Apostila MEF
Apostila MEF
Apostila MEF
Professor Orientador
Pedro Manuel Calas Lopes Pacheco
Agradecimentos
Ao professor Pedro Manuel Calas Lopes Pacheco pela orientao durante a
elaborao deste material didtico;
Ao aluno de Engenharia Mecnica Leonardo de Souza pela colaborao na
preparao da apostila;
Aos integrantes dos laboratrios da COLAN por disponibilizar a infraestrutura
necessria para este projeto.
ndice
1 O que o Mtodo de Elementos Finitos ................................................................. 1
1.1 Introduo ................................................................................................. 1
1.2 Elemento Linear ........................................................................................ 1
1.3 Caso geral ................................................................................................. 3
1.4 Funes de Elementos Finitos para vrios elementos ............................. 5
1.5 Funo Peso W(x) .................................................................................... 6
1.6 Elemento Matricial Formulao de Galerkin ........................................ 10
1.7 Outras Consideraes ............................................................................ 14
2 Introduo ao ANSYS ........................................................................................... 15
2.1 Mtodos de Operao ............................................................................ 15
2.2 Arquivos do ANSYS ................................................................................ 16
2.3 Etapas do Projeto ................................................................................... 17
2.4 Tela do ANSYS ....................................................................................... 18
2.5 Comandos de Visualizao .................................................................... 19
3 Tutorial .................................................................................................................. 21
3.1 Exemplo Modo Interativo ..................................................................... 21
3.2 Exemplo Modo de Programao ......................................................... 25
4 Informaes Adicionais ......................................................................................... 28
4.1 Escolha dos Elementos .......................................................................... 28
4.2 Sadas de Ps-Processamento .............................................................. 31
5 Principais Comandos de Programao ................................................................. 35
6 Dicas ...................................................................................................................... 45
6.1 Salvando imagens .................................................................................. 45
6.2 Configurando a escala de cores ............................................................. 46
6.3 Escala de deformao ............................................................................ 47
6.4 Exibindo geometrias de elementos simplificados ................................... 48
6.5 Gerando animaes ................................................................................ 48
6.6 Importando geometrias ........................................................................... 49
7 Exerccios .............................................................................................................. 51
8 Anexos ................................................................................................................... 61
8.1 Tabela de Elementos .............................................................................. 61
9 Bibliografia ............................................................................................................. 62
d2
+Q = 0
dx
(1)
d2
h( x ) + Q = 0
dx
d2
M
h=
dx
EI
d2
( EI ) h M = 0
dx
(3)
(4)
( 2)
Elemento Linear
Funo linear
y = ax + b
(5)
= a1 + a2 x
(7 )
= i
(8)
= j
(11) x = x j
a1 =
x = xi
i x j j xi
(14)
x j xi
(9)
i = a1 + a2 xi
(10)
(12)
j = a1 + a2 x j
(13)
a2 =
j i
(15)
x j xi
x xj
xi x
j
i +
L
L
(16)
i e j so ns e i e j so valores nodais.
x j xi = L
Determinando a partir de x j xi = L
Ni =
xj x
L
Nj =
(18)
x xi
L
= Nii + N j j
[N ] = [Ni
Nj
(20)
= [N ] {}
(22)
{} =
(21)
(23)
Exemplo 1:
n i : T = 120C
n j : T = 90C
xj x
x xi
i +
j
L
L
x i = 1,5 cm
i = 120C
x = 4,0 cm
(24)
x j = 6,0 cm
j = 90C
L = 4,5 cm
64
4 1,5
120 +
90 = 103,30 C
4,5
4,5
(25)
i 90 120
d
= j
=
= 6,67 0 C / cm.
