina a forma do instrumento via
conceitos e itens. Dependendo do objetivo, a populao-alvo pode ser
Hartmut Gnther ([email protected])
A questo da relao entre a populao alvo e a amostra dos participantes assunto de livros
especializados sobre amostragem. O tema no ser tratado neste texto, uma vez que uma
introduo detalhada fornecida por Kish (1965). A maioria dos textos de metodologia da
pesquisa social inclui captulos sobre amostragem (por exemplo, Aday, 1989; Babbie, 1992;
Frankel, 1983; Judd, Smith & Kidder, 1992; Sudman, 1983). Pode-se sugerir, ainda, Henry (1990,
1998) ou Williams (1978), dentre muitas outras fontes.
UnB/IP/Laboratrio de Psicologia Ambiental
Vide, tambm, Gnther, Brito & Silva (1989) para uma discusso mais ampla deste assunto.
UnB/IP/Laboratrio de Psicologia Ambiental
BACKGROUND DO RESPONDENTE
No que diz respeito s caractersticas do respondente, h que considerar
inicialmente a distncia entre opinio pblica e particular. Estamos interessados
na opinio do respondente, no na opinio de outros. Relacionada a este aspecto
encontra-se a situao do respondente que se considera capaz de opinar sobre
qualquer assunto. Embora uma experincia anterior como participante em
pesquisa possa ser desejvel, a experincia no recomendvel quando se
pesquisa um mesmo assunto; quando a participao for recente, no se deve
tentar pesquisar o respondente se ele se mostrar desinteressado.
Ao desenvolver o instrumento, convm lembrar essas dimenses
preferencialmente antes de iniciar o processo de planejamento. Apesar de as
consideraes terem sido levantadas no contexto da pesquisa trans-cultural, com
intuito de ajudar o pesquisador a desenvolver um instrumento a ser aplicado
numa cultura que no a sua, no h razo para supor que o pesquisador
conhea sua prpria cultura a ponto de se comportar intuitivamente de modo
correto diante dos respondentes pretendidos.
10
11
ouvido. Por esta razo, no se deve fazer promessas irreais como Sua
participao nesta pesquisa importante, uma vez que suas respostas resultaro
na melhoria da sua vida. A afirmao irresponsvel e anti-tica, alm de ser
percebida como engodo pelo respondente, minando a credibilidade das
pesquisas.
Comunicar resultados e/ou facilitar o acesso a eles forma importante de
recompensar os respondentes. Se a conversa com um objetivo foi
suficientemente interessante para que o participante mantivesse o nvel de
ateno, os resultados apresentados em linguagem no acadmica tambm
sero. Alm do mais, na hiptese de os resultados provocarem reflexo ou
conscientizao entre os respondentes sobre o tema da pesquisa, os resultados
contero uma semente para possvel melhoria da vida dos respondentes, numa
dada temtica.
RECOMPENSAS E INCENTIVOS FINANCEIROS
Por serem mais concretos, incentivos/recompensas financeiras e brindes
merecem maior reflexo. Aplica-se a estes, mais explicitamente do que aos
demais incentivos, a norma de tica 6.14(b) da American Psychological Association
(APA): Psiclogos no oferecem incentivos financeiros excessivos ou
imprprios ou outros incentivos para obter participantes para pesquisa,
especialmente quando isto possa obrigar participao (APA, 1992, p. 1609).
Esclarecendo, a questo no se mas quanto possvel pagar aos
participantes de uma pesquisa.
Embora do ponto de vista prtico o problema seja muitas vezes resolvido
pela limitao de recursos do pesquisador, vale lembrar que quanto maior a
distncia social e/ou financeira entre pesquisador e respondente, maior a
possibilidade de criar dependncia no incentivo a ponto de o respondente ser
privado do direito de suspender sua participao a qualquer momento e dizer
(ou fazer) o que julga necessrio para continuar na pesquisa (no por acaso se
utiliza a palavra obrigado).
