TCC Otimização Estrutural
TCC Otimização Estrutural
TCC Otimização Estrutural
A Deus, por ter me dado a vida, sustent-la e me ensinar o melhor modo de usufru-la.
Aos meus pais, Paulo e Joslia, pelo empenho para que eu obtivesse uma boa
educao.
Aos meus Avs, Otlia e Jos Andrade, pelo amor que sempre me demonstram.
Ao CAA/UFPE e a todos os professores, em especial os do curso de Engenharia Civil.
Aos meus orientadores, Gustavo e Giuliana, pelos ensinamentos e ateno.
Aos meus colegas de curso, em especial Martina, Arthur e Heverton, pelo
companheirismo e pelas muitas ajudas ao longo desses cinco anos.
Aos meus queridos amigos Mauricio, Giuseph, Gustavo, Brenno, Jurandir e aos casais
Maria e Paulo Eugnio e Juraci e Jos Diniz. A amizade de vocs traz muita felicidade para
minha vida.
No sei o que pareo ser para o mundo, mas, para mim
mesmo, s pareo ter sido um menino brincando beira
do mar, e divertindo-me de vez em quando com achar uma
pedra mais lisa ou uma concha mais bonita do que
costuma ser, ao passo que o grande oceano da verdade
jazia diante de mim ainda todo por descobrir.Sir Isaac
Newton.
RESUMO
The present work aimed to develop a computer program for the structural optimization
of plane trusses with the use of classical linear programming algorithms. For structural
analysis we used the Finite Element Method, and to optimize the existing linear programming
algorithm in MATLAB. In the developed program minimizes the weight of the structure,
taking as variables the project areas of the cross sections of the bars and having one of the
following restrictions: flexibility, stress or stress and local buckling. To validate and verify
the performance of the implemented program are presented classical problems of structural
optimization. The results show significant reductions in final weight of the structure.
6 CONCLUSO ....................................................................................................... 38
7 SUGESTES PARA TRABALHOS FUTUROS ................................................. 39
8 REFERNCIAS ..................................................................................................... 40
1
1 INTRODUO
(a) (b)
(c) (d)
Figura 1.1 Exemplos de aplicao de trelias: (a) ponte, (b) cobertura de anfiteatro, (c) cobertura de
galpo e (d) torres de transmisso de energia. Fonte: a, b e c, TRELIAS E ESTRUTURAS
TRELIADAS; d, SABINO (2010).
1.1 Justificativa
1.2 Motivao
Tem se tornado cada vez mais comum, para dimensionamento estrutural, a utilizao
de softwares estruturais comerciais que, em geral, utilizam mtodos de otimizao. V-se
ento, a importncia para o aluno de graduao de conhecer a estrutura interna desses
programas e sua inter-relao com os fundamentos tericos, para que ao utilizar qualquer um
desses programas na sua experincia profissional, no se torne meramente usurio, mas esteja
capacitado de interpretar e avaliar de forma crtica os resultados obtidos.
Alm disso, o desenvolvimento deste trabalho permite complementar e amadurecer o
conhecimento adquirido durante o curso (como por exemplos das disciplinas de Clculo,
lgebra, Mecnica, Resistncia e Estabilidade), na medida em que este conhecimento
utilizado para se obter solues prticas no dimensionamento de estruturas de trelias.
1.3 Objetivos
2.1 Introduo
O Mtodo dos Elementos Finitos (MEF) uma ferramenta numrica que permite
solucionar problemas complexos de engenharia, onde, na maioria das vezes a soluo
analtica no possvel. No MEF um meio contnuo representado como um conjunto de
subdivises chamado de elementos finitos, no qual os elementos so interligados por ns ou
pontos nodais. A soluo aproximada das equaes diferencias que representam o problema
so obtidas a nvel de elemento mediante o uso de mtodos numricos. Dessa forma, reduz-se
o modelo matemtico contnuo em um modelo matemtico discreto.
