Apostila Opção Ibge 2013
Apostila Opção Ibge 2013
Apostila Opção Ibge 2013
LNGUA PORTUGUESA:
I - Compreenso de texto. ................................................................................................................................. 1
II - Significao das palavras: sinnimos, antnimos, homnimos e parnimos. ............................................18
III - Pontuao. Estrutura e sequncia lgica de frases e pargrafos. ...........................................................16
IV - Ortografia oficial; acentuao grfica. ........................................................................................................ 9
V - Concordncia nominal e verbal. ................................................................................................................40
VI - Regncia nominal e verbal; crase. ............................................................................................................17
VII - Emprego dos verbos regulares, irregulares e anmalos. ........................................................................28
VIII - Emprego e colocao dos pronomes. .....................................................................................................42
RACIOCNIO LGICO:
I - Avaliao da habilidade do candidato em entender a estrutura lgica de relaes entre pessoas, lugares,
coisas ou eventos, deduzir novas informaes e avaliar as condies usadas para estabelecer a estrutura
daquelas relaes. II - As questes da prova podero tratar das seguintes reas: estruturas lgicas; lgica
de argumentao; diagramas lgicos; aritmtica; lgebra e geometria bsica. .................................. Pp 1 a 71
CONHECIMENTOS GERAIS:
I - Elementos da poltica e do cotidiano brasileiros (polticas pblicas, acontecimentos relevantes nacionais e
regionais). .......................................................................................................................................................... 1
II - Cultura e sociedade brasileira (msica, literatura, artes, arquitetura, rdio, cinema, teatro, jornais, revistas
e televiso). .....................................................................................................................................................25
III - Aspectos relevantes da Histria do Brasil (descobertas e inovaes cientficas na atualidade e seus impactos na sociedade contempornea). ...........................................................................................................34
IV - Panorama da economia nacional (aspectos locais e aspectos globais). ..................................................52
GEOGRAFIA:
I - Noes bsicas de Cartografia (orientao: pontos cardeais; localizao: coordenadas geogrficas, latitude, longitude e altitude; representao: leitura, escala, legendas e convenes). ........................................... 1
II - Aspectos fsicos e meio ambiente no Brasil (grandes domnios de clima, vegetao, relevo e hidrografia;
ecossistemas). .................................................................................................................................................10
III - Organizao do espao (agrrio: atividades econmicas, modernizao e conflitos; e urbano: atividades
econmicas, emprego e pobreza; rede urbana e regies metropolitanas). ....................................................22
IV - Dinmica da populao brasileira (fluxos migratrios, reas de crescimento e de perda populacional). 30
V - Formao Territorial e Diviso Poltico-Administrativa (organizao federativa). ......................................34
APOSTILAS OPO
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LNGUA PORTUGUESA
I - Compreenso de texto.
II - Significao das palavras: sinnimos, antnimos, homnimos e parnimos.
III - Pontuao. Estrutura e sequncia lgica de frases e pargrafos.
IV - Ortografia oficial; acentuao grfica.
V - Concordncia nominal e verbal.
VI - Regncia nominal e verbal; crase.
VII - Emprego dos verbos regulares, irregulares e anmalos.
VIII - Emprego e colocao dos pronomes.
01. Ler todo o texto, procurando ter uma viso geral do assunto;
02. Se encontrar palavras desconhecidas, no interrompa a leitura, v
at o fim, ininterruptamente;
03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos
umas trs vezes ou mais;
04. Ler com perspiccia, sutileza, malcia nas entrelinhas;
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06. No permitir que prevaleam suas ideias sobre as do autor;
07. Partir o texto em pedaos (pargrafos, partes) para melhor compreenso;
08. Centralizar cada questo ao pedao (pargrafo, parte) do texto correspondente;
09. Verificar, com ateno e cuidado, o enunciado de cada questo;
10. Cuidado com os vocbulos: destoa (=diferente de ...), no, correta,
incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que
aparecem nas perguntas e que, s vezes, dificultam a entender o que se
perguntou e o que se pediu;
11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais
exata ou a mais completa;
12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de
lgica objetiva;
13. Cuidado com as questes voltadas para dados superficiais;
14. No se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta,
mas a opo que melhor se enquadre no sentido do texto;
15. s vezes a etimologia ou a semelhana das palavras denuncia a
resposta;
16. Procure estabelecer quais foram as opinies expostas pelo autor,
definindo o tema e a mensagem;
17. O autor defende ideias e voc deve perceb-las;
18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito so importantssimos na interpretao do texto.
Ex.: Ele morreu de fome.
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realizao
do fato (= morte de "ele").
Ex.: Ele morreu faminto.
faminto: predicativo do sujeito, o estado em que "ele" se encontrava
quando morreu.;
19. As oraes coordenadas no tm orao principal, apenas as ideias esto coordenadas entre si;
20. Os adjetivos ligados a um substantivo vo dar a ele maior clareza
de expresso, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. Eraldo
Cunegundes
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
TEXTO NARRATIVO
Lngua Portuguesa
APOSTILAS OPO
As personagens secundrias, que so chamadas tambm de comparsas, so os figurantes de influencia menor, indireta, no decisiva na narrao.
Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de personagem: as planas: que so definidas por um trao caracterstico, elas no
alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e
tendem caricatura; as redondas: so mais complexas tendo uma dimenso psicolgica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas reaes
perante os acontecimentos.
Descrever fazer uma representao verbal dos aspectos mais caractersticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc.
As perspectivas que o observador tem do objeto so muito importantes,
tanto na descrio literria quanto na descrio tcnica. esta atitude que
vai determinar a ordem na enumerao dos traos caractersticos para que
o leitor possa combinar suas impresses isoladas formando uma imagem
unificada.
Uma boa descrio vai apresentando o objeto progressivamente, variando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a
pouco.
Podemos encontrar distines entre uma descrio literria e outra tcnica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas:
Descrio Literria: A finalidade maior da descrio literria
transmitir a impresso que a coisa vista desperta em nossa mente
atravs do sentidos. Da decorrem dois tipos de descrio: a subjetiva, que reflete o estado de esprito do observador, suas preferncias, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e no o
Narrador: observador e personagem: O narrador, como j dissemos, a personagem que est a contar a histria. A posio em
que se coloca o narrador para contar a histria constitui o foco, o
Lngua Portuguesa
TEXTO DESCRITIVO
APOSTILAS OPO
que v realmente; j a objetiva traduz a realidade do mundo objetivo, fenomnico, ela exata e dimensional.
Descrio de Personagem: utilizada para caracterizao das
personagens, pela acumulao de traos fsicos e psicolgicos,
pela enumerao de seus hbitos, gestos, aptides e temperamento, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, social e econmico .
Descrio de Paisagem: Neste tipo de descrio, geralmente o
observador abrange de uma s vez a globalidade do panorama,
para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as
partes mais tpicas desse todo.
Descrio do Ambiente: Ela d os detalhes dos interiores, dos
ambientes em que ocorrem as aes, tentando dar ao leitor uma
visualizao das suas particularidades, de seus traos distintivos e
tpicos.
Descrio da Cena: Trata-se de uma descrio movimentada,
que se desenvolve progressivamente no tempo. a descrio de
um incndio, de uma briga, de um naufrgio.
Descrio Tcnica: Ela apresenta muitas das caractersticas gerais da literatura, com a distino de que nela se utiliza um vocabulrio mais preciso, salientando-se com exatido os pormenores.
predominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer
convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanismos, a fenmenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc.
TEXTO DISSERTATIVO
Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertao consta de uma srie de juzos a respeito de um determinado assunto ou questo, e pressupe um exame critico do assunto sobre o qual se vai escrever
com clareza, coerncia e objetividade.
A aprovao das Cotas para negros vem reparar uma divida moral e
um dano social. Oferecer oportunidade igual de ingresso no Ensino Superior ao negro por meio de polticas afirmativas uma forma de admitir a
diferena social marcante na sociedade e de igualar o acesso ao mercado
de trabalho.
Citao ou aluso: Esse recurso garante defesa da tese carter de autoridade e confere credibilidade ao discurso argumentativo, pois
se apoia nas palavras e pensamentos de outrem que goza de prestigio.
As pessoas chegam ao ponto de uma criana morrer e os pais no
chorarem mais, trazerem a criana, jogarem num bolo de mortos, virarem
as costas e irem embora. O comentrio do fotgrafo Sebastio Salgado
sobre o que presenciou na Ruanda um chamado conscincia pblica.
Exemplificao: O processo narrativo ou descritivo da exemplificao pode conferir argumentao leveza a cumplicidade. Porm,
deve-se tomar cuidado para que esse recurso seja breve e no interfira
no processo persuasivo.
Noite de quarta-feira nos Jardins, bairro paulistano de classe mdia.
Restaurante da moda, frequentado por jovens bem-nascidos, sofre o segundo arrasto do ms. Clientes e funcionrios so assaltados e ameaados de morte. O cotidiano violento de So Paulo se faz presente.
O TEXTO ARGUMENTATIVO
Pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Sade de So Paulo aponta que as maiores vtimas do abuso sexual so as crianas menores de 12 anos. Elas representam 43% dos 1.926 casos de violncia sexual atendidos pelo Programa Bem-Me-Quer, do Hospital Prola Byington.
Lngua Portuguesa
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O aspecto mais polmico era a venda de bebidas alcolicas nos estdios. A lei eliminou o veto federal, mas no exclui que os organizadores
precisem negociar a permisso em alguns Estados, como So Paulo.
Proposta: Revela autonomia critica do produtor do texto e garante mais credibilidade ao processo argumentativo.
Recolher de forma digna e justa os usurios de crack que buscam
ajuda, oferecer tratamento humano dever do Estado. No faz sentido
isolar para fora dos olhos da sociedade uma chaga que pertence a todos. Mundograduado.org
Portanto, as universidades e instituies de pesquisas em geral precisam agir rapidamente na elaborao de pacotes cientficos com vistas a
combater os resultados caticos da falta de conscientizao humana. Nada
melhor do que a cincia para direcionar formas prticas de amenizarmos a
ferida que tomou conta do nosso Planeta Azul. Prof Francinete
Modelo de Dissertao-Argumentativa
Meio-ambiente e tecnologia: no h contraste, h soluo
Uma das maiores preocupaes do sculo XXI a preservao ambiental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobrevivncia humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quando analisados, so equivocadamente colocados em oposio tecnologia.
Portanto, as universidades e instituies de pesquisas em geral precisam agir rapidamente na elaborao de pacotes cientficos com vistas a
combater os resultados caticos da falta de conscientizao humana. Nada
melhor do que a cincia para direcionar formas prticas de amenizarmos a
ferida que tomou conta do nosso Planeta Azul.
A ideia principal, como voc pode observar, refere-se a uma ao perigosa, agravada pelo aparecimento de um trem. As ideias secundrias
complementam a ideia principal, mostrando como o primo do narrador
conseguiu sair-se da perigosa situao em que se encontrava.
Uma das maiores preocupaes do sculo XXI a preservao ambiental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobrevivncia humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quando analisados, so equivocadamente colocados em oposio tecnologia.
Os dois filhos do sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram aproveitar o bom tempo. Pegaram um animal, montaram e seguiram contentes pelos campos, levando um farto lanche, preparado pela me.
Nesse trecho, h dois pargrafos.
Lngua Portuguesa
APOSTILAS OPO
res
No livro de Elisa Guimares, A Articulao do Texto, a autora procura
esclarecer as dvidas referentes formao e compreenso de um texto
e do seu contexto.
Os dois filhos do sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram aproveitar o bom tempo.
Ideia secundrias:
Pegaram um animal, montaram e seguiram contentes pelos campos,
levando um farto lanche, preparado pela me.
Agora que j vimos alguns exemplos, voc deve estar se perguntando:
Afinal, de que tamanho o pargrafo?
Bem, o que podemos responder que no h como apontar um padro, no que se refere ao tamanho ou extenso do pargrafo.
Completando o processo de formao de um texto, a autora nos esclarece que a economia de linguagem facilita a compreenso dele, sendo
indispensvel uma ligao entre as partes, mesmo havendo um corte de
trechos considerados no essenciais.
Quando o tema a situao comunicativa (p.7), a autora nos esclarece a relao texto X contexto, onde um essencial para esclarecermos o
outro, utilizando-se de palavras que recebem diferentes significados conforme so inseridas em um determinado contexto; nos levando ao entendimento de que no podemos considerar isoladamente os seus conceitos e
sim analis-los de acordo com o contexto semntico ao qual est inserida.
Essas observaes so muito teis para quem est iniciando os trabalhos de redao. Com o tempo, a prtica dir quando e como usar pargrafos pequenos, grandes ou muito grandes.
At aqui, vimos que o pargrafo apresenta em sua estrutura, uma ideia
principal e outras secundrias. Isso no significa, no entanto, que sempre a
ideia principal aparea no incio do pargrafo. H casos em que a ideia
secundria inicia o pargrafo, sendo seguida pela ideia principal. Veja o
exemplo:
Esta economia textual facilita no caminho de transmisso entre o enunciador e o receptor do texto que procura condensar as informaes recebidas a fim de se deter ao ncleo informativo (p.17), este sim, primordial a
qualquer informao.
A autora tambm apresenta diversas formas de classificao do discurso e do texto, porm, detenhamo-nos na diviso de texto informativo e de
um texto literrio ou ficcional.
Observe que a ideia mais importante est contida na frase: Logo percebi que se tratava de um terremoto, que aparece no final do pargrafo.
As outras frases (ou ideias) apenas explicam ou comprovam a afirmao:
as estacas tremiam fortemente, e duas ou trs vezes, o solo estremeceu
violentamente sob meus ps e estas esto localizadas no incio do pargrafo.
Esta relao semntica presente nos textos ocorre devido s interpretaes feitas da realidade pelo interlocutor, que utiliza a chamada semntica referencial (p.31) para causar esta busca mental no receptor atravs de
palavras semanticamente semelhantes que fora enunciada, porm, existe
ainda o que a autora denominou de inexistncia de sinnimo perfeito
(p.30) que so sinnimos porm quando posto em substituio um ao outro
no geram uma coerncia adequada ao entendimento.
importante frisar, tambm, que a ideia principal e as ideias secundrias no so ideias diferentes e, por isso, no podem ser separadas
em pargrafos diferentes. Ao selecionarmos as ideias secundrias devemos verificar as que realmente interessam ao desenvolvimento da ideia
principal e mant-las juntas no mesmo pargrafo. Com isso, estaremos
evitando e repetio de palavras e assegurando a sua clareza. importante, ao termos vrias ideias secundrias, que sejam identificadas aquelas
que realmente se relacionam ideia principal. Esse cuidado de grande
valia ao se redigir pargrafos sobre qualquer assunto.
Lngua Portuguesa
Seguindo ainda neste linear das substituies, existem ainda as nominaes e a elipse, onde na primeira, o sentido inicialmente expresso por
5
APOSTILAS OPO
Porm preciso especificar que para que haja a elipse o termo elptico
deve estar perfeitamente claro no contexto. Este conceito e os demais j
ditos anteriormente so primordiais para a compreenso e produo textual, uma vez que contribuem para a economia de linguagem, fator de grande
valor para tais feitos.
Ao abordar os conceitos de coeso e coerncia, a autora procura primeiramente retomar a noo de que a construo do texto feita atravs
de referentes lingusticos (p.38) que geram um conjunto de frases que iro
constituir uma microestrutura do texto (p.38) que se articula com a estrutura semntica geral. Porm, a dificuldade de se separar a coeso da coerncia est no fato daquela est inserida nesta, formando uma linha de
raciocnio de fcil compreenso, no entanto, quando ocorre uma incoerncia textual, decorrente da incompatibilidade e no exatido do que foi
escrito, o leitor tambm capaz de entender devido a sua fcil compreenso apesar da m articulao do texto.
A coeso e a coerncia trazem a caracterstica de promover a interrelao semntica entre os elementos do discurso, respondendo pelo que
chamamos de conectividade textual. A coerncia diz respeito ao nexo
entre os conceitos; e a coeso, expresso desse nexo no plano lingustico (VAL, Maria das Graas Costa. Redao e textualidade, 1991, p.7)
No captulo que diz respeito s noes de estrutura, Elisa Guimares,
busca ressaltar o nvel sinttico representado pelas coordenaes e subordinaes que fixam relaes de equivalncia ou hierarquia respectivamente.
Um fato importante dentro do livro A Articulao do Texto, o valor atribudo s estruturas integrantes do texto, como o ttulo, o pargrafo, as inter e
intrapartes, o incio e o fim e tambm, as superestruturas.
O ttulo funciona como estratgica de articulao do texto podendo desempenhar papis que resumam os seus pontos primordiais, como tambm, podem ser desvendados no decorrer da leitura do texto.
Os pargrafos esquematizam o raciocnio do escritos, como enuncia
Othon Moacir Garcia:
O pargrafo facilita ao escritor a tarefa de isolar e depois ajustar convenientemente as ideias principais da sua composio, permitindo ao leitor
acompanhar-lhes o desenvolvimento nos seus diferentes estgios.
bom relembrar, que dentro do pargrafo encontraremos o chamado
tpico frasal, que resumir a principal ideia do pargrafo no qual esta
inserido; e tambm encontraremos, segundo a autora, dez diferentes tipos
de pargrafo, cada qual com um ponto de vista especfico.
No que diz respeito ao tpico Inicio e fim, Elisa Guimares preferiu abord-los de forma mtua j que um consequncia ou decorrncia do
outro; ficando a organizao da narrativa com uma forma de estrutura
clssica e seguindo uma linha sequencial j esperada pelo leitor, onde o
incio alimenta a esperana de como vir a ser o texto, enquanto que o fim
exercer uma funo de dar um destaque maior ao fechamento do texto, o
que tambm, alimenta a imaginao tanto do leito, quanto do prprio autor.
Lngua Portuguesa
APOSTILAS OPO
2.
possvel observar que os articuladores relacionam os argumentos diferentemente. Podemos, inclusive, agrup-los, conforme a relao que
estabelecem.
Relaes de:
adio: os conectores articula sequencialmente frases cujos contedos
se adicionam a favor de uma mesma concluso: e, tambm, no
s...como tambm, tanto...como, alm de, alm disso, ainda, nem.
Na maioria dos casos, as frases somadas no so permutveis, isto ,
a ordem em que ocorrem os fatos descritos deve ser respeitada.
Ele entrou, dirigiu-se escrivaninha e sentou-se.
alternncia: os contedos alternativos das frases so articulados por
conectores como ou, ora...ora, seja...seja. O articulador ou pode expressar incluso ou excluso.
Ele no sabe se conclui o curso ou abandona a Faculdade.
oposio: os conectores articulam sequencialmente frases cujos contedos se opem. So articuladores de oposio: mas, porm, todavia,
entretanto, no entanto, no obstante, embora, apesar de (que), ainda
que, se bem que, mesmo que, etc.
O candidato foi aprovado, mas no fez a matrcula.
condicionalidade: essa relao expressa pela combinao de duas
proposies: uma introduzida pelo articulador se ou caso e outra por ento
(consequente), que pode vir implcito. Estabelece-se uma relao entre o
antecedente e o consequente, isto , sendo o antecedente verdadeiro ou
possvel, o consequente tambm o ser.
Os diticos exercem, por excelncia, essa funo de progresso textual, dada sua caracterstica: so elementos que no significam, apenas
indicam, remetem aos componentes da situao comunicativa. J os componentes concentram em si a significao. Referem os participantes do ato
de comunicao, o momento e o lugar da enunciao.
Maria da Graa Costa Val lembra que esses recursos expressam relaes no s entre os elementos no interior de uma frase, mas tambm
entre frases e sequncias de frases dentro de um texto.
No s a coeso explcita possibilita a compreenso de um texto. Muitas vezes a comunicao se faz por meio de uma coeso implcita, apoiada no conhecimento mtuo anterior que os participantes do processo
comunicativo tm da lngua.
Estudei
tanto que
passei no vestibular.
Estudei muito
por isso
passei no vestibular
_________________ ____________________
causa
consequncia
Como estudei
Por ter estudado muito
___________________
causa
ARTICULAO
Os articuladores (tambm chamados nexos ou conectores) so conjunes, advrbios e preposies responsveis pela ligao entre si dos fatos
denotados num texto, Eles exprimem os diferentes tipos de interdependncia de sentido das frases no processo de sequencializao textual. As
ideias ou proposies podem se relacionar indicando causa, consequncia,
finalidade, etc.
Lngua Portuguesa
passei no vestibular
passei no vestibular
___________________
consequncia
APOSTILAS OPO
Narrador
um ser intradiegtico, ou seja, um ser que pertence histria que
est sendo narrada. Est claro que um preposto do autor, mas isso no
significa que defenda nem compartilhe suas ideias. Se assim fosse, Machado de Assis seria um crpula como Bentinho ou um bgamo, porque,
casado com Carolina Xavier de Novais, casou-se tambm com Capitu, foi
amante de Virglia e de um sem-nmero de mulheres que permeiam seus
contos e romances.
Concluso: um enunciado introduzido por articuladores como portanto, logo, pois, ento, por conseguinte, estabelece uma concluso em
relao a algo dito no enunciado anterior:
Assistiu a todas as aulas e realizou com xito todos os exerccios. Portanto tem condies de se sair bem na prova.
importante salientar que os articuladores conclusivos no se limitam
a articular frases. Eles podem articular pargrafos, captulos.
FONTICA E FONOLOGIA
Em sentido mais elementar, a Fontica o estudo dos sons ou dos fonemas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os
quais caracterizam a oposio entre os vocbulos.
Ex.: em pato e bato o som inicial das consoantes p- e b- que ope entre
si as duas palavras. Tal som recebe a denominao de FONEMA.
Explicao ou justificativa: os articuladores do tipo pois, que, porque introduzem uma justificativa ou explicao a algo j anteriormente
referido.
Lngua Portuguesa
APOSTILAS OPO
VOGAIS
a, e, i, o, u
A E I O U
SEMIVOGAIS
S h duas semivogais: i e u, quando se incorporam vogal numa
mesma slaba da palavra, formando um ditongo ou tritongo. Exs.: cai-a-ra, tesou-ro, Pa-ra-guai.
CONSOANTES
B Cb,
D c,
F Gd,Hf,Jg,K h,
L j,
M l,N m,
K Pn,Rp,Sq,T r,
V s,
X t,Z v,
Y x,
Wz
NOTAES LXICAS
So certos sinais grficos que se juntam s letras, geralmente para lhes
dar um valor fontico especial e permitir a correta pronncia das palavras.
ENCONTROS VOCLICOS
A sequncia de duas ou trs vogais em uma palavra, damos o nome de
encontro voclico.
Ex.: cooperativa
So os seguintes:
1) o acento agudo indica vogal tnica aberta: p, av, lgrimas;
2) o acento circunflexo indica vogal tnica fechada: av, ms, ncora;
3) o acento grave sinal indicador de crase: ir cidade;
4) o til indica vogal nasal: l, m;
5) a cedilha d ao c o som de ss: moa, lao, aude;
6) o apstrofo indica supresso de vogal: me-dgua, pau-dalho;
o hfen une palavras, prefixos, etc.: arcos-ris, peo-lhe, ex-aluno.
ORTOGRAFIA OFICIAL
HIATO
o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente, em duas diferentes emisses de voz.
Ex.: fa-s-ca, sa--de, do-er, a-or-ta, po-di-a, ci--me, po-ei-ra, cru-el, ju-zo
DISTINO ENTRE J E G
1. Escrevem-se com J:
a) As palavras de origem rabe, africana ou amerndia: canjica. cafajeste,
canjer, paj, etc.
b) As palavras derivadas de outras que j tm j: laranjal (laranja), enrijecer, (rijo), anjinho (anjo), granjear (granja), etc.
c) As formas dos verbos que tm o infinitivo em JAR. despejar: despejei,
despeje; arranjar: arranjei, arranje; viajar: viajei, viajeis.
d) O final AJE: laje, traje, ultraje, etc.
e) Algumas formas dos verbos terminados em GER e GIR, os quais
mudam o G em J antes de A e O: reger: rejo, reja; dirigir: dirijo, dirija.
SLABA
D-se o nome de slaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados
numa s emisso de voz.
Quanto ao nmero de slabas, o vocbulo classifica-se em:
Monosslabo - possui uma s slaba: p, mel, f, sol.
Disslabo - possui duas slabas: ca-sa, me-sa, pom-bo.
Trisslabo - possui trs slabas: Cam-pi-nas, ci-da-de, a-tle-ta.
Polisslabo - possui mais de trs slabas: es-co-la-ri-da-de, hos-pi-tali-da-de.
2. Escrevem-se com G:
a) O final dos substantivos AGEM, IGEM, UGEM: coragem, vertigem,
ferrugem, etc.
b) Excees: pajem, lambujem. Os finais: GIO, GIO, GIO e GIO:
estgio, egrgio, relgio refgio, prodgio, etc.
c) Os verbos em GER e GIR: fugir, mugir, fingir.
TONICIDADE
Nas palavras com mais de uma slaba, sempre existe uma slaba que se
pronuncia com mais fora do que as outras: a slaba tnica.
Exs.: em l-gri-ma, a slaba tnica l; em ca-der-no, der; em A-ma-p,
p.
Considerando-se a posio da slaba tnica, classificam-se as palavras
DISTINO ENTRE S E Z
em:
1. Escrevem-se com S:
a) O sufixo OSO: cremoso (creme + oso), leitoso, vaidoso, etc.
b) O sufixo S e a forma feminina ESA, formadores dos adjetivos ptrios
ou que indicam profisso, ttulo honorfico, posio social, etc.: portugus portuguesa, campons camponesa, marqus marquesa,
burgus burguesa, monts, pedrs, princesa, etc.
c) O sufixo ISA. sacerdotisa, poetisa, diaconisa, etc.
d) Os finais ASE, ESE, ISE e OSE, na grande maioria se o vocbulo for
erudito ou de aplicao cientfica, no haver dvida, hiptese, exegese anlise, trombose, etc.
e) As palavras nas quais o S aparece depois de ditongos: coisa, Neusa,
causa.
f) O sufixo ISAR dos verbos referentes a substantivos cujo radical termina
em S: pesquisar (pesquisa), analisar (anlise), avisar (aviso), etc.
g) Quando for possvel a correlao ND - NS: escandir: escanso; preten-
ENCONTROS CONSONANTAIS
a sequncia de dois ou mais fonemas consonnticos num vocbulo.
Ex.: atleta, brado, creme, digno etc.
DGRAFOS
So duas letras que representam um s fonema, sendo uma grafia composta para um som simples.
Lngua Portuguesa
APOSTILAS OPO
Lngua Portuguesa
APOSTILAS OPO
A par e ao par
A par indica o sentido voltado para ciente, estar informado acerca de
algo:
Ele no estava a par de todos os acontecimentos.
Ao par representa uma expresso que indica igualdade, equivalncia ente
valores financeiros:
Algumas moedas estrangeiras esto ao par.
Demais e de mais
Demais pode atuar como advrbio de intensidade, denotando o sentido de
muito:
A vtima gritava demais aps o acidente.
Tal palavra pode tambm representar um pronome indefinido, equivalendose aos outros, aos restantes:
No se importe com o que falam os demais.
De mais se ope a de menos, fazendo referncia a um substantivo ou a
um pronome:
Ele no falou nada de mais.
Seno e se no
Seno tem sentido equivalente a caso contrrio ou a no ser:
bom que se apresse, seno poder chegar atrasado.
Se no se emprega a oraes subordinadas condicionais, equivalendo-se
a caso no:
Se no chover iremos ao passeio.
Na medida em que e medida que
Na medida em que expressa uma relao de causa, equivalendo-se a
porque, uma vez que e j que:
Na medida em que passava o tempo, a saudade ia ficando cada vez mais
apertada.
medida que indica a ideia relativa proporo, desenvolvimento gradativo:
medida que iam aumentando os gritos, as pessoas se aglomeravam
ainda mais.
Nenhum e nem um
Nenhum representa o oposto de algum:
Nenhum aluno fez a pesquisa.
Nem um equivale a nem sequer um:
Nem uma garota ganhar o prmio, quem dir todas as competidoras.
Dia a dia e dia-a-dia (antes da nova reforma ortogrfica grafado com
hfen):
Antes do novo acordo ortogrfico, a expresso dia-a-dia, cujo sentido
fazia referncia ao cotidiano, era grafada com hfen. Porm, depois de
instaurado, passou a ser utilizada sem dele, ou seja:
O dia a dia dos estudantes tem sido bastante conturbado.
J dia a dia, sem hfen mesmo antes da nova reforma, atua como uma
locuo adverbial referente a todos os dias e permaneceu sem nenhuma
alterao, ou seja:
Ela vem se mostrando mais competente dia a dia.
Por que
O por que tem dois empregos diferenciados:
Quando for a juno da preposio por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuir o significado de por qual razo ou por qual motivo:
Exemplos: Por que voc no vai ao cinema? (por qual razo)
No sei por que no quero ir. (por qual motivo)
Quando for a juno da preposio por + pronome relativo que, possuir o
significado de pelo qual e poder ter as flexes: pela qual, pelos quais,
pelas quais.
Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)
Por qu
Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamao, o por
qu dever vir acentuado e continuar com o significado de por qual
motivo, por qual razo.
Exemplos: Vocs no comeram tudo? Por qu?
Andar cinco quilmetros, por qu? Vamos de carro.
Porque
conjuno causal ou explicativa, com valor aproximado de pois, uma
vez que, para que.
Exemplos: No fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)
No v fazer intrigas porque prejudicar voc mesmo. (uma vez que)
Porqu
substantivo e tem significado de o motivo, a razo. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
Exemplos: O porqu de no estar conversando porque quero estar concentrada. (motivo)
Diga-me um porqu para no fazer o que devo. (uma razo)
Por Sabrina Vilarinho
FORMAS VARIANTES
Existem palavras que apresentam duas grafias. Nesse caso, qualquer
uma delas considerada correta. Eis alguns exemplos.
aluguel ou aluguer
hem? ou hein?
alpartaca, alpercata ou alpargata imundcie ou imundcia
amdala ou amgdala
infarto ou enfarte
assobiar ou assoviar
laje ou lajem
assobio ou assovio
lantejoula ou lentejoula
azala ou azaleia
nen ou nenen
bbado ou bbedo
nhambu, inhambu ou nambu
blis ou bile
quatorze ou catorze
cibra ou cimbra
surripiar ou surrupiar
carroaria ou carroceria
taramela ou tramela
chimpanz ou chipanz
relampejar, relampear, relampeguear
debulhar ou desbulhar
ou relampar
fleugma ou fleuma
porcentagem ou percentagem
Lngua Portuguesa
11
APOSTILAS OPO
ORTOGRAFIA OFICIAL
Novo Acordo Ortogrfico
O Novo Acordo Ortogrfico visa simplificar as regras ortogrficas
da Lngua Portuguesa e aumentar o prestgio social da lngua no cenrio
internacional. Sua implementao no Brasil segue os seguintes parmetros:
2009 vigncia ainda no obrigatria, 2010 a 2012 adaptao completa
dos livros didticos s novas regras; e a partir de 2013 vigncia obrigatria em todo o territrio nacional. Cabe lembrar que esse Novo Acordo
Ortogrfico j se encontrava assinado desde 1990 por oito pases que
falam a lngua portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas s agora que teve
sua implementao.
equvoco afirmar que este acordo visa uniformizar a lngua, j que uma
lngua no existe apenas em funo de sua ortografia. Vale lembrar que a
ortografia apenas um aspecto superficial da escrita da lngua, e que as
diferenas entre o Portugus falado nos diversos pases lusfonos subsistiro em questes referentes pronncia, vocabulrio e gramtica. Uma
lngua muda em funo de seus falantes e do tempo, no por meio de Leis
ou Acordos.
Alfabeto
A influncia do ingls no nosso idioma agora oficial. H muito tempo as
letras k, w e y faziam parte do nosso idioma, isto no nenhuma novidade. Elas j apareciam em unidades de medidas, nomes prprios
e palavras importadas do idioma ingls, como:
km quilmetro,
kg quilograma
Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros.
Lngua Portuguesa
Trema
No se usa mais o trema em palavras do portugus. Quem digita muito
textos cientficos no computador sabe o quanto dava trabalho escrever
lingustica, frequncia. Ele s vai permanecer em nomes prprios e seus
ns
cip
avs
comps
s
rob
av
p-los
comp-los
di
mi
anzis
Jerusalm
Ms
Sap
Caf
Vocs
pontaps
portugus
v-lo
Conhec-los
F
Vu
cu
Chapus
parabns
APOSTILAS OPO
Eles tm
Ele vem
Eles vm
Lngua Portuguesa
pr-histria
anti-higinico
sub-heptico
super-homem
APOSTILAS OPO
Anti-inflamatrio
neoliberalismo
Supra-auricular
extraoficial
Arqui-inimigo
semicrculo
sub-bibliotecrio superintendente
Quanto ao R e o S, se o prefixo terminar em vogal, a consoante dever
ser dobrada:
suprarrenal (supra+renal)
ultrassonografia (ultra+sonografia)
minissaia
antissptico
contrarregra
megassaia
Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, no se unem de jeito
nenhum.
Sub-reino
ab-rogar
sob-roda
ATENO!
Quando dois R ou S se encontrarem, permanece a regra geral: letras
iguais, SEPARA.
super-requintado
super-realista
inter-resistente
CONTINUAMOS A USAR O HFEN
Diante dos prefixos ex-, sota-, soto-, vice- e vizo-:
Ex-diretor, Ex-hospedeira, Sota-piloto, Soto-mestre, Vice-presidente ,
Vizo-rei
Diante de ps-, pr- e pr-, quando TEM SOM FORTE E ACENTO.
ps-tnico, pr-escolar, pr-natal, pr-labore
pr-africano, pr-europeu, ps-graduao
Diante de pan-, circum-, quando juntos de vogais.
Pan-americano, circum-escola
OBS. Circunferncia junto, pois est diante da consoante F.
NOTA: Veja como fica estranha a pronncia se no usarmos o hfen:
Exesposa, sotapiloto, panamericano, vicesuplente, circumescola.
ATENO!
No se usa o hfen diante de CO-, RE-, PRE (SEM ACENTO)
Coordenar
reedio
preestabelecer
Coordenao
refazer
preexistir
Coordenador
reescrever prever
Coobrigar
relembrar
Cooperao
reutilizao
Cooperativa
reelaborar
O ideal para memorizar essas regras, lembre-se, conhecer e usar pelo
menos uma palavra de cada prefixo. Quando bater a dvida numa palavra,
compare-a palavra que voc j sabe e escreva-a duas vezes: numa voc
usa o hfen, na outra no. Qual a certa? Confie na sua memria! Uma delas
vai te parecer mais familiar.
Lngua Portuguesa
14
Ms
Sap
Caf
Vocs
pontaps
portugus
v-lo
Conhec-los
F
Vu
cu
Chapus
parabns
ns
cip
avs
comps
s
rob
av
p-los
comp-los
di
mi
anzis
Jerusalm
APOSTILAS OPO
Resumindo:
S no acentuamos oxtonas terminadas em I ou U, a no ser que
seja um caso de hiato. Por exemplo: as palavras ba, a, Esa e atralo so acentuadas porque as semivogais i e u esto tnicas nestas
palavras.
2. Acentuamos as palavras paroxtonas quando terminadas em:
Eles tm
Ele vem
Eles vm
Lngua Portuguesa
15
APOSTILAS OPO
des-mai-a-do
ra-diou-vin-te
te-a-tro
du-e-lo
a-mn-sia
co-lhei-ta
pneu-mo-ni-a
dig-no
e-clip-se
mag-n-lia
Respostas:
1. b
2. d
3. d
4. d
5. a
6. a
7. c
im-bui-a
ca-o-lho
co-e-lho
v-a-mos
gno-mo
quei-jo
fe--ri-co
e-nig-ma
Is-ra-el
SINAIS DE PONTUAO
DIVISO SILBICA
No se separam as letras que formam os dgrafos CH, NH, LH, QU,
GU.
1- chave: cha-ve
aquele: a-que-le
palha: pa-lha
manh: ma-nh
guizo: gui-zo
No se separam as letras dos encontros consonantais que apresentam
a seguinte formao: consoante + L ou consoante + R
2emblema:
em-ble-ma
abrao:
a-bra-o
reclamar:
re-cla-mar
recrutar:
re-cru-tar
flagelo:
fla-ge-lo
drama:
dra-ma
globo:
glo-bo
fraco:
fra-co
implicar:
im-pli-car
agrado:
a-gra-do
atleta:
a-tle-ta
atraso:
a-tra-so
prato:
pra-to
PONTO
O ponto empregado em geral para indicar o final de uma frase declarativa. Ao trmino de um texto, o ponto conhecido como final. Nos casos
comuns ele chamado de simples.
Tambm usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.C. (depois de Cristo), a.C. (antes de Cristo), E.V. (rico Verssimo).
PONTO DE INTERROGAO
usado para indicar pergunta direta.
Onde est seu irmo?
s vezes, pode combinar-se com o ponto de exclamao.
A mim ?! Que ideia!
PONTO DE EXCLAMAO
4-
Lngua Portuguesa
VRGULA
A vrgula deve ser empregada toda vez que houver uma pequena pausa na fala. Emprega-se a vrgula:
Nas datas e nos endereos:
So Paulo, 17 de setembro de 1989.
Largo do Paissandu, 128.
No vocativo e no aposto:
Meninos, prestem ateno!
Termpilas, o meu amigo, escritor.
Nos termos independentes entre si:
O cinema, o teatro, a praia e a msica so as suas diverses.
Com certas expresses explicativas como: isto , por exemplo. Neste
caso usado o duplo emprego da vrgula:
Ontem teve incio a maior festa da minha cidade, isto , a festa da padroeira.
Aps alguns adjuntos adverbiais:
No dia seguinte, viajamos para o litoral.
Com certas conjunes. Neste caso tambm usado o duplo emprego
da vrgula:
Isso, entretanto, no foi suficiente para agradar o diretor.
Aps a primeira parte de um provrbio.
O que os olhos no vem, o corao no sente.
Em alguns casos de termos oclusos:
Eu gostava de ma, de pra e de abacate.
RETICNCIAS
16
APOSTILAS OPO
PONTO E VRGULA
COLCHETES [ ]
DOIS PONTOS
ASTERISCO
O asterisco muito empregado para chamar a ateno do leitor para
alguma nota (observao).
BARRA
A barra muito empregada nas abreviaes das datas e em algumas
abreviaturas.
CRASE
TRAVESSO
Marca, nos dilogos, a mudana de interlocutor, ou serve para isolar
palavras ou frases
"Quais so os smbolos da ptria?
Que ptria?
Da nossa ptria, ora bolas!" (P. M Campos).
"Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava, chovia, parava outra
vez.
a claridade devia ser suficiente p'ra mulher ter avistado mais alguma
coisa". (M. Palmrio).
Usa-se para separar oraes do tipo:
Avante!- Gritou o general.
A lua foi alcanada, afinal - cantava o poeta.
Usa-se tambm para ligar palavras ou grupo de palavras que formam
uma cadeia de frase:
A estrada de ferro Santos Jundia.
A ponte Rio Niteri.
A linha area So Paulo Porto Alegre.
ASPAS
So usadas para:
Indicar citaes textuais de outra autoria.
"A bomba no tem endereo certo." (G. Meireles)
Para indicar palavras ou expresses alheias ao idioma em que se
expressa o autor: estrangeirismo, grias, arcaismo, formas populares:
H quem goste de jazz-band.
No achei nada "legal" aquela aula de ingls.
Para enfatizar palavras ou expresses:
Apesar de todo esforo, achei-a irreconhecvel" naquela noite.
Ttulos de obras literrias ou artsticas, jornais, revistas, etc.
"Fogo Morto" uma obra-prima do regionalismo brasileiro.
Em casos de ironia:
A "inteligncia" dela me sensibiliza profundamente.
Veja como ele educado" - cuspiu no cho.
PARNTESES
Empregamos os parnteses:
Nas indicaes bibliogrficas.
"Sede assim qualquer coisa.
serena, isenta, fiel".
(Meireles, Ceclia, "Flor de Poemas").
Nas indicaes cnicas dos textos teatrais:
"Mos ao alto! (Joo automaticamente levanta as mos, com os olhos
fora das rbitas. Amlia se volta)".
(G. Figueiredo)
Quando se intercala num texto uma ideia ou indicao acessria:
Lngua Portuguesa
EMPREGO DA CRASE
em locues adverbiais:
vezes, s pressas, toa...
em locues prepositivas:
em frente , procura de...
em locues conjuntivas:
medida que, proporo que...
pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, a,
as
Fui ontem quele restaurante.
Falamos apenas quelas pessoas que estavam no salo:
Refiro-me quilo e no a isto.
A CRASE FACULTATIVA
diante de pronomes possessivos femininos:
Entreguei o livro a() sua secretria .
diante de substantivos prprios femininos:
Dei o livro (a) Snia.
17
APOSTILAS OPO
NO OCORRE CRASE
Semntica
Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.
Lngua Portuguesa
18
APOSTILAS OPO
gordo - obeso
morrer - falecer
Sinnimos Perfeitos e Imperfeitos
Os sinnimos podem ser perfeitos ou imperfeitos.
Sinnimos Perfeitos
Se o significado idntico.
Exemplos:
avaro avarento,
lxico vocabulrio,
falecer morrer,
escarradeira cuspideira,
lngua idioma
catorze - quatorze
Sinnimos Imperfeitos
Se os signIficados so prximos, porm no idnticos.
Exemplos: crrego riacho, belo formoso
Antnimo
Antnimo o nome que se d palavra que tenha significado contrrio
(tambm oposto ou inverso) outra.
O emprego de antnimos na construo de frases pode ser um recurso
estilstico que confere ao trecho empregado uma forma mais erudita ou que
chame ateno do leitor ou do ouvinte.
PalaAntnimo
vra
aberto
fechado
alto
baixo
bem
mal
bom
mau
bonito
feio
dede menos
mais
doce
salgado
forte
fraco
gordo
magro
salgainsosso
do
amor
dio
seco
molhado
grosso fino
duro
mole
doce
amargo
grande pequeno
soberhumildade
ba
louvar
censurar
bendimaldizer
zer
ativo
inativo
simpantiptico
tico
Lngua Portuguesa
proregredir
gredir
rpido
lento
sair
entrar
soziacompanho
nhado
condiscrdia
crdia
pesaleve
do
quente frio
preausente
sente
escuro claro
inveja
admirao
Homgrafo
Homgrafos so palavras iguais ou parecidas na escrita e diferentes na
pronncia.
Exemplos
Homfonas heterogrficas
Homfonas homogrficas
Homfonas heterogrficas
Como o nome j diz, so palavras homfonas (iguais na pronncia), mas
heterogrficas (diferentes na escrita).
Exemplos
cozer / coser;
cozido / cosido;
censo / senso
consertar / concertar
conselho / concelho
pao / passo
noz / ns
hera / era
ouve / houve
voz / vs
cem / sem
acento / assento
Homfonas homogrficas
Como o nome j diz, so palavras homfonas (iguais na pronncia), e
homogrficas (iguais na escrita).
Exemplos
Ele janta (verbo) / A janta est pronta (substantivo); No caso,
janta inexistente na lngua portuguesa por enquanto, j que
deriva do substantivo jantar, e est classificado como
neologismo.
Eu passeio pela rua (verbo) / O passeio que fizemos foi bonito
(substantivo).
Parnimo
Parnimo uma palavra que apresenta sentido diferente e forma
semelhante a outra, que provoca, com alguma frequncia, confuso. Essas
palavras apresentam grafia e pronncia parecida, mas com significados
diferentes.
O parnimos pode ser tambm palavras homfonas, ou seja, a
pronncia de palavras parnimas pode ser a mesma.Palavras parnimas
so aquelas que tm grafia e pronncia parecida.
Exemplos
Veja alguns exemplos de palavras parnimas:
19
APOSTILAS OPO
PREFIXO
o elemento mrfico que vem antes do radical.
Exs.: anti - heri
in - feliz
SUFIXO
o elemento mrfico que vem depois do radical.
Exs.: med - onho
cear ense
Exs.:
cinzeiro = cinza + eiro
endoidecer = en + doido + ecer
predizer = pre + dizer
RADICAL
Lngua Portuguesa
20
APOSTILAS OPO
Siglas: a formao de siglas utiliza as letras iniciais de uma sequncia de palavras (Academia Brasileira de Letras - ABL). A partir de
siglas, formam-se outras palavras tambm (aidtico, petista)
Neologismo: nome dado ao processo de criao de novas palavras, ou para palavras que adquirem um novo significado. Pciconcursos
SUBSTANTIVOS
Substantivo a palavra varivel em gnero, nmero e grau, que d nome aos seres em geral.
So, portanto, substantivos.
a) os nomes de coisas, pessoas, animais e lugares: livro, cadeira, cachorra,
Valria, Talita, Humberto, Paris, Roma, Descalvado.
b) os nomes de aes, estados ou qualidades, tomados como seres: trabalho, corrida, tristeza beleza altura.
CLASSIFICAO DOS SUBSTANTIVOS
a) COMUM - quando designa genericamente qualquer elemento da espcie:
rio, cidade, pais, menino, aluno
b) PRPRIO - quando designa especificamente um determinado elemento.
Os substantivos prprios so sempre grafados com inicial maiscula: Tocantins, Porto Alegre, Brasil, Martini, Nair.
c) CONCRETO - quando designa os seres de existncia real ou no, propriamente ditos, tais como: coisas, pessoas, animais, lugares, etc. Verifique que sempre possvel visualizar em nossa mente o substantivo concreto, mesmo que ele no possua existncia real: casa, cadeira, caneta,
fada, bruxa, saci.
d) ABSTRATO - quando designa as coisas que no existem por si, isto , s
existem em nossa conscincia, como fruto de uma abstrao, sendo,
pois, impossvel visualiz-lo como um ser. Os substantivos abstratos vo,
portanto, designar aes, estados ou qualidades, tomados como seres:
trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza.
Os substantivos abstratos, via de regra, so derivados de verbos ou adjetivos
trabalhar
- trabalho
correr
- corrida
alto
- altura
belo
- beleza
COLETIVOS
Coletivo o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo
de seres da mesma espcie.
Veja alguns coletivos que merecem destaque:
alavo - de ovelhas leiteiras
alcateia - de lobos
lbum - de fotografias, de selos
antologia - de trechos literrios escolhidos
armada - de navios de guerra
Lngua Portuguesa
Gnero
Em Portugus, o substantivo pode ser do gnero masculino ou feminino: o lpis, o caderno, a borracha, a caneta.
21
APOSTILAS OPO
anais
belas-artes
condolncias
exquias
fezes
culos
psames
copas, espadas, ouros e paus (naipes)
So femininos
o grama (unidade de peso) a abuso
o d (pena, compaixo)
a aluvio
o gape
a anlise
o caudal
a cal
o champanha
a cataplasma
o alvar
a dinamite
o formicida
a comicho
o guaran
a aguardente
o plasma
o cl
a derme
a omoplata
a usucapio
a bacanal
a lbido
a sentinela
a hlice
Lngua Portuguesa
22
APOSTILAS OPO
por exemplo, de: fruta-po, fruta-pes ou frutas-pes; guardamarinha, guarda-marinhas ou guardas-marinhas; padre-nosso, padres-nossos ou padre-nossos; salvo-conduto, salvos-condutos ou
salvo-condutos; xeque-mate, xeques-mates ou xeques-mate.
Gnero
Quanto ao gnero, o adjetivo pode ser:
a) Uniforme: quando apresenta uma nica forma para os dois gneros: homem inteligente - mulher inteligente; homem simples - mulher simples; aluno feliz - aluna feliz.
b) Biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, outra para o feminino: homem simptico / mulher simptica / homem
alto / mulher alta / aluno estudioso / aluna estudiosa
Adjetivos Compostos
Nos adjetivos compostos, apenas o ltimo elemento se flexiona.
Ex.:histrico-geogrfico, histrico-geogrficos; latino-americanos, latinoamericanos; cvico-militar, cvico-militares.
1) Os adjetivos compostos referentes a cores so invariveis, quando o
segundo elemento um substantivo: lentes verde-garrafa, tecidos
amarelo-ouro, paredes azul-piscina.
2) No adjetivo composto surdo-mudo, os dois elementos variam: surdos-mudos > surdas-mudas.
3) O composto azul-marinho invarivel: gravatas azul-marinho.
Observao: no que se refere ao gnero, a flexo dos adjetivos semelhante a dos substantivos.
Nmero
a) Adjetivo simples
Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os
substantivos simples:
pessoa honesta
pessoas honestas
regra fcil
regras fceis
homem feliz
homens felizes
Observao: os substantivos empregados como adjetivos ficam invariveis:
blusa vinho
blusas vinho
camisa rosa
camisas rosa
b) Adjetivos compostos
Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o ltimo elemento varia, tanto em gnero quanto em nmero:
Graus do substantivo
Dois so os graus do substantivo - o aumentativo e o diminutivo, os quais
podem ser: sintticos ou analticos.
Analtico
Utiliza-se um adjetivo que indique o aumento ou a diminuio do tamanho: boca pequena, prdio imenso, livro grande.
Sinttico
acordos scio-poltico-econmico
acordos scio-poltico-econmicos
causa scio-poltico-econmica
causas scio-poltico-econmicas
acordo luso-franco-brasileiro
acordo luso-franco-brasileiros
lente cncavo-convexa
lentes cncavo-convexas
camisa verde-clara
camisas verde-claras
sapato marrom-escuro
sapatos marrom-escuros
Observaes:
1) Se o ltimo elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invarivel:
camisa verde-abacate
camisas verde-abacate
sapato marrom-caf
sapatos marrom-caf
blusa amarelo-ouro
blusas amarelo-ouro
2) Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariveis:
blusa azul-marinho
blusas azul-marinho
camisa azul-celeste
camisas azul-celeste
3) No adjetivo composto (como j vimos) surdo-mudo, ambos os elementos
variam:
menino surdo-mudo
meninos surdos-mudos
menina surda-muda
meninas surdas-mudas
Observaes:
Alguns aumentativos e diminutivos, em determinados contextos, adquirem valor pejorativo: medicastro, poetastro, velhusco, mulherzinha, etc.
Outros associam o valor aumentativo ao coletivo: povaru, fogaru, etc.
usual o emprego dos sufixos diminutivos dando s palavras valor afetivo: Joozinho, amorzinho, etc.
H casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo meramente formal, pois no do palavra nenhum daqueles dois sentidos: cartaz,
ferro, papelo, carto, folhinha, etc.
Muitos adjetivos flexionam-se para indicar os graus aumentativo e diminutivo, quase sempre de maneira afetiva: bonitinho, grandinho, bonzinho, pequenito.
Apresentamos alguns substantivos heternimos ou desconexos. Em lugar de indicarem o gnero pela flexo ou pelo artigo, apresentam radicais
diferentes para designar o sexo:
bode - cabra
genro - nora
burro - besta
padre - madre
carneiro - ovelha
padrasto - madrasta
co - cadela
padrinho - madrinha
cavalheiro - dama
pai - me
compadre - comadre
veado - cerva
frade - freira
zango - abelha
frei soror
etc.
ADJETIVOS
FLEXO DOS ADJETIVOS
Lngua Portuguesa
Graus do Adjetivo
As variaes de intensidade significativa dos adjetivos podem ser expressas em dois graus:
- o comparativo
- o superlativo
Comparativo
Ao compararmos a qualidade de um ser com a de outro, ou com uma
outra qualidade que o prprio ser possui, podemos concluir que ela igual,
superior ou inferior. Da os trs tipos de comparativo:
- Comparativo de igualdade:
O espelho to valioso como (ou quanto) o vitral.
Pedro to saudvel como (ou quanto) inteligente.
- Comparativo de superioridade:
O ao mais resistente que (ou do que) o ferro.
Este automvel mais confortvel que (ou do que) econmico.
- Comparativo de inferioridade:
A prata menos valiosa que (ou do que) o ouro.
Este automvel menos econmico que (ou do que) confortvel.
Ao expressarmos uma qualidade no seu mais elevado grau de intensidade, usamos o superlativo, que pode ser absoluto ou relativo:
- Superlativo absoluto
23
APOSTILAS OPO
Crsega - corso
Crocia - croata
Egito - egpcio
Equador - equatoriano
Filipinas - filipino
Florianpolis - florianopolitano
Fortaleza - fortalezense
Gabo - gabons
Genebra - genebrino
Goinia - goianense
Groenlndia - groenlands
Guin - guinu, guineense
Himalaia - himalaico
Hungria - hngaro, magiar
Iraque - iraquiano
Joo Pessoa - pessoense
La Paz - pacense, pacenho
Macap - macapaense
Macei - maceioense
Madri - madrileno
Maraj - marajoara
Moambique - moambicano
Montevidu - montevideano
Normndia - normando
Pequim - pequins
Porto - portuense
Quito - quitenho
Santiago - santiaguense
So Paulo (Est.) - paulista
So Paulo (cid.) - paulistano
Terra do Fogo - fueguino
Trs Coraes - tricordiano
Tripoli - tripolitano
Veneza - veneziano
Lngua Portuguesa
EI Salvador - salvadorenho
Esprito Santo - esprito-santense,
capixaba
vora - eborense
Finlndia - finlands
Formosa - formosano
Foz do lguau - iguauense
Galiza - galego
Gibraltar - gibraltarino
Granada - granadino
Guatemala - guatemalteco
Haiti - haitiano
Honduras - hondurenho
Ilhus - ilheense
Jerusalm - hierosolimita
Juiz de Fora - juiz-forense
Lima - limenho
Macau - macaense
Madagscar - malgaxe
Manaus - manauense
Minho - minhoto
Mnaco - monegasco
Natal - natalense
Nova lguau - iguauano
Pisa - pisano
Pvoa do Varzim - poveiro
Rio de Janeiro (Est.) - fluminense
Rio de Janeiro (cid.) - carioca
Rio Grande do Norte - potiguar
Salvador salvadorenho, soteropolitano
Toledo - toledano
Rio Grande do Sul - gacho
Varsvia - varsoviano
Vitria - vitoriense
Locues Adjetivas
As expresses de valor adjetivo, formadas de preposies mais substantivos, chamam-se LOCUES ADJETIVAS. Estas, geralmente, podem
ser substitudas por um adjetivo correspondente.
PRONOMES
Pronome a palavra varivel em gnero, nmero e pessoa, que representa ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso.
Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome
substantivo.
Ele chegou. (ele)
Convidei-o. (o)
Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a extenso de seu significado, dizemos tratar-se de pronome adjetivo.
Esta casa antiga. (esta)
Meu livro antigo. (meu)
Classificao dos Pronomes
H, em Portugus, seis espcies de pronomes:
pessoais: eu, tu, ele/ela, ns, vs, eles/elas e as formas oblquas
de tratamento:
possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexes;
demonstrativos: este, esse, aquele e flexes; isto, isso, aquilo;
relativos: o qual, cujo, quanto e flexes; que, quem, onde;
indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, pouco, vrios, tanto quanto, qualquer e flexes; algum, ningum, tudo, outrem, nada, cada, algo.
interrogativos: que, quem, qual, quanto, empregados em frases interrogativas.
PRONOMES PESSOAIS
Pronomes pessoais so aqueles que representam as pessoas do discurso:
1 pessoa:
quem fala, o emissor.
24
APOSTILAS OPO
2 pessoa:
3 pessoa:
Eu sai (eu)
Ns samos (ns)
Convidaram-me (me)
Convidaram-nos (ns)
com quem se fala, o receptor.
Tu saste (tu)
Vs sastes (vs)
Convidaram-te (te)
Convidaram-vos (vs)
de que ou de quem se fala, o referente.
Ele saiu (ele)
Eles sairam (eles)
Convidei-o (o)
Convidei-os (os)
PESSOA
1
2
3
1
2
3
CASO RETO
eu
tu
ele, ela
ns
vs
eles, elas
CASO OBLQUO
me, mim, comigo
te, ti, contigo
se, si, consigo, o, a, lhe
ns, conosco
vs, convosco
se, si, consigo, os, as, lhes
PRONOMES DE TRATAMENTO
Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento. Referem-se pessoa a quem se fala, embora a concordncia
deva ser feita com a terceira pessoa. Convm notar que, exceo feita a
voc, esses pronomes so empregados no tratamento cerimonioso.
Veja, a seguir, alguns desses pronomes:
PRONOME
Vossa Alteza
Vossa Eminncia
Vossa Excelncia
Magnificncia
Vossa Reverendssima
Vossa Santidade
Vossa Senhoria
Vossa Majestade
ABREV.
V. A.
V .Ema
V.Exa
V. Mag a
V. Revma
V.S.
V.Sa
V.M.
EMPREGO
prncipes, duques
cardeais
altas autoridades em geral Vossa
reitores de universidades
sacerdotes em geral
papas
funcionrios graduados
reis, imperadores
cs.
Lngua Portuguesa
APOSTILAS OPO
finitivo:
Deixei-o sair.
Vi-o chegar.
Sofia deixou-se estar janela.
1.
fcil perceber a funo do sujeito dos pronomes oblquos, desenvolvendo as oraes reduzidas de infinitivo:
Deixei-o sair = Deixei que ele sasse.
10. No se considera errada a repetio de pronomes oblquos:
A mim, ningum me engana.
A ti tocou-te a mquina mercante.
Nesses casos, a repetio do pronome oblquo no constitui pleonasmo vicioso e sim nfase.
2.
3.
COLOCAO DE PRONOMES
Em relao ao verbo, os pronomes tonos (ME, TE, SE, LHE, O, A,
NS, VS, LHES, OS, AS) podem ocupar trs posies:
1. Antes do verbo - prclise
Eu te observo h dias.
2. Depois do verbo - nclise
Observo-te h dias.
3. No interior do verbo - mesclise
Observar-te-ei sempre.
nclise
Na linguagem culta, a colocao que pode ser considerada normal a
nclise: o pronome depois do verbo, funcionando como seu complemento
direto ou indireto.
O pai esperava-o na estao agitada.
Expliquei-lhe o motivo das frias.
Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo cuidadoso, a
nclise a colocao recomendada nos seguintes casos:
1. Quando o verbo iniciar a orao:
Voltei-me em seguida para o cu lmpido.
2. Quando o verbo iniciar a orao principal precedida de pausa:
Como eu achasse muito breve, explicou-se.
3. Com o imperativo afirmativo:
Companheiros, escutai-me.
4. Com o infinitivo impessoal:
A menina no entendera que engorda-las seria apressar-lhes um
destino na mesa.
5. Com o gerndio, no precedido da preposio EM:
E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo.
6. Com o verbo que inicia a coordenada assindtica.
A velha amiga trouxe um leno, pediu-me uma pequena moeda de meio
Lngua Portuguesa
4.
Prclise
Na linguagem culta, a prclise recomendada:
Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos,
interrogativos e conjunes.
As crianas que me serviram durante anos eram bichos.
Tudo me parecia que ia ser comida de avio.
Quem lhe ensinou esses modos?
Quem os ouvia, no os amou.
Que lhes importa a eles a recompensa?
Emlia tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez.
Nas oraes optativas (que exprimem desejo):
Papai do cu o abenoe.
A terra lhes seja leve.
Com o gerndio precedido da preposio EM:
Em se animando, comea a contagiar-nos.
Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse.
Com advrbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja
pausa entre eles.
Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova.
Antes, falava-se to-somente na aguardente da terra.
Mesclise
Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presente
e do futuro do pretrito do indicativo, desde que estes verbos no estejam
precedidos de palavras que reclamem a prclise.
Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris.
Dir-se-ia vir do oco da terra.
Mas:
No me lembrarei de alguns belos dias em Paris.
Jamais se diria vir do oco da terra.
Com essas formas verbais a nclise inadmissvel:
Lembrarei-me (!?)
Diria-se (!?)
PRONOMES POSSESSIVOS
Os pronomes possessivos referem-se s pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.
Quando digo, por exemplo, meu livro, a palavra meu informa que o
livro pertence a 1 pessoa (eu)
Eis as formas dos pronomes possessivos:
1 pessoa singular: MEU, MINHA, MEUS, MINHAS.
2 pessoa singular: TEU, TUA, TEUS, TUAS.
3 pessoa singular: SEU, SUA, SEUS, SUAS.
1 pessoa plural: NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS.
26
APOSTILAS OPO
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
So aqueles que determinam, no tempo ou no espao, a posio da
coisa designada em relao pessoa gramatical.
Quando digo este livro, estou afirmando que o livro se encontra perto
de mim a pessoa que fala. Por outro lado, esse livro indica que o livro est
longe da pessoa que fala e prximo da que ouve; aquele livro indica que o
livro est longe de ambas as pessoas.
Lngua Portuguesa
APOSTILAS OPO
PRONOMES RELATIVOS
Veja este exemplo:
Armando comprou a casa QUE lhe convinha.
Algo o incomoda?
Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve.
No faas a outrem o que no queres que te faam.
Quem avisa amigo .
Encontrei quem me pode ajudar.
Ele gosta de quem o elogia.
2. So pronomes indefinidos adjetivos: CADA, CERTO, CERTOS, CERTA
CERTAS.
Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem vrias profisses.
Certo dia apareceu em casa um reprter famoso.
PRONOMES INTERROGATIVOS
Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se de
modo impreciso 3 pessoa do discurso.
Exemplos:
Que h?
Que dia hoje?
Reagir contra qu?
Por que motivo no veio?
Quem foi?
Qual ser?
Quantos vm?
Quantas irms tens?
Feminino
a qual
as quais
cuja
cujas
quanta
quantas
INVARIVEIS
quem
que
onde
Observaes:
1. O pronome relativo QUEM s se aplica a pessoas, tem antecedente,
vem sempre antecedido de preposio, e equivale a O QUAL.
O mdico de quem falo meu conterrneo.
