Tratamento Odontológico em Pacientes Portadores de Diabetes Mellitus

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CINCIAS DA SADE


DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
DISCIPLINA DE TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO II

TRATAMENTO ODONTOLGICO EM PACIENTES PORTADORES DE


DIABETES MELLITUS.

DISCENTE:

IURY ADONIS DE BRITO LEMOS

ORIENTADOR:

Prof. Dr. ANTONIO DE LISBOA LOPES COSTA

Natal RN 2014
IURY DONIS DE BRITO LEMOS

TRATAMENTO ODONTOLGICO EM PACIENTES PORTADORES DE


DIABETES MELLITUS.

Trabalho de Concluso de Curso


apresentado ao Curso de Odontologia da
Universidade Federal do Rio Grande do
Norte como requisito para concluso da
graduao.

Orientadora: Prof. Dr. Antonio de Lisboa


Lopes Costa

Natal RN, 2014


TRATAMENTO ODONTOLGICO EM PACIENTES PORTADORES DE
DIABETES MELLITUS.

Iury Adonis de Brito Lemos


Antonio de Lisboa Lopes Costa

Graduao em Odontologia, Departamento de Odontologia, Universidade Federal do


Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil.
MSc, DDS, PHD, Departamento de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande
do Norte, Natal, RN, Brasil.

Correspondncias de autor:
Iury donis de Brito Lemos;
Avenida Ayrton Senna n 4300, Capim Macio, Natal, RN, Brasil;
Telefone: (84) 88418201;
e-mail: [email protected]
IURY DONIS DE BRITO LEMOS

TRATAMENTO ODONTOLGICO EM PACIENTES PORTADORES DE


DIABETES MELLITUS

Trabalho de Concluso de Curso


apresentado na graduao de
odontologia na Universidade
Federal do Rio Grande do Norte
como requisito para concluso do
curso.

Orientador: Prof. Dr. Antnio de


Lisboa Lopes Costa.

Aprovado em ___/___/_____

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Antonio de Lisboa Lopes Costa (Orientador) (DOD/UFRN)

Prof. Dr. Hbel Cavalcanti Galvo (DOD/UFRN)

Prof. Dr. Patrcia Teixeira de Oliveira (DOD/UFRN)

Natal RN, 2014.


Catalogao na Fonte. UFRN/ Departamento de Odontologia
Lemos, Iury Adonis
Biblioteca de de
Setorial Brito.
Odontologia Prof Alberto Moreira Campos.
Tratamento odontolgico em pacientes portadores de Diabetes Mellitus / Iury
Adonis de Brito Lemos. Natal, RN, 2014.

24 f. : il.

Orientador: Prof. Dr. Antonio de Lisboa Lopes Costa.

Monografia (Graduao em Odontologia) Universidade Federal do Rio


Grande do Norte. Centro de Cincias da Sade. Departamento de Odontologia.

1. Diabetes Mellitus Monografia. 2. Odontologia - Tratamento Monografia.


3. Atendimento odontolgico Monografia. I. Costa, Antonio de Lisboa Lopes. II.
Ttulo.

RN/UF/BSO Black D 62
AGRADECIMENTOS
Aps quatro anos e meio, chega um dia mais que especial para mim. Um
dia onde posso dizer que superei todos os desafios e obstculos que foram
colocados no decorrer desses dias. Hoje, sinto-me feliz e agraciado por ter
conquistado este feito to importante no s para mim, mas, tambm, para toda
minha famlia. Tambm, vale ressaltar que, esta vitria na maior parte foi
conquistada direta ou indiretamente por inmeras pessoas que fizeram e fazem
parte da minha vida. Portanto, aproveito para agradecer a todos que de forma
direta e indireta me apoiaram e me ajudaram a realizar mais um sonho.
Inicialmente agradeo ao Pai Celestial por ter me dado oportunidade
de acordar com sade e fora para poder lutar a cada dia por este sonho.
Agradeo aos meus pais (Agnaldo Lemos e Raida Tecla) por terem me
proporcionado tudo que precisava no decorrer desses anos e por terem sido o
meu combustvel para chegar at aqui, pois, tudo que consegui foi por causa
deles no qual eu devo tudo. Tambm quero deixar o meu agradecimento aos
Meus Avs os quais no poderia esquecer-me da importncia que eles tiveram
em minha vida. Tambm, quero deixar meus agradecimentos aos meus Irmos
(Vitor Lemos) e (Iane Lemos) pela presena amiga e essencial nesses dias que
passamos distante da famlia para poder lutar por este objetivo.
Quero deixar, tambm, o meu agradecimento Ana Cecilia pela
felicidade de t-la como minha namorada, pela sua pacincia e compreenso
das minhas chatices nos dias de estresse, que por sinal no foram poucos e pelo
amor e carinho que me d todos os dias. No posso deixar de mencionar a
Minha famlia, tios e primos pelo carinho, apoio e incentivo que me
proporcionaram durante toda a minha graduao.
Agradeo aos Meus amigos que estiveram comigo nos dias difceis, no
qual, pensei que no conseguiria chegar at aqui. Tambm, quero deixar os
meus agradecimentos aos meus amigos de faculdade que conquistei e diz-
los que vocs foram alguns dos tijolos que levantou essa grande construo.
Ao Prof. Antonio de Lisboa Lopes Costa, que ao longo deste trabalho
foi compreensvel em diversos momentos, me ajudando de forma integrada.
No importa o que voc seja quem voc seja ou o que voc deseja na vida. A ousadia em ser
diferente reflete na sua personalidade no seu carter naquilo que voc . E assim que as
pessoas lembraro de voc um dia. (Ayrton Senna)
7

