Faculdade Teologica Do Parana Monografia PR Waltenir Porto o Perdao
Faculdade Teologica Do Parana Monografia PR Waltenir Porto o Perdao
Faculdade Teologica Do Parana Monografia PR Waltenir Porto o Perdao
O PERDO
17/07/2010
2
O PERDO
17/07/2010
3
PRIMEIRA DEDICATRIA
Umuarama-PR17/07/2010
Waltenir Pereira Porto
SEGUNDA DEDICATRIA
AGRADECIMENTOS
1. A Deus Pai, Filho e Esprito Santo por ter-me dado foras fsica e
mental, alm de disposio e sade, para fazer este Curso de
Convalidao, aos 65/66 anos de idade;
2. A Igreja Batista Betel de Umuarama, que disponibilizou os meios
(recursos de tempo e financeiros), para que eu pudesse fazer este
Curso;
3. A minha amada esposa Maria Elizabeth Valvassori Porto A delcia
dos meus olhos, que sempre me incentivou a fazer este Curso, e de
quem furtei vrias horas de agradvel convvio!
4. A Faculdade Teolgica do Paran FATEP, por seu Diretor e
Professores, que me possibilitaram a realizao deste Curso,
graas a dedicao e empenho demonstrados nas excelentes
aulas e Simpsios realizados.
5
SUMRIO
RESUMO......................................................................................................... 00
INTRODUO.................................................................................................. 01
CAPTULO I..................................................................................................... 02
1. CONCEITUAO........................................................................................ 02
1.1 O PERDO................................................................................................ 02
1.1.2 Que benefcios o Perdo traz para quem perdoa e tambm perdoado 06
CAPTULO II.................................................................................................... 10
CAPTULO III.................................................................................................... 24
CONCLUSO.................................................................................................. 44
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS............................................................... 46
7
O PERDO
RESUMO
INTRODUO
8
Esta Monografia tem como ttulo O PERDO, e com ela objetiva-se analisar o
ensino bblico sobre to importante assunto, colhendo-se tais ensinos tanto no
Antigo como no Novo Testamento. Com o estudo do tema, pretende-se
comprovar que, segundo as Sagradas Escrituras, o Perdo Doutrina
fundamental no Cristianismo.
1) Levantamento bibliogrfico;
2) Leitura seletiva;
3) Leitura interpretativa;
4) Anlise do contedo; e
CAPTULO I
1.CONCEITUAO
9
1.1 O PERDO.
Charizesthai usado somente por Lucas (Lucas 7.21; Atos 3.14; etc.) e por
Paulo que o usa somente no sentido de perdoar pecados (2 Corntios 2.7;
Efsios 4.32; Colossenses 2.13; 3.13, etc.). Expressa especialmente a
graciosidade do perdo divino.
Por ultimo, ensina Grider (1990) que, a palavra mais comum no Novo
Testamento para Perdo aphesis. Este substantivo ocorre quinze vezes,
(e.g. Mateus 26.28), e geralmente traduzido por remisso (ARA, ARC) ou
perdo (BV,BLH). Transmite a ideia de mandar embora ou deixar ir. O
verbo com o mesmo significado achado cerca de quarenta vezes.
10
V-se, claramente, que, perdoar algo muito difcil, porque o genuno perdo
precisa brotar no ntimo do nosso ser para se trazer, para fora, como disse
Rubio acima, o melhor de ns mesmos, ou seja, fazer prevalecer por nosso
livre arbtrio, aquela centelha divina que todos os seres humanos possuem e
que possibilita-nos perdoar de todo o corao.
Aps dar os vrios significados de uma das palavras gregas usadas para
perdo (Apoluou), enfatiza o autor Lima (2008), o que no poderia ser
considerado perdo, destacando, dentre outras, que ser condescendente ou
amenizar ou ainda tolerar o pecado, so atitudes no de perdo, mas de no
perdo, posto que, em todas essas hipteses, o problema da ofensa no foi
tratado adequadamente e como requerido por Deus na Bblia.
Lima (2008) cita ainda Everett, que escreveu sobre o assunto dizendo:
Como foi dito acima: Perdo libertao. Com a outorga do perdo de todo o
corao, experimenta-se uma libertao de um fardo que era difcil suportar; e
o que recebe o perdo do seu erro ou pecado, tambm experimenta uma
libertao ainda maior, pela alegria de ser perdoado e, muitas vezes, conseguir
restabelecer relacionamentos rompidos que lhe so preciosos.
Por mais difcil que seja a prtica do Perdo, somente por ele
possvel o reequilbrio fsico, emocional e espiritual do ser humano, tendo como
corolrio a cura de eventuais doenas psicossomticas, que vem se
constituindo em uma verdadeira epidemia mundial, podendo-se citar a
Depresso, que tem atingidos milhes de pessoas em toda a terra,
independentemente de: classes sociais, pois atingem tantos os pobres, como
os remediados e ricos; do grau de instruo, acometendo desde analfabetos
at os com ps-doutorado; como tambm, os que lideram e os que so
liderados, etc., j que talvez a palavra mais pronunciada na face da terra e que
denota insegurana que gera depresso, a palavra crise.