dx
L
4,5
(26)
( e ) = N i( e ) i + N (j e ) j
(27)
(e)
Onde N i =
xj x
x j xi
(28)
N (j e ) =
x xi
x j xi
(29)
onde
As relaes dos ns i e j e de elemento e pode ser feita atravs de uma matriz, como
por exemplo:
( 1) = N1( 1) 1 + N 2( 1) 2
(30)
( 2 ) = N 2( 2 ) 2 + N 3( 2 ) 3
(31)
( 3 ) = N 3( 3 ) 3 + N 4( 3 ) 4
(32)
( 4 ) = N 4( 4 ) 4 + N 5( 4 ) 5
(33)
N 2(1) =
x x1
x2 x1
(34)
N 2( 2) =
x3 x
x3 x2
(35) so
(36)
x1 x x2
(37)
W ( x )
+ Q dx = 0
2
0
dx
(e )
N s
Ws ( x ) = (e +1)
N s
xr x xs
xs x xt
Frmula de Galerkin
(38)
(39)
(e )
(e +1)
Rs = Rs + Rs
Dd 2
xs
Dd 2
= N s
+
+ Q
Q
dx
N
s
2
2
xr
x
s
dx
dx
(e +1)
xs
dx = 0
( 40 )
Rs = Equao residual do n S
Sendo
(e ) = N r r + N s s
( e + 1) = N s s + N t t
(41)
x xr
xs x
s
r +
L
L
(e ) =
N s(e ) =
x xr
L
(43.1)
d ( e ) 1
= ( r + s )
dx
L
(e )
Rs
Dd
=
dx
p
x = xs
x xs
xt x
t
s +
L
L
( e + 1) =
(42)
dN s(e ) 1
=
dx
L
(variao modal)
D
( r + s ) QL
L
2
(46)
(43.2)
(44)
(45)
N s(e +1) =
( e +1 )
1
(48) dN s
=
xt x
L
dx
d (e +1) 1
= ( s + r )
dx
L
( e +1 )
Rs
Dd
=
dx
(47)
(e +1)
x = xs
(49)
D
( s t ) QL
2
L
6
(51)
(e )
( e +1 )
temos Rs = Rs + Rs
(52)
se D (e ) = D (e +1)
(53)
D
R s =
L
( s 1)
( s 1)
(s )
(s )
D (s 1) D (s )
D
QL
QL
s 1 +
+ s
s +1
=0
L
L
2
2
L
(54)
Exemplo 2:
Uma barra possui um reforo soldado na regio central em sua parte superior e
inferior, com um comprimento de metade do comprimento da barra. O mdulo de
rigidez EI o modulo de elasticidade multiplicado pelo momento de inrcia da seo
transversal I, assim como o carregamento, que dado atravs do diagrama de
momento so mostrados na figura abaixo.
d 2
M (x ) = 0
dx
y (0 ) = y (800cm ) = 0
EId 2
M (x ) = 0
Comparando a equao
dx
temos D = EI
= h( x )
(59) e
Q = M (x )
(57)
(60)
(55)
Dd 2
+Q = 0
dx
com
(56)
(58)
e sendo
e
1
2
3
4
2,4.10
10
4,0.10
10
4,0.10
10
2,4.10
10
10
200
10
200
10
200
10
200
D
Rs = eq.residual.geral. =
L
( s 1)
s
( s 1)
(s )
D ( s 1) D ( s )
D
QL
QL
s 1 +
+ s s +1
=0
L
L
2
2
L
(62)
1
(2 )
(1)
(2 )
2,4.1010 (1) 4.1010 (2 )
4.1010
106.200
106.200
2,4.1010
y3
= 0
y1 +
+
y2
R2 ( N 2 ) =
2
2
200
200
200
200
2
106.200 106.200
4.1010
4.1010 4.1010
4.0.1010
= 0
y2 +
R3 ( N3) =
y
y
+
3
4
200
2
2
200
200
200
(64)
106.200 106.200
2,4.1010
4.1010 2,4.1010
4.10 6
= 0
y3 +
R4 ( N 4 ) =
y
y
+
4
5
200
2
2
200
200
200
(65)
Obtemos as 3 equaes e
(66)
(67)
condies de contorno y1 = y5 = 0
(68)
(63)
Obtemos:
R2 = 3,2 y2 2,0 y3 + 2 = 0
(69)
(70)
(71)
3,2 y2 2,0 y3 + 0 = 2
(72)
0 2,0 y3 + 3,2 y4 = 2
(74)
(73)
y2 = 2,50cm.
a)
(75)
y3 = 3,0cm.
(76)
y4 = 2,5cm
(77)
b) Determinando a flexo num ponto a 300 cm da origem, este ponto est entre o 2 e
o n 3 , logo est dentro do elemento 2, da:
= y (2 ) y (2 ) = N 2(2 ) 2 + N 3(2 ) 3
(78)
(79)
1
400 300
300 200
(2,50 + 3,0) = 2,75cm.
y=
( 2,5) +
( 3,0 ) =
2
400 200
400 200
(82)
dy (1) 1
2,50 0
= ( y1 + y2 ) =
= 0,0125cm / cm
200
dx
L
(83)
R2
R3 =
R
4
3,2 2 0 y2 2
2 4 2 y 2 =
3
0 2 3,2 y4 2
{R} = [K ]{Y } {F } = 0
0
0
0
(84)
(85)
3,2 2 0
[K ] = 2 4 2
0 2 3,2
2
{F } = 2
2
(86)
(87)
R1
R
2
.
{R} = ..