RESUMO
O objetivo desse trabalho foi investigar atravs de uma reviso sistemtica de
literatura a importncia do cirurgio dentista na equipe multiprofissional de
sade, visando estabelecer o tratamento odontolgico dos pacientes portadores
de diabetes em diferentes fases da doena e a importncia dessa interveno.
As fontes de pesquisa foram; as bases de dados eletrnicas, MEDLINE, LILACS,
BBO e PUBMED. Como critrio de incluso foram selecionados artigos que
correlacionam o atendimento odontolgico e o paciente diabtico. Os idiomas
selecionados foram: ingls, espanhol e portugus, no perodo de 2004 a 2014.
Os estratgias de busca utilizadas incluram os seguintes palavras:
atendimento, odontologia, diabetes, tratamento, care, dentistry,
tretament. Foram selecionados 19 estudos, sendo que destes 4 (quatro), esto
no idioma portugus, 1(um) no idioma espanhol, e os demais no idioma ingls.
Todos os desenhos so do tipo reviso sistemtica, sendo que em 100% destes
a diabetes correlacionada com manifestaes orais. No entanto, verificou-se
que em 10 estudos (52,6%), foi relatada a importncia do acompanhamento do
cirurgio dentista com esses pacientes, de modo que proporcione uma melhor
condio oral para os pacientes portadores de Diabetes Mellitus.

Descritores: Odontologia, Diabetes Mellitus, Atendimento, Tratamento.

ABSTRACT

The aim of this study was to observe through a systematic literature review from
the importance of the dental surgeon in the multidisciplinary health care team, to
establish the dental treatment of patients with diabetes at different stages of the
disease and the importance of this intervention. Research sources were; the
electronic databases, MEDLINE, LILACS, BBO and PUBMED. The inclusion
criterion items that correlate dental care and diabetic patients were selected. The
selected languages are: English, Spanish and Portuguese, from 2004 to 2014.
The search strategies used included the following words atendimento,
odontologia, diabetes, tratamento, care, dentistry, tretament.19 studies
were selected, of these four (4) are in Portuguese, one (1) in Spanish, and the
other in English. All drawings are systematic reviews, and in 100% of these items
correlate diabetes with oral manifestations. However, it was found in 10 studies
8

(52.6%), was reported the importance of monitoring the dental surgeon for these
patients, that provides for better oral condition of these patients.

Descriptors: "Dental", "Diabetes Mellitus", "Customer", "treatment".


9

INTRODUO
A diabetes uma doena metablica sistmica crnica, caracterizada
por uma elevada taxa de glicose no sangue, associadas a complicaes,
disfunes e insuficincias de vrios rgos, especialmente olhos, rins, nervos,
crebro, corao, e vasos sanguneos.
O mtodo comumente utilizado para diagnosticar o Diabetes o exame de
glicemia em jejum. De acordo com a American diabetes association, 2004, o
paciente normal aquele que apresenta glicemia menor que 99mg/dL em jejum,
o paciente pr-diabetes apresenta glicemia entre 100 e 125mg/dL em jejum e o
paciente diabtico apresenta glicemia maior que 126mg/dl em jejum. Para
confirmar o diagnstico de DM indicado que se realize o Teste Bucal de
Tolerncia Glicose (TOTG). Neste teste, a coleta de sangue realizada 2h
aps a ingesto de 75g de glicose, e o indivduo considerado normal quando
sua glicemia, aps este perodo, for inferior a 140. Se o TOTG der um valor entre:
140 e menor que 200 mg/dL, este paciente encontra-se em estado pr-diabtico;
quando o valor igual ou maior que 200 mg/dL est confirmado o diagnstico de
Diabetes Mellitus. Porm, os autores (TOLEDO e ROSA, 2005), concordam que
o exame laboratorial de escolha principal para o diagnstico do Diabetes o
teste de hemoglobina glicada.
Antigamente os pacientes diabticos eram classificados de acordo com
o seu tratamento, em pacientes insulino-dependentes e pacientes insulino-
independentes. Atualmente os pacientes diabticos so classificados de acordo
com sua etiologia, em pacientes portadores de diabetes do tipo I (causada pela
destruio das clulas Beta do pncreas, levando a uma absoluta deficincia de
insulina), tipo II (pode ser desde uma resistncia insulina com relativa
deficincia desta, at um defeito secretrio predominante), tipo III (relacionada a
distrbios genticos, associada a medicamentos) e tipo IV (diabetes
gestacional).
O cirurgio dentista pode ser o primeiro profissional a observar os sinais
clnicos que deem indcios que o paciente portador de diabetes, entre os sinais
e sintomas esto presentes: O histrico de desmaios, a ocorrncia de hlito
cetnico, xerostomia, polidpisia entre outros. Alm disso o cirurgio dentista tem
que conhecer as condutas clnicas a serem tomadas mediante a situao que o
10

