TCC - Dislexia Na Alfabetização
TCC - Dislexia Na Alfabetização
TCC - Dislexia Na Alfabetização
FACULDADE SUMAR
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
DISLEXIA NA ALFABETIZAO
Qual a postura dos professores perante uma criana dislxica
So Paulo
2015
VIVIANE FERREIRA DOS SANTOS
RITA DE CSSIA ACOSTA
DISLEXIA NA ALFABETIZAO
Qual a postura dos professores perante a criana dislxica
So Paulo
2015
VIVIANE FERREIRA DOS SANTOS
RITA DE CSSIA ACOSTA
DISLEXIA NA ALFABETIZAO
Qual a postura dos professores perante a criana com dislexia.
EXAMINADORA
________________________________________
Prof. Sara Lacerda
A Deus, q nos criou e foi criativo nesta
tarefa. S flego d vida m mm m f
sustento m d coragem para questionar
realidades propor sempre m novo mundo
d possibilidades.
AGRADECIMENTOS
minha orientadora Sara Lacerda, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas
suas correes e incentivos.
Obrigada meus filhos Jessica, Guilherme e Larissa e meu marido, Marcos, que ns
momentos de minha ausncia dedicados estudo superior, sempre fizeram entender que,
futuro feito partir da constante dedicao no presente!
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formao, o meu muito
obrigado.
AGRADECIMENTOS
Aos meus filhos Cristiane e Lucas por me incentivarem nos estudos, agradecendo ainda
familiares, amigos e tambm uma amiga em especial Viviane.
EPGRAFE
Cora Coralina
LISTAS DE ABREVIAES E SIGLAS
The aim of our research is to find theoretical support to understand the practice of the
teacher and how this occurs in the context of the classroom in the initial series, we sought
to address the look of the educator, related to methods and learning difficulties of children
with dyslexia, its characteristics the procedure for diagnosis and treatment. The theoretical
course is supported on the contributions of Mauro Muskat and Sueli Rizzutti. The empirical
field research was developed from data collection through a questionnaire with open
questions seeking to analyze the role for teachers in the child's learning. The research
aimed to analyze some practical data in the classroom every day, with theories seeking to
understand the problem in the context of the room and the learning opportunities in the
literacy of students with disorder, we realize the difficulty of teachers to recognize children
with dyslexia to be a common trait among children with learning difficulties and complexity
that is to get to the diagnosis made by a multidisciplinary medical team. Also examined the
most appropriate methods for working with children who have dyslexia, and how this
happens on a daily basis in a regular classroom because the teacher has the task of
teaching to everyone and at the same time have a different view to the specificities of
each.
1. INTRODUO ........................................................................................................1
2. CAPITULO I: DISLEXIA
2.1 O Direito De Incluso Para Crianas Com Dislexia ..........................................2
2.2 A Histria Da Dislexia .......................................................................................3
2.3 Caracterstica E Diagnstico ............................................................................4
2.4 Tratamento ......................................................................................................6
REFERENCIAL TERICO........................................................................................34
REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS ..........................................................................37
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INTRODUO
pesquisa mais a fundo por conta prpria, e assim quando tivemos que decidir um tema de
pesquisa para ser estudado para a realizao do Trabalho de Concluso de Curso logo
pensamos em Dislexia por muito nos identificar com as caractersticas de um desleixo.
Diante disto, realizamos uma pesquisa de natureza qualitativa, que busca analisar
individualmente cada sujeito, para coleta de dados, foi realizado um questionrio com
questes abertas e aplicada para algumas professoras de escolas pblica. Nossa pesquisa
est embasada nos seguintes tericos Mauro Muszutti, Sueli Rizzutti, Fernando Capovilla,
Emlia Ferreiro. Desta forma, decorremos dos seguintes temas de captulos sendo o
primeiro Dislexia, Dislexia na Alfabetizao, Contexto: Oralidade e Escrita e Pesquisa.
CAPITULO l: DISLEXIA
Desde muito tempo atrs, j existia crianas com algum tipo de irregularidade na
sala de aula. Segundo MESGEAVIS, antigamente as crianas que nasciam com algum
defeito fsico ou mental, eram deixados em lugares assediados por bichos, que por muitas
das vezes as mutilavam ou matavam.
A palavra dislexia algo novo ainda ente ns, crianas com dificuldade em
aprendizagem sempre existiu em sala de aula.
A histria da Dislexia
superar as dificuldades e traar novas rotas celebrais para entender com perfeio um
texto.