Re
R
e +1
y1
d 2
* Ri(e ) = N i ( x ) D 2 + Q dx
x1
dx
Ri(e ) R s(e+1); s = i
Ri(e ) =
Dd
dx
x = xi
xj
d 2
+ Q dx.
* R (je ) = N j ( x ) D
xi
dx
(89)
t= j
D
( i j ) QL
L
2
(88)
(89 .1)
R (je ) R s(e ); r = i
(90)
R (je ) =
{R ( )} = {I ( )}+ [K ( ) ]{ ( )} {f ( )}
e
Variveis nodais
(1)
{ ( )} =
e
(2)
(95)
[K ( ) ] = DL 11
e
1
1
x= x j
s= j
(92 )
D
( i + j ) QL
L
2
(94)
Dd
I i dx x = xi
= (e ) =
I j Dd
dx x = x
j
(e )
(96)
Carregamentos
Propriedades
(3)
{I ( )}
Dd
dx
(91)
(97)
(4)....{f (e ) } = QL
1
2 1
(98)
10
(93)
( 99 )
[K ]
(e )
i
= K 11
K 21
K12 i
K 22 j
(100)
{f ( )} = ff ij
1
(101)
Exemplo 3
(102)
Tabela de elemento
p
1 1 2
2 2 3
3 3 4
4 5 5
L
1,2.108
2,0.108
2,0.108
1,2.108
DQ
2
108
108
108
108
(103)
Para cada elemento temos um sistema segundo a equao 102, que ser
determinado matricialmente na forma de MATRIZ DO ELEMENTO.
Abaixo esto relacionadas s matrizes de propriedade e foramento para cada
um dos quatro elementos.
11
[K ] = DL 11
(1)
1
1,2 1,2 1
1 1
QL 1
8 1 1
; f (1) =
= 10 8
= 1,2.10 8
= 10
1
2 1
1 2
1,2 1,2 2
1 1
{ }
[K ]
2
1 2
2
2 ( 2 )
; ( f ) = 108
= 10
2 2
1 3
[K ]
3
1 3
2
2 3
; ( f ( 3) ) = 108
=
2 2 4
1 4
( 2)
( 3)
[K ]
( 4)
5
4
1
,
2
1
,2 4
= 10
;( f
1,2 1,2 5
( 4)
(104)
(105,1)
(105,2)
1 4
) = 10
1 5
(105,3)
posio da
assim como os ns 2 e 3
12
Adicionando o 2 elemento:
Adicionando o 3 elemento
13
(107 )
(108 )
R4 = 2 y3 + 3, 2 y 4 1,2 y5 + 2 = 0
(109 )
R2 = 3,2 y 2 2 y3 + 2 = 0
(110 )
R3 = 2 y 2 + 4 y3 2 y 4 + 2 = 0
R4 = 2 y3 + 3,2 y 4 + 2 = 0
(111)
(112 )
14
2 Introduo ao ANSYS
2.1 Modos de Operao
De uma forma geral, o ANSYS pode ser usado de duas maneiras distintas,
embora na prtica o usurio utilizar ambas em conjunto.
O modo interativo consiste na utilizao da interface do programa para a
elaborao e soluo do problema. Esta a forma mais simples de utilizao do
ANSYS, pois os comandos so acionados atravs de menus, como nos programas
mais comuns. Entretanto, o projeto s poder ser salvo em um arquivo *.DB, que
geralmente tem um tamanho considervel, e modificaes no projeto (como mudana
de variveis e dimenses) so mais difceis de serem implementadas.
No modo de programao, as etapas da resoluo do problema so definidas
em um programa que importado pelo ANSYS. A princpio este processo mais
complexo, pois o usurio deve ter conhecimento dos comandos reconhecidos pelo
ANSYS, mas a utilizao de um programa muito mais prtica na execuo de um
projeto, principalmente por permitir uma fcil edio dos dados. Outra vantagem em
relao ao arquivamento do projeto, pois bastar salvar o programa em formatos com
dimenses reduzidas (como *.TXT ou *.DAT). Alm disso, certos recursos s podem
ser realizados atravs de linha de programao.
Em geral, o usurio utilizar os dois processos em conjunto. Na maioria dos
casos, o programa ser usado para as etapas de pr-processamento e soluo,
enquanto o ps-processamento pode ser usado de maneira mais prtica no modo
interativo.
15
16
1 Pr-Processamento
Nesta etapa, so definidos praticamente todos os parmetros de entrada do
problema. Esses parmetros incluem principalmente a gerao da geometria,
definio de propriedades do material, seleo de elementos e aplicao da malha.
2 Soluo
Neste momento sero configurados os carregamentos e outras informaes
relativas anlise. Tambm ser nesta etapa que a anlise ser simulada.
