Apostila de Atividade Física e Saúde PDF
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UNIDADE 1
OBJETIVOS DA UNIDADE:
PLANO DA DISCIPLINA:
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UNIDADE 1 - CONCEITOS DE ATIVIDADE FSICA, SADE E QUALIDADE DE VIDA NA PERSPECTIVA DA APTIDO FSICA RELACIONADA
SADE
favorveis.
Os fatores biolgicos esto ligados idade, ao gnero, etnia e
predisposio gentica.
Os fatores comportamentais, por sua vez, esto ligados ao estilo
de vida, podendo ser ativo ou sedentrio, positivo ou negativo,
configurando-se como principal foco de estudo da nossa disciplina.
Desta forma podemos destacar que ao transitarmos de um lado ao
outro dos plos observamos que todas estas variveis influenciam
bastante na definio do estado de sade das pessoas, portanto, no
podemos avaliar a sade de forma esttica e unifatorial.
Voc pode perceber que a sade, alm de multifatorial na sua
definio, impe um olhar multiprofissional sobre si mesma.
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Epidemiologia: a cincia que estuda o fenmeno da relao entre a sade e a doena e seus
determinantes.
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UNIDADE 1 - CONCEITOS DE ATIVIDADE FSICA, SADE E QUALIDADE DE VIDA NA PERSPECTIVA DA APTIDO FSICA RELACIONADA
SADE
acesso
sade,
educao,
16
Determinantes: Papel da
atividade fsica e do exerccio na preveno de doenas
na
reabilitao.
Determinantes da Sade
acordo
com
Conferncia
como
capacidade
para
17
UNIDADE 1 - CONCEITOS DE ATIVIDADE FSICA, SADE E QUALIDADE DE VIDA NA PERSPECTIVA DA APTIDO FSICA RELACIONADA
SADE
alm da demonstrao de traos e capacidades que esto associados a um
de
ateremos
estudo
as
nos
no-
transmissveis (crnicas
degenerativas
no-
transmissveis), a exemplo
das coronariopatias, da hipertenso, da obesidade, do
diabetes, entre outras.
Fatores endgenos: fatores
que se manifestam internamente, prprio do organismo ou do corpo.
Fatores exgenos: fatores
que se manifestam externamente e que influenciam internamente o organismo ou
corpo.
18
da
dcada
de
70
para
aerbia
anaerbia). A resistncia
aerbia tem relao direta
com o consumo de O2 em
situao de exerccio fsico, de moderado a intenso,
seja por ocasio do cotidiano de trabalho ou das atividades domsticas, ou
ainda aqueles relacionados
prtica esportiva.
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UNIDADE 1 - CONCEITOS DE ATIVIDADE FSICA, SADE E QUALIDADE DE VIDA NA PERSPECTIVA DA APTIDO FSICA RELACIONADA
SADE
teste inclusive estima-se, de forma indireta, o VO2max do avaliado e facilita
a comparao do avaliado com o grupo ao qual ele pertence (por idade,
gnero e condicionamento fsico) e do avaliado com ele mesmo em um reteste,
atravs de tabelas de referncia encontradas na literatura especializada.
Mesmo sendo de fcil aplicao, requer a presena de um profissional que
dever conhecer o avaliado para evitar riscos com a sade, pois um teste
de esforo mximo.
e pelo treinamento, alm ainda de outros fatores, tais como: idade, gnero,
meninas, estendendo-se
at os 13 ou 14 anos. E
entre os meninos, inicia-se
aproximadamente aos 11
se at os 14 ou 15 anos.
20
para
sade
para
performance esportiva.
Desta forma, podemos perceber
que pela proximidade entre estas duas
qualidades motoras, tanto as estratgias de avaliao quanto as de
treinamento podem ser similares, mas com nfase diferente principalmente
quando consideramos os objetivos de tais procedimentos.
A fora e a resistncia muscular tambm so essenciais para permitirem
que os indivduos realizem atividades cotidianas com conforto e segurana e
podem ser trabalhadas atravs de vrios equipamentos, ou ainda, atravs
de exerccios em que o peso corporal a prpria carga de trabalho, portanto,
tem forte relao com a sade.