2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem
sempre um substantivo sem artigo.
Qual ser o animal cujo nome a autora no quis revelar?
3. QUANTO(s) e QUANTA(s) so pronomes relativos quando precedidos
de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas.
Tenho tudo quanto quero.
Leve tantos quantos precisar.
Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou.
4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a
EM QUE.
A casa onde (= em que) moro foi de meu av.
PRONOMES INDEFINIDOS
Estes pronomes se referem 3 pessoa do discurso, designando-a de
modo vago, impreciso, indeterminado.
1. So pronomes indefinidos substantivos: ALGO, ALGUM, FULANO,
SICRANO, BELTRANO, NADA, NINGUM, OUTREM, QUEM, TUDO
Exemplos:
Lngua Portuguesa
VERBO
CONCEITO
As palavras em destaque no texto abaixo exprimem aes, situandoas no tempo.
Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a receita de como mat-las. Que misturasse em partes iguais acar, farinha e
gesso. A farinha e o acar as atrairiam, o gesso esturricaria dentro elas.
Assim fiz. Morreram.
(Clarice Lispector)
Essas palavras so verbos. O verbo tambm pode exprimir:
a) Estado:
No sou alegre nem sou triste.
Sou poeta.
b) Mudana de estado:
Meu av foi buscar ouro.
Mas o ouro virou terra.
c) Fenmeno:
Chove. O cu dorme.
VERBO a palavra varivel que exprime ao, estado, mudana de
estado e fenmeno, situando-se no tempo.
FLEXES
O verbo a classe de palavras que apresenta o maior nmero de flexes na lngua portuguesa. Graas a isso, uma forma verbal pode trazer em
si diversas informaes. A forma CANTVAMOS, por exemplo, indica:
a ao de cantar.
a pessoa gramatical que pratica essa ao (ns).
o nmero gramatical (plural).
o tempo em que tal ao ocorreu (pretrito).
o modo como encarada a ao: um fato realmente acontecido no
passado (indicativo).
que o sujeito pratica a ao (voz ativa).
Portanto, o verbo flexiona-se em nmero, pessoa, modo, tempo e voz.
1. NMERO: o verbo admite singular e plural:
O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singular).
Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (plural).
2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as trs pessoas gramaticais:
1 pessoa: aquela que fala. Pode ser
a) do singular - corresponde ao pronome pessoal EU. Ex.: Eu adormeo.
b) do plural - corresponde ao pronome pessoal NS. Ex.: Ns adormecemos.
2 pessoa: aquela que ouve. Pode ser
28
APOSTILAS OPO
Lngua Portuguesa
como por exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que indicam fenmenos naturais, como CHOVER, TROVEJAR, etc.
d) abundantes - so aqueles que possuem mais de uma forma com o
mesmo valor. Geralmente, essa caracterstica ocorre no particpio: matado - morto - enxugado - enxuto.
e) anmalos - so aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugao.
verbo ser: sou - fui
verbo ir: vou - ia
APOSTILAS OPO
pessoa do singular:
Vai haver eleies em outubro.
Comeou a haver reclamaes.
No pode haver umas sem as outras.
Parecia haver mais curiosos do que interessados.
Mas haveria outros defeitos, devia haver outros.
A expresso correta HAJA VISTA, e no HAJA VISTO. Pode ser
construda de trs modos:
Hajam vista os livros desse autor.
Haja vista os livros desse autor.
Haja vista aos livros desse autor.
Lngua Portuguesa
SER
ESTAR
TER
PRESENTE
sou
estou
tenho
s
ests
tens
est
tem
somos
estamos
temos
sois
estais
tendes
so
esto
tm
PRETRITO PERFEITO
era
estava
tinha
eras
estavas
tinhas
era
estava
tinha
ramos
estvamos
tnhamos
reis
estveis
tnheis
eram
estavam
tinham
PRETRITO PERFEITO SIMPLES
fui
estive
tive
foste
estiveste
tiveste
foi
esteve
teve
fomos
estivemos
tivemos
fostes
estivestes
tivestes
foram
estiveram
tiveram
PRETRITO PERFEITO COMPOSTO
tenho sido
tenho estado tenho tido
tens sido
tens estado
tens tido
tem sido
tem estado
tem tido
temos sido
temos estado temos tido
tendes sido
tendes esta- tendes tido
30
HAVER
hei
hs
h
havemos
haveis
ho
havia
havias
havia
havamos
haves
haviam
houve
houveste
houve
houvemos
houvestes
houveram
tenho havido
tens havido
tem havido
temos havido
tendes havi-
APOSTILAS OPO
do
do
tm sido
tm estado
tm tido
tm havido
PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES
fora
estivera
tivera
houvera
foras
estiveras
tiveras
houveras
fora
estivera
tivera
houvera
framos
estivramos
tivramos
houvramos
freis
estivreis
tivreis
houvreis
foram
estiveram
tiveram
houveram
PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO
tinha, tinhas, tinha, tnhamos, tnheis, tinham (+sido, estado, tido
, havido)
FUTURO DO PRESENTE SIMPLES
serei
estarei
terei
haverei
sers
estars
ters
haver
ser
estar
ter
haver
seremos
estaremos
teremos
haveremos
sereis
estareis
tereis
havereis
sero
estaro
tero
havero
FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO
terei, ters, ter, teremos, tereis, tero, (+sido, estado, tido,
havido)
FUTURO
DO
PRETRITO
SIMPLES
seria
estaria
teria
haveria
serias
estarias
terias
haverias
seria
estaria
teria
haveria
seramos
estaramos
teramos
haveramos
serieis
estareis
tereis
havereis
seriam
estariam
teriam
haveriam
FUTURO DO PRETRITO COMPOSTO
teria, terias, teria, teramos, tereis, teriam (+ sido, estado, tido,
havido)
PRESENTE SUBJUNTIVO
seja
esteja
tenha
haja
sejas
estejas
tenhas
hajas
seja
esteja
tenha
haja
sejamos
estejamos
tenhamos
hajamos
sejais
estejais
tenhais
hajais
sejam
estejam
tenham
hajam
PRETRITO IMPERFEITO SIMPLES
fosse
estivesse
tivesse
houvesse
fosses
estivesses
tivesses
houvesses
fosse
estivesse
tivesse
houvesse
fssemos
estivssemos tivssemos
houvssemos
fsseis
estivsseis
tivsseis
houvsseis
fossem
estivessem
tivessem
houvessem
PRETRITO PERFEITO COMPOSTO
tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham (+ sido, estado, tido, havido)
PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO
tivesse, tivesses, tivesses, tivssemos, tivsseis, tivessem ( +
sido, estado, tido, havido)
FUTURO SIMPLES
se eu for
se eu estiver se eu tiver
se eu houver
se tu fores
se tu estive- se tu tiveres
se tu houveres
res
se ele for
se ele estiver se ele tiver
se ele houver
se ns formos
se ns esti- se ns tiver- se ns houvermos
mos
vermos
se vs fordes
se vs esti- se vs tiver- se vs houverdes
des
verdes
se eles forem
se eles esti- se eles tive- se eles houverem
rem
verem
FUTURO COMPOSTO
tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem (+sido, estado,
tido, havido)
AFIRMATIVO IMPERATIVO
s tu
est tu
tem tu
h tu
seja voc
esteja voc
tenha voc
haja voc
sejamos ns
estejamos
tenhamos
hajamos ns
ns
ns
sede vs
estai vs
tende vs
havei vs
sejam vocs
estejam
tenham
hajam vocs
vocs
vocs
NEGATIVO
Lngua Portuguesa
no sejas tu
no estejas
tu
no seja voc
no
esteja
voc
no
sejamos no
estejans
mos ns
no sejais vs
no estejais
vs
no sejam vocs no estejam
vocs
IMPESSOAL INFINITIVO
ser
estar
IMPESSOAL COMPOSTO
Ter sido
ter estado
PESSOAL
ser
estar
seres
estares
ser
estar
sermos
estarmos
serdes
estardes
serem
estarem
SIMPLES GERNDIO
sendo
estando
COMPOSTO
tendo sido
tendo estado
PARTICPIO
sido
estado
no tenhas tu
no hajas tu
no
tenha
voc
no
tenhamos ns
no tenhais
vs
no tenham
vocs
no
haja
voc
no hajamos
ns
no
hajais
vs
no
hajam
vocs
ter
haver
ter tido
ter havido
ter
teres
ter
termos
terdes
terem
haver
haveres
haver
havermos
haverdes
haverem
tendo
havendo
tendo tido
tendo havido
tido
havido
CONJUGAES VERBAIS
PRESENTE
canto
vendo
parto
cantas
vendes
partes
canta
vende
parte
cantamos
vendemos
partimos
cantais
vendeis
partis
cantam
vendem
partem
PRETRITO IMPERFEITO
cantava
vendia
partia
cantavas
vendias
partias
cantava
vendia
partia
cantvamos
vendamos
partamos
cantveis
vendeis
parteis
cantavam
vendiam
partiam
PRETRITO PERFEITO SIMPLES
cantei
vendi
parti
cantaste
vendeste
partiste
cantou
vendeu
partiu
cantamos
vendemos
partimos
cantastes
vendestes
partistes
cantaram
venderam
partiram
PRETRITO PERFEITO COMPOSTO
tenho, tens, tem, temos, tendes, tm (+ cantado, vendido, partido)
PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES
cantara
vendera
partira
cantaras
venderas
partiras
cantara
vendera
partira
cantramos
vendramos
partramos
cantreis
vendreis
partreis
cantaram
venderam
partiram
PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO
tinha, tinhas, tinha, tnhamos, tnheis, tinham (+ cantando, vendido, partido)
Obs.: Tambm se conjugam com o auxiliar haver.
FUTURO DO PRESENTE SIMPLES
cantarei
venderei
partirei
cantars
venders
partirs
cantar
vender
partir
cantaremos
venderemos
partiremos
cantareis
vendereis
partireis
cantaro
vendero
partiro
FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO
terei, ters, ter, teremos, tereis, tero (+ cantado, vendido, partido)
Obs.: Tambm se conjugam com o auxiliar haver.
FUTURO DO PRETRITO SIMPLES
cantaria
venderia
partiria
cantarias
venderias
partirias
31
APOSTILAS OPO
cantaria
venderia
partiria
cantaramos
venderamos
partiramos
cantareis
vendereis
partireis
cantariam
venderiam
partiriam
FUTURO DO PRETRITO COMPOSTO
teria, terias, teria, teramos, tereis, teriam (+ cantado, vendido, partido)
FUTURO DO PRETRITO COMPOSTO
teria, terias, teria, teramos, tereis, teriam, (+ cantado, vendido, partido)
Obs.: tambm se conjugam com o auxiliar haver.
PRESENTE SUBJUNTIVO
cante
venda
parta
cantes
vendas
partas
cante
venda
parta
cantemos
vendamos
partamos
canteis
vendais
partais
cantem
vendam
partam
PRETRITO IMPERFEITO
cantasse
vendesse
partisse
cantasses
vendesses
partisses
cantasse
vendesse
partisse
cantssemos
vendssemos
partssemos
cantsseis
vendsseis
partsseis
cantassem
vendessem
partissem
PRETRITO PERFEITO COMPOSTO
tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham (+ cantado, vendido, partido)
Obs.: tambm se conjugam com o auxiliar haver.
FUTURO SIMPLES
cantar
vender
partir
cantares
venderes
partires
cantar
vender
partir
cantarmos
vendermos
partimos
cantardes
venderdes
partirdes
cantarem
venderem
partirem
FUTURO COMPOSTO
tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem (+ cantado, vendido, partido)
AFIRMATIVO
IMPERATIVO
canta
vende
parte
cante
venda
parta
cantemos
vendamos
partamos
cantai
vendei
parti
cantem
vendam
partam
NEGATIVO
no cantes
no vendas
no partas
no cante
no venda
no parta
no cantemos
no vendamos
no partamos
no canteis
no vendais
no partais
no cantem
no vendam
no partam
PRESENTE
cantar
vender
partir
INFINITIVO PESSOAL SIMPLES - PRESENTE FLEXIONADO
cantar
vender
partir
cantares
venderes
partires
cantar
vender
partir
cantarmos
vendermos
partirmos
cantardes
venderdes
partirdes
cantarem
venderem
partirem
INFINITIVO IMPESSOAL COMPOSTO - PRETRITO IMPESSOAL
ter (ou haver), cantado, vendido, partido
INFINITIVO PESSOAL COMPOSTO - PRETRITO PESSOAL
ter, teres, ter, termos, terdes, terem (+ cantado, vendido, partido)
GERNDIO SIMPLES - PRESENTE
cantando
vendendo
partindo
GERNDIO COMPOSTO - PRETRITO
tendo (ou havendo), cantado, vendido, partido
PARTICPIO
cantado
vendido
partido
VERBOS IRREGULARES
DAR
Presente do indicativo dou, ds, d, damos, dais, do
Pretrito perfeito
dei, deste, deu, demos, destes, deram
Pretrito mais-que-perfeito
dera, deras, dera, dramos, dreis, deram
Presente do subjuntivo d, ds, d, demos, deis, dem
Lngua Portuguesa
32
APOSTILAS OPO
Lngua Portuguesa
Pretrito perfeito
33
APOSTILAS OPO
Futuro do presente
Futuro do pretrito
Presente do subjuntivo
Presente imperfeito
PEDIR
Presente do indicativo peo, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem
Pretrito perfeito
pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram
Presente do subjuntivo pea, peas, pea, peamos, peais, peam
Imperativo
pede, pea, peamos, pedi, peam
Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir
POLIR
Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem
Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam
Imperativo
pule, pula, pulamos, poli, pulam
REMIR
Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem
Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam
RIR
Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem
Pretrito imperfeito
ria, rias, ria, riamos, reis, riam
Pretrito perfeito
ri, riste, riu, rimos, ristes, riram
Pretrito mais-que-perfeito
rira, riras, rira, rramos, rireis, riram
Futuro do presente
rirei, rirs, rir, riremos, rireis, riro
Futuro do pretrito
riria, ririas, riria, riramos, rireis, ririam
Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam
Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam
Pretrito imperfeito
risse, risses, risse, rssemos, rsseis, rissem
Futuro
rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
Infinitivo pessoal
rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
Gerndio
rindo
Particpio
rido
Conjuga-se como rir: sorrir
FERIR
Presente do indicativo firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem
Presente do subjuntivo fira, firas, fira, firamos, firais, firam
Conjugam-se como FERIR: competir, vestir, inserir e seus derivados.
VIR
Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vm
Pretrito imperfeito
vinha, vinhas, vinha, vnhamos, vnheis, vinham
Pretrito perfeito
vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram
Pretrito mais-que-perfeito
viera, vieras, viera, viramos, vireis, vieram
Futuro do presente
virei, virs, vir, viremos, vireis, viro
Futuro do pretrito
viria, virias, viria, viramos, vireis, viriam
Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham
Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham
Pretrito imperfeito
viesse, viesses, viesse, vissemos, visseis, viessem
Futuro
vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem
Infinitivo pessoal
vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
Gerndio
vindo
Particpio
vindo
Conjugam-se como vir: intervir, advir, convir, provir, sobrevir
MENTIR
Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem
Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam
Imperativo
mente, minta, mintamos, menti, mintam
Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir.
SUMIR
Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem
Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam
Imperativo
some, suma, sumamos, sumi, sumam
Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir
FUGIR
Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem
Imperativo
foge, fuja, fujamos, fugi, fujam
Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam
IR
Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vo
Pretrito imperfeito
ia, ias, ia, amos, eis, iam
Pretrito perfeito
fui, foste, foi, fomos, fostes, foram
Pretrito mais-que-perfeito
fora, foras, fora, framos, freis, foram
Futuro do presente
irei, irs, ir, iremos, ireis, iro
Futuro do pretrito
iria, irias, iria, iramos, ireis, iriam
Imperativo afirmativo vai, v, vamos, ide, vo
Imperativo negativo
no vo, no v, no vamos, no vades, no vo
Presente do subjuntivo v, vs, v, vamos, vades, vo
Pretrito imperfeito
fosse, fosses, fosse, fssemos, fsseis, fossem
Futuro
for, fores, for, formos, fordes, forem
Infinitivo pessoal
ir, ires, ir, irmos, irdes, irem
Gerndio
indo
Particpio
ido
OUVIR
Presente do indicativo
Presente do subjuntivo
Imperativo
Particpio
Lngua Portuguesa
ADVRBIO
Advrbio a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o prprio advrbio, exprimindo uma circunstncia.
Os advrbios dividem-se em:
1) LUGAR: aqui, c, l, acol, ali, a, aqum, alm, algures, alhures,
nenhures, atrs, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avante, atravs, defronte, aonde, etc.
2) TEMPO: hoje, amanh, depois, antes, agora, anteontem, sempre,
nunca, j, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, ento, amide, breve,
brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc.
3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior,
melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc.
4) ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, to, bastante, demasiado, meio, completamente, profundamente, quanto, quo, tanto, bem,
mal, quase, apenas, etc.
5) AFIRMAO: sim, deveras, certamente, realmente, efefivamente, etc.
6) NEGAO: no.
7) DVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, qui, decerto,
provavelmente, etc.
H Muitas Locues Adverbiais
34
APOSTILAS OPO
1) DE LUGAR: esquerda, direita, tona, distncia, frente, entrada, sada, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, etc.
2) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, tarde, noite,
s ave-marias, ao entardecer, de manh, de noite, por ora, por fim, de
repente, de vez em quando, de longe em longe, etc.
3) MODO: vontade, toa, ao lu, ao acaso, a contento, a esmo, de bom
grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferncia, em geral, a cada passo, s avessas, ao invs, s claras, a pique, a olhos vistos, de propsito, de sbito, por um triz, etc.
4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a p, a cavalo, a martelo, a mquina, a tinta, a paulada, a mo, a facadas, a picareta, etc.
5) AFIRMAO: na verdade, de fato, de certo, etc.
6) NEGAAO: de modo algum, de modo nenhum, em hiptese alguma,
etc.
7) DVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc.
XIII
13
XIV
14
XV
15
XVI
16
XVII
17
XVIII
18
XIX
19
segundo
dcimo
terceiro
quatorze
dcimo
quarto
quinze
dcimo
quinto
dezesseis
dcimo
sexto
dezessete
dcimo
stimo
dezoito
dcimo
oitavo
dezenove dcimo nono
XX
XXX
XL
20
30
40
vinte
trinta
quarenta
50
cinquenta
LX
60
sessenta
LXX
70
setenta
LXXX
XC
80
90
oitenta
noventa
C
CC
CCC
CD
100
200
300
400
500
DC
600
DCC
700
DCCC
800
CM
900
1000
Advrbios Interrogativos
Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como?
Palavras Denotativas
Certas palavras, por no se poderem enquadrar entre os advrbios, tero classificao parte. So palavras que denotam excluso, incluso,
situao, designao, realce, retificao, afetividade, etc.
1) DE EXCLUSO - s, salvo, apenas, seno, etc.
2) DE INCLUSO - tambm, at, mesmo, inclusive, etc.
3) DE SITUAO - mas, ento, agora, afinal, etc.
4) DE DESIGNAO - eis.
5) DE RETIFICAO - alis, isto , ou melhor, ou antes, etc.
6) DE REALCE - c, l, s, que, ainda, mas, etc.
Voc l sabe o que est dizendo, homem...
Mas que olhos lindos!
Veja s que maravilha!
NUMERAL
Exemplos:
Silvia comprou dois livros.
Antnio marcou o primeiro gol.
Na semana seguinte, o anel custar o dobro do preo.
O galinheiro ocupava um quarto da quintal.
treze
vigsimo
trigsimo
quadragsimo
quinquagsimo
sexagsimo
septuagsimo
octogsimo
nonagsimo
cem
centsimo
duzentos ducentsimo
trezentos trecentsimo
quatrocen- quadringentos
tsimo
quinhenquingenttos
simo
seiscentos sexcentsimo
setecen- septingenttos
simo
oitocentos octingentsimo
novecen- nongentsitos
mo
mil
milsimo
treze avos
quatorze
avos
quinze avos
dezesseis
avos
dezessete
avos
dezoito avos
dezenove
avos
vinte avos
trinta avos
quarenta
avos
cinquenta
avos
sessenta
avos
setenta avos
oitenta avos
noventa
avos
centsimo
ducentsimo
trecentsimo
quadringentsimo
quingentsimo
sexcentsimo
septingentsimo
octingentsimo
nongentsimo
milsimo
Emprego do Numeral
Na sucesso de papas, reis, prncipes, anos, sculos, captulos, etc.
empregam-se de 1 a 10 os ordinais.
Joo Paulo I I (segundo) ano lll (ano terceiro)
Luis X (dcimo)
ano I (primeiro)
Pio lX (nono)
sculo lV (quarto)
Romanos
I
II
Algarismos
Arbi- Cardinais
cos
1
um
2
dois
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
3
4
5
6
7
8
9
10
11
trs
quatro
cinco
seis
sete
oito
nove
dez
onze
XII
12
doze
Lngua Portuguesa
Ordinais
primeiro
segundo
terceiro
quarto
quinto
sexto
stimo
oitavo
nono
dcimo
dcimo
primeiro
dcimo
Numerais
Multiplica- Fracionrios
tivos
simples
duplo
meio
dobro
trplice
tero
qudruplo
quarto
quntuplo
quinto
sxtuplo
sexto
stuplo
stimo
ctuplo
oitavo
nnuplo
nono
dcuplo
dcimo
onze avos
doze avos
APOSTILAS OPO
ARTIGO
Artigo uma palavra que antepomos aos substantivos para determinlos. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gnero e o nmero.
CONJUNES COORDENATIVAS
As conjunes coordenativas podem ser:
1) Aditivas, que do ideia de adio, acrescentamento: e, nem, mas
tambm, mas ainda, seno tambm, como tambm, bem como.
O agricultor colheu o trigo e o vendeu.
No aprovo nem permitirei essas coisas.
Os livros no s instruem mas tambm divertem.
As abelhas no apenas produzem mel e cera mas ainda polinizam
as flores.
2) Adversativas, que exprimem oposio, contraste, ressalva, compensao: mas, porm, todavia, contudo, entretanto, sendo, ao
passo que, antes (= pelo contrrio), no entanto, no obstante, apesar disso, em todo caso.
Querem ter dinheiro, mas no trabalham.
Ela no era bonita, contudo cativava pela simpatia.
No vemos a planta crescer, no entanto, ela cresce.
A culpa no a atribuo a vs, seno a ele.
O professor no probe, antes estimula as perguntas em aula.
O exrcito do rei parecia invencvel, no obstante, foi derrotado.
Voc j sabe bastante, porm deve estudar mais.
Eu sou pobre, ao passo que ele rico.
Hoje no atendo, em todo caso, entre.
3) Alternativas, que exprimem alternativa, alternncia ou, ou ... ou,
ora ... ora, j ... j, quer ... quer, etc.
Os sequestradores deviam render-se ou seriam mortos.
Ou voc estuda ou arruma um emprego.
Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo.
Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava apanhando.
"J chora, j se ri, j se enfurece."
(Lus de Cames)
4) Conclusivas, que iniciam uma concluso: logo, portanto, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), por isso.
As rvores balanam, logo est ventando.
Voc o proprietrio do carro, portanto o responsvel.
O mal irremedivel; deves, pois, conformar-te.
5) Explicativas, que precedem uma explicao, um motivo: que, porque, porquanto, pois (anteposto ao verbo).
No solte bales, que (ou porque, ou pois, ou porquanto) podem
causar incndios.
Choveu durante a noite, porque as ruas esto molhadas.
Dividem-se em
definidos: O, A, OS, AS
indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS.
Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular.
Viajei com o mdico. (Um mdico referido, conhecido, determinado).
Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso,
geral.
Viajei com um mdico. (Um mdico no referido, desconhecido, indeterminado).
lsoladamente, os artigos so palavras de todo vazias de sentido.
CONJUNO
Conjuno a palavra que une duas ou mais oraes.
Coniunes Coordenativas
ADITIVAS: e, nem, tambm, mas, tambm, etc.
ADVERSATIVAS: mas, porm, contudo, todavia, entretanto,
seno, no entanto, etc.
3)
ALTERNATIVAS: ou, ou.., ou, ora... ora, j... j, quer, quer,
etc.
4)
CONCLUSIVAS. logo, pois, portanto, por conseguinte, por
consequncia.
5)
EXPLICATIVAS: isto , por exemplo, a saber, que, porque,
pois, etc.
1)
2)
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
Conjunes Subordinativas
CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que, etc.
CAUSAIS: porque, j que, visto que, que, pois, porquanto, etc.
COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, tal como, mais que, etc.
CONFORMATIVAS: segundo, conforme, consoante, como, etc.
CONCESSIVAS: embora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que,
etc.
INTEGRANTES: que, se, etc.
FINAIS: para que, a fim de que, que, etc.
CONSECUTIVAS: tal... qual, to... que, tamanho... que, de sorte que, de
forma que, de modo que, etc.
PROPORCIONAIS: proporo que, medida que, quanto... tanto mais,
etc.
TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, depois que, etc.
Lngua Portuguesa
Conjunes subordinativas
As conjunes subordinativas ligam duas oraes, subordinando uma
outra. Com exceo das integrantes, essas conjunes iniciam oraes que
traduzem circunstncias (causa, comparao, concesso, condio ou
hiptese, conformidade, consequncia, finalidade, proporo, tempo).
Abrangem as seguintes classes:
1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como, j
que, uma vez que, desde que.
O tambor soa porque oco. (porque oco: causa; o tambor soa:
efeito).
Como estivesse de luto, no nos recebeu.
Desde que impossvel, no insistirei.
2) Comparativas: como, (tal) qual, tal a qual, assim como, (tal) como, (to
ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, (tanto)
quanto, que nem, feito (= como, do mesmo modo que), o mesmo que
36
APOSTILAS OPO
3)
4)
5)
6)
7)
8)
(= como).
Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento.
O exrcito avanava pela plancie qual uma serpente imensa.
"Os ces, tal qual os homens, podem participar das trs categorias."
(Paulo Mendes Campos)
"Sou o mesmo que um cisco em minha prpria casa."
(Antnio Olavo Pereira)
"E pia tal a qual a caa procurada."
(Amadeu de Queirs)
"Por que ficou me olhando assim feito boba?"
(Carlos Drummond de Andrade)
Os pedestres se cruzavam pelas ruas que nem formigas apressadas.
Nada nos anima tanto como (ou quanto) um elogio sincero.
Os governantes realizam menos do que prometem.
Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda
quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por
menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que
(= embora no).
Clia vestia-se bem, embora fosse pobre.
A vida tem um sentido, por mais absurda que possa parecer.
Beba, nem que seja um pouco.
Dez minutos que fossem, para mim, seria muito tempo.
Fez tudo direito, sem que eu lhe ensinasse.
Em que pese autoridade deste cientista, no podemos aceitar suas
afirmaes.
No sei dirigir, e, dado que soubesse, no dirigiria de noite.
Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que
(= se no), a no ser que, a menos que, dado que.
Ficaremos sentidos, se voc no vier.
Comprarei o quadro, desde que no seja caro.
No sairs daqui sem que antes me confesses tudo.
"Eleutrio decidiu logo dormir repimpadamente sobre a areia, a menos
que os mosquitos se opusessem."
(Ferreira de Castro)
Conformativas: como, conforme, segundo, consoante. As coisas no
so como (ou conforme) dizem.
"Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar."
(Machado de Assis)
Consecutivas: que (precedido dos termos intensivos tal, to, tanto,
tamanho, s vezes subentendidos), de sorte que, de modo que, de
forma que, de maneira que, sem que, que (no).
Minha mo tremia tanto que mal podia escrever.
Falou com uma calma que todos ficaram atnitos.
Ontem estive doente, de sorte que (ou de modo que) no sa.
No podem ver um cachorro na rua sem que o persigam.
No podem ver um brinquedo que no o queiram comprar.
Finais: para que, a fim de que, que (= para que).
Afastou-se depressa para que no o vssemos.
Falei-lhe com bons termos, a fim de que no se ofendesse.
Fiz-lhe sinal que se calasse.
Proporcionais: proporo que, medida que, ao passo que, quanto
mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... (tanto mais), quanto mais... (mais), (tanto)... quanto.
medida que se vive, mais se aprende.
proporo que subamos, o ar ia ficando mais leve.
Quanto mais as cidades crescem, mais problemas vo tendo.
Os soldados respondiam, medida que eram chamados.
PREPOSIO
Preposies so palavras que estabelecem um vnculo entre dois termos de uma orao. O primeiro, um subordinante ou antecedente, e o
segundo, um subordinado ou consequente.
Observao:
So incorretas as locues proporcionais medida em que, na medida
que e na medida em que. A forma correta medida que:
" medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem."
(Maria Jos de Queirs)
9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre
que, assim que, desde que, antes que, depois que, at que, agora que,
etc.
Venha quando voc quiser.
No fale enquanto come.
Ela me reconheceu, mal lhe dirigi a palavra.
Desde que o mundo existe, sempre houve guerras.
Agora que o tempo esquentou, podemos ir praia.
Lngua Portuguesa
Exemplos:
Chegaram a Porto Alegre.
Discorda de voc.
Fui at a esquina.
Casa de Paulo.
Preposies Essenciais e Acidentais
As preposies essenciais so: A, ANTE, APS, AT, COM, CONTRA,
DE, DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE e
ATRS.
Certas palavras ora aparecem como preposies, ora pertencem a outras classes, sendo chamadas, por isso, de preposies acidentais: afora,
37
APOSTILAS OPO
INTERJEIO
Interjeio a palavra que comunica emoo. As interjeies podem
ser:
-
ORAO
Orao a frase que apresenta verbo ou locuo verbal.
A fanfarra desfilou na avenida.
As festas juninas esto chegando.
PERODO
Perodo a frase estruturada em orao ou oraes.
O perodo pode ser:
simples - aquele constitudo por uma s orao (orao absoluta).
Fui livraria ontem.
composto - quando constitudo por mais de uma orao.
Fui livraria ontem e comprei um livro.
1. OBJETO DIRETO
Objeto direto o termo da orao que completa o sentido do verbo
transitivo direto. Ex.: Mame comprou PEIXE.
SUJEITO
Sujeito o ser ou termo sobre o qual se diz alguma coisa.
Os bandeirantes capturavam os ndios. (sujeito = bandeirantes)
O sujeito pode ser :
- simples:
- composto:
- oculto:
- indeterminado:
- Inexistente:
PREDICADO
Predicado o termo da orao que declara alguma coisa do sujeito.
O predicado classifica-se em:
1. Nominal: aquele que se constitui de verbo de ligao mais predicativo
do sujeito.
Lngua Portuguesa
2. OBJETO INDIRETO
Objeto indireto o termo da orao que completa o sentido do verbo
transitivo indireto.
As crianas precisam de CARINHO.
3. COMPLEMENTO NOMINAL
Complemento nominal o termo da orao que completa o sentido de
um nome com auxlio de preposio. Esse nome pode ser representado por
um substantivo, por um adjetivo ou por um advrbio.
Toda criana tem amor aos pais. - AMOR (substantivo)
O menino estava cheio de vontade. - CHEIO (adjetivo)
Ns agamos favoravelmente s discusses. - FAVORAVELMENTE
(advrbio).
4. AGENTE DA PASSIVA
Agente da passiva o termo da orao que pratica a ao do verbo na
voz passiva.
A me amada PELO FILHO.
O cantor foi aplaudido PELA MULTIDO.
Os melhores alunos foram premiados PELA DIREO.
APOSTILAS OPO
1. ADJUNTO ADNOMINAL
Adjunto adnominal o termo que caracteriza ou determina os
substantivos. Pode ser expresso:
pelos adjetivos: gua fresca,
pelos artigos: o mundo, as ruas
pelos pronomes adjetivos: nosso tio, muitas coisas
pelos numerais : trs garotos; sexto ano
pelas locues adjetivas: casa do rei; homem sem escrpulos
2. ADVERSATIVA:
Ligam oraes, dando-lhes uma ideia de compensao ou de contraste
(mas, porm, contudo, todavia, entretanto, seno, no entanto, etc).
A espada vence MAS NO CONVENCE.
O tambor faz um grande barulho, MAS VAZIO POR DENTRO.
Apressou-se, CONTUDO NO CHEGOU A TEMPO.
2. ADJUNTO ADVERBIAL
Adjunto adverbial o termo que exprime uma circunstncia (de tempo,
lugar, modo etc.), modificando o sentido de um verbo, adjetivo ou advrbio.
Cheguei cedo.
Jos reside em So Paulo.
3. APOSTO
Aposto uma palavra ou expresso que explica ou esclarece,
desenvolve ou resume outro termo da orao.
Dr. Joo, cirurgio-dentista,
Rapaz impulsivo, Mrio no se conteve.
O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
4. VOCATIVO
Vocativo o termo (nome, ttulo, apelido) usado para chamar ou
interpelar algum ou alguma coisa.
Tem compaixo de ns, Cristo.
Professor, o sinal tocou.
Rapazes, a prova na prxima semana.
3. ALTERNATIVAS:
Ligam palavras ou oraes de sentido separado, uma excluindo a outra
(ou, ou...ou, j...j, ora...ora, quer...quer, etc).
Mudou o natal OU MUDEI EU?
OU SE CALA A LUVA e no se pe o anel,
OU SE PE O ANEL e no se cala a luva!
(C. Meireles)
4. CONCLUSIVAS:
Ligam uma orao a outra que exprime concluso (LOGO, POIS,
PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISTO, ASSIM, DE MODO QUE,
etc).
Ele est mal de notas; LOGO, SER REPROVADO.
Vives mentindo; LOGO, NO MERECES F.
5. EXPLICATIVAS:
Ligam a uma orao, geralmente com o verbo no imperativo, outro que
a explica, dando um motivo (pois, porque, portanto, que, etc.)
Alegra-te, POIS A QUI ESTOU. No mintas, PORQUE PIOR.
Anda depressa, QUE A PROVA S 8 HORAS.
PERODO COMPOSTO
No perodo composto h mais de uma orao.
(No sabem) (que nos calores do vero a terra dorme) (e os homens
folgam.)
ORAO PRINCIPAL
Perodo composto por coordenao
Apresenta oraes independentes.
(Fui cidade), (comprei alguns remdios) (e voltei cedo.)
ORAO SUBORDINADA
Orao subordinada a orao dependente que normalmente
introduzida por um conectivo subordinativo. Note que a orao principal
nem sempre a primeira do perodo.
Quando ele voltar, eu saio de frias.
Orao principal: EU SAIO DE FRIAS
Orao subordinada: QUANDO ELE VOLTAR
ORAO COORDENADA
Orao coordenada aquela que independente.
As oraes coordenadas podem ser:
- Sindtica:
Aquela que independente e introduzida por uma conjuno
coordenativa.
Viajo amanh, mas volto logo.
1) SUBJETIVA (sujeito)
Convm que voc estude mais.
Importa que saibas isso bem. .
necessrio que voc colabore. (SUA COLABORAO) necessria.
- Assindtica:
Aquela que independente e aparece separada por uma vrgula ou
ponto e vrgula.
Chegou, olhou, partiu.
A orao coordenada sindtica pode ser:
1. ADITIVA:
Expressa adio, sequncia de pensamento. (e, nem = e no), mas,
tambm:
Ele falava E EU FICAVA OUVINDO.
Lngua Portuguesa
APOSTILAS OPO
4) COMPLETIVA NOMINAL
Complemento nominal.
Ser grato A QUEM TE ENSINA.
Sou favorvel A QUE O PRENDAM.
5) PREDICATIVA (predicativo)
Seu receio era QUE CHOVESSE. = Seu receio era (A CHUVA)
Minha esperana era QUE ELE DESISTISSE.
No sou QUEM VOC PENSA.
7) AGENTE DA PASSIVA
O quadro foi comprado POR QUEM O FEZ = (PELO SEU AUTOR)
A obra foi apreciada POR QUANTOS A VIRAM.
ORAES REDUZIDAS
Orao reduzida aquela que tem o verbo numa das formas nominais:
gerndio, infinitivo e particpio.
1) EXPLICATIVAS:
Explicam ou esclarecem, maneira de aposto, o termo antecedente,
atribuindo-lhe uma qualidade que lhe inerente ou acrescentando-lhe uma
informao.
Deus, QUE NOSSO PAI, nos salvar.
Ele, QUE NASCEU RICO, acabou na misria.
2) RESTRITIVAS:
Restringem ou limitam a significao do termo antecedente, sendo
indispensveis ao sentido da frase:
Pedra QUE ROLA no cria limo.
As pessoas A QUE A GENTE SE DIRIGE sorriem.
Ele, QUE SEMPRE NOS INCENTIVOU, no est mais aqui.
Lngua Portuguesa
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
40
APOSTILAS OPO
10)
11)
12)
13)
14)
15)
16)
CONCORDNCIA VERBAL
CASOS GERAIS
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
Lngua Portuguesa
9)
10)
11)
12)
13)
14)
APOSTILAS OPO
Lngua Portuguesa
Verbos que exigem objeto direto para coisa e indireto para pessoa.
perdoar - Perdoei as ofensas aos inimigos.
pagar - Pago o 13 aos professores.
dar - Daremos esmolas ao pobre.
emprestar - Emprestei dinheiro ao colega.
ensinar - Ensino a tabuada aos alunos.
agradecer - Agradeo as graas a Deus.
pedir - Pedi um favor ao colega.
COLOCAO PRONOMINAL
Palavras fora do lugar podem prejudicar e at impedir a compreenso
de uma ideia. Cada palavra deve ser posta na posio funcionalmente
correta em relao s outras, assim como convm dispor com clareza as
oraes no perodo e os perodos no discurso.
Sintaxe de colocao o captulo da gramtica em que se cuida da ordem ou disposio das palavras na construo das frases. Os termos da
orao, em portugus, geralmente so colocados na ordem direta (sujeito +
verbo + objeto direto + objeto indireto, ou sujeito + verbo + predicativo). As
inverses dessa ordem ou so de natureza estilstica (realce do termo cuja
posio natural se altera: Corajoso ele! Medonho foi o espetculo), ou de
pura natureza gramatical, sem inteno especial de realce, obedecendo-se,
apenas a hbitos da lngua que se fizeram tradicionais.
Sujeito posposto ao verbo. Ocorre, entre outros, nos seguintes casos:
(1) nas oraes intercaladas (Sim, disse ele, voltarei); (2) nas interrogativas,
no sendo o sujeito pronome interrogativo (Que espera voc?); (3) nas
reduzidas de infinitivo, de gerndio ou de particpio (Por ser ele quem ...
Sendo ele quem ... Resolvido o caso...); (4) nas imperativas (Faze tu o
que for possvel); (5) nas optativas (Suceda a paz guerra! Guie-o a mo
da Providncia!); (6) nas que tm o verbo na passiva pronominal (Elimina42
APOSTILAS OPO
ram-se de vez as esperanas); (7) nas que comeam por adjunto adverbial
(No profundo do cu luzia uma estrela), predicativo (Esta a vontade de
Deus) ou objeto (Aos conselhos sucederam as ameaas); (8) nas construdas com verbos intransitivos (Desponta o dia). Colocam-se normalmente
depois do verbo da orao principal as oraes subordinadas substantivas:
claro que ele se arrependeu.
Predicativo anteposto ao verbo. Ocorre, entre outros, nos seguintes casos: (1) nas oraes interrogativas (Que espcie de homem ele?); (2) nas
exclamativas (Que bonito esse lugar!).
Colocao do adjetivo como adjunto adnominal. A posposio do adjunto adnominal ao substantivo a sequncia que predomina no enunciado
lgico (livro bom, problema fcil), mas no rara a inverso dessa ordem:
(Uma simples advertncia [anteposio do adjetivo simples, no sentido de
mero]. O menor descuido por tudo a perder [anteposio dos superlativos
relativos: o melhor, o pior, o maior, o menor]). A anteposio do adjetivo,
em alguns casos, empresta-lhe sentido figurado: meu rico filho, um grande
homem, um pobre rapaz).
Colocao dos pronomes tonos. O pronome tono pode vir antes do
verbo (prclise, pronome procltico: No o vejo), depois do verbo (nclise,
pronome encltico: Vejo-o) ou no meio do verbo, o que s ocorre com
formas do futuro do presente (V-lo-ei) ou do futuro do pretrito (V-lo-ia).
Ocorre a nclise, normalmente, nos seguintes casos: (1) quando o verbo inicia a orao (Contaram-me que...), (2) depois de pausa (Sim, contaram-me que...), (3) com locues verbais cujo verbo principal esteja no
infinitivo (No quis incomodar-se).
- Nada me perturba.
- Ningum se mexeu.
- De modo algum me afastarei daqui.
- Ela nem se importou com meus problemas.
Estando o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretrito, a mesclise de regra, no incio da frase (Chama-lo-ei. Chama-lo-ia). Se o
verbo estiver antecedido de palavra com fora atrativa sobre o pronome,
haver prclise (No o chamarei. No o chamaria). Nesses casos, a lngua
moderna rejeita a nclise e evita a mesclise, por ser muito formal.
Pronomes com o verbo no particpio. Com o particpio desacompanhado de auxiliar no se verificar nem prclise nem nclise: usa-se a forma
oblqua do pronome, com preposio. (O emprego oferecido a mim...).
Havendo verbo auxiliar, o pronome vir procltico ou encltico a este. (Por
que o tm perseguido? A criana tinha-se aproximado.)
Pronomes tonos com o verbo no gerndio. O pronome tono costuma
vir encltico ao gerndio (Joo, afastando-se um pouco, observou...). Nas
locues verbais, vir encltico ao auxiliar (Joo foi-se afastando), salvo
quando este estiver antecedido de expresso que, de regra, exera fora
atrativa sobre o pronome (palavras negativas, pronomes relativos, conjunes etc.) Exemplo: medida que se foram afastando.
Colocao dos possessivos. Os pronomes adjetivos possessivos precedem os substantivos por eles determinados (Chegou a minha vez), salvo
quando vm sem artigo definido (Guardei boas lembranas suas); quando
h nfase (No, amigos meus!); quando determinam substantivo j determinado por artigo indefinido (Receba um abrao meu), por um numeral
(Recebeu trs cartas minhas), por um demonstrativo (Receba esta lembrana minha) ou por um indefinido (Aceite alguns conselhos meus).
Colocao dos demonstrativos. Os demonstrativos, quando pronomes
adjetivos, precedem normalmente o substantivo (Compreendo esses problemas). A posposio do demonstrativo obrigatria em algumas formas
em que se procura especificar melhor o que se disse anteriormente: "Ouvi
tuas razes, razes essas que no chegaram a convencer-me."
Colocao dos advrbios. Os advrbios que modificam um adjetivo, um
particpio isolado ou outro advrbio vm, em regra, antepostos a essas
palavras (mais azedo, mal conservado; muito perto). Quando modificam o
Lngua Portuguesa
43
APOSTILAS OPO
Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer amarei, amars, ) ou no futuro do pretrito (ia acontecer mas no aconteceu
amaria, amarias, )
- Convidar-me-o para a festa.
- Convidar-me-iam para a festa.
Se houver uma palavra atrativa, a prclise ser obrigatria.
- No (palavra atrativa) me convidaro para a festa.
NCLISE
Ex: "(...) Vozes veladas, veludosas vozes, / Volpias dos violes, vozes
veladas / Vagam nos velhos vrtices velozes / Dos ventos, vivas, vs,
vulcanizadas." (fragmento de Violes que choram. Cruz e Souza)
Assonncia
repetio dos mesmos sons voclicos.
Ex: (A, O) - "Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrtico do
litoral." (Caetano Veloso)
(E, O) - "O que o vago e incngnito desejo de ser eu mesmo de meu ser me
deu." (Fernando Pessoa)
Paranomsia
- Tornarei-me. (errada)
- Tinha entregado-nos.(errada)
Ex: "Com tais premissas ele sem dvida leva-nos s primcias" (Padre
Antonio Vieira)
- Entregar-lhe (correta)
- No posso receb-lo. (correta)
Outros casos:
- Com o verbo no incio da frase: Entregaram-me as camisas.
- Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportem-se.
- Com o verbo no gerndio: Saiu deixando-nos por instantes.
- Com o verbo no infinitivo impessoal: Convm contar-lhe tudo.
Onomatopeia
criao de uma palavra para imitar um som
Ex: A lngua do nhem "Havia uma velhinha / Que andava aborrecida / Pois
dava a sua vida / Para falar com algum. / E estava sempre em casa / A
boa velhinha, / Resmungando sozinha: / Nhem-nhem-nhem-nhem-nhem..."
(Ceclia Meireles)
PROVA SIMULADA
01.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
02.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
03.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
04.
(A)
(B)
(C)
Figuras de Linguagem
(D)
Figuras sonoras
(E)
Aliterao
repetio de sons consonantais (consoantes).
Cruz e Souza o melhor exemplo deste recurso. Uma das caractersticas
marcantes do Simbolismo, assim como a sinestesia.
Lngua Portuguesa
05.
(A)
(B)
(C)
(D)
44
APOSTILAS OPO
(E)
06.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
07.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Nas questes de nmeros 08 e 09, assinale a alternativa cujas palavras completam, correta e respectivamente, as frases dadas.
08.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
09.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
10.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
11.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
13.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
14.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
15.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
16.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
17.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
12.
A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os negcios das empresas de franquia pelo contato direto com os possveis
investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins de seleo no s permite s empresas avaliar os investidores com relao
aos negcios, mas tambm identificar o perfil desejado dos investidores.
(Texto adaptado)
Para eliminar as repeties, os pronomes apropriados para substituir
as expresses: das empresas de franquia, s empresas, os investi-
Lngua Portuguesa
18.
(A)
(B)
(C)
(D)
45
APOSTILAS OPO
(E)
(E)
25.
I.
II.
III.
IV.
V.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
26.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
27.
21.
I.
II.
III.
IV.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
22.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
23.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
24.
(A)
(B)
(C)
(D)
Lngua Portuguesa
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
28.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
29.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
30.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
A MISRIA DE TODOS NS
Como entender a resistncia da misria no Brasil, uma chaga social
que remonta aos primrdios da colonizao? No decorrer das ltimas
dcadas, enquanto a misria se mantinha mais ou menos do mesmo tama46
APOSTILAS OPO
32.
A)
B)
C)
D)
E)
33.
A)
B)
C)
D)
E)
34.
A)
B)
C)
D)
E)
35.
A)
B)
C)
D)
E)
36.
Lngua Portuguesa
E)
37.
A)
B)
C)
D)
E)
38.
''...no uma empreitada simples'' equivale a dizer que uma empreitada complexa; o item em que essa equivalncia feita de forma
INCORRETA :
no uma preocupao geral = uma preocupao superficial;
no uma pessoa aptica = uma pessoa dinmica;
no uma questo vital = uma questo desimportante;
no um problema universal = um problema particular;
no uma cpia ampliada = uma cpia reduzida.
A)
B)
C)
D)
A)
B)
C)
D)
E)
39.
A)
E)
40.
A)
B)
C)
D)
E)
PROTESTO TMIDO
Ainda h pouco eu vinha para casa a p, feliz da minha vida e faltavam
dez minutos para a meia-noite. Perto da Praa General Osrio, olhei para o
lado e vi, junto parede, antes da esquina, algo que me pareceu uma
trouxa de roupa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que era
um menino.
Escurinho, de seus seis ou sete anos, no mais. Deitado de lado, braos dobrados como dois gravetos, as mos protegendo a cabea. Tinha os
gambitos tambm encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia esburacada, para se defender contra o frio da noite. Estava dormindo, como podia
estar morto. Outros, como eu, iam passando, sem tomar conhecimento de
sua existncia. No era um ser humano, era um bicho, um saco de lixo
mesmo, um traste intil, abandonado sobre a calada. Um menor abandonado.
Quem nunca viu um menor abandonado? A cinco passos, na casa de
sucos de frutas, vrios casais de jovens tomavam sucos de frutas, alguns
mastigavam sanduches. Alm, na esquina da praa, o carro da radiopatrulha estacionado, dois boinas-pretas conversando do lado de fora. Ningum
tomava conhecimento da existncia do menino.
Segundo as estatsticas, como ele existem nada menos que 25 milhes
no Brasil, que se pode fazer? Qual seria a reao do menino se eu o acordasse para lhe dar todo o dinheiro que trazia no bolso? Resolveria o seu
problema? O problema do menor abandonado? A injustia social?
(....)
Vinte e cinco milhes de menores - um dado abstrato, que a imaginao no alcana. Um menino sem pai nem me, sem o que comer nem
onde dormir - isto um menor abandonado. Para entender, s mesmo
imaginando meu filho largado no mundo aos seis, oito ou dez anos de
idade, sem ter para onde ir nem para quem apelar. Imagino que ele venha a
47
APOSTILAS OPO
46
A)
B)
C)
D)
E)
47
Pode ser. Mas a verdade que hoje eu vi meu filho dormindo na rua,
exposto ao frio da noite, e alm de nada ter feito por ele, ainda o confundi
com um monte de lixo.
Fernando Sabino
A)
B)
C)
D)
E)
41
48
A)
B)
C)
D)
E)
42
A)
B)
C)
D)
E)
43
A)
B)
C)
D)
E)
44
IIIII IV -
A)
B)
C)
D)
E)
45
A)
B)
C)
D)
E)
Uma crnica, como a que voc acaba de ler, tem como melhor
definio:
registro de fatos histricos em ordem cronolgica;
pequeno texto descritivo geralmente baseado em fatos do cotidiano;
seo ou coluna de jornal sobre tema especializado;
texto narrativo de pequena extenso, de contedo e estrutura bastante variados;
pequeno conto com comentrios, sobre temas atuais.
O texto comea com os tempos verbais no pretrito imperfeito vinha, faltavam - e, depois, ocorre a mudana para o pretrito perfeito - olhei, vi etc.; essa mudana marca a passagem:
do passado para o presente;
da descrio para a narrao;
do impessoal para o pessoal;
do geral para o especfico;
do positivo para o negativo.
''...olhei para o lado e vi, junto parede, antes da esquina, ALGO que
me pareceu uma trouxa de roupa...''; o uso do termo destacado se
deve a que:
o autor pretende comparar o menino a uma coisa;
o cronista antecipa a viso do menor abandonado como um traste
intil;
a situao do fato no permite a perfeita identificao do menino;
esse pronome indefinido tem valor pejorativo;
o emprego desse pronome ocorre em relao a coisas ou a pessoas.
''Ainda h pouco eu vinha para casa a p,...''; veja as quatro frases a
seguir:
Daqui h pouco vou sair.
Est no Rio h duas semanas.
No almoo h cerca de trs dias.
Estamos h cerca de trs dias de nosso destino.
As frases que apresentam corretamente o emprego do verbo haver
so:
I - II
I - III
II - IV
I - IV
II - III
O comentrio correto sobre os elementos do primeiro pargrafo do
texto :
o cronista situa no tempo e no espao os acontecimentos abordados
na crnica;
o cronista sofre uma limitao psicolgica ao ver o menino
a semelhana entre o menino abandonado e uma trouxa de roupa
a sujeira;
a localizao do fato perto da meia-noite no tem importncia para o
texto;
os fatos abordados nesse pargrafo j justificam o ttulo da crnica.
Lngua Portuguesa
A)
B)
C)
D)
E)
49
A)
B)
C)
D)
E)
50
A)
B)
C)
D)
E)
RESPOSTAS PROVA I
01.
D
11.
B
21.
02.
A
12.
A
22.
03.
C
13.
C
23.
04.
E
14.
E
24.
05.
A
15.
C
25.
06.
B
16.
A
26.
07.
D
17.
B
27.
08.
E
18.
E
28.
09.
C
19.
D
29.
10.
D
20.
A
30.
48
B
A
C
E
D
E
B
C
D
B
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
D
B
A
A
B
C
C
A
A
B
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
48.
49.
50.
D
B
C
E
A
A
D
C
B
C
APOSTILAS OPO
RACIOCNIO LGICO
I - Avaliao da habilidade do candidato em entender a
estrutura lgica de relaes entre pessoas, lugares,
coisas ou eventos, deduzir novas informaes e avaliar
as condies usadas para estabelecer a estrutura daquelas relaes.
II - As questes da prova podero tratar das seguintes
reas: estruturas lgicas; lgica de argumentao;
diagramas lgicos; aritmtica; lgebra e geometria
bsica.
RACIOCNIO LGICO
ALGUMAS NOES DE LGICA
Antnio Anbal Padro
Introduo
Muito bem, a lgica estuda argumentos. Mas qual o interesse disso para a filosofia? Bem, tenho de te lembrar que
a argumentao o corao da filosofia. Em filosofia temos a
liberdade de defender as nossas ideias, mas temos de sustentar o que defendemos com bons argumentos e, claro,
tambm temos de aceitar discutir os nossos argumentos.
Exemplo 2
Premissa: O Joo e o Jos so alunos do 11. ano.
Concluso: Logo, o Joo aluno do 11. ano.
Exemplos de argumentos com duas premissas:
Os argumentos constituem um dos trs elementos centrais da filosofia. Os outros dois so os problemas e as teorias. Com efeito, ao longo dos sculos, os filsofos tm procurado resolver problemas, criando teorias que se apoiam em
argumentos.
Exemplo 1
Premissa 1: Se o Joo um aluno do 11. ano, ento estuda filosofia.
Premissa 2: O Joo um aluno do 11. ano.
Concluso: Logo, o Joo estuda filosofia.
Ests a ver por que que o estudo dos argumentos importante, isto , por que que a lgica importante. importante, porque nos ajuda a distinguir os argumentos vlidos
dos invlidos, permite-nos compreender por que razo uns
so vlidos e outros no e ensina-nos a argumentar correctamente. E isto fundamental para a filosofia.
Exemplo 2
Premissa 1: Se no houvesse vida para alm da morte,
ento a vida no faria sentido.
Premissa 2: Mas a vida faz sentido.
Concluso: Logo, h vida para alm da morte.
O que um argumento?
Um argumento um conjunto de proposies que utilizamos para justificar (provar, dar razo, suportar) algo. A
proposio que queremos justificar tem o nome de concluso; as proposies que pretendem apoiar a concluso ou a
justificam tm o nome de premissas.
Exemplo 3:
Premissa 1: Todos os minhotos so portugueses.
Premissa 2: Todos os portugueses so europeus.
Concluso: Todos os minhotos so europeus.
Raciocnio Lgico
APOSTILAS OPO
Neste argumento, a concluso est claramente identificada ("podemos concluir que..."), mas nem sempre isto acontece. Contudo, h certas expresses que nos ajudam a perceber qual a concluso do argumento e quais so as premissas. Repara, no argumento anterior, na expresso "dado
que". Esta expresso um indicador de premissa: ficamos a
saber que o que se segue a esta expresso uma premissa
do argumento. Tambm h indicadores de concluso: dois
dos mais utilizados so "logo" e "portanto".
H vrios tipos de frases: declarativas, interrogativas, imperativas e exclamativas. Mas s as frases declarativas exprimem proposies. Uma frase s exprime uma proposio
quando o que ela afirma tem valor de verdade.
Por exemplo, as seguintes frases no exprimem proposies, porque no tm valor de verdade, isto , no so verdadeiras nem falsas:
pois
porque
dado que
como foi dito
visto que
devido a
a razo que
admitindo que
sabendo-se que
assumindo que
Indicadores de concluso
por isso
por conseguinte
implica que
logo
portanto
ento
da que
segue-se que
pode-se inferir que
consequentemente
Uma proposio uma entidade abstracta, o pensamento que uma frase declarativa exprime literalmente. Ora,
um mesmo pensamento pode ser expresso por diferentes
frases. Por isso, a mesma proposio pode ser expressa por
diferentes frases. Por exemplo, as frases "O governo demitiu
o presidente da TAP" e "O presidente da TAP foi demitido
pelo governo" exprimem a mesma proposio. As frases
seguintes tambm exprimem a mesma proposio: "A neve
branca" e "Snow is white".
Ambiguidade e vagueza
Para alm de podermos ter a mesma proposio expressa por diferentes frases, tambm pode acontecer que a
mesma frase exprima mais do que uma proposio. Neste
caso dizemos que a frase ambgua. A frase "Em cada dez
minutos, um homem portugus pega numa mulher ao colo"
ambgua, porque exprime mais do que uma proposio: tanto
pode querer dizer que existe um homem portugus (sempre
o mesmo) que, em cada dez minutos, pega numa mulher ao
colo, como pode querer dizer que, em cada dez minutos, um
homem portugus (diferente) pega numa mulher ao colo (a
sua).
Proposies e frases
Um argumento um conjunto de proposies. Quer as
premissas quer a concluso de um argumento so proposies. Mas o que uma proposio?
Uma proposio o pensamento que uma frase
declarativa exprime literalmente.
No deves confundir proposies com frases. Uma frase
uma entidade lingustica, a unidade gramatical mnima de
sentido. Por exemplo, o conjunto de palavras "Braga uma"
no uma frase. Mas o conjunto de palavras "Braga uma
Raciocnio Lgico
APOSTILAS OPO
Validade e verdade
A verdade uma propriedade das proposies. A validade uma propriedade dos argumentos. incorrecto falar em
proposies vlidas. As proposies no so vlidas nem
invlidas. As proposies s podem ser verdadeiras ou falsas. Tambm incorrecto dizer que os argumentos so verdadeiros ou que so falsos. Os argumentos no so verdadeiros nem falsos. Os argumentos dizem-se vlidos ou invlidos.
Quando que um argumento vlido? Por agora, referirei apenas a validade dedutiva. Diz-se que um argumento
dedutivo vlido quando impossvel que as suas premissas sejam verdadeiras e a concluso falsa. Repara que, para
um argumento ser vlido, no basta que as premissas e a
concluso sejam verdadeiras. preciso que seja impossvel
que sendo as premissas verdadeiras, a concluso seja falsa.
Raciocnio Lgico
APOSTILAS OPO
Para que um argumento seja bom (ou forte), as premissas tm de ser mais plausveis do que a concluso, como
acontece no seguinte exemplo:
As noes de lgica que acabei de apresentar so elementares, certo, mas, se as dominares, ajudar-te-o a
fazer um melhor trabalho na disciplina de Filosofia e, porventura, noutras.
Um argumento bom (ou forte) um argumento vlido persuasivo (persuasivo, do ponto de vista racional).
As proposies simples ou atmicas so assim caracterizadas por apresentarem apenas uma idia. So indicadas
pelas letras minsculas: p, q, r, s, t...
As proposies compostas ou moleculares so assim caracterizadas por apresentarem mais de uma proposio
conectadas pelos conectivos lgicos. So indicadas pelas
letras maisculas: P, Q, R, S, T...
Talvez recorras a argumentos deste tipo, isto , argumentos que no so bons (apesar de slidos), mais vezes do que
imaginas. Com certeza, j viveste situaes semelhantes a
esta:
Exemplo:
Proposies simples:
p: O nmero 24 mltiplo de 3.
q: Braslia a capital do Brasil.
r: 8 + 1 = 3 . 3
s: O nmero 7 mpar
t: O nmero 17 primo
Proposies compostas
P: O nmero 24 divisvel por 3 e 12 o dobro de 24.
Q: A raiz quadrada de 16 4 e 24 mltiplo de 3.
R(s, t): O nmero 7 mpar e o nmero 17 primo.
Noes de Lgica
Srgio Biagi Gregrio
1. CONCEITO DE LGICA
Lgica a cincia das leis ideais do pensamento e a arte
de aplic-los pesquisa e demonstrao da verdade.
Mas no penses que s os argumentos em que a concluso repete a premissa que so maus. Um argumento
mau (ou fraco) se as premissas no forem mais plausveis do
que a concluso. o que acontece com o seguinte argumento:
Raciocnio Lgico
APOSTILAS OPO
Ao examinarmos um conceito, em termos lgicos, devemos considerar a sua extenso e a sua compreenso.
Esta ltima qualidade aquela que efetivamente distingue o homem dentre os demais seres vivos (2).
3. JUZO E O RACIOCNIO
Entende-se por juzo qualquer tipo de afirmao ou negao entre duas idias ou dois conceitos. Ao afirmarmos,
por exemplo, que este livro de filosofia, acabamos de
formular um juzo.
O enunciado verbal de
do proposio ou premissa.
um
juzo
Aristteles considerado, com razo, o fundador da lgica. Foi ele, realmente, o primeiro a investigar, cientificamente, as leis do pensamento. Suas pesquisas lgicas foram
reunidas, sob o nome de Organon, por Digenes Larcio. As
leis do pensamento formuladas por Aristteles se caracterizam pelo rigor e pela exatido. Por isso, foram adotadas
pelos pensadores antigos e medievais e, ainda hoje, so
admitidas por muitos filsofos.
denomina-
Raciocnio - o processo mental que consiste em coordenar dois ou mais juzos antecedentes, em busca de um
juzo novo, denominado concluso ou inferncia.
O objetivo primacial da lgica , portanto, o estudo da inteligncia sob o ponto de vista de seu uso no conhecimento.
ela que fornece ao filsofo o instrumento e a tcnica necessria para a investigao segura da verdade. Mas, para
atingir a verdade, precisamos partir de dados exatos e raciocinar corretamente, a fim de que o esprito no caia em contradio consigo mesmo ou com os objetos, afirmando-os
diferentes do que, na realidade, so. Da as vrias divises
da lgica.
4. SILOGISMO
Silogismo o raciocnio composto de trs proposies,
dispostas de tal maneira que a terceira, chamada concluso,
deriva logicamente das duas primeiras, chamadas premissas.
Todo silogismo regular contm, portanto, trs proposies nas quais trs termos so comparados, dois a dois.
Exemplo: toda a virtude louvvel; ora, a caridade uma
virtude; logo, a caridade louvvel (1).