3 Ps-Processamento
Ocorre aps o trmino da simulao. Nesta etapa, o usurio pode verificar os
resultados, atravs de imagens, grficos ou tabelas.
17
Linha de Comando
Comandos de
Visualizao
Menu Principal
rea Grfica
DICA: alguns comandos abrem janelas sobre a tela principal. Ser bastante comum
que algumas dessas janelas deixem de ficar visveis, sobrepostas por outras janelas
ou pela tela principal. Para exibir todas as janelas ativas, clique no boto,
localizado ao lado da Linha de Comando
18
vistas principais.
O grupo 2 engloba os comandos de zoom, usados para
afastar ou aproximar a visualizao da pea. O primeiro boto
usado para o zoom total, exibindo a ampliao mxima que permite
mostrar toda a pea. O comando seguinte o zoom de rea, onde o
usurio deve definir uma rea retangular para aproximao. O
terceiro retorna para o zoom anterior, enquanto os dois ltimos so
usados para ampliar e reduzir o zoom respectivamente.
No grupo 3 so encontrados os comandos de movimento do
ltimo
boto
dessa
barra
de
ferramentas
19
20
3 Tutorial
3.1 Exemplo Modo Interativo
Neste primeiro exemplo, ser mostrado como criar uma geometria e fazer uma
anlise, operando apenas no modo interativo.
1 Modelo em estudo
Ser estudada uma situao bastante simples, uma viga com engaste em uma
das extremidades e com uma carga aplicada na outra, como mostra a figura abaixo.
F = 800 N
2 Criando a geometria
A geometria uma etapa de pr-processamento. Todos os comandos para a
criao e edio de geometrias se encontram no menu Preprocessor > Modeling.
No necessrio criar uma geometria com preciso de detalhes, pois eles
podem ter pequena ou nenhuma influncia nos resultados desejados. Neste exemplo,
a viga ser representada de forma simplificada por uma linha.
Para a criao da linha, inicialmente so criados os dois pontos extremos. O
ANSYS usa o termo keypoints para definir pontos na rea de trabalho. Acesse o
comando Create > Keypoints > In Active CS, que abre a janela abaixo:
21
1.5
3 Definindo o elemento
A escolha do elemento deve levar em considerao o tipo de geometria criada
e o tipo de anlise que ser realizada. O ANSYS dispe de uma grande quantidade de
elementos para as mais diversas aplicaes, disponveis atravs do comando
Element Type > Add/Edit/Delete. Mais adiante sero apresentados alguns dos
elementos mais usados para as situaes mais comuns. Para este caso, ser usado o
elemento PIPE16, direcionado para linhas. Ele permite a definio de propriedades
como a rea da seo transversal. O nmero 16 corresponde ao nmero de graus de
liberdade desse elemento. Para ver informaes a respeito do elemento, como graus
de liberdade, tipos de carregamento e outras caractersticas, digite na Linha de
Comando /HELP, <nome do elemento>.
22
Acesse o comando Material Props > Material Models, que abre a janela
abaixo. No lado direito, deve-se selecionar na listagem o tipo de material adequado
para esse estudo, nesse caso Structural > Linear > Elastic > Isotropic. Ao
selecionar o modelo de material, abre-se uma janela, onde as propriedades so
definidas
Em
seguida,
seleciona-se
elemento
cujas
constantes
sero
5 Aplicando a malha
A pea est pronta, restando apenas a aplicao da malha de elementos
finitos. Existem vrias maneiras de definir como ela ser aplicada, e uma delas
atravs do comando Meshing > Mesh Tool. Ser aberta uma janela com diversos
comandos de malha.
23
24
terminar (ao surgir a mensagem Solution is done), pode-se passar para a etapa
seguinte, de ps-processamento, atravs do menu General Postproc.
Uma maneira bastante intuitiva de analisar os resultados atravs de
diagramas que exibem, por exemplo, a deformao da viga. Acesse o comando Plot
Results > Deformed Shape para exibir a imagem da viga em deflexo (existe ainda a
possibilidade de plotar o contorno original, para comparao):
Y
Z 1X
10
11
12
13
14
15
A ttulo de comparao, o mesmo problema acima ser refeito, mas dessa vez
atravs da criao de um programa.
No programa, as etapas de pr-processamento, soluo e ps-processamento
devem ser ativadas por um comando especfico. Em seguida, os comandos so
digitados de acordo com a sintaxe definida pelo ANSYS (qualquer dvida, o help do
programa tem a sintaxe de cada comando). Comeando pela gerao da geometria,
que uma etapa de pr-processamento, deve-se definir os keypoints e em seguida a
linha, da seguinte forma:
/PREP7
K,1,0,0
K,2,1.5,0
L,1,2
OBS.: os termos aps o smbolo > so apenas informaes usadas para explicar cada
comando, logo no devem ser digitados no programa.