Considerando a norma de tica 6.06(d) psiclogos tomam medidas razoveis
para implementar protees apropriadas dos direitos e do bem-estar dos
participantes humanos... (APA, 1992, p. 1608), parece razovel tentar oferecer
recompensa no caso do respondente perder uma renda por causa da sua
participao na pesquisa, como o caso de pessoas que trabalham por conta
prpria, cujo tempo significa dinheiro, sejam profissionais liberais ou crianas
Hartmut Gnther ([email protected])
12
ESTRUTURA E SEQNCIA
Como fazer a tarefa ser breve e fcil, ou pelo menos no torn-la aborrecedora
ou aversiva? Uma estrutura bem pensada contribui significativamente para
reduzir o esforo fsico e/ou mental do respondente, alm de assegurar que
todos os temas de interesse do pesquisador sejam tratados numa ordem que
sugira uma conversa com objetivo, mantendo-se o interesse do respondente em
continuar. Antes de mais nada, focalizar-se no objetivo da pesquisa, nas
perguntas que o pesquisador quer responder por meio dela. Saber claramente
por que est incluindo cada item no instrumento. Saber o que as respostas
implicam para o andamento da pesquisa. No estudo piloto, haveria margem para
uma pescaria, i., para incluir itens sobre os quais o pesquisador no tem
certeza se vale perguntar. Mas o instrumento final deve conter apenas os itens
que sero analisados.
13
14
15
ELEMENTOS DO INSTRUMENTO
A parte central do instrumento de survey so as perguntas, pelas quais se tenta
obter a informao desejada. Esta seo do captulo iniciada com
consideraes gerais sobre como escrever bons itens. Seguem-se as
consideraes temticas, os aspectos tcnicos e as consideraes estatsticas.
CONSIDERAES GERAIS
Fowler (1998, p. 344) define um bom item como aquele que gera respostas
fidedignas e vlidas. Apresenta cinco caractersticas bsicas: (a) a pergunta
precisa ser compreendida consistentemente; (b) a pergunta precisa ser
comunicada consistentemente; (c) as expectativas quanto resposta adequada
precisam ser claras para o respondente; (d) a menos que se esteja verificando
conhecimento, os respondentes devem ter toda informao necessria; e (e) os
respondentes precisam estar dispostos a responder. Para assegurar tais atributos,
cada pergunta deve ser especfica, breve, clara, alm de escrita em vocabulrio
apropriado e correto.
- Quanto especificidade, contrasta-se: Qual o parque que voc gosta? com
Em que parque voc gosta de passear?
- Quanto brevidade, contrasta-se: Voc pode enumerar as atividades que
realiza no parque e se as mesmas envolvem poucas ou muitos colegas? com
Quais as atividades no parque?
- Quanto clareza, contrasta-se: De maneira geral, o que voc pensa sobre se
as atividades planejadas para o clube so importantes? com Que grau de
influncia voc tem no planejamento das atividades do clube?
- Quanto a vocabulrio, preciso pensar no nvel educacional dos
respondentes. A linguagem no pode ser complexa nem simples demais. O
Hartmut Gnther ([email protected])
16
17
18
19
20
No levo
desaforo para
casa.
21
Caractersticas da
Escala
Placas de carro,
Cor de cabelo,
Local de nascimento,
Estado civil
Equivalncia
='
Nominal
Nmeros ou smbolos
so utilizados somente
para identificar
pessoas, objetos, ou
categorias
Caractersticas podem
ser ordenadas numa
dimenso subjacente
Ordem de chegada,
Ordem de preferncia,
Status social,
Escala de Likert
alm da anterior um
item maior do que o
outro
>'
Intervalar
Caractersticas no
somente podem ser
ordenadas numa
dimenso subjacente,
mas intervalos tm
tamanho conhecido e
podem ser
comparados
Escalas de Thurstone,
Escala de Likert,
Estimativas de
distncias,
Temperatura em C
Razo
Alm das
caractersticas da
escala anterior, ainda
existe um ponto zero
absoluto
Salrio, Tamanho,
Tempo gasto com uma
tarefa
Ordinal
Exemplos
Caractersticas
Formais
Tabela 1: Caractersticas de Escalas nas Cincias Sociais (adaptado de Pasquali, 1997; Siegel, 1975;
22
23
... 4
24
25
26
27
Bortz & Dring (1995, p. 167) fazem referncia a um estudo de Matell & Jacoby (1971) em que
se argumenta que o nmero de alternativas no influencia a fidedignidade nem a validade a escala,
embora seja necessrio lembrar a capacidade discriminatria do respondente.
28
29
30
Baixo
Alto
Alto
Entrevista Pessoal
Questionrio enviado
via correio ou aplicado
em grupo
Entrevista via
Telefone
Questionrio enviado
via e-mail/internet.