O mtodo dos elementos finitos pode ser desenvolvido atravs de vrias abordagens
diferentes, como apresentado em ZIENKIEWICZ & TAYLOR (2000), BATHE (1996),
SORIANO (2009) e FISH & BELYTSCHKO (2009). As mais comuns so: o mtodo direto, a
formulao energtica e o mtodo dos resduos ponderados (mtodo de Galerkin). Neste
trabalho foi adotada a abordagem do mtodo direto, que a mais utilizada para se obter a
equao do elemento de barra (equao carregamentos-deslocamentos). As abordagens
descritas nos itens 2.2 e 2.3 so baseadas nas dedues apresentadas por FONSECA (2002).
E
A
P x
l
P x
l
e
A e
1 2 1 2
ux1 ux2 x ux1 ux2 x
L L
(a) (b)____
Figura 2.3 Elemento de barra
1 2
P1 P2
(2.2)
(2.3)
(2.4)
(2.5)
8
Note que, para um elemento de rea de seo transversal constante esta expresso
exata, o que implica que a tenso tambm constante ao longo do elemento. Considerando o
equilbrio dos ns 1 e 2, com auxlio da Figura 2.5, obtm-se, respectivamente, as equaes
(2.6) e (2.7)
(2.6)
(2.7)
(2.8)
(2.9)
1 xA xA
2
P1 P2
e a subseqente substituio da equao (2.5) nas expresses obtidas acima leva s equaes:
(2.10)
(2.11)
(2.12)
[ ]{ } { }
y
s s
us2 Ps2
2 2
e A e A
L L
us1 Ps1
1 1
(2.13)
Uma fora axial P pode ser decomposta em componentes nas direes x e y como:
(2.14)
(2.15)
10
(2.16)
{ } [ ]{ }
(2.17)
[ ]{ }
{ }
(2.18)
[ ]{ } { }
obtm-se:
(2.19)
[ ] [ ][ ]{ }
{ }
(2.20)
[ ]{ }
{ }
(2.21)
[ ]
(2.22)
{ }
(2.23)
{ }
(2.24)
12
3.1 Introduo
Minimizar
(3.1)
13
Sujeito a
onde:
= massa da estrutura,
= massa especifica do material da barra i,
comprimento da barra i,
= rea da seo transversal da barra i,
= tenso normal atuante na barra i,
= tenso de compresso admissvel na barra i,
= tenso de trao admissvel na barra i,
= carga crtica de Euler para a barra i,
= rea da seo transversal mnima admissvel para barra i,
= rea da seo transversal mxima admissvel para barra i,
= flexibilidade da estrutura,
= flexibilidade mxima admissvel para a estrutura,
= nmero de elementos (barras) da estrutura,
(linearizadas) antes de proceder a otimizao. Para aplicao deste mtodo foi utilizada a
rotina de Programao Linear, linprog, existente no programa MATLAB, sendo este um
programa robusto e amplamente utilizado na resoluo de problemas de engenharia.
3.3.1 Linearizao e Derivada do Trabalho das Foras Externas em Relao s reas das
Sees Transversais
(3.4)
Para minimizar a rea com restrio de trabalho das foras externas, parte-se da
desigualdade:
15
(3.5)
onde a trabalho das foras externas na barra i e um valor limite do trabalho das
foras externas fixo e conhecido para a barra i, ou seja, independe da rea da seo
transversal do elemento. Fazendo a derivada do trabalho das foras externas em relao s
reas e expandindo em srie de Taylor obtm-se (termos com ndice repetido indicam soma
implcita):
(3.6)
| |
(3.7)
A partir da equao (3.7) tem-se que preciso calcular a derivada do trabalho das
foras externas em relao varivel de projeto (seo da barra).