LGICA DE ARGUMENTAO
1. Introduo
5. SOFISMA
Sofisma um raciocnio falso que se apresenta com aparncia de verdadeiro. Todo erro provm de um raciocnio
ilegtimo, portanto, de um sofisma.
O erro pode derivar de duas espcies de causas:
das palavras que o exprimem ou das idias que o constituem. No primeiro, os sofismas de palavras ou verbais; no
segundo, os sofismas de idias ou intelectuais.
Raciocnio Lgico
APOSTILAS OPO
Ao lgico, no interessa se o raciocnio teve esta ou aquela motivao, se respeita ou no a moral social, se teve influncias das emoes ou no, se est de acordo com uma
doutrina religiosa ou no, se foi produzido por uma pessoa
embriagada ou sbria. Ele considera a sua forma. Ao considerar a forma, ele investiga a coerncia do raciocnio, as
relaes entre as premissas e a concluso, em suma, sua
obedincia a algumas regras apropriadas ao modo como foi
formulado etc.
J, a lgica material preocupa-se com a aplicao das operaes do pensamento realidade, de acordo com a natureza ou matria do objeto em questo. Nesse caso, interessa
que o raciocnio no s seja formalmente correto, mas que
tambm respeite a matria, ou seja, que o seu contedocorresponda natureza do objeto a que se refere. Neste caso,
trata-se da correspondncia entrepensamento e realidade.
Assim sendo, do ponto de vista lgico, costuma-se falar de
dois tipos de verdade: a verdade formal e a verdade material.
A verdade formal diz respeito, somente e to-somente,
forma do discurso; j a verdade material tem a ver com a
forma do discurso e as suas relaes com a matria ou o
contedo do prprio discurso. Se houver coerncia, no primeiro caso, e coerncia e correspondncia, no segundo,
tem-se a verdade.
Desde Aristteles, seu primeiro grande organizador, os estudos da lgica orientaram-se em duas direes principais: a
da lgica formal, tambm chamada de lgica menor e a da
lgica material, tambm conhecida como lgica maior.
A simples apreenso consiste na captao direta (atravs dos sentidos, da intuio racional, da imaginao etc) de
uma realidade sobre a qual forma-se uma idia ou conceito
(p. ex., de um objeto material, ideal, sobrenatural etc) que,
por sua vez, recebe uma denominao (as palavras ou termos, p.
Materialmente, este um raciocnio falso porque a experincia nos diz que a premissa falsa.
No entanto, formalmente, um raciocnio vlido, porque a
concluso adequada s premissas. nesse sentido que se
Raciocnio Lgico
APOSTILAS OPO
Partindo do pressuposto de que as pessoas pensam aquilo que querem, de acordo com as circunstncias da vida e as
decises pessoais (subjetividade), um argumento conseguir
atingir mais facilmente a meta da persuaso caso as idias
propostas se assentem em boas razes, capazes de mexer
com as convices daquele a quem se tenta convencer.
Muitas vezes, julga-se que esto sendo usadas como bom
argumento opinies que, na verdade, no passam de preconceitos pessoais, de modismos, de egosmo ou de outras
formas de desconhecimento. Mesmo assim, a habilidade no
argumentar, associada desateno ou ignorncia de
quem ouve, acaba, muitas vezes, por lograr a persuaso.
Quando pensamos e comunicamos os nossos pensamentos aos outros, empregamos palavras tais como animal,
lei, mulher rica, crime, cadeira, furto etc. Do ponto de
vista da lgica, tais palavras so classificadas como termos,
que so palavras acompanhadas de conceitos. Assim sendo,
o termo o signo lingstico, falado ou escrito, referido a um
conceito, que o ato mental correspondente ao signo.
De qualquer modo, argumentar no implica, necessariamente, manter-se num plano distante da existncia humana,
desprezando sentimentos e motivaes pessoais. Pode-se
argumentar bem sem, necessariamente, descartar as emoes, como no caso de convencer o aluno a se esforar nos
estudos diante da perspectiva de frias mais tranqilas. Enfim, argumentar corretamente (sem armar ciladas para o
interlocutor) apresentar boas razes para o debate, sustentar adequadamente um dilogo, promovendo a dinamizao
do pensamento. Tudo isso pressupe um clima democrtico.
Para que no se obstrua a coerncia do raciocnio, preciso que fique bem claro, em funo do contexto ou de uma
manifestao de quem emite o juzo, o significado dos termos empregados no discurso.
As frases declaratrias ou assertivas podem ser combinadas de modo a levarem a concluses conseqentes, constituindo raciocnios vlidos. Veja-se o exemplo:
(1) No h crime sem uma lei que o defina;
(2) no h uma lei que defina matar ETs como crime;
Raciocnio Lgico
APOSTILAS OPO
No raciocnio analgico, comparam-se duas situaes, casos, objetos etc. semelhantes e tiram-se as concluses
adequadas. Na ilustrao, tal como a carroa, o carro a motor um meio de transporte que necessita de um condutor.
Este, tanto num caso quanto no outro, precisa ser dotado de
bom senso e de boa tcnica para desempenhar adequadamente seu papel.
Analogia fraca - Joo usa terno, sapato de cromo e perfume francs e um bom advogado;
Antnio usa terno, sapato de cromo e perfume francs; logo, deve ser um bom advogado.
b) O nmero de aspectos semelhantes entre uma situao
e outra deve ser significativo.tc "b) O nmero de aspectos
semelhantes entre uma situao e outra deve ser significativo."
Raciocnio Lgico
c) No devem existir divergncias marcantes na comparao.tc "c) No devem existir divergncias marcantes na comparao.."
Analogia forte - A pescaria em rios no proveitosa por
ocasio de tormentas e tempestades;
a pescaria marinha no est tendo sucesso porque troveja
muito.
APOSTILAS OPO
Analogia fraca - Os operrios suos que recebem o salrio mnimo vivem bem; a maioria dos operrios brasileiros, tal
como os operrios suos, tambm recebe um salrio mnimo; logo, a maioria dos operrios brasileiros tambm vive
bem, como os suos.
Assim sendo, as verdades do raciocnio indutivo dependem das probabilidades sugeridas pelo nmero de casos
observados e pelas evidncias fornecidas por estes. A enumerao de casos deve ser realizada com rigor e a conexo
entre estes deve ser feita com critrios rigorosos para que
sejam indicadores da validade das generalizaes contidas
nas concluses.
Pode-se notar que, no caso da analogia, no basta considerar a forma de raciocnio, muito importante que se avalie
o seu contedo. Por isso, esse tipo de raciocnio no admitido pela lgica formal. Se as premissas forem verdadeiras, a
concluso no o ser necessariamente, mas possivelmente,
isto caso cumpram-se as exigncias acima.
Contudo,
Se, do ponto de vista da lgica formal, o raciocnio analgico precrio, ele muito importante na formulao de
hipteses cientficas e de teses jurdicas ou filosficas. Contudo, as hipteses cientficas oriundas de um raciocnio analgico necessitam de uma avaliao posterior, mediante
procedimentos indutivos ou dedutivos.
uma simples anlise das premissas suficiente para detectar a sua fraqueza.
Vejam-se os exemplos das concluses que pretendem ser
aplicadas ao comportamento da totalidade dos membros de
um grupo ou de uma classe tendo como modelo o comportamento de alguns de seus componentes:
1. Adriana mulher e dirige mal;
Ana Maria mulher e dirige mal;
Mnica mulher e dirige mal;
Carla mulher e dirige mal;
logo, todas as mulheres dirigem mal.
2. Antnio Carlos poltico e corrupto;
Fernando poltico e corrupto;
Paulo poltico e corrupto;
Estevo poltico e corrupto;
logo, todos os polticos so corruptos.
Nesse exemplo, fica bem clara a necessidade da averiguao indutiva das concluses extradas desse tipo de
raciocnio para, s depois, serem confirmadas ou no.
2.2. Raciocnio Indutivo - do particular ao geral
A avaliao da suficincia ou no dos elementos no tarefa simples, havendo muitos exemplos na histria do conhecimento indicadores dos riscos das concluses por induo.
Basta que um caso contrarie os exemplos at ento colhidos
para que caia por terra uma verdade por ela sustentada.
Um exemplo famoso o da cor dos cisnes. Antes da descoberta da Austrlia, onde foram encontrados cisnes pretos,
acreditava-se que todos os cisnes fossem brancos porque
todos os at ento observados eram brancos. Ao ser visto o
primeiro cisne preto, uma certeza de sculos caiu por terra.
Raciocnio Lgico
APOSTILAS OPO
Apesar das muitas crticas de que passvel o raciocnio
indutivo, este um dos recursos mais empregados pelas
cincias para tirar as suas concluses. H dois procedimentos principais de desenvolvimento e aplicao desse tipo de
raciocnio: o da induo por enumerao incompleta suficiente e o da induo por enumerao completa.
a. Induo por enumerao incompleta suficiente
Nesse procedimento, os elementos enumerados so tidos
como suficientes para serem tiradas determinadas concluses. o caso do exemplo das cobras, no qual, apesar de
no poderem ser conferidos todos os elementos (cobras) em
particular, os que foram enumerados so representativos do
todo e suficientes para a generalizao (todas as cobras...)
Raciocnio Lgico
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APOSTILAS OPO
2) Os termos da concluso nunca podem ser mais extensos que os termos das premissas.
Exemplo de formulao correta:
Termo Maior: Todas as onas so ferozes.
Termo Mdio: Nikita uma ona.
Termo Menor: Nikita feroz.
Exemplo de formulao incorreta:
Termo Maior: Antnio e Jos so poetas.
Termo Mdio: Antnio e Jos so surfistas.
Termo Menor: Todos os surfistas so poetas.
Antonio e Jos um termo menos extenso que todos os
surfistas.
3) O predicado do termo mdio no pode entrar na concluso.
Exemplo de formulao correta:
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
Termo Mdio: Pedro homem.
Termo Menor: Pedro pode infringir a lei.
Exemplo de formulao incorreta:
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
Termo Mdio: Pedro homem.
Termo Menor: Pedro ou homem (?) ou pode infringir a
lei.
A ocorrncia do termo mdio homem na concluso inoportuna.
Raciocnio Lgico
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APOSTILAS OPO
Raciocnio Lgico
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APOSTILAS OPO
Raciocnio Lgico
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APOSTILAS OPO
Uma condicional uma sentena da forma se A, ento B.
A denominado o antecedente e B o conseqente da condicional.
Em primeiro lugar, importante deixar clara a diferena
entre um argumento (23) A, logo B e uma condicional (24) se
A, ento B.
Em (23) a verdade tanto de A quanto de B afirmada.
Note que o que vem depois do logo afirmado como verdadeiro e a concluso do argumento. J em (24), nada se diz
acerca da verdade de A, nem de B. (24) diz apenas que se A
verdadeira, B tambm ser verdadeira. Note que apesar de
uma condicional e um argumento serem coisas diferentes
usamos uma terminologia similar para falar de ambos. Em
(23) dizemos que A o antecedente do argumento, e B o
conseqente do argumento. Em (24), dizemos que A o
antecedente da condicional, e B o conseqente da condicional.
Da mesma forma que analisamos o e e o ou como funes de verdade, faremos o mesmo com a condicional. Analisada vero-funcionalmente, a condicional denominada
condicional material.
Quando analisamos a conjuno, vimos que a interpretao vero-funcional do operador sentencial e no corresponde
exatamente ao uso que dela fazemos na linguagem natural.
Isso ocorre de modo at mais acentuado com o operador
se...ento. Na linguagem natural, geralmente usamos
se...ento para expressar uma relao entre os contedos de
A e B, isto , queremos dizer que A uma causa ou uma
explicao de B. Isso no ocorre na interpretao do
se...ento como uma funo de verdade. A tabela de verdade da condicional material a seguinte:
A B se A, ento B
VVV
VFF
FVV
FFV
Uma condicional material falsa apenas em um caso:
quando o antecedente verdadeiro e o conseqente falso.
A terceira e a quarta linhas da tabela de verdade da condicional material costumam causar problemas para estudantes iniciantes de lgica. Parece estranho que uma condicional seja verdadeira sempre que o antecedente falso, mas
veremos que isso menos estranho do que parece.
Suponha que voc no conhece Victor, mas sabe que
Victor um parente do seu vizinho que acabou de chegar da
Frana. Voc no sabe mais nada sobre Victor. Agora considere a sentena:
(25) Se Victor carioca, ento Victor brasileiro.
O antecedente de (25) (26) Victor carioca e o conseqente (27) Victor brasileiro.
A sentena (25) verdadeira, pois sabemos que todo carioca brasileiro. Em outras palavras, impossvel que algum simultaneamente seja carioca e no seja brasileiro. Por
esse motivo, a terceira linha da tabela de verdade, que tornaria a condicional falsa, nunca ocorre.
Descartada a terceira linha, ainda h trs possibilidades,
que correspondem s seguintes situaes:
(a) Victor carioca.
(b) Victor paulista.
(c) Victor francs.
Suponha que Victor carioca. Nesse caso, o antecedente
Raciocnio Lgico
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APOSTILAS OPO
com mais ateno na seo sobre condies necessrias e
suficientes.
8. Variantes da condicional material
Partindo de uma condicional
(31) Se A, ento B
podemos construir sua conversa,
(32) Se B, ento A
sua inversa
(33) Se no A, ento no B e sua contrapositiva (34) Se
no B, ento no A.
H dois pontos importantes sobre as sentenas acima
que precisam ser observados. Vimos que A e B e B e A,
assim como A ou B e B ou A so equivalentes. Entretanto, se
A, ento B e se B ento A NO SO EQUIVALENTES!!!
Isso pode ser constatado facilmente pela construo das
respectivas tabelas de verdade, que fica como exerccio para
o leitor. Mas pode ser tambm intuitivamente percebido.
Considere as sentenas: (35) Se Joo carioca, Joo
brasileiro e
(36) Se Joo brasileiro, Joo carioca.
Enquanto a sentena (35) verdadeira, evidente que
(36) pode ser falsa, pois Joo pode perfeitamente ser brasileiro sem ser carioca.
Uma condicional se A, ento B e sua contrapositiva se
no B, ento no A so equivalentes. Isso pode ser constatado pela construo da tabela de verdade, que fica como
um exerccio para o leitor. Mas note que a contrapositiva de
(35), (37) Se Joo no brasileiro, no carioca, verdadeira nas mesmas circunstncias em que (35) verdadeira. A
diferena entre (35) e (37) que (35) enfatiza que ser carioca
condio suficiente para ser brasileiro, enquanto (37) enfatiza que ser brasileiro condio necessria para ser carioca. Isso ficar mais claro na seo sobre condies necessrias e suficientes.
9. Negaes
Agora ns vamos aprender a negar sentenas construdas com os operadores sentenciais.
Negar uma sentena o mesmo afirmar que a sentena
falsa. Por esse motivo, para negar uma sentena construda com os operadores sentenciais e, ou e se...ento, basta
afirmar a(s) linha(s) da tabela de verdade em que a sentena
falsa.
9a. Negao da disjuno
Comecemos pelos caso mais simples, a disjuno (inclusiva). Como vimos, uma disjuno A ou B falsa no caso em
que tanto A quanto B so falsas. Logo, para negar uma disjuno, ns precisamos dizer que A falsa e tambm que B
falsa, isto , no A e no B. Fica como exerccio para o
leitor a construo das tabelas de verdade de A ou B e no A
e no B para constatar que so idnticas.
(1) Joo comprou um carro ou uma moto.
A negao de (1) :
(2) Joo no comprou um carro e no comprou uma moto,
ou
(3) Joo nem comprou um carro, nem comprou uma moto.
Na linguagem natural, freqentemente formulamos a negao de uma disjuno com a expresso nem...nem. Nem
A, nem B significa o mesmo que no A e no B.
(4) O PMDB receber o ministrio da sade ou o PP receber o ministrio da cultura.
A negao de (4) :
(5) Nem o PMDB receber o ministrio da sade, nem o
Raciocnio Lgico
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APOSTILAS OPO
ento y = 7". Pode-se concluir que:
a) se x 3 anto y 7
b) se y = 7 ento x = 3
c) se y 7 ento x 3
d) se x = 5 ento y = 5
e) se x = 7 ento y = 3
03. B
04. C
05. A
06. C
07. C
08. C
09. C
10. C
a) x > 2
b) x #-2
c) x < -2
d) x < 2
e) x #2
As questes de Raciocnio Lgico sempre vo ser compostas por proposies que provam, do suporte, do razo
a algo, ou seja, so afirmaes que expressam um pensamento de sentindo completo. Essas proposies podem ter
um sentindo positivo ou negativo.
http://www.coladaweb.com/matematica/logica
ESTRUTURAS LGICAS
famlia. Das afirmaes a seguir, referentes s pessoas reunidas, a nica necessariamente verdadeira :
a) pelo menos uma delas tem altura superior a 1,90m;
b) pelo menos duas delas so do sexo feminino;
c) pelo menos duas delas fazem aniversrio no mesmo ms;
d) pelo menos uma delas nasceu num dia par;
e) pelo menos uma delas nasceu em janeiro ou fevereiro.
Veja abaixo:
(~) no: negao
() e: conjuno
(V) ou: disjuno
() se...ento: condicional
Resoluo:
Raciocnio Lgico
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APOSTILAS OPO
PVQ
Q: O Queijo no bom.
CONDICIONAL (smbolo )
~P
PQ
BICONDICIONAL (smbolo )
O resultado dessas proposies ser verdadeiro se e
somente se as duas forem iguais (as duas verdadeiras ou as
duas falsas). P ser condio suficiente e necessria para
Q
CONJUNO (smbolo ):
Este conectivo utilizado para unir duas proposies
formando uma terceira. O resultado dessa unio somente
ser verdadeiro se as duas proposies (P e Q) forem verdadeiras, ou seja, sendo pelo menos uma falsa, o resultado
ser FALSO.
e
PQ
PQ
Fonte: http://www.concursospublicosonline.com/
TABELA VERDADE
Tabela-verdade, tabela de verdade ou tabela veritativa
um tipo de tabela matemtica usada em Lgica para
determinar se uma frmula vlida ou se um sequente
correto.
Raciocnio Lgico
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APOSTILAS OPO
AB
V
V
F
F
V
F
V
F
V
F
V
V
AB
V
V
F
F
V
F
V
F
V
F
F
V
V
V
F
F
V
F
V
F
A((B
F
V
V
F
~A
V
V
F
F
V
F
V
F
AB
A((B
V
V
V
F
F
F
F
V
Conjuno (E)
A conjuno verdadeira se e somente se os operandos
so verdadeiros
A
A^B
V
V
F
F
V
F
V
F
V
F
F
F
Disjuno (OU)
A disjuno falsa se, e somente se ambos os
operandos forem falsos
A
AvB
V
V
F
F
V
F
V
F
V
V
V
F
Raciocnio Lgico
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AB
V
V
F
F
V
F
V
F
V
F
V
V
APOSTILAS OPO
Modus tollens
AB
V
V
F
F
V
F
V
F
F
F
V
V
F
V
F
V
V
F
V
V
Silogismo Hipottico
Tipos
Existem trs possveis tipos de relacionamento entre dois
diferentes conjuntos:
AB
BC
AC
V
V
V
V
F
F
F
F
V
V
F
F
V
V
F
F
V
F
V
F
V
F
V
F
V
V
F
F
V
V
V
V
V
F
V
V
V
F
V
V
V
F
V
F
V
V
V
V
Algumas falcias
Afirmao do conseqente
Se A, ento B. (AB)
B.
Logo, A.
A
AB
V
V
F
F
V
F
V
F
V
F
V
V
AB
BA
V
V
F
F
V
F
V
F
V
F
V
V
V
V
F
V
Fonte: Wikipdia
DIAGRAMAS LGICOS
Histria
Para entender os diagramas lgicos vamos dar uma rpida passada em sua origem.
Raciocnio Lgico
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APOSTILAS OPO
Ao lgico, no interessa se o raciocnio teve esta ou aquela motivao, se respeita ou no a moral social, se teve
influncias das emoes ou no, se est de acordo com uma
doutrina religiosa ou no, se foi produzido por uma pessoa
embriagada ou sbria. Ele considera a sua forma. Ao considerar a forma, ele investiga a coerncia do raciocnio, as
relaes entre as premissas e a concluso, em suma, sua
obedincia a algumas regras apropriadas ao modo como foi
formulado etc.
Apenas a ttulo de ilustrao, seguem-se algumas definies e outras referncias lgica:
A arte que dirige o prprio ato da razo, ou seja, nos
permite chegar com ordem, facilmente e sem erro, ao prprio
ato da razo o raciocnio (Jacques Maritain).
A lgica o estudo dos mtodos e princpios usados para distinguir o raciocnio correto do incorreto (Irving Copi).
A lgica investiga o pensamento no como ele , mas
como deve ser (Edmundo D. Nascimento).
A princpio, a lgica no tem compromissos. No entanto,
sua histria demonstra o poder que a mesma possui quando
bem dominada e dirigida a um propsito determinado, como
o fizeram os sofistas, a escolstica, o pensamento cientfico
ocidental e, mais recentemente, a informtica (Bastos; Keller).
Raciocnio Lgico
20
APOSTILAS OPO
bom argumento opinies que, na verdade, no passam de
preconceitos pessoais, de modismos, de egosmo ou de
outras formas de desconhecimento. Mesmo assim, a habilidade no argumentar, associada desateno ou ignorncia de quem ouve, acaba, muitas vezes, por lograr a persuaso.
Pode-se, ento, falar de dois tipos de argumentao: boa
ou m, consistente/slida ou inconsistente/frgil, lgica ou
ilgica, coerente ou incoerente, vlida ou no-vlida, fraca ou
forte etc.
De qualquer modo, argumentar no implica, necessariamente, manter-se num plano distante da existncia humana,
desprezando sentimentos e motivaes pessoais. Pode-se
argumentar bem sem, necessariamente, descartar as emoes, como no caso de convencer o aluno a se esforar nos
estudos diante da perspectiva de frias mais tranqilas. Enfim, argumentar corretamente (sem armar ciladas para o
interlocutor) apresentar boas razes para o debate, sustentar adequadamente um dilogo, promovendo a dinamizao
do pensamento. Tudo isso pressupe um clima democrtico.
1.3. Inferncia Lgica
Cabe lgica a tarefa de indicar os caminhos para um
raciocnio vlido, visando verdade.
Contudo, s faz sentido falar de verdade ou falsidade
quando entram em jogo asseres nas quais se declara algo,
emitindo-se um juzo de realidade. Existem, ento, dois tipos
de frases: as assertivas e as no assertivas, que tambm
podem ser chamadas de proposies ou juzos.
Nas frases assertivas afirma-se algo, como nos exemplos: a raiz quadrada de 9 3 ou o sol brilha noite. J,
nas frases no assertivas, no entram em jogo o falso e o
verdadeiro, e, por isso, elas no tm valor de verdade. o
caso das interrogaes ou das frases que expressam estados emocionais difusos, valores vivenciados subjetivamente
ou ordens. A frase toque a bola, por exemplo, no falsa
nem verdadeira, por no se tratar de uma assero (juzo).
As frases declaratrias ou assertivas podem ser combinadas de modo a levarem a concluses conseqentes, constituindo raciocnios vlidos. Veja-se o exemplo:
(1) No h crime sem uma lei que o defina;
(2) no h uma lei que defina matar ETs como crime;
(3) logo, no crime matar ETs.
Ao serem ligadas estas assertivas, na mente do interlocutor, vo sendo criadas as condies lgicas adequadas
concluso do raciocnio. Esse processo, que muitas vezes
permite que a concluso seja antecipada sem que ainda
sejam emitidas todas as proposies do raciocnio, chamase
inferncia. O ponto de partida de um raciocnio (as premissas) deve levar a concluses bvias.
1.4. Termo e Conceito
Para que a validade de um raciocnio seja preservada,
fundamental que se respeite uma exigncia bsica: as palavras empregadas na sua construo no podem sofrer modificaes de significado. Observe-se o exemplo:
Os jaguares so quadrpedes;
Raciocnio Lgico
21
APOSTILAS OPO
Conforme vimos, a argumentao o modo como exposto um raciocnio, na tentativa de convencer algum de
alguma coisa. Quem argumenta, por sua vez, pode fazer uso
de diversos tipos de raciocnio. s vezes, so empregados
raciocnios aceitveis do ponto de vista lgico, j, em outras
ocasies, pode-se apelar para raciocnios fracos ou invlidos
sob o mesmo ponto de vista. bastante comum que raciocnios desse tipo sejam usados para convencer e logrem o
efeito desejado, explorando a incapacidade momentnea ou
persistente de quem est sendo persuadido de avaliar o valor
lgico do raciocnio empregado na argumentao.
Um bom raciocnio, capaz de resistir a crticas, precisa
ser dotado de duas caractersticas fundamentais: ter premissas aceitveis e ser desenvolvido conforme as normas apropriadas.
Dos raciocnios mais empregados na argumentao, merecem ser citados a analogia, a induo e a deduo. Dos
trs, o primeiro o menos preciso, ainda que um meio bastante poderoso de convencimento, sendo bastante usado
pela filosofia, pelo senso comum e, particularmente, nos
discursos jurdico e religioso; o segundo amplamente empregado pela cincia e, tambm, pelo senso comum e, por
fim, a deduo tida por alguns como o nico raciocnio
autenticamente lgico, por isso, o verdadeiro objeto da lgica
formal.
A maior ou menor valorizao de um ou de outro tipo de
raciocnio depender do objeto a que se aplica, do modo
como desenvolvido ou, ainda, da perspectiva adotada na
abordagem da natureza e do alcance do conhecimento.
s vezes, um determinado tipo de raciocnio no adequadamente empregado. Vejam-se os seguintes exemplos: o
mdico alemo Ludwig Bchner (1824-1899) apresentou
como argumento contra a existncia da alma o fato de esta
nunca ter sido encontrada nas diversas dissecaes do corpo humano; o astronauta russo Gagarin (1934-1968) afirmou
que Deus no existe pois esteve l em cima e no o encontrou. Nesses exemplos fica bem claro que o raciocnio indutivo, baseado na observao emprica, no o mais adequado para os objetos em questo, j que a alma e Deus so de
ordem metafsica, no fsica.
2.1. Raciocnio analgico
Se raciocinar passar do desconhecido ao conhecido,
partir do que se sabe em direo quilo que no se sabe, a
analogia (an = segundo, de acordo + lgon = razo) um
dos caminhos mais comuns para que isso acontea. No
raciocnio analgico, compara-se uma situao j conhecida
com uma situao desconhecida ou parcialmente conhecida,
aplicando a elas as informaes previamente obtidas quando
da vivncia direta ou indireta da situao-referncia.
Normalmente, aquilo que familiar usado como ponto
de apoio na formao do conhecimento, por isso, a analogia
um dos meios mais comuns de inferncia. Se, por um lado,
fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, tambm
tem servido de inspirao para muitos gnios das cincias e
das artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei
do empuxo), de Galileu na catedral de Pisa (lei do pndulo)
ou de Newton sob a macieira (lei da gravitao universal). No
entanto, tambm uma forma de raciocnio em que se cometem muitos erros. Tal acontece porque difcil estabelecerlhe regras rgidas. A distncia entre a genialidade e a falha
grosseira muito pequena. No caso dos raciocnios analgicos, no se trata propriamente de consider-los vlidos ou
no-vlidos, mas de verificar se so fracos ou fortes. Segun-
Raciocnio Lgico
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APOSTILAS OPO
Pode-se notar que, no caso da analogia, no basta considerar a forma de raciocnio, muito importante que se
avalie o seu contedo. Por isso, esse tipo de raciocnio no
admitido pela lgica formal. Se as premissas forem verdadeiras, a concluso no o ser necessariamente, mas possivelmente, isto caso cumpram-se as exigncias acima.
B A e X;
C A e tambm X;
D A e tambm X;
A N, L, Y, X;
E A e tambm X;
B, tal como A, N, L, Y, X;
logo, todos os A so X
A , tambm, Z
logo, B, tal como A, tambm Z.
Se, do ponto de vista da lgica formal, o raciocnio analgico precrio, ele muito importante na formulao de
hipteses cientficas e de teses jurdicas ou filosficas. Contudo, as hipteses cientficas oriundas de um raciocnio analgico necessitam de uma avaliao posterior, mediante
procedimentos indutivos ou dedutivos.
Observe-se o seguinte exemplo: John Holland, fsico e
professor de cincia da computao da Universidade de
Michigan, lanou a hiptese (1995) de se verificar, no campo
da computao, uma situao semelhante que ocorre no
da gentica. Assim como na natureza espcies diferentes
podem ser cruzadas para obter o chamado melhoramento
gentico - um indivduo mais adaptado ao ambiente -, na
informtica, tambm o cruzamento de programas pode contribuir para montar um programa mais adequado para resolver um determinado problema. Se quisermos obter uma rosa
mais bonita e perfumada, teremos que cruzar duas espcies:
uma com forte perfume e outra que seja bela diz Holland.
Para resolver um problema, fazemos o mesmo. Pegamos
um programa que d conta de uma parte do problema e
cruzamos com outro programa que solucione outra parte.
Entre as vrias solues possveis, selecionam-se aquelas
que parecem mais adequadas. Esse processo se repete por
vrias geraes - sempre selecionando o melhor programa at obter o descendente que mais se adapta questo. ,
portanto, semelhante ao processo de seleo natural, em
que s sobrevivem os mais aptos. (Entrevista ao JB,
19/10/95, 1 cad., p. 12).
Nesse exemplo, fica bem clara a necessidade da averiguao indutiva das concluses extradas desse tipo de
raciocnio para, s depois, serem confirmadas ou no.
2.2. Raciocnio Indutivo - do particular ao geral
Assim sendo, as verdades do raciocnio indutivo dependem das probabilidades sugeridas pelo nmero de casos
Raciocnio Lgico
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APOSTILAS OPO
Fernando poltico e corrupto;
Paulo poltico e corrupto;
Estevo poltico e corrupto;
logo, todos os polticos so corruptos.
A avaliao da suficincia ou no dos elementos no
tarefa simples, havendo muitos exemplos na histria do conhecimento indicadores dos riscos das concluses por induo. Basta que um caso contrarie os exemplos at ento
colhidos para que caia por terra uma verdade por ela sustentada. Um exemplo famoso o da cor dos cisnes. Antes da
descoberta da Austrlia, onde foram encontrados cisnes
pretos, acreditava-se que todos os cisnes fossem brancos
porque todos os at ento observados eram brancos. Ao ser
visto o primeiro cisne preto, uma certeza de sculos caiu por
terra.
2.2.1. Procedimentos indutivos
Apesar das muitas crticas de que passvel o raciocnio
indutivo, este um dos recursos mais empregados pelas
cincias para tirar as suas concluses. H dois procedimentos principais de desenvolvimento e aplicao desse tipo de
raciocnio: o da induo por enumerao incompleta suficiente e o da induo por enumerao completa.
a. Induo por enumerao incompleta suficiente
Nesse procedimento, os elementos enumerados so tidos
como suficientes para serem tiradas determinadas concluses. o caso do exemplo das cobras, no qual, apesar de
no poderem ser conferidos todos os elementos (cobras) em
particular, os que foram enumerados so representativos do
todo e suficientes para a generalizao (todas as cobras...)
b. Induo por enumerao completa
Costuma-se tambm classificar como indutivo o raciocnio
baseado na enumerao completa.
Ainda que alguns a classifiquem como tautologia, ela ocorre quando:
b.a. todos os casos so verificados e contabilizados;
b.b. todas as partes de um conjunto so enumeradas.
Exemplos correspondentes s duas formas de induo
por enumerao completa:
b.a. todas as ocorrncias de dengue foram investigadas e
em cada uma delas foi constatada uma caracterstica prpria
desse estado de morbidez: fortes dores de cabea; obtevese, por conseguinte, a concluso segura de que a dor de
cabea um dos sintomas da dengue.
b.b. contam-se ou conferem-se todos as peas do jogo de
xadrez: ao final da contagem, constata-se que so 32 peas.
Nesses raciocnios, tem-se uma concluso segura, podendo-se classific-los como formas de induo forte, mesmo que se revelem pouco criativos em termos de pesquisa
cientfica.
O raciocnio indutivo nem sempre aparece estruturado
nos moldes acima citados. s vezes, percebe-se o seu uso
Raciocnio Lgico
24
APOSTILAS OPO
Assim sendo, deve-se ter um relativo cuidado com as suas concluses. Elas expressam muito bem a necessidade
humana de explicar e prever os acontecimentos e as coisas,
contudo, tambm revelam as limitaes humanas no que diz
respeito construo do conhecimento.
Raciocnio Lgico
25
APOSTILAS OPO
7) A concluso segue sempre a premissa mais fraca. A
premissa mais fraca sempre a de carter negativo.
Exemplo de formulao incorreta:
Premissa Maior: As aves so animais que voam.
Premissa Menor: Alguns animais no so aves.
Concluso: Alguns animais no voam.
Exemplo de formulao incorreta:
Premissa Maior: As aves so animais que voam.
Premissa Menor: Alguns animais no so aves.
Concluso: Alguns animais voam.
8) De duas premissas particulares nada se conclui.
Exemplo de formulao incorreta:
Premissa Maior: Mimi um gato.
Premissa Menor: Um gato foi covarde.
Concluso: (?)
Fonte: estudaki.files.wordpress.com/2009/03/logicaargumentacao.pdf
A FUNDAO DA LGICA
3)
Anthony Kenny
Universidade de Oxford
Muitas das cincias para as quais Aristteles contribuiu
foram disciplinas que ele prprio fundou. Afirma-o explicitamente em apenas um caso: o da lgica. No fim de uma das
suas obras de lgica, escreveu:
No caso da retrica existiam muito escritos antigos para nos apoiarmos, mas no
caso da lgica nada tnhamos absolutamente a referir at termos passado muito
tempo em laboriosa investigao.
As principais investigaes lgicas de Aristteles incidiam
sobre as relaes entre as frases que fazem afirmaes.
Quais delas so consistentes ou inconsistentes com as outras? Quando temos uma ou mais afirmaes verdadeiras,
que outras verdades podemos inferir delas unicamente por
meio do raciocnio? Estas questes so respondidas na sua
obra Analticos Posteriores.
Ao contrrio de Plato, Aristteles no toma como elementos bsicos da estrutura lgica as frases simples compostas por substantivo e verbo, como "Teeteto est sentado".
Est muito mais interessado em classificar frases que comeam por "todos", "nenhum" e "alguns", e em avaliar as inferncias entre elas. Consideremos as duas inferncias seguintes:
1)
Todos os gregos so europeus.
Alguns gregos so do sexo masculino.
Logo, alguns europeus so do sexo masculino.
2)
Todas as vacas so mamferos.
Alguns mamferos so quadrpedes.
Logo, todas as vacas so quadrpedes.
As duas inferncias tm muitas coisas em comum. So
ambas inferncias que retiram uma concluso a partir de
duas premissas. Em cada inferncia h uma palavra-chave
que surge no sujeito gramatical da concluso e numa das
premissas, e uma outra palavra-chave que surge no predicado gramatical da concluso e na outra premissa. Aristteles
dedicou muita ateno s inferncias que apresentam esta
Raciocnio Lgico
26
APOSTILAS OPO
enganado. De facto, o sistema, ainda que completo em si
mesmo, corresponde apenas a uma fraco da lgica. E
apresenta dois pontos fracos. Em primeiro lugar, s lida com
as inferncias que dependem de palavras como "todos" e
"alguns", que se ligam a substantivos, mas no com as inferncias que dependem de palavras como "se, ento ", que
interligam as frases. S alguns sculos mais tarde se pde
formalizar padres de inferncia como este: "Se no de dia,
de noite; mas no de dia; portanto de noite". Em segundo lugar, mesmo no seu prprio campo de aco, a lgica de Aristteles no capaz de lidar com inferncias nas
quais palavras como "todos" e "alguns" (ou "cada um" e "nenhum") surjam no na posio do sujeito, mas algures no
predicado gramatical. As regras de Aristteles no nos permitem determinar, por exemplo, a validade de inferncias
que contenham premissas como "Todos os estudantes conhecem algumas datas" ou "Algumas pessoas detestam os
polcias todos". S 22 sculos aps a morte de Aristteles
esta lacuna seria colmatada.
A lgica utilizada em todas as diversas cincias que Aristteles estudou; talvez no seja tanto uma cincia em si
mesma, mas mais um instrumento ou ferramenta das cincias. Foi essa a ideia que os sucessores de Aristteles retiraram das suas obras de lgica, denominadas "Organon" a
partir da palavra grega para instrumento.
Raciocnio Lgico
27
APOSTILAS OPO
mentos dedutivos invlidos, nas falcias (como a afirmao
da antecedente, por exemplo) perfeitamente possvel as
premissas serem verdadeiras e a concluso falsa.
Em termos rigorosos, no h problem algum com esta
opo; significa apenas que estamos a dar ao termo "deduo" fora factiva, como damos ao termo "demonstrao". Do
mesmo modo que no h demonstraes invlidas, tambm
no h, de acordo com esta opo, dedues invlidas. Se
uma deduo, vlida; se uma demostrao, vlida.
Uma "demonstrao" invlida nada demonstra; uma "deduo" invlida nada deduz.
O primeiro problema desta opo exigir a reforma do
modo como geralmente se fala e escreve sobre argumentos
dedutivos pois comum falar de argumentos dedutivos
invlidos, como as falcias formais (por oposio s informais). Este problema no decisivo, caso no se levantasse
outro problema: o segundo.
O segundo problema o seguinte: Dado que todos os argumentos so dedutivos ou no dedutivos (ou indutivos, se
quisermos reduzir todo o campo da no deduo induo),
e dado que no faz muito sentido usar o termo "deduo"
factivamente e o termo "induo" no factivamente, o resultado bizarro que deixa de haver argumentos invlidos. O
termo "argumento" torna-se factivo tal como os termos "deduo" e "induo". E isto j demasiado rebuscado; as
pessoas no usam mesmo o termo deste modo, nunca; passamos a vida a falar de argumentos invlidos. E faz todo o
sentido que o faamos, pois se adoptarmos o entendimento
factivo do termo um "argumento" invlido no de todo em
todo um argumento: apenas um conjunto de proposies.
sem dvida possvel aceitar o resultado bizarro, e passar a usar o termo "argumento" factivamente. Mas se tivermos a possibilidade de o evitar, de forma fundamentada e
reflectida, estaremos a facilitar as coisas sobretudo ao
nvel do ensino.
E temos possibilidade de evitar este resultado bizarro, e
manter o uso de "argumento" de tal modo que faa sentido
falar de argumentos invlidos, de dedues invlidas e de
indues invlidas. Para o fazer temos de distinguir cuidadosamente a noo de argumento (dedutivo ou no) da noo
de validade (dedutiva ou no). Podemos, claro, usar um
termo diferente para a validade no dedutiva, e reservar o
termo "validade" para a validade dedutiva, mas esta uma
mera opo terminolgica: tanto faz. O que crucial poder
dizer que um argumento dedutivo, apesar de invlido, ou
indutivo, apesar de invlido. E como se faz isso?
Apresentando os argumentos dedutivos como argumentos cuja validade ou invalidade depende exclusivamente da
sua forma lgica; e os argumentos no dedutivos como argumentos cuja validade ou invalidade no depende exclusivamente da sua forma lgica. Evidentemente, isto no se
aplica a todos os argumentos dedutivos, mas esta uma
complicao que esclareceremos dentro de momentos. Para
j, vejamos alguns exemplos:
Se Scrates era ateniense, era grego.
Scrates era grego.
Logo, era ateniense.
DIAGRAMAS LGICOS
Raciocnio Lgico
28
APOSTILAS OPO
Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicialmente montar os diagramas que representam cada conjunto.
A colocao dos valores comear pela interseco dos trs
conjuntos e depois para as interseces duas a duas e por
ltimo s regies que representam cada conjunto individualmente.
Representaremos esses conjuntos dentro de um retngulo
que indicar o conjunto universo da pesquisa.
Raciocnio Lgico
29
APOSTILAS OPO
Raciocnio Lgico
7. (NCNB_02) Uma professora levou alguns alunos ao parque de diverses chamado Sonho. Desses alunos:
16 j haviam ido ao parque Sonho, mas nunca andaram de
montanha russa.
6 j andaram de montanha russa, mas nunca haviam ido
ao parque Sonho.
Ao todo, 20 j andaram de montanha russa.
Ao todo, 18 nunca haviam ido ao parque Sonho.
Pode-se afirmar que a professora levou ao parque Sonho:
a) 60 alunos
b) 48 alunos
c) 42 alunos
d) 366alunos
e) 32 alunos
8. (ICMS_97_VUNESP) Em uma classe, h 20 alunos que
praticam futebol mas no praticam vlei e h 8 alunos que
praticam vlei mas no praticam futebol. O total dos que
praticam vlei 15.
Ao todo, existem 17 alunos que no praticam futebol. O nmero de alunos da classe :
a) 30
b) 35
c) 37
d) 42
e) 44
9. Suponhamos que numa equipe de 10 estudantes, 6 usam
culos e 8 usam relgio. O numero de estudantes que usa ao
mesmo tempo, culos e relgio :
a) exatamente 6
b) exatamente 2
c) no mnimo 6
d) no mximo 5
e) no mnimo 4
10. Numa pesquisa de mercado, foram entrevistadas vrias
pessoas acerca de suas preferncias em relao a 3 produtos: A, B e C. Os resultados da pesquisa indicaram que:
210 pessoas compram o produto A.
210 pessoas compram o produto N.
250 pessoas compram o produto C.
20 pessoas compram os trs produtos.
100 pessoas no compram nenhum dos 3 produtos.
60 pessoas compram o produto A e B.
70 pessoas compram os produtos A eC.
50 pessoas compram os produtos B e C.
Quantas pessoas foram entrevistadas:
a) 670
b) 970
c) 870
d) 610
30
APOSTILAS OPO
e) 510
11. No problema anterior, calcular quantas pessoas compram
apenas o produto A; apenas o produto B; apenas o produto
C.
a) 210;210;250
b) 150;150;180
c) 100;120;150
d) 120;140;170
e) n.d.a.
12. (A_MPU_ESAF_04) Um colgio oferece a seus alunos
prtica de um ou mais de um dos seguintes esportes: futebol,
basquete e vlei. Sabe-se que, no atual semestre, 20 alunos praticam vlei e basquete;
60 alunos praticam futebol e 65 praticam basquete;
21 alunos no praticam nem futebol nem vlei;
o nmero de alunos que praticam s futebol idntico ao
nmero dos alunos que praticam s vlei;
17 alunos praticam futebol e vlei;
45 alunos praticam futebol e basquete; 30, entre os 45,
no praticam vlei;
O nmero total de alunos do colgio, no atual semestre,
igual a:
a) 93
b) 114
c) 103
d) 110
e) 99
13. (ESAF_97) Uma pesquisa entre 800 consumidores sendo 400 homens e 400 mulheres- mostrou os seguintes
resultados:
Do total de pessoas entrevistadas:
500 assinam o jornal X
350 tm curso superior
250 assinam o jornal X e tm nvel superior
Do total de mulheres entrevistadas:
200 assinam o jornal X
150 tm curso superior
50 assinam o jornal X e tm nvel superior
O nmero de homens entrevistados que no assinam o jornal
X e no tm curso superior , portanto, igual a:
a) 100
b) 200
c) 0
d) 50
e) 25
14. No diagrama abaixo, considere os conjuntos A, B, C e U
( universo ).
11.C
12.E
13.A
14.C
15.C (certo)
16.C,E,C,C,E
17.E,C,E,C
Raciocnio Lgico
31
APOSTILAS OPO
EQUIVALNCIA LGICA
Na lgica, as asseres p e q so ditas logicamente
equivalentes ou simplesmente equivalentes, se p = q e q =
p.
~q
~(p)
Eduardo O C Chaves
Conceituao de Argumento
Um argumento um conjunto de enunciados -- mas no
um conjunto qualquer de enunciados. Num argumento os
enunciados tm que ter uma certa relao entre si e necessrio que um deles seja apresentado como uma tese, ou
uma concluso, e os demais como justificativa da tese, ou
premissas para a concluso. Normalmente argumentos so
utilizados para provar ou disprovar algum enunciado ou para
convencer algum da verdade ou da falsidade de um enunciado.
Raciocnio Lgico
Segundo:
16. Se eu ganhar sozinho na Sena, fico milionrio
17. No ganhei sozinho na Sena
18. Logo, no fiquei milionrio
Esses dois argumentos so muito parecidos. A forma do
primeiro :
32
APOSTILAS OPO
19. Se p, q
20. p
21. Logo, q
A forma do segundo :
22. Se p, q
23. no-p
24. Logo, no-q
O primeiro argumento vlido porque se as duas premissas forem verdadeiras a concluso tem que, necessariamente, ser verdadeira. Se eu argumentar com 13 e 14, e concluir
que no fiquei milionrio, estou me contradizendo.
O segundo argumento invlido porque mesmo que as
duas premissas sejam verdadeiras a concluso pode ser
falsa (na hiptese, por exemplo, de eu herdar uma fortuna
enorme de uma tia rica).
Falcias e Argumentos Slidos ou Cogentes
Argumentos da forma representada pelos enunciados 2224 so todos invlidos. D-se o nome de falcia a um argumento invlido, mas no, geralmente, a um argumento vlido
que possua premissas falsas.
A um argumento vlido cujas premissas so todas verdadeiras (e, portanto, cuja concluso tambm verdadeira) dse o nome de um argumento cogente ou slido.
Argumentos, Convico e Persuaso
Um argumento cogente ou slido deveria convencer a todos, pois vlido e suas premissas so verdadeiras. Sua
concluso, portanto, segue das premissas. Contudo, nem
sempre isso acontece.
Em primeiro lugar, muitas pessoas podem no admitir
que o argumento cogente ou slido. Podem admitir a verdade de suas premissas e negar sua validade. Ou podem
admitir sua validade e negar a verdade de uma ou mais de
suas premissas.
Em segundo lugar, algumas pessoas podem estar certas
da validade de um argumento e estar absolutamente convictas de que a concluso inaceitvel, ou falsa. Neste caso,
podem usar o mesmo argumento para mostrar que pelo
menos uma de suas premissas tem que ser falsa.
Um argumento invlido (falcia), ou um argumento vlido
com premissas falsas, no deveria convencer ningum. No
entanto, muitas pessoas so persuadidas por argumentos
desse tipo.
A questo da validade ou no de um argumento inteiramente lgica.
A questo da cogncia ou solidez de um argumento ao
mesmo tempo lgica (porque depende da sua validade) e
epistemolgica (porque depende de suas premissas serem
verdadeiras).
A questo da fora persuasiva de um argumento uma
questo psicolgica, ou psicossocial.
Contradio
Diz-se que h contradio quando se afirma e se nega
simultaneamente algo sobre a mesma coisa. O princpio da
contradio informa que duas proposies contraditrias
no podem ser ambas falsas ou ambas verdadeiras ao
mesmo tempo.Existe relao de simetria, no podem ter o
mesmo valor de verdade.
Por exemplo, imaginando-se que se tem um conjunto de
bolas, a afirmao "Toda Bola Vermelha" e a afirmao
"Alguma Bola no Vermelha" formam uma contradio,
Raciocnio Lgico
33
APOSTILAS OPO
expresso da estrutura constitutiva do real, ou de o negar
supondo que a prpria realidade contraditria (Hereclito) ou
que, no processo dialtico da sua evoluo, a realidade
supera, transcende ou vai mais alm do princpio de
contradio (Hegel). Quando predomina o lado lgico e
metalgico, trata-se ento de saber se o princpio deve ser
considerado como um axioma evidente por si mesmo ou
como uma conveno da nossa linguagem que nos permite
falar acerca da realidade.
LEIS DE AUGUSTUS DE MORGAN
1. O complementar da reunio de dois conjuntos A e B
a interseo dos complementares desses conjuntos.
(A B)c = Ac Bc
2. O complementar da reunio de uma coleo finita de
conjuntos a interseo dos complementares desses
conjuntos.
(A1 A2 ... An)c = A1c A2c ... Anc
3. O complementar da interseo de dois conjuntos A e
B a reunio dos complementares desses conjuntos.
(A B)c = Ac Bc
4. O complementar da interseo de uma coleo finita
de conjuntos a reunio dos complementares desses
conjuntos.
(A1 A2 ... An)c = A1c A2c ... Anc
Tautologia
Na lgica proposicional, uma tautologia (do grego
) uma frmula proposicional que verdadeira
para todas as possveis valoraes de suas variveis
proposicionais. A negao de uma tautologia uma
contradio ou antilogia, uma frmula proposicional que
falsa independentemente dos valores de verdade de suas
variveis. Tais proposies so ditas insatsfatveis.
Reciprocamente, a negao de uma contradio uma
tautologia. Uma frmula que no nem uma tautologia nem
uma contradio dita logicamente contingente. Tal
frmula pode ser verdadeira ou falsa dependendo dos
valores atribudos para suas variveis proposicionais.
Uma propriedade fundamental das tautologias que
existe um procedimento efetivo para testar se uma dada
frmula sempre satisfeita (ou, equivalentemente, se seu
complemento insatisfatvel). Um mtodo deste tipo usa as
tabelas-verdade. O problema de deciso de determinar se
uma frmula satisfatvel o problema de satisfabilidade
booleano, um exemplo importante de um problema NPcompleto na teoria da complexidade computacional.
Raciocnio Lgico
34
APOSTILAS OPO
{1, 2, 2, 1, 3, 2}
{x : x um nmero inteiro tal que 0<x<4}
Os trs exemplos acima so maneiras diferentes de
representar o mesmo conjunto.
possvel descrever o mesmo conjunto de diferentes
maneiras: listando os seus elementos (ideal para conjuntos
pequenos e finitos) ou definindo uma propriedade de seus
elementos. Dizemos que dois conjuntos so iguais se e
somente se cada elemento de um tambm elemento do
outro, no importando a quantidade e nem a ordem das
ocorrncias dos elementos.
Conceitos essenciais
um elemento de
elemento
. Se
no pertence ao conjunto
{1, 2, 3}
Raciocnio Lgico
, ns podemos
1. Conceitos primitivos
e podemos escrever
no um elemento de
podemos escrever
Sem fixar o zero, temos:
3 algarismo: 4 possibilidades (2,4,6,8)
1 algarismo: 8 possibilidades
(1,2,3,4,5,6,7,8,9),
excluindo a escolha feita para o ltimo algarismo;
2 algarismo: 8 possibilidades (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9) ,
porm excluindo as escolhas feitas para o primeiro e
ltimo algarismos.
pertence ao conjunto
35
APOSTILAS OPO
Exemplo: M = { x | x = -25}
{ } ou por
Exerccio resolvido
Determine o nmero de elementos dos seguintes com
juntos :
a)
A = { x | x letra da palavra amor }
b)
B = { x | x letra da palavra alegria }
c)
c o conjunto esquematizado a seguir
d)
D = ( 2; 4; 6; . . . ; 98 )
e)
E o conjunto dos pontos comuns s relas
r e s, esquematizadas a seguir :
H = { x | x par positivo }
A representao grfica de um conjunto bastante cmoda. Atravs dela, os elementos de um conjunto so representados por pontos interiores a uma linha fechada que no
se entrelaa. Os pontos exteriores a esta linha representam
os elementos que no pertencem ao conjunto.
Exemplo
Resoluo
a) n(A) = 4
b) n(B) = 6,'pois a palavra alegria, apesar de possuir
dote letras, possui apenas seis letras distintas entre si.
Raciocnio Lgico
36
APOSTILAS OPO
c)
n(C) = 2, pois h dois elementos que pertencem a
C: c e C e d e C
d) observe que:
2 = 2 . 1 o 1 par positivo
4 = 2 . 2 o 2 par positivo
6 = 2 . 3 o 3 par positivo
8 = 2 . 4 o 4 par positivo
.
.
.
.
.
.
98 = 2 . 49 o 49 par positivo
logo: n(D) = 49
2. Determine o nmero de subconjuntos do conjunto
C = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 }
e)
As duas retas, esquematizadas na figura,
possuem apenas um ponto comum.
Logo, n( E ) = 1, e o conjunto E , portanto, unitrio.
Resposta: 1024
6 igualdade de conjuntos
Vamos dizer que dois conjuntos A e 8 so iguais, e indicaremos com A = 8, se ambos possurem os mesmos elementos. Quando isto no ocorrer, diremos que os conjuntos
so diferentes e indicaremos com A B. Exemplos .
a) {a;e;i;o;u} = {a;e;i;o;u}
b) {a;e;i;o,u} = {i;u;o,e;a}
c) {a;e;i;o;u} = {a;a;e;i;i;i;o;u;u}
d) {a;e;i;o;u} {a;e;i;o}
2
e) { x | x = 100} = {10; -10}
2
f) { x | x = 400} {20}
C=
1 1 1 2 3 3
; ; ; ; ;
2 3 4 4 4 5
Resposta: 32
B) OPERAES COM CONJUNTOS
1 Unio de conjuntos
Dados dois conjuntos A e B, chamamos unio ou reunio
de A com B, e indicamos com A B, ao conjunto constitudo
por todos os elementos que pertencem a A ou a B.
7 Subconjuntos de um conjunto
Dizemos que um conjunto A um subconjunto de um
conjunto B se todo elemento, que pertencer a A, tambm
pertencer a B.
Exemplos
a)
b)
c)
2 Interseco de conjuntos
Dados dois conjuntos A e B, chamamos de interseo de
A com B, e indicamos com A B, ao conjunto constitudo
por todos os elementos que pertencem a A e a B.
Exemplo
Sejam os conjuntos A = {x | x mineiro} e B = { x | x
brasileiro} ; temos ento que A B e que B A.
Observaes:
Quando A no subconjunto de B, indicamos com A
B ou B
A.
Admitiremos que o conjunto vazio est contido em
qualquer conjunto.
Exemplos
a) {a;b;c}
b) {a;b;c}
c) {a;b;c}
Raciocnio Lgico
37
{d;e} =
{b;c,d} = {b;c}
{a;c} = {a;c}
APOSTILAS OPO
Exerccios resolvidos
1. Sendo A = ( x; y; z ); B = ( x; w; v ) e C = ( y; u; t ),
determinar os seguintes conjuntos:
a) A B
f) B C
b) A B
g) A B C
c) A C
h) A B C
d) A C
i) (A B) U (A C)
e) B C
Resoluo
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
A B = {x; y; z; w; v }
A B = {x }
A C = {x; y;z; u; t }
A C = {y }
B C={x;w;v;y;u;t}
B C=
A B C= {x;y;z;w;v;u;t}
A B C=
(A B) u (A C)={x} {y}={x;y}
C)
n(A
B) = 20 + 30 5 e ento:
n(A
B) = 45.
4 Conjunto complementar
Dados dois conjuntos A e B, com
B A, chamamos
de conjunto complementar de B em relao a A, e indicamos
com CA B, ao conjunto A - B.
Observao: O complementar um caso particular de
diferena em que o segundo conjunto subconjunto do
primeiro.
Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando
com hachuras o complementar de B em relao a A, temos:
.Resoluo
C-A
BC
CB
Resoluo
a)
b)
c)
d)
e)
f)
A - B = { y; z }
B - A= {w;v}
A - C= {x;z}
C A = {u;t}
B C = {x;w;v}
C B = {y;u;t}
Raciocnio Lgico
38
APOSTILAS OPO
PROBABILIDADES
Introduo
Soluo:
Raciocinando matematicamente, os resultados cara e coroa tm as mesmas chances de ocorrer. Como so duas
possibilidades (cara ou coroa) podemos dizer que as chances de dar cara de 1 para 2. Isto o mesmo que dizer que
a probabilidade de o resultado ser cara ou 0,5 ou 50%.
EXEMPLO 4
No Exemplo 2 da Aula 48 vimos que, num restaurante
que prepara 4 pratos quentes, 2 saladas e 3 sobremesas
diferentes, existem 24 maneiras diferentes de um fregus se
servir de um prato quente, uma salada e uma sobremesa.
No Exemplo 3 daquela aula descobrimos que havia, dentre os 24 cardpios possveis, 6 cardpios econmicos. Qual
a probabilidade de um fregus desavisado escolher uma das
opes mais caras?
EXEMPLO 2
O chefe de uma seo com 5 funcionrios deu a eles 1
ingresso da final de um campeonato para que fosse sorteado. Aps escreverem seus nomes em papis idnticos, colocaram tudo num saco para fazer o sorteio. Qual a chance
que cada um tem de ser sorteado?
Soluo:
J sabemos que a probabilidade de escolher os mais caros ser:
n de cardpios mais
p(mais caro) caros
=
n de cardpios possveis
Soluo:
Raciocnio Lgico
39
APOSTILAS OPO
a) p (no mulher) =
18 3
= = 0,75 = 75%
54 4
6
= 0,05 = 5%
126
120
= 0,95 = 95%
126
No Exemplo 7 os grupos contados em a) e em b) completam todos os grupos possveis (6 + 120 = 126). Portanto as
EXEMPLO 5
Numa urna esto 10 bolas de mesmo tamanho e de
mesmo material, sendo 8 pretas e 2 brancas. Pegando-se
uma bola qualquer dessa urna, qual a probabilidade de ela
ser branca?
Soluo:
p (E) =
n de bolas bran2 1
=
= = 20%
p(branca) = cas
10 5
n total de bolas
6
120 126
+
=
ou 100%
126 126 126
n de resultados favorveis a E
n total de resultados possveis
m
ser menor ou igual a 1: p (E) 1.
n
EXEMPLO 6
De um baralho normal de 52 cartas e mais 2 coringas retiramos uma das cartas ao acaso. Qual a probabilidade de:
a) ser um s?
ro m ser zero e p (E) =
b) ser um coringa, em jogos que tambm consideram o 2
como coringa?
m
=0
n
Soluo:
p(coringa) =
n total de cartas
6
=
54
0,07 =
m
1
n
ou
0 p (E) 1
EXEMPLO 8
m
ser sempre positiva
n
0,11
11%
EXEMPLO 7
Soluo:
Em anlise combinatoria, vimos que, com 6 homens e 3
mulheres, podemos formar C 59 = 126 grupos de 5 pessoas e
C 56 = 6 grupos de 5 pessoas nos quais s escolhemos homens. Supondo que as chances de cada um dos grupos a
mesma, qual a probabilidade de escolher:
a) um grupo onde no h mulheres;
P (mltiplo de 3) =
6
=1
6
Soluo:
b) Como qualquer dos algarismos 1, 3 e 5 colocados no
final do nmero formado gera um nmero mpar, no formaremos nenhum nmero par.
Raciocnio Lgico
40
APOSTILAS OPO
Assim, como a quantidade de casos favorveis zero,
temos:
p (par) =
0
=0
6
Exerccio 6
Um pouco de histria
4
1
=
= 7,69%
52 13
b)
12 2
= = 23%
52 3
2.
4
1
=
= 67%
6 13
3. a)
Exerccios
6
1
=
= 17%
36 6
b) 0
Exerccio 1
c) 0
d)
24
= 67%
36
4.
1
= 0,000 000 000 087 =
1144130400 0
Exerccio 2
0,000 000 0087%
No lanamento de um dado, qual a probabilidade de o
nmero obtido ser menor ou igual a 4?
5.
Exerccio 3
1
= 0,000 000 000 11 =
9034502400
No lanamento de dois dados, um verde e outro vermelho, qual a probabilidade de que a soma dos pontos obtidos
seja:
6.
3!
3
26 10
6
= 0,000 000 034 =
175760000
a) 7
0,000 003 4%
b) 1
Calculando probabilidades
c) maior que 12
Voc j aprendeu que a probabilidade de um evento E :
d) um nmero par
n de resultados favorveis a
E
p (E) =
n total de resultados possveis
Exerccio 4
Na Aula 48 vimos que na SENA existem 11.441.304.000
maneiras de escolher 6 nmeros de 01 a 50. Se voc apostar
em 6 nmeros, qual a probabilidade de sua aposta ser a
sorteada?
Exerccio 5
Raciocnio Lgico
Iremos calcular a probabilidade de ocorrncia de um evento e outro, bem como a ocorrncia de um ou outro evento. Em muitas situaes a ocorrncia de um fato qualquer
depende da ocorrncia de um outro fato; nesse caso dize-
41
APOSTILAS OPO
P (A) =
10 1
=
30 3
P (B) =
25 5
=
30 6
EXEMPLO 1
Num grupo de jovens estudantes a probabilidade de que
um jovem, escolhido ao acaso, tenha mdia acima de 7,0
1
. Nesse mesmo grupo, a probabilidade de que um jovem
5
5
. Qual a probabilidade de escolhersaiba jogar futebol
6
mos um jovem (ao acaso) que tenha mdia maior que 7,0 e
saiba jogar futebol?
P (A e B) = P (A) P (B) =
1 5 5
x =
3 6 18
Soluo:
5
.
18
EXEMPLO 3
4
. Para continuar na competio
7
a segunda
1
tm mdia acima de 7,0 e
5
5
1
5
1
jogar futebol. Ora,
de
, ou seja,
x
=
6
5
6
5
todos os jovens,
5
sabem
6
1
, sabem
6
1
.
6
Repare que para encontrarmos P (A e B) efetuamos P (A)
P (B). Ento, conclumos que, quando A e B so eventos
independentes (no tm nada a ver um com o outro):
P (A e B) = P (A) P (B)
EXEMPLO 2
Dos 30 funcionrios de uma empresa, 10 so canhotos e
25 vo de nibus para o trabalho. Escolhendo ao acaso um
desses empregados, qual a probabilidade de que ele seja
canhoto e v de nibus para o trabalho?
Soluo:
3
. Qual a probabilidade de que um atleta que
4
Soluo:
A : terminar a 1 etapa da prova (natao).
B : terminar a 2 etapa da prova (corrida), tendo terminado a 1.
Note que A e B no so eventos independentes pois, para comear a 2 etapa necessrio, antes, terminar a 1.