25
ET,1,PIPE16
MP,EX,1,200E9
MP,PRXY,1,0.3
R,1,0.0508,0.010
ESIZE,,15
LMESH,all
26
/SOLU
DK,1,ALL,0
FK,2,FY,-800
SOLVE
Geralmente quando se trabalha com programas, as etapas de psprocessamento so realizadas no modo interativo, mas tambm possvel inserir
comandos para plotar automaticamente os grficos, lembrando que deve-se ativar o
modo de ps-processamento antes. Um exemplo mostrado abaixo:
/POST1
PLDISP,2
27
4 Informaes Adicionais
4.1 Escolha dos Elementos
Esta uma das etapas mais importantes do estudo, pois esse elemento deve
atender adequadamente ao tipo de anlise a ser realizada bem como levar em
considerao o tipo de geometria criada. Cada elemento caracterizado por diversas
informaes, sendo que as principais so o nmero de ns, graus de liberdade,
constantes reais e propriedades de material aplicveis e tipos de carregamentos aos
quais podem ser submetidos.
O ANSYS possui uma grande quantidade de elementos, cada um com suas
prprias caractersticas e aplicaes. Desta forma, sero apresentados aqui apenas os
mais usados, de acordo com o tipo de geometria:
1 Geometrias adimensionais
Essa a geometria mais elementar que pode ser criada no ANSYS, que
consiste de um ponto do espao, ou seja, uma massa pontual representada por um
keypoint. S existe um elemento para esse tipo de geometria:
-
2 Geometrias unidimensionais
Embora possam parecer muito simples, as geometrias desse tipo podem ser
muito teis, pois exigem o menor tempo de processamento. Com elas, estruturas
bastante complicadas como trelias podem ser estudadas facilmente. As geometrias
unidimensionais sero compostas apenas por linhas e curvas, podendo estar
dispostas em um plano ou no espao.
Uma caracterstica bastante comum nesses elementos que devem ser
criadas constantes reais para definir as propriedades geomtricas de sua seo
transversal, bem como outros parmetros. Os principais elementos so:
-
28
BEAM : esse elemento usado para representar vigas em geral, suportando alm
de trao e compresso carregamentos de flexo. Atravs da configurao das
opes do elemento (keyopts), pode-se selecionar o tipo de seo transversal
(retangular, tubular, circular ou geral). Os elementos BEAM3 (2D) e BEAM4 (3D)
so mais simples, apenas para regime elstico, enquanto o BEAM23 (2D) e
BEAM24 (3D) podem levar em considerao efeitos de plasticidade e flambagem.
Os elementos BEAM54 (2D) e BEAM44 (3D) trabalham com sees transversais
irregulares.
3 Geometrias bidimensionais
Neste caso, so usadas reas, que podem estar limitadas a um plano apenas
ou dispostas no espao.
-
29
com deslocamentos e rotaes em relao aos trs eixos. O SHELL63 tem como
adicional a capacidade de aplicao de foras de flexo e de membrana, mas por
ser um elemento de 4 ns, pode no se adaptar a certas geometrias. Nesses
casos, usa-se o elemento de 8 ns SHELL93. Caso seja necessrio realizar um
estudo trmico, esto disponveis os elementos SHELL57 e SHELL131.
4 Geometrias tridimensionais
Ao trabalhar com geometrias tridimensionais, no ser necessrio estabelecer
constantes reais relacionadas geometria, pois todas as dimenses esto definidas.
Nesses casos a anlise geralmente mais demorada, mas utilizando adequadamente
o elemento podem ser conseguidos resultados muito precisos.
SOLID : existem diversos tipos de elementos, sendo que o mais indicado por sua
flexibilidade e por se adaptar facilmente mesmo em geometrias muito complexas o
SOLID92, composto por 10 ns dispostos de forma tetragonal, suportando diversos
carregamentos e plasticidade. Outro elemento que tambm bastante usado o
SOLID95, composto por 20 ns dispostos em forma de bloco. Suas verses para
carregamentos trmicos so o SOLID87 e SOLID90 respectivamente. Existe ainda o
elemento SOLID98, tambm de forma tetragonal, porm usado para problemas
acoplados.
30
ET,1,PLANE82, , , 2
31
32
Clicando no boto
ao eixo Y do grfico, j que o eixo X definido para o tempo. A tela que se abre
idntica ao do ps-processador, onde deve ser selecionada a propriedade a ser
plotada. Por fim, seleciona-se o n onde ser feita a leitura. Sero exibidos os valores
mximo e mnimo para essa propriedade. Clicando no boto
ANSYS
pode
exibir uma curva como a mostrada abaixo, mostrando o comportamento dessa varivel
ao longo do tempo.