Derivando a equao (3.2) pela aplicao da regra da cadeia, obtm-se:
(3.8)
foras global constante com relao rea ( ). Dessa forma a equao (3.8) pode
(3.10)
16
A equao (3.10) uma expresso analtica geral, que pode ser utilizada no clculo do
trabalho das foras externas. Essa expresso, entretanto, no se encontra em uma forma
conveniente. A derivada da matriz de rigidez global diretamente calculada, pois tem
dependncia direta com a rea da barra, porm, precisa-se calcular a derivada de sua inversa.
Lembrando que qualquer matriz quadrada multiplicada pela sua inversa resulta em uma
matriz identidade de mesma dimenso, ou seja:
(3.11)
A matriz de rigidez global bem como sua inversa depende da rea. A matriz identidade
constante em relao s variveis de projeto. Assim, aplicando a regra da cadeia equao
(3.12), obtm-se:
(3.13)
(3.14)
(3.15)
(3.17)
(3.18)
(3.19)
(3.20)
(3.21)
(3.22)
(3.23)
(3.24)
preciso calcular o termo , sendo a derivada da fora interna em relao rea da seo
transversal.
Neste ponto importante ressaltar o fato de que a restrio de tenso local, ou seja,
pertence a cada elemento em seu sistema de coordenadas, mas por outro lado, qualquer
alterao na rea de qualquer elemento da estrutura causar alteraes na estrutura global.
Tem-se assim, uma grandeza local que interfere no comportamento global da estrutura o que
torna o clculo dessa derivada uma tarefa mais custosa do ponto de vista computacional.
Alm disso, se a estrutura no isosttica, os valores de tenso na barra so dependentes da
seo transversal, o que torna o problema um pouco mais delicado.
Um elemento de barra situado num sistema de coordenadas global x-y est orientado
em um sistema local de coordenadas s, como o mostrado na Figura (2.6), no qual os
deslocamentos ocorrem na direo da barra. Para recuperar os valores de tenso nas barras em
coordenadas locais necessrio o uso de uma matriz de rotao:
(3.25)
[ ] (3.26)
(3.27)
I III
II
1 2 3
(3.28)
[ ]
(3.29)
(3.30)
(3.31)
[ ]
calculado pela equao (3.14). Dessa forma, a equao (3.30) escrita da seguinte forma:
(3.32)
(3.33)
(3.34)
onde, o sinal negativo na fora interna, , usado para tornar positivo o lado esquerdo da
inequao das restries quando a barra esta sob compresso. a carga limite que a
fora interna da barra pode atingir sem que sofra flambagem, tambm conhecia como carga
critica de Euler. determinada pela equao a seguir:
(3.35)
(3.36)
(3.37)
(3.38)
(3.39)
[ ( )] ( )
(3.40)
( )
Observando que o termo s existe quando i = j e tem valor unitrio, caso contrrio
vale zero, pode-se empregar o delta de Kronecker. Ento, a equao (3.40) pode ser escrita
como:
(3.41)
(3.42)
[ ( )] ( )
(3.43)
[ ] [ ]
Para se efetuar uma otimizao mista, com restrio de flambagem local e tenso
(trao/compresso), foi desenvolvido um algoritmo que determina a cada iterao se a
solicitao interna em cada barra da estrutura mais crtica quanto flambagem ou quanto
carga de compresso. Essa deciso diminui o esforo computacional, pois a dimenso do
espao onde se busca a soluo reduzido, uma vez que no so considerados
simultaneamente flambagem, trao e compresso.
A deciso baseada na seguinte relao:
(3.44)
C Crit
FI PI
Crit C
PI FI
4 ESTRUTURA DO PROGRAMA
PROJETO INICIAL:
PARMETROS PARA OTIMIZAO
ANLISE DA
ESTRUTURA (MEF)
OTIMIZAO
(SENSIBILIDADE;
LINPROG)
NO CONVERGE?