De acordo com o que diz o autor acima a criana com dificuldade na leitura e
escrita facilmente confundida com um dislxico, porm s pela leitura e escrita no
possvel identificar este tipo de distrbio, mas sim por um conjunto de caractersticas.
Caractersticas e diagnostico
A avaliao diagnostica da dislexia do ponto de vista funcional, no que ser refere ao desempenho
nas provas de leitura e escrita, deve abranger basicamente trs aspectos fundamentais:
Discrepncia entre o mal desempenho na leitura quando comparado com o seu desempenho
cognitivo;
Tratamento
O dislxico deve ser tratado com naturalidade pois ele um aluno como
qualquer outro; apenas, dislxico. A ltima coisa para a qual o diagnstico deveria
contribuir seria para (aumentar) a sua discriminao.
A criana com dislexia tem uma histria de fracasso e cobranas que a faz
se sentir incapaz. Motivava-la exigira de ns mais esforo e disponibilidade
do que dispersamos aos demais.
Melhorando a autoestima.
O aprendizado precisa passar por uma estrutura celebrais para que as funes
especficas sejam elaboradas com eficincia. A integridade cerebral fundamental para
que o aprendizado acontea; no entanto, somente isso no suficiente, necessria um
conjunto de outras funes como coordenao motora, viso etc.
Uma educao para todos precisa valorizar a heterogeneidade, pois a diversidade dinamiza
os grupos, enriquece as relaes e interaes, levando a despertar no educando o desejo
de se comprometer e aprender. Desta forma, a escola passa a ser um lugar privilegiado de
encontro com o outro, para todos e para cada um, onde h respeito por pessoas
diferentes.
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na escola que a dislexia, de fato, aparece. H dislxicos que revelam suas dificuldades em
outros ambientes e situaes, mas nenhum deles se compara escola, local onde a leitura
e escrita so permanentemente utilizadas e, sobretudo, valorizadas. Entretanto, a escola
que conhecemos certamente no foi feita para o dislxico. Objetivos, contedos,
metodologias, organizao, funcionamento e avaliao nada tm a ver com ele. No por
acaso que muitos portadores de dislexia no sobrevivem escola e so por ela preteridos.
E os que conseguem resistir a ela e diplomar-se o fazem, astuciosa e corajosamente, por
meio de artifcios, que lhes permitem driblar o tempo, os modelos, as exigncias
burocrticas, as cobranas dos professores, as humilhaes sofridas e, principalmente, as
notas.
Neste contexto, o educador deve estar aberto para lidar com as diferenas, e como
Frederic Litto, da Escola do Futuro da USP coloca:
Dislexia e Alfabetizao
humana que tem por finalidade maior promover a incluso de todo ser humano no
universo mgico da linguagem.
O pensamento da autora acima vai ao encontro do que diz Mauro e Sueli Rizzutti para os
dois, fundamental que o docente tenha conhecimento de prticas educativas eficientes
que ajude a criana na alfabetizao levando em considerao seu contexto histrico.
Identificao de slabas
Comparao de slabas
Recombinao fonolgica
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Por tanto a prosdia da fala localizada na parte posterior do giro temporal est
localizada na seo superior do hemisfrio cerebral direito (rea anloga de wernick). Por
outro lado, a ortografia est localizada na regio posterior do giro frontal inferior direito
(anloga da rea Broca).
Desta forma o exame do aspecto prosdico da fala pode ser realizado por meio
da observao gestual da interao da criana e na compreenso do aspecto emocional no
contexto da linguagem.
Porm a prosdia verbal pode ser testada pedindo-se a criana que oua frase
do examinador e diga se a frase alegre, triste ou de raiva (dependendo da entonao). A
criana demostrar tambm habilidades de expressar as emoes em uma determinada
deciso.
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Com a necessidade de registrar, algo muito importante que poderia ser usado ou lembrado
no futuro, ou at mesmo contar a quantidade de objetos, quantia de pesca, caa etc, eles
criaram o alfabeto que aos poucos foram-se transformando no que conhecemos hoje.
Em sua citao, o autor fala de uma maneira clara e transparente no qual envolve o clculo
mental das unidades sonoras facilitando a aprendizagem e o desenvolvimento da criana
em relao a ela e o meio do qual faz parte.
Segundo mauro, baseou sua tese nas pesquisas de morais, no qual, vem relatando e
afirmando que o fracasso vem sendo apresentado por algumas crianas, mas ns achamos
que o fracasso no depende das crianas com problemas, mas de um olhar voltado para a
mudana da didtica do professor na sala de aula.