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UNIDADE 1 - CONCEITOS DE ATIVIDADE FSICA, SADE E QUALIDADE DE VIDA NA PERSPECTIVA DA APTIDO FSICA RELACIONADA
SADE
A flexibilidade entendida como a qualidade fsica responsvel pela
execuo voluntria de um movimento de amplitude angular mxima, executado
por uma ou mais articulaes dentro dos limites morfolgicos, evitando-se o
risco de provocar leso (DANTAS, 1998).
Muitas vezes a flexibilidade foi subestimada nos programas de
condicionamento fsico especialmente quando o objetivo era o rendimento
articular.
xo da pele.
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UNIDADE 1 - CONCEITOS DE ATIVIDADE FSICA, SADE E QUALIDADE DE VIDA NA PERSPECTIVA DA APTIDO FSICA RELACIONADA
SADE
Nesta unidade voc estudou a aptido fsica relacionada sade,
espero que esteja percebendo o quanto importante o conhecimento deste
assunto para a boa atuao profissional e para a produo de novos
conhecimentos acerca da matria estudada. Vamos ver o quanto voc se
empenhou nos estudos.
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UNIDADE 2
INTRODUO EPIDEMIOLOGIA
DA ATIVIDADE FSICA E SUA RELAO
COM O SEDENTARISMO E A OBESIDADE
Nesta unidade estudaremos a bases epidemiolgicas da atividade fsica
relacionada sade e contextualizaremos o sedentarismo e a obesidade
enquanto problema de sade pblica. Identificaremos tambm a influncia
destes fenmenos com o surgimento das doenas crnicas mais comuns.
OBJETIVO DA UNIDADE:
PLANO DA DISCIPLINA:
Bons estudos!
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UNIDADE 2 - INTRODUO EPIDEMIOLOGIA DA ATIVIDADE FSICA E SUA RELAO COM O SEDENTARISMO E A OBESIDADE
Prezado aluno, voc j estudou os conceitos de sade, atividade fsica
e qualidade de vida. Pode perceber, mesmo que de forma introdutria, o
papel da atividade fsica na melhoria
destes aspectos estudados. Conheceu
tambm as principais componentes da
aptido fsica relacionada sade.
fsica
nos
problemas
sedentarismo
obesidade.
quais
esses
fatores
so
preventivas.
Sendo
assim,
como:
idade,
sexo,
etnia,
26
plesmente
ndice
de
nacionais,
que
buscam
(18,5
24,9),
aos
fatores
2001. p. 325).
Comeava, ento, a era das doenas crnicas, aquelas denominadas
no-transmissveis ou degenerativas, o que fez crescer bastante a
preocupao com os fatores de riscos, que de forma isolada ou associada,
predispunham as pessoas s doenas e a conseqente morte.
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UNIDADE 2 - INTRODUO EPIDEMIOLOGIA DA ATIVIDADE FSICA E SUA RELAO COM O SEDENTARISMO E A OBESIDADE
Este fenmeno social ficou conhecido como transio epidemiolgica
e caracterizou-se especialmente pela queda da taxa de mortalidade, pelo
aumento da expectativa de vida ao
nascer,
pelo
envelhecimento
conseqente
da
populao
e,
predominncia
crnicas
das
doenas
no-transmissveis
detrimento
das
doenas
em
infecto-
de
dilogo
entre
os
Nosolgico: referente
nosologia, que representa o
estudo das molstias.
Comportamento positivo
com a sade: est relacionado aos bons hbitos alimentares, ao controle do
estresse, ao no-tabagismo
e ao menor consumo de bebidas alcolicas, controle da
composio corporal e, obviamente, ao aumento do
gasto energtico atravs
das atividades fsicas regulares.
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como
problema
de
mbito
epidemiolgico
e,
Comportamento positivo
com a sade: est relacionado aos bons hbitos alimentares, ao controle do
estresse, ao no-tabagismo e ao menor consumo de
bebidas alcolicas, controle da composio corporal
e, obviamente, ao aumento
do gasto energtico atravs das atividades fsicas
regulares.