O filsofo francs Jean Paul Sartre disse certa vez que: o que mais importa
no o que fizeram conosco, mas, sim, o que ns fazemos com aquilo que
conosco fizeram. Essas assertivas remetem-nos para as nossas escolhas que,
lamentavelmente, quase sempre no coincidem com as nossas reaes, pois
as reaes so escolhas impulsivas do momento vivenciado, enquanto as
condutas so escolhas reiteradas e reafirmadas que fazemos.
CAPTULO II
O Senhor no lhe querer perdoar, pelo contrrio, fumegar contra esse homem a ira do
Senhor, e o seu zelo, e toda a maldio escrita neste livro pousar sobre ele, e o Senhor lhe
apagar o nome de debaixo do cu. Deuteronmio 29:20 (ALMEIDA, Verso Revisada, 1986,
p. 237).
V-se, pelo texto acima, que o Perdo dos pecados por Deus, era
questo de vida ou morte para os Israelitas, pois fazia parte de um Pacto de
Deus para com o Seu Povo Israel, no qual se exigia obedincia irrestrita dos
homens aos mandamentos de Deus, com graves consequncias para os
infratores.
Como poderei perdoar-te? Pois os teus filhos me abandonaram a mim, e juraram pelos que
no so deuses; quando eu os tinha fartado, adulteraram, e em casas de meretrizes se
ajuntaram em bandos. Jeremias 5:7 (ALMEIDA, Verso Revisada, 1986, p. 790).
Foi, na verdade, por ordem do Senhor que isto veio sobre Jud para remov-lo de diante da
sua face, por causa de todos os pecados cometidos por Manasss, bem como, por causa do
sangue inocente que ele derramou; pois encheu Jerusalm de sangue inocente; e por isso o
Senhor no quis perdoar. II Reis 24: 3 e 4. (ALMEIDA, Verso Revisada, 1986, p. 443).
Constata-se pelo texto de Jeremias acima transcrito, que Deus faz uma
estranha pergunta Como poderei perdoar-te?, e no texto seguinte o escritor
sacro faz uma afirmao contundente e terrvel ... e por isso o Senhor no quis
perdoar.
18
Sabe-se que h mais de trs mil anos atrs, o salmista Rei Davi
passou por essas trs etapas e foi inspirado pelo Esprito Santo a escrever o
Salmo 32, onde nos versculos 3 a 6 exclamou:
Enquanto guardei silncio, consumiram-se os meus ossos pelo meu bramido durante o dia
todo. Porque de dia e de noite a tua mo pesava sobre mim; o meu humor se tornou em
sequido de estio. Confessei-te o meu pecado, e a minha iniqidade no encobri. Disse eu:
Confessarei ao Senhor as minhas transgresses; e tu perdoaste a culpa do meu pecado. Pelo
que todo aquele que piedoso ore a ti, a tempo de te poder achar... (ALMEIDA, Verso
Revisada, 1986, p. 607.
Tem-se por certo que, na origem do texto acima, est o terrvel e duplo pecado
do Rei Davi, o qual, alm de adulterar com a mulher de um dos seus oficiais
(Urias), e assassin-lo de forma to insidiosa, ainda tentou ocultar o fato,
disfarando a sua morte em batalha, o que muito irritou a Deus, que pesou Sua
mo sobre Davi e sua famlia. O resultado da confrontao que lhe fez o
profeta Nat, a mando de Deus, que resultou no texto acima descrito, que
tem sido usado para libertao de muitos, atravs da cura mediante o Perdo.
20
Prostrei-me perante o Senhor, como antes, quarenta dias e quarenta noites; no comi po,
nem bebi gua, por causa de todo o vosso pecado que haveis cometido, fazendo o que era
mau aos olhos do Senhor, para o provocar ira. Porque temi por causa da ira e do furor com
que o Senhor estava irado contra vs para vos destruir; porm ainda essa vez o Senhor me
ouviu. (ALMEIDA, Verso Revisada, 1986, p. 214).
Nem todos concordam com o ensino de que o Perdo de Deus somente pode
ser obtido por meio da f em Cristo. Alguns afirmam que o perdo de Deus no
pode ser alcanado se no houver um arrependimento emocional. Outros
dizem que o batismo uma condio necessria, e outros ainda colocam as
21
boas obras como exigncia para o perdo... Vejamos o que a Bblia diz sobre
tais condies.
Para demonstrao da sua justia neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador
daquele que tem f em Jesus. Onde est logo a jactncia? Foi excluda. Por que lei? Das
obras? No; mas pela lei da f. (ALMEIDA, Verso Revisada, 1986, p.191 do NT).
V-se claramente que, a justificao ou Salvao pelas obras (da lei) no mais
se aplica desde o estabelecimento da Nova Aliana no sangue de Cristo,
vigorando, nesta Dispensao da Graa, exclusivamente a Salvao pela f
em Cristo Jesus.