Nesse caso dizemos que a ocorrncia do evento B depende (est condicionada) ocorrncia do evento A.
Utilizamos ento a notao B/A, que significa a dependncia dos eventos, ou melhor, que o evento B/A denota a
ocorrncia do evento B, sabendo que A j ocorreu. No caso
deste exemplo, temos: B/A terminar a 2 etapa (corrida),
sabendo que o atleta terminou a 1 etapa (natao).
E agora? Como calcular P (A e B)?
simples: no lugar de usarmos P(B) na frmula P(A e B)
= P(A) P(B), usaremos P(B/A) j que a ocorrncia de B
depende da ocorrncia de A.
Considere os eventos:
O
A : ser canhoto
Raciocnio Lgico
enunciado
deste
problema
nos
diz
que
P(A)
4
3
= P(B/A)= ; assim,
7
4
42
APOSTILAS OPO
4 3 3
x =
7 4 7
EXEMPLO 5
3
.
7
Na Copa Amrica de 1995, o Brasil jogou com a Colmbia. No primeiro tempo, a seleo brasileira cometeu 10
faltas, sendo que 3 foram cometidas por Leonardo e outras 3
por Andr Cruz. No intervalo, os melhores lances foram reprisados, dentre os quais uma falta cometida pelo Brasil,
escolhida ao acaso. Qual a probabilidade de que a falta escolhida seja de Leonardo ou de Andr Cruz?
Soluo:
EXEMPLO 4
da dentre as 10
9
. Depois de ser
10
2
.
3
3
.
10
probabilidade de ser escolhida uma falta do Andr Cruz
Soluo:
Considere os eventos:
6
3
= .
10
5
3
.
10
dois jogadores=
A: aprovao na prova escrita.
.
3
3
6
3
+
=
=
10
10
10
5
Note que isso vale porque uma falta no pode ser cometida pelos dois jogadores ao mesmo tempo, ou seja, o evento
A e B impossvel.
9
10
EXEMPLO 6
2
P(B/A) =
3
P(A e B) =
9 2 3
x =
10 3 5
3
.
5
Uma empresa que fabrica suco de laranja fez uma pesquisa para saber como est a preferncia do consumidor em
relao ao seu suco e ao fabricado por seu principal concorrente. Essa empresa chamada SOSUMO, e seu concorrente SUMOBOM. A pesquisa concluiu que dos 500 entrevistados, 300 preferiam o SUMOBOM, 100 consumiam os dois,
250 preferiam SOSUMO e 50
nenhum dos dois. Um dos entrevistados foi escolhido ao
acaso. Qual a probabilidade de que ele seja:
a) consumidor de SOSUMO e SUMOBOM;
Raciocnio Lgico
43
APOSTILAS OPO
100
1
= .
500
5
b) Usando o raciocnio do Exemplo 5, para saber a probabilidade da ocorrncia de um evento ou outro, somamos
as probabilidades de os dois eventos ocorrerem separadamente. Mas, neste exemplo, devemos tomar cuidado com o
seguinte: existem pessoas que consomem os dois sucos
indiferentemente, compram o que estiver mais barato, por
exemplo. Assim, no podemos contar essas pessoas (que
consomem um e outro) duas vezes.
Observe que o evento A ou B (consumir um suco ou outro) deve incluir como casos favorveis todas as pessoas que
no fazem parte do grupo dos que no consomem esses
dois sucos.
Sabamos que dos 500 entrevistados, 50 pessoas consumiam nenhum dos dois e a probabilidade de escolhermos
uma dessas pessoas ao acaso era
B: preferir o SUMOBOM
A e B: consumir SOSUMO e SUMOBOM
A ou B: consumir SOSUMO ou SUMOBOM
Repare que este ou quer dizer: apenas o SOSUMO ou
apenas o SUMOBOM.
Fazendo P(A ou B) = P(A) + P(B) estamos contando duas
vezes as pessoas que apesar de preferirem um dos sucos,
consomem os dois. Logo, devemos
subtrair de P(A) + P(B) o resultado de P(A e B) para retirar a contagem dobrada.
Temos ento:
P (A ou B) = P (A) + P (B) P (A e B)
Calculando:
1
9
=
, raciocinando por exclu10
10
so.
50
1
, ou seja,
.
500
10
Exerccios propostos.
Exerccio 1
Em uma cidade do interior do Brasil, a probabilidade de
que um habitante escolhido ao acaso tenha televiso em
11
. J a probabilidade de esse habitante ser um
12
1
comerciante
. Escolhendo um habitante dessa cidade
11
casa
1
e de aprovao na prova prtica (depois de ser aprova4
2
do na escrita)
, calcule a probabilidade de que um pro3
250 1
=
500 2
300 3
P(B) =
=
500 5
P(A e B) =
100
1
=
500
5
P(A ou B) =
1 3 1 1 2 5+4 9
+ - = + =
=
2 5 5 2 5 10
10
Exerccio 3
Em uma noite de sexta-feira, pesquisadores percorreram
500 casas perguntando em que canal estava ligada a televiso. Desse modo, descobriram que em 300 casas assistiam
ao canal VER-DE-PERTO, 100 viam o canal VERMELHOR e
outras 100 casas no estavam com a TV ligada. Escolhida
uma
das 500 casas, ao acaso, qual a probabilidade de que a
TV esteja sintonizada no canal VER-DE-PERTO ou no canal
VER-MELHOR?
Exerccio 4
9
.
10
Raciocnio Lgico
Dos 140 funcionrios de uma fbrica, 70 preferem a marca de cigarros FUMAA, 80 preferem TOBACO e 30 fumam
ambas sem preferncia.
44
APOSTILAS OPO
Sabendo que 20 funcionrios no fumam, calcule a probabilidade de que um funcionrio, escolhido ao acaso:
e)
50 + 20 70 1
=
=
140
140 2
f)
40 + 20 60 3
=
=
140
140 7
Fonte: http://www.bibvirt.futuro.usp.br
Exerccio 5
GEOMETRIA
Com as mesmas informaes do exerccio anterior, calcule a probabilidade de que um funcionrio, escolhido ao acaso:
reas
Procedimentos para o clculo das medidas de uma superfcie plana. Mtodo para calcular a rea do quadrado, do
losango, do paralelogramo, do tringulo, do retngulo, do
polgono e do crculo geomtrico.
a) fume s FUMAA
b) fume s TOBACO
c) fume s FUMAA ou s TOBACO
d) no fume nenhuma das duas marcas de cigarro
e) no fume FUMAA
f) no fume TOBACO
Respostas
1. Eventos independentes:
L-se: ngulo
1
12
AOB
so lados
do ngulo. O
ponto O o seu
vrtice.
1
2. Eventos dependentes:
6
3.
4. a) P (A e B) =
Bissetriz de um ngulo
a semi-reta de origem no
vrtice de um ngulo e que o
divide em dois ngulos congruentes.
b) P (A ou B) =
5. a)
40 + 30 + 50 120 6
=
=
140
140 7
40 2
=
140 7
b)
50
5
=
140 14
c)
40 + 50 9
=
14
140
d)
20 1
=
140 7
Raciocnio Lgico
45
APOSTILAS OPO
Nomenclatura
Propriedades
Correspondentes | a e e; b e f; c e g; d e h| Congruentes
Colaterais internos | e e f; d e e|
Suplementares
Colaterais externos | a e h; d e g|
Suplementares
Alternos externos | a e g; b e h|
Congruentes
Alternos internos | c e e; d e f|
Congruentes
NGULOS NA CIRCUNFERNCIA
S=a.b
Quadrado
S = a
Arco: qualquer uma das duas partes em que uma circunferncia fica dividida por dois quaisquer de seus pontos .
Paralelogramo
S=a.h
Losango
Um ngulo central em relao a uma circunferncia se o seu vrtice coincide com o centro da mesma.
Raciocnio Lgico
46
APOSTILAS OPO
Trapzio
Tringulo
Quando o polgono tem todos os lados e ngulos internos congruentes eles recebem o nome de polgonos regulares.
Quando o polgono no tem nem lados e nem ngulos
congruentes recebe o nome de irregulares.
Para que um polgono seja regular ele tem que assumir
ser: eqiltero, ter todos os lados congruentes e ser ao
mesmo tempo eqingulo, ter os ngulos congruentes.
Na construo de um polgono preciso utilizar um transferidor para medir os ngulos corretamente e uma rgua para
medir os lados corretamente.
POLGONOS
convexo somente se, quaisquer que sejam os pontos x
e y do seu interior, o segmento de reta xy est inteiramente
contido em seu interior.
Polgono convexo
Polgono cncavo
Essas linhas so chamadas de lados e a unio delas chamada de vrtice e a unio dos vrtices chamada
de diagonal. O nico polgono que no possui diagonal o
tringulo.
Raciocnio Lgico
47
APOSTILAS OPO
i1, i2, i3, i4, ... in
so as medidas
dos ngulos internos de um
polgono de n lados.
Polgono regular
Um polgono regular
somente se, todos os seus
lados so congruentes e se
todos os seus ngulos
internos so congruentes.
QUADRILTEROS
Teorema
A soma das medidas dos quatro ngulos internos de um
quadriltero qualquer igual a 360.
Trapzio
todo quadriltero que possui somente
um par, de lados opostos
paralelos.
AB e CD
Paralelogramos Notveis
RETNGULO
todo paralelogramo
que possui seu ngulos
retos.
LOSANGO
todo paralelogramo
que possui quatro lados
congruentes.
AB e CD so as bases do trapzio
AC e BD so os lados transversa is
Classificao dos Trapzios
Trapzio escaleno
Os lados transversos
tm medidas diferentes
QUADRADO
todo paralelogramo que
retngulo e losango simultneamente, ou seja, seu ngulos
so retos e seu lados so congruentes.
AD BC
Trapzio issceles
Os lados transversos
tm medidas iguais.
Congruncia de tringulos
Dois ou mais tringulos so congruentes somente se os
seus lados e ngulos forem ordenados congruentes.
AD = BC
Trapzio retngulo
Um dos lados transversos perpendicular as
bases.
Raciocnio Lgico
48
APOSTILAS OPO
Semelhana de tringulos
Dois tringulos so semelhantes somente se, existe uma
correspondncia biunvoca que associa os trs vrtices de
um dos tringulos aos trs vrtices do outro, de forma que:
I) lados opostos a vrtices correspondentes so proporcionais.
II) ngulos com vrtices correspondentes so congruentes.
Relaes Mtricas
Tringulo Retngulo
Num tringulo ABC, retngulo em A, indicamos por:
A a medida da hipotenusa BC
B a medida do cateto AC
C a medida do cateto AB
H a medida de AH, altura relativa a BC
M a medida de HC, projeo ortogonal de AC sobre BC
los
1) Caso AA (ngulo, ngulo)Dois tringulos so semelhantes
somente se, tm dois ngulos respectivamente congruentes.
b + c = a (teorema de Pitgoras).
O quadrado da medida de um cateto igual ao produto da
medida da hipotenusa pela medida da projeo ortogonal desse cateto sobre a hipotenusa, ou seja,
b = a . m
c = a . n
O produto das medidas dos catetos igual ao produto da
hipotenusa pela altura relativa hipotenusa, ou seja,
b.c=a.h.
Raciocnio Lgico
49
APOSTILAS OPO
O baricentro (ponto de interseco das medianas), o ortocentro (ponto de interseco das retas suportes das alturas), o incentro (ponto de interseco das bissetrizes internas) e o circuncentro(ponto de interseco das mediatrizes
dos lados) coincidem.
O baricentro divide cada mediana em duas partes tais
que a que contm o vrtice o dobro da outra.
Quadrado
Num quadrado, cujo lado tem medida a, a medida d de
uma diagonal dada por:
d = a 2
Teorema de Tales
Se um feixe de paralelas determina segmentos congruentes sobre uma transversal, ento esse feixe determina
segmentos congruentes sobre qualquer outra transversal.
Fonte: http://www.brasilescola.com
LGEBRA - EQUAES
2
2
Exemplo: 3a ; 2axy + 4x ; xyz; x
+ 2 , o mes3
mo que 3.a ; 2.a.x.y + 4.x ; x.y.z; x : 3 + 2, as letras a,
x, y e z representam um nmero qualquer.
2
Chama-se valor numrico de uma expresso algbrica quando substitumos as letras pelos respectivos
valores dados:
2
Exemplo:
3x + 2y para x = 1 e y = 2, substituin2
do os respectivos valores temos, 3.(1) + 2.2 3 . 1+
4 3 + 4 = 7 o valor numrico da expresso.
Raciocnio Lgico
50
APOSTILAS OPO
Exerccios
Calcular os valores numricos das expresses:
3x 3y
para x = 1 e y =3
x + 2a
para x =2 e a = 0
2
5x 2y + a para x =1, y =2 e a =3
Respostas: 1) 6
2) 2 3) 4
Exerccios
Dar os graus e os coeficientes dos monmios:
2
coefciente__________
a)3x y z grau
7 2 2
b)a x z grau
coeficiente__________
c) xyz grau
coeficiente__________
5x , 2y,
3 x , 4a ,
3,x
Exemplos:
4 3
4 3 1
1) 2 x y z = 2.x .y .z (somando os expoentes da
parte literal temos, 4 + 3 + 1 = 8) grau 8.
Expresso polinmio: toda expresso literal
constituda por uma soma algbrica de termos ou monmios.
2
Exemplos: 1)2a b 5x
2)3x + 2b+ 1
5 4
Raciocnio Lgico
Respostas: 1) 8x y z
4 2
Exemplo: 5a x 3a x y + 2xy
Grau 2+1 = 3, grau 4+2+1= 7, grau 1+1= 2, 7 o
maior grau, logo o grau do polinmio 7.
2) 9x 3x + 3
Respostas: 1) 2x +3a
3 5
2) 10a b x
EQUAES DO 1. GRAU
Equao: o nome dado a toda sentena algbrica
que exprime uma relao de igualdade.
51
APOSTILAS OPO
Ou ainda: uma igualdade algbrica que se verifica
somente para determinado valor numrico atribudo
varivel. Logo, equao uma igualdade condicional.
Exemplo: 5 + x = 11
0
0
2 .membro
1 .membro
x + y = 8 . ( - 1)
- x y = 8
- x- y =-8
Resoluo de equaes
x+0 = 3
x=3
Para resolver uma equao (achar a raiz) seguiremos os princpios gerais que podem ser aplicados numa
igualdade.
Ao transportar um termo de um membro de uma igualdade para outro, sua operao dever ser invertida.
Exemplo:
2x + 3 = 8 + x
fica assim: 2x x = 8 3 = 5 x = 5
Note que o x foi para o 1. membro e o 3 foi para o
2. membro com as operaes invertidas.
Dizemos que 5 a soluo ou a raiz da equao, dizemos ainda que o conjunto verdade (V).
Exerccios
Resolva as equaes :
1) 3x + 7 = 19
2) 4x +20=0
3) 7x 26 = 3x 6
Respostas: 1) x = 4 ou V = {4}
2) x = 5 ou V = {5}
3) x = 5 ou V = {5}
EQUAES DO 1. GRAU COM DUAS VARIVEIS
OU SISTEMA DE EQUAES LINEARES
Resoluo por adio.
x+ y=7 -I
Exemplo 1:
x y = 1 - II
Soma-se membro a membro.
2x +0 =8
2x = 8
8
x=
2
x=4
Sabendo que o valor de x igual 4 substitua este valor em qualquer uma das equaes ( I ou II ),
Substitui em I fica:
4+y=7 y=74 y=3
Se quisermos verificar se est correto, devemos
substituir os valores encontrados x e y nas equaes
x+y=7
xy=1
4 +3 = 7
43=1
Dizemos que o conjunto verdade: V = {(4, 3)}
2x + y = 11 - I
Exemplo 2 :
x + y = 8 - II
Raciocnio Lgico
-
3x - y = 2
neste exemplo, devemos multiplicar a equao II por
2 (para desaparecer a varivel y).
5x + 2y = 18
5 x + 2 y = 18
3x - y = 2 .(2)
6 x 2 y = 4
soma-se membro a membro:
5x + 2y = 18
6x 2y = 4
22
11x+ 0=22 11x = 22 x =
x=2
11
Substituindo x = 2 na equao I:
5x + 2y = 18
5 . 2 + 2y = 18
10 + 2y = 18
2y = 18 10
2y = 8
8
y=
2
y =4
ento V = {(2,4)}
Exerccios. Resolver os sistemas de Equao Linear:
7 x y = 20
5 x + y = 7
8 x 4 y = 28
1)
2)
3)
5 x + y = 16
8 x 3 y = 2
2x 2y = 10
Respostas: 1) V = {(3,1)} 2) V = {(1,2)} 3) V {(3,2 )}
INEQUAES DO 1. GRAU
Distinguimos as equaes das inequaes pelo sinal,
na equao temos sinal de igualdade (=) nas inequaes so sinais de desigualdade.
> maior que, maior ou igual, < menor que ,
menor ou igual
Exemplo 1: Determine os nmeros naturais de modo que 4 + 2x > 12.
4 + 2x > 12
2x > 12 4
8
2x > 8 x >
x>4
2
52
APOSTILAS OPO
3) a 1
FATORAO ALGBRICA
1. Caso: Fator Comum
Exemplo 1:
2a + 2b: fator comum o coeficiente 2, fica:
2 .(a+b). Note que se fizermos a distributiva voltamos
no incio (Fator comum e distributiva so operaes
inversas)
Exerccios. Fatorar:
2) ab + ax
1) 5 a + 5 b
Respostas: 1. caso
1) 5 .(a +b )
3) 4a. (c + b)
Exerccios. Fatorar:
2
2
1) 4a + 2a
2) 3ax + 6a y
Respostas: 1. caso
2) 3a .(x + 2ay)
2) 9 + 12a + 4a
2) 16 24a + 9a
1) 2a .(2a + 1)
2
3) 2a (2a + 1)
a 2 = a e b2 = b e o
tremo a2 + 2ab + b2
2
2
2
termo do meio 2.a.b, ento a + 2ab + b = (a + b)
(quadrado da soma).
Exemplo 2:
2
4a + 4a + 1
1) (x + y)
2
3) (4 + a)
x2 = x e
2
x 2xy + y = (x y)
Respostas: 3. caso
2
2
1) a 4
2) 4a 9
Raciocnio Lgico
Exemplo 1
2
2
a + 2ab + b extrair as razes quadradas do ex-
3) 4a + 2a
2. Caso: Trinmio quadrado perfeito ( a operao inversa dos produtos notveis caso 1)
2) a. (b + x)
Exemplo 2:
2
3a + 6a: Fator comum dos coeficientes (3, 6) 3,
porque MDC (3, 6) = 3.
Resumindo: O quadrado da soma igual ao quadrado do primeiro mais duas vezes o 1. pelo 2. mais o
quadrado do 2..
Respostas: 1. caso
2
1) a + 4a + 4
4
2
2
3) x + 6x a + 9a
3) 4ac + 4ab
Exemplo 3:
2
16 8a + a , extrair as razes dos extremos
53
APOSTILAS OPO
RADICAIS
Exerccios
Fatorar:
2
2
1) x 2xy + y
2) 4 4a + a
3) 4a 8a + 4
2
Respostas: 2. caso
2
2) (2 a)
1) (x y)
2
3) (2a 2)
2=
1,41421356...,
3
= 1,73205807...,
5
=
2,2360679775..., etc. no so razes exatas, no so
nmeros inteiros. So nmeros irracionais. Do mesmo
modo 3 1 = 1, 3 8 = 2 , 3 27 = 3 , 3 64 = 4 ,etc., so
racionais, j 3 9 = 2,080083823052..,
2,714417616595... so irracionais.
20
Exemplo 1
2
a2 = a e
b2 = b, ento fica: a b = (a + b) . (a b)
2
Exemplo 2:
2
= sinal
a2
4 = 2,
1)
2, 3 2 , - 2 so semelhantes observe o n = 2
3) 16x 1
1) (x + y) (x y)
3) (4x + 1) (4x 1)
Exemplos:
EQUAES FRACIONRIAS
3 2 2 2 + 5 2 = (3 2 + 5 ) 2 = 6 2
53 6 33 6 + 73 6 = (5 3 + 7 )3 6 = 93 6
4
1
3
= 2,
+
= 8, note que nos dois exemx
x
2x
Para resolver uma equao fracionria, devemos achar o m.m.c. dos denominadores e multiplicamos os
dois membros por este m.m.c. e simplificamos, temos
ento uma equao do 1. grau.
1
7
Ex:
+ 3 = , x 0,
m.m.c. = 2x
x
2
1
7
. 2x
2x . +3 =
x
2
2x
14 x
+ 6x =
, simplificando
x
2
2 2 = 2.2 = 4 = 2
3 4 = 3 . 4 = 12
3
5 3 4 = 3 5 . 4 = 3 20
Exerccios
Efetuar as multiplicaes
1)
Resolvendo temos: 2 = 7x 6x
2 = x ou x = 2 ou V = { 2 }
3 8
2)
Respostas: 1)
5 5
24
3) 3 6 3 4 3 5
2) 5 3) 3 120
Exerccios
Resolver as equaes fracionrias:
3 1
3
1)
+ =
x0
x 2 2x
1
5
2) + 1 =
x0
x
2x
Exemplos:
1) V = {3} 2) V = { 3
1)
Raciocnio Lgico
3 3 9 = 3 3 . 9 = 3 27 = 3
3 5 6 = 3 . 5 . 6 = 90
2 + 6x = 7x equao do 1. grau.
Respostas: Equaes:
54
18
2
= 18 : 2 = 18 : 2 = 9 = 3
APOSTILAS OPO
20
2)
10
3
3)
15
= 20 : 10 = 20 : 10 = 2
2)
Respostas: 1)
16
Exerccios
Racionalizar:
1
1)
5
24
3)
2 3
so fraes equivalentes. Dizemos que
3
3 o fator racionalizante.
= 3 15 : 3 5 = 3 15 : 5 = 3 3
2) 2 3) 2
2)
5
2) 2
5
Respostas: 1)
3)
3)
6
2
Simplificao de Radicais
Outros exemplos:
n n
simplificar ndice
3
1)Simplificar 12
decompor 12 em fatores primos:
12 2
6
3
2
3
1
1)
22
2 3 22
3
23 4
3
21 22
1
3
2)
Respostas: 1)
32 , decompondo 32 fica:
23
23 4 3
= 4
2
3
3
3)
2
3
16
4
2)
3 2
2
3)
18
3
EQUAES DO 2. GRAU
Exerccios
Simplificar os radicais:
2)
50
Respostas: 1) 2 5
3
3
3
128 = 23 23 2 = 23 23 3 2 = 2 2 3 2 = 43 2
20
21
22
32 = 22 22 2 = 2 2 2 2 22 2 = 2 2 2 = 4 2
1)
devemos fazer:
Exerccios.
Racionalizar:
12 = 22 3 = 22 3 = 2 3
2) Simplificar
32 2
16 2
8
2
4
2
2
2
2
3
3) 3 40
2) 5 2
3) 2. 3 5
Racionalizao de Radiciao
Em uma frao quando o denominador for um radical
2
devemos racionaliz-lo. Exemplo:
devemos multipli3
car o numerador e o denominador pelo mesmo radical
do denominador.
2
3
2 3
2 3 2 3
=
=
=
3
3
3
33
9
Raciocnio Lgico
y -y+9 =0
2
5x + 7x - 9 = 0
b) y + 0y + 3 = 0
a = 1,b = 0, c = 3
2
d) 7y + 3y + 0 = 0
a = 7, b = 3, c = 0
Exerccios
Destaque os coeficientes:
2
2
1)3y + 5y + 0 = 0
2)2x 2x + 1 = 0
2
2
3)5y 2y + 3 = 0
4) 6x + 0x +3 = 0
Respostas:
1) a =3, b = 5 e c = 0
2)a = 2, b = 2 e c = 1
55
APOSTILAS OPO
3) a = 5, b = 2 e c =3
4) a = 6, b = 0 e c =3
S = , - 3
2
ou
2
b) 2x +7x + 3 = 0 a = 2, b = 7, c = 3
2
= b 4.a. c
2
=7 4 . 2 . 3
= 49 24
= 25
(+ 7 ) 25
(+ 7 ) 5
x =
x=
4
4
7 + 5 -2 -1
x'=
=
=
4
4 2
7 5 -12
x"=
=
=-3
4
4
1
S = , - 3
2
os
3x 2x 1= 0
2
y 2y 3 = 0
2
y + 2y + 5 = 0
So equaes completas.
EXERCCIOS
Resolva as equaes do 2. grau completa:
2
1) x 9x +20 = 0
2
2) 2x + x 3 = 0
2
3) 2x 7x 15 = 0
2
4) x +3x + 2 = 0
2
5) x 4x +4 = 0
Respostas
1) V = { 4 , 5)
3
2) V = { 1,
}
2
3
3) V = { 5 ,
}
2
4) V = { 1 , 2 }
5) V = {2}
EXERCCIOS
Escreva as equaes na forma normal:
2
2
2
2
1) 7x + 9x = 3x 1
2) 5x 2x = 2x + 2
2
2
Respostas: 1) 4x + 9x + 1= 0 2) 3x 2x 2 = 0
Resoluo de Equaes Completas
Para resolver a equao do 2. Grau, vamos utilizar a
frmula resolutiva ou frmula de Bscara.
2
A expresso b - 4ac, chamado discriminante de
equao, representada pela letra grega (l-se
deita).
2
x=
b
2a
RESUMO
NA RESOLUO DE EQUAES DO 2. GRAU
COMPLETA PODEMOS USAR AS DUAS FORMAS:
2
ou
= b - 4ac
2
x=
b b 4 a c
2a
x=
b
2a
Exemplos:
2
a) 2x + 7x + 3 = 0
a = 2, b =7, c = 3
2
(+ 7 ) (7 ) 4 2 3
b b2 4 a c
x=
x=
22
2a
(+ 7 ) 49 24
(+ 7 ) 25
x =
4
4
(+ 7 ) 5
7 + 5 -2 -1
x=
x'=
=
=
4
4
4 2
7 5 -12
x"=
=
=-3
4
4
x . (2x 7) = 0
x=0
ou
2x 7 = 0
Os nmeros reais 0 e
x=
7
2
7
so as razes da equao
2
7
)
2
2
Equao da forma: ax + c = 0, onde b = 0
S={0;
x=
Raciocnio Lgico
Exemplos
2
a) x 81 = 0
2
x = 81transportando-se o termo independente
para o 2. termo.
56
APOSTILAS OPO
x'x "=
25 ,
( )
b2 b2 4ac
x ' x " =
2
4a
isto 25 R
a equao dada no tem razes em IR.
S=
ou S = { }
c)
4a2
b2 2
x'x "=
= b2 4 a c
2
4a
b) x +25 = 0
2
x = 25
x =
( b + ) ( b )
9x 81= 0
2
9x = 81
81
2
x =
9
2
x = 9
x= 9
x=3
S = { 3}
x'x "=
b2 b2 + 4ac
4a2
x'x "=
4ac
4a2
x 'x " =
c
a
x ' x " =
c
( Relao de produto)
a
Sua Representao:
Representamos a Soma por S
b
S=x'+x"=
a
Representamos o Produto pr P
x = + 0
S={0}
Exerccios
2
1) 4x 16 = 0
2
2) 5x 125 = 0
2
3) 3x + 75x = 0
c
ou seja:
a
P = x 'x " =
c
a
Exemplos:
2
1) 9x 72x +45 = 0 a = 9, b = 72, c = 45.
(-72) = 72 = 8
b
S=x'+x"= =a
9
9
c 45
P = x ' x " = =
=5
a 9
Respostas:
1) V = { 2, + 2}
2) V = { 5, +5}
3) V = { 0, 25}
2a
2a
3) 4x 16 = 0
b = 0, (equao incompleta)
c = 16
b 0
S = x ' + x "= = = 0
a 4
c + (- 16 ) 16
P = x ' x " = =
=
= 4
a
4
4
a = a+1
2
4) ( a+1) x ( a + 1) x + 2a+ 2 = 0 b = (a+ 1)
c = 2a+2
[
b
- (a + 1)] a + 1
S=x'+x"= ==
=1
a
a +1
a +1
c 2a + 2 2(a + 1)
P = x'x " = =
=
=2
a
a +1
a +1
b+ b
2a
2b
b
x'+x"=
x'+x"=
2a
a
x'+x"=
x' x "=
b+ b
2a
2a
Raciocnio Lgico
57
APOSTILAS OPO
x'x "=
c
1
x ' x "=c
Exemplo:
2
x 7x+2 = 0
a = 1, b =7, c = 2
(
b
- 7)
S=x'+x"= ==7
a
1
c 2
P = x'x " = = = 2
a 1
EXERCCIOS
Calcule a Soma e Produto
2
1) 2x 12x + 6 = 0
2
2) x (a + b)x + ab = 0
2
3) ax + 3ax- 1 = 0
2
4) x + 3x 2 = 0
4e4
S = x +x = 4 + (4) = 4 4 = 0
P = x . x = 4 . (4) = 16
2
x Sx + P = 0
2
x 16 = 0
Exerccios
Componha a equao do 2. grau cujas razes so:
4
1) 3 e 2
2) 6 e 5
3) 2 e
5
Respostas:
1) S = 6 e P = 3
2) S = (a + b) e P = ab
1
3) S = 3 e P =
a
4) S = 3 e P = 2
APLICAES DAS RELAES
2
Se considerarmos a = 1, a expresso procurada x
+ bx + c: pelas relaes entre coeficientes e razes
temos:
x + x= b
b = ( x + x)
x . x = c
c = x . x
4) 3 +
5e3
5) 6 e 0
Respostas:
2
2
1) x 5x+6= 0
2) x x 30 = 0
6 x
8
2
3)x
=0
5
5
2
2
5) x 6x = 0
4) x 6x + 4 = 0
RESOLUO DE PROBLEMAS
Um problema de 2. grau pode ser resolvido por
meio de uma equao ou de um sistema de equaes
do 2. grau.
Da temos: x + bx + c = 0
Para resolver um problema do segundo grau deve-se
seguir trs etapas:
Estabelecer a equao ou sistema de equaes correspondente ao problema (traduzir matematicamente), o
enunciado do problema para linguagem simblica.
Resolver a equao ou sistema
Interpretar as razes ou soluo encontradas
REPRESENTAO
Representando a soma
x + x = S
Representando o produto x . x = P
2
E TEMOS A EQUAO: x Sx + P = 0
Exemplo:
Qual o nmero cuja soma de seu quadrado com
seu dobro igual a 15?
nmero procurado : x
2
equao: x + 2x = 15
Exemplos:
a) razes 3 e 4
S = x+ x = 3 + (-4) =3 4 = 1
P = x .x = 3 . (4) = 12
x Sx + P = 0
2
x + x 12 = 0
Resoluo:
2
x + 2x 15 = 0
2
2
= (2) 4 .1.(15)
=b 4ac
= 64
2 64
2 8
x=
x=
2 1
2
2 + 8 6
x'=
= =3
2
2
2 8 10
x"=
=
= 5
2
2
b) 0,2 e 0,3
S = x+ x =0,2 + 0,3 = 0,5
P = x . x =0,2 . 0,3 = 0,06
2
x Sx + P = 0
2
x 0,5x + 0,06 = 0
5
c)
e
2
Os nmeros so 3 e 5.
3
4
Verificao:
2
x + 2x 15 = 0
2
(3) + 2 (3) 15 = 0
9 + 6 15 = 0
5
3 10 + 3 13
S = x+ x = + =
=
2
4
4
4
Raciocnio Lgico
= 4 + 60
58
x + 2x 15 = 0
2
(5) + 2 (5) 15 = 0
25 10 15 = 0
APOSTILAS OPO
0=0
(V)
S = { 3 , 5 }
Logo
2) 5 e 2
4) 0 e 3
Substituindo em I:
Substituindo na segunda:
Logo:
Aplicando na segunda:
Usando a frmula:
Raciocnio Lgico
59
APOSTILAS OPO
De Produtos notveis:
Dividindo por 2:
Logo:
y 6y + 8 = 0
= b 4ac
= (6) 4 * 1 * 8
= 36 32
=4
a = 1, b = 6 e c = 8
Substituindo em II:
Substituindo em II:
Os nmeros so 3 e - 2 ou 2 e - 3.
Para y = 2, temos:
x=6y
Raciocnio Lgico
60
APOSTILAS OPO
x=62
x=4
PROVA SIMULADA
S = {(2: 4) e (4; 2)}
1. Todos os marinheiros so republicanos. Assim sendo,
Exemplo 2
Isolando x ou y na 2 equao:
x y = 3
x=y3
x + 2y = 18
(y 3) + 2y = 18
y 6y + 9 + 2y 18 = 0
3y 6y 9 = 0 (dividir todos os membros da equao
por 3)
y 2y 3 = 0
= b 4ac
= (2) 4 * 1 * (3)
= 4 + 12
= 16
3.
a = 1, b = 2 e c = 3
4. Vlter tem inveja de quem mais rico do que ele. Geraldo no mais rico do que quem o inveja. Logo,
(A) quem no mais rico do que Vlter mais pobre
do que Vlter.
(B) Geraldo mais rico do que Vlter.
(C) Vlter no tem inveja de quem no mais rico do
que ele.
(D) Vlter inveja s quem mais rico do que ele.
(E) Geraldo no mais rico do que Vlter.
Para y = 3, temos:
x=y3
x=33
x=0
Par ordenado (0; 3)
Para y = 1, temos:
x=y3
x = 1 3
x = 4
6. Um tcnica de futebol, animado com as vitrias obtidas pela sua equipe nos ltimos quatro jogos,
decide apostar que essa equipe tambm vencer
Raciocnio Lgico
61
APOSTILAS OPO
14.
(A) 10.
(B) 12.
(C) 18.
(D) 24.
(E) 32.
9.
Todas as plantas verdes tm clorofila. Algumas plantas que tem clorofila so comestveis. Logo,
15.
16.
11.
12.
Raciocnio Lgico
As rosas so mais baratas do que os lrios. No tenho dinheiro suficiente para comprar duas dzias de
rosas. Logo,
62
APOSTILAS OPO
Na escola de amanh os estudantes sero seus prprios instrutores, com programas de computador como ferramentas. Na verdade, quanto mais jovens forem os estudantes, maior o apelo do computador para eles e maior o
seu sucesso na sua orientao e instruo. Historicamente,
a escola de primeiro grau tem sido totalmente intensiva de
mo-de-obra. A escola de primeiro grau de amanh ser
fortemente intensiva de capital.
Contudo, apesar da tecnologia disponvel, a educao universal apresenta tremendos desafios. Os conceitos
tradicionais de educao no so mais suficientes. Ler,
escrever e aritmtica continuaro a ser necessrios como
hoje, mas a educao precisar ir muito alm desses itens
bsicos. Ela ir exigir familiaridade com nmeros e clculos;
uma compreenso bsica de cincia e da dinmica da tecnologia; conhecimento de lnguas estrangeiras. Tambm
ser necessrio aprender a ser eficaz como membro de uma
organizao, como empregado." (Peter Drucker, A sociedade ps-capitalista).
17.
18.
19.
22.
Para o autor,
(A) autoridade de posio e autoridade de liderana
so sinnimos.
(B) autoridade de posio uma autoridade superior
autoridade de liderana.
(C) a autoridade de liderana se estabelece por caractersticas individuais de alguns homens.
(D) a autoridade de posio se estabelece por habilidades pessoais superiores de alguns lderes.
(E) tanto a autoridade de posio quanto a autoridade
de liderana so ineficazes.
24.
25.
Raciocnio Lgico
21.
20.
63
APOSTILAS OPO
(E) a maioria das hipteses desse conjunto verdadeira.
26.
Se Francisco desviou dinheiro da campanha assistencial, ento ele cometeu um grave delito.
Mas Francisco no desviou dinheiro da campanha
assistencial. Logo,
(A) Francisco desviou dinheiro da campanha assistencial.
(B) Francisco no cometeu um grave delito.
(C) Francisco cometeu um grave delito.
(D) algum desviou dinheiro da campanha assistencial.
(E) algum no desviou dinheiro da campanha assistencial.
27.
28.
29.
30.
Assinale a alternativa em que ocorre uma concluso verdadeira (que corresponde realidade) e o
argumento invlido (do ponto de vista lgico).
(A) Scrates homem, e todo homem mortal, portanto Scrates mortal.
(B) Toda pedra um homem, pois alguma pedra
um ser, e todo ser homem.
(C) Todo cachorro mia, e nenhum gato mia, portanto
cachorros no so gatos.
(D) Todo pensamento um raciocnio, portanto, todo
pensamento um movimento, visto que todos os
raciocnios so movimentos.
(E) Toda cadeira um objeto, e todo objeto tem cinco
ps, portanto algumas cadeiras tem quatro ps.
Raciocnio Lgico
64
APOSTILAS OPO
a) se Joo alto, ento Joo alto ou Guilherme gordo
b) se Joo alto, ento Joo alto e Guilherme gordo
c) se Joo alto ou Guilherme gordo, ento Guilherme
gordo
d) se Joo alto ou Guilherme gordo, ento Joo alto e
Guilherme gordo
e) se Joo alto ou no alto, ento Guilherme gordo
39- Sabe-se que a ocorrncia de B condio necessria
para a ocorrncia de C e condio suficiente para a ocorrncia de D. Sabe-se, tambm, que a ocorrncia de D condio necessria e suficiente para a ocorrncia de A. Assim,
quando C ocorre,
a) D ocorre e B no ocorre
b) D no ocorre ou A no ocorre
c) B e A ocorrem
d) nem B nem D ocorrem
e) B no ocorre ou A no ocorre
40- Ou A=B, ou B=C, mas no ambos. Se B=D, ento A=D.
Ora, B=D. Logo:
a) B C
b) B A
c) C = A
d) C = D
e) D A
41- De trs irmos Jos, Adriano e Caio , sabe-se que ou
Jos o mais velho, ou Adriano o mais moo. Sabe-se,
tambm, que ou Adriano o mais velho, ou Caio o mais
velho. Ento, o mais velho e o mais moo dos trs irmos
so, respectivamente:
a) Caio e Jos
b) Caio e Adriano
c) Adriano e Caio
d) Adriano e Jos
e) Jos e Adriano
42- Se o jardim no florido, ento o gato mia. Se o jardim
florido, ento o passarinho no canta. Ora, o passarinho
canta. Logo:
a) o jardim florido e o gato mia
b) o jardim florido e o gato no mia
c) o jardim no florido e o gato mia
d) o jardim no florido e o gato no mia
e) se o passarinho canta, ento o gato no mia
43- Trs amigos Lus, Marcos e Nestor so casados com
Teresa, Regina e Sandra (no necessariamente nesta ordem). Perguntados sobre os nomes das respectivas esposas, os trs fizeram as seguintes declaraes:
Nestor: "Marcos casado com Teresa"
Lus: "Nestor est mentindo, pois a esposa de Marcos
Regina"
Marcos: "Nestor e Lus mentiram, pois a minha esposa
Sandra"
Sabendo-se que o marido de Sandra mentiu e que o marido
de Teresa disse a verdade, segue-se que as esposas de
Lus, Marcos e Nestor so, respectivamente:
a) Sandra, Teresa, Regina
b) Sandra, Regina, Teresa
c) Regina, Sandra, Teresa
d) Teresa, Regina, Sandra
e) Teresa, Sandra, Regina
44- A negao da afirmao condicional "se estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva" :
a) se no estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva
b) no est chovendo e eu levo o guarda-chuva
c) no est chovendo e eu no levo o guarda-chuva
d) se estiver chovendo, eu no levo o guarda-chuva
e) est chovendo e eu no levo o guarda-chuva
Raciocnio Lgico
65
APOSTILAS OPO
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
10.
B
A
C
E
E
B
B
D
C
B
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
C
C
D
A
A
D
C
A
D
D
RESPOSTAS
21. B
31.
22. E
32.
23. C 33.
24. B
34.
25. C 35.
26. E
36.
27. A
37.
28. D 38.
29. B
39.
30. E
40.
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
48.
49.
50.
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11-
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B
C
D
E
A
B
A
C
E
B
2.
?
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8.
9.
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18. (Existem duas sries alternadas, uma que aumenta de 4 em 4 e a outra de 3 em 3).
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mais.
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rente).
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30. (A figura principal gira no sentido dos ponteiros do relgio; a seta, no sentido contrario).
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BIBLIOGRAFIA
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Os testes acima foram extrados da coleo FAA SEU
TESTE, da EDITORA MESTRE JOU SO PAULO SP.
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CONHECIMENTOS GERAIS:
I - Elementos da poltica e do cotidiano brasileiros (polticas pblicas, acontecimentos relevantes nacionais e regionais).
II - Cultura e sociedade brasileira (msica, literatura, artes, arquitetura, rdio, cinema, teatro, jornais, revistas e televiso).
III - Aspectos relevantes da Histria do Brasil (descobertas e inovaes cientficas na atualidade e seus impactos na sociedade contempornea).
IV - Panorama da economia nacional (aspectos locais e aspectos
globais).
Poltica pblica
Os estudos sobre poltica pblica so ainda muito recentes,
especialmente no Brasil, e existem ainda muitas divergncias conceituais e
necessrio discutir, pensar e repensar sobre o tema.1
b)formulao;
c)implementao;
Burocratas,
Tecnocratas
Conhecimentos Gerais
Eleitos,
APOSTILAS OPO
Modelo Equilbrio Interrompido os formuladores deste modelo acreditam que as polticas pblicas surgem em momentos onde a
estabilidade deu lugar a instabilidade, ou seja, momentos de crise, gerando mudana na poltica anterior. Para tanto, a mdia tem um papel
fundamental na construo da imagem sobre a deciso ou poltica pblica (policy image);
Deste modo, vemos que este campo de estudo multidisciplinar, podendo ser objeto de vrias reas e analisado por diversos olhares, entre os
quais a sociologia, a poltica e a economia.
E afinal, o que so polticas pblicas? Resumidamente, o campo do
Modelo de Lowi a poltica pblica faz a poltica. Lowi nos apresenta 4 formatos de poltica pblica: Distributivas (que no consideram limitaes de recursos e acabam privilegiando grupos especficos);
Regulatrias (que envolvem polticos e grupos de interesse); Redistributivas (que so as polticas sociais universais); e Constitutivas (que lidam com procedimentos);
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
Dois rus com uma nica condenao cujos recursos ainda sero analisados no comearo a cumprir penas: o empresrio Breno Fischberg e o
ex-assessor do PP Claudio Genu.
O deputado Joo Paulo Cunha (PT-SP) teve nesta quarta um recurso
aceito e tambm no comear a cumprir a pena imediatamente.
Aps o Supremo Tribunal Federal expedir 12 mandados de priso
relativos ao processo do mensalo, apenas um dos condenados, o exdiretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, no se
apresentou Polcia Federal. Segundo seu advogado, ele estaria
foragido na Itlia.
Pizzolato foi o primeiro a ter a priso decretada pelo STF e foi condenado a 12 anos e sete meses de recluso em regime fechado, alm de
multa de R$ 1,3 milho, pelos crimes de corrupo passiva, peculato e
lavagem de dinheiro.
Quanto mais alta a pontuao, mais "limpo" o pas. Para Alejandro Salas, representante da Transparncia Internacional, o resultado da pesquisa
"no nada bom para o Brasil".
Numa sesso longa, tumultuada e com desfecho confuso, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta quarta-feira que rus
condenados no julgamento do mensalo devem comear a cumprir as
penas imediatamente.
O texto da publicao afirma que, "por unanimidade", os ministros decidiram pela "executoriedade imediata" das penas "que no foram objeto de
embargos infringentes". Alm disso, "por maioria", eles decidiram que no
podem ser executadas "as condenaes que j foram impugnadas por meio
de embargos infringentes".
Dirceu
Aps a sesso, o STF anunciou em sua conta no Twitter que o cumprimento imediato das penas se aplica a todas as condenaes, exceto as
objetos dos embargos infringentes.
Na noite de sexta-feira, o ex-ministro da Casa Civil, Jos Dirceu, se entregou a agentes da Polcia Federal em So Paulo.
Nesse caso, mesmo rus que ainda aguardam o julgamento de embargos infringentes como o ex-ministro Jos Dirceu e o ex-deputado Jos
Genoino j passariam a cumprir pena.
Dirceu afirmou por meio de nota que foi condenado sem provas. Ele
disse ainda que, mesmo preso, permanecer lutando para provar sua
inocncia.
Isso porque eles foram condenados por mais de um crime, e nem todas
as condenaes sero objeto desses recursos. Os embargos infringentes
s so cabveis em condenaes ocorridas com pelo menos quatro votos
contrrios de ministros do STF.
Assessores de Genoino distriburam um comunicado em que o expresidente do PT alega inocncia e se considera um "preso poltico".
Uma nota divulgada por assessores do presidente Nacional do PT, Rui
Falco, informou que as prises ferem o princpio da ampla defesa - pois
nem todos os recursos sentena haviam sido esgotados. O partido classifica o julgamento como "injusto" e "poltico".
Recursos esgotados
Outros 12 dos 25 rus condenados no podem apresentar mais recursos e no tm mais nenhuma instncia para recorrer.
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
O Brasil
uma repblica federal presidencialista,
de
regime democrtico-representativo. Em nvel federal, o poder executivo
exercido pelo Presidente. uma repblica porque o Chefe de Estado
eletivo e temporrio. O Estado brasileiro uma federao pois composto
de estados dotados de autonomia poltica garantida pela Constituio
Federal e do poder de promulgar suas prprias Constituies. uma
repblica presidencial porque as funes de chefe de Estado e chefe de
governo esto reunidas em um nico rgo: o Presidente da Repblica.
uma democracia representativa porque o povo dificilmente exerce sua
soberania, apenas elegendo o chefe do poder executivo e os seus
representantes nos rgos legislativos, como tambm diretamente,
mediante plebiscito, referendo e iniciativa
popular.
Isso
acontece
raramente, o que no caracteriza uma democracia representativa.
Unidades federativas
O Brasil possui vinte e seis estados e um Distrito Federal, indissolveis,
cada qual com um Governador eleito pelo voto direto para um mandato de
quatro anos renovvel por mais quatro, assim como acontece com
os Prefeitos. Tanto os estados quanto os municpios tm apenas uma casa
parlamentar: no nvel estadual os deputados estaduais so eleitos para 4
anos na Assembleia Legislativa e no nvel municipal, os vereadores so
eleitos para a Cmara Municipal para igual perodo.
Poder Judicirio
Finalmente, h o Poder Judicirio , cuja instncia mxima o Supremo
Tribunal Federal , responsvel por interpretar a Constituio Federal e
composto de onze Ministros indicados pelo Presidente sob referendo do
Senado, dentre indIvduos de renomado saber jurdico. A composio dos
ministros do STF no completamente renovada a cada mandato
presidencial: o presidente somente indica um novo ministro quando um
deles se aposenta ou vem a falecer.
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
Economia
Seu PIB real per capita ultrapassou US$ 8.000 em 2008, devido forte
e continuada valorizao do real, pela primeira vez nesta dcada. Suas
contas do setor industrial respondem por trs quintos da produo industrial
da
economia
latino-americana. O
desenvolvimento cientfico
e
tecnolgico do pas um atrativo para o investimento direto estrangeiro,
que teve uma mdia de US$ 30 bilhes por ano nos ltimos anos, em
comparao com apenas US$ 2 bilhes/ano na dcada
passada,evidenciando um crescimento notvel. O setor agrcola, tambm
tem sido notavelmente dinmico: h duas dcadas esse setor tem mantido
Brasil entre os pases com maior produtividade em reas relacionadas ao
setor rural. O setor agrcola e o setor de minerao tambm
apoiaram supervits comerciais que permitiram ganhos cambiais macios e
pagamentos da dvida externa.
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
Maiores companhias
Em 2012, 33 empresas brasileiras foram includas na Forbes Global
2000 - uma classificao anual das principais 2000 companhias em todo o
mundo pela revista Forbes.
Energia
Indstria
Situao econmica
Somente em 1808, mais de trezentos anos depois de ser descoberto
por Portugal, que o Brasil obteve uma autorizao do governo
portugus para estabelecer as primeiras fbricas.
No sculo XXI, o Brasil uma das dez maiores economias do mundo.
Se, pelo menos at meados do sculo XX, a pauta de suas exportaes era
basicamente constituda de matrias-primas e alimentos, como o acar,
borracha e ouro, hoje 84% das exportaes se constituem de produtos
manufaturados e semimanufaturados.
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
CINCIA E TECNOLOGIA
A produo cientfica brasileira comeou, efetivamente, nas primeiras dcadas do sculo XIX, quando a famlia real e a nobreza portuguesa,
chefiadas pelo Prncipe-regente Dom Joo de Bragana (futuro Rei Dom
Joo VI), chegaram no Rio de Janeiro, fugindo da invaso do exrcito
de Napoleo Bonaparte em Portugal, em 1807. At ento, o Brasil era
uma colnia portuguesa(ver colnia do Brasil), sem universidades e organizaes cientficas, em contraste com as ex-colnias americanas do imprio
espanhol, que apesar de terem uma grande parte da populao analfabeta,
tinham um nmero considervel de universidades desde o sculo XVI.
A pesquisa tecnolgica no Brasil em grande parte realizada
em universidades pblicas e institutos de pesquisa. Alguns dos mais notveis plos tecnolgicos do Brasil so os institutos Oswaldo
Cruz, Butantan, Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial, Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuria e o INPE.
Polticas
O apoio para o setor produtivo foi simplificado em todos os nveis;
ativos e independentes, o Congresso e o Poder Judicirio procederam
avaliao das normas e regulamentos. Entre as principais medidas
tomadas para estimular a economia esto a reduo de at 30% do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o investimento de US$ 8
bilhes em frotas de transporte rodovirio de cargas, melhorando assim a
logstica de distribuio. Recursos adicionais garantem a propagao de
telecentros de negcios e informaes.
Renda
O salrio mnimo fixado para o ano de 2011 de R$ 545,00 por
ms, totalizando R$ 7.085,00 ao ano (incluindo o 13 salrio). O PIB per
capita do pas em 2010 foi de R$ 19.016,00.Um estudo da Fundao
Getlio Vargas, com base em dados do IBGE, elaborou uma lista das
profisses mais bem pagas do Brasil em 2007. Os valores podem variar
muito de acordo com o estado da federao em que o profissional vive. As
carreiras de Direito, Administrao e Medicina ficaram entre as mais bem
pagas, seguidas por algumas Engenharias.
Infraestrutura
Educao
TRANSPORTES
A Constituio Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDB) determinam que o Governo Federal, os Estados, o Distrito
Federal e os municpios devem gerir e organizar seus respectivos sistemas
de ensino. Cada um desses sistemas educacionais pblicos responsvel
por sua prpria manuteno, que gere fundos, bem como os mecanismos e
fontes de recursos financeiros. A nova constituio reserva 25% do oramento do Estado e 18% de impostos federais e taxas municipais para
a educao.
Segundo dados do IBGE, em 2011, a taxa de literria da populao
brasileira foi de 90,4%, significando que 13 milhes (9,6% da populao) de
pessoas ainda so analfabetas no pas; j o analfabetismo funcional atingiu
21,6% da populao. O analfabetismo mais elevado no Nordeste, onde 19,9% da populao analfabeta. Ainda segundo o PNAD, o percentual
de pessoas na escola, em 2007, foi de 97% na faixa etria de 6 a 14 anos e
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
Com uma rede rodoviria de cerca de 1,8 milhes de quilmetros, sendo 96 353 km de rodovias pavimentadas (2004), as estradas so as principais transportadoras de carga e de passageiros no trfego brasileiro.
ENERGIA
O Brasil o dcimo maior consumidor da energia do planeta e o terceiro maior do hemisfrio ocidental, atrs dos Estados Unidos e Canad. A
matriz energtica brasileira baseada em fontes renovveis, sobretudo
a energia hidreltrica e o etanol, alm de fontes no-renovveis de energia,
como o petrleo e o gs natural.
Ao longo das ltimas trs dcadas o Brasil tem trabalhado para criar
uma alternativa vivel gasolina. Com o seu combustvel base de canade-acar, a nao pode se tornar energicamente independente neste
momento. O Pr-lcool, que teve origem na dcada de 1970, em resposta
s incertezas do mercado do petrleo, aproveitou sucesso intermitente.
Ainda assim, grande parte dos brasileiros utilizam os chamados "veculos
flex", que funcionam com etano ou gasolina, permitindo que
o consumidor possa abastecer com a opo mais barata no momento,
muitas vezes o etanol.
O sistema de sade pblica brasileiro, o Sistema nico de Sade (SUS), gerenciado e fornecido por todos os nveis do governo, sendo o
maior sistema do tipo do mundo. J os sistemas de sade privada atendem
um papel complementar. Os servios de sade pblicos so universais e
oferecidos a todos os cidados do pas de forma gratuita. No entanto, a
construo e a manuteno de centros de sade e hospitais so financiadas por impostos, sendo que o pas gasta cerca de 9% do seu PIB em
despesas na rea. Em 2009, o territrio brasileiro tinha 1,72 mdicos e 2,4
camas hospitalares para cada 1000 habitantes.
COMUNICAO
A imprensa brasileira tem seu incio em 1808 com a chegada da famlia
real portuguesa ao Brasil, sendo at ento proibida toda e qualquer atividade de imprensa fosse a publicao de jornais ou livros. A imprensa
brasileira nasceu oficialmente no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1808,
com a criao da Impresso Rgia, hoje Imprensa Nacional, pelo prnciperegente dom Joo.
A Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal publicado em territrio
nacional, comea a circular em 10 de setembro de 1808. Atualmente a
imprensa escrita consolidou-se como um meio de comunicao em massa
e produziu grandes jornais que hoje esto entre as maiores do pas e do
mundo como a Folha de S. Paulo, O Globo e o Estado de S. Paulo, e
publicaes das editoras Abril e Globo.
A radiodifuso surgiu em 7 de setembro de 1922, sendo a primeira transmisso um discurso do ento presidente Epitcio Pessoa, porm a
instalao do rdio de fato ocorreu apenas em 20 de abril de 1923 com a
criao da "Rdio Sociedade do Rio de Janeiro". Na dcada de
1930 comeou a era comercial do rdio, com a permisso de comerciais na
programao, trazendo a contratao de artistas e desenvolvimento tcnico
para o setor. Com o surgimento das rdio-novelas e da popularizao da
programao, na dcada de 1940, comeou a chamada era de ouro do
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
SOCIEDADE
As bases da moderna sociedade brasileira remontam revoluo de
1930, marco referencial a partir do qual emerge e implanta-se o processo
de modernizao. Durante a Repblica Velha (ou primeira repblica), o
Brasil era ainda o pas essencialmente agrcola, em que predominava a
monocultura. O processo de industrializao apenas comeava, e o setor
de servios era muito restrito. A chamada "aristocracia rural", formada pelos
senhores de terras, estava unida classe dos grandes comerciantes. Como
a urbanizao era limitada e a industrializao, incipiente, a classe operria
tinha pouca importncia na caracterizao da estrutura social. A grande
massa de trabalhadores pertencia classe dos trabalhadores rurais. Somente nas grandes cidades, as classes mdias, que galgavam postos
importantes na administrao estatal, passavam a ter um peso social mais
significativo.
A televiso no Brasil comeou, oficialmente, em 18 de setembro de 1950, trazida por Assis Chateaubriand que fundou o primeiro canal
de televiso no pas, a TV Tupi. Desde ento a televiso cresceu no pas,
criando grandes redes como a Globo, Record, SBT e Bandeirantes. Hoje, a
televiso representa um fator importante na cultura popular moderna da
sociedade brasileira. A televiso digital no Brasil teve incio s 20h30min
de 2 de dezembro de 2007, inicialmente na cidade de So Paulo, pelo
padro japons.
CULTURA
A arte brasileira tem sido desenvolvida, desde o sculo XVI, em diferentes estilos que variam do barroco (o estilo dominante no Brasil at o
incio do sculo XIX) para o romantismo, modernismo, expressionismo,
cubismo, surrealismo e abstracionismo.
O cinema brasileiro remonta ao nascimento da mdia no final do sculo
XIX e ganhou um novo patamar de reconhecimento internacional nos
ltimos anos.
A msica brasileira engloba vrios estilos regionais influenciados por
formas africanas, europeias e amerndias. Ela se desenvolveu em estilos
diferentes, entre eles, samba, msica popular brasileira, msica nativista, msica
sertaneja, choro, ax,brega, forr, frevo, baio, lambada, maracatu, bossa
nova e rock brasileiro.
Outra caracterstica do processo foi o aumento progressivo da participao das massas na atividade poltica, o que corresponde a uma ideologizao crescente da vida poltica. No entanto, essa participao era moldada por uma atitude populista, que na prtica assegurava o controle das
massas pelas elites dirigentes. Orientadas pelas manobras personalistas
dos dirigentes polticos, as massas no puderam dispor de autonomia e
organizao suficientes para que sua participao pudesse determinar uma
reorientao poltico-administrativa do governo, no sentido do atendimento
de suas reivindicaes. Getlio Vargas personificou a tpica liderana
populista, seguida em ponto menor por Joo Goulart e Jnio Quadros.
MEIO AMBIENTE
A grande extenso territorial do Brasil abrange diferentes ecossistemas, como a Floresta Amaznica, reconhecida como tendo a
maior diversidade biolgica do mundo, a Mata Atlntica e o Cerrado, que
sustentam tambm grande biodiversidade, sendo o Brasil reconhecido
como um pas megadiverso. No sul, a Floresta de araucrias cresce sob
condies de clima temperado.
Conhecimentos Gerais
O segundo governo Vargas (1951-1954) e o governo Juscelino Kubitschek (1956-1960) foram perodos de fixao da mentalidade desenvolvimentista, de feio nacionalista, intervencionista e estatizante. No entanto,
foram tambm perodos de intensificao dos investimentos estrangeiros e
de participao do capital internacional. A partir do golpe militar de 1964,
estabeleceu-se uma quebra na tradio populista, embora o governo militar
tenha continuado e at intensificado as funes centralizadoras j observadas, tanto na formao de capital quanto na intermediao financeira, no
comrcio exterior e na regulamentao do funcionamento da iniciativa
privada. As reformas institucionais no campo tributrio, monetrio, cambial
e administrativo levadas a efeito sobretudo nos primeiros governos milita9
APOSTILAS OPO
res, ensejaram o ambiente propcio ao crescimento e configurao moderna da economia. Mas no se desenvolveu ao mesmo tempo uma vida
poltica representativa, baseada em instituies estveis e consensuais.
Ficou assim a sociedade brasileira marcada por um contraste entre uma
economia complexa e uma sociedade merc de um estado atrasado e
autoritrio.
Ao aproximar-se o final do sculo XX a sociedade brasileira apresentava um quadro agudo de contrastes e disparidades, que alimentavam fortes
tenses. O longo ciclo inflacionrio, agravado pela recesso e pela ineficincia e corrupo do aparelho estatal, aprofundou as desigualdades sociais, o que provocou um substancial aumento do nmero de miserveis e
gerou uma escalada sem precedentes da violncia urbana e do crime
organizado. O desnimo da sociedade diante dos sucessivos fracassos dos
planos de combate inflao e de retomada do crescimento econmico
criavam um clima de desesperana. O quadro se complicava com a carncia quase absoluta nos setores pblicos de educao e sade, a deteriorao do equipamento urbano e da malha rodoviria e a situao quase
falimentar do estado. Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicaes
Ltda.
Ecologia
Durante muito tempo desconhecida do grande pblico e relegada a
segundo plano por muitos cientistas, a ecologia surgiu no sculo XX como
um dos mais populares aspectos da biologia. Isto porque tornou-se
evidente que a maioria dos problemas que o homem vem enfrentando,
como crescimento populacional, poluio ambiental, fome e todos os
problemas sociolgicos e polticos atuais, so em grande parte ecolgicos.
A palavra ecologia (do grego oikos, "casa") foi cunhada no sculo XIX
pelo zologo alemo Ernst Haeckel, para designar a "relao dos animais
com seu meio ambiente orgnico e inorgnico". A expresso meio ambiente
inclui tanto outros organismos quanto o meio fsico circundante. Envolve
relaes entre indivduos de uma mesma populao e entre indivduos de
diferentes populaes. Essas interaes entre os indivduos, as populaes
e os organismos e seu ambiente formam sistemas ecolgicos, ou
ecossistemas. A ecologia tambm j foi definida como "o estudo das interrelaes dos organismos e seu ambiente, e vice-versa", como "a economia
da natureza", e como "a biologia dos ecossistemas".
Histrico. A ecologia no tem um incio muito bem delineado. Encontra
seus primeiros antecedentes na histria natural dos gregos, particularmente
em um discpulo de Aristteles, Teofrasto, que foi o primeiro a descrever as
relaes dos organismos entre si e com o meio. As bases posteriores para
a ecologia moderna foram lanadas nos primeiros trabalhos dos
fisiologistas sobre plantas e animais.
O aumento do interesse pela dinmica das populaes recebeu
impulso especial no incio do sculo XIX e depois que Thomas Malthus
chamou ateno para o conflito entre as populaes em expanso e a
capacidade da Terra de fornecer alimento. Raymond Pearl (1920), A. J.
Lotka (1925), e Vito Volterra (1926) desenvolveram as bases matemticas
para o estudo das populaes, o que levou a experincias sobre a
interao de predadores e presas, as relaes competitivas entre espcies
e o controle populacional. O estudo da influncia do comportamento sobre
as populaes foi incentivado pelo reconhecimento, em 1920, da
territorialidade dos pssaros. Os conceitos de comportamento instintivo e
agressivo foram lanados por Konrad Lorenz e Nikolaas Tinbergen,
enquanto V. C. Wynne-Edwards estudava o papel do comportamento social
no controle das populaes.