33
34
1 Inicializao do arquivo
recomendado iniciar o arquivo TXT com os seguintes comandos, para fechar
os arquivos que estejam abertos e para limpar a memria:
FINISH
/CLEAR, START
Outro comando que pode ser usado mostrado abaixo, para a definio do
nome do arquivo:
2 Seleo de Etapas
Esses comandos so usados para indicar a ativao de uma determinada
etapa de programao. Lembre-se que certos comandos s podem ser usados em
determinadas etapas (por exemplo, os comandos para criao de geometria s podem
ser usados durante o pr-processamento).
/PREP7
> Pr-processador
/SOLU
> Soluo
/POST1
/POST26
3 Gerao de Geometria
Geralmente o programa ser usado para a criao de geometrias simples, no
mximo at elementos planos.
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L, (kp1) , (kp2)
Cria uma linha reta entre os pontos kp1 e kp2
4 Operaes Booleanas
Essas operaes consistem de comandos usados para somar e subtrair reas,
localizados no menu Modeling > Operate. Os comandos mais comuns so os
seguintes:
36
5 Definio de parmetros
Esses parmetros constituem principalmente as constantes reais e as
propriedades do material, bem como a escolha do elemento.
EX : mdulo de elasticidade
ALPX : coeficiente de dilatao trmica linear
PRXY : coeficiente de Poisson
MU : coeficiente de atrito
C : calor especfico
DENS : massa especfica
KXX : condutividade trmica
HF : coeficiente de pelcula
37
38
Deslocamentos
Os deslocamentos so definidos pelos comandos D, DK, DL e DA, usados
respectivamente para ns, keypoints, linhas e reas. Os comandos seguem a sintaxes
abaixo:
D, (n do n) , (label) , (valor)
DK, (n do keypoint) , (label) , (valor)
DL, (n da linha) , (n da rea relativa) , (label) , (valor)
DA, (n do rea) , (label) , (valor)
Foras
As foras so aplicadas diretamente em ns (comando F) ou em keypoints
(comando FK), seguindo a mesma sintaxe, mostrada abaixo:
F, (n do n) , (label) , (valor)
FK, (n do keypoint) , (label) , (valor)
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Carregamentos Superficiais
Os carregamentos superficiais representam todo tipo de carregamento
distribudo em linhas (comando SFL) e reas (comando SFA). Tambm podem ser
aplicadas em ns ou elementos, embora essa prtica no seja muito usual. A sintaxe
mostrada abaixo:
PRES : presso
CONV : conveco
HFLUX : fluxo de calor
RAD : radiao
Deletando carregamentos
Muitas vezes em anlises transientes pode-se desejar retirar um ou mais
carregamentos, indicando que estes deixaram de atuar na pea. Para isso, so
usados os comandos abaixo, que possuem a mesma nomenclatura dos comandos
para aplicao, porm seguidos do sufixo DELE.
40
7 Soluo
TIME, (tempo)
Usado geralmente em anlises transientes, permite definir o instante de tempo
antes da realizao dos clculos. Muitas vezes o valor do tempo ser definido por uma
varivel cujo valor incrementado gradativamente por um comando *DO.
DICA : para melhor exemplificar como essa diviso realizada, imagine que em um
programa seja criado uma repetio por meio de um comando *DO, com um
incremento de 5. Dessa forma, apenas usando a essa partio, os tempos seriam
incrementados da seguinte maneira:
41
42
*ENDDO
Essa instruo usada para marcar o final do intervalo a ser repetido pelo
comando *DO.
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EQ
Igual a
NE
Diferente de
GT
Maior que
LT
Menor que
GE
Maior ou igual a
LE
Menor ou igual a
*ELSE
Esse comando similar ao *IF, porm as instrues identificadas por ele sero
executadas se a condio estabelecida pelo *IF no for satisfeita.
*ENDIF
usado para finalizar a condicional iniciada pelo *IF.
O ANSYS exibe a pergunta Entre com o nmero de divises e aguarda que o usurio
digite um valor, que ser arquivado na varivel n. O valor padro (10 no exemplo)
usado caso nenhum valor seja digitado.
44
6 Dicas
6.1 Salvando imagens
Normalmente ser necessrio na execuo de um projeto registrar a
distribuio dos resultados, como tenses e deformaes. A representao visual,
atravs de uma escala de cores uma maneira bastante intuitiva e prtica de exibir os
resultados de um estudo, como foi visto nos exemplos.