paciente se encontra dentro da clnica odontolgica, se o paciente est


compensado, se o paciente est descompensado, se o paciente toma algum tipo
de medicao para a diabetes.
De acordo com a organizao mundial de sade (OMS), no ano de 2030,
300 milhes de pessoas sero diabticas. Diante da problemtica em questo e
das consequncias que a diabetes traz para os indivduos, o nosso trabalho visa
investigar a importncia do cirurgio dentista na equipe multiprofissional de
sade, visando estabelecer o tratamento odontolgico dos pacientes portadores
de diabetes e a importncia dessa interveno.
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
- Investigar a importncia do cirurgio dentista na equipe multiprofissional de
sade, visando estabelecer o tratamento odontolgico dos pacientes portadores
de diabetes e a importncia dessa interveno.
OBJETIVOS ESPECIFICOS
- Avaliar a interferncias do tratamentos odontolgico realizado em pacientes
portadores de diabetes.
- Destacar a necessidade de compreenso do desenvolvimento da diabetes
pelo dentista, com o intuito de proporcionar um melhor acompanhamento ao
paciente envolvido.
- Proporcionar um atendimento clnico odontolgico de forma segura e
eficiente para esses pacientes.

METODOLOGIA

O trabalho caracteriza-se como uma reviso sistemtica da literatura,


utilizando, como fonte de pesquisa, artigos coletados das seguintes bases de
dados eletrnicas: PUBMED, MEDLINE, LILACS, BBO. Os estudos pesquisados
correspondem do ano de 2004 a 2014. Foram utilizados artigos nos idiomas
Ingls, Portugus e Espanhol. Alm disso, tambm foram utilizados, como
instrumento de pesquisa, sites e tese de doutorado. Os critrios de incluso
definidos foram artigos que relatam a correlao entre atendimento odontolgico
e pacientes diabtico, incluindo aspectos relacionados ao tratamento da doena,
manejo clnico odontolgico e manifestaes orais. O critrio de excluso
definido foram artigos que no se enquadravam dentro dos parmetros
11

estabelecidos pelo critrio de incluso, ou seja, artigos que no apresentavam


correlao nenhuma entre o tratamento odontolgico e o paciente diabtico. As
estratgias de busca foram realizadas utilizando as seguintes palavras:
atendimento, odontologia, diabetes, tratamento, care, dentistry,
tretament.
RESULTADOS E DISCUSSO
Na base de dados MEDLINE, foram encontrados 60 artigos, destes 17
se enquadravam nos critrios de incluso estabelecidos, sendo referncia para
o trabalho. Na PubMed, foram encontrados 24 artigos durante a busca, no
entanto apenas um encontrava-se dentro dos critrios de incluso estabelecidos.
Na base BBO foram encontrados 5 artigos e apenas 1 foi selecionado para a
pesquisa. Na LiLacs 4 artigos foram encontrados, porm nenhum foi selecionado
para o trabalho, visto que no se encontrava dentro dos critrios de incluso
proposto na metodologia.
No total, foram utilizadas 19 referncias, das quais 17 so artigos
cientficos encontrados nas bases de dados eletrnicas, uma tese de doutorado
e um site (organizao mundial da sade). Nos 19 estudos foram observados
que o paciente diabtico pode apresentar manifestaes orais, as principais
manifestaes orais encontradas nos artigos so: Doena periodontal (42,3%),
Crie (15,4%), Candidose oral (11,6%), xerostomia (11,5%), Glossodinia (7,8%),
disfuno da glndula salivar (3,8%) e hlito cetnico (3,8%). Verificou-se que
em 10 estudos (52,6%), foi relatada a importncia do acompanhamento do
cirurgio-dentista com esses pacientes, de modo que proporcione uma melhor
condio oral para esses pacientes.
Todos os artigos observados na pesquisa apresentaram relao entre a
diabetes e manifestaes orais, sendo que a principal manifestao oral
observado no paciente diabtico de acordo com os artigos analisados a doena
periodontal. Todos os artigos que correlacionam o manejo clinico odontolgico
com a diabetes relata a importncia do conhecimento do profissional (cirurgio
dentista) sobre a doena, de modo que esses profissionais ofeream o melhor
tratamento possvel para esses pacientes dentro do seu campo de atuao, com
o intuito de oferecer uma melhor qualidade de vida para os pacientes.
12