Jesus ensinou aos seus discpulos sobre o Perdo em vrias ocasies, como
por exemplo, na chamada Orao do Pai Nosso, alm de outras passagens
24
bblicas. Entretanto, no texto registrado em Mateus 18: 15-35, Jesus vai mais
fundo no tema quando disse:
Ora, se teu irmo pecar, vai, e repreende-o entre ti e ele s; se te ouvir, ters ganho teu
irmo;mas se no te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou trs
testemunhas toda palavra seja confirmada. Se recusar ouvi-los, dize-o igreja; e, se tambm
recusar ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo: Tudo quanto
ligardes na terra ser ligado no cu; e tudo quanto desligardes na terra ser desligado no cu.
Ainda vos digo mais: Se dois de vs na terra concordarem acerca de qualquer coisa que
pedirem, isso lhes ser feito por meu Pai, que est nos cus. Pois onde se acham dois ou trs
reunidos em meu nome, a estou eu no meio deles. Ento Pedro, aproximando-se dele, lhe
perguntou: Senhor, at quantas vezes pecar meu irmo contra mim, e eu hei de perdoar? At
sete? Respondeu-lhe Jesus: No te digo que at sete; mas at setenta vezes sete. Por isso o
reino dos cus comparado a um rei que quis tomar contas a seus servos; e, tendo comeado
a tom-las, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos; mas no tendo ele com que
pagar, ordenou seu senhor que fossem vendidos, ele, sua mulher, seus filhos, e tudo o que
tinha, e que se pagasse a dvida. Ento aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo:
Senhor, tem pacincia comigo, que tudo te pagarei. O senhor daquele servo, pois, movido de
compaixo, soltou-o, e perdoou-lhe a dvida. Saindo, porm, aquele servo, encontrou um dos
seus conservos, que lhe devia cem denrios; e, segurando-o, o sufocava, dizendo: Paga o que
me deves.
Ento o seu companheiro, caindo-lhe aos ps, rogava-lhe, dizendo: Tem pacincia comigo, que
te pagarei. Ele, porm, no quis; antes foi encerr-lo na priso, at que pagasse a dvida.
Vendo, pois, os seus conservos o que acontecera, contristaram-se grandemente, e foram
revelar tudo isso ao seu senhor. Ento o seu senhor, chamando-o sua presena, disse-lhe:
Servo malvado, perdoei-te toda aquela dvida, porque me suplicaste; no devias tu tambm ter
compaixo do teu companheiro, assim como eu tive compaixo de ti? E, indignado, o seu
senhor o entregou aos verdugos, at que pagasse tudo o que lhe devia. Assim vos far meu
Pai celestial, se de corao no perdoardes, cada um a seu irmo. (ALMEIDA, Verso
Revisada, 1986, p.27 do NT).
isto ser aceito por Deus, mas se houver endurecimento de corao e falta de
arrependimento e pedido de perdo do ofensor, isto ser tambm anotado no
cu, j que se dois concordarem na terra acerca de qualquer coisa que
pedirem, Jesus disse que isso lhes ser feito por meu Pai, que est nos cus.
teolgico para alguns, pois Jesus Cristo ensinou, claramente, que o perdo
divino depende (como uma condio possvel), de perdoarmos aos nossos
ofensores. (Lucas 6:37; Mateus 6:12-15; 18:15-35). Assim, temos trs
posicionamentos dos telogos expostos por Champlin (1995), sobre o assunto
e que so:
Sem importar se no regime da lei ou no regime da graa, o perdo sempre foi dado queles
que estiverem dispostos a tratar seus semelhantes, conforme Deus trata com eles. Sem dvida
era assim que Jesus pensava... De outra sorte, como poderia ter Ele falado como falou?
Porventura, no tinha ele conscincia de que uma nova Dispensao religiosa estava
comeando, e que o nosso Perodo da Graa haveria de modificar isso? Ou Ele exprimiu uma
lei moral fixa?
Os eruditos dispensacionalistas supem que essa declarao refletia uma verdade antes da
cruz, mas que, depois da mesma, o perdo dado gratuitamente, atravs da graa de Deus,
inteiramente parte de quaisquer condies humanas, exceto o arrependimento e a f, que a
resposta favorvel do homem mensagem divina.
O indivduo perdoado, em face de ser um homem que foi regenerado e transformado pelo
poder de Deus, mui naturalmente dispor-se- a perdoar seus ofensores. No caso dele no se
dispor a isso, ento ser duvidoso se ele foi realmente regenerado. Em outras palavras, o
perdo estendido a outros um resultado, e no uma causa do perdo que recebemos da
parte de Deus.