Muitas vezes, deseja-se usar essas imagens em um relatrio de projeto. O
ANSYS permite, portanto, salvar a tela atravs do comando Hard Copy, localizado no
menu PlotCtrls. A opo To Printer envia a imagem diretamente para uma
impressora, enquanto a opo To File permite salv-lo em um arquivo.
Pode-se escolher diversos formatos de arquivo. Os dois formatos principais,
geralmente mais usados so os seguintes:
A opo Reverse Video faz com que o ANSYS inverta as cores, fundamental
para tornar o fundo da tela branco. Pode-se escolher tambm a orientao da figura
(Portrait ou Landscape).
As imagens so sempre salvas no diretrio de trabalho. Pode-se mudar o nome
de arquivo padro definido pelo ANSYS. Porm, necessrio tomar cuidado, pois
esse comando no verifica se j existe um arquivo de mesmo nome. Caso isso
acontea, o novo arquivo ser salvo sobre o anterior.
O comando Hard Copy permite salvar a tela exibida pelo ANSYS, logo pode
ser usado no apenas para gerar imagens dos resultados, mas tambm da geometria,
dos carregamentos e da malha de elementos finitos.
45
46
O nmero da janela, a no ser que tenha sido trocado, geralmente ser 1. Para
o caso acima, o comando que poderia ser usado seria (sabendo que para o material
acima o escoamento de 250 MPa):
/CONT,1,9,0, ,250E6
47
Para um fator de escala real, deve-se usar o valor 1. Digitando a opo AUTO
como fator, ser usada a escala automtica do ANSYS.
/ESHAPE, (escala)
/EHAPE,1
48
49
1 Salve o arquivo com a mesma unidade que ser usada no ANSYS (em geral,
metros);
2 Procure fazer a geometria a mais simplificada possvel, eliminando detalhes cuja
influncia nos resultados nula ou desprezvel, como pequenos raios de adoamento
e outros detalhamentos. A presena dessas geometrias exige a aplicao de uma
malha muito fina, aumentando o tempo de processamento.
3 Em peas simtricas, utilize os recursos de simetria do ANSYS para facilitar a
anlise. Desta forma, em peas desse tipo basta criar metade ou um quarto do total
para a realizao do estudo.
50
7 Exerccios
Nesta parte da apostila sero apresentados alguns exemplos de exerccios,
todos eles na forma de programas a serem importados no ANSYS, com instrues at
a etapa de soluo. Os exemplos aqui apresentados buscam abordar diversas
situaes comuns em problemas de engenharia. Todos os programas possuem
cometrios para facilitar a compreenso.
/PREP7
! dimenses da pea (em metros)
h = (1/2)*25.4e-3
l = 4*h
elem = h/ 20
! tamanho do elemento
51
! propriedades do material
MP,EX,1,200E9
MP,PRXY,1,0.3
! ESIZE,(tamanho),(num. divises)
! criao da malha
AMESH,all
! condies de contorno
DL,7,1,all,0
! DL,(num.linha),(num.rea da linha),(grau de
liberdade),(valor)
DL,6,2,all,0
FK,4,fy,-1000
/SOLU
SOLVE
52
/PREP7
! dimenses da pea (em metros)
h = (1/2)*25.4e-3
l = 4*h
elem = h/10
! tamanho do elemento
53
! criao da rea
AL,1,10,8,7
AL,6,8,9,5
AL,2,3,4,9,10
! propriedades do material
MP,EX,1,200E9
MP,PRXY,1,0.3
! ESIZE,(tamanho),(num. divises)
! criao da malha
AMESH,all
! condies de contorno
DL,7,1,all,0
! DL,(num.linha),(num.rea da linha),(grau de
liberdade),(valor)
DL,6,2,all,0
/SOLU
ANTYPE,4
! variveis definidas
f0 = 20
tf = 120
NLS = 100
! amplitude da fora
! tempo final
! Nmero de loadsteps ( quantidade de etapas atraves do
qual o carregamento sera aplicado)
*DO,I,1,NLS,1
F = f0*sin(t)
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FK,4,FY,F