De acordo com a organizao mundial de sade (OMS), no ano de 2030,


300 milhes de pessoas sero diabticas. Caracterizado por hiperglicemia
crnica, com distrbio do metabolismo dos carboidratos, lipdios e protenas, o
Diabetes Mellitus (DM) conceituado como uma sndrome de etiologia mltipla,
decorrente da ausncia de insulina parcial ou total e/ou da incapacidade deste
hormnio de exercer adequadamente seus efeitos.
Atualmente, o DM classificado em dois tipos principais, denominados tipo
1 (DM1), que apresenta dois picos de incidncia que ocorrem entre 5-7 anos de
idade e na puberdade, acometendo de 5 a 10% dos pacientes com DM, sem
predileo por gnero (MANNA, et al 2002); e o tipo 2 (DM2) que a forma mais
comum da doena, responsvel por 90-95% dos casos, acometendo
principalmente indivduos com mais de 40 anos. Outras formas menos comuns
so o Diabetes gestacional, Diabetes associados a medicamentos, doenas do
pncreas, infeces e sndromes genticas (LEONARDO e LEAL, 1998).
O paciente diabtico apresenta muitas alteraes fisiolgicas que
diminuem a capacidade imunolgica e a resposta inflamatria, aumentando a
susceptibilidade a infeces (BANDEIRA et al. 2003.). Dentro das alteraes
fisiolgicas encontradas nesses pacientes, muitas delas podem ser observadas
na cavidade oral.
Alteraes bucais observadas nos pacientes diabticos
Segundo BARCELLOES et al. 2000, as principais manifestaes bucais e
aspectos dentrios encontrados nos pacientes com diabetes so: doena
periodontal, crie, xerostomia, glossodnia, eritema, distrbios de gustao,
hlito cetnico, aumento da viscosidade da saliva e acidez do meio bucal
aumentando susceptibilidade a crie. Manifestaes menos frequentes so a
tumefao da glndula partida, candidase oral, e queilite angular (resultante de
modificaes na flora bucal). Os tecidos periodontias dos pacientes diabticos
tipo 2 quando comparados aos pacientes saudveis apresentam: maior grau de
vascularizao, maior grau de espessamento de parede vascular, obliterao
total e parcial de luz vascular, alteraes vasculares nos tecidos gengivais, e
estas parecem estar relacionadas ao carter hiperinflamatrio desses pacientes.
Segundo a American Academy of Periodontoly considera que embora
alguns fatores sejam associados com doenas periodontal severa em pacientes
13

diabticos, no existe claramente uma relao de causa/efeito entre a


severidade da doena periodontal e complicaes diabticas associadas, mas
alguns fatores podem ser sumarizados como, por exemplo, uma resposta
inflamatria aumentada, modificaes vasculares, defeitos no metabolismo do
colgeno e formao de produtos finais glicosilados, cicatrizao deficiente, e
alteraes na microbiota oral. De acordo com (MONTEIRO; ARAJO; GOMES
FILHO, 2002), a doena periodontal a manifestao odontolgica mais comum
em pacientes diabticos mal controlados. Aproximadamente 75% destes
pacientes possuem doena periodontal, com aumento de reabsoro alveolar e
alteraes inflamatrias gengivais.
Fatores de risco
Em relao aos fatores de risco mais importantes para a DM2 so:
sobrepeso (IMC > que 25), hereditariedade, idade avanada, sedentarismo,
hipertenso arterial, estrese.
Tratamento odontolgico do paciente diabtico
O DM uma doena sistmica que tem influncia em todo o organismo,
inclusive na cavidade bucal. Diante disso, cabe ao Cirurgio Dentista conhecer
melhor essa patologia e suas manifestaes bucais (ALVES et al 2006), tendo
um papel fundamental na identificao de DM em pacientes que apresentam os
sinais desta doena, pois frequentemente so os primeiros profissionais a
identificar e atribuir pacientes como diabticos ou pr diabticos (STEGEMAN,
2005). O diagnstico, tratamento e controle dos pacientes portadores de DM
requerem um conhecimento detalhado do processo da patologia. Contudo, nota-
se a falta de informao dos profissionais quanto forma mais adequada de lidar
com este tipo de paciente. Diante disso, ao investigar a histria clnica do
paciente, o Cirurgio Dentista deve incluir perguntas que remetam para a trade
sintomtica do DM, assim como para a perda de peso e os nveis recentes de
glicose (LALLA e DAMBROSIO, 2001.).
De acordo com AGUIAR et al. 2009, as dosagens e o tempo de administrao
da medicao devem ser determinados, pois uma variedade de medicaes
pode alterar o controle de glicemia, pela interferncia na ao da insulina ou no
metabolismo dos carboidratos. A ao hipoglicemiante das sulfoniurias pode
ser potencializada pelas drogas de alto teor de protenas como os salicilatos,
14

dicumerol, bloqueadores -adrenrgicos, inibidores de monoamina oxidase,


sulfonamidas e inibidores da enzima convesora da angiotensina. A epinefrina,
os corticosteroides, os tiazdicos, os contraceptivos bucais e os bloqueadores
dos canais de clcio podem causar hiperglicemia dessa forma LALLA e
D`AMBROSIO, 2001. As consultas de pacientes portadores de DM devem ser
curtas e no incio da manh, uma vez que os nveis endgenos de
corticosteroides neste perodo so geralmente altos, portanto os procedimentos
estressantes podem ser mais bem tolerados. No caso de uma consulta
demorada, especialmente se est se prolongar pelo tempo da refeio normal,
deve-se interromper o atendimento para uma refeio rpida. Ressalta se que o
paciente deve manter a sua dieta e teraputica normais antes da consulta.
LALLA E DAMBROSIO, 2001 E BRAGA et al 2009.
O uso de antibiticos para pacientes com bom controle glicmico
semelhante ao de no diabticos, ou seja, s deve ser realizada quando
existirem sinais e sintomas sistmicos de infeco (TOFOLI, et al 2009). Nos
pacientes com doena mal controlada, mesmo na ausncia de sinais e infeco,
preconiza-se profilaxia antibitica nos procedimentos que geram bacteremia
importante.
O uso profiltico de antibiticos no pr e no ps-operatrio deve ser
considerado para diminuir os riscos de infeco. Segundo (TOFOLI et al, 2005),
Na prescrio curativa podem ser usados: penicilinas (amoxicilina, ampicilina),
cefalosporinas (cefalexina) ou macroldeos (azitromicina, claritromicina). No
entanto, ALVES et al, 2006, afirma que: no devem ser prescritos antibiticos
sob a forma de suspenso bucal que contm glicose na sua composio, pois
podem a agravar a hiperglicemia.
De acordo com (TOFOLI et al, 2005), Os antibiticos, analgsicos ou
anti-inflamatrios de escolha so os metabolizados pelo fgado. Os anti-
inflamatrios no-esteroidais (AINES) devem ser usados com cautela, porque
podem promover reteno de sdio e gua e provocar sangramento gstrico.
Os diabticos compensados podem ser considerados pacientes normais
para tratamento odontolgico. Porm, quando apresentarem concentrao de
glicose no sangue acima de 200mg, s podem sofrer interveno cirrgica com
acompanhamento mdico (BRAGA, et al 2009).
15