(INTERPRETA
O DA SOLUO
OBTIDA)
SIM
FIM
5 RESULTADOS
6 1 3 2 1
8 9
360in
5 6
(9,144m)
7 10
5
3 4
4 2
360in 360in
(9,144m) (9,144m)
Os dados de entrada para este problema so mdulo de Young, E = 104 Ksi (6,89 x
104 MPa), massa especifica, = 0,1 lb/in3 (2770 kg/m3) e a tenso admissvel = 25 ksi
(172 MPa) para todos os membros. Inicialmente todas as barras possuem rea de 20 in (0,013
m).
28
Quanto ao carregamento, esta estrutura foi analisada em trs casos diferentes: CASO 1,
CASO 2 e CASO 3. No CASO 1, aplica-se duas cargas verticais para baixo de 100 Kips
(445,347 kN) nos ns 2 e 4. No CASO 2, aplica-se uma carga vertical para baixo de 100 Kips
(445,347 kN) no n 4. E no CASO 3, aplica-se uma carga horizontal de compresso de 100
Kips (445,347 kN) no n 2.
Para o CASO 1, os resultados obtidos pelo programa para a otimizao desta estrutura
com restries de flexibilidade, tenso e tenso e flambagem esto indicados graficamente na
Figura 5.2 onde as barras em vermelho esto sendo tracionadas e as barras em preto esto
sendo comprimidas. Os resultados obtidos para as trs restries apresentam redues
considerveis nas reas das barras, conforme apresentado na Tabela 5.1 e, conseqentemente
da massa da estrutura, Tabela 5.2.
Figura 5.2 configuraes otimizadas para trelia com 10 barras (CASO 1).
-3
RESTRIO
REA (10 m)
Flexibilidade Tenso Tenso e Flambagem
A1 2,8160 4,8072 5,2344
A2 0,0645 0,0645 0,5117
A3 2,8679 4,8795 6,5483
A4 1,3717 2,4627 5,7868
A5 0,0645 0,0645 0,7336
A6 0,0645 0,0645 0,1663
A7 2,0169 3,4765 7,4771
A8 2,1288 3,5851 4,8383
A9 1,9629 3,4699 4,8252
A10 0,0645 0,0645 6,8203
Tabela 5.1 reas otimizadas para a trelia com 10 barras (CASO 1).
29
Figura 5.3 Variao do volume da estrutura e das reas das barras 1, 5 e 7 para restrio de tenso,
para trelia com 10 barras (CASO 1).
(a)
(b)
Figura 5.4 configuraes otimizadas para trelia com 10 barras: CASO 2 (a) e CASO 3 (b)
RESTRIO RESTRIO
REA REA
(10-3m) Tenso e (10-3m) Tenso e
Flexibilidade Tenso Flexibilidade Tenso
Flambagem Flambagem
A1 1,151 0,065 1,056 A1 0,5130 0,0650 0,0650
A2 1,151 0,065 3,699 A2 0,5130 0,0650 0,0650
A3 9,289 2,364 5,958 A3 12,8087 2,5109 9,1243
A4 1,151 0,065 3,699 A4 12,5782 2,5110 9,0302
A5 1,151 0,065 1,102 A5 0,5130 0,0650 0,0650
A6 1,151 0,065 3,699 A6 0,5130 0,0650 0,0650
A7 1,281 0,090 7,844 A7 0,5130 0,0650 2,3390
A8 12,901 3,327 2,180 A8 0,5130 0,0650 2,3390
A9 1,151 0,065 0,536 A9 0,5130 0,0650 1,7787
A10 1,151 0,065 0,394 A10 0,5130 0,0650 1,7787
(a) (b)
Tabela 5.4 reas otimizadas para a trelia com 10 barras: CASO 2 (a) e CASO 3 (b).
A Tabela 5.5 apresenta as redues obtidas para cada tipo de restrio considerada.