(...) De acordo com o autor, a nossa linguagem falada, diferente da lngua falada em Portugal, se
essa linguagem ocorresse seria mais difcil a aprendizagem das crianas com dislexia, sendo que no
geral demora algum tempo para o professor perceber a dificuldade do aluno.
3.2 Linguagem
De acordo com o autor acima, para que a criana consiga escrever um texto ou palavras
com coeso e coerncia preciso que a mesma, tenha o domnio dos quatro sistemas de
aquisio da linguagem.
4.1 Metodologia
Analise de dados
[...] Sim, durante o curso de Pedagogia, Educao Especial e Psicopedagogia. (Professora A).
necessrio que o professo, tenha um olhar mais apura para reconhecer a criana com
dislexia, em meio as outras com caractersticas semelhantes a esse distrbio e no cair no
senso comum de igualar a todos sem respeitar a heterogeneidade de cada um e vivenciar
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desafio em lidar com diferentes tipos de aprendizagens pois uns aprendem rpido,
aprendem metodologias diferentes e contextualizadas, outros no.
Este estudo procurou saber: aps ser identificado o aluno com caractersticas
dislxicas. Qual o prximo passo a ser dado e assim responderam:
[...] Quando uma famlia gera um filho ela tem toda uma expectativa,
Quando a me grvida ela espera um filho normal Normalmente
eles entendem a dislexia como uma deficincia dependendo da
escola do nvel cultural de letramento das pessoas ento preciso de
um aparato muito grande para conversar com essa famlia e ter o
apoio para que eles entendam que quando a criana no faz a lio,
no para apanhar em casa por achar que se no faz porque
preguioso como normalmente acontece com pessoas que tm
dislexia, essa dificuldade gera transtorno e preciso preparar essas
famlias porque tem famlia que no compreende tem que tomar
muito cuidado quando lida com a estrutura familiar. (Professora B).
[...]O dislxico tem dificuldade para lidar com tempo. Seu ritmo para
organizar-se copiar e concluir suas atividades mais lento que a mdia da
classe. Tem dificuldade para lidar com o espao, com a prpria utilizao de
material didtico, com rgua, caderno e livro, ao mesmo tempo. Tem
dificuldades com desenho geomtrico, mapas, aplicao terica de
conceitos, linguagem subjetiva simblica, apresenta disgrafia - fora das
pautas, das margens e, disortogrfica omisso ou acrscimo de letras.
Enfim tudo para o dislxico muito difcil. (Fernandes; Penna, 2008 p. 45)
[...] necessrio que a relao afetiva seja fortalecida, para que as prticas
educativas tenham efeito, respeitando e aceitando a criana como ser em
construo que, por alguma razo, necessita de uma ateno a mais
centrada. Nessa interao, deve-se sobrepor o respeito, o carisma e a
empatia para que o vnculo de confiana seja construdo, visando a
integrao da criana na sociedade (Fernandes; Penna, 2008 p. 40)
fundamental as interaes entre as crianas, segundo Vygotsky por meio das interaes
que acontece o aprendizado, por tanto importante que o educando esteja com uma boa
auto estima para que o mesmo no seja prejudicado em sua socializao e aprendizado.
E por ltimo perguntamos a elas se a direo disponibilizava outra professora para o auxlio
desse aluno. (Professora A) respondeu que nas escolas da prefeitura de So Paulo sim. Foi
a nica rede em que trabalhei que conta com o apoio de uma outra professora
especializada. (Professora B) normalmente em sala de aula a criana que acompanhada
por um estagirio ela tem algum tipo de deficincia, a criana dislxica ela no
considerada a ponto de necessitar desse apoio, no caso da prefeitura ela s envia esse
segundo professor se for uma criana com deficincia e no com um distrbio.