31
dados que: (a) se assemelham a testes, (b) solicitam informaes mais objetivas
ou (c) coletam dados entre muitos respondentes que precisam ser apurados de
maneira rpida.
Considerando o segundo ator (o respondente), a maneira de apresentar os
estmulos, itens, deve corresponder s suas habilidades, sejam intelectuais (saber
ler) ou fsicas (ver, ouvir, discriminar cheiro ou gosto). O que foi dito a respeito
da compreenso da linguagem acima estende-se ao uso de smbolos e
fotografias. O entendido e interpretado como concordncia'? Aquela foto,
caso escolhida pelo respondente como representando um escritrio mais
confortvel, permite a inferncia de que o respondente dinmico?
Quanto ao modo de registrar as respostas de um survey, convm pensar, desde
o planejamento da pesquisa, no processamento e na anlise dos dados.
Enquanto respostas a perguntas abertas precisam ser decifradas, transcritas,
codificadas, digitadas e verificadas quanto consistncia face s demais respostas
(a proverbial mulher de 12 anos que relatou dois abortos e trs gravidezes), o
uso de um computador na apresentao dos itens e no registro das respostas
facilita a apurao e assegura maior fidedignidade aos dados.
Questionrios que contm apenas perguntas objetivas podem ser
acompanhados de um carto especial para registro das respostas, que por sua
vez pode ser lido mecanicamente. No caso da transcrio por algum dos dados
registrados numa folha de respostas, ou no prprio questionrio, deve-se pensar
nas capacidades de quem transcreve ou digita. Antes do instrumento ser
entregue ao digitador, deve ter sido limpo' de tal maneira que no requira
julgamento adicional por parte dele (p. ex., o respondente marcou um 3 ou um
4 naquele item).
O layout do questionrio deve permitir orientao no que diz respeito
seqncia da informao a ser transcrita. Se h texto como resposta a perguntas
abertas, no somente deve ser legvel, mas tambm claro. Outra questo
refere-se ao que deve ser transcrito: o texto todo? apenas uma parte? que parte?
O layout e as instrues ao respondente devem facilitar a leitura das respostas
pelo digitador. No caso de itens de escolha mltipla, devem ser apresentados
nmeros em vez de palavras ou letras e pedir que o respondente os circule em
vez de marcar com X.
32
ENTREVISTA PESSOAL
Do ponto de vista da estandardizao das perguntas e do potencial para
transcrever as respostas, a aplicao pessoal de instrumentos a mais
problemtica. Alm de exigir treinamento para os aplicadores e para as pessoas
que transcrevem as respostas (especialmente a perguntas abertas), o mtodo
mais demorado e mais caro. Sua vantagem permitir acesso a informaes mais
delicadas, parte ser indispensvel na fase inicial, estudo-piloto de qualquer tipo
de procedimento.
Em instrumentos auto-aplicveis pode-se trabalhar com imagens ou
apresentar vrias alternativas a uma pergunta. No caso de entrevistas, tal uso
mais complicado. Estmulos visuais podem ser preparados para apresentao
repetida a respondentes em entrevistas pessoais. J no caso de entrevistas por
telefone, as alternativas precisam ser curtas para que os respondentes no
tenham dificuldade de lembr-las.
QUESTIONRIO AUTO-APLICVEL VIA CORREIO OU EM GRUPO
Do ponto de vista da padronizao das perguntas, questionrios auto-aplicveis
reduzem essa fonte da variabilidade. No que se refere transcrio das
respostas, depende da proporo de perguntas abertas. A desvantagem mais
citada de survey por correio a taxa de resposta. Dillman (1972, 1978; Dillman,
Christenson, Carpenter & Brooks, 1974; Dillman & Frey, 1974) apresenta uma
srie de procedimentos que se tm mostrado eficazes para assegurar uma taxa
de devoluo acima de 50 por cento. Por outro lado, Krosnick (1999) cita
pesquisas mais recentes que sugerem que baixas taxas de resposta no significam
necessariamente baixo grau de representatividade, especialmente no caso de
amostras probabilsticas (vide tambm Fraser-Robinson, 1991).