31
Podem-se perceber visualmente e pelos valores das reas finais encontrados para esta
estrutura, nos trs casos de carregamento e para as restries consideradas, o programa
valoriza as barras mais solicitadas. Conforme esperado, observa-se que as reas so
relativamente maiores para as barras mais solicitadas, por outro lado as barras menos
solicitadas resultam em barras com reas menores. Na restrio de tenso e flambagem pode-
se perceber, tambm, a valorizao das reas nas barras submetidas compresso devido aos
efeitos de flambagem. Por exemplo, na Tabela 5.1 a barra 10 apresentou rea maior
considerando a restrio de tenso e flambagem do que nos casos considerando flexibilidade
ou tenso.
A seguir se analisa uma estrutura de 23 barras carregada com cinco cargas P, segundo
apresentado por HULTMAN (2010). A estrutura inicial em que a otimizao foi aplicada
mostrada na Figura 5.5 a seguir.
P P P P P
4 4 3 7 6 11 8 14 10 19 12 24 14
10 13
6 8 16 18
2 3 7 20 22
9 15
6m
5 9
5 17
2 11
1 21
1 13
24m
REA RESTRIO
-3
(10 m) Flexibilidade Tenso Tenso e Flambagem
A1 29,904 4,690 7,404
A2 13,953 2,299 6,822
A3 14,234 2,291 5,853
A4 6,277 1,137 3,183
A5 19,598 3,191 5,990
A6 9,346 1,559 6,084
A7 2,656 0,226 2,605
A8 8,554 1,407 12,526
A9 11,523 1,933 4,122
A10 2,656 0,226 3,527
A11 2,656 0,226 3,631
A12 8,333 1,392 12,105
A13 2,656 0,226 2,643
A14 2,656 0,226 3,631
A15 11,533 1,933 3,947
A16 8,443 1,401 10,042
A17 19,484 3,191 5,841
A18 9,559 1,559 5,684
A19 2,656 0,226 2,751
A20 13,982 2,291 5,826
A21 29,964 4,690 7,237
A22 14,247 2,299 5,986
A23 6,402 1,137 2,905
Tabela 5.6 reas otimizadas para a trelia com 23 barras.
Figura 5.7 Variao do volume da estrutura e das reas das barras 1, 5 e 7 para restrio de tenso,
para trelia com 23 barras.
34
A Tabela 5.7 apresenta as redues obtidas, na massa da estrutura, para cada tipo de
restrio considerada. Pode-se perceber redues considerveis para este exemplo. Conforme
esperado a otimizao de tenso e flambagem novamente resultou uma massa final maior do
que com a restrio de tenso apenas, demonstrando assim, a importncia de se considerar a
flambagem para se obter resultados mais confiveis no dimensionamento da estrutura.
Massa Massa
Tipo de Restrio Reduo (%)
Inicial (Kg) Final (Kg)
Flexibilidade 21994 8277 62,4
Tenso 21994 1311 94,0
Tenso e
21994 3965 82,0
Flambagem
Tabela 5.7 Redues obtidas para a trelia com 23 barras
60 60 60 (in)
(m)
(in)
18 19 20 21
23 25 27 26 24
17 19 20 22
22
17 21
30
0,762
15
13 16 14 18
15 4 12 16
30
10
13 9 14
1,524
2 8
60
4
11 7 12
1 6 3
1,524
60
5
9 28 10
1,524
29 31 32 30
60
7 33 8
37
3,048
120
34
36 35
38
5 6
42
3,048
120
39 40
41
43
3 4
47
3,048
44
120
45
46
1 2
120 (in)
3,048 (m)
Os dados de entrada para este problema so mdulo de Young, E = 3x107 psi (206,7
GPa), tenso admissvel de trao igual a 20000 psi (137,6 MPa) e tenso admissvel de
compresso igual a -15000 psi (-103,2 MPa) e massa especfica 0,3 lbs / in (8310 kg/m3).
Os ns 17 e 22 esto submetidos a uma fora horizontal de 6000 lbs (26,72 kN) e uma
fora vertical de -14000 lbs (62,35 kN).