UNIDADE 2 - INTRODUO EPIDEMIOLOGIA DA ATIVIDADE FSICA E SUA RELAO COM O SEDENTARISMO E A OBESIDADE
Este comportamento positivo desencadeia outros comportamentos
saudveis que, por sua vez, melhoram e aumentam a qualidade e a
expectativa de vida.
fcil encontramos na literatura
resultados de investigaes que evidenciam
a forte contribuio positiva do treinamento
com exerccios envolvendo resistncia
aerbia, resistncia muscular, flexibilidade e
fora, no combate s doenas crnicas. Nesta
linha de pensamento, deve-se dar nfase ao
autogerenciamento da atividade fsica e
mudana do estilo de vida sedentrio para o
ativo, objetivando que esta mudana seja
para toda a vida.
Renomados pesquisadores vinculados
ao Colgio Americano de Medicina do Esporte
publicaram um consenso sobre a atividade fsica no combate as doenas
cardiovasculares, em que ficou definido que todas as pessoas deveriam
envolver-se em atividades fsicas de moderada a intensa (60-80% da
freqncia cardaca mxima) de forma a acumular pelo menos 30 minutos
dirios, preferencialmente, todos os dias da semana (PATE, et. al., 1995).
tivas e recreativas.
Kcal: uma unidade de medida de energia que equivale
a quantidade de calor necessria para se elevar em um
grau centgrado um grama de
gua. Na nossa rea importante sabermos que para
reduzirmos um grama de gordura corporal, precisamos
queimar 7,7 Kcal. Assim,
um gasto voluntrio superi-
30
em
determinar
corporal
surge
a
da
principalmente,
massa
suas
concentraes
o resultado encontrado
obesidade juvenil aumentou nos Estados Unidos em mais de 20% nas duas
apresenta
mais
confiabilidade e respeito.
IBGE:
Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatstica
POF: Pesquisa de Ora-
reforando a tese de que este fenmeno tem relao direta com os baixos
nveis socioeconmicos. Situao que tambm observamos aqui no Brasil,
onde as classe populares apresentam maior nvel de sobrepeso e obesidade.
milhes (40%) dos brasileiros adultos, esto acima do peso ideal (IMC entre
2004.
31
UNIDADE 2 - INTRODUO EPIDEMIOLOGIA DA ATIVIDADE FSICA E SUA RELAO COM O SEDENTARISMO E A OBESIDADE
mudaram para 3,8 e 5,8%, respectivamente, e mais recentemente (200203), estas taxas ficaram entre 2,8 e 5,2% (RADIS, 2005).
Projees da OMS para o ano de 2025 j apontavam que o Brasil
entraria no rol dos pases considerados obesos, porm os resultados
divulgados na 2 parte da Pesquisa de Oramentos Familiares divulgada
pelo IBGE antecipam estas previses.
J podemos considerar o Brasil um pas com alto nvel de sobrepeso e
obesidade!
Quanto distribuio da gordura corporal, temos dois modelos
tradicionalmente conhecidos: o andride, modelo predominantemente
masculino, em forma de ma com concentrao de gordura no tronco e
abdmen
ginide,
modelo
que
gordura
32
principal
fase
de
Perodo fetal: vida intrauterina, quando ainda somos apenas um feto em formao.
Hipoatividade: pouca ou nenhuma atividade fsica voluntria. S para lembr-lo,
atividade fsica voluntria
aquela que fazemos alm
das atividades extremamente necessrias.
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UNIDADE 2 - INTRODUO EPIDEMIOLOGIA DA ATIVIDADE FSICA E SUA RELAO COM O SEDENTARISMO E A OBESIDADE
Ento, vamos movimentar essa juventude!
Vamos resumir! Para que a pessoa possa permanecer dentro da faixa
ideal de percentual de gordura, deve equilibrar o consumo diettico de
calorias com o gasto energtico, atravs do equilbrio da balana calrica.
Essa idia da balana calrica facilita muito nosso entendimento, quando
queremos perder peso a balana tem que ficar negativa (diminui o consumo
calrico e aumenta o gasto energtico) e para ganharmos peso ela deve
ficar positiva (aumenta o consumo calrico e diminui o gasto energtico).