ENTREVISTA PESSOAL VIA TELEFONE
Do ponto de vista da padronizao das perguntas e do potencial para transcrever
as respostas, a entrevista por telefone - especialmente com apoio de computador
- tem grande valor. Embora tambm precise do treinamento dos entrevistadores,
reduz-se consideravelmente o uso de papel, visto que as perguntas so
apresentadas na tela do computador para o entrevistador, que as l para o
entrevistado. A seqncia de perguntas pode ser programada de forma que,
dependendo da resposta, uma ou outra pergunta seja indicada para ser a
prxima. Admitindo que nem toda a populao tem acesso a telefone, preciso
UnB/IP/Laboratrio de Psicologia Ambiental
33
CONCLUSO
A presente captulo tratou de bases conceituais de questionrios, da estrutura
lgica, dos elementos e do contexto social da aplicao do instrumento.
Concluiu-se o texto com consideraes acerca de diferentes formas de
questionrios conforme a maneira de sua aplicao: entrevista individual, pelo
telefone, por correio convencional ou eletrnico.
REFERNCIAS
Aday, L. A. (1989). Designing and conducting health surveys. San Francisco: Jossey-Bass.
American Psychological Association. (1992). Ethical principles of psychologists and code of
conduct. American Psychologist, 47, 1597-1611.
Babbie, E. (1992). The practice of social research, 6th ed. Belmont, CA: Wadsworth.
Bingham, W. V. D., & Moore, B. V. (1934). How to interview. New York: Harper Collins.
Bortz, J. & Dring, N. (1995). Forschungsmethoden und Evaluation (2. Aufl.). Berlin: Springer..
34
Dillman, D. A. (1972). Increasing mail questionnaire response in large samples of the general
public. Public Opinion Quarterly, 36, 254-257.
Dillman, D. A. (1978). Mail and telephone surveys: The total design method. New York: Wiley.
Dillman, D. A., Christenson, J. A., Carpenter, E. H., & Brooks, R. M. (1974). Increasing mail
questionnaire response; A four state comparison. American Sociological Review, 39, 744-756.
Dillman, d., & Frey, J. H. (1974). Contribution of personalization to mail questionnaire
response as n element of a previously tested method. Journal of Applied Psychology, 59, 297-301.
Fink, A., & Kosecoff, J. (1985). How to conduct surveys: A step-by-step guide. Beverly Hills: Sage.
Fowler, F. J. (1998). Design and evaluation of survey questions. Em L. Bickman & D. J. Rog
(Eds.), Handbook of applied social research methods (pp. 343-374). Thousand Oaks, CA: Sage.
Frankel, M. (1983). Sampling theory. Em P. H. Rossi, J. D. Wright, & A. B. Anderson (eds.),
Handbook of survey research (pp. 21-67). Orlando, FL: Academic Press.
Fraser-Robinson, J. (1991). Mala direta eficaz (K. A. Roque, trad; J. A. Nascimento, reviso). So
Paulo, SP: Makron Books do Brasil (original publicado em 1989).
Gouveia, V. V., & Gnther, H. (1995). Taxa de resposta em levantamento de dados pelo
correio: o efeito de quatro variveis. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 11, 163-168.
Gnther, H., Brito, S. M. O., & Silva, M. S. M. M. (1989). Relao entrevistador - entrevistado:
Um exemplo de tcnica de entrevista com grupos marginalizados: Meninos na rua. Psicologia:
Reflexo e Crtica, 4 (1/2), 12-23.
Gnther, H. & Lopes, Jr., J. (1990). Perguntas abertas vs perguntas fechadas: Uma
comparao emprica. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 6, 203-213.
Henry, G. T. (1990). Practical sampling. Thousand Oaks, CA: Sage.
Henry, G. T. (1998). Practical sampling. Em L. Bickman & D. J. Rog (Eds.), Handbook of
applied social research methods (pp. 101-126). Thousand Oaks, CA: Sage.
Judd, Ch. M., Smith, E. R., & Kidder, L. H. (1992). Research methods in social relations, 6th ed.
Fort Worth, TX: Holt, Rinehart & Winston.
Kish, L. (1965). Survey sampling. New York: Wiley.
Kish, L. (1987). Statistical design for research. New York: Wiley.
Krosnick, J. A. (1999). Survey research. Annual Review of Psychology, 50, 537-567.
Lavrakas, P. J. (1993). Telephone survey methods: Sampling, selection, and supervision (2nd ed.).
Thousand Oaks: Sage.
Lavrakas, P. J. (1998). Methods for sampling and interviewing in telephone surveys. Em L.