Sua famlia, sendo holandesa, durante a guerra protegeu alguns judeus arranjando um canto
da casa, que tinha uma passagem secreta, onde escondia judeus fugitivos dos alemes e dali
os encaminhava, por meio da resistncia holandesa, para fora do pas. A Alemanha ento
dominava a Holanda. Os alemes descobriram tudo e prenderam a famlia dela. O pai, a irm e
ela foram para o campo de concentrao. O pai morreu em poucos dias, ela e a irm passaram
28
alguns anos no campo de concentrao de Auschwitz e l a irm tambm morreu. Depois que
a guerra terminou, Corrie saiu de l, e foi para os Estados Unidos. Na Amrica comeou a
pregar e a falar do Senhor. Pouco tempo depois Deus deu a ela um chamado para volta
Alemanha e pregar nas Igrejas daquele pas. Ningum queria ir para a Alemanha naqueles
tempos depois da guerra; mesmo assim, com o pas arrasado, ela foi em nome do Senhor para
levar a mensagem do evangelho. Deus a abenoou, ela pregava sobre o perdo, a graa de
Deus, a mensagem de Cristo na sua morte e ressurreio. Um dia ela estava terminando uma
pregao sobre o perdo, e um homem no fundo da Igreja levantou-se e veio em direo dela.
Este homem no a reconheceu, porque ela no havia dado o seu testemunho pessoal, mas ela
o reconheceu. Ele tinha sido um dos oficiais nazistas do campo de concentrao, onde ela
havia estado presa durante anos, e onde sua irm havia morrido. Nesses poucos segundos em
que esse homem se dirigia para ela, houve uma atualizao da dvida. Toda a angstia, dor,
perda, raiva, dio, amargura da morte do pai, da irm, as lembranas dos sofrimentos
tremendos de anos naquela privao no campo de concentrao, tudo veio tona. Aquelas
cenas emergiram como uma poderosa bomba, um vulco em erupo, e o homem,
caminhando em sua direo, vinha falar com ela, ao mesmo tempo em que a conscincia dela
explodia com a Palavra de Deus, com o que ela havia acabado de pregar; era uma verdadeira
guerra dentro do seu corao. Em poucos segundos uma verdadeira guerra civil instalou-se em
seu interior; por um lado a sua vontade, a sua emoo e as suas lembranas, e por outro lado
a sua conscincia a Palavra de Deus. Naquele momento o que ela mais queria era sair dali
imediatamente, sentia forte impulso de sair pela porta dos fundos, sumir e no mais ver aquele
homem. No entanto, ele continuava vindo para falar com ela. Deus a colocou em prova; o
homem chegou perto, ela resolveu no fugir, pois se o fizesse naquele momento, teria que fugir
para o resto de sua vida. Ele estendeu a mo, ela tambm estendeu a mo para ele. Ela conta
que na hora que pegou na mo dele, desceu sobre ela dez mil volts de graa, de poder, de
bno e de mover do Esprito. Ela chorou profundamente e perdoou aquele homem. O perdo
aconteceu no momento em que ela escolheu estender a mo. O livre arbtrio foi movido na
direo do que a Palavra de Deus ordena, ela fez a parte dela e Deus fez a dele.
(DAMASCENO, Fbio. A Psicologia do Cristo. 2009. IFC,Ed. 11, p.59/60).
CAPTULO III
Como podemos saber que no fomos longe demais? Como podemos estar certos de que no
nos tornamos imperdoveis aos olhos de Deus? A resposta no se encontra em nossa
capacidade de esquecermos ou em nossa capacidade de perdoarmos a ns mesmos, ou
mesmo em nossa capacidade de nos sentirmos perdoados. A resposta se encontra no que
Deus fez para carregar a dor e o castigo que ns merecemos. (De Haan II, O Perdo de Deus.
p.1).
Sabe-se perfeitamente o que Deus fez para que tivssemos perdo! Jesus veio
e pagou nossa dvida eterna (que foi cravada na cruz, conforme Colossenses
2: 14), ao morrer a nossa morte, (que espiritual), para que tivssemos direito
vida eterna, consoante esplendidas revelaes de Jesus em Joo 3: 16-18.
Existe esperana para aqueles que odeiam a si mesmos pelo que fizeram? At
que ponto Deus demonstrar misericrdia? E o que se pode dizer de
assassinos seriais que afirmam ter encontrado a paz espiritual atrs das
grades, depois que se converteram a Cristo Jesus?
Deus pode perdoar um assassino serial? Seria moral Deus perdoar algum
assim? Este perdo no vitimaria novamente as famlias e amigos dos mortos?
Com certeza a pergunta certa e mais importante de todas seja esta: Se Deus
pode perdoar assassinos seriais que se entregam misericrdia de Seu Filho,
no haveria misericrdia para todos ns quando nos arrependemos?
Certamente que sim, pois a Bblia afirma que as Suas misericrdias no tm
fim e elas so a causa de no sermos consumidos! (Lamentaes 3 :22-23).
Para que entre vs no haja homem, nem mulher, nem famlia, nem tribo, cujo corao hoje se
desvie do Senhor nosso Deus, e v servir aos deuses dessas naes; para que entre vs no
haja raiz que produza veneno e fel, e acontea que algum, ouvindo as palavras deste
juramento, se abenoe no seu corao dizendo: Terei paz, ainda que ande na teimosia do meu
corao para acrescentar sede a bebedeira. O Senhor no lhe querer perdoar, pelo
contrrio, fumegar contra esse homem a ira do Senhor, e o seu zelo, e toda a maldio escrita
neste livro [a Bblia] pousar sobre ele, e o Senhor lhe apagar o nome de debaixo do cu.