Entendeu?
a hipertenso arterial;
a hipercolesterolemia;
o consumo de tabaco.
Podemos observar que cinco dos seis fatores aqui apontados esto
estreitamente associados m alimentao e ao sedentarismo. possvel
imaginarmos inclusive que at o tabagismo diminua medida que a pessoa
adote um estilo de vida mais ativo.
No Brasil, como j foi possvel observar,
o sedentarismo j considerado um dos
principais inimigos da sade pblica e est
presente em cerca de 70% da populao,
sendo responsabilizado por 54% do risco de
morte por infarto e por 50% do risco de morte
por derrame cerebral.
Estes dados j seriam mais que
suficiente para justificarmos uma ao
coletiva
em
prol
do
combate
ao
34
HORA DE SE AVALIAR!
No esquea de realizar as atividades desta unidade de
estudo, presentes no caderno de exerccio! Elas iro ajudlo a fixar o contedo, alm de proporcionar sua autonomia no
processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as
respostas no caderno e depois as envie atravs do nosso
ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco!
Na prxima unidade, estudaremos tambm algumas doenas crnicas
relacionadas obesidade e ao estilo de vida sedentrio, sua etiologia e
relao com a atividade fsica. Mas, antes, vamos ver o que voc aprendeu.
35
UNIDADE 3
OBJETIVO DA UNIDADE:
Identificar e analisar as principais doenas crnicas degenerativas
ligadas ao sedentarismo e a obesidade.
Conhecer a etiologia destas doenas e o papel do estilo de vida positivo
e da atividade fsica no combate a estas doenas.
PLANO DA DISCIPLINA:
Hipertenso arterial
Diabetes Melito
Colesterol alto
Doenas cardiovasculares.
Bons estudos.
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1. HIPERTENSO ARTERIAL
comum escutarmos que esta ou aquela
pessoa tem presso alta e isto compreensvel
tamanho o nmero de pessoas acometidas por
este mal. Mas, afinal, o que hipertenso? Qual
sua relao com o sedentarismo, a obesidade
e os maus hbitos alimentares? Estas so
algumas questes que tentaremos responder
neste tpico.
Vamos comear entendendo o mecanismo
da presso arterial. O sangue bombeado pelo
corao transportado pelas artrias, veias e
capilares para todos os tecidos e rgos do corpo. Este processo envolve
duas fases distintas do batimento do corao: a sstole, que a fase de
contrao em que o corao impulsiona o sangue pelo corpo, e a distole,
quando o corao relaxa brevemente para que suas cmaras sejam
enchidas de sangue e reinicie o novo processo de bombeamento. Durante a
fase da sstole o sangue invade as artrias e na sua passagem pressiona
suas paredes tencionando-as. Esta tenso medida por um aparelho
(esfigmomanmetro) colocado externamente ao vaso, por sobre a pele, a
funo do aparelho pressionar no sentido contrrio ao do sangue, medindo
assim a presso arterial sistlica.
Durante o perodo de relaxamento do corao, conhecido como distole,
conseguimos mensurar a presso diastlica.
38
39
ca e passageiro.
2. DIABETES MELITO
O diabetes melito ou simplesmente diabetes, a exemplo das demais
doenas crnicas, tem sua etiologia ainda um tanto confusa, mas vamos
analis-la de forma geral.
40
utilizao de medicamentos.
No-medicamentoso: sem a
fome insacivel;
sede intensa;
perda de peso;
42
3. COLESTEROL ALTO
O colesterol alto um dos principais fatores predisponentes para as
doenas cardiovasculares, mas em concentraes normais torna-se
Colesterol: substncia presente em todas as clulas
do corpo, responsvel por
vrias funes bioqumicas,
fica depositado nas paredes das artrias, aumentando, com isso, os riscos
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4. DOENAS CARDIOVASCULARES
Pelo que j estudamos at agora foi possvel perceber que as doenas
cardiovasculares so as que mais predispem as pessoas ao quadro de
morbimortalidade. S para termos uma idia do impacto destas doenas,
alm de serem responsveis por mais da metade do total geral de bitos
nos pases desenvolvidos, como j observamos na unidade anterior, se elas
fossem eliminadas, teramos um acrscimo de 10 anos na expectativa de
vida.
neo.
inquestionvel
papel
das
doenas
cardiovasculares
na
44
Fagocitose: a ingesto e
la de microrganismo por
didtica.
vaso ocasionada por vrios fatores associados, entre eles podemos destacar:
amplamente comprovados,
to importante quanto os
no
mecanismo
etiolgico da doena.
a hipertenso arterial.
tabagismo.