Segundo (AGUIAR et al, 2009), em relao ao uso de anestsicos locais,


a lidocana no a melhor escolha, por ser considerado um anestsico de curta
durao. Os anestsicos de longa durao tambm no so de melhor escolha,
porque tm influncia no miocrdio. Os anestsicos mais indicados so aqueles
cujos componentes contenham prilocana e felipressina. Em relao tcnica
anestsica (BARCELLOS et al, 2000), concorda que a tcnica de bloqueio deve
ser preferida, evitando-se o uso de solues que contenham vasoconstrictor
base de adrenalina, pois esta promove a quebra de glicognio em glicose,
podendo determinar hiperglicemias.
Em caso de dor, a mesma pode ser controlada com analgsicos simples
(acetaminofeno, dipirona) e AINES (nimesulida, ibuprofeno, diclofenaco). Nos
casos graves, usar preparaes com codena. J as inflamaes podem ser
controladas com AINES, no entanto devem ser evitados pelo risco de
hiperglicemia. O uso de clorexidina durante o tratamento odontolgico
recomendado para controle da placa, manuteno de flora no patognica e
preveno da doena periodontal (SANCHES, et al 2004).
Em relao aos procedimentos odontolgicos em pacientes portadores
de DM (ORSO e PAGNONCELLI, 2002) e (HORLIANA et al, 2005.) concordam
que, as radiografias e moldagens podem ser realizadas sem restrio. J as
exodontias, raspagem e cirurgias periodontais, endodontias, apicectomias,
injees anestsicas locais intraligamentares e limpeza profiltica com
sangramento, deve-se avaliar uso de antibioticoterapia.
CONCLUSO
A diabetes Mellitus uma doena muito comum na sociedade mundial,
acometendo milhes de habitantes. Portanto, o aumento do conhecimento por
parte do cirurgio dentista sobre as alteraes bucais apresentadas pelos
portadores de DM extremamente importante, visto que, facilita o diagnstico,
alm de fornecer procedimentos odontolgicos adequados, evitando
complicaes e melhorando a qualidade de vida desses pacientes.
16

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18

ANEXOS

Normas da Revista Gacha de Odontologia


Diretrizes para o autor

Categoria dos artigos


A Revista aceita artigos inditos em portugus, espanhol ou ingls, com
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natureza emprica, experimental ou conceitual de pesquisas inditas
tendo em vista a relevncia do tema, o alcance e o conhecimento gerado
para a rea da pesquisa.
Especial: artigos a convite sobre temas atuais.
Reviso: sntese crtica de conhecimentos disponveis sobre determinado
tema, mediante anlise e interpretao de bibliografia pertinente, de modo
a conter uma anlise crtica e comparativa dos trabalhos na rea, que
discuta os limites e alcances metodolgicos, permitindo indicar
perspectivas de continuidade de estudos naquela linha de pesquisa.
Sero publicados at dois trabalhos por fascculo.
Comunicao: relato de informaes sobre temas relevantes, apoiado
em pesquisas recentes, subsidiando o trabalho de profissionais que
atuam na rea, servindo de apresentao ou atualizao sobre o tema.
Ensaio: trabalhos que possam trazer reflexo e discusso de assunto que
gere questionamentos e hipteses para futuras pesquisas.
Caso Clnico: so artigos que representam dados descritivos de um ou
mais casos explorando um mtodo ou problema atravs de exemplos.
Apresenta as caractersticas do indivduo humano ou animal estudado,
com indicao de suas caractersticas, tais como, gnero, nvel
socioeconmico, idade entre outras.
.