(ALMEIDA, Verso Revisada, 1986, p.237 do AT).
V-se, claramente, pelo ltimo versculo do texto acima, que Deus usa o Seu
livre arbtrio para perdoar ou no a algum. A expresso O Senhor no lhe
querer perdoar, pelo contrrio..., deveria gerar muito temor em todos ns,
principalmente quando pecamos deliberadamente e, de certa forma, tentando
ao Senhor Deus, quando o prprio Senhor Jesus disse a Satans e tambm a
todos ns. ... Escrito est: No tentars ao Senhor teu Deus.
H 269 anos, o famoso pregador Jonathan Edwards fez o seu mais famoso
sermo: Pecadores nas Mos de um Deus Irado em (08/07/1741), quando,
ento, a uno e presena de Deus foi to forte no auditrio, que algumas
pessoas se agarravam aos bancos, com medo de deslizarem para as chamas
do inferno... Edwards disse:
pecador, considera o terrvel perigo no qual ests. um grande forno de ira, um abismo
largo e sem fundo, cheio do fogo da ira que est sobre ti, na mo desse Deus cuja ira
provocada e est acesa contra ti, tanto quanto os condenados ao inferno. Ests pendurado
num fio muito fino, com as chamas da ira divina ardendo ao teu redor e prontas para queimar-
te a qualquer momento [...] A misria qual tu ests exposto aquela que Deus te vai infligir, a
ponto de te mostrar o que a ira de Jeov. (EDWARDS, apud De Haan II, in O Perdo de
Deus, p. 6).
o evangelho pregado hoje no fala nem da cruz e muito menos da justa ira de
Deus sobre o pecado e pecadores... Fala-se, e muito, da prosperidade e bem
estar aqui e agora, como se Jesus tivesse ensinado seus seguidores a ajuntar
tesouros aqui na terra e no nos cus! (Mateus 6: 19-21).
Deus tem em mente mostrar aos anjos e aos homens duas coisas: A
excelncia do Seu amor, como tambm, quo terrvel a Sua ira! A ira de
Deus significa que Ele nos ama tanto, que no pode ignorar o dano que
estamos fazendo a ns mesmos e aos outros... Na maior histria de amor que
o mundo j conheceu, est descrito, tambm, o drama de um Deus que ama a
ponto de odiar o mal.
Ele nos amou com tal profundidade que nos advertiu sobre a ira de Deus,
ensinando que o amor de Deus equivalente Sua ira:
Como pode este mesmo Deus perdoar um pecador? Como exercer justia, a
no ser castigando o culpado? Quem pode aceitar a responsabilidade por
nossos pecados?
O pagamento pelos nossos pecados teve custos eternos. Num ato de auto
sacrifcio sem igual, Deus construiu uma ponte de duas vias, de Justia e
Misericrdia sobre o abismo do pecado que nos separava dele. Na terra os
executores romanos cravaram pregos nas mos e nos ps do nico Filho de
Deus. No cu, um Pai sofreu como nenhum pai humano jamais sofreu e
quando tudo havia terminado, Deus aceitou o sacrifcio como pagamento
suficiente pelo nosso pecado e a Justia divina estava feita. Trs dias mais
tarde, Cristo ressuscitou corporalmente dos mortos e com o milagre da
ressurreio Ele mostrou que o Cu aceitara o Seu sacrifcio. Um fundamento
legal fora colocado para a doutrina da Justificao por f.
Segundo o apstolo Paulo, Deus Justo para Justificar (declarar Justo) a todos
os que veem a Cristo por F. Em Romanos 3 ele escreveu:
Porquanto pelas obras da lei nenhum homem ser justificado diante dele; pois o que vem pela
lei o pleno conhecimento do pecado. Mas agora, sem lei, tem-se manifestado a justia de
Deus, que atestada pela lei e pelos profetas; isto , a justia de Deus em Jesus Cristo para
todos os que crem; pois no h distino. Porque todos pecaram e destitudos esto da glria
de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graa, mediante a redeno que h em
Cristo Jesus, ao qual Deus props como propiciao, pela f, no seu sangue, para
35
demonstrao da sua justia por ter ele na sua pacincia, deixado de lado os delitos outrora
cometidos; para demonstrao da sua justia neste tempo presente, para que ele seja justo e
tambm justificador daquele que tem f em Jesus. (ALMEIDA, Verso Revisada, 1986, p. 191
do NT).
1. Reexaminar, com objetividade, a ofensa sofrida. fato que quando somos dominados
por emoes fortes muito difcil agir de forma objetiva. Mas o Esprito Santo (por vezes com o
auxlio de um conselheiro cristo ou de um amigo em quem confiamos) pode ajudar-nos a abrir
a mente e o corao. [...] muito importante que identifiquemos e reconheamos os
sentimentos que estamos abrigando no corao. Se no o fizermos, poderemos acabar
reprimindo pensamentos e sentimentos que mais tarde viro tona para nos fazer sofrer.