Devido a restries de simetria, as seguintes barras devem possuir mesma rea de
seo transversal: A1=A3; A2=A4; A5=A6; A8=A9; A11=A12; A13=A14; A15=A16;
A17=A18; A19=A20; A21=A22; A23=A24; A25=A26; A29=A30; A31=A32; A34=A35;
A36=A37; A39=A40; A41=A42; A44=A45; A46=A47. As reas de seo transversal podem
variar entre 0,0075 in (5x m) a 7,5 in (5x m).
36
Os resultados obtidos pelo programa para a otimizao desta estrutura com restries
de flexibilidade, tenso e tenso e flambagem so mostrados na Figura 5.9. Na Tabela 5.8
apresentam-se os valores encontrados para as reas finais.
RESTRIO RESTRIO
REA REA
-4
(10 m) Tenso e -4
(10 m) Tenso e
Flexibilidade Tenso Flexibilidade Tenso
Flambagem Flambagem
A1 e A3 31,299 5,623 7,260 A27 20,812 4,716 12,215
A2 e A4 25,031 5,474 7,030 A28 3,328 1,600 6,633
A5 e A6 6,077 2,254 8,889 A29 e A30 38,712 4,927 7,326
A7 1,823 1,359 11,976 A31 e A32 9,765 3,562 9,668
A8 e A9 4,972 1,932 5,272 A33 5,694 2,320 21,289
A10 21,881 5,449 22,679 A34 e A35 31,533 6,189 8,194
A11 A12 24,146 4,529 6,782 A36 e A37 7,427 2,459 11,160
A13 e A14 4,972 2,349 7,075 A38 0,090 0,281 10,341
A15 e A16 6,077 2,816 8,802 A39 e A40 46,500 5,264 8,205
A41 e
A17 e A18 24,694 4,529 6,782 5,534 2,327 12,190
A42
A19 e A20 0,090 0,801 6,381 A43 0,090 0,278 14,299
A21 e A22 0,090 0,534 18,566 A44 e A45 50,000 6,290 8,306
A23 e A24 28,890 4,193 19,983
A46 e A47 6,825 2,238 13,094
A25 e A26 25,665 4,193 19,413
Tabela 5.8 reas otimizadas para a trelia com 47 barras.
37
Figura 5.10 Variao do volume da estrutura e das reas das barras 1, 5 e 7 para restrio de tenso,
para trelia com 47 barras.
6 CONCLUSO
Com a aplicao da anlise da estrutura via Mtodo dos Elementos Finitos e da tcnica
de Otimizao Linear foi possvel desenvolver um programa de otimizao de trelias que
rene vrias opes de restrio (flexibilidade, tenso e tenso/flambagem local).
O programa desenvolvido apresenta bons resultados, prximos dos publicados na
literatura, conforme comparao realizada para a trelia de 10 barras.
Foram obtidas redues considerveis de volume (massa) das estruturas analisadas,
chegando a atingir mais de 90% de reduo.
Sendo assim, observa-se que fundamental o emprego das tcnicas de otimizao
para a reduo do peso diminuindo seu custo final e economizando material para produo.
Estas aes podem criar a possibilidade de aumentar a produo e facilitar o transporte de
produtos (pois as peas tm menor peso ou volume), fatores importantes quando se est num
mercado onde a competitividade alta.
39
O presente programa pode ser expandido para o estudo de diferentes estruturas como
trelias tridimensionais, prtico e prtico espacial, permitindo ampliar sua aplicabilidade.
Tambm, pode-se aprimorar o programa com uma entrada de dados grfica/interativa,
atribuindo maior simplicidade ao usurio.
40
8 REFERNCIAS
BATHE, K.J.; Finite Element Procedures. Prentice-Hall Inc., New Jersey, USA, 1996.
FISH, J.; BELYTSCHKO T.; Um Primeiro Curso em Elementos Finitos, Rio de Janeiro;
Livros Tcnicos e Cientficos Editora; 2009.
HAFTKA, R.T.; GRDAL Z.; Elements of Structural Optimization. 3rd rev. Netherlands:
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