Bickman & D. J. Rog (Eds.), Handbook of applied social research methods (pp. 429-472). Thousand
Oaks, CA: Sage.
Mangione, Th. W.. (1998). Mail surveys. Em L. Bickman & D. J. Rog (Eds.), Handbook of
applied social research methods (pp. 399-427). Thousand Oaks, CA: Sage.
Matell, M. S., & Jacoby, J. (1971). Is there an optimal number of alternatives for Likert scale
items? Study I: Reliability and validity. Educational and Psychological Measurement, 31, 657-674.
Milgram, S. (1974). Obedience to authority: An experimental view. New York: Harper & Row.
Moos, R. H. (1987). The social climate scales. A user's guide. Palo Alto, CA: Consulting
Psychologists Press, Inc.
UnB/IP/Laboratrio de Psicologia Ambiental
35
Pareek, U., & Rao, T. V. (1980). Cross-cultural surveys and interviewing. Em H. C. Triandis
& J. W. Berry (Eds.), Handbook of cross-cultural psychology: Methodology, vol. 2 (pp. 127-179). Boston:
Allyn & Bacon.
Pasquali, L. (1997). Psicometria: teoria e aplicaes. Braslia, DF: Editora UnB.
Rodeghier, M. (1996). Surveys with confidence: A practical guide to survey research using SPSS. Chicago:
SPSS Inc.
Rodrigues, A., Lobel, S. A., Jablonski, B., Monnerat, M., Corga, D., Diamico, K., Pereira, M.,
& Ferraz, A. (1988). A imagem do politico brasileiro. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 4, 2-11.
Schaffer, D. R., & Dillman, D. A. (1998). Development of a standard e-mail methodology.
Publica Opinion Quarterly, 3, 378-397.
Schuman, H., & Kalton, G. (1985). Survey methods. Em G. Lindzey & E. Aronson (eds.),
Handbook of social psychology, 3rd ed., Vol 1, (pp. 635-697). New York: Random House.
Schuman, H., & Presser, S. (1981). Questions and answers in attitude surveys: Experiments on question
form, wording , and context. New York: Academic Press.
Siegel, S. (1975). Estatstica no-paramtrica para as cincias do comportamento (trad. A. A. de Farias
e E. Nick). So Paulo: McGraw-Hill do Brasil. (obra original publicada em 1956).
Silva, A. V. da. (1999). Comportamentos de motoristas de nibus: itenerrio urbano, estressores ocupacionais
e estratgias de enfrentamento. Braslia: UnB, Dissertao de Mestrado.
Singer, E., van Hoewyk, J., & Maher, M. P. (1998). Does the payment of incentives create
expectation effects? Public Opinion Quarterly, 62, 152-164.
Solrzano, I. M. (1991). Padres de resposta e taxa de participao em levantamentos de campo: Aplicao
ao problema do rudo urbano. Braslia: UnB, Dissertao de Mestrado.
Sommer, R. (1991). Literal vs. metaphorical interpretations of scale terms: A serendipetous
natural experiment. Educational & Psychological Measurement, 51, 1009-1012.
Sommer, B., & Sommer, R. (1997). A practical guide to behavioral research: Tools and techniques (4th
ed.). New York: Oxford U Press.
Stevens, J. (1986). Applied multivariate statistics for the social sciences. Hillsdale, NJ: Lawrence
Erlbaum.
Sudman, S. (1983). Applied sampling. Em P. H. Rossi, J. D. Wright, & A. B. Anderson (Eds.),
Handbook of survey research (pp. 145 - 194). Orlando, FL: Academic Press.
Sudman, S., & Bradburn, N. M. (1982). Asking questions. San Francisco, CA: Jossey-Bass.
Tabachnick, B. G., & Fidell, L. S. (1996). Using multivariate statistics (3rd ed.). New York:
HarperCollins.
Williams, B. (1978). A sampler on sampling. New York: Wiley.
Yaremko, R. K., Harari, H., Harrison, R. C., & Lynn, E. (1986). Handbook of research and
quantitative methods in psychology. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum.
Zdep, S. M., Rhodes, I. N., Schwarz, R. M., & Kilkenny, M. J. (1989). The validity of the
randomized response technique. Em E. Singer & S. Presser (Eds.)., Survey research methods: A reader
(pp. 385-390). Chicago: U Chicago Press. (Originalmente em Public Opinion Quarterly, 1979, vol
43, nr 4).