Ento preciso que tragamos tais emoes ao consciente, em vez de escond-las no fundo do
corao. E conhecereis a verdade e a verdade vos libertar. (Jo 8.32). 2. Rejeitar idias de
desforra. Estamos sempre querendo que aqueles a quem ofendemos sejam misericordiosos
conosco, mas ao mesmo tempo desejamos que nossos ofensores sejam punidos e seu erro
manifesto. E se no se faz justia imediatamente, tentamos aplic-la ns mesmos. O fato,
porm, que impossvel obtermos a compensao psicolgica, e por isso precisamos rejeitar
36
assim que tivermos atravessado essa ponte, temos que amar aquele que nos magoou. Se no
tomarmos a deciso de am-lo, atravessaremos a ponte de volta para a zona de conflito. O
amor destri as pontes que deixamos para trs, tornando permanente o nosso perdo. 10.
Reafirmar o perdo concedido sempre que necessrio. Mesmo depois que tomamos a
deciso de perdoar, podemos ainda ter pensamento ou sentimentos de raiva e dio. Ento,
cada vez que isso ocorrer, precisamos reafirmar o perdo. J perdoei essa pessoa e agora a
amo. Posso no estar sentindo amor, mas recuso-me a voltar a pensar na ofensa que cometeu
contra mim. Podemos tambm orar a Deus pedindo-lhe que, caso nosso perdo tenha sido
incompleto, ele nos fortalea para que a deciso de perdoar seja consumada em nosso
corao. 11. Definir com clareza de quem a culpa do erro, e, isso feito, perdoar e no
culpar a mais ningum. Nossa tendncia ficar repassando, nos mnimos detalhes, o
episdio que nos magoou culpando a todos os implicados. E isso importante. Ento no
devemos aceitar um sentimento de condenao. Precisamos definir bem quem o culpado a
outra pessoa ou ns mesmos. Atribuir culpa a quem cometeu o erro encarar a realidade e
praticar a verdade. E a verdade que nos liberta (Jo 8.32). Se no definirmos claramente de
quem a culpa, podemos atribu-la a outra pessoa, que no o culpado, ou ento estend-la a
outros. Agindo assim, em nossa nsia de nos desforrar ou nos inocentar, causamos
sofrimentos a todos os que nos cercam. 12. Refazer relacionamentos desfeitos. Dean
Sherman, um dos lderes da misso JOCUM, e um notvel professor, afirma: Todos os nossos
problemas so questes de relacionamento. E ele tem razo. Nosso objetivo no deve ser
apenas nosso bem-estar espiritual, mas tambm a restaurao de relacionamentos
estremecidos. claro que existem pessoas com quem no podemos ter nenhum tipo de
relacionamento (principalmente nos casos em que, no passado, houve pecados sexuais ou
relaes ilcitas). Mas Jesus derruba todas as barreiras que podem existir entre indivduos,
famlias, grupos e naes. Sempre que possvel, nosso alvo deve ser buscar a reconciliao e
unio com o nosso prximo. Igualmente importante tomar a deciso de cultivar bons
relacionamentos com outros. Se possvel, quando depender de vs, tende paz com todos os
homens. (Rm 12.18). 13. Praticar gestos de amizade e dar demonstraes de afeto.
Embora no sirva para substituir palavras de perdo, podemos dar um pequeno presente ao
nosso ofensor ou cumpriment-lo amistosamente, dando assim demonstraes tangveis de
que lhe perdoamos e queremos sua amizade. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que
deu... (Jo 3.16). Peo-te, pois, recebe o meu presente... E (Jac) instou com ele (Esa), at
que o aceitou. (Gn 33.11). [...]. 14. Apropriar-se da cura emocional e espiritual. Jesus pode
curar nossos traumas emocionais e lembranas penosas. No creio, como crem alguns, que
Deus volta atrs no tempo e nos restaura naquele momento em que sofremos a ofensa ou
fomos magoados. Mas certo que ele socorro bem presente nas tribulaes (Sl 46.1), e
pode libertar-nos e reparar as conseqncias dos males sofridos e de fatos do passado que
ainda se acham guardados em nossa memria. Todas as vezes que perdoamos a algum,
lidamos com fatos do passado, tenham eles ocorrido anos atrs ou h poucos minutos. Nosso
passado vive conosco como se fosse o presente. Portanto, assim que resolvemos os conflitos,
d-se a restaurao. 15. Resistir a toda tentao de fazer intrigas sobre nosso ofensor. Se
criticarmos ou fizermos intrigas a respeito daquele que nos ofendeu, estaremos jogando mais
lenha na fogueira do ressentimento, e ser mais difcil perdoar. Temo, pois, que... haja entre
vs contendas, invejas, iras, porfias, detraes, intrigas, orgulho e tumultos (2Co 12.20). 16.