! aplicao da fora
TIME,t
nropt,full
lumpm,0
NSUBST,5
autots,off
lnsrch,on
outres,all,all
kbc,0
SOLVE
*ENDDO
/PREP7
! dimenses da pea (em metros)
h = (1/2)*25.4e-3
l = 4*h
55
! criao da rea
AL,1,2,3,4
! propriedades do material
MP,DENS,1,7900
MP,C,1,422
MP,KXX,1,46
! criao da malha
AMESH,1
! CONDICAO DE CONTORNO
! aplicao de temperatura constante, regiao adiabatica T= 473 k
DL,4,1,TEMP,473
! DL,(num.linha),(num.rea da linha),(grau de
liberdade),(valor). O comando DL,,,TEMP, indica uma
regio adiabtica a temperatura definida em seguida,
em Kelvin
LSEL,U,LOC,X,x1,x1
SFL,ALL,CONV,hi,,Ti
56
ALLSEL,ALL,ALL
/SOLU
ANTYPE,4
TIME,120
nropt,full
lumpm,0
NSUBST,60
autots,off
lnsrch,on
outres,all,all
kbc,0
SOLVE
7.4 Problema Termo-Mecnico
/PREP7
!ESTUDO DAS DISTRIBUICOES DE TEMPERATURA A DAS TENSOES RESIDUAIS
GERADAS POR ELAS
!ESTUDO REALIZADO EM DOIS MOMENTOS
!PRIMEIRO MOMENTO DO ESTUDO, rea 1 ser desconsiderada, correspondendo
ao cordo de solda
!SEGUNDO MOMENTO DO ESTUDO, rea 1 ser parte da estrutura
! tamanho do elemento
57
! criao da geometria
x1 = 0
y1 = h
x2 = t
y2 = y1
x3 = x2
y3 = h/2
x4 = x1
y4 = y3
x5 = x1
y5 = 0
x6 = x3
y6 = y5
x7 = l
y7 = y5
x8 = x7
y8 = y2
k,1,x1,y1
k,2,x2,y2
k,3,x3,y3
k,4,x4,y4
k,5,x5,y5
k,6,x6,y6
k,7,x7,y7
k,8,x8,y8
l,1,2
l,2,3
l,3,4
l,4,1
l,4,5
l,5,6
l,6,3
l,6,7
l,7,8
l,8,2
al,1,2,3,4
al,3,5,6,7
al,2,7,8,9,10
! propriedades do material (propriedade para a realizao de um estudo acoplado de
comportamento trmico e mecnico )
!propriedades trmicas
MP,DENS,1,7900
MP,C,1,422
MP,KXX,1,46
!propriedades mecnicas
MP,EX,1,200E9
MP,PRXY,1,0.3
58
ESIZE,elem
AMESH,all
SFL,5,CONV,100,,293
SFL,6,CONV,100,,293
SFL,8,CONV,100,,293
SFL,9,CONV,100,,293
SFL,10,CONV,100,,293
DL,1,1,TEMP,873
DL,4,1,TEMP,873
TUNIF,293
/SOLU
ANTYPE,0
! tempo final
! Newton Raphson = full,
esel,s,elem,,1,64
59
ekill,all
ALLSEL,ALL,ALL
outres,all,all
kbc,0
SOLVE
! SEGUNDO MOMENTO DE ANLISE (rea 1 considerada parte da estrutura)
TIME,2
nropt,full
esel,s,elem,,1,64
ealive,all
ALLSEL,ALL,ALL
outres,all,all
kbc,0
SOLVE
60
8 Anexos
8.1 Tabela de Elementos
Classification
Structural Point
Structural Line
Structural Beam
2-D
3-D
2-D
3-D
2-D
Structural Solid
3-D
2-D
Structural Shell
3-D
Structural Pipe
Structural Interface
Structural Multipoint
Constraint Elements
Structural Layered
Composite
MPC184
SOLID46, SHELL91, SHELL99, SOLID191
Explicit Dynamics
Hyperelastic Solid
Visco Solid
Thermal Point
Thermal Line
Thermal Solid
Thermal Shell
Thermal Electric
Fluid
Magnetic Electric
Electric Circuit
Electromechanical
Coupled-Field
Contact
Combination
Matrix
Infinite
Surface
Meshing
Elements
MASS21
LINK1
LINK8 , LINK10, LINK11, LINK180
BEAM3, BEAM23, BEAM54
BEAM4, BEAM24, BEAM44, BEAM188, BEAM189
PLANE2, PLANE25, PLANE42, PLANE82, PLANE83, PLANE145,
PLANE146, PLANE182, PLANE183
SOLID45, SOLID64, SOLID65, SOLID92, SOLID95, SOLID147,
SOLID148, SOLID185, SOLID186, SOLID187
SHELL51, SHELL61
SHELL28, SHELL41, SHELL43, SHELL63, SHELL93, SHELL143,
SHELL150, SHELL181
PIPE16, PIPE17, PIPE18, PIPE20, PIPE59, PIPE60
INTER192, INTER193, INTER194, INTER195
2-D
3-D
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9 Bibliografia
University
of
Alberta
ANSYS
Tutorial.
Disponvel
em
<http://www.mece.ualberta.ca/tutorials/ansys/index.html>.
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