No incio e em meados do sculo XX, dois grupos de botnicos, um na
Europa e outro nos Estados Unidos, estudaram comunidades vegetais de
dois diferentes pontos de vista. Os botnicos europeus se preocuparam em
estudar a composio, a estrutura e a distribuio das comunidades
vegetais, enquanto os americanos estudaram o desenvolvimento dessas
comunidades, ou sua sucesso. As ecologias animal e vegetal se
desenvolveram separadamente at que os bilogos americanos deram
nfase inter-relao de comunidades vegetais e animais como um todo
bitico.
Alguns ecologistas se detiveram na dinmica das comunidades e
populaes, enquanto outros se preocuparam com as reservas de energia.
Em 1920, o bilogo alemo August Thienemann introduziu o conceito de
Conhecimentos Gerais
10
APOSTILAS OPO
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
Nesta parte, vamos examinar as relaes do desenvolvimento scioeconmico com a chamada questo ambiental.
Foi nesse contexto que surgiu a ideia de desenvolvimento ecologicamente sustentvel. As entidades no governamentais e os militantes
ambientalistas de modo geral nunca simpatizaram muito com essa expresso. Alegam que o termo desenvolvimento refere-se ao desenvolvimento
capitalista, que, por natureza, incompatvel com o uso equilibrado dos
recursos.
Diversos setores econmicos tambm viam na ideia de desenvolvimento ecologicamente sustentvel nada mais do que um discurso para aplacar a ira dos jovens ambientalistas.
O DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL
No so relaes harmoniosas, j que numa sociedade moderna as ideias de necessidade de desenvolvimento econmico sempre apareceram
como incompatveis com a preservao da natureza.
Mas possvel que os conhecimentos sob domnio humano permitam
compatibilizar modelos de desenvolvimento econmico e formas de uso
preservacionista da natureza, obtendo-se desse fato extraordinrios avanos para todos os povos.
Assim, podemos pressionar para que o patrimnio ambiental herdado
do passado seja transferido s geraes futuras em melhores condies.
Ampliando-se o conhecimento cientfico dos ecossistemas naturais, viabiliza-se um aproveitamento e uma conservao racionais, de modo a garantir
uma base material superior para a sobrevivncia e bem-estar da humanidade e do planeta.
Os movimentos de defesa do meio ambiente
Consideram-se os anos 70 como o marco da tomada de conscincia
quanto aos problemas ambientais. Nessa poca apareceram muitos movimentos sociais para combater a degradao ambiental. Grande parte deles
eram desdobramentos dos movimentos pacifistas que se constituram nos
anos 60.
Os movimentos pacifistas, colocando-se contra a ameaa de destruio potencial do planeta, rapidamente incorporaram as bandeiras ecolgicas, ampliando o espectro de sua atuao. O melhor exemplo o Green-
Conhecimentos Gerais
ECOLOGIA
O termo "Ecologia" foi criado por Haeckel (1834-1919) em 1869, em
seu livro "Generelle Morphologie des Organismen", para designar "o estudo
das relaes de um organismo com seu ambiente inorgnico ou orgnico,
em particular o estudo das relaes do tipo positivo ou amistoso e do tipo
negativo (inimigos) com as plantas e animais com que aparece pela primeira vez em Pontes de Miranda, 1924, "Introduo Poltica Cientfica". O
conceito original evoluiu at o presente no sentido de designar uma cincia,
parte da Biologia, e uma rea especfica do conhecimento humano que
tratam do estudo das relaes dos organismos uns com os outros e com
todos os demais fatores naturais e sociais que compreendem seu ambiente.
"Em sentido literal, a Ecologia a cincia ou o estudo dos organismos
em sua casa, isto , em seu meio... define-se como o estudo das relaes
dos organismos, ou grupos de organismos, com seu meio... Est em maior
consonncia com a conceituao moderna definir Ecologia como estudo da
estrutura e da funo da natureza, entendendo-se que o homem dela faz
parte" (Odum, 1972).
"Deriva-se do grego oikos, que significa lugar onde se vive ou hbitat...
Ecologia a cincia que estuda dinmica dos ecossistemas... a disciplina
que estuda os processos, interaes e a dinmica de todos os seres vivos
com cada um dos demais, incluindo os aspectos econmicos, sociais,
culturais e psicolgicos peculiares ao homem... um estudo interdisciplinar
e interativo que deve, por sua prpria natureza, sintetizar informao e
12
APOSTILAS OPO
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
Fontes de energia
Existe uma grande variedade de processos capazes de gerar energia
em alguma de suas formas. No entanto, as fontes clssicas de energia
utilizadas pela indstria tm sido de origem trmica, qumica ou eltrica,
que so intercambiveis e podem ser transformadas em energia mecnica.
A energia trmica ou calorfica origina-se da combusto de diversos
materiais, e pode converter-se em mecnica por meio de uma srie de
conhecidos mecanismos: as mquinas a vapor e os motores de combusto
interna tiram partido do choque de molculas gasosas, submetidas a altas
temperaturas, para impulsionar mbolos, pistes e cilindros; as turbinas a
gs utilizam uma mistura de ar comprimido e combustvel para mover suas
ps; e os motores a reao se baseiam na emisso violenta de gases. O
primeiro combustvel, a madeira, foi substitudo ao longo das sucessivas
inovaes industriais pelo carvo, pelos derivados de petrleo e pelo gs
natural.
Pode-se aproveitar a energia gerada por certas reaes qumicas, em
consequncia de interaes moleculares. parte as reaes de
combusto, classificveis entre as fontes trmicas, e nas quais substncias
se queimam ao entrar em contato com o oxignio, a energia presente em
certos processos de solues cidas e bsicas ou de sais pode ser captada
em forma de corrente eltrica -- fundamento das pilhas e acumuladores.
D-se tambm o processo inverso.
A energia eltrica produzida principalmente pela transformao de
outras formas de energia, como a hidrulica, a trmica e a nuclear. O
movimento da gua ou a presso do vapor acionam turbinas que fazem
girar o rotor de dnamos ou alternadores para produzir corrente eltrica.
Esse tipo de energia apresenta como principais vantagens seu fcil
transporte e o baixo custo, e talvez seja a forma mais difundida no uso
cotidiano. Os motores eltricos so os principais dispositivos de converso
dessa energia em sua manifestao mecnica.
As crises de energia ocorridas na segunda metade do sculo XX
suscitaram a busca de novas fontes. Registraram-se duas tendncias,
aparentemente opostas: os projetos e invenes destinados a dominar os
processos de reao nuclear e os sistemas de aproveitamento de energias
naturais no poluentes, como a hidrulica, a solar, a elica e a geotrmica.
Como resultado dessas pesquisas obteve-se um maior ndice de
aproveitamento dos recursos terrestres e martimos em determinadas
regies do globo.
A energia hidrulica, utilizada desde a antiguidade, oferece amplas
possibilidades em rios e mares. As quedas d'gua e a enorme fora das
mars constituem exemplos claros do potencial dessas fontes. No entanto,
embora as represas e reservatrios representem meios para armazenar
gua e energia, facilmente transformvel em corrente eltrica, ainda no
foram encontrados meios eficazes para o aproveitamento das mars,
devido complexidade de seu mecanismo.
Ao longo da histria, os moinhos e os barcos a vela tiraram amplo
proveito de um dos tipos primrios de energia, a elica, ou produzida pelo
vento. Essa manifestao energtica, diretamente cintica por ser
provocada pelo movimento do ar, apresenta baixo nvel de rendimento e
sua utilizao insegura e pouco uniforme, ainda que de baixo custo.
A energia solar representa o modelo mais caracterstico de fonte
renovvel. Apesar de ser praticamente inesgotvel, por provir diretamente
da radiao solar, seu aproveitamento ainda no alcana rendimentos
equiparveis a outras fontes. A captao dessa energia tem como principal
finalidade a produo de energia calorfica, sobretudo para calefao
domstica. Alguns dispositivos, como as clulas fotoeltricas, permitem
transformar a energia solar em eltrica.
Hidroeletricidade
As matrizes renovveis de energia tm uma srie de vantagens: a disponibilidade de recursos, a facilidade de aproveitamento e o fato de que
continuam disponveis na natureza com o passar do tempo. De todas as
fontes deste tipo, a hidreltrica representa uma parcela significativa da
produo mundial, que representa cerca de 16% de toda a eletricidade
gerada no planeta.
No Brasil, alm de ser um fator histrico de desenvolvimento da economia, a energia hidreltrica desempenha papel importante na integrao e
no desenvolvimento de regies distantes dos grandes centros urbanos e
industriais.
O potencial tcnico de aproveitamento da energia hidrulica do Brasil
est entre os cinco maiores do mundo; o Pas tem 12% da gua doce
superficial do planeta e condies adequadas para explorao. O potencial
hidreltrico estimado em cerca de 260 GW, dos quais 40,5% esto localizados na Bacia Hidrogrfica do Amazonas para efeito de comparao, a
Bacia do Paran responde por 23%, a do Tocantins, por 10,6% e a do So
Francisco, por 10%. Contudo, apenas 63% do potencial foi inventariado. A
Regio Norte, em especial, tem um grande potencial ainda por explorar.
Algumas das usinas em processo de licitao ou de obras na Amaznia vo participar da lista das dez maiores do Brasil: Belo Monte (que ter
potncia instalada de 11.233 megawatts), So Luiz do Tapajs (8.381 MW),
Jirau (3.750 MW) e Santo Antnio (3.150MW). Entre as maiores em funcionamento esto Itaipu (14 mil MW, ou 16,4% da energia consumida em todo
o Brasil), Tucuru (8.730 MW), Ilha Solteira (3.444 MW), Xing (3.162 MW)
e Paulo Afonso IV (2.462 MW).
As novas usinas da regio Norte apresentam um desafio logstico: a
transmisso para os grandes centros, que ficam distantes milhares de
quilmetros. Este problema vai ser solucionado pelo Sistema Integrado
Nacional (SIN), uma rede composta por linhas de transmisso e usinas que
operam de forma integrada e que abrange a maior parte do territrio do
Pas.
Composto pelas empresas de explorao de energia das regies Sul,
Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da regio Norte, o SIN garante a
explorao racional de 96,6% de toda a energia produzida no Pas.
Energia renovvel
Conhecimentos Gerais
15
APOSTILAS OPO
Energia nuclear
Os ncleo atmicos de elementos pesados, como o urnio, podem ser
desintegrados (fisso nuclear ou ciso nuclear) e liberar energia
radiante e cintica. Usinas termonucleares usam essa energia para
produzir eletricidade utilizando turbinas a vapor.
Uma consequncia da atividade de produo deste tipo de energia so
os resduos nucleares, que podem levar milhares de anos para perder
a radioatividade. Porm existe uma fonte de energia nuclear que no gera
resduos radioativos, a da fuso nuclear, que ocorre quando 4 ncleos de
deutrio se fundem formando 1 de hlio liberando energia trmica que pode
ser usada em turbinas a vapor. Mas a reao de fuso ainda no foi
conseguida em grande escala a ponto de se economicamente vivel.
Renovveis
Os combustveis renovveis so combustveis que usam como matriaprima elementos renovveis para a natureza, como a cana-de-acar,
utilizada
para
a
fabricao
do etanol e
tambm,
vrios
outros vegetais como a mamona utilizada para a fabricao do biodiesel ou
outros leos vegetais que podem ser usados diretamente em motores
diesel com algumas adaptaes.
Energia hidrulica
A energia hidroeltrica a energia que se produz
em barragens construdas em cursos de gua (exemplo, a barragem do
Alqueva). Essa energia parte da precipitao que forma os rios que
so represados, a gua desses rios faz girar turbinas que produzem
energia eltrica.
encontrada sob a forma de energia cintica, sob diferenas
de temperatura ou gradientes de salinidade e pode ser aproveitada e
utilizada. Uma vez que a gua aproximadamente 800 vezes mais densa
que o ar, requer um lento fluxo ouondas de mar moderadas, que podem
produzir uma quantidade considervel de energia.
Fontes de energia
As fontes de energia podem ser divididas em dois grupos principais:
permanentes (renovveis) e temporrios (no-renovveis). As fontes
permanentes so aquelas que tm origem solar, no entanto, o conceito de
renovabilidade depende da escala temporal que utilizado e os padres de
utilizao dos recursos.
Assim, so considerados os combustveis fsseis no-renovveis j
que a taxa de utilizao muito superior taxa de formao do recurso
propriamente dito.
No-renovveis
Os combustveis fsseis so fontes no-renovveis de energia: no
possvel repor o que se gasta, uma vez que podem ser necessrios milhes
de anos para poder contar novamente com eles. So aqueles
cujas reservas so limitadas. As principais so a energia da fisso nuclear e
os combustveis fsseis (petrleo, gs natural e carvo).
Biomassa
A energia da biomassa a energia que se obtm durante a
transformao de produtos de origem animal e vegetal para a produo de
energia calorfica e eltrica. Na transformao de resduos orgnicos
possvel obter biocombustveis, como o biogs, o biolcool e o biodiesel.
A formao de biomassa a partir de energia solar realizada pelo
processo denominado fotossntese, pelas plantas que. Atravs da
fotossntese, as plantas que contm clorofila transformam o dixido de
carbono e a gua em materiais orgnicos com alto teor energtico que, por
sua vez, servem de alimento para os outros seres vivos. A biomassa
atravs destes processos armazena a curto prazo a energia solar sob a
forma de hidratos de carbono. A energia armazenada no processo
fotossinttico pode ser posteriormente transformada em calor, liberando
novamente o dixido de carbono e a gua armazenados. Esse calor pode
ser usado para mover motores ou esquentar gua para gerar vapor e mover
uma turbina, gerando energia eltrica.
Combustveis fsseis
Os combustveis fsseis podem ser usados na forma slida (carvo),
lquida (petrleo) ou gasosa (gs natural). Segundo a teoria mais aceita,
foram formados por acumulaes de seres vivos que viveram h milhes de
anos e que foram fossilizados formando carvo ou hidrocarbonetos. No
caso do carvo se trata de bosques e florestas nas zonas midas e, no
caso do petrleo e do gs natural de grandes massas
de plncton acumuladas no fundo de bacias marinhas ou lacustres. Em
ambos os casos, a matria orgnica foi parcialmente decomposta, pela
ao da temperatura, presso e certas bactrias, na ausncia de oxignio,
de forma que foram armazenadas molculas com ligaes de alta energia.
Se distinguem as "reservas identificadas", embora no sejam
exploradas, e as "reservas provveis", que podero ser descobertas
com tecnologias futuras. Segundo os clculos, o planeta pode fornecer
energia para mais 40 anos (se for usado apenas o petrleo) e mais de 200
(se continuar a usar carvo).
Conhecimentos Gerais
Energia solar
A energia solar aquela energia obtida pela luz do Sol, pode ser
captada com painis solares. A radiao solar trazida para a Terra leva
energia equivalente a vrios milhares de vezes a quantidade de energia
consumida pela humanidade.
Atravs de coletores solares, a energia solar pode ser transformada
em energia trmica, e usando painis fotovoltaicos a energia luminosa pode
ser convertida em energia eltrica. Ambos os processos no tm nada a ver
uns com os outros em termos de sua tecnologia. As centrais trmicas
solares utilizam energia solar trmica a partir de coletores solares para
gerar eletricidade.
H dois componentes na radiao solar: radiao direta e radiao
difusa. A radiao direta a que vem diretamente do Sol, sem reflexes ou
refraes intermedirias. A difusa, emitida pelo cu durante o dia, graas
aos muitos fenmenos de reflexo e refrao da atmosfera solar,
nas nuvens, e nos restantes elementos da atmosfera terrestre.
A radiao refletida direta pode ser concentrada e utilizada. No entanto,
tanto a radiao direta quanto a radiao difusa so utilizveis.
16
APOSTILAS OPO
Conhecimentos Gerais
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APOSTILAS OPO
Vantagens e desvantagens
Energias ecolgicas
A primeira vantagem de certa quantidade de recursos energticos
renovveis que no produzem emisses de gases de efeito estufa nem
outras emisses, ao contrrio do que acontece com os combustveis, sejam
fsseis ou renovveis. Algumas fontes no emitem dixido de carbono
adicional, exceto aqueles necessrios para a construo e operao, e no
apresenta quaisquer riscos adicionais, tais como a ameaa nuclear.
No entanto, alguns sistemas de energias renovveis geram problemas
ecolgicos particulares. Assim, as primeiras turbinas elicas estavam
perigosas para as aves, como as suas lminas giravam muito rapidamente,
enquanto as hidroelctricas podem criar barreiras migrao de certos
peixes, um problema grave em muitos rios do mundo (nos rios na regio
noroeste da Amrica do Norte que desembocam para o Oceano Pacfico, a
populao de salmo diminuiu drasticamente).
Natureza difusa
Irregularidade
A produo de energia eltrica exige uma permanente fonte de energia
confivel ou suporte de armazenamento (bomba hidrulica para
armazenamento, baterias, futuras pilhas de hidrognio, etc). Assim, devido
ao elevado custo do armazenamento de energia, um pequeno sistema
autnomo raramente econmico, exceto em situaes isoladas, quando a
ligao rede de energia implica custos mais elevados.
Fontes renovveis poluentes
Em termos de biomassa, certo que armazena um ativo de dixido de
carbono, formando a sua massa com ele e liberando o oxignio de novo,
enquanto para queimar novamente, combinam-se o carbono com
o oxignio para formar o dixido de carbono novamente. Teoricamente o
ciclo fechado no teria emisses de dixido de carbono, apesar das
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
Conhecimentos Gerais
Resposta:
A Morte da Princesa Diana.
Pergunta:
Por qu?
Resposta:
Uma princesa inglesa com um namorado egpcio, tem um acidente de
carro dentro de um tnel francs, num carro alemo com motor holands,
conduzido por um belga, bbado de whisky escocs, que era seguido por
paparazzis italianos, em motos japonesas. A princesa foi tratada por um
mdico canadense, que usou medicamentos americanos. E isto enviado
a voc por um brasileiro, usando tecnologia americana (Bill Gates) e provavelmente, voc est lendo isso em um computador genrico que usa chips
feitos em Taiwan e um monitor coreano montado por trabalhadores de
Bangladesh, numa fbrica de Singapura, transportado em caminhes
conduzidos por indianos, roubados por indonsios, descarregados por
pescadores sicilianos, reempacotados por mexicanos e, finalmente, vendido a voc por chineses, atravs de uma conexo paraguaia
Isto *GLOBALIZAO!!! http://melhordarede.wordpress.com/
Globalizao
A globalizao um dos processos de aprofundamento da integrao
econmica, social, cultural, poltica, que teria sido impulsionado pelo
barateamento dos meios de transporte e comunicao dos pases do
mundo no final do sculo XX e incio do sculo XXI. um fenmeno gerado
pela necessidade da dinmica do capitalismo de formar uma aldeia global
que permita maiores mercados para os pases centrais (ditos
desenvolvidos) cujos mercados internos j esto saturados. O processo de
Globalizao diz respeito forma como os pases interagem e aproximam
pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em considerao aspectos
econmicos, sociais, culturais e polticos. Com isso, gerando a fase da
expanso capitalista, onde possvel realizar transaes financeiras,
expandir seu negcio at ento restrito ao seu mercado de atuao para
mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento
alto de capital financeiro, pois a comunicao no mundo globalizado
permite tal expanso, porm, obtm-se como consequncia o aumento
acirrado da concorrncia.
Histria
A globalizao um fenmeno capitalista e complexo que comeou na
era dos descobrimentos e que se desenvolveu a partir da Revoluo
21
APOSTILAS OPO
Qualidade de vida
Impacto
A caracterstica mais notvel da globalizao a presena de marcas
mundiais
A globalizao afeta todas as reas da sociedade, principalmente
comunicao, comrcio internacional e liberdade de movimentao, com
diferente intensidade dependendo do nvel de desenvolvimento e
integrao das naes ao redor do planeta.
Londres, a cidade mais globalizada do planeta.
Comunicao
A globalizao das comunicaes tem sua face mais visvel na internet,
a rede mundial de computadores, possvel graas a acordos e protocolos
entre diferentes entidades privadas da rea de telecomunicaes e
governos no mundo. Isto permitiu um fluxo de troca de ideias e informaes
sem critrios na histria da humanidade. Se antes uma pessoa estava
limitada a imprensa local, agora ela mesma pode se tornar parte da
imprensa e observar as tendncias do mundo inteiro, tendo apenas como
fator de limitao a barreira lingustica.
Outra caracterstica da globalizao das comunicaes o aumento da
universalizao do acesso a meios de comunicao, graas ao
barateamento dos aparelhos, principalmente celulares e os de
infraestrutura para as operadoras, com aumento da cobertura e incremento
geral da qualidade graas a inovao tecnolgica. Hoje uma inovao
criada no Japo pode aparecer no mercado portugus ou brasileiro em
poucos dias e virar sucesso de mercado. Um exemplo da universalizao
do acesso a informao pode ser o prprio Brasil, hoje com 42 milhes de
telefones instalados,[4] e um aumento ainda maior de nmero de telefone
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
Antonio Negri
Conhecimentos Gerais
Mrio Murteira
O economista portugus Mrio Murteira, autor de uma das abordagens
cientficas mais antigas e consistentes sobre o fenmeno da
Globalizao[16], defende que, no sculo XXI, se verifica uma
'desocidentalizao' da Globalizao, visto que se constata que os pases
do Oriente, como a China, so os principais atores atuais do processo de
Globalizao e a hegemonia do Ocidente, no sistema econmico mundial,
est a aproximar-se do seu ocaso, pelo que outras dinmicas regionais,
sobretudo na sia do Pacfico, ganharam mais fora a nvel global[17]. Para
Mrio Murteira, a Globalizao est relacionada com um novo tipo de
capitalismo em que o mercado de conhecimento[18] o elemento mais
influente no processo de acumulao de capital e de crescimento
econmico no capitalismo atual, ou seja, o ncleo duro que determina a
evoluo de todo o sistema econmico mundial do presente sculo XXI[19].
Stuart Hall
Em A Identidade cultural na Ps-Modernidade, Stuart Hall (2003)[2]
busca avaliar o processo de deslocamento das estruturas tradicionais
ocorrido nas sociedades modernas, assim como o descentramento dos
quadros de referncias que ligavam o indivduo ao seu mundo social e
cultural. Tais mudanas teriam sido ocasionadas, na contemporaneidade,
principalmente, pelo processo de globalizao. A globalizao alteraria as
noes de tempo e de espao, desalojaria o sistema social e as estruturas
por muito tempo consideradas como fixas e possibilitaria o surgimento de
uma pluralizao dos centros de exerccio do poder. Quanto ao
descentramento dos sistemas de referncias, Hall considera seus efeitos
nas identidades modernas, enfatizando as identidades nacionais,
observando o que gerou, quais as formas e quais as consequncias da
crise dos paradigmas do final do sculo XX.
Benjamin Barber
Em seu artigo "Jihad vs. McWorld", Benjamin Barber expe sua viso
dualista para a organizao geopoltica global num futuro prximo. Os dois
caminhos que ele enxerga no apenas como possveis, mas tambm
provveis so o do McMundo e o da Jihad. Mesmo que se utilizando de
um termo especfico da religio islmica (cujo significado, segundo ele,
genericamente "luta", geralmente a "luta da alma contra o mal", e por
extenso "guerra santa"), Barber no v como exclusivamente muulmana
a tendncia antiglobalizao e pr-tribalista, ou pr-comunitria. Ele
classifica nesta corrente inmeros movimentos de luta contra a ao
globalizante, inclusive ocidentais, como os zapatistas e outras guerrilhas
latino-americanas.
Est claro que a democracia, como regime de governo particular do
modo de produo da sociedade industrial, no se aplica mais realidade
contempornea. Nem se aplicar tampouco a quaisquer dos futuros
econmicos pretendidos pelas duas tendncias apontadas por Barber: ou o
pr-industrialismo tribalista ou o ps-industrialismo globalizado. Os modos
de produo de ambos exigem outros tipos de organizao poltica cujas
demandas o sistema democrtico no capaz de atender.
Daniele Conversi
Para Conversi, os acadmicos ainda no chegaram a um acordo sobre
o real significado do termo globalizao, para o qual ainda no h uma
definio coerente e universal: alguns autores se concentram nos aspectos
23
APOSTILAS OPO
Conhecimentos Gerais
Referncias
O Reprter Esso e a Globalizao
G8: a desatualizada elite econmica do planeta
Globalisation and the Asia-Pacific Revival.
Universalizao da telefnica
A comunicao de massa como condio para a democracia
China pode ultrapassar EUA em usurios de internet
a b Economic system, fonte: China.org.cn
Internet na China
How Have the Worlds Poorest Fared Since the Early 1980s
ndices de pobreza do Banco Mundial
Global Inequality Fades as the Global Economy Grows
Globalizao no reduz desigualdade e pobreza no mundo, diz ONU.
Agncia Efe. In: Mundo, Folha online, 10/02/2007 s 08h50
PRADO, Luiz Carlos Delorme. A poltica econmica deles, e a
nossa.... uma resenha de A globalizao e seus malefcios: a promessa
no-cumprida de benefcios globais. Rio de Janeiro: Revista de Economia
Contempornea, vol.11 no.3, Sept./Dec. 2007
The Cognitive Age
Sustainable Development and Globalization: New Challenges and
Opportunities for Work Organization
Pioneirismo de Mrio Murteira no estudo cientfico da Globalizao
A 'desocidentalizao' da Globalizao segundo Mrio Murteira
A Econmia do Conhecimento e a Globalizao
O novo tipo de Capitalismo est na origem da Globalizao
a b c d CONVERSI, Daniele. Americanization and the planetary
spread of ethnic conflict : The globalization trap. in Planet Agora, dezembro
2003 - janeiro 2004
ANDERSON, Benedict 1992 Long-Distance Nationalism: World Capitalism and the Rise of Identity Politics.
STIGLITZ, Joseph E. The pact with the devil. Beppe Grillo's Friends
interview
GARDELS, Nathan.Globalizao produz pases ricos com pessoas
pobres: Para Stiglitz, a receita para fazer esse processo funcionar usar o
chamado "modelo escandinavo" . Economia & Negcios, O Estado de S.
Paulo, 27/09/2006
24
APOSTILAS OPO
O economista Francisco Ferreira, tambm do Banco Mundial, considera positivo que o Brasil tenha definido uma linha de pobreza, mas afirma
que o valor deveria ser ajustado ao menos de acordo com a inflao e que
est "muito baixo" para o pas.
" preciso pensar no que necessrio para que, daqui a uma gerao,
os benefcios de transferncia condicionada de renda no sejam mais
necessrios. Para isso, o foco tem que ser em boa educao, acesso
sade, emprego de qualidade, melhoria da infraestrutura e espao para o
desenvolvimento do talento empresarial."
Tiago Falco, secretrio de Superao da Pobreza Extrema do Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS), reconhece que
mesmo que o Bolsa Famlia chegue a todos os brasileiros pobres sempre
haver novas famlias que cairo abaixo da linha da misria.
BIBLIOGRAFIA
Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicaes Ltda.
Wikipdia, a enciclopdia livre.
Conhecimentos Gerais
II - Cultura e sociedade brasileira (msica, literatura, artes, arquitetura, rdio, cinema, teatro, jornais, revistas e
televiso).
A CULTURA BRASILEIRA
Literatura, artes, cinema, teatro, rdio, televiso, esportes
A riqueza cultural da dcada de 30
Modernismo, regionalismo e samba
O perodo inaugurado pela Revoluo de 30 foi marcado por
transformaes na economia, na poltica e na estrutura social. De um lado,
o sentido geral dessas transformaes correspondia ao esprito do Movimento Modernista de 1922; de outro, iria repercutir em um novo movimento
literrio: o regionalismo.
A conscincia modernista aliava a necessidade de pesquisa de
novos meios formais de comunicao a uma ntida preocupao com o
conhecimento da realidade brasileira. A dcada de 30 aprofundou e deu
novos traos questo de uma cultura brasileira dotada de fora artstica e
capaz de reflexo crtica.
Por sua vez, o advento do rdio promoveu a popularizao do
samba, que desceu definitivamente do morro para a cidade. Alm do rdio,
outro meio de comunicao de massa passou por uma decisiva transforma25
APOSTILAS OPO
O intercmbio cultural - estimulado pelo governo atravs do cinema e da msica - que teve na carreira internacional de Carmem Miranda
sua melhor expresso, aumentou ainda mais a americanizao dos costumes e modos de vida dos brasileiros. Em 1941, por exemplo, Walt Disney,
que se tornara o porta-voz da poltica externa americana, batizada de "boa
vizinhana" escolheu a msica Aquarela do Brasil, de Ari Barroso, para
trilha sonora do fume Salud, amigos (Al amigo !), que acabou sendo uru
filme promocional da poltica norte-americana na Amrica Latina. A criao
do personagem de Disney - Z Carioca - representando o Brasil, tornou-se
um dos maiores esteretipos de nossa cultura no exterior.
O rdio continuou expandindo seu alcance comercial e seu poder ideolgico. Destacavam-se a Rdio Nacional, encampada pelo governo
em 1940, a Rdio Tupi de So Paulo; a Rdio Record (SP) e a Rdio
Nacional (RJ), que passaram a transmitir, a partir de 1941, um dos maiores
fenmenos de audincia do rdio: o Reprter Esso.
Tambm em 1941, foi fundada a Companhia Cinematogrfica Atlntida, responsvel pela popularizao do cinema e pela consagrao de
uru gnero popular de produo cinematogrfica: as chanchadas, mistura
de comdia e de musical, que a partir de Moleque Tio, lanado em 1943,
apresentaram uma dupla clebre do cinema brasileiro: Grande Otelo e
Oscarito.
O reino das chanchadas
Conhecimentos Gerais
26
APOSTILAS OPO
Nesse sentido, dois diretores anteciparam o que veio a se chamar de Cinema Novo. Em 1953, Lima Barreto filmou O cangaceiro e conquistou uma premiao no Festival Internacional de Cannes no mesmo
ano. Filiando-se ao neo-realismo italiano, Nelson Pereira dos Santos dirigiu,
em 1955, Rio, 40 graus e voltou a exercer sua viso crtica da realidade em
1957, com Rio, Zona Norte. Ainda, no mundo do cinema, um ator-diretor
alcanou enorme xito popular: Mazzaropi, que cunhou o tipo do caipira
paulista ingnuo e trapalho em Sai da frente (1952).
A UNE assumiu dimenso nacional com a criao do CPC (Centro Popular de Cultura); em 1963, o educador Paulo Freire alcanou notoriedade
nacional com seu "mtodo" de alfabetizao e conscientizao de adultos,
em Pernambuco e em todo o Nordeste. O cinema conseguiu outro prmio
internacional em Cannes com o filme de Anselmo Duarte O pagador de
promessas. Em 1963, Nelson Pereira dos Santos filmou Vidas secas,
baseado no clssico de Graciliano Ramos, e Glauber Rocha afirmou seu talento com Deus e o diabo na tema do sol (1964). Com o golpe de 64, surgiu
a necessidade de " resistncia cultural''. O prdio da UNE foi incendiado no
Rio; seguiram-se prises de lderes polticos, estudantes, artistas e intelectuais. O reacionarismo e tradicionalismo, alm do patrulhamento ideolgico,
da censura e dos mecanismos de coao tomaram conta do cenrio cultural do pas. No governo de Castelo Branco realizou-se em So Paulo uma
campanha de " moralizao'' nas escolas: estudantes foram obrigados a
cortar o cabelo, usar calas de boca estreita, e tambm proibidos de exibir
cores berrantes ou "roupas exticas". Em 1965, a censura proibiu inmeras
peas teatrais e filmes. Mesmo assim, foram lanados os filmes A falecida,
de Leon Hirzsman, e Opinio pblica, de Arnaldo Jabor.
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
Conhecimentos Gerais
As cidades histricas de Ouro Preto e Olinda, bem como Braslia, a capital do pas, foram consideradas "patrimnio cultural da humanidade'' pela UNESCO. O Brasil iniciou pesquisas na Antrtida e lanou seus
primeiros satlites de comunicaes - Brasilsat I e II.
Os filmes O Homem que virou suco, de Joo Batista de Andrade,
e Pixote, de Hector Babenco, foram premiados internacionalmente. Depois
de uma crise com a Embrafilme e outra com a censura, o filme de Roberto
Farias Pra frente Brasil conseguiu ser exibido, recebendo o prmio no
Festival de Cinema de Berlim. Nelson Pereira dos Santos filmou Memrias
do Crcere, de Graciliano Ramos, estrelado por Carlos Vereza, que recebeu um prmio no Festival Internacional de Cinema da ndia por seu desempenho. O beijo da mulher aranha, produo brasileira dirigida por
Hector Babenco, levou o Brasil at Hollyvvood e Eu sei que vou te amar, de
Arnaldo labor, deu Fernanda Torres o prmio de melhor atriz no Festival
de Cannes.
Por ocasio da votao de uma emenda proposta pelo deputado
Dante de Oliveira (PMDB) para eleies diretas como forma e conduo da
sucesso presidencial, no final do governo Figueiredo, explodiu uma das
maiores manifestaes populares da Histria do pas, consagrada como
"DIRETAS J''. O comcio da Candelria, no Rio, reuniu 1 milho de pessoas. Era o fim da ditadura militar.
Depois que a morte afastou Tancredo Neves da presidncia, a
Nova Repblica comeava com Jos Sarney. A proibio do filme Je vous
salue, Marie, de Jean-Luc Godard, e Teledeum, em 1987, demonstrava a
vigncia, ainda que restrita, de mecanismos de censura de obras artsticas.
O dilogo cultura-sociedade
1930: reflexo sobre as contradies. A dcada de 30 continuou
e aprofundou a reflexo crtica sobre a sociedade brasileira inaugurada pelo
Modernismo. A sociedade que surgia via-se presa entre as contradies da
ordem poltica internacional e as prprias contradies do embate interno
entre as classes sociais divergentes e antagnicas. Essas intensas contradies, ao lado da emergncia de um combate ideolgico em todo o mundo, foram aspectos decisivos para o impulso que orientou a cultura brasileira. O rdio, o cinema e a televiso, embora desenvolvam contornos e
peculiaridades ligados s nossas especificaes, quase sempre foram os
meios de padronizao, veiculao e sustentao das expresses culturais
dominantes, sob forte influncia dos EUA, a nao hegemnica do hemisfrio ocidental.
Depois do modernismo, a fico regionalista espelhou situaes
que afetavam distores e misrias presentes em nossa realidade. O trao
local no impediu que certas caractersticas essenciais de toda uma sociedade fossem reveladas por Graciliano Ramos, Jos Lins e Jorge Amado. A
viso crtica desses autores era ainda eficaz devido fora artstica de
suas obras.
De outro lado, a prpria cultura, como tudo o mais, passou a ser
tratada, pela era de consumo de massa do capitalismo, como mercadoria.
1940: americanizao. A dcada de 40 marcou o perodo ureo
do alinhamento poltico-ideolgico do Brasil. Os traos j delineados da
cultura de massa adquiriram um raio de ao ainda mais amplo.
Em contraposio, a universidade adquiria uma presena decisiva na vida intelectual brasileira, com nfase especial para a Universidade
de So Paulo, que na dcada de 30 realizou um intenso programa de
intercmbio com as universidades francesas. Por fim, a prpria americanizao pode ser vista tambm como a conseqncia da modernizao do
pas e de seu ingresso nos padres de consumo do mercado internacional.
1950: a dcada da fermentao. Escritores como Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes, Guimares Rosa, Clarice Lispector e
Joo Cabral de Melo Neto do continuidade s suas obras, mantendo suas
qualidades e aprofundando suas pesquisas, oferecendo ao conjunto da
literatura brasileira uma elevao nunca antes atingida. No cinema, Nelson
Pereira dos Santos iniciava uma obra que anteciparia as preocupaes do
28
APOSTILAS OPO
De 1960 aos 90: dilaceramento e padronizao. Com a televiso, instrumento privilegiado de padronizao, o pas tornou-se objeto de
uma certa homogeneizao cultural. O controle do setor de comunicaes
pela ditadura imprimiu televiso um papel de catequese ideolgica. Na
msica, o tropicalismo foi a grande manifestao sintonizada com a revoluo cultural dos anos 60. O Cinema Novo herdava a tradio crtica do
melhor romance brasileiro e adquiria prestgio internacional. A vitalidade do
teatro afirmou-o tambm como palco da resistncia cultural ofensiva da
represso ideolgica desfechada pela ditadura. Exlios, prises, torturas,
guerrilhas, assassinatos configuraram uma poca trgica, com um impacto
de certo modo paralisante na cena cultural. Certos crticos vem os anos 80
ainda definidos por essa paralisia, mas a extrema diversificao cultural
alcanada pelos grandes centros urbanos um fator importante e aberto s
possibilidades de criao.
Os portugueses
A atividade cultural no final da dcada de 80 e incio da de 90 sofreu grave reduo no Brasil, por fatores como a recesso econmica e
medidas polticas do governo Collor: a extino da Lei Sarney, que canalizava subsdios da iniciativa privada para a produo artstica; a extino da
Funarte e Embrafilme; a classificao prvia de programas de TV. Em 91, a
Lei Rounaet restabelece aqueles incentivos s artes.
A produo artstica teatral apresentou revelaes, nesta primeira metade da dcada de 90, como o autor, diretor e ator Miguel Falabela e
o diretor Gabriel Vilela. Peas como O Livro de J, Querida Mame e
Prola foram alguns dos destaques em 1995. Neste mesmo ano o cinema
nacional deu um salto produtivo de repercusso internacional com O Quatrilho e com o cinema bem cuidado de Walter Moreira Salles, com o filme
Terra Estrangeira.
Cultura do Brasil
Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.
"A sociedade e a cultura brasileiras so conformadas como variantes
da verso lusitana da tradio civilizatria europia ocidental, diferenciadas
por coloridos herdados dos ndios americanos e dos negros africanos. O
Brasil emerge, assim, como um renovo mutante, remarcado de caractersticas prprias, mas atado genericamente matriz portuguesa, cujas potencialidades insuspeitadas de ser e de crescer s aqui se realizariam plenamente. "
O Povo Brasileiro, Darcy Ribeiro, , pag 16.1
A cultura brasileira uma sntese da influncia dos vrios povos
e etnias que formaram o povo brasileiro. No existe uma cultura brasileira
perfeitamente homognea, e sim um mosaico de diferentes vertentes
culturais que formam, juntas, a cultura do Brasil. Naturalmente, aps mais
de trs sculos de colonizao portuguesa, a cultura do Brasil ,
majoritariamente, de raiz lusitana. justamente essa herana cultural lusa
que compe a unidade do Brasil: apesar do povo brasileiro ser um mosaico
tnico, todos falam a mesma lngua (o portugus) e, quase todos,
so cristos, com largo predomnio de catlicos. Esta igualdade lingustica
e religiosa um fato raro para um pas de grande tamanho como o Brasil,
especialmente em comparao com os pases do Velho Mundo.
Embora seja um pas de colonizao portuguesa, outros grupos tnicos
deixaram influncias profundas na cultura nacional, destacando-se os
povos indgenas, os africanos, os italianos e os alemes. As influncias
indgenas e africanas deixaram marcas no mbito da msica, da culinria,
do folclore, do artesanato, dos caracteres emocionais e das festas
populares do Brasil, assim como centenas de emprstimos lngua
portuguesa. evidente que algumas regies receberam maior contribuio
desses povos: os estados do Norte tm forte influncia das culturas
indgenas, enquanto algumas regies do Nordeste tm uma cultura
bastante africanizada, sendo que, em outras, principalmente no serto, h
uma intensa e antiga mescla de caracteres lusitanos e indgenas, com
menor participao africana.
No Sul do pas as influncias de imigrantes italianos e alemes so
evidentes, seja na lngua, culinria, msica e outros aspectos. Outras
Conhecimentos Gerais
Cavalhadas de Pirenpolis(Pirenpolis, Gois) de origem portuguesa Mascarados durante a execuo do Hino do Divino.
Dentre os diversos povos que formaram o Brasil, foram os europeus
aqueles que exerceram maior influncia na formao da cultura brasileira,
principalmente os de origem portuguesa.
Durante 322 anos o territrio foi colonizado por Portugal, o que implicou
a transplantao tanto de pessoas quanto da cultura da metrpole para as
terras sul-americanas. O nmero de colonos portugueses aumentou muito
no sculo XVIII, na poca do Ciclo do Ouro. Em 1808, a prpria corte de D.
Joo VI mudou-se para o Brasil, um evento com grandes implicaes
polticas, econmicas e culturais. A imigrao portuguesa no parou com
a Independncia do Brasil: Portugal continuou sendo uma das fontes mais
importantes de imigrantes para o Brasil at meados do sculo XX.
A mais evidente herana portuguesa para a cultura brasileira a lngua
portuguesa, atualmente falada por virtualmente todos os habitantes do pas.
A religio catlica, crena da maioria da populao, tambm decorrncia
da colonizao. O catolicismo, profundamente arraigado em Portugal, legou
ao Brasil as tradies do calendrio religioso, com suas festas e procisses.
As duas festas mais importantes do Brasil, o carnaval e as festas juninas,
foram
introduzidas
pelos
portugueses.
Alm
destas,
vrios folguedos regionalistas como as cavalhadas, o bumba-meu-boi,
o fandango e a farra do boi denotam grande influncia portuguesa.
No folclore brasileiro, so de origem portuguesa a crena em seres
fantsticos como a cuca, o bicho-papo e o lobisomem, alm de muitas
lendas e jogos infantis como as cantigas de roda.
Na culinria, muitos dos pratos tpicos brasileiros so o resultado da
adaptao de pratos portugueses s condies da colnia. Um exemplo
a feijoada brasileira, resultado da adaptao dos cozidos portugueses.
Tambm a cachaa foi criada nos engenhos como substituto para
a bagaceira portuguesa, aguardente derivada do bagao da uva. Alguns
pratos portugueses tambm se incorporaram aos hbitos brasileiros, como
as bacalhoadas e outros pratos baseados no bacalhau. Os portugueses
introduziram muitas espcies novas de plantas na colnia, atualmente
muito identificadas com o Brasil, como a jaca e a manga.
De maneira geral, a cultura portuguesa foi responsvel pela introduo
no
Brasil
colnia
dos
grandes
movimentos
artsticos
europeus: renascimento, maneirismo,barroco, rococ e neoclassicismo.
Assim,
a literatura, pintura, escultura, msica, arquitetura e
artes
decorativas no Brasil colnia denotam forte influncia da arte portuguesa,
por exemplo nos escritos do jesuta luso-brasileiro Padre Antnio Vieira ou
na decorao exuberante de talha dourada e pinturas de muitas igrejas
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APOSTILAS OPO
Os imigrantes
Os africanos
A cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados trazidos
da frica durante o longo perodo em que durou o trfico
negreiro transatlntico. A diversidade cultural da frica refletiu-se na
diversidade dos escravos, pertencentes a diversas etnias que
falavam idiomas diferentes e trouxeram tradies distintas. Os africanos
trazidos ao Brasil incluram bantos, nags e jejes, cujas crenas religiosas
deram origem s religies afro-brasileiras, e os haus e mals, de
religioislmica e alfabetizados em rabe. Assim como a indgena, a cultura
africana foi geralmente suprimida pelos colonizadores. Na colnia, os
escravos aprendiam o portugus, eram batizados com nomes portugueses
e obrigados a se converter ao catolicismo.
Conhecimentos Gerais
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APOSTILAS OPO
Conhecimentos Gerais
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APOSTILAS OPO
Culinria
Literatura
Conhecimentos Gerais
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APOSTILAS OPO
Conhecimentos Gerais
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APOSTILAS OPO
Conhecimentos Gerais
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III - Aspectos relevantes da Histria do Brasil (descobertas e inovaes cientficas na atualidade e seus impactos
na sociedade contempornea).
Histria do Brasil.
A histria do Brasil comea pelo descobrimento, episdio que conseqncia da expanso europia, sobretudo portuguesa, na conquista do
"mar tenebroso" e na superao do Atlntico como barreira geogrfica.
Essa conquista, que distanciou subitamente os portugueses dos restantes
povos europeus, constituiu um movimento inteiramente novo, que mudou a
fisionomia do mundo. Mas no que concerne especificamente descoberta
do Brasil, h controvrsias: teria sido fruto do acaso ou houve uma intencionalidade velada dos portugueses? Teriam sido os navegadores lusitanos
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APOSTILAS OPO
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
No interesse da prpria expanso econmica, a coroa admitiu, at meados do sculo XVII, o crescimento espontneo de comunidades locais,
mas essa transigncia no significava abandono da vigilncia real e centralizadora. O prprio sistema eleitoral vigente no deve ser confundido com a
representatividade exigida pela doutrina liberal emergente a partir do sculo
XIX. A escolha dos chefes era promovida entre os "homens bons", e constitua uma seleo, mas no uma eleio. As cmaras, nada obstante fugazes momentos de autonomia, executavam ordens superiores, e em muitos
casos os vereadores eram diretamente nomeados pelos capites-gerais,
para lhes cumprirem as determinaes. A lei de organizao municipal de
1828, ao assegurar a tutela do governo-geral e provincial sobre as cmaras, veio apenas reconhecer uma antiga realidade.
O governo-geral constituiu um esquema bsico para todo o perodo colonial, mesmo quando o vice-reino ocupou seu lugar. Sob a ascendncia do
governador-geral, chefe militar por excelncia, estruturou-se a organizao
Conhecimentos Gerais
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APOSTILAS OPO
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
um tipo de vida social caracterizado pela casa-grande, residncia do senhor-de-engenho, que ocupava na escala social posio superior dos
outros proprietrios rurais; e ao seu lado, a senzala, a habitao tosca dos
escravos. A sociedade patriarcal assim instituda criou o tipo de civilizao
mais estvel da Amrica luso-espanhola, ponto inicial dos mais significativos na instituio da cultura moral, religiosa, cientfica, intelectual e artstica.
Ciclo do ouro. No final do sculo XVII Portugal comeou a receber os
primeiros carregamentos de ouro do Brasil. Em 1703 o ouro brasileiro
ultrapassou toda a produo anteriormente obtida na Mina e na Guin;
como riqueza colonial, vem em segundo lugar, logo abaixo do acar. Mas
a descoberta das jazidas de ouro nas Minas Gerais trouxe tambm problemas para a ocupao da terra, pois deslocou massas da populao que
habitavam a costa de So Paulo, Bahia e Pernambuco. Toda sorte de
gente, brancos, pardos, negros e ndios, homens e mulheres, velhos e
moos, pobres e ricos, plebeus e fidalgos, leigos e religiosos, acorriam em
busca da riqueza sbita e fcil. Muitas fazendas de gado e engenhos de
acar tiveram de parar suas atividades por falta de braos, a tal ponto que
a metrpole teve de intervir para evitar o despovoamento.
Ciclo do caf. Na primeira metade do sculo XVIII comeou a cultura
do caf, trazido de Caiena, na Guiana Francesa, pelo militar e sertanista
Francisco de Melo Palheta, que iniciou uma plantao em Belm. De l,
muitas mudas foram levadas para o Rio de Janeiro, depois para Resende e
norte de So Paulo, onde encontraram condies de solo e clima mais
favorveis que o norte do pas. O caf veio suplementar a queda de dois
outros produtos agrcolas -- o acar e o algodo --, que sofriam sucessivas
baixas frente concorrncia no mercado internacional. Alm disso, enquadrava-se perfeitamente nas mesmas bases econmicas e tcnicas das
outras culturas: utilizao ampla da terra, fator de produo abundante; no
exigncia de grandes investimentos de capital; possibilidade de ser implantada com pouco equipamento. A mo-de-obra ociosa das minas refluiu para
essa nova riqueza, que em 1820 atingiu uma produo de cem mil toneladas, superior da Arbia. Seria, entretanto, no imprio, que o caf ocuparia
o centro da economia e substituiria o acar como principal produto de
exportao.
Predominncia da economia agrcola. Todas essas atividades econmicas -- pau-brasil, acar, tabaco, algodo, ouro e caf -- no se destinavam diretamente metrpole. Lisboa funcionava como entreposto e emprio reexportador e retirava o lucro dos benefcios do transporte e das vantagens fiscais. Ausente da revoluo industrial, Portugal torna-se satlite
econmico da Gr-Bretanha e, como conseqncia, o Brasil, no papel de
colnia de uma metrpole sem autonomia, ficaria margem, por muitos
sculos, do rumo industrial do mundo, e se constituiria num pas essencialmente agrcola. Outra constante em todas essas culturas de explorao era
a busca pelo colonizador portugus da fortuna rpida sem o trabalho paciente: a conseqncia disso o incremento da mo-de-obra escrava, primeiro o ndio, depois o negro africano.
O trabalho escravo se insere no contexto da lavoura especulativa, s
compensvel com os altos preos dos produtos de exportao. Por isso,
quando a economia aucareira comeou a declinar, a lavra de ouro passou
a demandar contingentes de mo-de-obra escrava, subitamente valorizada.
Incapaz de servir, quer nos engenhos, quer nas minas, quer nas cidades ou
no transporte, nas funes de natureza tcnica, o africano ficou relegado ao
trabalho pesado da minerao ou da lavoura. A agricultura de subsistncia
e as funes tcnicas ficaram entregues a uma classe de dependentes
livres, que constituiria a tnue classe mdia da colnia.
Imprio
Premido entre as imposies de Napoleo I, que exigia o fechamento
dos portos portugueses aos navios ingleses e a priso dos sditos britnicos, e as do Reino Unido, que ameaava ocupar o Brasil caso fossem
acatadas tais exigncias, na primeira dcada do sculo XIX D. Joo VI
decidiu, em comum acordo com o governo ingls, transferir temporariamente a sede da monarquia portuguesa para o Brasil. Esse fato, singular na
histria colonial americana, deu caractersticas muito peculiares ao processo de emancipao do Brasil em relao ao movimento de libertao dos
pases da Amrica espanhola. A presena real no Brasil contribuiu por um
lado para consolidar a unidade nacional; e por outro, para que se completasse a separao de Portugal sem o desmembramento do patrimnio
Conhecimentos Gerais
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Conhecimentos Gerais
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Conhecimentos Gerais
manter a integridade territorial brasileira, com a integrao da Banda Oriental e a supresso do movimento sedicioso de Pernambuco.
Primeiro reinado
No ato da aclamao, em 6 de fevereiro de 1818, D. Joo estava no
apogeu de seu reinado, mas mesmo assim a situao continuava tensa e
as frentes de luta abertas. As prises brasileiras guardavam centenas de
patriotas; no sul, prosseguia a encarniada resistncia de Artigas; e em
Portugal, os sditos reclamavam a reintegrao europia do monarca. Em
1820, a vitria da revoluo liberal no Porto procurara viabilizar a implantao do capitalismo em Portugal, o que significava um programa de recolonizao do Brasil. As condies reais de ambas as sociedades demonstravam a inviabilidade de duas constituies, que respeitassem as caractersticas das formaes sociais portuguesa e brasileira, e portanto a manuteno do reino. D. Joo e seus conselheiros percebiam prudentemente a
inviabilidade do propsito recolonizador e a potencial ruptura do Brasil com
a monarquia portuguesa.
A aprovao do projeto constitucional em Lisboa, sem a presena de
representantes brasileiros, a subordinao das capitanias metrpole, e
no ao Rio de Janeiro, a adeso do Gro-Par, Bahia e da guarnio do
Rio de Janeiro s manobras das cortes e o juramento constitucional imposto a D. Joo VI definiram claramente as contradies entre Brasil e Portugal. Com o retorno de D. Joo a Portugal e a nomeao de D. Pedro como
regente do reino do Brasil encerra-se essa fase, qual se segue a tentativa
de manter a unidade luso-brasileira.
Independncia. Caso vigorasse o regime institudo pela constituio feita em Lisboa, o Brasil no teria mais um governo prprio, nem tribunais
superiores. A administrao centralizada e unificada em Lisboa absorveria
todas as regalias conquistadas desde a chegada do rei. O dilema apresentado aos brasileiros no foi simplesmente o da unio ou separao de
Portugal. Essa unio foi desejada e defendida at o ltimo momento pelas
figuras mais representativas do Brasil, como o prprio Jos Bonifcio de
Andrada e Silva. E s foi abandonada quando ficou claro que seu preo era
a inferiorizao e a desarticulao do reino do Brasil.
S havia uma frmula para manter a unidade das provncias brasileiras
e ao mesmo tempo enfrentar as foras metropolitanas: a monarquia brasileira, tendo como chefe da nova nao o prprio prncipe regente. At
mesmo os mais extremados republicanos perceberam que a permanncia
de D. Pedro era a garantia da manuteno da unidade nacional. O prprio
herdeiro do trono conduziu o movimento, do qual o grito do Ipiranga, a 7 de
setembro de 1822, foi apenas o mais teatral de uma srie de atos que
tornaram realidade a independncia do Brasil. J antes o prncipe convocara um conselho de procuradores da Provncia; no decreto de 3 de junho de
1822, em que convocou uma Assemblia Constituinte, D. Pedro mencionava literalmente que o objetivo era dar ao Brasil "as bases sobre que se deva
erigir a sua independncia". No dia 1 de agosto do mesmo ano, na qualidade de "regente deste vasto imprio" e considerando o estado de coao
em que se encontrava, proibiu o desembarque de tropas portuguesas e
mandou combater as que ousassem desembarcar sem a sua licena.
A figura mais notvel do esprito brasileiro nesse perodo foi Jos Bonifcio, o chamado Patriarca da Independncia. Sua obra poltica grandiosa
foi a articulao entre o governo do prncipe no Rio de Janeiro e os governos das provncias para sustentar a idia da unidade nacional.
Ao desligar-se do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, criado
em 1815, o Brasil deveria ter conservado o ttulo de reino. Assim que em
So Paulo, aps o grito do Ipiranga, D. Pedro foi aclamado rei do Brasil. A
idia de imprio, entretanto, condizia mais com o ambiente liberal, ainda
impregnado do fenmeno napolenico, do que a expresso legitimista de
reino. Assim, D. Pedro foi aclamado imperador constitucional e defensor
perptuo do Brasil em 12 de outubro de 1822. A 3 de maio de 1823 instalou-se a Assemblia Constituinte. No entanto, a ausncia de um projeto
constitucional claro e as delongas provocadas pela discusso e votao de
leis ordinrias contriburam para o desgaste da Assemblia. Jos Bonifcio
e seus irmos entraram em franca oposio ao imperador. Diante das
dificuldades crescentes e da impacincia do exrcito, o imperador dissolveu
a Assemblia e nomeou um Conselho de Estado, que rapidamente elaborou um projeto de constituio e o remeteu para exame a todas as cmaras
municipais. Com base nas manifestaes dos municpios, em 25 de maro
de 1824, o imperador ps em vigor a constituio e foram realizadas as
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APOSTILAS OPO
Conhecimentos Gerais
O ano de 1830 parecia um ano fatdico. A queda do rei da Frana, Carlos X, partidrio da reao, repercutiu fundamente no pas, e abalou ainda
mais a posio do imperador. Em uma excurso a Minas Gerais, D. Pedro I
sentiu o declnio de seu prestgio. Um grupo de parlamentares dirigiu-se em
manifesto ao imperador, pedindo urgentes providncias. D. Pedro atendeuos e reformou o gabinete, mas desgostoso com os ministros, substituiu-os
por outros, dceis a sua vontade, o que provocou uma reao popular, com
a adeso de toda a tropa do Rio de Janeiro. Cansado de lutar, a 7 de abril
de 1831 D. Pedro abdicou em favor do filho, D. Pedro II, ento com cinco
anos.
Regncia. O governo passou imediatamente s mos de uma regncia
provisria, composta do brigadeiro Francisco de Lima e Silva, do marqus
de Caravelas e do senador Nicolau de Campos Vergueiro. A assemblia a
substituiu por uma regncia trina, escolhida de acordo com a constituio,
na qual figuraram o brigadeiro Lima e Silva, o marqus de Monte Alegre e
Joo Brulio Muniz. Entre as duas tendncias extremas, a dos republicanos
e federalistas e a dos restauradores, apelidados de "caramurus", imps-se
a corrente dos moderados, sob a liderana do jornalista Evaristo da Veiga.
Em 1834 a constituio foi reformada por meio de um ato adicional, que
representou uma conciliao das tendncias mais extremadas. A regncia
trina tornou-se una, e os conselhos provinciais, controlados pelo Parlamento, passaram a Assemblias, com poderes mais amplos, o que atendia s
demandas de descentralizao.
A eleio popular, determinada pelo ato adicional, levou ao poder como
regente nico o padre Diogo Antnio Feij, que j se revelara um enrgico
defensor da ordem como ministro da Justia. Sob a regncia de Feij
definiram-se as duas correntes polticas que inspiraram os dois grandes
partidos do imprio -- liberais e conservadores. Esses ltimos, liderados por
Bernardo Pereira de Vasconcelos, com maioria parlamentar, tornaram a
situao insustentvel para a regncia e obrigaram Feij a renunciar. O
poder passou s mos de Pedro de Arajo Lima, depois marqus de Olinda, que s o deixou diante do movimento da maioridade.
Segundo reinado
A contar da abdicao de D. Pedro I, em 7 de abril de 1831, at a proclamao da repblica, em 15 de novembro de 1889, o segundo reinado
compreende um perodo de 58 anos, nele includa a regncia; ou de 49
anos, se contado a partir da maioridade. De qualquer maneira, foi o mais
longo perodo da histria poltica do Brasil, e contou com um interregno de
quase quarenta anos de paz interna, o que propiciou a implantao de
medidas importantes, como o protecionismo alfandegrio, que veio acabar
com as dificuldades cambiais impostas pelos tratados desvantajosos com
pases estrangeiros, assinados para facilitar o estabelecimento de relaes
diplomticas; a criao da presidncia do Conselho de Ministros, primeira
experincia de parlamentarismo brasileiro; a extino do trfico de escravos, que prenunciou a abolio; a inaugurao de novos meios de transporte e comunicao (ferrovias e telgrafo); a maior racionalizao da imigrao; e o desenvolvimento das letras, artes e cincias.
A ansiedade por um governo estvel e suprapartidrio, aliada a um hbil movimento poltico dos liberais, levou antecipao da maioridade do
imperador, em 23 de julho de 1840. Mas os liberais logo tiveram de ceder
novamente o poder aos conservadores, que prosseguiram em sua ao
centralizadora. A dissoluo da Cmara, eleita sob governo liberal, provocou reaes armadas em Minas Gerais e So Paulo, logo sufocadas pela
ao enrgica do baro (futuro duque) de Caxias. Em 1844, os liberais
voltaram ao poder e governaram at 1848, quando os conservadores
retomaram as rdeas do governo, que teve de enfrentar, em Pernambuco,
a revoluo praieira.
A ascenso de D. Pedro II ao poder coincide com as srias questes
do Prata e a guerra contra Rosas, na Confederao Argentina, e Oribe, no
Uruguai. O ministrio, presidido pelo marqus do Paran, solucionou as
questes diplomticas e firmou o prestgio do Brasil no exterior. A criao
das estradas de ferro e do telgrafo, a fundao de bancos, a multiplicao
de indstrias e as grandes exportaes de caf, trouxeram grande desenvolvimento econmico ao pas. De 1864 a 1870, o imperador teve ainda de
sustentar duas guerras, a primeira contra o governo uruguaio de Aguirre e a
segunda contra Solano Lpez, no Paraguai.
No mbito interno, o imperador foi obrigado a enfrentar as divergncias
polticas provocadas pelo movimento abolicionista e pela criao, em 1870,
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desemprego. A instabilidade aumentou com a dissidncia paulista, encabeada por Prudente de Morais, e com as revoltas dos monarquistas e integradas por militares e oposicionistas. Mesmo assim, a situao financeira
melhorou, e foi o sucessor de Campos Sales, Francisco de Paula Rodrigues Alves, quem se beneficiou desse trunfo.
Governo Rodrigues Alves. Como encontrou as finanas em ordem e o
crdito externo revigorado, Rodrigues Alves pde realizar grandes empreendimentos. Para isso contou com excelente corpo de auxiliares, entre eles
o baro do Rio Branco, que dirigiu genialmente a poltica exterior; o prefeito
Pereira Passos, que executou as reformas urbansticas do Rio de Janeiro;
e Osvaldo Cruz, que frente do Departamento de Sade Pblica, implantou medidas sanitrias radicais e inadiveis.
O fim do governo Rodrigues Alves no foi pacfico. Alm da revoluo
mato-grossense de 1906, o problema sucessrio aguou-se, com a contestao ao nome paulista de Bernardino de Campos. Pinheiro Machado e Rui
Barbosa iniciaram uma campanha que acabou por gerar um impasse, que
se resolveu pela escolha de um nome mineiro, o de Afonso Augusto Moreira Pena.
Governo Afonso Pena. Foi com planos arrojados de um Brasil industrializado, rico e militarmente forte que Afonso Pena iniciou seu perodo de
governo. No intuito de colonizar o interior do pas, promoveu a construo
de estradas de ferro e portos e prestigiou a penetrao capitaneada por
Cndido Mariano da Silva Rondon. Incrementou tambm a imigrao e a
pesquisa mineral. No mbito parlamentar, teve de enfrentar a influncia de
Pinheiro Machado, que controlava a maior parte das bancadas dos pequenos estados. Formou para isso um grupo de apoio com jovens parlamentares, chamado por isso de "jardim da infncia". No entanto, o sbito falecimento do presidente da repblica, em 1909, antecipou a reabertura da luta
sucessria. Assumiu o poder o vice-presidente Nilo Peanha e a campanha
poltica radicalizou-se entre os candidatos Hermes da Fonseca, apoiado
pela maioria dos estados e do Congresso, e o candidato civilista Rui Barbosa, apoiado por So Paulo. A luta acabou com a vitria de Hermes da
Fonseca, mas sua posse foi antecedida por choques nos estados do Rio de
Janeiro e Bahia e pelo incidente do bombardeio de Manaus.