Orar pelo ofensor. praticamente impossvel guardar rancor por quem oramos. E Deus usa a
nossa orao para tocar o corao dos dois implicados no conflito. Tornamo-nos mais
sensveis vontade de Deus, percebemos melhor a necessidade que temos de sujeitar-lhe a
nossa vontade e obedecer sua Palavra. Eu, porm, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai
pelos que vos perseguem. (Mt 5.44). 17. Dobrar-se vontade de Jesus Cristo.Quem abriga
uma atitude de rancor, est resistindo aos apelos do Esprito Santo e desobedecendo a Deus.
O perdo que ele nos d demonstra a sua misericrdia para conosco. por isso que Paulo
escreve: Rogo-vos, pois, irmos pelas misericrdias de Deus que apresenteis os vossos
corpos por sacrifcio vivo, santo e agradvel a Deus... (Rm 12.1). Temos que arrepender-nos
das atitudes erradas e renovar a nossa consagrao ao Senhor. 18. Pedir a algum que ore
por ns com o objetivo de curar as lembranas. Talvez seja necessrio conversar sobre o
problema com um pastor ou um irmo experiente em quem confiamos, ou exp-lo em nosso
grupo de comunho. Nesse caso podemos pedir que orem por ns, no sentido de que Deus
nos conceda a cura interior de todas as lembranas dolorosas. Confessai, pois, os vossos
pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. (Tg 5.16). 19. Resistir
38
ao diabo. Quando guardamos raiva ou rancor no corao, estamos dando lugar a Satans, e
ele se aproveita muito bem disso. Precisamos rejeitar os pensamentos de raiva ou rancor no
momento em que sobrevierem. Irai-vos, e no pequeis; no se ponha o sol sobre a vossa ira,
nem deis lugar ao diabo. (Ef 4.26-27). (FOSTER, George R.in O Poder Restaurador do
Perdo. Betnia, 1993, p.43-49).
A boa notcia que a arte de pedir perdo pode ser aprendida. Descobrimos em nossas
pesquisas que h cinco aspectos fundamentais nessa questo. Ns os denominamos as cinco
linguagens do perdo. Cada uma dessas linguagens importante, mas, dependendo da
pessoa, uma ou duas podem ser mais eficazes do que as demais. O segredo dos bons
relacionamentos consiste em aprender a linguagem do amor relacionada ao processo do
perdo mais apropriada outra pessoa e se dispor a aprend-la. Quando se usa essa
linguagem principal, muito mais fcil receber o perdo. Quando, porm, a linguagem
negligenciada, o perdo se torna um processo muito mais complicado, pois a outra pessoa no
ter tanta certeza de que o pedido de desculpas sincero. A compreenso e a aplicao das
cinco linguagens do perdo podem potencializar todos os relacionamentos. (CHAPMAN, Gary.
PhD. THOMAS, Jennifer M. in As cinco linguagens do perdo. Mundo Cristo, 2007, p. 23-24).
Uma das falas mais famosas do filme Love Story, que fez grande sucesso nos anos 1970, :
Amar nunca ter que pedir perdo. No, pelo contrrio, amar muitas vezes significa se
desculpar, e o amor verdadeiro sempre implica um pedido de perdo por parte da pessoa que
erra e uma concesso de perdo pela que foi prejudicada. Essa a trilha que conduz a
relacionamentos restaurados e felizes. Tudo comea quando se aprende a usar a linguagem
do perdo mais apropriada. (Idem, idem, ibidem).
Ainda que seja necessrio pedir perdo por um pecado ou dano que foi
causado a algum que j morreu, possvel fazer isso na presena do Senhor.
Deve-se fazer isso na presena de duas testemunhas da Igreja, que possam
testificar sobre o sincero arrependimento; pedido de perdo e confirmar aquele
pedido de perdo que Jesus alcanou na Cruz por todos os que se
arrependem!
Cole (2006), relata sobre uma experincia que teve com um cientista
residente na Califrnia. Fazia vinte anos que seu pai havia falecido, e nos
ltimos quinze anos de vida dele, os dois no haviam trocado uma palavra
sequer. Portanto, havia trinta e cinco anos que ele guardava aquele rancor em
seu ntimo.
O problema era que, fazia j dois anos que ele no conversava com
sua filha! Ela at se mudara para o Hava para afastar-se dele. Naquela noite,
ele se deu conta que vinha cometendo com a sua filha o mesmo erro que seu
pai havia cometido com ele. E tambm sofria as consequncias. O que deveria
40
fazer? O seu pai j estava morto havia muito tempo! Era preciso que ele
perdoasse o seu pai, apesar dos anos.
Em verdade vos digo: Todos os pecados sero perdoados aos filhos dos homens, bem como
todas as blasfmias que proferirem; mas aquele que blasfemar contra o Esprito Santo, nunca
mais ter perdo, mas ser ru de pecado eterno. (Marcos 3.28,29).(ALMEIDA, Verso
Revisada, 1986, p.49 do NT).
Se algum vir seu irmo cometer um pecado que no para a morte, pedir, e Deus lhe dar a
vida para aqueles que no pecam para a morte. H pecado para a morte, e por esse no digo
que ore. (I Joo 5.16). (ALMEIDA, Verso Revisada, 1986, p.299 do NT).