Pesquisas envolvendo seres vivos


Resultados de pesquisas relacionadas a seres vivos devem ser
acompanhados de cpia do parecer do Comit de tica da Instituio de
origem, ou outro rgo credenciado junto ao Conselho Nacional de
Sade. Alm disso, dever constar, no ltimo pargrafo do item Mtodos,
uma clara afirmao do cumprimento dos princpios ticos contidos na
Declarao de Helsinki (2000), alm do atendimento a legislaes
especficas do pas no qual a pesquisa foi realizada.
No devem ser utilizados no material ilustrativo nomes ou iniciais do
paciente.
Nos experimentos com animais devem ser seguidos os guias da
Instituio dos Conselhos Nacionais de Pesquisa sobre o uso e cuidado
dos animais de laboratrio

Registros de ensaios clnicos


19

Artigos com resultados de pesquisas clnicas devem apresentar um


nmero de identificao em um dos Registros de ensaios clnicos
validados pelos critrios da Organizao Mundial da Sade (OMS) e do
International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), cujos
endereos esto disponveis no site do ICMJE. O nmero de identificao
dever ser registrado ao final do resumo

Procedimentos editoriais

Avaliao
Os originais que deixarem de cumprir qualquer uma das normas aqui
publicadas relativas forma de apresentao, sero sumariamente
devolvidos antes mesmo de serem submetidos avaliao quanto ao
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acompanhada de um ofcio contendo o cdigo do item desrespeitado.
Recomenda-se fortemente que os autores busquem assessoria lingstica
profissional (revisores e/ou tradutores certificados em lngua portuguesa
e inglesa) antes de submeterem originais que possam conter incorrees
e/ou inadequaes morfolgicas, sintticas, idiomticas ou de
estilo. Devem ainda evitar o uso da primeira pessoa do singular meu
estudo..., ou da primeira pessoa do plural percebemos...., pois em
texto cientfico o discurso deve ser impessoal, sem juzo de valor e na
terceira pessoa do singular.
Os manuscritos aprovados quanto forma de apresentao sero
encaminhados ao Conselho Editorial, que considerar o mrito cientfico
da contribuio. Aprovados nesta fase, os manuscritos sero
encaminhados aos revisores ad hocpreviamente selecionados pelo
Conselho. Cada manuscrito ser enviado para dois relatores de
reconhecida competncia na temtica abordada. Em caso de desacordo,
o original ser enviado para uma terceira avaliao.
Os trabalhos que, a critrio do Conselho Editorial ou de Assessores ad
hoc, no forem considerados convenientes para publicao na RGO -
Revista Gacha de Odontologia sero devolvidos aos autores em carter
definitivo.
O processo de avaliao por pares o sistema de blind review,
procedimento sigiloso quanto identidade tanto dos autores quanto dos
revisores. O nome dos autores , propositalmente, omitido para que a
anlise do trabalho no sofra qualquer influncia e, da mesma forma, os
autores, embora informados sobre o mtodo em vigor, no fiquem cientes
sobre quem so os responsveis pelo exame de sua obra.
No caso da identificao de conflito de interesse por parte dos revisores,
o Conselho Editorial encaminhar o manuscrito a outro revisor ad hoc.
Os pareceres dos consultores comportam trs possibilidades: a)
aprovao; b) recomendao de nova anlise com alteraes; c) recusa
integral. Em quaisquer desses casos, o autor ser comunicado. No caso
de manuscritos aceitos, estes podero retornar aos autores para
aprovao de eventuais alteraes, no processo de editorao e
normalizao, de acordo com o estilo da Revista.
A deciso final sobre a publicao ou no do manuscrito sempre dos
editores, aos quais reservado o direito de efetuar os ajustes que
20

julgarem necessrios. Na deteco de problemas de redao, o


manuscrito ser devolvido aos autores para que sejam realizadas as
devidas alteraes. O trabalho reformulado deve retornar no prazo
mximo determinado
.

Conflito de interesse
No caso da identificao de conflito de interesse da parte dos revisores,
o Comit Editorial encaminhar o manuscrito a outro revisor ad hoc.
Manuscritos aceitos: manuscritos aceitos podero retornar aos autores
para aprovao de eventuais alteraes, no processo de editorao e
normalizao, de acordo com o estilo da Revista.

Provas
A prova tipogrfica ser enviada ao autor de correspondncia por meio de
correio eletrnico em formato PDF para aprovao final. As provas devem
retornar a Editorao da revista na data estipulada. Se no houver retorno
da prova na data estipulada, o Editor-Chefe considerar como final a
verso sem alteraes, e no sero permitidas maiores modificaes.
Apenas modificaes, correes de ortografia e verificao das
ilustraes sero aceitas. Modificaes extensas implicaro na
reapreciao pelos revisores e atraso na publicao do manuscrito.
.
Submisso de trabalhos
Sero aceitos trabalhos acompanhados de declarao de
responsabilidade, declarao de concordncia com a cesso de direitos
autorais e carta assinada por todos os autores, com descrio do tipo de
trabalho e da rea temtica e a principais contribuies do estudo para a
rea
Se houver figuras extradas de outros trabalhos previamente publicados,
os autores devero providenciar permisso, por escrito, para a sua
reproduo. Esta autorizao deve acompanhar os manuscritos
submetidos publicao.
Autoria: o nmero de autores deve ser coerente com as dimenses do
projeto. O crdito de autoria dever ser baseado em contribuies
substanciais, tais como concepo e desenho, ou anlise e interpretao
dos dados. No se justifica a incluso de nome de autores cuja
contribuio no se enquadre nos critrios acima, podendo, nesse caso,
figurar na seo Agradecimentos.
A RGO - Revista Gacha de Odontologia considera aceitvel o limite
mximo de 6 autores por artigo. Entretanto, poder admitir, em carter
excepcional, maior nmero de autores em trabalhos de maior
complexidade, que devero ser acompanhados, em folha separada, de
justificativa convincente para a participao de cada um dos autores.
Os manuscritos devem conter, na pgina de identificao, explicitamente,
a contribuio de cada um dos autores.