Governo Hermes da Fonseca. Eleito, Hermes da Fonseca teve logo de
enfrentar um governo agitado. Poucos dias aps a posse eclodiu em 1910
a revolta da chibata, tambm chamada revolta dos Marinheiros, comandada
pelo marinheiro Joo Cndido. Os marujos rebelados exigiam a extino do
castigo da chibata, suprimido na lei mas mantido na prtica. Foram atendidos e anistiados por uma lei da autoria do senador Rui Barbosa, mas os
novos oficiais nomeados para os navios rebelados prenderam Joo Cndido e seus companheiros, que foram lanados nos pores do navio Satlite
e nas masmorras da ilha das Cobras, morrendo a maioria. Em seguida
rebelaram-se os marinheiros do Batalho Naval e do cruzador Rio Grande
do Sul, tratados com idntico rigor por ordem do presidente da repblica.
Apesar de Pinheiro Machado ter fundado o Partido Republicano Conservador, com a inteno de influir diretamente sobre o presidente, os
militares foram paulatinamente imiscuindo-se nas polticas estaduais.
Impossibilitados de se apresentarem como candidatos aos governos de
So Paulo e do Rio Grande do Sul, alguns se candidataram por Pernambuco, Alagoas, Cear etc. Resultaram da inmeras crises.
A partir de 1913, Pinheiro Machado conseguiu recuperar seu poderio
em alguns estados do Nordeste, principalmente aps incentivar o padre
Ccero a desencadear a revolta cearense de 1914. Esse constante estado
de crise levou alguns militares a fazer crticas severas. Finalmente foi
decretado o estado de stio. Para a sucesso do marechal Hermes foram
apontados os nomes de Pinheiro Machado e de Rui Barbosa. Prevaleceu
entretanto o primitivo esquema dos primeiros governos republicanos, com o
acordo entre os partidos dominantes de Minas Gerais e So Paulo.
Governo Venceslau Brs. Eleito sem oposio, o mineiro Venceslau
Brs Pereira Gomes representou o retorno ao domnio civil. Durante seu
governo foi aprovado o cdigo civil, cujo projeto, da autoria de Clvis Bevilqua, arrastava-se pelo Congresso desde o governo Campos Sales. Em
plena paz interna, o Brasil foi obrigado a entrar na primeira guerra mundial
ao lado dos aliados. Embora a participao brasileira fosse pequena, os
efeitos econmicos da guerra provocaram uma grave crise econmica e
financeira, com repercusses negativas no meio social. Esse estado de
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do pela crise financeira nos Estados Unidos, que redundou numa queda
catastrfica de preos, seguida de desemprego e falncias.
Nesse perodo, efetuou-se a fuso de segmentos dominantes nas
grandes cidades. Embora descendentes das antigas oligarquias rurais e
vinculados a interesses agrcolas, j tinham tradio urbana suficiente para
manifestarem certo inconformismo com o domnio oligrquico. O Partido
Libertador, no Rio Grande do Sul, e o Partido Democrtico, em So Paulo,
canalizaram os protestos contra a hegemonia dos chefes polticos paulistas
e mineiros na poltica federal. A sucesso colocou um impasse: o candidato
governista, Jlio Prestes, no foi aceito pelo presidente de Minas Gerais,
Antnio Carlos Ribeiro de Andrada, que passou oposio. Em junho de
1929, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraba constituram a Aliana
Liberal, com a chapa Getlio Vargas-Joo Pessoa (governador da Paraba),
contra a chapa Jlio Prestes-Vital Soares (governador da Bahia). Uma srie
de conflitos varreu o pas, em meio campanha sucessria. O assassinato
de Joo Pessoa, em 1930, foi o estopim da revoluo, que estalou simultaneamente nos trs estados ligados pela Aliana Liberal.
Na Paraba, Juarez Tvora conseguiu dominar todos os estados do
Nordeste; no Rio Grande do Sul, Gis Monteiro reuniu as tropas do Exrcito
e da polcia e atingiu os limites do Paran e So Paulo; os mineiros dominaram os raros focos legalistas e ameaaram Esprito Santo e Rio de
Janeiro. Na iminncia de uma guerra civil, os generais Tasso Fragoso e
Mena Barreto e o almirante Isaas de Noronha constituram uma Junta
Pacificadora que, com a interferncia do cardeal-arcebispo do Rio de
Janeiro, D. Sebastio Leme, conseguiu a renncia do presidente e entregou o governo a Getlio Vargas.
Governo provisrio. Dissolvido o Congresso Nacional, Getlio Vargas
instalou-se no palcio do Catete e iniciou o governo com amplo apoio
popular. Os primeiros passos foram o combate corrupo administrativa,
um dos pontos mais repetidos na campanha revolucionria, a reforma do
ensino e a ampliao das leis trabalhistas. Criaram-se dois novos ministrios, o da Educao e Sade, entregue a Francisco Campos, e o do Trabalho, a Lindolfo Collor. Na pasta do Exterior, Afrnio de Melo Franco logo
conseguiu o reconhecimento internacional do novo governo. Para o Ministrio da Fazenda, foi nomeado o banqueiro Jos Maria Whitaker; para o da
Agricultura, Assis Brasil; para o da Viao, Jos Amrico de Almeida; para
o da Justia, Osvaldo Aranha, que logo substituiu Whitaker no Ministrio da
Fazenda.
As foras que subiram ao poder com Vargas aliaram-se contra o domnio dos grandes fazendeiros. Em vrios estados os tenentes assumiram o
governo: Joo Alberto, em So Paulo; Juraci Magalhes, na Bahia; Juarez
Tvora, na Paraba. Em Minas Gerais, Olegrio Maciel, que ajudara a
revoluo, conseguiu manter-se no poder, embora acossado pelos grupos
tenentistas, liderados por Virglio de Melo Franco. Em meio s dissidncias
internas nos diversos estados, Vargas procurou representar o papel de
poder moderador: de um lado, a presso exercida pelos governos estaduais, por membros do seu ministrio, como Osvaldo Aranha e Jos Amrico,
e pelo clube Trs de Outubro, que congregava revolucionrios; e de outro
as presses das diversas oligarquias e dos oficiais do Exrcito, contrrios
participao poltica dos militares.
Segunda repblica (1930-1937)
Em 9 de julho de 1932 irrompeu um movimento armado em So Paulo,
logo sufocado. A reconstitucionalizao do pas pde assim processar-se
sem maiores sobressaltos. Nova lei eleitoral estabeleceu o voto feminino, o
voto secreto, a representao proporcional dos partidos, a justia eleitoral e
a representao classista, eleita pelos sindicatos. Em 15 de novembro de
1933 reuniram-se 250 deputados eleitos pelo povo e cinqenta pelas representaes de classe, para elaborar a nova constituio republicana, promulgada somente em julho de 1934. Por voto indireto Getlio Vargas foi
eleito presidente da repblica.
O perodo, que ficou conhecido como segunda repblica, ou Repblica
Nova, iniciou-se por um crescente movimento de polarizao entre correntes extremistas, tal como sucedia na Europa: direitistas e esquerdistas,
tendo em seus plos extremos a Ao Integralista Brasileira, organizao
ultradireitista dirigida por Plnio Salgado; e os comunistas, agregados na
Aliana Nacional Libertadora, sob a presidncia de honra de Lus Carlos
Prestes, chefe do comunismo no Brasil. Em 1935, explodiu uma revoluo
comunista em Natal RN e Recife PE, acompanhada pelo Regimento de
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par com os ataques cada vez mais candentes dos parlamentares udenistas
e dos grandes jornais. Exigia-se a renncia de Vargas.
Na madrugada de 24 de agosto de 1954, o presidente suicidou-se com
um tiro no peito, e deixou uma carta-testamento em que acusava os trustes
estrangeiros de fomentarem uma campanha contra seu governo. A reao
popular espontnea foi explosiva e amedrontou os setores de direita. O
populismo renasceu na figura do candidato do PSD, Juscelino Kubitschek
de Oliveira, que substituiu Caf Filho, vice-presidente de Vargas, que
ocupara o governo na fase de transio. Como vice de Juscelino, elegeu-se
Joo Goulart, herdeiro poltico presuntivo de Vargas, que carreara o apoio
do PTB.
Governo Juscelino Kubitschek. O qinqnio de Kubitschek voltou-se
para o desenvolvimento econmico e a poltica de industrializao. Expandiu-se a infra-estrutura de rodovias, ferrovias e portos, energia eltrica,
armazns e silos. A fim de atenuar as disparidades regionais, Juscelino
criou a Superintendncia do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e
promoveu a interiorizao, atravs de uma rede de estradas e da mudana
da capital para Braslia. Nessa poca, o centro de gravidade da economia
j se localizava no setor industrial. Iniciou-se a fase de implantao das
indstrias de bens de consumo durveis e de bens de produo. Instalaram-se as indstrias automobilstica, de eletrodomsticos, de construo
naval, de mecnica pesada, de cimento, de papel e de celulose.
No incio da dcada de 1960, o modelo populista-desenvolvimentista,
que conseguira manter-se em clima de euforia e com poucos atritos internos, comeou a dar mostras de esgotamento. O endividamento externo e a
intensificao inflacionria comearam a alimentar uma crise profunda. A
alta burguesia estava disposta a aceitar uma paralisao momentnea do
desenvolvimento, em troca de uma poltica de austeridade e estabilizao,
preocupada com a orgia de gastos pblicos decorrente da dispendiosa
construo de Braslia, a nova capital federal, empreendimento sobre o
qual acumulavam-se as denncias de corrupo.
O poltico que assumiu a posio de defensor dessa poltica foi Jnio
Quadros, que soube combinar habilmente a demagogia populista com a
mstica de austeridade e honestidade. Jnio j se mostrara um poltico
competente, em uma meterica trajetria poltica que, iniciada em Mato
Grosso, culminara com o governo de So Paulo. Como o voto era desvinculado, Jnio estimulou a ligao de seu nome ao do vice-presidente Joo
Goulart, candidato reeleio na chapa situacionista encabeada pelo
marechal Teixeira Lott. A chamada "chapa Jan-Jan" (Jnio-Jango, apelido
de Joo Goulart) tinha o apoio tanto da situao como das foras janistas,
por meio de acordos de bastidores. Na eleio de 1960, Jnio foi eleito por
grande maioria de votos e Goulart reeleito.
Governo Jnio Quadros. A frmula adotada por Jnio foi combinar uma
poltica interna conservadora, deflacionista e antipopular, com uma poltica
externa de rompantes independentes, para atrair a simpatia da esquerda.
Muito mais retrica que efetiva, essa poltica, que se notabilizou por ataques China nacionalista e pela condecorao do lder da revoluo cubana Ernesto "Che" Guevara, acabou por atrair a desconfiana da burguesia e
a ira dos militares. O aumento das tarifas pblicas, a ampliao da carga
horria da burocracia estatal e a preocupao demaggica com questes
insignificantes, como a proibio das brigas de galo e de transmisses de
televiso que mostrassem moas de biquni, acabaram por desgastar o
apoio que ainda recebia da opinio pblica.
No dia 24 de agosto de 1961, Carlos Lacerda, ento governador do estado da Guanabara, acusou o presidente de intenes golpistas. A acusao culminava uma campanha que Lacerda iniciara praticamente logo aps
a posse de Jnio, a quem apoiara na eleio. Sempre postulante presidncia da repblica, Lacerda retomava assim a bandeira oposicionista e
buscava angariar a confiana dos militares. Jnio aproveitou a acusao de
golpismo para tentar uma manobra, menos de sete meses aps sua posse:
a renncia, na esperana de voltar fortalecido ao governo com o apoio das
massas. A manobra falhou, pois o Congresso aceitou imediatamente a
renncia e no houve nenhuma manifestao popular de apoio ao presidente demissionrio, que saiu acusando vagamente "foras terrveis" de
tramarem contra seu governo.
Com a renncia de Jnio, deveria assumir o vice-presidente, Joo Goulart, que se encontrava em Cingapura, de volta de uma viagem Repblica
Popular da China. Todavia, os setores militares e a alta burguesia, j alar45
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mados com as aventuras esquerdistas de Jnio, no aceitaram a transmisso do cargo. Os trs ministros militares declararam que o retorno de
Goulart constitua uma "absoluta inconvenincia", mas a Cmara dos
Deputados firmou posio de cumprir a regra constitucional. Trs governadores, de Mato Grosso, Gois e Rio Grande do Sul, pronunciaram-se a
favor da legalidade. Ante a iminncia de uma guerra civil, chegou-se a uma
medida de conciliao: a adoo do parlamentarismo, por emenda constitucional a ser referendada em plebiscito ao final do mandato. A posse de
Goulart deu-se assim em uma presidncia despojada da maioria dos seus
poderes. Goulart foi empossado no dia 7 de setembro de 1961, cabendo a
Tancredo Neves a chefia do governo, como primeiro-ministro.
Governo Joo Goulart. Em pouco mais de um ano, sucederam-se trs
primeiros-ministros -- Tancredo Neves, Brochado da Rocha e Hermes Lima
-- de atuao quase insignificante. Com apoio nas bases populares e
sindicalistas, Goulart conseguiu antecipar o plebiscito para janeiro de 1963
e reverteu facilmente o sistema para o presidencialismo. Goulart passou
ento a manobrar para manter o apoio das bases populares e sindicais e
ao mesmo tempo atrair as simpatias do centro poltico. Para isso, lanou o
plano trienal de desenvolvimento econmico e social, em que defendia
conjuntamente as reformas de base, agrrias e urbanas, medidas antiinflacionrias clssicas e investimentos estrangeiros. O resultado foi exatamente o oposto. O plano foi atacado tanto pela esquerda quanto pelos conservadores, todos preocupados mais com as implicaes polticas que com os
resultados prticos. O governo, atordoado pelas crticas de todos os lados e
fustigado pelos problemas econmicos que se avolumavam, optou pelo
apoio das esquerdas.
Estas estavam constitudas pelo sistema sindical legal e paralegal, agrupadas no Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), no movimento
estudantil e em pequenos blocos de matizes variados, desde as Ligas
Camponesas, fundadas pelo deputado Francisco Julio em Pernambuco,
at pequenos grupos de ativistas, vinculados a setores chegados ao presidente. No lado oposto, crescia o movimento conspiratrio dentro das foras
armadas, com o apoio dos setores mais ativos do empresariado industrial e
rural, todos alarmados com as medidas que o governo tentava implantar:
reforma agrria, limitao de remessa de lucros para o exterior, sindicalizao rural; e com as manobras polticas que solicitava ao Congresso, como
a interveno poltica no estado da Guanabara, para desarticular a conspirao golpista liderada por Lacerda, e o estado de stio.
A classe mdia, que aguardava ansiosa a marcha dos acontecimentos,
comeou a temer, embora ainda sem tomar declaradamente partido. Contudo, o comcio realizado por Goulart no dia 13 de maro de 1964, diante
da estao da Estrada de Ferro Central do Brasil, no Rio de Janeiro, precipitou os acontecimentos. As lideranas militares e empresariais e os setores mais representativos da classe mdia uniram-se contra o governo,
irritados menos pelas reformas do que pelos ataques dirigidos pelo deputado Leonel Brizola contra o Congresso. Em Belo Horizonte e So Paulo
iniciaram-se grandes passeatas, promovidas por entidades da classe
mdia, com apoio dos militares e empresrios. Eram as "marchas da famlia
com Deus pela liberdade", que pediam a deposio do governo e o fim da
mar montante subversiva e da corrupo administrativa. O estopim para o
golpe foi o motim dos marinheiros, no Rio de Janeiro, em 25 de maro, que
provocou a renncia do ministro da Marinha. Em 31 de maro, noite, o
movimento militar eclodiu em Belo Horizonte e espalhou-se rapidamente
por todo o Brasil, praticamente sem reao da esquerda. Alguns polticos e
lderes esquerdistas foram presos, a maioria fugiu em debandada, e Goulart exilou-se no Uruguai.
Regime militar (1964-1985)
Num perodo de 21 anos, desde a deposio de Goulart, em 1964, at
1985, sucederam-se no poder cinco governos militares, todos empossados
sem eleio popular. Para dar um mnimo de aparncia de legalidade, os
"candidatos" submetiam-se aprovao do Congresso, num jogo de resultados prvia e seguramente conhecidos. No entanto, ao tratar de evitar a
ruptura completa com os fundamentos constitucionais da democracia
representativa, os militares mantiveram a periodicidade dos mandatos e a
exigncia de um mnimo de legitimidade, por meio das eleies indiretas
para a presidncia e vice-presidncia da repblica e, posteriormente, para
os governos estaduais e principais prefeituras. Mantiveram as casas legislativas e os calendrios eleitorais, embora sujeitos a manipulaes e restri-
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como Leonel Brizola, Lus Carlos Prestes e Miguel Arraes. Veio depois a
reforma partidria, que encerrou o bipartidarismo vigente. A Arena transformou-se em Partido Democrtico Social (PDS) e o MDB, obrigado a
mudar de sigla, optou por Partido do Movimento Democrtico Brasileiro
(PMDB). A sigla do PTB, Partido Trabalhista Brasileiro, foi dada deputada
Ivete Vargas, sob protesto de Brizola, que fundou ento o Partido Democrtico Trabalhista (PDT). Tancredo Neves e Magalhes Pinto criaram o Partido Popular (PP). E Lus Incio Lula da Silva, lder sindical dos metalrgicos
do ABC paulista, fundou o Partido dos Trabalhadores (PT). O principal
interlocutor e arquiteto da abertura no governo Figueiredo foi seu ministro
da Justia, Petrnio Portela.
Figueiredo teve de suportar o inconformismo dos extremos: a extremadireita provocou vrios atentados terroristas, o mais grave dos quais ocorreu em 1981, no Riocentro, centro de exposies no Rio de Janeiro, onde
se realizava um show comemorativo do dia do Trabalho. No atentado
morreu um sargento e saiu ferido um capito, que, segundo a verso oficial,
estavam em misso de informaes. O inqurito instaurado, como era
previsto, nada apurou, e o general Golbery pediu demisso em sinal de
protesto.
A esquerda procurou pressionar o projeto de anistia, a fim de que os
militares acusados de tortura e morte continuassem passveis de processo
e punio. Estabeleceu-se, entretanto, um consenso poltico, aceito pela
opinio pblica, segundo o qual a anistia deveria abranger a todos indistintamente, de vez que os excessos haviam sido cometidos em ambas as
frentes. De setembro a novembro de 1981, Figueiredo teve de submeter-se
a uma cirurgia cardaca nos Estados Unidos, e foi substitudo temporariamente pelo vice-presidente Aureliano Chaves, primeiro civil a ocupar a
presidncia da repblica desde 1964.
No pleito de novembro de 1982 Franco Montoro, Leonel Brizola e Tancredo Neves, todos de oposio, foram eleitos governadores, respectivamente, de So Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O governo Figueiredo
assimilou a derrota e garantiu a posse dos eleitos. Todavia, sofreu grande
desgaste com a denncia de escndalos financeiros, como os casos Capemi, Coroa-Brastel e Delfin, que representaram grandes prejuzos aos
cofres pblicos, devido aos financiamentos sem garantias e a omisses de
fiscalizao. Alm disso, o temperamento explosivo do presidente criou
vrios incidentes, que se somaram para desgastar sua imagem, embora ele
conduzisse com energia e coerncia o processo de abertura.
Ao encerrar-se o governo Figueiredo, e com ele o perodo de 21 anos
de regime militar, o pas encontrava-se em situao econmica e financeira
das mais graves. A dvida externa alcanara tetos astronmicos, por fora
dos juros exorbitantes. Emisses sucessivas destinadas a cobrir os dficits
do Tesouro aumentaram assustadoramente a dvida interna. Em maro de
1985, a taxa de inflao chegou a 234% anuais. No entanto, h pontos a
creditar aos governos militares, como a redinamizao da economia, que
alcanou altos nveis de crescimento, a modernizao do pas, principalmente na rea dos transportes e comunicaes, o incremento das exportaes, e a poltica energtica, sobretudo a criao do Prolcool e o aumento
dos investimentos na prospeco petrolfera, como resposta crise mundial
de petrleo de 1973. Os resultados negativos foram a excessiva concentrao de renda, o aumento vertiginoso da dvida externa, o decrscimo
substancial do nvel do salrio real, o excessivo estatismo, a censura absoluta aos meios de comunicao e a falta de representatividade do governo.
A tecnoburocracia, encastelada em Braslia, dirigiu a economia do pas sem
nenhuma consulta aos setores envolvidos, muitas vezes com resultados
desastrosos.
No campo da poltica externa, o Brasil havia adotado, a partir do governo Geisel, uma atitude mais crtica em relao s potncias ocidentais. A
poltica do "pragmatismo responsvel", posta em vigor pelo chanceler
Antnio Francisco Azeredo da Silveira, significou na prtica uma reviso do
alinhamento automtico e uma aproximao com os pases do Terceiro
Mundo. Em 1975 foram estabelecidas relaes diplomticas com a China,
rompidas em 1964, e o Brasil votou na ONU a favor de uma resoluo que
condenava o sionismo como forma de racismo e discriminao racial,
contra o voto das potncias ocidentais.
No governo Figueiredo, a poltica externa foi entregue ao chanceler
Ramiro Saraiva Guerreiro, que continuou a defender o princpio da nointerveno e da autodeterminao dos povos. Durante a guerra das Malvinas, em 1982, o Brasil, que voltara a harmonizar suas relaes com a
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Henrique Cardoso, o que lhe permitiu derrotar Lus Incio Lula da Silva logo
no primeiro turno da eleio, com 54,30% dos votos vlidos contra 27,97%.
No Congresso, a coalizo de Cardoso assegurou 36% das cadeiras da
Cmara e 41% das do Senado. Enquanto isso, o governo tomava uma
srie de medidas para proteger a nova moeda, como a restrio ao crdito
(para coibir excesso de consumo) e liberalizao das importaes (para
evitar desabastecimento e estimular a concorrncia).
Empossado em 1 de janeiro de 1995, Fernando Henrique Cardoso
mobilizou sua base de apoio para aprovar vrias reformas constitucionais.
A estabilidade monetria ajudou o governo a quebrar o monoplio da
Petrobrs na explorao de petrleo e privatizar diversas estatais, incluindo
a Vale do Rio Doce e o sistema Telebrs. Tambm foi aprovado o fim da
estabilidade dos servidores pblicos e alteraram-se as regras para concesso de aposentadorias.
Em 1997, o governo fez aprovar a emenda constitucional que autorizava a reeleio do presidente da repblica, governadores e prefeitos. O
ltimo ano do governo Fernando Henrique foi o mais difcil, devido ao
aumento do desemprego e a uma forte perda de divisas, em decorrncia da
crise financeira mundial. Isso obrigou o governo a anunciar um acordo com
o fmi que levaria a um duro conjunto de medidas econmicas. Contudo, o
presidente conseguiu se reeleger no primeiro turno do pleito presidencial,
em 15 de outubro de 1998, derrotando novamente Lus Incio Lula da Silva
com 53,06% dos votos vlidos contra 31,71% do candidato do pt.
No dia 1 de janeiro de 2011, Dilma Rousseff assumiu a Presidncia da
Repblica, tornando-se a primeira mulher a assumir o posto de chefe de
Estado, e tambm de governo, em toda a histria do Brasil.
Instituies polticas
Poder executivo. O Brasil uma repblica federativa de tipo presidencialista, com 26 estados e um distrito federal. A constituio em vigor, a
oitava desde a independncia, foi promulgada em 5 de outubro de 1988. O
poder executivo federal exercido pelo presidente da repblica, eleito por
sufrgio direto, em eleio de dois turnos, e substitudo em seus impedimentos pelo vice-presidente. Colaboram com o chefe do executivo os
ministros de estado, por ele nomeados. No plano estadual, o poder executivo exercido pelo governador, substitudo em seus impedimentos pelo
vice-governador, e auxiliado por seus secretrios de estado; e no plano
municipal, pelo prefeito, substitudo em seus impedimentos pelo viceprefeito, e auxiliado pelos secretrios municipais. As unidades da federao
subdividem-se em municpios. A sede de cada municpio toma seu nome e
tem oficialmente a categoria de cidade.
Poder legislativo. O poder legislativo exercido, no mbito federal, pelo
Congresso Nacional, composto pelo Senado e pela Cmara dos Deputados. Os membros do Senado (trs por unidade da federao), eleitos para
mandatos de oito anos, so representantes dos estados e do distrito federal; o Senado renovado a cada quatro anos, na primeira vez em um tero
de seus membros e da segunda vez nos dois teros restantes. A Cmara
dos Deputados formada por representantes do povo, em nmero proporcional populao de cada estado e do distrito federal, procedendo-se aos
ajustes necessrios no ano anterior s eleies, a fim de que nenhuma das
unidades da federao tenha menos de oito ou mais de setenta deputados.
A eleio dos congressistas direta.
Na esfera estadual, o poder legislativo exercido pelas assemblias
legislativas, cujo nmero de deputados corresponder ao triplo da representao do estado na Cmara dos Deputados e, atingido o nmero de 36,
ser acrescido de tantos quantos forem os deputados federais acima de 12.
Os deputados estaduais so eleitos para mandatos de quatro anos. No
mbito municipal, funcionam as cmaras municipais, cujo nmero de vereadores proporcional populao do municpio, observados os seguintes
limites: mnimo de nove e mximo de 21 nos municpios de at um milho
de habitantes; mnimo de 33 e mximo de 41 nos municpios com mais de
um milho e menos de cinco milhes de habitantes; e mnimo de 42 e
mximo de 55 nos municpios com mais de cinco milhes de habitantes.
Poder judicirio. O poder judicirio constitudo pelos seguintes rgos: Supremo Tribunal Federal (stf), Superior Tribunal de Justia (stj),
tribunais regionais federais e juzes federais, tribunais e juzes do trabalho,
tribunais e juzes eleitorais, tribunais e juzes militares, e tribunais e juzes
dos estados, do distrito federal e dos territrios. Tanto o stf quanto os
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
O segundo governo Vargas (1951-1954) e o governo Juscelino Kubitschek (1956-1960) foram perodos de fixao da mentalidade desenvolvimentista, de feio nacionalista, intervencionista e estatizante. No entanto,
foram tambm perodos de intensificao dos investimentos estrangeiros e
de participao do capital internacional. A partir do golpe militar de 1964,
estabeleceu-se uma quebra na tradio populista, embora o governo militar
tenha continuado e at intensificado as funes centralizadoras j observadas, tanto na formao de capital quanto na intermediao financeira, no
comrcio exterior e na regulamentao do funcionamento da iniciativa
privada. As reformas institucionais no campo tributrio, monetrio, cambial
e administrativo levadas a efeito sobretudo nos primeiros governos militares, ensejaram o ambiente propcio ao crescimento e configurao moderna da economia. Mas no se desenvolveu ao mesmo tempo uma vida
poltica representativa, baseada em instituies estveis e consensuais.
Ficou assim a sociedade brasileira marcada por um contraste entre uma
economia complexa e uma sociedade merc de um estado atrasado e
autoritrio.
Ao aproximar-se o final do sculo xx, a sociedade brasileira apresentava um quadro agudo de contrastes e disparidades, que alimentavam fortes
tenses. O longo ciclo inflacionrio, agravado pela recesso e pela ineficincia e corrupo do aparelho estatal, aprofundou as desigualdades sociais, o que provocou um substancial aumento do nmero de miserveis e
gerou uma escalada sem precedentes da violncia urbana e do crime
organizado. O desnimo da sociedade diante dos sucessivos fracassos dos
planos de combate inflao e de retomada do crescimento econmico
criavam um clima de desesperana. O quadro se complicava com a carncia quase absoluta nos setores pblicos de educao e sade, a deteriorao do equipamento urbano e da malha rodoviria e a situao quase
falimentar do estado.
Educao
Os problemas da educao no Brasil esto afetos, em nvel nacional,
ao Ministrio da Educao, que funciona por meio das delegacias sediadas
nas capitais dos estados. Em nvel estadual e municipal, s secretarias de
Educao.
O modelo de substituio de importaes, adotado desde o governo
Juscelino Kubitschek e reforado no perodo militar, deu prioridade apenas
ao ensino superior, a fim de melhor preparar a elite para gerir as grandes
obras de infra-estrutura e absorver rapidamente tecnologias importadas. A
ausncia de uma perspectiva em que a educao das massas fosse vista
como complemento indispensvel formao e ao fortalecimento de um
estado nacional explica em parte a falncia geral do ensino de primeiro e
segundo graus no Brasil.
No campo da educao de base, foi criado no governo Costa e Silva,
em 1967, o Movimento Brasileiro de Alfabetizao (Mobral), com a meta de
alfabetizar adultos, na faixa de 12 a 35 anos. Sem atuar diretamente na
alfabetizao, o Mobral orientava, supervisionava, coordenava e financiava
supletivamente tudo que fosse feito nesse sentido pelo municpio ou comunidade interessada. O programa propunha-se extino do analfabetismo,
ou pelo menos a sua reduo para um nvel residual inferior a dez por
cento, ndice considerado satisfatrio pela unesco. Mas tanto o Mobral
quanto a Fundao Educar, que o substituiu, e o Plano Nacional de Alfabetizao e Cidadania (pnac), criado no governo Collor, ficaram muito aqum
do pretendido, e o nmero de analfabetos continuou bastante elevado.
A partir da redemocratizao, iniciou-se no Rio de Janeiro, por iniciativa
do governo Leonel Brizola, um plano do socilogo Darci Ribeiro, com
projeto arquitetnico de Oscar Niemeyer, denominado Centro Integrado de
Educao Pblica (ciep). Cada unidade se destina a oferecer educao
integral aos alunos da rede pblica, alm de quadras de esporte e refeies. No governo Fernando Collor, esse projeto foi ampliado em escala
nacional para o Centro Integrado de Apoio Criana (ciac), projeto ainda
mais ambicioso e destinado aos mesmos fins. Tanto um como outro projeto,
porm, no deram a mesma ateno aos problemas cruciais do corpo
docente, desde sua preparao e treinamento at sua remunerao em
nveis condizentes com a importncia do magistrio. A profisso tornou-se
assim uma espcie de emprego complementar, no qual o profissional no
tem condies de investir o tempo adequado.
Segundo dados estatsticos do final do sculo xx, mantido o ritmo observado por ocasio da pesquisa, o pas somente conseguiria dar o primei-
Conhecimentos Gerais
ro grau completo a 95% de sua juventude por volta do ano 2100; e o segundo grau completo para noventa por cento de uma gerao, no ano
3080. Como esses percentuais eram j observados nos pases desenvolvidos e nos pases do bloco denominado "tigres asiticos", os dados colocavam o Brasil em uma situao de falncia em relao ao problema. O
quadro agravou-se com o aumento das disparidades entre a rede pblica e
a particular, essa ltima somente franqueada s famlias de poder aquisitivo
muito acima da mdia brasileira. Em termos prticos, a conseqncia foi a
elitizao vertiginosa do ensino.
Ensino superior. A expanso, a partir de 1971, do ensino superior destinou-se a resolver dois problemas bsicos: por um lado, formar recursos
intelectuais suficientes para a demanda de quadros que deveria ser sempre
crescente, a julgar pela euforia dos planos de crescimento econmico; por
outro lado, deter a avalanche de protestos da classe estudantil, para a qual
a exigidade de vagas na rede pblica de ensino superior fechava qualquer
possibilidade de acesso s melhores fatias do mercado de trabalho. O
resultado dessa poltica foi a proliferao de cursos superiores isolados,
depois transformados em universidades, na maioria dos casos sem os
requisitos acadmicos mnimos. O corpo docente, recrutado s pressas e
sem um critrio seletivo rigoroso, encontrou nessas novas unidades de
ensino grande deficincia de equipamentos e recursos didticos. Para a
universidade pblica, alm do inchamento do quadro funcional, foram
includos cursos de pouco contedo acadmico, que por serem eminentemente tcnicos, poderiam ser supridos por cursos profissionalizantes e
complementados com a prtica profissional.
No final do sculo xx, o Ministrio da Educao criou a Comisso Nacional de Avaliao de Universidades, com a finalidade de acompanhar o
panorama acadmico e incentivar a auto-avaliao e a avaliao externa
das escolas. A despeito da crise, algumas universidades brasileiras apresentavam nveis de excelncia em muitos dos seus cursos, como a Universidade de So Paulo (usp) e a Universidade de Campinas (Unicamp),
ambas pblicas e estaduais, e as universidades federais de Viosa (ufv), do
Rio de Janeiro (ufrj) e de Santa Catarina (ufsc); a Fundao Getlio Vargas
(fgv), a Universidade Nacional de Braslia (UnB) e algumas particulares,
como a Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro (puc), o Instituto
Metodista de Ensino Superior de So Bernardo do Campo (ims) e o Instituto
de Matemtica Pura e Aplicada (impa), localizado no Rio de Janeiro e
subordinado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (cnpq).
Sade
Todos os problemas ligados sade, desde a preveno de surtos epidmicos e o controle de endemias, at a fabricao de medicamentos e a
fiscalizao do exerccio da medicina e de outras profisses paramdicas,
esto afetos em nvel nacional ao Ministrio da Sade e, em nvel estadual
e municipal, s secretarias de Sade. Na linha adotada pela constituio de
1988, as aes e servios de sade pblica passaram a obedecer a uma
poltica de descentralizao, visando o atendimento integral, com prioridade
para as atividades preventivas. Foi assim constitudo um Sistema nico de
Sade (sus), com a finalidade de controlar e fiscalizar produtos, procedimentos e substncias de interesse para a sade, executar vigilncia sanitria, ordenar a formao de recursos humanos na rea de sade, participar
da poltica de saneamento bsico, incrementar o desenvolvimento cientfico
e tecnolgico e colaborar na proteo do meio ambiente. A Central de
Medicamentos (Ceme) encarrega-se da compra de matria-prima e fabricao de medicamentos bsicos, a serem repassados populao carente
atravs do sus. A previdncia est centralizada no Ministrio da Previdncia, que age por meio do Sistema Nacional da Previdncia e Assistncia
Social (Sinpas), criado em 1976, e que atua atravs do Instituto Nacional de
Seguro Social (inss), responsvel pela arrecadao de contribuies e
pagamento de benefcios.
A inteno de casar a ao pblica participao comunitria, expressa nos artigos constitucionais que definem o sus, esbarrou na dificuldade
em obter o concurso efetivo da comunidade, devido desconfiana generalizada em relao ao sistema. A municipalizao visava criar sistemas
locais inseridos no contexto comunitrio, de forma a facilitar o acesso dos
usurios ao atendimento mdico e permitir que o prprio usurio participe
do controle de qualidade do sistema. Mas ao cabo de apenas uma dcada
de implantao, verificou-se que o sus no s falhara em obter tal participao, como na maioria dos casos, a transferncia para a autoridade
50
APOSTILAS OPO
estadual e municipal da gerncia das unidades mdico-hospitalares resultou no sucateamento e quase abandono de tais unidades. Dessa forma, ao
final do sculo xx o pas apresentava um quadro de sade extremamente
deteriorado e com disparidades aberrantes: as regies Sul e Sudeste
concentravam 55% dos 6.532 hospitais existentes; 35% de toda a rede
estava instalada nos estados de So Paulo, Minas Gerais e Paran; do
total da populao brasileira, 76% serviam-se da precria rede de medicina
pblica, e desse percentual, 35% eram miserveis, outros 21% possuam
planos supletivos de sade e apenas 3% tinham acesso a mdicos particulares.
Alm disso, o estudo apresentou que no seriam apenas os neandertais a viverem em ns tambm foram descobertos resqucios genticos
dos denisovans, os primos dos neandertais. Tal descoberta tambm foi
importante por nos mostrar que o Homo sapiens no seria o produto de
uma linhagem pura e longa, mas uma mistura homindea.
Os neandertais continuam
gem: Reproduo/Wired)
entre
ns.
(Fonte
da
ima-
Alm disso, eles tambm perceberam que o DNA lixo (pedaos que
eram classificados como pouco teis e que so encontrados entre os genes
transportados pelo RNA) passou a fazer um papel importante na regulao dos genes especialmente por alguns acreditarem que a verdade
sobre o funcionamento desse processo encontra-se exatamente nessas
peas.
3 Desafiando as leis de Newton
Materiais com bizarras propriedades pticas e que possuem caractersticas que no so encontradas em elementos da natureza. Ou, em outras
palavras, os chamados metamateriais tecnologia utilizada por fsicos e
engenheiros para a manipulao e orientao da luz, criando lentes que
superam os limites de outras lentes comuns.
Alm do Bson de Higgs, outras pesquisas cientficas tambm ganharam notoriedade e admirao por apresentarem resultados surpreendentes.
Entre elas est a possvel descoberta de gua lquida em Marte pela NASA,
assim como a provvel deteco da matria escura que responsvel
pela gravidade que mantm as galxias unidas, sendo um dos grandes
mistrios da Fsica.
Mas quais seriam as outras descobertas recentes que, apesar de no
terem recebido um grande espao na mdia, so igualmente importantes?
O Tecmundo listou algumas das pesquisas mais interessantes dos ltimos
tempos que, alm de responderem a diversas questes formidveis, tambm podem mudar a cincia como a conhecemos.
1 O DNA dos neandertais sobrevive em nossos genes
Um estudo gentico apresentado h dois anos comprovou que nossos
ancestrais Homo sapiens cruzaram com neandertais e que, por isso, estes
ltimos sobrevivem at hoje no DNA dos humanos. Os testes ainda apontaram que a maioria das pessoas que no so de ascendncia africana
(como europeus e asiticos) possuem at 4% de DNA vindo de uma origem
neandertal.
Conhecimentos Gerais
51
APOSTILAS OPO
A grande depresso de 1929 marcou um perodo importante para a economia brasileira. Diminuiu sensivelmente a importncia do caf, e o
processo de industrializao, que j se iniciara anteriormente, passou a ser
mais significativo devido desvalorizao cambial e ao estabelecimento de
uma poltica de cmbio diferenciada.
O perodo do ps-guerra foi marcado por um rpido processo
de substituio de importaes que comeou no setor de produo de bens
de consumo e foi avanando verticalmente para trs, chegando produo
de bens de capital e de insumos bsicos, particularmente nos anos finais
da ditadura militar imposta pelo golpe de 1964, quando foi implementado o
Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento, na gesto do ento presidente Ernesto Geisel (1974-79).
Hoje, a indstria brasileira representa 20% da produo nacional,
a agricultura outros 20%, e o setor de servios, 60%. A maior parte da
populao brasileira se concentra nas reas urbanas, particularmente nas
grandes cidades. O ndice deurbanizao do pas de 75%, chegando a
93% em algumas regies, como acontece no estado de So Paulo.
muitos
micrbios
(Fonte
da
ima-
Pelo que foi estudado at o momento, apenas poucos micrbios realmente nos deixam doentes, j que a maioria utiliza nosso corpo como
Conhecimentos Gerais
A inflao foi a marca mais distintiva da economia brasileira, assim como de quase todas as economias latino-americanas. Desde 1948, quando
a Fundao Getlio Vargas comeou a computar os ndices gerais de
preos, a inflao brasileira sempre foi muito elevada, sempre crescente e
na maior parte do tempo atingindo valores superiores aos dois dgitos
anuais. A inflao se acelerou rapidamente nos anos 60, a partir do final do
governo de Joo Goulart, sucessor do presidente Jnio Quadros, que
renunciou ao cargo aps a implementao de um plano de reformas econmicas que acabava com o subsdio s importaes e desvalorizava o
cmbio em 100%. Em 1964, o governo foi deposto por um golpe militar e
uma srie de novas reformas foi implementada. Entre as mais importantes
est a autonomia s empresas estatais, que passaram a se organizar por
setores: eltrico, com a Eletrobrs; siderrgico, com a Siderbrs; do petrleo e petroqumica, com a Petrobrs, e de comunicaes, com a Telebrs.
52
APOSTILAS OPO
A administrao que assumiu o governo federal em 1995, com o presidente Fernando Henrique Cardoso, tem como objetivo principal aprovar no
Congresso Nacional um grande conjunto de reformas da Constituio
Federal de 1988. O objetivo preparar e adaptar a Constituio brasileira
para as caractersticas atuais da economia mundial: a grande mobilidade
de capital, o rpido crescimento dos investimentos no estrangeiro, a desregulamentao de mercados e, particularmente, a flexibilizao das regras
de contratao de mo-de-obra. Entre as reformas destaca-se o fim do
monoplio em reas como a do petrleo e a de telecomunicaes.
O atual governo foi extremamente rpido e eficaz na estratgia de privatizao. Todo o setor siderrgico nacional passou para as mos da
iniciativa privada, assim como o setor petroqumico e o de fertilizantes. O
setor de energia eltrica ,na rea de distribuio e gerao regional, foi
privatizado completamente, restando agora a privatizao das grandes
produtoras de energia, como Furnas, as usinas da CESP, estadual, e as
Centrais Hidroeltricas de So Francisco, entre os nomes mais representativos. Todo o setor de telecomunicaes - a Telebrs e as vrias empresas
telefnicas estaduais, tanto as fixas como as de telefonia mvel - foi privati-
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
O cotidiano brasileiro.
Enfim, no dia a dia o jovem tem uma ligao muito ntima com a tecnologia cada vez mais rpida e mais acessvel. Este dinamismo da informao
passou a fazer parte da cultura desta nova gerao.
O neuro-lingista Lair Ribeiro (2) afirma que no mundo atual, o homem,
para manter-se atualizado, necessita ler pelo menos quatro obras especializadas em sua rea por ms e que a quantidade de informao cresce a
uma proporo tal que a cada quatro anos dobra-se a quantidade de obras
que necessitam ser lidas. Fazendo uma projeo, teremos que em doze
anos, o profissional dever ler pelo menos trinta e duas obras de sua rea
para manter-se atualizado.
No processo normal, o escrito, de difuso da informao, o homem ter
que passar o dia todo desde a hora que levanta at a hora de dormir lendo,
acumulando informao, porm sem ter tempo para aplicar seus conhecimentos acumulados.
Nesta teoria percebe-se que o formato de transmisso da informao
tambm precisa evoluir. Evoluir na especializao e fragmentao cada vez
maior das reas e evoluir no processo de difuso da informao.
A fragmentao das especializaes j vem ocorrendo em praticamente todas as reas. A medicina um exemplo bem conhecido.
Porm a evoluo do processo de difuso da informao no vem ocorrendo nas escolas. Continua-se utilizando o mesmo processo de quando
nem existiam rdio e TV.
Com tudo isso, o estudante tendo em sua vida cotidiana a agilidade em
todos os aspectos, quando chega na sala de aula h um choque: d a
impresso que atravessou um tnel do tempo entrando em um mundo onde
a realidade no evoluiu.
http://www.willians.pro.br/didatico/Cap1_3.htm
Cotidiano Brasileiro
Farpa XXI
Um desempregado sai pra procurar um trampo
Pra ele poder sustentar a sua famlia e se dignizar,
Mas num tem trampo no!
E qual a soluo?
Ele corre pro bar pra se embriagar,
Esquecer a vida, comear a matutar a sua desgraa
Que t prestes a chegar na porra de uma "parada"
Que ele h de vacilar.
Cotidiano brasileiro! Cotidiano brasileiro!
Cotidiano! Cotidiano! Cotidiano! Cotidiano!
Um desempregado sai pra procurar um trampo
Pra ele poder sustentar a sua famlia e se dignizar,
Mas num tem trampo no!
E qual a soluo?
Ele corre pro bar pra se embriagar,
Esquecer a vida, comear a matutar a sua desgraa
Que t prestes a chegar na porra de uma "parada"
Que ele h de vacilar.
Cotidiano brasileiro! Cotidiano brasileiro!
Cotidiano! Cotidiano! Cotidiano! Cotidiano!
Esse o cotidiano de muitos brasileiros,
Por falta de opo vo ao desespero.
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
Questes:
c) municipalismo
d) tenentismo
e) federalismo
Resoluo:
01. D
02. E
03. B
04. A
05. C
06. A
07. A
08. C
09. C
10. E
a) populismo
b) parlamentarismo
Conhecimentos Gerais
55
APOSTILAS OPO
PROVA SIMULADA II
Exerccios sobre a repblica velha
Questes:
Nas questes de 01 a 05 utilize o cdigo abaixo:
a) I, II e III so corretas
b) I, II e III so incorretas
c) I e II so corretas
d) I e III so corretas
e) II e III so corretas
01. (UFGO)
I. A suspenso dos alvars que proibiam as manufaturas no Brasil permitiu
que o pas tivesse um considervel desenvolvimento industrial.
II. A pequena dimenso do mercado interno brasileiro e o baixo poder
aquisitivo da populao foi fatores que tolheram o desenvolvimento industrial brasileiro.
III. O grande momento no processo industrial brasileiro foi a II Guerra
Mundial, quando se instaurou um sistema que significava mudana na
estrutura da economia, principalmente em seu aspecto qualitativo.
02. (MACK)
I. As faces liberal e realista da poca da independncia brasileira conciliaram suas divergncias para organizar e manter a unidade poltica do pas.
II. Segundo alguns historiadores, Deodoro e Floriano desempenharam
papel de simples substitutos do Poder Moderador, na mesma tradio
centralizadora do Imprio, sem alterar as estruturas do pas.
III. Os ressentimentos dos oficiais com a chamada Questo Militar, de 1884
1885, foram capitalizados em prol da causa republicana.
03. (UnB)
I. A principal caracterstica da economia brasileira, segundo Celso Furtado,
na primeira metade do sculo XX, a emergncia de um sistema cujo
principal centro dinmico o mercado interno.
II. Ao desenvolvimento industrial brasileiro que sucede prosperidade
cafeeira, corresponde uma acentuada concentrao regional de renda.
III. A integrao do Nordeste economia industrializada obedece a um
planejamento prioritrio que se iniciou no governo Vargas.
04. (PUCC)
I. A crescente procura de reas favorveis ao cultivo do caf contribuiu para
o povoamento da costa paulistana, em princpios do sculo XX.
II. O excesso de produo cafeeira agravou os problemas financeiros da
Repblica Velha.
III. A decadncia do caf nas regies do Vale do Paraba se iniciou a partir
da queda da Bolsa em 1929.
05. (FUVEST)
I. O debate sucessrio de 1910 se caracterizou pela reao s candidaturas oficiais.
II. As dissenses entre os grupos militares e oligarquia tradicional, que
apoiaram a candidatura Hermes da Fonseca, culminaram na intranqilidade
poltica que caracterizou seu quadrinio.
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
Conhecimentos Gerais
06. (FGV) "Redescobrir e revolucionar tambm o lema do VerdeAmarelismo, que, antes de organizar-se no movimento Anta (Cassiano
Ricardo, Menotti del Picchia, Plnio Salgado) e materializar-se no iderio
'curupira', passa pela xenofobia espingardeira da Revista Braslia."
O texto acima fala de um movimento literrio do Brasil dos anos 30, que
tem correspondncia poltico-ideolgica com:
a) o Integralismo
b) o Marxismo-lenilismo
c) o Anarco-sindicalismo
d) o Socialismo Utpico
e) a Maonaria
07. (UFRJ) A expresso Estado Novo foi empregada para identificar um
fato histrico a partir do momento em que:
a) entrou em vigor a terceira Constituio brasileira, a de 1934;
b) foram reunidos num s os Estados do Rio de Janeiro e da Guanabara;
c) Getlio Vargas outorgou ao Pas a Carta de 1937, que lhe conferia
plenos poderes;
d) assumiu a Presidncia da repblica, Jnio Quadros;
e) assumiu a Presidncia da Repblica, Joo Goulart.
08. (MACKENZIE) Sobre o Estado Novo, falso afirmar que:
a) DIP, DASP e Polcia Secreta constituram rgos de sustentao do
regime;
b) a centralizao poltica e a indefinio ideolgica identificaram esta fase;
c) a legislao trabalhista garantia o direito de greve e autonomia sindical,
mantendo o Estado afastado das relaes capital e trabalho;
d) o crescimento industrial se fez em parte graas concentrao de renda,
baixos salrios e desemprego;
e) as oligarquias apoiavam o governo j que este garantia a grande propriedade e no estendia s leis trabalhistas ao campo.
09. (FUVEST) O perodo entre as duas guerras mundiais (1919 - 1939), foi
marcado por:
a) crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia e polarizao ideolgica entre fascismo e comunismo;
b) sucesso do capitalismo, do liberalismo e da democracia e coexistncia
fraterna entre o fascismo e o comunismo;
c) estagnao das economias socialista e capitalista e aliana entre os EUA
e a URSS para deter o avano fascista na Europa;
d) prosperidade das economias capitalista e socialista e aparecimento da
guerra fria entre os EUA e a URSS;
e) a coexistncia pacfica entre os blocos americano e sovitico e surgimento do capitalismo monopolista.
10. Aps a queda de Getlio Vargas (29/10/1945) eleito Eurico Gaspar
Dutra e no primeiro ano de seu governo concluda a:
a) Reforma Partidria;
b) Pacificao interna dos Estados;
c) Emenda Constitucional que consolida a Constituio de 1934;
d) Democratizao do Pas;
e) Constituio, a quinta do Brasil e a quarta da Repblica, em setembro de
1946.
Resoluo:
01. E
57
APOSTILAS OPO
02. E
03. B
04. D
05. B
06. A
07. C
08. C
09. A
10. E
PROVA SIMULADA IV
Exerccios sobre organizao do estado nacional
Questes:
01. (VUNESP) Leia o texto e responda.
Na dcada de 1820, a maioria dos pases latino-americano obtm a Independncia poltica. A emancipao poltica foi, antes de mais nada, resultado da ao dos crioulos. Em 1824, referindo-se a Independncia, Lord
Cannig ministro das relaes exteriores da Inglaterra afirmou: A Amrica Espanhola livre, se ns no planejarmos mal nossos interesses, ela
inglesa.
a) Identifique os crioulos.
b) Justifique a afirmao de Cannig.
Brasileiros do Norte! Pedro de Alcntara, filho de D. Joo VI, rei de Portugal, a quem vs, aps uma estpida condescendncia com os brasileiros
do Sul, aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos.
Que desaforo atrevimento de um europeu no Brasil. Acaso pensara esse
estrangeiro ingrato e sem costumes que tem algum direito Coroa, por
descender da casa de Bragana na Europa, de quem j fomos independentes de fato e de direito? No h delrio igual (...).
(BRANDO, Ulysses de Carvalho. A Confederao do Equador, Pernambuco: Publicaes Oficiais, 1924)
A causa da Confederao do Equador foi a:
a) extino do Poder Legislativo pela Constituio de 1824 e sua substituio pelo Poder Moderador;
b) mudana do sistema eleitoral na Constituio de 1824, que vedava aos
brasileiros o direito de se candidatar ao Parlamento, o que s era possvel
aos portugueses;
c) atitude absolutista de D. Pedro I, ao dissolver a Constituinte de 1823 e
outorgar uma Constituio que conferia amplos poderes ao imperador;
d) liberao do sistema de mo-de-obra nas disposies constitucionais,
por presso do grupo portugus, que j no detinha o controle das grandes
fazendas e da produo do acar;
e) restrio s vantagens do comrcio do acar pelo reforo do monoplio
portugus e aumento dos tributos contidos na Carta Constitucional.
06. (PUC-SP)
A enorme visibilidade do poder era sem dvida em parte devida prpria
Monarquia com suas pompas, seus rituais, com o carisma da figura real.
Mas era tambm fruto da centralizao poltica do Estado. Havia quase
unanimidade de opinio sobre o poder do Estado como sendo excessivo e
opressor ou, pelo menos, inibidor da iniciativa pessoal, da liberdade individual. Mas (...) este poder era em boa parte ilusrio. A burocracia do Estado
era macroceflica: tinha cabea grande mais braos muito curtos. Agigantava-se na Corte mas no alcanava as municipalidades e mal atingia as
provncias. (...) Da a observao de que, apesar de suas limitaes no que
se referia formulao e implementao de polticas, o governo passava a
imagem do todo-poderoso, era visto como responsvel por todo o bem e
todo o mal do Imprio. (Carvalho, J. Murilo de. Teatro de Sombras. Rio de
Janeiro, IUPERJ/ Vrtice, 1988)
O fragmento acima se refere ao Segundo Imprio brasileiro, controlado por
D. Pedro II e ocorrido entre 1840 e 1889 do ponto de vista poltico, o Segundo Imprio pode ser representado como:
a) palco de enfrentamento entre liberais e conservadores que, partindo de
princpios polticos e ideolgicos opostos, questionaram, com igual violncia, essa aparente centralizao indicada na citao acima e se uniram no
golpe da maioridade;
b) jogo de aparncias, em que a situao poltica do imperador conheceu
as mudanas e os momentos de indefinio acima referidos refletindo as
prprias oscilaes e incertezas dos setores sociais hegemnicos -, como
bem exemplificado na questo da abolio;
Conhecimentos Gerais
58
APOSTILAS OPO
c) cenrio de vrias revoltas de carter regionalista entre elas a Farroupilha e a Cabanagem devido a incapacidade do governo imperial controlar,
conforme mencionado na citao, as provncias e regies mais distantes da
capital;
d) universo de plena difuso de idias liberais, o que implicou uma aceitao por parte do imperador da diminuio de seus poderes, conformando a
situao apontada na citao e oferecendo condies para a aceitao da
Repblica;
e) teatro para a plena manifestao do Poder Moderador que, desde a
constituio de 1824, permitia amplas possibilidades de interveno poltica
para o imperador da a idia de centralizao da citao e que foi
usado, no Segundo Reinado, para encerrar os conflitos entre liberais e
socialistas.
07. O movimento de Independncia do Brasil foi pacfico, conduzido pela
elite e manteve a unidade territorial, no havendo ruptura do processo
histrico.
Na provncia do Gro-Par, mesmo antes da Independncia, j se tinha
notcia de lutas entre a populao e os representantes da Junta Governativa (...) em 1823 o povo invadiu o palcio do governador, proclamou a
Independncia e entregou o poder provincial aos lderes populares.
a) Compare os dois textos.
b) Em qual outra provncia houve radicalizao popular?
08. Do ponto de vista poltico, podemos considerar o Primeiro Reinado
como:
a) um perodo de consolidao do Estado Nacional em que o imperador,
apoiado pela elite agrria, implantou modernas instituies polticas no
Brasil;
b) um perodo de transio em que os grupos sociais progressistas, ligados
elite agrria, conservaram-se no poder;
c) um perodo de perfeito equilbrio entre as foras sociais progressistas,
ligados elite agrria, conservaram-se no poder;
d) um perodo de transio em que o imperador, apoiado nas foras portuguesas, se manteve no poder;
e) um perodo de transio em que as foras progressistas, apoiadas por
Pedro I, esmagaram todos os resqucios da reao portuguesa.
PROVA SIMULADA V
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
PROVA SIMULADA VI
a) foi um arranjo poltico que preservou a monarquia como forma de governo e tambm os privilgios da classe proprietria;
b) as camadas senhoriais, defensoras do liberalismo poltico, pretendiam
no apenas a emancipao poltica, mas a alterao das estruturas econmicas;
Conhecimentos Gerais
60
APOSTILAS OPO
07. (UBC) Na Guerra do Paraguai (1865 - 1870), o Brasil teve como aliados:
a) Bolvia e Peru
b) Uruguai e Argentina
c) Chile e Uruguai
d) Bolvia e Argentina
e) n.d.a.
Conhecimentos Gerais
61
APOSTILAS OPO
a) o desenvolvimento da cultura da cana-de-acar e a cultura de algodo;
b) o apresamento de indgenas e a procura de riquezas minerais;
c) a necessidade de defesa e o controle aos franceses;
d) o fim do domnio espanhol e a restaurao da monarquia portuguesa;
e) a Guerra dos Emboabas e a transferncia da capital da colnia para o
Rio de Janeiro.
04. (FATEC) Bandeiras eram:
a) expedies de portugueses que atraam as tribos indgenas para serem
catequizadas pelos jesutas;
b) expedies organizadas pela Coroa com o objetivo de conquistar as
reas litorneas e ribeirinhas do pas;
c) expedies particulares que aprisionavam ndios e buscavam metais e
pedras preciosas;
d) movimentos catequistas liderados pelos jesutas e que pretendiam
formar uma nao indgena crist;
e) expedies financiadas pela Coroa cujo objetivo era exclusivamente
descobrir metais e pedras preciosas.
05. (UNIP) Aps a restaurao Portuguesa, ocorrida em 1640:
a) as relaes entre Portugal e o Brasil tornaram-se mais liberais;
b) a autonomia administrativa do Brasil foi ampliada;
c) o Pacto Colonial luso enrijeceu-se;
d) os capites-donatrios forma substitudos pelos vice-reis;
e) a justia colonial passou a ser exercida pelos "homens novos".
06. O organograma abaixo foi institudo:
A ADMINISTRAO COLONIAL APS A RESTAURAO
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
do Poder Moderador.
c) As faces federalistas criaram a Guarda Nacional, um eficiente instrumento militar de oposio ao Exrcito regular da Regncia.
d) Nenhum regente fez uso do Poder Moderador, o que, de certa maneira,
permitiu a prtica do Parlamentarismo.
e) As camadas populares defenderam a proclamao de Repblica e a
extino da escravido.
03. (UFGO) O Perodo Regencial apresentou as seguintes caractersticas,
menos:
a) Durante as Regncias surgiram nossos primeiros partidos polticos: o
Liberal e o Conservador.
b) O Partido Liberal representava as novas aspiraes populares, revolucionrias e republicanas.
c) Foi um perodo de crise econmica e social que resultou em revolues
como a Cabanagem e a Balaiada.
d) Houve a promulgao do Ato Adicional Constituio, pelo qual o regente passaria a ser eleito diretamente pelos cidados com direito de voto.
seguinte:
"As causas da ___________ eram anunciadas por Bento Gonalves no
manifesto de 29 de agosto de 1838, denunciando as altas tarifas sobre os
produtos regionais: ouro, sebo, charque e graxa, poltica esta responsvel
pela separao da provncia de So Pedro do Rio Grande do Sul da Comunidade Brasileira."
a) Cabanagem
b) Balaiada
c) Farroupilha
d) Sabinada
e) Confederao do Equador
08. (UCSAL) Durante as primeiras dcadas do Imprio, a Bahia passou
grande agitao poltica e social. Ocorreram vrias revoltas contra a permanncia de portugueses que haviam lutado contra os baianos na Guerra
da Independncia. Entre as revoltas a que o texto se refere pode-se destacar, a:
a) Farroupilha
b) Praieira
c) Balaiada
d) Cabanagem
e) Sabinada
a) tinha objetivos separatistas, no que diferia frontalmente das outras rebelies do perodo;
b) foi uma rebelio contra o poder institudo no Rio de Janeiro que contou
com a participao popular;
c) assemelhou-se Guerra dos Farrapos, tanto pela posio anti-escravista
quanto pela violncia e durao da luta;
d) aproximou-se, em suas proposies polticas, das demais rebelies do
perodo pela defesa do regime monrquico;
e) pode ser vista como uma continuidade da Rebelio dos Alfaiates, pois os
dois movimentos tinham os
mesmos objetivos.
Conhecimentos Gerais
Resoluo:
01. D
02. D
03. B
04. A
05. C
06. D
07. C
08. E
09. B
63
APOSTILAS OPO
10. A
PROVA SIMULADA IX
Exerccios sobre o sistema colonial
Questes:
01. (FUVEST)
Atrs de portas fechadas,
luz de velas acesas,
entre sigilo e espionagem
acontece a Inconfidncia. (Ceclia Meireles, Romanceiro da Inconfidncia)
Explique:
a) Por que a Inconfidncia, acima evocada, no obteve xito?
b) Por que, no obstante seu fracasso, tornou-se o movimento emancipancionista mais conhecido da histria brasileira?
02. (UNICAMP) A Independncia do Brasil, proclamada por Pedro I, foi,
para Portugal, um fato gravssimo porque construa os alicerces da economia nacional. Ou voltava o Brasil a ser Colnia, alimentando a Metrpole
com suas riquezas, ou tinha-se de organizar a Metrpole para a sua autosuficincia. O texto acima, do historiador portugus Antonio Sergio, trata do
aspecto econmico na Independncia brasileira, que representou, para a
Metrpole, o fim definitivo do Pacto Colonial.
a) Quais eram as bases do Pacto Colonial?
b) Por que, segundo o texto citado, a Independncia do Brasil foi um fato
gravssimo para a economia portuguesa?
03. (VUNESP) A respeito da Independncia do Brasil, pode-se afirmar que:
a) consubstanciou os ideais propostos na Confederao do Equador;
b) instituiu a Monarquia como forma de governo, a partir de amplo apoio
popular;
c) props, a partir das idias liberais das elites polticas, a extino do
trfico de escravos, contrariando os interesses da Inglaterra;
d) provocou, a partir da constituio de 1824, profundas transformaes
nas estruturas econmicas e sociais do pas;
e) implicou a adoo da forma monrquica de governo e preservou os
interesses bsicos dos proprietrios de terras e de escravos.
04. (PUCCAMP) A franquia dos portos teve um alcance histrico profundo,
pois deu incio a um grande processo:
a) do desenvolvimento do primeiro surto manufatureiro no Brasil e o crescimento do transporte ferrovirio
b) do arrefecimento dos ideais absolutistas no Brasil e a disseminao de
movimentos nativistas.
c) da emancipao poltica do Brasil e o seu crescimento na rbita da
influncia britnica.
d) da persistncia do Pacto Colonial no Brasil e o seu ingresso no capitalismo monopolista.
e) do fechamento das fronteiras do Brasil aos estrangeiros e a abertura
para as correntes ideolgicas revolucionrias europias.