[...]A escola sem dvida construda por sua comunidade e, assim como o
gestor ou a equipe diretiva da unidade tem seu papel na organizao do
projeto escolar, preciso que toda comunidade esteja envolvida na
implementao e construo do projeto. Assim, professores e estudantes
so fundamentais na articulao do projeto da escola e devem participar
ativamente da sua construo. Na Educao Integral, todos so
corresponsveis e trabalham juntos na construo de uma educao de
qualidade. (Mariana Fonseca, Agda Sardenberg, 2013)
Consideraes Finais
Para responder essa pergunta, fomos a campo e entrevistamos vrios professores, porm,
somente duas professoras, de escolas diferentes responderam nosso questionrio, os
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professores que tinham mais tempo no cargo tinham receio ou no sabiam responder. A
nossa ida a campo para colher os dados foi muito interessante, no incio ficamos muito
desanimada pois no encontrvamos escolas com crianas diagnosticada, foi ento que
percebemos a complexidade que para chegar ao diagnstico, a criana passa por um
processo muito longo at chegar ao laudo. A escola encaminha para a Santa Casa e l ela
colocada em uma lista de espera, que pode durar at 2 anos, quando de fato essa criana
consegue passar por uma equipe de mdicos multidisciplinar, ainda leva mais tempo para
conseguir o diagnstico. Entre ida e vinda para acharmos o local onde faramos nossa
pesquisa, um fato nos chamou a ateno, abordamos um professor, de uma determinada
escola e perguntamos se ele tinha alguma criana dislxica em sua sala, ele nos respondeu
que iria prestar ateno" pois nunca havia reparado nas dificuldades das crianas. Em
muitas dessas escolas que ns fomos, percebemos a insegurana dos professores mais
antigos de falar sobre esse assunto. Por outro lado, o governo est disponibilizando cursos
gratuitos para esses professores que esto a muito tempo na rede pblica. Das duas
escolas em que fizemos nossa pesquisa, a que chamou mais ateno foi a escola situada no
bairro de Jardim Pirituba. L todas as professoras so especializadas em incluso, uma
escola de rede pblica, porm a diretora tem uma metodologia bem diferenciada das
outras escolas ao entorno, l tem bastante crianas especiais, alm das professoras em sala
de aula eles tem tambm professoras interprete para os surdos e mudos, todas as salas
tem Datashow.
Escolhemos o tema dislexia, por muito nos identificarmos com tema mais que isso,
descobrimos tipo de distrbio que mais comum do que parece ser nos dias de hoje,
podemos ver a quantidade absurda de crianas ou at mesmo adultos que nunca foram
diagnosticados por vrios motivos, fora a burocracia que os dislxicos enfrentam para
chegar a um possvel laudo mdico vendo essa carncia decidimos fazer uma pesquisa a
campo para coletar dados e sentir de perto como as escolas andam lidando com esse
grande Tabu, nos deparamos com cenas lamentveis, a professoras de todos os tipos,
foram alarmantes os dados colhidos percebemos que pouco se fala sobre o assunto
dislexia, muitos dos professores principalmente os mais antigos esto totalmente
despreparados para trabalhar com crianas esse tipo de distrbio, alguns deles nem
sequer sabia o que era a dislexia chamavam de doena ficamos horrorizados de nos
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deparar com uma realidade to chocante quanto essa, por outro lado, encontramos entre
os professores duas docentes que puderam conversar com mais conhecimento e nos
mostraram que nem tudo ainda est perdido elas foram de extrema importncia para
nossa pesquisa nos ajudaram com a nossa sequncia de perguntas e vendo esses dados
alarmantes, resolvemos com a ajuda das suas professoras e das respostas dela abordar o
assunto dislexia e fazer um passo a passo para entender melhor o que dislexia
caractersticas como lidar com a criana dislxica em sala de aula quais so os possveis
tratamentos.
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REFERENCIAL TERICO
[...] necessrio que a relao afetiva seja fortalecida, para que as prticas
educativas tenham efeito, respeitando e aceitando a criana com ser em
construo que, por alguma razo, necessita de uma ateno a mais
centrada. Nessa interao, deve-se sobrepor o respeito, o carisma e a
empatia para que o vnculo de confiana seja construdo, visando a
integrao da criana na sociedade (Fernandes; Penna, 2008 p. 40)
O dislxico tem dificuldade para lidar com tempo. Seu ritmo para organizar-
se copiar e concluir suas atividades mais lento que a mdia da classe. Tem
dificuldade para lidar com o espao, com a prpria utilizao de material
didtico, com rgua, caderno e livro, ao mesmo tempo. Tem dificuldades
com desenho geomtrico, mapas, aplicao terica de conceitos, linguagem
subjetiva simblica, apresenta disgrafia - fora das pautas, das margens e,
disortogrfica omisso ou acrscimo de letras. Enfim tudo para o dislxico
muito difcil. (Fernandes; Penna, 2008 p
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REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BRASILEIRA, Associao de dislexia. Como interagir com o dislxico em sala de aula. The
internacional dislexia association. So Paulo, 2009.
HADDAD, Srgio; DI PIERRO, Maria Clara. Escolarizao de jovens e adultos. Revista Brasileira de
Educao. Campinas, n. 14, p. 108-130, maio/ago. 2000
http://www.psicopedagogia.com.br/new1_artigo.asp?entrID=1389#.Vl5RenarTIU
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm
Fonte: PORTAL EDUCAO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado
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http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/52946/a-heterogeneidade-em-sala-de-
aula#ixzz3rEoaixqD