Apresentao do manuscrito
21

O texto dever ser digitado em fonte Arial tamanho 12, com espao
entrelinhas 1,5 cm. O papel dever ser de tamanho A4, com formatao
de margens superior e esquerda (3 cm), inferior e direita (2 cm).
Todas as pginas devem ser numeradas a partir da pgina de
identificao. Para esclarecimentos de eventuais dvidas quanto forma,
sugere-se consulta a este fascculo.
Os artigos devem ter, no mximo, 30 referncias, exceto no caso de
artigos de reviso, que podem apresentar em torno de 50. Sempre que
uma referncia possuir o nmero de Digital Object Identifier (DOI), este
deve ser informado.
Verso reformulada: a verso reformulada dever ser encaminhada por
e-mail, indicando o nmero do protocolo e o nmero da verso. Os
autores devero enviar apenas a ltima verso do trabalho. O texto
do artigo dever empregar fonte colorida (cor azul) para todas as
alteraes, juntamente com uma carta ao editor, reiterando o interesse
em publicar nesta Revista e informando quais alteraes foram
processadas no manuscrito. Se houver discordncia quanto s
recomendaes dos revisores, os autores devero apresentar os
argumentos que justificam sua posio. O ttulo e o cdigo do manuscrito
devero ser especificados.
Os prazos fixados para nova submisso dos originais corrigidos sero
informados no ofcio que acompanha os originais e devero ser
rigorosamente respeitados.
A nova submisso fora dos prazos estipulados acarretar no
cancelamento definitivo do processo de avaliao e a devoluo definitiva
dos originais Disposio dos elementos constituintes do texto
Os elementos constituintes do texto devem ser dispostos segundo a
sequncia apresentada abaixo:
Especialidade ou rea da pesquisa: uma nica palavra que permita ao
leitor identificar de imediato a especialidade ou rea que pertence a
pesquisa.
Ttulo: Ttulo: a) ttulo completo em portugus e ingls ou espanhol,
devendo ser conciso,evitando excesso das palavras, como avaliao
do..., consideraes a cerca de..., estudo exploratrio; b) short
title com at 50 caracteres em portugus (ou espanhol) e ingls.
Nome dos autores: a) nome de todos os autores por extenso, indicando
o Departamento e/ou Instituio a que pertencem (incluindo indicao dos
endereos completos de todas as universidades s quais esto
vinculados os autores); b) ser aceita uma nica afiliao por autor. Os
autores devero, portanto, escolher dentre suas afiliaes aquela que
julgarem a mais importante; c) todos os dados da afiliao devem ser
apresentadas por extenso, sem nenhuma abreviao; d) endereo
completo para correspondncia de todos os autores, incluindo o nome
para contato, telefone e e-mail. Observao: esta dever ser a nica parte
do texto com a identificao dos autores. Observao: esta dever ser a
nica parte do texto com a identificao dos autores.
Resumo: a) todos os artigos submetidos em portugus ou espanhol
devero ter resumo no idioma original e em ingls, com um mnimo de
150 palavras e mximo 250 palavras. Os artigos submetidos em ingls
devero vir acompanhados de resumo em portugus, alm do abstract
22

em ingls; b) para os artigos originais, os resumos devem ser


estruturados destacando objetivos, mtodos bsicos adotados,
informao sobre o local, populao e amostragem da pesquisa,
resultados e concluses mais relevantes, considerando os objetivos do
trabalho, e indicando formas de continuidade do estudo. Para as demais
categorias, o formato dos resumos deve ser o narrativo, mas com as
mesmas informaes; c) no deve conter citaes e abreviaturas.
Termos de indexao: correspondem s palavras ou expresses que
identifiquem o contedo do artigo. Destacar no mnimo trs e no mximo
seis termos de indexao, utilizando os Descritores em Cincia da Sade
(DeCS) da Bireme.
Introduo: deve ser curta, definindo o problema estudado, sintetizando
sua importncia e destacando as lacunas do conhecimento que sero
abordadas no artigo. Deve conter reviso da literatura atualizada e
pertinente ao tema, adequada apresentao do problema, e que
destaque sua relevncia. No deve ser extensa, a no ser em manuscritos
submetidos como Artigo de Reviso.
Mtodos: os mtodos devem ser apresentados com detalhes suficientes
para permitir a confirmao das observaes, incluindo os procedimentos
adotados, universo e amostra; instrumentos de medida e, se aplicvel,
mtodo de validao; tratamento estatstico.
Em relao anlise estatstica, os autores devem demonstrar que os
procedimentos utilizados foram no somente apropriados para testar as
hipteses do estudo, mas tambm corretamente interpretados. Os nveis
de significncia estatstica (ex. p<0,05; p<0,01;p<0,001) devem ser
mencionados.
Identificar com preciso todas as drogas e substncias qumicas
utilizadas, incluindo nomes genricos, doses e vias de administrao. Os
termos cientficos devem ser grafados por extenso, em vez de seus
correspondentes smbolos abreviados. Incluem-se nessa classificao:
nomes de compostos e elementos qumicos e binmios da nomenclatura
microbiolgica, zoolgica e botnica. Os nomes genricos de produtos
devem ser preferidos s suas respectivas marcas comerciais, sempre
seguidos, entre parnteses, do nome do fabricante, da cidade e do pas
em que foi fabricado, separados por vrgula.
Informar que a pesquisa foi aprovada por Comit de tica credenciado
junto ao Conselho Nacional de Sade e fornecer o nmero do parecer de
aprovao. Ao relatar experimentos com animais, indicar se as
diretrizes de conselhos de pesquisa institucionais ou nacionais - ou se
qualquer lei nacional relativa aos cuidados e ao uso de animais de
laboratrio - foram seguidas.
Resultados: devem ser apresentados com o mnimo possvel de
discusso ou interpretao pessoal, acompanhados de tabelas e/ou
material ilustrativo adequado, quando necessrio. No repetir no texto
todos os dados j apresentados em ilustraes e tabelas. Dados
estatsticos devem ser submetidos a anlises apropriadas.
Tabelas, quadros, figuras e grficos devem ser limitados a seis no
conjunto e numerados consecutiva e independentemente com algarismos
arbicos, de acordo com a ordem de meno dos dados, e devem vir em
folhas individuais e separadas, com indicao de sua localizao no texto.
23