05. (UFMG) Todas as alternativas apresentam afirmaes sobre a Independncia do Brasil. Assinale a alternativa correta sobre esse fato:
a) A crena no liberalismo de D. Pedro I e a expectativa positiva quanto a
uma constituio brasileira estavam presentes em 1822.
b) A declarao de Independncia estava diretamente relacionada s
determinaes das Cortes de Lisboa enviadas a D. Pedro.
c) A ideologia monrquica enraizada fez com que o povo e os polticos
apoiassem o prncipe.
Conhecimentos Gerais
APOSTILAS OPO
Resoluo:
01. a) Faltou organizao militar e apoio popular.
b) Foi a primeira tentativa de emancipao poltica no Brasil.
02. a) O regime de monoplios (Pacto Colonial); a plantation escravista e o
latifndio monocultor.
b) Porque Portugal era um mero entreposto comercial entre Brasil e
Inglaterra.
03. E
04. C
05. D
06. E
07. O movimento teve influncias da Revoluo Francesa, especialmente
da fase republicana, perodo de terror controlado pelos Jacobinos. O movimento no Brasil teve nitidamente um carter antilusitano e emancipancionista.
08. D
09. B
10. E
PROVA SIMULADA X
Exerccios sobre o estado portugus no brasil
Questes:
01. A elevao do Brasil categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves
(1815) d uma forma jurdica e poltica realidade da mudana da Corte,
reconhecendo uma situao de fato, projetando-a no interior, em todas as
capitanias como unidade de poder..."
Segundo Raymundo Faoro, em Os Donos do Poder, a elevao do Brasil
categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, quando o Brasil era sede
da monarquia portuguesa, contribuiu decisivamente para:
a) a unidade poltica e territorial mantida aps a proclamao da Independncia do Brasil;
b) o desencadear de sangrentas lutas em todo o pas, que culminaram em
convulses sociais;
c) o afastamento dos ingleses, face s determinaes reais proibindo a
instalao da manufaturas no pas;
d) a preservao do Pacto Colonial com o monoplio do comrcio na defesa dos interesses da Metrpole;
e) o enfraquecimento do princpio do "equilbrio europeu", definido pelo
Congresso de Viena, que favorece
especialmente a Inglaterra.
02. So ocorrncias da conjuntura europia do final do sculo XVIII e incio
do sculo XIX, exceto:
a) a transferncia da Corte Portuguesa para o Brasil;
b) a decretao do Bloqueio Continental por Napoleo Bonaparte;
c) a destruio da esquadra inglesa na batalha de Traflagar;
d) a assinatura da Conveno Secreta entre Portugal e Inglaterra;
e) a invaso da Espanha pelos franceses.
Conhecimentos Gerais
04.
"Aps o tratado, pelo regime de virtual privilgio do comrcio britnico, ficou
sendo o seguinte o estado legal das relaes mercantis no Brasil: livres, as
mercadorias estrangeiras que j tivessem pago direitos em Portugal, e bem
assim os produtos da maior parte das colnias portuguesas; sujeitas taxa
de 24% "ad valorem" as mercadorias estrangeiras diretamente transportadas em navios estrangeiros; sujeitas taxa de 16% as mercadorias portuguesas, e tambm as estrangeiras importadas sob pavilho portugus;
sujeitas taxa de 15% as mercadorias britnicas importadas sob pavilho
britnico, ou portugus." (Lima, Oliveira - D. Joo VI no Brasil)
O acontecimento histrico abordado no texto est diretamente relacionado
com:
a) a abertura dos portos brasileiros s naes amigas em 1808;
b) o repdio manuteno do Pacto Colonial;
c) o Tratado de Comrcio e Navegao de 1810, celebrado entre Inglaterra
e Portugal;
d) o processo de emancipao poltica do Brasil, iniciado em 1810;
e) a independncia da economia portuguesa em relao aos interesses
capitalistas britnicos.
05. (MACKENZIE) Podem ser consideradas caractersticas do governo
joanino no Brasil:
a) a assinatura de tratados que beneficiam a Inglaterra e o crescimento do
comrcio externo brasileiro devido extino do monoplio;
b) o desenvolvimento da indstria brasileira graas s altas taxas sobre os
produtos importados;
c) a reduo dos impostos e o controle do dficit em funo da austera
poltica econmica praticada pelo governo;
d) o no envolvimento em questes externas sobretudo de carter expansionista;
e) a total independncia econmica de Portugal com relao Inglaterra
em virtude de seu acelerado desenvolvimento.
06. (FUVEST) O governo de D. Joo VI no Brasil, entre outras medidas
econmicas, assinou, em 1810, um tratado de comrcio com a Inglaterra.
Esta deciso estava relacionada:
a) ao crescimento industrial promovido pelo governo portugus, ao revogar
as leis que proibiam a instalao de fbricas na colnia;
b) poltica liberal da Corte Portuguesa que incentivava o livre comrcio da
colnia com os demais pases europeus;
c) ao crescimento do mercado consumidor brasileiro provocado pelo aumento da produo interna;
d) poltica econmica portuguesa que cedia s presses inglesas para
decretar o fim do trfico negreiro;
e) a acordos anteriores entre os dois pases europeus que asseguravam
vantagens comerciais aos ingleses.
07. (UNIFENAS) Foram fatos importantes na poltica externa de D. Joo VI,
no Brasil:
a) a invaso da Guiana Francesa e a anexao da Provncia Cisplatina;
b) os tratados de Methuen e Madri;
c) os diversos tratados de limites resolvendo as questes do Acre e do
Amap;
65
APOSTILAS OPO
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09. (FUND. CARLOS CHAGAS) O Tratado de Fontainebleau (1807) concorreu para determinar indiretamente a "Inverso Brasileira" - perodo em
que a Corte de Portugal esteve no Brasil (1808 - 1821) - pois, entre outras
clusulas, previa:
a) a extino da Dinastia Bragantina, com o desmembramento de Portugal;
b) a entrega do comrcio externo de Portugal aos exportadores da Inglaterra;
c) a ocupao das colnias de Portugal por tropas sob o comando do
general Junot;
d) a entrega do trono de Portugal a Paulina Bonaparte, irm de Napoleo;
e) o confisco dos bens dos cidados portugueses em favor do tesouro
francs.
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a) I - A; II - D; III - C; IV - B
b) I - B; II - A; III - D; IV - C
c) I - D; II - C; III - B; IV - A
d) I - B; II - D; III - A; IV - C
e) I - A; II - B; III - D; IV - C
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Resoluo:
01. A 02. C
05. A 06. E
09. A 10. D
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03. E
07. A
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04. C
08. C
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Fonte: http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/
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Conhecimentos Gerais
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APOSTILAS OPO
GEOGRAFIA:
I - Noes bsicas de Cartografia (orientao: pontos cardeais; localizao: coordenadas geogrficas, latitude,
longitude e altitude; representao: leitura, escala, legendas e
convenes).
II - Aspectos fsicos e meio ambiente no Brasil (grandes domnios de clima, vegetao, relevo e hidrografia; ecossistemas).
III - Organizao do espao (agrrio: atividades econmicas,
modernizao e conflitos; e urbano: atividades econmicas,
emprego e pobreza; rede urbana e regies metropolitanas).
IV - Dinmica da populao brasileira (fluxos migratrios,
reas de crescimento e de perda populacional).
V - Formao Territorial e Diviso Poltico-Administrativa
(organizao federativa).
A carta topogrfica , em regra, constituda por numerosas folhas topogrficas conexas. So muito utilizadas em atividades profissionais de alto
nvel ligadas engenharia, navegao, estratgia e logstica militar
etc.
Cartografia geogrfica. Quase exclusivamente praticada por empresas
privadas, algumas de elevado padro tcnico, a cartografia geogrfica
opera em ntima conexo com a geografia, produzindo peas cartogrficas
para uso do pblico em geral, sobretudo estudantes. A geocartografia
trabalha a partir da cartografia topogrfica, reduzindo escalas, simplificando
contedos nas mincias topogrficas e generalizando alguns dos aspectos
do desenho.
Mapas murais ou em coleo (atlas), mapas avulsos, plantas de cidades, globos e cartas em relevo so alguns dos produtos comerciais oriundos da cartografia geogrfica. O nome atlas deve-se ao fato de, em 1595,
na folha de ante-rosto da coleo de mapas de Gerardus Mercator (publicada por iniciativa de seu filho Rumold), aparecer como ilustrao de
abertura o tit Atlas, condenado por Zeus a carregar os cus sobre os
ombros.
Cartografia
A manuteno da rota de um avio ou navio, a anlise e definio de
estratgias militares de ataque e defesa, a localizao de jazidas e possveis vias de acesso, ou a simples orientao rodoviria numa viagem de
turismo, todas essas atividades exigem mapas especficos com diferentes
objetivos e usurios. este o campo da cartografia.
Cartografia temtica. A confeco de cartogramas a rea da cartografia temtica. Cartogramas so mapas esquemticos, com elevado nvel
de abstrao, em que formas ou localizaes reais so estilizadas com fins
conceituais e informativos. Os elementos cartogrficos, reunidos numa s
folha, so representaes grficas de fenmenos espaciais e temporais,
pelo que abordam numerosos assuntos quase sempre em mutao contnua, como as migraes, fluxos de veculos, desmatamento, reflorestamento etc.
Entende-se por mapa a representao grfica convencional, geralmente plana e em pequena escala, de reas relativamente extensas, como
acontece nos mapas murais e os atlas. Para tal, so utilizados diversos
sistemas de projeo, estabelecidos matematicamente. As cartas diferem
dos mapas pela representao grfica em grande escala, enquanto que os
planos so cartas que representam reas relativamente pequenas, o que
permite desprezar a curvatura e adotar escala constante.
Outras espcies de cartogramas: os de superfcie, bidimensionais, recomendados para indicar as variaes de determinados fenmenos por
meio do uso de reas sombreadas ou coloridas; cartogramas de aparncia
tridimensional, tambm denominados blocos-diagramas, em que os fatos
so expostos em perspectiva, exibindo-se o mapa esquemtico.
Histria
Amostras de primitivos trabalhos cartogrficos encontradas em pedras, papiros, metais e peles representam o meio ambiente e a situao
das terras por meio de figuras e smbolos. Usaram-se, ainda, varas de
bambu, madeira, tecido de algodo ou cnhamo, fibras de palmeira e
conchas.
O Museu Semtico da Universidade de Harvard, em Cambridge, Estados Unidos, possui um mapa de origem ainda mais remota; gravado em
pedra argilosa, foi achado na regio mesopotmica de Ga-Sur e parece
datar de 2500 a 3000 a.C. Outro trabalho de cartografia muito antigo
(c.2000 a.C.), desenhado em rocha, foi localizado numa regio do norte da
Itlia, habitada outrora por um povo denominado camunos (camuni) pelos
romanos. O Museu de Turim, na Itlia, conserva a planta, desenhada em
papiro, de uma mina de ouro da Nbia, na frica, que data da poca de
Ramss II do Egito (1304-c.1237 a.C.).
Cartografia topogrfica. Vinculada geodsia, a cartografia topogrfica dedica-se transformao direta das medidas e fotografias, obtidas
pelos levantamentos de campo, em desenho manual ou pelos levantamentos fotogrficos. quase exclusivamente praticada em instituies governamentais que se dedicam execuo da carta de um pas. Trabalho
permanente, de contnuo aperfeioamento e pormenorizao, passou a ser
indispensvel tomada de decises da administrao pblica e defesa
do territrio nacional. Com o emprego de escalas pequenas, produzem-se
mapas detalhados, matematicamente corretos e que servem de base para
outros menos detalhados.
Coube aos gregos os primeiros fundamentos da geografia e das normas cartogrficas, e ainda hoje os alicerces do sistema cartogrfico repousam na contribuio que deixaram: a concepo da esfericidade da Terra e
as noes de plos, equador e trpicos; as primeiras medies da circunferncia terrestre; a idealizao dos primeiros sistemas de projees e con-
O uso de imagens estereoscpicas nos levantamentos aerofotogramtricos simplificou o desenho cartogrfico, tornando-o de mais rpida
execuo e menos dependente do esforo individual. A aerofotogrametria
Geografia
APOSTILAS OPO
O grande nome da antiguidade, todavia, Ptolomeu, que viveu no sculo II de nossa era. Astrnomo, gegrafo e cartgrafo, ele lanou as bases
da geografia matemtica e da cartografia no clssico tratado intitulado Guia
da geografia (Geographik hyphegesis), obra que s em 1405, com a
traduo para o latim, chegou ao conhecimento dos eruditos europeus.
A era clssica romana no deixou mapas, embora haja registros literrios de mapas elaborados em Roma. Varro (Marcus Terentius Varro)
menciona mapas no poema Chorographia e Agripa determinou a confeco
de um mapa do mundo ento conhecido. Das obras cartogrficas romanas
s se conhece a clebre Tbua de Peutinger, cpia, feita em 1265, de um
original romano que sofreu sucessivos acrscimos at o sculo IX. Descoberta em 1494 pelo poeta Conradus Pickel (ou Celtis), que a legou a Konrad Peutinger, essa tbua somente veio a ser publicada em 1598. Encontra-se, desde 1738, na Biblioteca Pblica de Viena. Trata-se de uma carta
das estradas do Imprio Romano, com as cidades e as distncias que as
separam, e representa o mundo at a costa ndica.
Ainda nos Pases Baixos, a famlia Blaeu reuniu alguns dos maiores
nomes da poca, como Guilielmus Caesius ou Guilielmus Jansonius Blaeu,
Jan Blaeu e Cornelis Blaeu. Ao declnio da cartografia holandesa, acelerado pelo incndio nas instalaes da famlia Blaeu, seguiu-se a ascenso da
cartografia francesa, em que sobressaem Guillaume Delisle e Jean-Baptiste
Bourguignon d'Anville.
No sculo XVIII ganha corpo o critrio da exatido como regra cartogrfica e nesse aspecto se destaca o francs Csar-Franois Cassini,
devido a sua carta da Frana, na escala 1:86.400, com 184 folhas. Pouco
depois, Napoleo Bonaparte mandou preparar o mapa manuscrito de toda
Europa, na escala 1:100.000, com 254 folhas.
Na mesma poca, a cartografia rabe experimentava marcante progresso. No ano de 827, o califa al-Mamum ordenou a traduo da Geografia de Ptolomeu para o rabe. Bagd, Damasco e Crdoba, os centros
culturais de ento, reuniram gegrafos e cartgrafos estimulados pelo
intenso comrcio a se expandir do Mediterrneo at a China. Foram autores de mapas Ibn Hawkal, Abu Isak Istakhri e Maom al-Edrisi. Ibn Hula
construiu um globo terrestre. O rei Rogrio II, da Siclia, foi grande incentivador desse movimento, e a ele al-Idrisi dedicou sua compilao geogrfica, que possua um mapa-mndi dividido em setenta folhas.
Nessa mesma poca, ocorreram dois outros acontecimentos de grande significado para a cincia: a medio do arco do meridiano terrestre,
iniciativa da Academia de Cincias de Paris, com o fim de dirimir as questes suscitadas por Cassini e Isaac Newton quanto forma da Terra.
Newton estava certo: a Terra tinha a forma de um elipside de revoluo,
cujo eixo menor coincidia com o eixo de rotao. Convencionou-se adotlo, como forma matemtica correspondente a um geide mdio, que serve
de referncia para o clculo das operaes geodsicas. Ao longo do tempo,
vrios elipsides de revoluo foram calculados, sendo o de Hayford, em
1909, o mais adotado.
As cruzadas e o comrcio martimo, em especial o italiano, impulsionaram a confeco de cartas nuticas, mapas martimos desenhados sobre
pergaminho. Impropriamente chamados de portulanos, tinham como caracterstica principal o desenho da rosa-dos-ventos que ocupava todo o espao do mar: resultava da um conjunto de retas entrecruzadas que facilitava
a fixao da rota por parte do navegador.
Nesse perodo de grande efervescncia cientfica e cultural, so fundadas escolas de cartografia em Gnova, Veneza e Ancona, na Itlia, bem
como em Palma de Maiorca, no arquiplago das Baleares, Espanha, que
logo assumiram o papel de principais fornecedores de mapas martimos.
Exemplo significativo da produo desses centros cartogrficos o Atlas
catalo, de 1375, organizado por ordem de Carlos V o Sbio, rei da Frana.
Geografia
APOSTILAS OPO
Esses trs tipos de projees azimutais podem diferenar-se de acordo com a posio do ponto de tangncia: (1) polar, quando tangencia um
dos plos; (2) equatorial, quando o ponto se situa no equador; (3) meridiano
ou horizontal, quando tangencia um ponto qualquer da superfcie do globo
terrestre, exceto o equador e os plos.
Os mapas eram desenhados em nanquim sobre papel, cujos negativos, por processo fotomecnico (photomechanical transfer), geravam
cpias positivas mediante um processador de transferncia por difuso,
sendo em seguida transportados para as pranchas de impresso, em zinco.
Antes de vidro, pesados e frgeis, o suporte dos negativos passou a ser de
material plstico diverso, base de resinas vinlicas, com vrias denominaes comerciais, como astralon ou vinilite.
Na atualidade, o original tambm pode derivar de levantamentos aerofotogramtricos, cujos dados, com o auxlio de instrumento ptico de preciso, passado para a folha plstica transparente. Para esse trabalho,
utiliza-se um material plstico chamado scribe (carrinho), dotado de uma
camada de verniz opaco. Para cada cor (em impresso, as cores primrias
so o magenta, o amarelo e o ciano, mais o preto, que combinadas reproduzem toda a variedade de cores), preciso um negativo prprio.
Convenes e projees
Para interpretar os mapas, preciso conhecer suas convenes, que
se baseiam em cores e se dividem em cinco grandes grupos. Assim, temos:
(1) azul (hidrografia ou acidentes aquticos); (2) preto ou vermelho (acidentes artificiais, como rodovias); (3) castanho (hipsografia, altimetria ou formas de relevo); (4) verde (vegetao e plantao); (5) roxo (convenes
especiais, como nas cartas aeronuticas) etc. Alm disso, empregam-se
tambm numerosos sinais e smbolos empregados. Visto que os mapas
recebem ttulo, inscries e legenda, o prprio tamanho da letra j em si
uma conveno que possibilita ao leitor determinar a importncia relativa do
fenmeno observado.
A projeo polidrica a projeo central feita sobre trapzios esfricos, os quais correspondem a um poliedro que, por hiptese, envolve o
globo terrestre. Assim, quando cada trapzio - includo numa folha topogrfica - no ultrapassa um grau de latitude e de longitude, deixam de existir
deformaes perceptveis, tornando possvel obter medidas em todos os
sentidos, dentro dos limites de cada folha topogrfica.
Na projeo cnica, os paralelos so circulares e os meridianos radiais, imaginando-se que o cone, que envolve o globo terrestre, o tangencia
em um determinado paralelo, ficando seu vrtice no prolongamento do eixo
da Terra. Desta forma, os meridianos aparecem nos mapas como linhas
retas e os paralelos como circunferncias concntricas.
Geografia
Escalas
APOSTILAS OPO
A escala cartogrfica a relao matemtica entre as distncias traadas em um mapa e as existentes na natureza. O mapa a representao
geomtrica, sobre um plano, de uma poro de superfcie terrestre. Uma
vez fornecidos os dados necessrios pela geodsia (distncias, direes e
relevo), tais valores so reproduzidos em mapa por meio de desenho, o
qual mantm a relao constante e rigorosa entre as distncias traadas no
mapa e as extenses correspondentes na natureza. Para isso, usam-se
escalas.
A indicao da escala de um mapa direta quando feita junto legenda, por expresso numrica ou grfica, e indireta, quando essa mesma
relao estabelecida por elementos de grandeza conhecida. As escalas
podem ser: (1) numricas; (2) grficas; (3) de declividades; e (4) de cores.
Escala de declividades. D-se o nome de escala de declividades quela que permite medir inclinaes das vertentes e rampas das vias
quando o relevo representado por curvas de nvel, hachuras ou esbatidos. Tal escala, que envolve a terceira dimenso, elaborada com retas
graduadas de maneira progressiva e em que os espaos marcados contam
sempre a partir da origem. L-se o valor mais prximo da escala entre
curvas consecutivas e, se for necessrio obter valores mais precisos,
interpolam-se as diferenas por estimativa. A graduao das escalas de
declividades pode ser percentual ou angular. Uma dada escala s serve
para determinada escala linear e determinada eqidistncia de curvas de
nvel.
As escalas numricas podem representar relaes tpicas pela simples variao dos valores expressos: a indicao 10/1 ou 10:1 uma escala de maior proporo, indicando que a medida sobre o desenho ou fotografia dez vezes o tamanho do objeto. J a indicao 1/1 ou 1:1 a escala
natural, em que a medida do desenho igual do objeto representado "em
tamanho natural". Por fim, a indicao 1/10 ou 1:10 a uma escala de
menor proporo, do tipo usado na confeco de mapas.
Clculo da escala. Quando, por qualquer motivo, desapareceu a legenda e, assim, no se conhece a escala, o prprio contedo do mapa
conta com elementos de grandezas conhecidas que permitem, indiretamente, determinar a escala, seja numrica ou grfica. A rede de coordenadas
geogrficas um destes, pois sua malha fornece a base para o clculo ou
a construo da escala, sabendo-se que um grau de latitude, ao longo de
qualquer meridiano, equivale a 111km. Medindo-se com a rgua o espao
entre dois paralelos, pode-se determinar a relao entre a grandeza do
grau e sua medida sobre o mapa.
No costume utilizar uma escala numrica de superfcie para a avaliao de reas em mapas. Mas, se for usada, deve-se saber que a escala
de superfcie de um mapa a escala linear ao quadrado. Exemplo: 1:5.000
linear 1:5.0002 de superfcie, isto , um quadrado no mapa representa 25
milhes de quadrados idnticos no terreno.
A escala numrica para altitudes seria a escala linear do mapa. Mas,
como o relevo (a terceira dimenso) imensurvel no mapa, por ser apenas figurado por meios grficos, o processo torna-se inaplicvel. Assim, em
plantas e cartas topogrficas encontra-se por vezes, junto legenda expressa em nmeros, a indicao da eqidistncia das curvas de nvel, o
que permite avaliar facilmente altitudes e declives.
Nas folhas topogrficas das cartas oficiais, costume apresentar, alm da rede de coordenadas geogrficas, um sistema de quadriculagem
quilomtrica que se estende de maneira contnua sobre as folhas, indicando a grandeza linear de um quilmetro, o que um recurso empregado
para a avaliao de distncias e reas sobre as cartas.
J nas cartas nuticas, construdas pela projeo de Mercator, notase, em toda a moldura, uma graduao em unidades de arco, que serve
principalmente para a determinao da posio dos navios: em latitude,
pelas duas graduaes laterais e, em longitude, pela graduao das margens inferior e superior. Isso torna-se possvel porque as graduaes
laterais, que se referem latitude, no so igualmente espaadas em suas
unidades, visto que se alongam no sentido do equador para os plos.
Sabendo-se que as grandezas angulares das escalas laterais representam
valores lineares constantes, possvel avaliarem-se distncias nesses
mapas nuticos.
Cartografia e comunicao
Seria redundante afirmar que o mapa uma imagem, se esta no tivesse passado a ser to valorizada como modo de expresso ao longo de
todo o sculo XX. Com a adoo de convenes simblicas como cores,
traos, emblemas, nmeros etc., o mapa deve ser suficiente como tal, isto
, como representao porttil e eficaz de uma dada realidade, capaz,
assim, de servir de base para a evocao, o raciocnio ou o projeto de
qualquer espcie, dos mais amenos, como uma viagem turstica, at os
mais dramticos, como a invaso de um pas.
Geografia
APOSTILAS OPO
Ainda que resultante da inteno de visualizar as informaes, o mapa requer grande ateno do interessado em sua leitura bidimensional,
menos comum que a linear, e de menor rapidez. Assim, para ser aceito e
adotado, deve oferecer ao usurio uma forma de expresso que lhe permita
economia do esforo mental em relao a outros meios de informao, e
ainda atrativos que lhe atinjam tanto os mecanismos da conscincia como
do inconsciente.
necessrio, portanto, dosar a durao ideal do interesse do usurio
e explorar o melhor possvel componentes prioritrios como a representao do relevo, a hierarquia das cores, a legenda facilmente memorizvel. A
feliz combinao desses elementos foi qualidade aprecivel nos trabalhos
cartogrficos desde suas origens, motivo pelo qual muitos mapas se tornaram, modernamente, requintados objetos de decorao, emoldurados e
postos em lugares de destaque. Os aperfeioamentos tecnolgicos no
diminuram, antes acrescentaram, a atrao esttica dos mapas. Ficaram
famosos, na segunda metade do sculo XX, tanto pela preciso cientfica
como pela beleza e bom gosto grfico-editorial, os mapas da National
Geographic Society, dos Estados Unidos. Coordenadas geogrficas; Geodsia; Mapa
Coordenadas geogrficas
Por mais diminuto que seja, qualquer ponto na superfcie da Terra pode ser localizado no mapa, se forem conhecidas suas coordenadas geogrficas.
As coordenadas geogrficas so a latitude e a longitude, representadas pelos meridianos e paralelos, que aparecem nos mapas cartogrficos
em forma de linhas. Assim, por exemplo, se desejamos encontrar no mapa
o monte Bernina, e sabemos que suas coordenadas so 46o22' de latitude
N e 9o50' de longitude E, verificamos que est localizado entre a Sua e a
Itlia.
Acompanhando o movimento de rotao da Terra, veremos que cada
ponto do planeta descreve circunferncias cujos crculos so perpendiculares ao eixo dos plos. Dentre essas circunferncias h uma que traa o
crculo mximo da esfera, cujo plano passa pelo centro da Terra e a divide
em duas metades ou hemisfrios: a linha do equador. Os demais crculos
vo diminuindo de tamanho a partir do equador, para cima ou para baixo,
na direo dos plos, e assim formam linhas paralelas. Essas linhas, como
o nome indica, so os paralelos.
O ngulo formado pela vertical de qualquer ponto da superfcie terrestre com o plano do equador se denomina latitude geogrfica, e tambm
medido em graus, minutos e segundos.
Podemos traar tambm sobre a esfera terrestre outra srie de crculos, perpendiculares aos anteriores, de tal modo que passem todos pelo
eixo dos plos e que, na vertical, dividem a superfcie arredondada em
pores, semelhantes a gomos de laranja. Essas linhas so os meridianos.
Todos os pontos situados no mesmo paralelo tm igual latitude. A extenso da latitude oscila entre 0o no equador e 90o nos plos. Deve-se
distinguir entre latitude norte (N) ou sul (S), conforme o hemisfrio em que
est situado o ponto que se quer localizar. O correto funcionamento desse
sistema depende da preciso com que se possa determinar as coordenadas em qualquer ponto.
Com essa disposio, qualquer ponto do globo terrestre pode ter sua
localizao determinada pelas duas distncias angulares, uma at o equador e outra at o meridiano zero. O ngulo formado pelo plano do meridiano
de referncia e o plano correspondente a qualquer outro meridiano se
Geografia
APOSTILAS OPO
Na prtica, o clculo das coordenadas geogrficas de um ponto se realiza sempre por mtodos indiretos, j que a rede de paralelos e meridianos
no mais que a projeo terrestre de um sistema de coordenadas astronmicas. O procedimento tradicional para se determinar a latitude de um
ponto o seguinte: calcula-se a altura do Sol sobre o horizonte, por meio
de um sextante, e localiza-se a estrela Polar, no hemisfrio norte, ou o
Cruzeiro do Sul, no hemisfrio sul. Tanto um como o outro se encontram
alinhados no prolongamento do eixo da Terra, e por isso constituem pontos
precisos de referncia.
OS PONTOS DE ORIENTAO
O homem, para facilitar o seu deslocamento sobre a superfcie terrestre, tomando por base o nascer e o pr do Sol, criou alguns pontos de
orientao.
Um importante elemento de orientao em nosso hemisfrio o Cruzeiro do Sul, para ns bastante visvel.
Devido marcante influncia que o Sol exerce sobre a Terra, o homem, observando sua aparente marcha pelo espao, fixou a direo em
que ele surge no horizonte.
Estendendo a mo direita para leste e a esquerda para oeste, encontramos mais dois pontos de orientao o norte, nossa frente, e o sul,
s nossas costas.
Devido grande extenso do nosso planeta, para facilitar a localizao de qualquer ponto da sua superfcie foram imaginadas algumas linhas
ou crculos.
Para tornar mais segura a orientao sobre a superfcie terrestre, entre um ponto cardeal e um colateral foi criado o subcolateral.
Geografia
APOSTILAS OPO
Zonas temperadas: a do Norte e a do Sul, situando-se respectivamente entre os trpicos e os crculos polares, onde as temperaturas so bem
mais amenas do que na zona trrida, e as estaes do ano se apresentam
bem mais perceptveis.
Zonas frias ou glaciais: situam-se no interior dos crculos polares rtico e Antrtico e constituem as regies mais frias do globo, quase que
permanentemente cobertas de gelo.
A Latitude pode ser norte ou sul e variar de 00 a 900. Cada grau divide-se em 60 minutos e cada minuto em 60 segundos.
MERIDIANOS
Todos os pontos da superfcie terrestre que tm a mesma latitude encontram-se evidentemente sobre o mesmo paralelo.
LONGITUDE
Corresponde distncia em graus que existe entre um ponto da superfcie terrestre e o Meridiano Inicial ou de Greenwich.
Embora se possam traar tantos meridianos quantos se queira, so utilizados somente 360 deles. Tomando-se por base o Meridiano Inicial ou
de Greenwich, temos 180 meridianos no hemisfrio oriental e 180 no ocidental.
Se quisermos saber qual a posio geogrfica da cidade onde moramos, basta procurar no mapa o paralelo e o meridiano que passam por ela
ou prximo a ela.
Ela pode ser oriental ou ocidental, contada em cada um destes hemisfrios de 0 a 180.
AS COORDENADAS GEOGRFICAS
Utilizando os paralelos e os meridianos podemos, por meio da latitude
e da longitude, determinar a posio exata de um ponto qualquer da super-
Geografia
FUSOS HORRIOS
APOSTILAS OPO
De acordo com o que observamos, a Terra realiza o movimento de rotao de oeste para leste.
Para dar uma volta completa sobre si, diante do Sol, a Terra leva 24
horas, o que corresponde a um dia (um dia e uma noite).
ESCALAS
1
a forma de uma razo 1:500 000.
500 000
Isto significa que o objeto da representao foi reduzido em quinhentas mil vezes para ser transportado com detalhes para o mapa.
Observamos pelo mapa que h um limite prtico e um terico dos fusos horrios.
O meridiano que divide o 1 fuso do 2 passa pelos Estados do Nordeste. Se esse limite terico prevalecesse, esses Estados teriam horas
diferentes. Como a diferena no muito grande, criou-se um limite prtico,
atravs do desvio do meridiano que divide o 1 do 2 fuso horrio. Assim,
todo o territrio nordestino permanece no 2 fuso horrio brasileiro.
Notamos tambm que do 2 para o 3 fuso houve um desvio para coincidir com os limites polticos dos Estados, exceo feita ao Par, cujo
territrio se encontra no 2 e 3 fusos.
O 2 fuso horrio, atrasado trs horas em relao a Greenwich, constitui a hora legal do nosso pas (hora de Braslia). Nele encontra-se a maioria
dos Estados brasileiros.
O 3 fuso horrio est atrasado quatro horas em relao a Londres e
uma hora em relao a Braslia..
PROJEES CARTOGRFICAS
A REPRESENTAO DA TERRA
A representao grfica da Terra uma tarefa que cabe a um importante ramo da cincia geogrfica a Cartografia.
Em todos os tipos de projees, primeiro transportada, da esfera para a superfcie, a rede de paralelos e meridianos, depois, ponto por ponto,
as figuras ou formas que se deseja representar.
Geografia
APOSTILAS OPO
a estereogrfica: utilizada para os mapas-mndi, em que a Terra aparece representada por dois hemisfrios o oriental e o ocidental. Nela, os
paralelos e meridianos, com exceo do Equador e do Meridiano Inicial,
so curvos, sendo que a curvatura dos paralelos aumenta gradativamente,
medida que se aproximam dos plos.
CONVENES CARTOGRFICAS
Vrias tcnicas so empregadas pelos cartgrafos para se representar, em um mapa, os aspectos fsicos, humanos e econmicos de um
continente, pas ou regio.
As projees costumam ser reunidas em trs tipos bsicos: cilndricas, cnicas, e azimutais.
SMBOLOS
Tendo em vista simplificar o uso de smbolos para se expressar os elementos geogrficos em um mapa, foi padronizada uma simbologia internacional, que permite a leitura e a interpretao de um mapa em qualquer
parte do globo.
PROJEO CILNDRICA
Esta projeo, idealizada pelo cartgrafo Mercator, consiste em projetar a superfcie terrestre e os paralelos e meridianos sobre um cilindro.
Neste tipo de projeo, muito utilizada na confeco dos planisfrios,
os paralelos e meridianos so representados por linhas retas que se cortam
em ngulos retos. Os paralelos aparecem tanto mais separados medida
que se aproximam dos plos, acarretando grandes distores nas altas
latitudes.
PROJEO CNICA
Neste tipo de projeo, a superfcie da Terra representada sobre um
cone imaginrio, que est em contato com a esfera em determinado paralelo.
Por essa projeo, obtemos mapas ou cartas com meridianos formando uma rede de linhas retas, que convergem para os plos, e paralelos
constituindo crculos concntricos que tm o plo como centro.
Na projeo cnica, as deformaes so pequenas prximo ao paralelo de contato, mas tendem a aumentar medida que as zonas representadas esto mais distantes.
CURVAS DE NVEL
As curvas de nvel so linhas empregadas para unir os pontos da superfcie terrestre de igual altitude sobre o nvel do mar.
PROJEO AZIMUTAL
Esse tipo de projeo se obtm sobre um plano tangente a um ponto
qualquer da superfcie terrestre. Este ponto de tangncia ocupa sempre o
centro da projeo.
No caso do plano ser tangente ao plo, os paralelos aparecem representados por crculos concntricos, que tm como centro o plo e os meridianos corno raios, convergindo todos para o ponto de contato.
Neste tipo de projeo, as deformaes so pequenas nas proximidades do plo (ou ponto de tangncia), mas aumentam medida que nos
distanciamos dele.
A projeo azimutal destina-se especialmente a representar as regies polares e suas proximidades.
a de Mollweide: no utiliza nenhuma superfcie de contato. Ela se destina representao global da Terra, respeitando os aspectos da superf-
Geografia
APOSTILAS OPO
A diferena de nvel entre duas curvas quase sempre a mesma, porm, se duas curvas se aproximam, porque o declive (inclinao) maior,
e se, pelo contrrio, se afastam, o declive, ou seja, o relevo, mais suave e
menos abrupto.
HACHURAS
As hachuras so pequenos traos, de grossura e afastamento varivel, desenhados para exprimir maior inclinao do terreno.
Elas so desenhadas entre as curvas de nvel e perpendicularmente a
elas.
Geografia fsica
Assim sendo, os mapas que representam relevos de maior declividade ou inclinao so bastante escurecidos, enquanto aqueles que representam menores inclinaes do terreno se apresentam mais claros. Os
terrenos planos e os situados ao nvel do mar so deixados em branco.
Geologia
Este mtodo no tem sido muito utilizado ultimamente, sendo substitudo pelo das curvas de nvel ou pelo da graduao de cores.
FOTOGRAFIAS AREAS OU AEROFOTOGRAMETRIA
Atualmente vem ganhando destaque o processo de reconhecimento
do terreno pelas fotografias areas. Este processo, denominado aerofotogrametria, desenvolvido da seguinte maneira:
Um avio, devidamente equipado, fotografa uma certa rea, de tal
modo que o eixo focal seja perpendicular superfcie. A primeira e a segunda fotos devem corresponder cobertura de uma rea comum de
aproximadamente 600/o (figura A).
As fotos obtidas so colocadas uma ao lado da outra, obedecendo a
mesma orientao, de tal forma que ambas apresentem igual posio.
Com o auxlio de um estereoscpio podemos observar a rea (A) em
imagem tridimensional.
Utilizando-se vrios instrumentos, podem ser traadas as curvas de
nvel e interpretados os diversos aspectos fsicos que a rea focalizada
apresenta.
Geografia
O territrio brasileiro, juntamente com o das Guianas, distingue-se nitidamente do resto da Amrica do Sul. Seu embasamento abriga as maiores
reas de afloramento de rochas pr-cambrianas, os chamados escudos: o
escudo ou complexo Brasileiro, tambm designado como embasamento
Cristalino, ou simplesmente Cristalino; e o escudo das Guianas. Os terrenos mais antigos, constitudos de rochas de intenso metamorfismo, formam
o complexo Brasileiro. O escudo das Guianas abarca, alm das Guianas,
parte da Venezuela e do Brasil, ao norte do rio Amazonas. Entre ambos
situa-se a bacia sedimentar do Amazonas, cuja superfcie est em grande
parte coberta por depsitos cenozicos, em continuao aos da faixa
adjacente aos Andes.
As rochas mais antigas do escudo das Guianas datam de mais de dois
bilhes de anos. portanto uma rea estvel de longa data. Na faixa
costeira do Maranho e do Par ocorrem rochas pr-cambrianas, que
constituem um ncleo muito antigo, com cerca de dois bilhes de anos. A
regio pr-cambriana de Guapor coberta pela floresta amaznica. A do
rio So Francisco estende-se pelos estados da Bahia, Minas Gerais e
Gois. H dentro dessa regio uma unidade tectnica muito antiga, o
geossinclneo do Espinhao, que vai de Ouro Preto MG at a borda meridional da bacia sedimentar do Parnaba. As rochas mais antigas dessa rea
constituem o grupo do rio das Velhas, com idades que atingem cerca de 2,5
bilhes de anos.
As rochas do grupo Minas assentam-se em discordncia sobre elas, e
so constitudas de metassedimentos que em geral exibem metamorfismo
de fcies xisto verde, com idade aproximada de 1,5 bilho de anos. Pertence a esse grupo a formao Itabira, com grandes jazidas de ferro e mangans. Sobre as rochas do grupo Minas colocam-se em discordncia as do
grupo Lavras, constitudas de metassedimentos de baixo metamorfismo,
com metaconglomerados devidos talvez a uma glaciao pr-cambriana.
Grande parte da rea pr-cambriana do So Francisco coberta por
rochas sedimentares quase sem metamorfismo e s ligeiramente dobradas,
constitudas em boa parte de calcrios. Essa seqncia conhecida como
grupo Bambu, com idade em torno de 600 milhes de anos, poca em que
provavelmente a regio do So Francisco j havia atingido relativa estabilidade.
Ao que parece, um grande ciclo orogentico, denominado Transamaznico, ocorrido h cerca de dois bilhes de anos, perturbou as rochas
mais antigas dessa faixa pr-cambriana. Ao final do pr-cambriano, as
regies do So Francisco e do Guapor eram separadas por dois geossinclneos -- o Paraguai-Araguaia, que margeava as terras antigas do Guapor
pelo lado oriental; e o de Braslia, que margeava as terras antigas do So
Francisco pelo lado ocidental.
As estruturas das rochas parametamrficas do geossinclneo ParaguaiAraguaia orientam-se na direo norte-sul no Paraguai e sul do Mato Grosso, curvam-se para o nordeste e novamente para norte-sul no norte de
Mato Grosso e Gois e atingem o Par atravs do baixo vale do Tocantins,
numa extenso de mais de 2.500km. Iniciam-se por uma espessa seqncia de metassedimentos que constituem, no sul, o grupo Cuiab, e no
norte, o grupo Tocantins. Essa seqncia recoberta pelas rochas do
grupo Jangada, entre as quais existem conglomerados tidos como representantes do episdio glacial.
O geossinclneo Braslia desenvolveu-se em parte dos estados de Gois e Minas Gerais. Suas estruturas, no sul, dirigem-se para noroeste e
10
APOSTILAS OPO
Geografia
APOSTILAS OPO
Nos planaltos e chapadas do centro-oeste predominam as linhas horizontais, que alcanam cotas de 1.100 a 1.300m no sudeste, desde a serra
da Canastra, em Minas Gerais, at a chapada dos Veadeiros, em Gois,
passando pelo Distrito Federal. Seus vales so largos, com vertentes
suaves; s os rios de grande caudal, como o Paran (bacia Amaznica),
Paranaba (bacia do Prata) e Abaet (bacia do So Francisco), cavam
neles vales profundos. No sudeste do planalto central, a uniformidade do
relevo resulta de longo trabalho de eroso em rochas proterozicas. As
altitudes dos planaltos vo baixando para o norte e noroeste medida que
descem em degraus para a plancie amaznica: 800-900m na serra Geral
de Gois; 700-800m nas serras dos Parecis e Pacas Novos, em Rondnia; 500m e pouco mais na serra do Cachimbo.
Plancies. Existem trs plancies no Brasil, em volta do sistema Brasileiro: a plancie Amaznica, que o separa do sistema Guiano, a plancie
litornea e a plancie do Prata, ou Platina. A Amaznica, em quase toda
sua rea, formada de tabuleiros regulares, que descem em degraus em
direo calha do Amazonas. A plancie litornea estende-se como uma
fmbria estreita e contnua da costa do Piau ao Rio de Janeiro, constituda
de tabuleiros e da plancie holocnica.
Durante o perodo tercirio, massas de rochas plutnicas alcalinas penetraram pelas falhas que criaram esse escarpamento e geraram os blocos
elevados de Itatiaia (pico das Agulhas Negras: 2.787m) e Poos de Caldas.
guas e vapores em altas temperaturas intrometeram-se tambm pelas
fendas e formaram as fontes de guas termais dessa regio. A leste do
macio de Itatiaia, as cristas da Mantiqueira formam alinhamentos divergentes. O mais ocidental se dirige para o centro do estado e forma uma escarpa voltada para leste, que eleva as cotas a mais de mil metros. O ramo
mais oriental forma a divisa entre Minas Gerais e Esprito Santo at o vale
do rio Doce, elevando-se na serra da Chibata ou Capara, at 2.890m, no
pico da Bandeira.
No centro de Minas Gerais, outro bloco elevado assume forma quadrangular, constitudo de rochas ricas em ferro, de alto teor. Toma nomes
locais de serra do Curral, ao norte; do Ouro Branco, ao sul; de Itabirito, a
leste, e da Moeda, a oeste. O ramo oriental se prolonga para o norte do
estado, com o nome de serra do Espinhao, que divide as guas da bacia
do So Francisco das que vertem diretamente no Atlntico. Com a mesma
funo e direo geral e estrutura semelhantes, a Mantiqueira estende-se
at o norte da Bahia, onde recebe as denominaes de chapada Diamantina, serra do Tombador e serra da Jacobina.
Geografia
Clima
No sudoeste da Amaznia, as amplitudes trmicas so mais expressivas devido ao fenmeno da friagem, que ocorre no inverno e provm da
invaso da massa polar atlntica nessa rea e acarreta uma temperatura
mnima, em Sena Madureira, de 7,9o C. O total de precipitaes na Amaznia geralmente superior a 1.500mm ao ano. A regio tem trs tipos de
regime de chuvas: sem estao seca e com precipitaes superiores a
3.000mm ao ano, no alto rio Negro; com curta estao seca (menos de
100mm mensais) durante trs meses, a qual ocorre no inverno austral e
desloca-se para a primavera medida que se vai para leste; e com estiagem pronunciada, de cerca de cinco meses, numa faixa transversal desde
Roraima at Altamira, no centro do Par.
A regio Centro-Oeste do pas apresenta alternncia bem marcada entre as estaes seca e chuvosa, geralmente no vero, o que configura o
tipo climtico Aw. A rea submetida a esse tipo de clima engloba o planalto
Central e algumas zonas entre o Norte e o Nordeste. O total anual de
precipitaes de cerca de 1.500mm, mas pode elevar-se a 2.000mm. No
planalto Central, mais de oitenta por cento das chuvas caem de outubro a
maro, quase sempre sob a forma de aguaceiros, enquanto o inverno tem
dois a trs meses praticamente sem chuvas.
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APOSTILAS OPO
A fauna brasileira no conta com espcies de grande porte, semelhantes s que se encontram nas savanas e selvas da frica. Na selva amaznica existe uma abundante fauna de peixes e mamferos aquticos que
habitam os rios e igaps. As espcies mais conhecidas so o pirarucu e o
peixe-boi (este em vias de extino). Nas vrzeas h jacars e tartarugas
(tambm ameaados de desaparecimento), bem como algumas espcies
anfbias, notadamente a lontra e a capivara e certas serpentes, como a
sucuriju. Nas florestas em geral predominam a anta, a ona, os macacos, a
preguia, o caititu, a jibia, a sucuri, os papagaios, araras e tucanos e uma
imensa variedade de insetos e aracndeos.
Nas caatingas, cerrados e campos so mais comuns a raposa, o tamandu, o tatu, o veado, o lobo guar, o guaxinim, a ema, a siriema, perdizes e codornas, e os batrquios (rs, sapos e pererecas) e rpteis (cascavel, surucucu e jararaca). H abundncia de trmitas, que constroem montculos duros como habitao. De maneira geral, a fauna ornitolgica brasileira no encontra rival em variedade, com muitas espcies inexistentes em
outras partes do mundo. So inmeras as aves de rapina, como os gavies, as aves noturnas, como as corujas e mochos, as trepadoras, os galinceos, as pernaltas, os columbdeos e os palmpedes.
Geografia
13
APOSTILAS OPO
Flora
A diversidade do clima brasileiro reflete-se claramente em sua cobertura vegetal. A vegetao natural do Brasil pode ser grupada em trs domnios principais: as florestas, as formaes de transio e os campos ou
regies abertas. As florestas se subdividem em outras trs classes, de
acordo com a localizao e a fisionomia: a selva amaznica, a mata atlntica e a mata de araucrias. A primeira, denominada hilia pelo naturalista
alemo Alexander von Humboldt (do grego, hilayos, "da floresta", "selvagem") a maior mata equatorial do mundo. Reveste uma rea de cinco
milhes de quilmetros quadrados, equivalente a quase o dobro do territrio da Argentina.
Florestas. A hilia, do ponto de vista de sua ecologia, divide-se em:
mata de igap, mata de vrzea e mata de terra firme. A primeira fica inundada durante cerca de dez meses no ano e rica em palmeiras, como o
aa (Euterpe oleracea); os solos so arenosos e no cultivveis nas condies em que se encontram. A mata de vrzea inundada somente nas
enchentes dos rios; tem muitas essncias de valor comercial e de madeiras
brancas, como a seringueira (Hevea brasiliensis), o cacaueiro (Theobroma
cacao), a copaba (Copaifera officinalis), a sumama (Ceiba pentandra) e o
gigantesco aacu (Hura crepitans). Amata de igap e a mata de vrzea, as
duas primeiras divises da hilia, tm rvores de folhas perenes. Os solos
das vrzeas so intrazonais, argilosos ou limosos.
A mata de terra firme, que corresponde a cerca de noventa por cento
da floresta amaznica, nunca fica inundada. uma mata plenamente
desenvolvida, composta de quatro andares de vegetao: as rvores emergentes, que chegam a cinqenta metros ou mais; a abbada foliar, geralmente entre 20 e 35m, onde as copas das rvores disputam a luz solar; o
andar arbreo inferior, entre cinco e vinte metros, com rvores adultas de
troncos finos ou espcimes jovens, adaptados vida na penumbra; e o
sub-bosque, com samambaias e plantas de folhas largas. Cips pendentes
das rvores entrelaam os diferentes andares. Epfitas, como as orqudeas,
e vegetais inferiores, como os cogumelos, liquens, fungos e musgos, convivem com a vegetao e aumentam sua complexidade.
A mata de terra firme geralmente semidecdua: dez por cento ou mais
de suas rvores perdem as folhas na estiagem. rvores tpicas da terra
firme so a castanheira (Bertholettia excelsa), a balata (Mimusops bidentata), o mogno (Swietenia macrophylla) e o pau-rosa (Aniba duckei). A heterogeneidade da floresta dificulta sua explorao econmica, salvo onde
ocorrem concentraes. O tipo de solo predominante na hilia o latossolo.
A mata da encosta atlntica estende-se como uma faixa costeira, do
Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Suas rvores mais altas chegam geralmente a 25 ou trinta metros. No sul da Bahia e na vertente martima da serra do Mar, pereniflia; mais para o interior e em lugares menos
midos, semidecdua. Do Paran para o sul, toma um carter subtropical:
de menor altura (10 a 15m), pereniflia, mais pobre em cips e mais rica
em epfitas. A peroba (Aspidosperma sp.), o cedro (Cedrella, spp.), o jacarand (Machaerium villosum), o palmito (Euterpe edulis) e o pau-brasil
foram espcies exploradas na mata atlntica.
Alm de madeira, a mata atlntica contribuiu muito com seus solos para o desenvolvimento econmico do Brasil. A maior parte deles pertence ao
grande grupo dos latossolos vermelho-amarelos, entre os quais se inclui a
terra roxa, e nos quais se instalaram vrias culturas, como caf, cana-deacar, milho e cacau.
Geografia
14
APOSTILAS OPO
http://interna.coceducacao.com.br/ebook/pages/227.htm
Amaznia
No passado disputada por vrios pases, a Amaznia vem sendo lentamente integrada economia brasileira. "Pulmo do mundo", maior reserva da natureza selvagem, seu desafio, para o Brasil, o de um aproveitamento equilibrado, ecolgico.
Geografia fsica. Geograficamente, a regio a que se d o nome de
Amaznia corresponde bacia do rio Amazonas, um gigantesco losango
verde que, na largura, vai da pequena cidade peruana de Pongo Manseriche at o norte do Maranho, e na altura, cuja altura vai do delta do Orinoco, na Venezuela, ao norte de Mato Grosso, no curso mdio do rio Juruena.
H, no entanto, pelo menos duas outras classificaes. Uma a da
Amaznia como regio Norte do Brasil, compreendendo cinco estados:
Amazonas, Par, Amap, Roraima, Acre e Rondnia, o que soma em seus
limites polticos 3.581.180km2 (42% da extenso territorial do pas); outra
a denominada Amaznia Legal, criada pela lei n 5.173, de 27 de outubro de
1966, para fins de planejamento: alcana, alm da rea acima, a maior
parte do Maranho, o norte de Mato Grosso e o estado do Tocantins,
totalizando 5.033.072km2 (59,1% do Brasil).
A Amaznia terra de clima equatorial, de calor intenso e mido, com
temperaturas mdias acima de 25o C e uma variao do ms mais quente
ao mais frio de menos de 2o C. No sudoeste, porm, a oscilao trmica
bem maior no inverno, quando a massa polar atlntica faz a temperatura
descer a 10o C ou menos, no que localmente chamam friagem. Importantes
so os totais pluviomtricos anuais, que ultrapassam os 1.500mm. Apesar
disso, na Amaznia no particularmente perigosa a incidncia de doenas tropicais, e a regio apresenta, nesse aspecto, ameaas muito menores que as de regies parecidas da frica e da sia.
Assim como a bacia hidrogrfica do Amazonas a maior do mundo, a
floresta amaznica tambm a maior floresta equatorial da face da Terra,
assentada sobre a desmedida plancie sedimentar que se estende entre o
macio Guiano e o planalto Brasileiro. Nesse macio se acham as elevaes mais notveis do relevo brasileiro, como o pico da Neblina, ponto
culminante do pas, com 3.014m; o 31 de Maro, com 2.992m; e o monte
Roraima, com 2.875m. A presena da gua perene sobre depsitos
aluviais holocnicos e de fertilidade varivel, mas em geral especfica,
indissocivel de seu ecossistema, com vastas extenses alagadas na maior
parte do ano (igaps) e contnua rede de pequenos canais entre os rios
(igaraps).
O solo , portanto, raso, de escasso aproveitamento agrcola, mas fantstica riqueza vegetal: rvores (inclusive excelentes madeiras), fetos,
epfitas, milhares de plantas, muitas das quais ainda no classificadas ou
conhecidas (onde se podem achar, segundo ilustres farmaclogos os
princpios ativos de novos medicamentos para inmeras doenas).
A fauna caracterstica da selva tropical fechada sul-americana, onde
impera a ona ou jaguar como o felino mais representativo. Compreende
tambm antas, caititus, primatas, capivaras, cervdeos, uma das maiores
concentraes de aves do mundo, sobretudo psitacdeos (araras, papagaios) e rapineiros, fauna aqutica opulenta em peixes, mamferos, crocrodilianos, e ainda a mais extraordinria reunio de insetos do planeta.
Histria. Pelo Tratado de Tordesilhas (1494), toda a regio da Amaznia caberia ao reino de Castela. Portugal, no entanto, jamais se acomodou
a esse artifcio e, com enorme dificuldade, esforou-se por desbrav-la e
coloniz-la ao longo de mais de 200 anos. S nas seis dcadas em que
amargou a dominao espanhola encontrou em seus maiores adversrios
aliados contra as outras potncias europias. De difcil assimilao econmica e poltica, a regio permaneceu quase completamente isolada do
resto do pas at o fim do Imprio.
Apesar disso, muitas de suas sociedades amerndias originais j tinham sido irremediavelmente devastadas. As desastrosas tentativas de
escravizao, os massacres, o prprio atrito cultural com os colonizadores
contriburam para o sacrifcio quase total dos representantes das lnguas
aruaque, caraba, j, tupi e pano. Graas existncia dos aruaques, responsveis pela cermica marajoara, pde-se datar a ocupao pr-histrica
da Amaznia, isto , anterior descoberta europia, concluindo-se que ela
j se fizera no sculo X.
Geografia
De 1903 a 1930 as questes de fronteira encontraram solues adequadas e implantou-se a experincia da Fordlndia e suas plantations, que
chegou a promover um novo e ilusrio surto de progresso, de curta durao: em 1945 estava liquidado. Vem da uma outra histria dentro da histria da Amaznia que a do interesse cientfico, muitas vezes entre aspas,
dos pases estrangeiros, no fundo no muito diferente dos motivos que
originaram as disputas iniciais.
Desde Alexandre von Humboldt foram feitos estudos sobre a regio,
sendo ele at precedido por um brasileiro formado em Coimbra, Alexandre
Rodrigues Ferreira. Depois vieram Spix, Von Martius, Henri-Anatole Coudreau, todos ao longo do sculo XIX, tempo de muita cincia mas tambm
de revoluo industrial e colonialismo. Na dcada de 1850 o projeto americano de Matthew E. Maury de explorao da regio foi sabiamente absorvi-
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APOSTILAS OPO
O solo tpico do planalto central, onde se encontra a maior parte do cerrado, constitudo de areias e argilas, soltas ou consolidadas em arenitos e
filitos, e de calcrios e pedregulhos, resultantes do levantamento dos sedi-
Geografia
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APOSTILAS OPO
Geografia
Os colonizadores espanhis introduziram gado bovino e eqino na regio pampeira, mas no se interessaram pela agricultura. Os animais eram
arrebanhados pelos gauchos, conhecidos pela percia com os cavalos e
pela fora. Aps a libertao do domnio espanhol (1816) e a pacificao
dos ndios que vagavam pelas plancies, os proprietrios de terras comearam a empregar imigrantes, em sua maioria italianos, no plantio de milho,
alfafa para forragem e pastagens especiais para o gado. Cercaram ento
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APOSTILAS OPO
Geografia
A regio pouco povoada, sua densidade demogrfica de aproximadamente 2,88 hab./km. Isto se deve ao fato da grande extenso territorial e
dos difceis acessos ao interior dessa rea. Nesse sentido, o governo em
1970, fez o programa de ocupao populacional na regio amaznica, com
migraes oriundas do nordeste. A extrao da borracha permitiu desenvolver esta rea, antes inspita economicamente, numa regio de alta
produtividade, seja ela econmica, cultural ou social. Nessa poca, muitas
cidades foram afetadas com o crescimento gerado pelo capital. O governo
continuou auxiliando e orientando o desenvolvimento da regio e incorpora
em Manaus a Suframa (Superintendncia da Zona Franca de Manaus), que
trouxe para a capital amazonense muitas indstrias transnacionais. Tanto
foi a resposta desta zona livre, que antes da Zona Franca de Manaus, a
mesma cidade detinha uma populao de 300 mil/hab e com a instalao
desta rea, passou para 800 mil/hab. Outros projetos so instalados pelo
governo federal na regio amaznica, como: o Projeto Jari, o Programa
Calha Norte, o PoloNoroeste e o Projeto Grande Carajs. Com isso, iniciase a explorao mineral e vegetal da Amaznia. Mas os resultados desses
projetos foram pobres em sua maioria, pois com a retirada da vegetao
natural o solo tornava-se inadequado ao cultivo da agricultura.
Caractersticas Bio-Hidro-Climticas e Fisiogrficas
Este domnio sofre grande influncia fluvial, j que a se encontra a
maior bacia hidrogrfica do mundo a bacia amaznica. A regio passa
por dois tipos de estaes flvio-climticas, a estao das cheias dos rios e
a estao da seca, porm esta ltima estao no interrompe o processo
pluviomtrico dirio, s que em ndices diferentes. O transporte existente
tambm influenciado pela enorme rede hidrogrfica, enquanto que o
rodovirio quase inexistente. Assim, o transporte fluvial e o areo so
muito utilizados devido s facilidades encontradas neste domnio. Como se
trata de uma floresta equatorial considerada um bioma riqussimo, de
fundamental importncia entend-la para no desestruturar seu frgil
equilbrio. Devido existncia de inmeros rios, a regio sofre muita sedimentao por parte fluvial, j que a precipitao abundante (2.500
mm/ano), transformando a regio numa grande esponja que detm altas
taxas de umidade no solo. Este mesmo solo formado basicamente por
latossolos, podzlicos e plintossolos, mas o mesmo no detm caractersticas de ser rico vegetao existente, na verdade, o processo de precipitao o que torna este domnio morfoclimtico riqussimo em floresta hidrfita e no o solo, como muitas pessoas pensam que o responsvel por
tudo isto. Valendo destacar os tipos de matas encontradas na Amaznia,
como: de iaip de regies inundadas; de vrzea de regies inundadas
ciclicamente e de terras altas que dificilmente so inundadas. As espcies
de rvores encontradas nesta regio so: castanaha-do-par, seringueira,
carnaba, mogno, etc. (essas duas ltimas em extino); os animais: peixeboi, boto-cor-de-rosa, ona-pintada; e a flora com a vitria rgia e as diversas orqudeas.
Com um grande processo de lixiviao encontrado na Amaznia, essa
ao torna o solo pobre levando todos os seus nutrientes pela fora da
capacidade do rio (correnteza). Mas esta riqueza diversa no deve ser
confundida como grande potencialidade agrcola, pois com a retirada da
vegetao nativa, transforma o solo num grande alvo da eroso, devido as
fortes chuvas ocorridas na regio. A rede hidrogrfica outra fonte de
potencialidade econmica da Amaznia, pois seus leitos fluviais so de
grande piscosidade, o que torna a rea num importante atrativo natural
para o turismo, s indstrias pesqueiras e a populao ribeirinha. Com um
clima equatorial, sem muitas mudanas de temperatura ao longo do ano, a
regio amaznica diferencia-se apenas nas pocas das chuvas (ou cheias
dos rios) e das secas. Assim esta primeira poca faz com que os rios
transbordem e nutram as reas de terras marginais ao leito dos mesmos.
Com um solo essencialmente argiloso e a forte influncia do escoamento
fluvial, faz com que a Amaznia torna-se uma rea de terras baixas, decapitando as formaes existentes no seu substrato rochosos.
Condies Ambientais e Economicamente Sustentveis
Nos dias atuais grande a devastao ambiental na Amaznia queimadas, desmatamentos, extino de espcies, etc. fazem com que a
regio e o mundo preocupe-se com seu futuro, pois se trata da maior
reserva florestal do globo. Ecologicamente a Amaznia est correndo muito
perigo, devido ao grande atrativo econmico natural que encontrado
nesta regio, o equilbrio colocado muitas vezes em risco. A explorao
descontrolada faz com que as ideologias conservacionistas sejam deixadas
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APOSTILAS OPO
Geografia
APOSTILAS OPO
Encontrado desde o sul paulista at o norte gacho, o domnio das araucrias ocupa uma rea de 400.000 km, abrangendo em seu territrio
cidades importantes, como: Curitiba, Ponta Grossa, Lages, Caxias do Sul,
Passo Fundo, Chapec e Cascavel.
Geografia
Caractersticas do Povoamento
A regio das araucrias foi povoada no final do sculo XIX, principalmente por imigrantes italianos, alemes, poloneses, ucranianos etc. Com
isto, os estrangeiros diversificaram a economia local, o que tornou essa
regio uma das mais prsperas economicamente. Caracterizado por colnias de imigrao estabelecidas pela descendncia estrangeira, podemos
destacar como principais pontos, as cidades de: Blumenau SC , colnia
alem; Londrina PR, colnia japonesa; Caxias do Sul RS, colnia
italiana. Mas a vinda desses imigrantes no foi s boa vontade do governo
daquela poca. O Brasil tinha acabado de terminar a sua guerra com Paraguai, que deixou muitas perdas em sua populao, em virtude disso a
soluo foi atrair imigrantes europeus e asiticos.
Caractersticas Bio-Hidro-Climticas e Fisiogrficas
Atualmente, a vegetao de araucria chamada de pinheiro-doParan, ou pinheiro-braseleiro pouco resta, as indstrias de celulose e
madeireiras da regio, fizeram um extrativismo descontrolado que resultou
no desaparecimento total em algumas reas. Sua condio de arbrea,
geralmente com mais de 30 m de altura, condiz a um solo profundo, em
virtude de suas razes estabelecerem a sustentao da prpria rvore. A
regio das araucrias encontra-se no planalto meridional onde a altitude
pode variar de 500 metros at cerca de 1.200 m. Isso evidencia um clima
subtropical em toda sua extenso que mantm uma boa relao com a
precipitao existente nesse domnio, variando de 1.200 a 1.800 mm.