45
diabetes.
estresse.
sedentarismo.
obesidade.
Inalterveis:
idade.
46
do
estresse,
podem
ser
HORA DE SE AVALIAR!
No esquea de realizar as atividades desta unidade de
estudo, presentes no caderno de exerccio! Elas iro ajudlo a fixar o contedo, alm de proporcionar sua autonomia
no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija
as respostas no caderno e depois as envie atravs do nosso
ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco!
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UNIDADE 4
OBJETIVOS:
Conhecer e discutir o Sistema nico de Sade SUS. Analisar e discutir
polticas pblicas para a promoo da sade e melhoria da qualidade de vida
atravs do incentivo adoo de um estilo de vida ativo. Discutir a insero
do profissional de Educao Fsica na ateno bsica sade. Conhecer
instrumentos de avaliao do nvel de atividade fsica habitual e de sade.
PLANO DA DISCIPLINA:
Bons estudos!
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UNIDADE 4 - SISTEMA NICO DE SADE - SUS E AS POLTICAS PBLICAS PARA A PROMOO DA SADE E MELHORIA DA
QUALIDADE DE VIDA
A histria recente da Educao Fsica no Brasil
aponta a estreita relao da nossa rea com a sade
de tal forma que em 1997 o Ministrio da Sade, atravs
da Resoluo n 218 de 6 de Maro de 1997 1 ,
reconheceu a Educao Fsica como rea da sade. Isto
no quer dizer que samos da rea escolar, muito pelo
contrrio, este fato ampliou ainda mais nossa
possibilidade de interveno profissional, assim como,
nossa responsabilidade social, inclusive, reforou ainda
mais nossa interveno no contexto educacional.
Voc ver porque na sequncia das unidades.
Outro fato recente que merece destaque, foi a promulgao da Lei
9.696/98 que criou o sistema Conselho Federal/Conselhos Regionais de
Educao Fsica CONFEF/CREFs. Este ditame legal veio consolidar o
entendimento social do atual estado da rea de interveno profissional em
Educao Fsica. Uma vez que esta interveno situa-se na sade, na outra
ponta pode trazer riscos a prpria sade do assistido. sobre essa gide
que se sustenta a criao do sistema CONFEF/CREFs, ou seja, proteger a
sociedade do mau profissional atravs da promulgao e fiscalizao das
normas de conduta tico-profissional.
Agora precisamos conhecer o Sistema Nacional de Sade.
50
tem como sistema pblico o SUS. Esta nova dimenso tem seu carter polticoideolgico, uma vez que parte de uma concepo ampliada do processo
sade-doena e de um novo paradigma sanitrio e tem tambm seu carter
cientfico-tecnolgico, uma vez que utiliza conhecimentos e tcnicas para
sua implementao (MENDES,1999).
das
aes,
cabendo-lhe,
principalmente,
51
UNIDADE 4 - SISTEMA NICO DE SADE - SUS E AS POLTICAS PBLICAS PARA A PROMOO DA SADE E MELHORIA DA
QUALIDADE DE VIDA
Ainda segundo as autoras, existe atualmente no mundo inteiro uma forte
presso sobre o sistema de sade oriunda do aumento da demanda de
servios. Este fenmeno tem vrias razes, mas podemos destaca algumas:
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Processo multifacetado:
processo em que se considera muitos aspectos
intervenientes.
ainda
em
vrios
encontros
importncia
das
dimenses
duas as
metas internacionalmente aceitas como imprescindveis: a primeira baseiase na otimizao da sade da populao atravs da utilizao do que h de
mais avanado em conhecimento sobre a causa das enfermidades, manejo
das doenas e maximizao da sade. A segunda, igualmente importante,
trata de minimizar as disparidades entre os subgrupos populacionais,
perspectivando evitar as desvantagens da populao mais pobre em relao
ao acesso aos servios de sade do mais alto nvel.