O ponto de vista dispensacional - ensina Champlin -, afirma que tal tipo de pecado s podia
ocorrer nos dias em que Cristo estava neste mundo, agora, porm, Cristo no est operando
no mundo em pessoa, pelo que as pessoas no podem atribuir ao diabo o que Ele realiza.
Os homens que persistem no pecado, em sentido geral, finalmente no mais podem ser
alcanados pelo Perdo Divino. Aqueles que continuamente repelem a chamada divina, e que
se opem aos que anunciam o Evangelho, tornam-se culpados de blasfmia contra o Esprito
Santo, contra a misso de Cristo. Concluindo o renomado Telogo que:
Dentre essas vrias possibilidades, a mais correta e provvel a primeira, ou seja, da alnea
a acima. (Idem, idem, ibidem).
Jac Armnio, que foi discpulo de Joo Calvino, sem dvida alguma
superou seu antigo mestre nos polmicos temas teolgicos da Eleio e
Predestinao. Assim, convm analisar o tema H pecado imperdovel?, do
ponto de vista Arminiano, usando-se os mesmos versculos a seguir transcritos:
Em verdade vos digo: Todos os pecados sero perdoados aos filhos dos homens, bem como
todas as blasfmias que proferirem; mas aquele que blasfemar contra o Esprito Santo, nunca
mais ter perdo, mas ser ru de pecado eterno. (Marcos 3.28,29). (Idem, idem, ibidem).
Se algum vir seu irmo cometer um pecado que no para a morte, pedir, e Deus lhe dar a
vida para aqueles que no pecam para a morte. H pecado para a morte, e por esse no digo
que ore. (I Joo 5.16). (Idem, idem, ibidem).
43
Convm notar que, os dois versculos registrados por Marcos e Mateus sobre a
blasfmia contra o Esprito Santo, foram escritos sob a inspirao do Esprito
Santo e preservados para toda a Igreja em todas as eras, e no somente para
aqueles que os ouviram da boca de Jesus e aplicveis apenas enquanto Jesus
pregava sobre a terra, (pois ai no haveria razo para serem preservados!).
Mas o Esprito [Santo] expressamente diz que nos ltimos dias alguns apostataro da f,
dando ouvidos a espritos enganadores, e a doutrinas de demnios, pela hipocrisia de homens
que falam mentiras e tm a sua prpria conscincia cauterizada. (ALMEIDA, Verso Revisada,
1986, p.261 do NT).
Mas os que querem tornar-se rico caem em tentao e em lao, e em muitas concupiscncias
loucas e nocivas, as quais submergem os homens na runa e na perdio. Porque o amor ao
dinheiro raiz de todos os males; e nessa cobia alguns se desviaram da f, e se
traspassaram a si mesmos com muitas dores. (ALMEIDA, Verso Revisada, 1986, p.262/263
do NT).
Se algum vir seu irmo cometer um pecado que no para a morte, pedir, e Deus lhe dar a
vida para aqueles no pecam para a morte. H pecado para a morte, e por esse no digo que
ore. Toda a injustia pecado; e h pecado que no para a morte.I Joo 5: 16,17.
(ALMEIDA, Verso Revisada, 1986, p.299 do NT).
pecado, ele fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a
injustia. No final dessa sua epstola feita a advertncia aos cristos que no
orem pelo pecado para a morte. Pela conjugao destes versculos, v-se
que no se trata de morte fsica e sim de morte espiritual.
Em outras palavras, quando o cristo que est ligado a Cristo, mas resiste a
obra de Santificao feita pelo Esprito Santo atravs da limpeza via (poda),
para poder produzir o fruto do Esprito de (Glatas 5:22-23), ele ento
cortado pelo Pai da Videira (Cristo) e lanado fora... A consequncia imediata
que tal cristo comea a secar espiritualmente, por j estar morto por ter sido
cortado da videira verdadeira e, futuramente, ou seja, quando de sua morte
fsica, lanado no fogo do inferno.
CONCLUSO
Por mais difcil que seja a prtica do Perdo, somente por ele
possvel o reequilbrio fsico, emocional e espiritual do ser humano, tendo como
corolrio a cura de eventuais doenas psicossomticas, que vem se
47
Amars ao Senhor teu Deus de todo o teu corao, de toda a tua alma, e
de todo o teu entendimento. Este o grande e primeiro mandamento. E o
segundo : Amars ao teu prximo como a ti mesmo.
48
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ALMEIDA, Joo Ferreira de. Bblia Sagrada, Verso Revisada. 6 ed. Rio de
Janeiro. Imprensa Bblica Brasileira, 1986.
COLE, Edwin Louis. Homem ao mximo: um guia para o xito familiar. 2. ed.
Belo Horizonte: Betnia, 2006.
De HAAN II, Martin. R. O Perdo de Deus. RBC Ministries, Grand Rapids, s/d.
RUBIO, Miguel. inA Virtude do Perdo, apud Milton Paulo de Lacerda. 1 ed.
Petrpolis. Vozes. 2006.
49