imprescindvel a informao do local e ano do estudo. A cada um se


deve atribuir um ttulo breve. Os quadros e tabelas tero as bordas laterais
abertas. Os grficos devem ser enviados sempre acompanhados dos
respectivos valores numricos que lhes deram origem e em formato
Excel.
Os autores se responsabilizam pela qualidade das figuras (desenhos,
ilustraes, tabelas, quadros e grficos), que devero permitir reduo
sem perda de definio, para os tamanhos de uma ou duas colunas (7 e
15cm, respectivamente); no permitido o formato paisagem. Figuras
digitalizadas devero ter extenso JPEG e resoluo mnima de 300 dpi.
Na apresentao de imagens e texto, deve-se evitar o uso de iniciais,
nome e nmero de registro de pacientes. O paciente no poder ser
identificado ou reconhecvel nas imagens.
Discusso: deve restringir-se ao significado dos dados obtidos, evitando-
se hipteses no fundamentadas nos resultados, e relacion-los ao
conhecimento j existente e aos obtidos em outros estudos relevantes.
Enfatizar os aspectos novos e importantes do estudo e as concluses
derivadas. No repetir em detalhes dados ou outros materiais j citados
nas sees de Introduo ou Resultados. Incluir implicaes para
pesquisas futuras.
Concluso: parte final do trabalho baseada nas evidncias disponveis e
pertinentes ao objeto de estudo. As concluses devem ser precisas e
claramente expostas, cada uma delas fundamentada nos objetos de
estudo, relacionado os resultados obtidos com as hipteses levantadas.
Evidenciar o que foi alcanado com o estudo e a possvel aplicao dos
resultados da pesquisa; podendo sugerir outros estudos que
complementem a pesquisa ou para questes surgidas no seu
desenvolvimento. No sero aceitas citaes bibliogrficas nesta
seo.
Agradecimentos: podem ser registrados agradecimentos, em pargrafo
no superior a trs linhas, dirigidos a instituies ou indivduos que
prestaram efetiva colaborao para o trabalho.
Anexos: devero ser includos apenas quando imprescindveis
compreenso do texto. Caber aos editores julgar a necessidade de sua
publicao.
Abreviaturas e siglas: devero ser utilizadas de forma padronizada,
restringindo-se apenas quelas usadas convencionalmente ou
sancionadas pelo uso, acompanhadas do significado, por extenso,
quando da primeira citao no texto. No devem ser usadas no ttulo e
no resumo.
Referncias: devem ser numeradas consecutivamente, seguindo a
ordem em que foram mencionadas a primeira vez no texto, baseadas
no estilo Vancouver
Nas referncias com at seis autores, citam-se todos; acima de seis
autores, citam-se os seis primeiros, seguido da expresso latina et al. Os
ttulos de peridicos devem ser abreviados de acordo com o List of
Journals Indexed in Index
Medicus(http://www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lji.html) e impressos sem
negrito, itlico ou grifo, devendo-se usar a mesma apresentao em todas
as referncias.
24

No sero aceitas citaes/referncias de monografias de concluso de


curso de graduao, dissertaes, teses e de textos no
publicados (aulas, entre outros). Livros devem ser mantidos ao mnimo
indispensvel uma vez que refletem opinio dos respectivos autores e/ou
editores. Somente sero aceitas referncias de livros mais recentes. Se
um trabalho no publicado, de autoria de um dos autores do manuscrito,
for citado (ou seja, um artigo no prelo), ser necessrio incluir a carta de
aceitao da revista que publicar o referido artigo.
Citaes bibliogrficas no texto: utilizar o sistema numrico de citao,
no qual somente os nmeros-ndices das referncias, na forma
sobrescrita, so indicados no texto. Devero ser colocadas em ordem
numrica, em algarismos arbicos, meia linha acima e aps a citao, e
devem constar da lista de referncias. Se forem dois autores, citam-se
ambos ligados pelo "&"; se forem mais de dois, cita-se o primeiro autor,
seguido da expresso et al.
A exatido e a adequao das referncias a trabalhos que tenham
sido consultados e mencionados no texto do artigo so de
responsabilidade do autor. Todos os autores cujos trabalhos forem
citados no texto devero ser listados na seo de Referncias.

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