Duas metas internacionais so imprescindveis aos sistemas de servios
de sade pblica, so elas: a otimizao da sade da populao e a
diminuio das disparidades entre os subgrupos populacionais.
Iniqidades sociais: desigualdades sociais. Iniqidade,
antnimo de eqidade ou
igualdade.
53
UNIDADE 4 - SISTEMA NICO DE SADE - SUS E AS POLTICAS PBLICAS PARA A PROMOO DA SADE E MELHORIA DA
QUALIDADE DE VIDA
sobre
descentralizao
55
UNIDADE 4 - SISTEMA NICO DE SADE - SUS E AS POLTICAS PBLICAS PARA A PROMOO DA SADE E MELHORIA DA
QUALIDADE DE VIDA
Cada ESF capacitada para conhecer a realidade
das famlias pelas quais so responsveis, elaborando
com a participao da comunidade, um plano local para
enfrentarem os determinantes do processo sade/
doena (COSTA & CARBONE, 2004).
Diante
do
que
estudamos
at
agora
janeiro
de
2003,
durante
atividade fsica.
sade mental.
reabilitao.
57
UNIDADE 4 - SISTEMA NICO DE SADE - SUS E AS POLTICAS PBLICAS PARA A PROMOO DA SADE E MELHORIA DA
QUALIDADE DE VIDA
Ao longo dos anos que se segue, aps sua criao, esta brilhante
iniciativa cresceu e se multiplicou pelo Brasil e por outros pases das Amricas.
Continuou sua expanso por outros continentes at ganhar seu
reconhecimento e notoriedade pela OMS, que instituiu em 2002 a rede
mundial Agita Mundo. Nesta mesma poca, o governo brasileiro criava,
atravs do Ministrio da Sade, o Programa Agita Brasil envolvendo gestores
estaduais e municipais do SUS, alm, obviamente, de contar com o respaldo
tcnico-cientfico do CELAFISCS. J em 2002, o Agita Mundo conseguiu
mobilizar cerca de 148 pases, num total de 1.987 eventos espalhados pelo
mundo, tendo seu slogan traduzido em 63 diferentes idiomas.
Quem diria que uma iniciativa brasileira chegaria a este patamar! E no
parou por a Recebeu vrios prmios, entre eles: o 1 prmio do CDC
(respeitado Centro de Controle de Doenas de Atlanta, USA em 2004); a
participao do programa na Estratgia Global de Promoo de Atividade Fsica
e Nutrio Saudvel em combate Obesidade, promovida pela OMS em 2005 e
58
(AFH):
aqui
entendidas
Alguns
destes
instrumentos
ganham
perguntas
que
so
elaboradas
levam
em
UNIDADE 4 - SISTEMA NICO DE SADE - SUS E AS POLTICAS PBLICAS PARA A PROMOO DA SADE E MELHORIA DA
QUALIDADE DE VIDA
qual j falamos anteriormente. Estes dois laboratrios desenvolveram
estudos em grupos, lugares e pocas diferentes, com o propsito de revalidar
aqui no Brasil a verso 6 do Questionrio Internacional de Atividade Fsica
(IPAQ), proposto pela OMS em 1998. Posteriormente, apresentaram os
resultados de seus estudos em revistas cientficas, seminrios e congressos.
A divulgao destes e de outros trabalhos para a comunidade acadmica,
tornou-se bastante relevante na perspectiva de continuidade e ampliao
dos estudos, alm, claro, de podermos comparar os resultados destes
estudos em mbito nacional e at mundial.
Caso voc tenha se interessado em conhecer mais sobre estes e outros
protocolos pode acessar os seguintes endereos eletrnicos: http://
www.celafiscs.org.br - (Celafiscs) e http://www.nupaf.ufsc.br - (NuPAF).