Nesse sentido, a regio identifica-se com uma grande rede de drenagem
em toda a sua extenso territorial. O solo formado principalmente por
latossolos brunos e tambm encontrado latossolos roxos, cambissolos,
terras brunas e solos litlicos. Com estas caractersticas, o solo detm uma
alta potencialidade agrcola, como: milho, feijo, batata, etc. As morfologias
do relevo se destacam por uma forte ondulao at um montanhoso, o que
o representa num solo de fcil adeso a processos erosivos, iniciados pela
degradao humana e social.
Condies Ambientais e Economicamente Sustentveis
Percebe-se atualmente que esta arbrea quase desapareceu dessa
regio, devido descontrolada explorao da araucria para produo de
celulose. Felizmente, medidas foram tomadas e hoje a araucria protegida por lei estadual no Paran. Mas os questionamentos ambientais no
esto somente na vegetao. Devido este solo ser utilizado h anos vem
a ocorrer uma erosividade considerada. Em virtude do mesmo, surge a
tcnica de manejo agrcola chamada plantio direto, que evidencia uma
proteo ao solo nu em pocas de ps-safra. Nesse sentido, o domnio
morfoclimtico das araucrias, que compreende uma importante rea no sul
brasileiro, detm um nvel de conservao e reestruturao vegetal considervel. Mas no se deve estagnar esse processo positivo, pois necessitamos muito dessas terras frteis que mantm as economias locais.
VI Domnio Morfoclimtico das Pradarias
Situao Geogrfica
Situado ao extremo sul brasileiro, mais exatamente a sudeste gacho,
o domnio morfoclimtico das pradarias compreende uma extenso, segundo AbSaber, de 80.000 km e de 45.000 km de acordo com Fontes & Ker
UFV. Tendo como cidades importantes em sua abrangncia: Uruguaiana,
Bag, Alegrete, Itaqui e Rosrio do Sul.
Caractersticas do Povoamento
Territrio me da cultura gauchesca, suas tradies ultrapassam geraes, demonstrando a fora da mesma. Caracterizado por um baixo povoamento, a regio destaca-se grandes pelos latifndios agropastoris, que
so at hoje marcas conhecidas dos pampas gachos. Os jesutas iniciaram o povoamento com a catequizao dos ndios e posteriormente surgem
as povoaes de charqueadas. Passando por bandeirantes e tropeiros, as
pradarias estagnam esse processo (ciclo do charque) com a venda de lotes
de terras para militares, pelo governo federal. Devido proximidade geogrfica com a diviso fronteiria de dois pases (Argentina e Uruguai),
ocorreram vrias tentativas de anexao dos pampas a uma destas naes
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APOSTILAS OPO
Faixas de Transies
Encontrados entre os vrios domnios morfoclimticos brasileiros, as
faixas de transies so: as Zonas dos Cocais, a Zona Costeira, o Agreste,
o Meio-Norte, as Pradarias, o Pantanal e as Dunas. Espalhadas por todo o
territrio nacional, constituem importantes reas ambientais e econmicas.
Faixas de Transio Nordestinas
A zona dos cocais, representa uma importante fonte de renda populao nordestina, pois nessa rea principalmente, que se faz extrao
dos cocos. A zona costeira detm outra caracterstica, uma importante
regio ambiental, onde se encontra a vegetao de mangue, que constitui
um bioma riqussimo em decomposio de matria. Outra faixa de transio
o agreste, que responsvel pela produo de alimentos para o nordeste, como: leite, aves, sisal, entre outras matrias primas para indstrias. No
litoral cearense, encontra-se as dunas, que uma regio de montantes de
areias depositados pela ao dos ventos e de constante remodelao.
O meio-norte se estabelece entre a caatinga do serto e a Amaznia
(Maranho e Piau). Com uma diversidade de vegetao como cerrado e
matas de cocais, o meio-norte detm sua economia na pecuria bovina,
chamada de p-duro e na criao do jegue. A carnaba e o leo de baba
so outras fontes de extrativismo. Sem esquecer que todas estas zonas
demonstradas situam-se na regio nordestina brasileira.
Faixa de Transio da Regio Sul Brasileira
Na regio sul, encontra-se a zona de transio das Pradarias, que se
situa entre os domnios morfoclimticos da Araucria e das Pradarias. So
geralmente campos acima de serras e so encontradas vegetaes do tipo
araucrias, de campo, floresta e cerrado. Assim, os sistemas naturais
situados nessa regio, so de fundamental importncia para o meio natural
envolvente a ela.
Faixa de Transio Pantanal
O pantanal uma das principais zonas de transio encontrada no
Brasil. Ele um complexo ambiental de suma importncia, pois compreen-
Geografia
A Amaznia
A Floresta Amaznica ocupa a Regio Norte do Brasil, abrangendo
cerca de 47% do territrio nacional. a maior formao florestal do planeta,
condicionada pelo clima equatorial mido. Esta possui uma grande variedade de fisionomias vegetais, desde as florestas densas at os campos.
Florestas densas so representadas pelas florestas de terra firme, as
florestas de vrzea, periodicamente alagadas, e as florestas de igap,
permanentemente inundadas e ocorrem na por quase toda a Amaznia
central. Os campos de Roraima ocorrem sobre solos pobres no extremo
setentrional da bacia do Rio Branco. As campinaranas desenvolvem-se
sobre solos arenosos, espalhando-se em manchas ao longo da bacia do
Rio Negro. Ocorrem ainda reas de cerrado isoladas do ecossistema do
Cerrado do planalto central brasileiro.
O Semi-rido (Caatinga)
A rea nuclear do Semi-rido compreende todos os estados do Nordeste brasileiro, alm do norte de Minas Gerais, ocupando cerca de 11% do
territrio nacional. Seu interior, o Serto nordestino, caracterizado pela
ocorrncia da vegetao mais rala do Semi-rido, a Caatinga. As reas
mais elevadas sujeitas a secas menos intensas, localizadas mais prximas
do litoral, so chamadas de Agreste. A rea de transio entre a Caatinga e
a Amaznia conhecida como Meio-norte ou Zona dos cocais. Grande
21
APOSTILAS OPO
parte do Serto nordestino sofre alto risco de desertificao devido degradao da cobertura vegetal e do solo.
O Cerrado
O Cerrado ocupa a regio do Planalto Central brasileiro. A rea nuclear
contnua do Cerrado corresponde a cerca de 22% do territrio nacional,
sendo que h grandes manchas desta fisionomia na Amaznia e algumas
menores na Caatinga e na Mata Atlntica. Seu clima particularmente
marcante, apresentando duas estaes bem definidas. O Cerrado apresenta fisionomias variadas, indo desde campos limpos desprovidos de vegetao lenhosa a cerrado, uma formao arbrea densa. Esta regio permeada por matas ciliares e veredas, que acompanham os cursos d'gua.
A Mata Atlntica
A Mata Atlntica, incluindo as florestas estacionais semideciduais, originalmente foi a floresta com a maior extenso latitudinal do planeta, indo
de cerca de 6 a 32oS. Esta j cobriu cerca de 11% do territrio nacional.
Hoje, porm a Mata Atlntica possui apenas 4% da cobertura original. A
variabilidade climtica ao longo de sua distribuio grande, indo desde
climas temperados supermidos no extremo sul a tropical mido e semirido no nordeste. O relevo acidentado da zona costeira adiciona ainda
mais variabilidade a este ecossistema. Nos vales geralmente as rvores se
desenvolvem muito, formando uma floresta densa. Nas enconstas esta
floresta menos densa, devido freqente queda de rvores. Nos topos
dos morros geralmente aparecem reas de campos rupestres. No extremo
sul a Mata Atlntica gradualmente se mescla com a floresta de Araucrias.
O Pantanal Mato-Grossense
O Pantanal mato-grossense a maior plancie de inundao contnua
do planeta, coberta por vegetao predominantemente aberta e que ocupa
1,8% do territrio nacional. Este ecossistema formado por terrenos em
grande parte arenosos, cobertos de diferentes fisionomias devido a variedade de microrelevos e regimes de inundao. Como rea transicional
entre Cerrado e Amaznia, o Pantanal ostenta um mosaico de ecossistemas terrestres com afinidades sobretudo com o Cerrado.
Outras Formaes
Os Campos do Sul (Pampas)
No clima temperado do extremo sul do pas desenvolvem-se os campos do sul ou pampas, que j representaram 2,4% da cobertura vegetal do
pas. Os terrenos planos das plancies e planaltos gachos e as coxilhas,
de relevo suave-ondulado, so colonizados por espcies pioneiras campestres que formam uma vegetao tipo savana aberta. H ainda reas de
florestas estacionais e de campos de cobertura gramneo-lenhosa.
A Mata de Araucrias (Regio dos Pinheirais)
III - Organizao do espao (agrrio: atividades econmicas, modernizao e conflitos; e urbano: atividades econmicas, emprego e pobreza; rede urbana e regies metropolitanas).
A agricultura brasileira se iniciou na regio nordeste do Brasil, no sculo XVI, com a criao das chamadas Capitanias Hereditrias e o incio
do cultivo da cana.
Baseada na monocultura, na mo de obra escrava e em grandes latifndios, a agricultura permaneceria basicamente restrita cana com
alguns cultivos diferentes para subsistncia da populao da regio, porm
de pouca expressividade.
S a partir do sculo XVIII com a minerao e o incio das plantaes
de caf, que a partir do sculo XIX seriam o principal produto brasileiro,
que o cultivo de outros vegetais comea a ganhar mais expressividade.
Muitos engenhos so abandonados e a atividade canavieira se estagna
devido transferncia da mo-de-obra para a minerao e o cultivo do
caf.
Tal como ocorrera com o perodo de grande produo da cana-deacar, o auge da cafeicultura no Brasil representou uma nova fase econmica. Por isso, podemos dizer que a histria da agricultura no Brasil est
intimamente associada com a histria do desenvolvimento do prprio pas.
Ainda mais, quando se considera o perodo a partir do sculo XIX quando o
caf se tornou o principal artigo de exportao brasileiro, logo aps o declnio da minerao.
Mas o cultivo do caf, que durante todo o sculo XIX faria fortunas e influenciaria fortemente a poltica do pas, comea a declinar por volta de
1902 quando a crise atinge seu ponto culminante, o Brasil produzira mais
de 16 milhes de sacas de caf enquanto que o consumo mundial pouco
ultrapassava os 15 milhes fazendo com que o preo do caf, que j estava
em queda, chegasse a 33 francos (bem menos que os 102 francos de
1885).
Desta forma, houve uma necessidade de diversificao da economia
que, entre outras atividades alm das estreantes indstrias, comeava a
valorizar outros tipos de culturas. Alm do que, o aumento
da urbanizao do pas exigia tambm, o aumento do cultivo de matriasprimas. Mas, esta mudana tomaria forma mesmo, s a partir da dcada de
1940.
Atualmente, segundo dados do ltimo levantamento realizado pelo IBGE em novembro de 2007, no Brasil so cultivados 58.033,075 ha de terra.
Sendo que a cana-de-acar ainda predomina: so produzidos
514.079,729t contra 58.197,297t da soja em gro. Quanto ao caf em gro,
este responde por cerca de 2.178,246t. Caroline Faria
Agricultura moderna
Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.
Geografia
Laranjal em Avar
A agricultura moderna surgiu aps a primeira fase da Revoluo
Industrial, situada entre o final do sculo XVIII e o inicio do sculo XIX, com
22
APOSTILAS OPO
utilizao
de tratores, colheitadeiras, semeadeiras e alguns novos implementos
agrcolas.
A inveno da mquina de separar o caroo da fibra do algodo, por
exemplo, possibilitou o fornecimento abundante dessa importante matria
prima por um baixo preo. O Cotton Gin, o descaroador de algodo, foi
inventado em 1793 por Eli Whitney, um mestre-escola da Nova Inglaterra.
Do ponto de vista de diversos historiadores, essa inveno contribuiu mais
para a extino da escravatura na Amrica do Norte, que todas as teorias
que pudessem incentiv-lo na poca.
Geografia
Em comparao aos sculos anteriores, possvel afirmar que no sculo XX houve, ao mesmo tempo, uma reduo na concentrao fundiria e
uma valorizao da terra no pas. Isso se deu, por um lado, devido ao fato
de os agricultores brasileiros passarem a investir em atividades urbanoindustriais - em decorrncia, sobretudo, da desvalorizao mundial do caf
durante a Primeira Guerra Mundial e a crise econmica de 1929. Por outro
lado, houve um aumento do valor de uso da terra, gerando maior produtividade em propriedades de pequeno e mdio porte em algumas regies do
pas - como o caso da regio Sul.
Para o gegrafo da Unesp, alm da concentrao de terra, a construo da propriedade privada no Brasil trouxe consigo o significado de terra
como reserva de valor, "onde boa parte dos ditos 'proprietrios' vivem da
renda que ela pode lhes auferir, mesmo sendo improdutiva."
Foi na dcada de 1960, que surgiu com maior intensidade a discusso
sobre a necessidade de reforma agrria no Brasil, principalmente nas
regies Norte e Nordeste que sofriam mais com a concentrao fundiria.
No mesmo perodo, seguiu-se a criao da organizao das Ligas Camponesas e muitos outros conflitos, como o episdio de Trombas e Formoso,
em Gois (das dcadas de 1950 e 1960). Ocorreu tambm nessa poca a
discusso sobre terras devolutas - "um tipo de terra pblica que deveria
estar sob o domnio do Estado, mas que est na esfera privada, seja ligada
a proprietrios, ou ento, a grandes empreendimentos, como bancos ou
indstrias", explica Feliciano.
Em meio a esse contexto, em maro de 1963, foi aprovado o Estatuto
do Trabalhador Rural, regulando as relaes de trabalho no campo, que at
ento estavam margem da legislao trabalhista. Contudo, com o golpe
militar de 1964, as ideias foram revistas e a reforma agrria realizada nesse
perodo foi concentrada na fronteira agrcola do Centro-Oeste, visando
sobretudo a ocupao do territrio.
Entre 1980 e 1990, surgiram vrias organizaes em defesa da reforma agrria como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, Ligas Camponesas e a Pastoral da Terra.
Em 1993, o Congresso Nacional estabeleceu que a improdutividade
das terras caracterizava o no cumprimento do caso previsto pela Constituio de 1988 de funo social da propriedade; ficou estabelecido por Lei
que a improdutividade procederia desapropriao. Atualmente, por parte
dos movimentos, as ocupaes de terra tornaram-se o principal mecanismo
de presso sobre o Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria
(Incra), para a execuo dos processos de desapropriao e assentamentos.
Para Viviam Nascimento, um caminho para minimizar o conflito neste
sentido fortalecer as polticas de controle e fiscalizao da propriedade
agrcola, "organizando a titulao, acompanhando o mercado de terras
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APOSTILAS OPO
Geografia
APOSTILAS OPO
Geografia
Histria
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APOSTILAS OPO
Geografia
APOSTILAS OPO
Energia
O governo brasileiro empreendeu um ambicioso programa para reduzir
a dependncia do petrleo importado. As importaes eram responsveis
por mais de 70% das necessidades de petrleo do pas, mas o Brasil se
tornou autossuficiente em petrleo em 2006. O Brasil um dos principais
produtores mundiais de energia hidreltrica, com capacidade atual de cerca
de 108.000 megawatts. Hidreltricas existentes fornecem 80% da
eletricidade do pas. Dois grandes projetos hidreltricos, a 15.900
megawatts de Itaipu, no rio Paran (a maior represa do mundo) e
da barragem de Tucuru no Par, no norte do Brasil, esto em operao. O
primeiro reator nuclear comercial do Brasil, Angra I, localizado perto do Rio
de Janeiro, est em operao h mais de 10 anos. Angra II foi concludo
em 2002 e est em operao tambm. Angra III tem a sua inaugurao
prevista para 2014. Os trs reatores tero uma capacidade combinada de
9.000 megawatts quando concludos. O governo tambm planeja construir
mais 17 centrais nucleares at ao ano de 2020.
Situao econmica
Somente em 1808, mais de trezentos anos depois de ser descoberto
por Portugal, que o Brasil obteve uma autorizao do governo
portugus para estabelecer as primeiras fbricas.
No sculo XXI, o Brasil uma das dez maiores economias do mundo.
Se, pelo menos at meados do sculo XX, a pauta de suas exportaes era
basicamente constituda de matrias-primas e alimentos, como o acar,
borracha e ouro, hoje 84% das exportaes se constituem de produtos
manufaturados e semimanufaturados.
O perodo de grande transformao econmica e crescimento ocorreu
entre 1875 e 1975.
Nos anos 2000, a produo interna aumentou 32,3% .
O agronegcio (agricultura e pecuria) cresceu 47%, ou 3,6% ao ano,
sendo o setor mais dinmico - mesmo depois de ter resistido s crises
internacionais, que exigiram uma constante adaptao da economia
brasileira.
A posio em termos de transparncia do Brasil no ranking
internacional a 75 de acordo com a Transparncia Internacional. igual
posio da Colmbia, do Peru e do Suriname.
Controle e reforma
Entre as medidas recentemente adotadas a fim de equilibrar a
economia, o Brasil realizou reformas para a sua segurana social e para os
sistemas fiscais. Essas mudanas trouxeram consigo um acrscimo
notvel: a Lei de Responsabilidade Fiscal, que controla as despesas
pblicas dos Poderes Executivos federal, estadual e municipal. Ao mesmo
tempo, os investimentos foram feitos no sentido da eficincia da
administrao e polticas foram criadas para incentivar as exportaes, a
indstria e o comrcio, criando "janelas de oportunidade" para os
investidores locais e internacionais e produtores. Com estas mudanas, o
Brasil reduziu sua vulnerabilidade. Alm disso, diminuiu drasticamente as
importaes de petrleo bruto e tem metade da sua dvida domstica pela
taxa de cmbio ligada a certificados. O pas viu suas exportaes
crescerem, em mdia, a 20% ao ano. A taxa de cmbio no coloca presso
sobre o setor industrial ou sobre a inflao (em 4% ao ano) e acaba com a
possibilidade de uma crise de liquidez. Como resultado, o pas, depois de
12 anos, conseguiu um saldo positivo nas contas que medem as
exportaes/importaes, acrescido de juros, servios e pagamentos no
exterior. Assim, respeitados economistas dizem que o pas no ser
profundamente afetado pela atual crise econmica mundial.
Sem empregos e educao, milhes ficam margem de crescimento brasileiro
Jlia Dias Carneiro e Paula Adamo Idoeta
Da BBC Brasil no Piau e em So Paulo
Geografia
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APOSTILAS OPO
Com 7,5 mil habitantes, Assuno do Piau, visitada pela BBC Brasil
em janeiro, teve em 2010 o 10 pior rendimento per capita domiciliar do
pas uma mdia de R$ 137 reais, contra R$ 1.180 de So Paulo.
Apesar das dificuldades em perfilar a populao mais carente, um estudo de agosto de 2011 do Ipea traz algumas caractersticas dessas pessoas, a partir de um universo estudado entre 2004 e 2009:
"Muitos ficam na fila de espera (do programa) porque Assuno j extrapolou a cota que o Ministrio do Desenvolvimento estipula para cada
cidade", diz a assistente social Ana Alades Soares Cmara, que trabalha
no Centro de Referncia de Assistncia Social da cidade.
O tero mais difcil
Geografia
28
APOSTILAS OPO
Assuno do Piau: A cidade vive da cultura do feijo. (foto: Jlia Carneiro - BBC Brasil)
preciso localizar (as populaes empobrecidas), levar servios pblicos, com agentes sociais. algo mais caro, mais artesanal, afirmou
Neri, da FGV.
Para Osrio, uma alternativa seria aumentar os valores pagos pelo
Bolsa Famlia. A maior parte dos extremamente pobres j faz parte do
programa. Se aumentarem os valores, daremos um baque na pobreza.
Mas os pesquisadores concordam que o grande estmulo para a sada
da pobreza a gerao de empregos e o desafio do Brasil conseguir
gerar vagas em reas mais pobres justamente num momento de desacelerao econmica.
"Gerar empregos depende, em ltima instncia, da economia", disse
Osrio. "E o cenrio adverso, apesar de ser o melhor caminho. Isso pode
no ocorrer com a mesma intensidade do que nos anos de crescimento."
A rede urbana e as Regies Metropolitanas.
A complexidade da rede urbana brasileira
A rede urbana brasileira, nos ltimos anos, vem passando por um grande processo de transformao oriundo do forte fenmeno de integrao dos
mercados proporcionado pela Globalizao.
Estas cidades ligadas umas as outras esto em processo contnuo de
dinamismo e assumem a sua importncia dentro da rede de acordo com a
sua produo, circulao, consumo e os diversos aspectos das relaes
sociais.
Segundo Correa (2001, p. 359), h alguns tipos de redes, como exemplo, tem-se redes do tipo solar, dendrtico, christalleriano, axial e complexo.
Nas formas mais antigas desse sistema integrado de cidades a rede dendrtica tomava destaque, posteriormente, a forma mais comum das redes de
cidades caracterizava-se pelo modelo Christalleriano, ou seja, um modelo
baseado na teoria dos lugares centrais, por sua vez, de acordo com Christaller (1966), consiste no desenvolvimento desigual dos centros urbanos, com
um grande centro urbano se sustentando no fornecimento de servios
especializados centrais cuja produtividade superior encontrada em
centros urbanos menores.
A rede urbana brasileira, at a dcada de 1970, caracterizava-se, de
acordo com Corra (2001, p.360), por uma menor complexidade funcional
dos seus centros urbanos, ou seja, por um pequeno grau de articulao
entre os centros urbanos, com interaes espaciais predominantemente
regionais, e pela existncia de padres espaciais simples. Corra (2001,
p.428) ressalta que, a partir desse perodo, as modificaes que, sobretudo,
iro caracterizar a rede urbana brasileira so a continuidade da criao de
novos ncleos urbanos, a crescente complexidade funcional dos centros
urbanos, a mais intensa articulao entre centros e regies, a complexidade
dos padres espaciais da rede e as novas formas de urbanizao. Tais
mudanas constituem expresso continuada e atualizada de uma estrutura
social crescentemente diferenciada e complexa, visto que as relaes sociais, seja por meio de fatores internos ou externos, estruturam o processo de
urbanizao, que, no caso brasileiro, traduz-se em uma maior complexidade
da rede urbana, uma vez que se constitui em um reflexo, um meio e uma
condio social. A rede urbana reflete e refora as caractersticas dos contextos polticos, econmicos e socioculturais da prpria realidade em sua
complexidade.
A verdade que ultimamente as relaes entre as cidades brasileiras
esto bem mais integradas, as cidades no esto mais inseridas, somente,
na economia regional. Trata-se, em toda parte, de uma rede urbana que
sofreu o impacto da globalizao, na qual, cada centro, por minsculo que
seja, participa, ainda que no exclusivamente, de um ou mais circuitos
espaciais de produo (SANTOS, 1988).
A rede de cidades continua sendo um sistema integrado e hierarquizado
que vai dos pequenos aglomerados s regies metropolitanas ou grandes
cidades, mas suas conexes, no entanto, adquirem contornos complexos,
agora no mais exibindo um padro exclusivamente christalleriano e muito
menos dendrtico como aponta Corra (2001, p. 365), estabelece-se assim
uma relao de mltiplos circuitos na rede urbana. Lzaro Wandson de
Nazar Teles
Geografia
29
APOSTILAS OPO
Microrregies
Microrregio , de acordo com a Constituio brasileira de 1988, um
agrupamento de municpios limtrofes. Sua finalidade integrar a
organizao, o planejamento e a execuo de funes pblicas de
interesse comum, definidas por lei complementar estadual.
No tem a funo de uma regio metropolitana, no entanto para fim
estatstico agrupa vrios municpios com caractersticas socioeconmicas
similares.
Conurbaes no-oficiais
Aglomerados urbanos no-metropolitanos
Um
aglomerado
urbano
no-metropolitano
o espao
urbano semicontnuo (s vezes sem nenhuma continuidade), resultante de
um virtual processo de conurbao. No pode ser classificado como um
espao urbano metropolitano, mas j apresenta um nvel de interligao de
transportes e servios muito grandes. Este fenmeno observado nas
seguintes cidades (e seus entornos): Campo Grande; Santa Maria;Porto
Velho; Castanhal e Trs Lagoas-Andradina.
Aglomerados urbanos fronteirios
Assim como os aglomerados urbanos no-metropolitanos, um
aglomerado urbano fronteirio o espao urbano resultante de um virtual
processo de conurbao fronteirio entre dois ou mais pases. Este
fenmeno observado nas seguintes cidades (e seus entornos) de
fronteira: Marco das Trs Fronteiras; Zona de Fronteira Corumb-Puerto
Surez e a Fronteira da Paz.
Geografia
30
APOSTILAS OPO
filhos por mulher em idade de procriar, entre 15 a 49 anos), que caiu de 6,3
filhos, em 1960, para 2,0 filhos, em 2006, o que significa que as famlias
brasileiras esto diminuindo.
Apesar do crescimento cada vez mais lento, a populao brasileira dever chegar a 183 milhes de habitantes no final de 2009. O nmero de
brasileiros mais que dobrou em 35 anos, uma vez que em 1970 havia 90
milhes de pessoas no pas. Apenas nos ltimos cinco anos - 2000 e 2005
- cerca 15 milhes de habitantes foram acrescentados ao pas.
diversas faixas etrias, enquanto que no eixo horizontal (x) est indicada a
quantidade de populao: as barras da esquerda representam a populao
masculina e as barras da direita representam a populao feminina. Observe duas pirmides etrias correspondentes a dois pases que apresentam
um perfil scio-econmico bastante diferente.
Nos pases desenvolvidos, a estrutura etria caracterizada pela presena marcante da populao adulta e de uma porcentagem expressiva de
idosos, conseqncia do baixo crescimento vegetativo e da elevada expectativa de vida. Essa situao tem levado a reformas sociais, particularmente, no sistema previdencirio em diversos pases do mundo, j que
o envelhecimento da populao obriga o Estado a destinar boa parte de
seus recursos econmicos para a aposentadoria.
Nos pases subdesenvolvidos os jovens superam os adultos e os idosos, conseqncia do alto crescimento vegetativo e da baixa expectativa de
vida. Essa situao coloca os pases subdesenvolvidos numa situao de
desvantagem, particularmente os pobres que possuem famlias mais numerosas: sustentar um nmero maior de filhos limita as possibilidades do
Estado e da famlia em oferecer uma formao de boa qualidade, coloca a
criana no mercado de trabalho e reproduz o crculo vicioso da pobreza e
da misria ao dificultar a possibilidade de ascenso social futura.
No caso do Brasil, e de outros pases classificados como "emergentes",
a proporo de jovens tem diminudo a cada ano, ao passo que o ndice da
populao idosa vem aumentando. Essa uma das razes das mudanas
recentes no sistema de previdncia social, com estabelecimento de idade
mnima para a aposentadoria e teto mximo para pagamento ao aposentado.
Pirmides etrias
A pirmides etrias so representaes grficas (histograma) da populao classificada por sexo e idade. No eixo vertical (y) esto indicadas as
Geografia
Observao: No existe um critrio nico para a distribuio da populao por faixa etria; o mais adotado (inclusive pelo IBGE, atualmente)
31
APOSTILAS OPO
Migraes no Brasil
O termo migraes corresponde mobilidade espacial da populao,
ou seja, o ato de trocar de pas, de regio, de estado ou at de domiclio.
Esse fenmeno pode ser desencadeado por uma srie de fatores: religiosos, psicolgicos, sociais, econmicos, polticos e ambientais.
No Brasil, os aspectos econmicos sempre impulsionaram as migraes internas. Durante os sculos XVII e XVIII, a intensa busca por metais
preciosos desencadeou grandes fluxos migratrios com destino a Gois,
Mato Grosso e, principalmente, Minas Gerais. Em seguida, a expanso do
caf nas cidades do interior paulista atraiu milhares de migrantes, em
especial mineiros e nordestinos.
No sculo XX, o modelo de produo capitalista criou espaos privilegiados para a instalao de indstrias no territrio brasileiro, fato que promoveu a centralizao das atividades industriais na Regio Sudeste. Como
consequncia desse processo, milhares de brasileiros de todas as regies
se deslocaram para as cidades do Sudeste, principalmente para So Paulo.
Outra consequncia do atual modelo de produo a migrao da populao rural para as cidades, fenmeno denominado xodo rural. Essa
modalidade de migrao se intensificou nas ltimas cinco dcadas, pois as
polticas econmicas favorecem os grandes latifundirios (emprstimos
bancrios), alm da mecanizao das atividades agrcolas em substituio
da mo de obra.
A Regio Sudeste que, historicamente, recebeu o maior nmero de migrantes, tem apresentado declnio na migrao, consequncia da estagnao econmica e do aumento do desemprego na regio. Nesse sentido,
ocorreu uma mudana no cenrio nacional dos fluxos migratrios, onde a
Regio Centro-Oeste passou a ser o principal destino.
As polticas pblicas de ocupao e desenvolvimento econmico da
poro oeste do territrio brasileiro intensificaram a migrao para o Centro-Oeste. Entre as principais medidas para esse processo esto: construo de Goinia, construo de Braslia, expanso da fronteira agrcola e
investimentos em infraestrutura. O reflexo dessa poltica que 30% da
populao do Centro-Oeste so oriundas de outras regies do Brasil,
conforme dados de 2008 divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiclios (Pnad).
Outro aspecto das migraes internas no Brasil que os fluxos so
mais comuns dentro dos prprios estados ou regies de origem do migrante. Esse fato se deve descentralizao da atividade industrial no pas,
antes concentrada na Regio Sudeste e em Regies Metropolitanas. Por
Wagner de Cerqueira e Francisco
As migraes inter-regionais so aquelas que ocorrem dentro do territrio nacional e entre as regies geogrficas. Na histria do Brasil, as migraes dessa espcie estiveram e ainda esto relacionadas a ciclos econmicos, que atraem a populao que busca conquistar melhorias econmicas e
benefcios sociais. Destacaremos as grandes correntes migratrias que
ocorreram no territrio brasileiro.
Sculo XVII pecuria extensiva: deslocamento da populao do litoral nordestino em direo ao Serto e proximidades do Brasil Central. Esse
Geografia
Sculo XIX (principalmente na 2 metade) atividade cafeeira: interiorizao do estado de So Paulo (mineiros e baianos). Apesar da predominncia das imigraes externas (italianos), ocorreu um grande movimento
interno em direo ao estado de So Paulo. Alguns agricultores paulistas
tambm migraram em direo ao norte do estado do Paran.
Final do sculo XIX e incio do sculo XX ciclo da borracha: nordestinos em direo Amaznia, em sua maioria retirantes do Serto nordestino, principalmente do estado do Cear. Aps o declnio da borracha,
muitos se dirigiram para o Sudeste.
Ps-Segunda Guerra Mundial Concentrao industrial: nordestinos
em direo ao Sudeste e Sul, com destaque para os estados de So Paulo e
Rio de Janeiro. Esse movimento foi muito intenso, principalmente entre as
dcadas de 1960 e 1980. Os nordestinos constituram a principal mo de
obra para a construo civil e para os setores industriais que empregavam
trabalhadores com menor qualificao. A falta de polticas pblicas adequadas nas cidades do Sudeste, assim como por parte dos governantes nordestinos, que pouco ou nada fizeram para oferecer melhores condies de vida
para a sua populao, desencadeou uma srie de problemas estruturais nas
reas urbanas e rurais do Sudeste.
Dcada de 1960 Construo de Braslia: nordestinos em direo ao
Brasil Central. Formao da Zona Franca de Manaus e extrativismo
mineral: nordestinos em direo Amaznia. Projetos de colonizao do
Estado: nordestinos e agricultores sulistas em direo Amaznia. Os
governos militares incentivaram a colonizao da regio amaznica, tendo
como fundamento a ocupao e proteo dos extremos do pas. Nesse
processo, iniciaram os conflitos fundirios que persistem at os dias atuais,
envolvendo os povos da floresta, garimpeiros, fazendeiros e grandes corporaes ligadas extrao de madeira e minrios.
Dcadas de 1970 e 1980 Fronteiras agropecurias: fazendeiros da
regio Sul em direo ao Brasil Central. O Centro-Oeste tornou-se o novo
celeiro agrcola do pas, destacando-se a pecuria e a produo de gros. A
especulao agrcola supervalorizou as terras da regio, provocando xodo
rural e pressionando as reas de Cerrado.
Dcada de 1990 Fronteiras agropecurias: expanso das fronteiras
do Brasil Central em direo Amaznia. Com o crescimento do agronegcio, principalmente a soja, as monoculturas avanaram em direo Regio
Norte, alcanando at mesmo o estado do Amap.
Dcada de 2000 Motivaes socioeconmicas: migraes de retorno, principalmente de nordestinos. Apesar de o Sudeste continuar exercendo atrao para a populao de outras regies, a precariedade nas condies de vida dos centros urbanos e a falta de oportunidades fizeram com
que muitos imigrantes voltassem para os seus estados de origem, procurando evitar que mais uma gerao fosse entregue marginalidade e aos
subempregos. Juntamente a esse fator, pode ser acrescentado o crescimento econmico alcanado por alguns centros nordestinos. Alm disso, o
Censo 2010 apontou para o crescimento das cidades mdias como sendo
um dos principais fatores responsveis pela atrao de imigrantes, o que
ajuda a explicar o saldo migratrio negativo da Regio Metropolitana de So
Paulo. Ainda de acordo com o IBGE, apesar da continuidade dos fluxos
migratrios inter-regionais, o volume das migraes entre as regies brasileiras tem diminudo nos ltimos anos. Jlio Csar Lzaro da Silva
Os fluxos migratrios no Brasil
Para conhecer o fenmeno da migrao interna em terras brasileiras, a
turma precisa aprender sobre o perfil da populao e as interaes culturais
Amanda Polato
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APOSTILAS OPO
Geografia
Quem muda de cidade leva um pouco de si na bagagem: o jeito de falar e de se vestir, gostos culinrios e musicais... E, se retorna, no mais o
mesmo: traz de volta um pouco do lugar onde viveu. "Assim, ocorre uma
reconstruo cultural com os elementos de origem e os novos", explica
Sueli Furlan. Este um ponto interessante para ser debatido em sala: como
grupos diferentes se relacionam e se, de fato, mantm contato.
O choque entre culturas muito diferentes pode implicar o isolamento
dos migrantes, que se fecham em guetos, para se manter firmes em sua
identidade ou se proteger de preconceitos.
Alm de ajudar os alunos a identificar e compreender essas interaes,
importante promover reflexes sobre discriminao. Questione os estudantes a respeito do prprio comportamento: eles tm amigos vindos de
outros lugares? E os que so migrantes? Como se relacionam com a
populao local?
Outro ponto a ser trabalhado a capacidade do migrante de imprimir
transformaes aonde chega. Os gachos so famosos pelo poder de
'reterritorializar', reproduzindo a paisagem do Rio Grande do Sul por onde
passam. Nortistas e nordestinos se notabilizam por instalarem as casas do
norte, lojas que vendem produtos tpicos de suas regies. "Esse poder se
deve a muitos fatores, como a classe social, a fora dos laos de identidade
e o tipo de participao poltica", explica Rogrio Haesbaert, da Universidade
Federal
Fluminense
(UFF).
Migrao no sinnimo de problema social
33
APOSTILAS OPO
Geografia
APOSTILAS OPO
Geografia
APOSTILAS OPO
Geografia
Estados-Membros
Integrantes da Federao, os Estados-Membros tambm so dotados
de autonomia poltica, administrativa e de competncia para legislar, e so
pessoas jurdicas de direito pblico interno.
A competncia para o governO prprio e a competncia para legislar
que estabelecem a distino entre o Estado unitrio e o Estado federal, j
que a autonomia que lhes deferida exercida sem concesso pelo poder
central (no h poder do Estado por concesso da Unio). Detm, no
entanto, apenas autonomia (e no soberania), o que resulta a necessidade
de atendimento das diretrizes fixadas antes na Constituio da Repblica.
Auto-organizao corresponde possibilidade de os Estados organizarem-se por suas Constituies. Trata-se de poder decorrente, chamado por
muitos poder constituinte derivado decorrente, como j visto.
Tal poder pode ser reconhecido como constituinte porque, de fato,
institui poderes estatais (o Legislativo, o Judicirio, o Executivo), mas no
originrio, pois deriva da Constituio.
A limitao ao exerccio desse poder constituinte est fixada na
obrigatria observncia de princpios constitucionais.
Os princpios limitativos, aos quais a Constituio dos Estados est
atrelada, classificam-se em duas espcies:
a) princpios constitucionais sensveis, que so aqueles enumerados
expressamente (CF, art. 34, VII);
b) princpios constitucionais estabelecidos, que so aqueles que
encerram algumas vedaes ou determinam alguns procedimentos ou
regem a Administrao Pblica.
Os princpios constitucionais sensveis esto previstos no art. 34, VII, e
so assim denominados porque a infringncia de qualquer deles sensibiliza
o Estado Federal a tal ponto que provoca a sua interveno na entidade
violadora.
Autogoverno caracterstica do Estado federal, o autogoverno garante
aos Estados a capacidade de administrar seus interesses e de estabelecer
a regncia de seus negcios, sem prvia delegao ou descentralizao
havida do poder central.
Incorporao, subdiviso e desmembramento dos EstadosMembros
A incorporao (a exemplo do Estado da Guanabara, incorporado pelo
Rio de Janeiro em 1975, cf. LC n. 20/1974), a subdiviso (o ente originrio
desaparece e seu territrio forma um ou mais novos Estados) ou o desmembramento (o ente originrio subsiste, mas parte de seu territrio forma
um novo Estado, a exemplo de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Gois
e Tocantins) de um Estado-Membro, para incorporao a outro, ou mesmo
para a criao de um novo Estado-Membro ou de um Territrio Federal,
depende da aprovao da populao interessada, via plebiscito convocado
por decreto legislativo (aprovado por maioria simples), cuja proposta de
iniciativa de 1/3 dos deputados federais ou dos senadores (Lei n.
9.709/1998).
Havendo consentimento popular, o Congresso Nacional, por intermdio
da Casa pela qual comeou a tramitar o projeto de lei, deve colher a
manifestao (que no vincula a deciso do Parlamento Nacional) da(s)
Assembleia(s) Legislativa(s) das regies envolvidas, nos termos do art. 48,
VI, da CF e da Lei n. 9.709/1998.
Ao final, a proposta depender da aprovao do Congresso Nacional,
por lei complementar federal.
Os Municpios
Atipicamente, a estrutura brasileira prev que tambm os Municpios
integram a Federao, pois gozam de ampla autonomia poltica, financeira,
legislativa e administrativa (art. 18). A auto-organizao dos Municpios
primordialmente expressa na elaborao de sua prpria lei orgnica.
Hely Lopes Meirelles sustenta que diante de sua grande importncia e
autonomia na federao brasileira o Municpio uma entidade estatal de
terceiro grau, integrante e necessria ao nosso sistema federativo, ou seja,
nossa Federao trina (trplice), e no dualista.. No mesmo sentido
decidiu o C. STF na ADIn-MC 2.38 1/RS, DJU, 14-12-2001. O art. 87 do
36
APOSTILAS OPO
Geografia
APOSTILAS OPO
c) autonomia municipal;
d) prestao de contas da administrao pblica, direta e indireta;
e) aplicao do mnimo exigido da receita resultante de impostos
estaduais, compreendida a proveniente de transferncias, na manuteno e
desenvolvimento do ensino e nas aes e servios pblicos de sade.
O nico legitimado para propor essa ao junto ao STF, visando
interveno federal em um Estado, no DF ou em Municpio de Territrio
Federal, o Procurador-Geral da Repblica, nos termos do inciso III do art.
36 da Constituio Federal. Qualquer interessado pode encaminhar-lhe
representao nesse sentido.
A interveno medida excepcional que restringe a autonomia
conferida pela CF aos Estados, ao DF e aos Municpios.
De acordo com a Lei n. 4.337/1964 (parcialmente recepcionada pela
CF de 1988), a autoridade ou o rgo responsvel pelo ato impugnado ter
trinta dias para se manifestar. Em seguida, o relator ter trinta dias para
elaborar seu relatrio.
No h previso de liminar em ao declaratria de
inconstitucionalidade interventiva da Unio nos Estados-Membros e no
Distrito Federal, mas o relator, em caso de urgncia decorrente de
relevante interesse da ordem pblica, poder requerer, com prvia cincia
das partes, a imediata convocao do Tribunal para deliberar sobre a
questo.
Na sesso de julgamento pelo Tribunal Pleno podero manifestar-se o
Procurador-Geral da Repblica e o procurador da unidade cuja interveno
se requer.
Nos dois casos (alneas a e b) a interveno espontnea e est sujeita apreciao do Congresso Nacional;
Caso a suspenso do ato se mostre insuficiente, ser decretada a nomeao de um interventor, afastando-se a autoridade local (Chefe do
Executivo, Legislativo ou Judicirio) do cargo at que cessem os motivos
determinantes da medida.
Geografia
Interveno em municpio
De acordo com o art. 35 da CF, o Estado no intervir em seus
Municpios, nem a Unio nos Municpios localizados em Territrio Federal,
exceto quando:
I deixar de ser paga, sem motivo de fora maior, por dois anos
consecutivos, a dvida fundada (interveno espontnea e sujeita
apreciao da Assembleia Legislativa para a sua manuteno);
II no forem prestadas contas devidas (observados os requisitos
legais), na forma da lei (interveno espontnea e sujeita apreciao da
Assembleia Legislativa para a sua manuteno);
III no tiver sido aplicado o mnimo exigido da receita municipal na
manuteno e desenvolvimento do ensino (mnimo de 25% das receitas
dos impostos prprios e transferidos, nos termos do art. 212 da CF) e nas
aes e servios pblicos de sade (15% da receita dos impostos prprios
e transferidos, nos termos do art. 77, III, do ADCT). Trata-se de interveno
espontnea e sujeita apreciao da Assembleia Legislativa para a sua
manuteno;
IV o Tribunal de Justia der provimento a representao para
assegurar a observncia de princpios indicados na Constituio Estadual,
ou para prover a execuo de lei, de ordem ou de deciso judicial. Trata-se
de interveno provocada e vinculada, no dependendo sua manuteno
da Assembleia Legislativa.
Na hiptese de inobservncia dos princpios indicados na Constituio
do Estado ou da inexecuo da lei, a iniciativa da Ao Direta de
Inconstitucionalidade interventiva junto ao Tribunal de Justia do Estado
exclusiva do Procurador-Geral de Justia (chefe do Ministrio Pblico no
Estado). Contudo, na hiptese de descumprimento de ordem ou de deciso
judicial, qualquer interessado pode requerer a interveno ao TJ.
38
APOSTILAS OPO
TESTES DE GEOGRAFIA
http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exerciciosresolvidos-de-geografia/agricultura
PROVA SIMULADA I
Exerccios sobre agricultura
Questes:
01. De acordo com o mapa a seguir, assinale a alternativa cuja seqncia
numrica apresente a respectiva correspondncia com os produtos de
destaque em sua economia:
Geografia
39
APOSTILAS OPO
Resoluo:
01. E
02. E
03. B
04. A
05. D
06. E
07. B
08. C
09. E
10. E
PROVA SIMULADA II
06. O produto que acusou uma rpida expanso nos ltimos anos, estando
entre os quatro mais importantes atualmente exportados pelo Brasil :
Geografia
Questes:
01. (CESGRANRIO) No 1 aniversrio do Plano Real, festejou-se a queda
das taxas de inflao de 50% para 2% ao ms. Para muitos analistas, no
entanto, o desempenho do Real, no incio de 1995, esteve ameaado,
tendo em vista repercusses das dificuldades experimentadas pelos planos
da estabilizao econmica dos governos do Mxico e da Argentina, que
rediriam na manuteno prolongada de polticas de:
40
APOSTILAS OPO
b) A falta de competitividade da indstria brasileira resulta da fraca produtividade de determinados setores e da baixa qualidade dos produtos colocados no mercado.
c) A indstria brasileira adotou, at bem recentemente, a estratgia de
aumentar receitas por meio de aplicaes financeiras em detrimento de
investimentos produtivos na modernizao do setor.
d) A maior parte dos setores dessa atividade voltada apenas para o
mercado interno que, embora se situe entre os maiores do mundo, pouco
exigente e no estimula a competitividade.
e) N. d. a.
07. (BRAGANA PAULISTA) Para facilitar o aumento da produo brasileira destinada exportao, o governo federal criou os "corredores de exportao", que podem ser assim definidos:
a) Houve grande aumento das exportaes de manufaturados e semiindustrializados superando exportaes de produtos primrios.
Geografia
APOSTILAS OPO
Resoluo:
01. D
02. A
03. D
04. C
05. E
06. A
07. A
08. B
09. E
Geografia
a) Bacia de Carmpolis.
b) Bacia de Tabuleiro do Martins.
c) Bacia do Meio-Norte.
d) Bacia do Recncavo Baiano.
e) Bacia de Campos.
a) Tucuru
b) Balbina
c) Xing
d) Oroc
e) Paratinga
08. A energia eltrica, no Brasil, contribui de maneira significativa para
atender s necessidades do pas em fontes de energia. O setor que mais
utiliza ou consome energia eltrica no Brasil :
a) a indstria
b) os domiclios
c) o comrcio
d) a iluminao pblica
e) os transportes
09. O levantamento do potencial hidrulico das principais bacias hidrogrficas brasileiras demonstra a grande supremacia dos rios da bacia:
a) Amaznica
b) do So Francisco
c) do Paran
d) do Tocantins-Araguaia
e) do Leste
10. (OSEC) O conjunto hidroeltrico de Urubupung, situado na divisa de
So Paulo com Mato Grosso do Sul, constitudo pelas usinas:
a) Furnas e Mascarenhas de Morais
b) Volta Grande e Estreito
c) Trs Marias e Furnas
d) Jupi e Ilha Solteira
e) Presidente Bernardes e Manguinhos
Resoluo:
01. E
02. B
03. A
04. D
05. E
06. C
42
APOSTILAS OPO
07. B
08. A
09. A
10. A
PROVA SIMULADA IV
suas reas por meio de incentivos fiscais levou-os a travar uma "guerra
fiscal". Um dos Estados que h pouco se valeu desse recurso foi o Rio de
Janeiro. Assinale a opo que indica corretamente a regio do Estado do
Rio de Janeiro que mereceu, recentemente, destaque no noticirio dos
jornais pela instalao de grande indstria atrada por essa poltica da
"guerra fiscal":
Questes:
01. (UNOPAR) As cidades de Volta Redonda (RJ) e Camaari (BA) destacam-se, respectivamente, na concentrao de indstrias:
a) siderrgicas e alimentcias.
b) alimentcias e petroqumicas.
c) eletroeletrnicas e de calados.
d) siderrgicas e petroqumicas.
e) eletroeletrnicas e txteis.
02. (UNIFOR) Ao processo contemporneo de produo de bens industriais, simultaneamente em vrios pases, atravs da padronizao de modelos tecnolgicos e de consumo, suplantando as fronteiras nacionais pela
escala mundial, d-se o nome de:
a) internacionalizao do capital.
b) globalizao.
c) terceirizao.
d) monoplio transnacional.
e) neoliberalismo.
03. (UEMA) So indstrias de ponta na terceira Revoluo Industrial:
a) metalrgica construo civil naval.
b) petroqumica automobilstica siderrgica.
c) eltrica eletrnica txtil.
d) informtica microeletrnica biotecnolgica.
e) alimentcia de bebidas finas de cosmticos.
04. (UESPI) A respeito da indstria moderna, correto afirmar:
a) com as inovaes tecnolgicas atuais, eliminou-se a diviso tcnica do
trabalho.
b) seus trabalhadores, chamados de artesos, possuem uma clara idia de
como ocorre todo o processo de produo, trocando freqentemente de
funo dentro da empresa.
c) no mais se baseia no assalariamento, mas no regime de parceria.
d) tende a absorver maior capacidade tcnica e cientfica, deslocando
tarefas para a terceirizao.
e) no se preocupa com a produtividade, passando a intensificar a competitividade.
05. (ESCCAI) No mundo capitalista a preocupao primordial obteno
de lucros cada vez maiores. dessa busca incessante de lucros mximos
que resultam as estratgias de localizao geogrfica das empresas industriais, que em inmeros fatores tm de ser considerados isoladamente e em
conjunto.
A partir do texto acima conclui-se que os fatores mais importantes so,
exceto:
a) Mercado consumidor.
b) Energia.
c) Matria-prima.
d) Legislao ambiental.
e) Mo-de-obra.
Geografia
43
APOSTILAS OPO
a) caprino
b) bubalino
c) ovino
d) eqino
e) bovino de leite
Resoluo:
01. D
02. B
03. D
04. D
05. D
06. D
07. E
08. E
09. E
10. E
a) Sudeste
b) Sul
c) Centro-Oeste
d) Nordeste
e) Norte
As questes 07 e 08 esto ligadas ao texto a seguir:
PROVA SIMULADA V
Exerccios sobre pecuria
Questes:
01. (PUC) A Regio Sul se destaca em termos de atividade criatria e entre
as regies brasileiras a que dispe do maior rebanho de:
a) bovinos e eqinos
b) eqinos e asininos
c) asininos e muares
d) sunos e ovinos
e) ovinos e caprinos
02. (MACKENZIE) O Pantanal mato-grossense possui caractersticas
singulares que o individualizam e tornam uma unidade fisiogrfica e morfoestrutural nica no territrio brasileiro, com uma economia caracterizada
pela:
a) criao extensiva de gado bovino.
b) criao intensiva de gado bovino.
c) extrao mineral.
d) elevada densidade de produo agrcola.
e) policultura comercial.
03. (CESGRANRIO) Que atividade econmica foi desenvolvida no Vale do
Paraba do Sul, como fase intermediria entre a cultura cafeeira e a indstria?
a) plantao de milho
b) cultivo de videira
c) plantao de algodo
d) pecuria leiteira
e) rizicultura
04. O rebanho ovino do Brasil, em razo das condies climticas mais
favorveis, concentra-se principalmente no Estado de:
a) So Paulo
b) Mato Grosso
c) Rio Grande do Sul
d) Rio de Janeiro
e) Par
Geografia
APOSTILAS OPO
03. D
04. C
05. E
06. C
07. E
08. A
09. D
10. A
PROVA SIMULADA VI
Exerccios sobre transportes
Questes:
01. (OSEC) Qual o maior corredor de exportao do Brasil?
02. (MACKENZIE) O Projeto Radam, entre outras coisas, tem mostrado a
grande riqueza florestal da Amaznia. O seu aproveitamento econmico
pela indstria madeireira principalmente dificultado:
a) pela heterogeneidade e disperso das espcies arbreas;
b) pelas inundaes das vrzeas;
c) pelas dificuldades de circulao;
d) pela m qualidade das madeiras.
e) n.d.a.
05. As setas I, II e III indicam, respectivamente, importaes brasileiras de:
03. (UNIMEP) Segundo o valor das exportaes, os principais portos do
Brasil so, respectivamente:
a) Santos, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
b) Rio de Janeiro, Santos e Recife.
c) Santos, Rio de Janeiro e Salvador.
d) Rio de Janeiro, Santos e Vitria.
e) Santos, Paranagu e Vitria.
Geografia
45
APOSTILAS OPO
d) no Tringulo Mineiro.
e) no alto vale do Rio Grande.
05. (UnB) As jazidas de mangans no macio de urucum, ao sul de Corumb, tem importncia reduzida quando comparadas com as jazidas do Amap, em decorrncia:
a) do teor mais baixo do minrio.
b) da pequena quantidade de minrio.
c) das dificuldades de transporte.
d) do grande consumo das proximidades.
e) n.d.a.
06. (UNIRIO) Muitos fatores geogrficos favorecem a extrao de sal
marinho na fachada litornea do Rio Grande do Norte:
Resoluo:
a) o clima tropical de altitude;
b) as fortes mars, cuja altura oscila entre 3 e 4m;
c) as baixas temperaturas ali reinantes (18 - 36 em mdia);
d) o clima equatorial supermido.
e) n.d.a.
a) de explorao madeireira
b) hidreltrica
c) siderrgica
d) exportadora de minrio de ferro
e) de navegao fluvial
Geografia
Resoluo:
01. C
02. A
03. B
04. C
05. C
06. B
46
APOSTILAS OPO
07. D
08. E
09. A
10. E
PROVA SIMULADA VIII
Exerccios sobre clima
Questes:
01. (SANTA CASA) Para apoiar a regra de que a temperatura diminui com
o aumento da latitude, deveramos tomar como exemplo os dados referentes s cidades de:
a) Manaus, Cuiab e Porto Alegre.
b) Recife, Cuiab e Rio de Janeiro.
c) Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
d) Manaus, Recife e Cuiab.
e) Manaus, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Geografia
APOSTILAS OPO
a) 1860 a 1912
b) 1900 a 1940
c) 1910 a 1950
d) 1870 a 1930
e) 1890 a 1950
05. (PUC-SP) O maior produtor mundial de borracha sinttica :
a) Rssia
b) Canad
c) Inglaterra
d) Frana
e) EUA
Resoluo:
01. E
02. A
03. As caractersticas do clima subtropical no Brasil so:
1. Temperatura mdia anual baixa, entre 16C e 20C.
2. Amplitude trmica relativamente acentuada.
3. Chuvas regularmente distribudas nas quatro estaes.
4. ndices pluviomtricos entre 1000 - 1500 mm / anuais. A existncia
desse clima no sul do pas est ligada posio geogrfica (regio situada
abaixo do Trpico de Capricrnio) e maior penetrao da massa de ar
Polar Atlntica (mPa).
04. I V, II F, III V, IV V, V F
05. B
06. D
07. D
08. C
09. D
10. D
PROVA SIMULADA IX
Geografia
APOSTILAS OPO
04. A
05. E
06. B
07. E
08. D
09. C
10. A
Geografia
APOSTILAS OPO
d) Paraguai
e) Amazonas
Resoluo:
01. C
02. D
03. C
04. A
05. B
06. E
07. D
08. D
09. D
10. C
(2) Caxias (RS), Blumenau (SC), Londrina (PR), Ribeiro Preto (SP), Campos (RJ) e Feira de Santana (BA) so exemplos decapitais regionais.
(3) Dentre as caractersticas de uma metrpole, podemos citar a funo de
polarizao e de organizao de espao ao seu redor.
(4) Comparando-se as redes urbanas das regies Norte e Sudeste, podemos dizer que a primeira no apresenta uma ntida hierarquia urbana ao
passo que a segunda bem caracterizada hierarquicamente.
02. (PUC) Os mocambos e os alagados constituem reas de habitaes
precrias que abrigam partes considerveis das populaes pobres das
cidades de:
a) So Paulo e Rio de Janeiro
b) Vitria e Salvador
c) Recife e So Paulo
d) Manaus e Rio de Janeiro
e) Recife e Salvador
03. (FUVEST) Imaginando um percurso de So Luis Curitiba, encontraremos, quanto ao uso do solo, a predominncia das seguintes atividades:
a) lavoura de subsistncia, lavoura comercial e extrativa vegetal.
b) extrativa vegetal, agricultura comercial e lavoura de subsistncia.
c) extrativa vegetal, pecuria e agricultura comercial.
d) extrativa mineral, pecuria intensiva e agropecuria comercial.
e) pecuria, lavoura comercial e extrativa vegetal.
Resoluo:
01. IDH
02. PIB
03. IDH/ alfabetizao/ expectativa.
04. desenvolvido/ atrasado.
05. Devido aos indicadores sociais apenas razoveis, o Brasil mantm uma
posio modesta, apesar de contar com um dos maiores PIBs do mundo.
Geografia
50
APOSTILAS OPO
09. (CEFET - PR) Um conjunto de municpios contguos e integrados socioeconomicamente a uma cidade central, com servios pblicos e infraestrutura comuns, define a:
a) metropolizao
b) rea metropolitana
c) rede urbana
d) megalpole
e) hierarquia urbana
Resoluo:
01. 1-F; 2-V; 3-V; 4-V
02. E
03. C
04. B
05. E
06. A
07. C
08. C
09. B
10. D
a) 5
b) 3
c) 3
d) 1
e) 4
04. (UNIFOR) A regio que forneceu o maior contingente de colonosmigrantes para a ocupao da fronteira agrcola, no Mato Grosso, Rondnia e Acre, durante os anos 70 e 80, foi a:
PROVA SIMULADA XIII
a) Norte
Geografia
51
APOSTILAS OPO
b) Nordeste
c) Centro-Oeste
d) Sul
e) Sudeste
a) italianos
b) franceses
c) alemes
d) espanhis
e) portugueses
05. (UNOPAR) Dos imigrantes que vieram para o Brasil, a maior contribuio populacional populacional foi dada pelos:
Resoluo:
a) portugueses e japoneses
b) italianos e alemes
c) alemes e espanhis
d) japoneses e espanhis
e) portugueses e italianos
06. (PUC) Entre os fatores que impulsionaram a migrao europia para o
Brasil entre 1870 - 1930, podemos excluir:
a) o desenvolvimento da cafeicultura;
b) as iniciativas dos fazendeiros de auxiliar colonos;
c) a abolio da escravatura e a conseqente liberao da mo-de-obra;
d) a unificao poltica e industrializao tardia da Itlia;
e) a Primeira Guerra Mundial.
07. (UFPA) A reduzida entrada de imigrantes no primeiro perodo pode ser
melhor explicada:
a) devido abundncia de mo-de-obra escrava no perodo;
b) pela suspenso de financiamentos para o imigrante em 1830 e a exigncia de que 25% deles se destinassem agricultura;
c) pelo estabelecimento de cotas de imigrao em 2%, segundo a nacionalidade, a partir de 1910;
d) pela tropicalidade do pas;
e) devido estabilidade poltica da Europa, que estimulava a fixao do
homem ao solo europeu, pois este no iria se aventurar em novas terras.
08. (FEI) Migraes pendulares so:
a) movimentos ligados a atividades pastoris;
b) movimentos da populao rural em direo aos grandes centros urbanos;
c) troca de imigrantes entre as grandes regies;
d) deslocamento macio de populaes urbanas em direo ao campo;
e) movimentos dirios de trabalhadores entre o local de residncia e o local
de trabalho.
09. (UNIUBE) Na histria da imigrao para o Brasil, no sculo XX, h de
se destacar a Lei de Cotas, de 1934. Por essa lei, s poderiam ingressar,
anualmente, at 2% do total de imigrantes de uma mesma nacionalidade j
estabelecidos no pas nos 50 anos anteriores. Com isso, o Governo Federal
visava a diminuir a importncia poltica da mo-de-obra operria de origem:
a) italiana
b) portuguesa
c) japonesa
d) srio-libanesa
e) coreana
10. (UNIUBE) Na segunda metade do sculo XIX, o Brasil recebeu um
grande contingente imigratrio. Um dos grupos de imigrantes se destaca
por ter participado da fundao de vrias cidades, tais como: Blumenau,
Joinville, So Leopoldo e Novo Hamburgo. O texto refere-se aos imigrantes:
Geografia
52
APOSTILAS OPO
a) 5
b) 3
c) 3
d) 1
e) 4
a) italiana
b) portuguesa
c) japonesa
d) srio-libanesa
e) coreana
04. (UNIFOR) A regio que forneceu o maior contingente de colonosmigrantes para a ocupao da fronteira agrcola, no Mato Grosso, Rondnia e Acre, durante os anos 70 e 80, foi a:
a) Norte
b) Nordeste
c) Centro-Oeste
d) Sul
e) Sudeste
05. (UNOPAR) Dos imigrantes que vieram para o Brasil, a maior contribuio populacional populacional foi dada pelos:
a) portugueses e japoneses
b) italianos e alemes
c) alemes e espanhis
d) japoneses e espanhis
e) portugueses e italianos
06. (PUC) Entre os fatores que impulsionaram a migrao europia para o
Brasil entre 1870 - 1930, podemos excluir:
a) o desenvolvimento da cafeicultura;
b) as iniciativas dos fazendeiros de auxiliar colonos;
c) a abolio da escravatura e a conseqente liberao da mo-de-obra;
d) a unificao poltica e industrializao tardia da Itlia;
e) a Primeira Guerra Mundial.
a) italianos
b) franceses
c) alemes
d) espanhis
e) portugueses
Resoluo:
01. 0-V;1-V; 2-V; 3-V; 4-V
02. D
03. A
04. D
05. E
06. E
07. A
08. E
09. A
10. C
PROVA SIMULADA XV
Exerccios sobre relevo
Questes:
01. Sobre o domnio amaznico, assinale a alternativa falsa:
Geografia
APOSTILAS OPO
c) as falsias.
d) os canyons.
e) os fiords.
b) Paranapanema.
c) Paraba do Sul.
d) Piracicaba.
e) Jundia.
___________________________________
a) Tectonismo e intemperismo.
b) Vento e vulcanismo.
c) guas correntes e intemperismo.
d) Vento e guas correntes.
e) N.d.a.
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___________________________________
___________________________________
___________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
a) cenozica
b) terciria
c) pr-cambriana
d) mesozica
e) quaternria
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_______________________________________________________
_______________________________________________________
07. (UEMA) Entres os trs tipos principais de estruturas geolgicas correto afirmar que NO existe no territrio:
_______________________________________________________
a) bacias sedimentares;
b) escudos cristalinos;
c) dobramentos modernos;
d) terrenos pr-cambrianos;
e) jazidas petrolferas.
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
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_______________________________________________________
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_______________________________________________________
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_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
a) Ribeira.
Geografia
54