Outra preocupao que achamos prudente destacar com o estado de
prontido para atividade fsica, pois a pessoa, principalmente adulta, que
nunca se envolveu com a prtica de atividade fsica deve tomar alguns
cuidados ao iniciar.
Com o intuito de prevenir este tipo de risco, a Sociedade Canadense
para Fisiologia do Exerccio e Sade props o Questionrio sobre Prontido
para Atividade Fsica PAR-Q, que tem sido recomendado como padro mnimo
de inqurito para iniciao de atividades fsicas moderadas em todo o mundo
(ACSM, 2000).
Este questionrio facilmente encontrado na literatura especializada e
na internet6 e constitui-se de sete perguntas objetivas (sim e no). Se a
pessoa que responde marcar algum item sim dever procurar um mdico
antes de iniciar o programa de atividade fsica.
Afinal, prevenir sempre melhor que remediar!
HORA DE SE AVALIAR!
No esquea de realizar as atividades desta unidade de
estudo, presentes no caderno de exerccio! Elas iro ajudlo a fixar o contedo, alm de proporcionar sua autonomia
no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija
as respostas no caderno e depois as envie atravs do nosso
ambiente virtual de aprendizagem (AVA) .Interaja conosco!
Na prxima unidade, estudaremos a Educao para a Sade. Vamos em
frente !
NOTAS
1
Ver: http://www.confef.org.br/extra/juris/
Art. 198, BRASIL - Constituio da Republica Federativa do Brasil
Ver: http://www.unicrio.org.br/Agenda.php
4
Ver: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2005/GM/GM-1065.htm
Veja
este
endero,
conteudo_print.asp?cod_noticia=481
60
por
exemplo:http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/
UNIDADE 5
OBJETIVOS:
Conhecer a proposta da educao para a sade e o papel do profissional
de educao fsica no fomento a esta proposta. Analisar a sade como tema
transversal dos Parmetros Curriculares Nacionais PCN/MEC.
PLANO DA DISCIPLINA:
Bons estudos!
61
Puericultura: conjunto de tcnicas e procedimentos empregadas para assegurar o perfeito desenvolvimento fsico,
vrios
componentes
curriculares,
dos
educandos,
62
63
Educao para a Sade deve avanar para alm dos referenciais biolgicos
e higienistas e se concentrar, principalmente, num contexto didticopedaggico, em que a Educao Fsica tem frum privilegiado em razo das
caractersticas de seu objeto de estudo e de sua atuao.
Podemos at imaginar uma aula de Educao Fsica escolar onde o(a)
professor(a) solicita aos alunos que falem sobre a importncia da atividade
fsica no combate obesidade. De posse das respostas e discusses que
devem se seguir pergunta do professor, este elabora um plano de ao
para tratar do tema, apresenta este plano aos demais professores e equipe
tcnico-pedaggica da escola para as possveis retificaes e contribuies.
Depois dos ajustes proposta, devem abordar o tema
transversalmente em suas disciplinas. Com esta
estratgia, os educandos recebero informaes de
vrias reas do conhecimento convergindo para o tema
escolhido pela escola.
Esta mesma estratgia pode ser usada para outros
temas
transversais,
importante
que
haja
64
com a sade foi promulgado pelo CONFEF em 2005. Intitulado: Carta Brasileira
de Preveno Integral na rea de Sade.
Esta carta de intenes foi respaldada pelos conselhos das demais rea
65
HORA DE SE AVALIAR!
No esquea de realizar as atividades desta unidade de
estudo, presentes no caderno de exerccio! Elas iro ajudlo a fixar o contedo, alm de proporcionar sua autonomia
no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija
as respostas no caderno e depois as envie atravs do nosso
ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco!
Chegamos ao fim do nosso estudo. Espero que tenhas gostado. Foi
timo estar contigo. At outra oportunidade e sucesso daqui para frente!
Depois dessa longa jornada, sinta-se convidado a ser mais um amante da
sabedoria, da sade e do estilo de vida ativo.
66
NOTAS
1
Ver: http://www.fiepbrasil.org/
Ver: http://www.confef.org.br/extra/corpo.asp
67