DIREITO INFORMATIVO - Modelo de Ação Revisional de Contrato de Financiamento de Veiculo
DIREITO INFORMATIVO - Modelo de Ação Revisional de Contrato de Financiamento de Veiculo
DIREITO INFORMATIVO - Modelo de Ação Revisional de Contrato de Financiamento de Veiculo
DIREITOINFORMATIVO
AugustoGrangeiroCarnaba.QuandoestudantedesenvolveuprojetocientficosobreoAtivismoJudicial,foi
MonitordasDisciplinasdeIntroduoaoEstudodoDireitoeDireitoConstitucionalpelaUniversidadeSEUNE,
MaceiAL,atualmenteexerceaAdvocacia.ESCRITRIOJURDICOSOARES,GRANJEIROESILVA
ADVOGADOSASSOCIADOSRua04,n.36,Conj.Arvoredo,BarroDuro,Macei/AL(aoladodorestaurante
BichodoMar)Fone:(82)91506361
terafeira,19denovembrode2013 Seguidores
Participardestesite
ModelodeAoRevisionalde GoogleFriendConnect
ContratodeFinanciamentode Membros(31)
Veiculo
EXCELENTSSIMOSENHORDOUTORJUIZDEDIREITODO
FORO DO NICO OFICIO DE MARECHAL DEODORO
ALAGOAS
Jummembro?Fazerlogin
a.II)DOIMPEDIMENTODEINSCRIODOAUTOR
EM CADASTRO DE DEVEDORES (SERASA, CADIN, SPC etc.) POR
OBRIGAESORIGINADASDOCONTRATOREVISIONADO.
Estando o devedor discutindo, atravs de ao
revisional,aabusividadeeailegalidadedeclusulascontratuais,oqueser
capaz de alterar o valor devido instituio financeira, justificase a
concesso de liminar para determinar a no incluso ou a retirada do seu
nome dos rgos de proteo de crdito enquanto pendente a lide
revisional.
Verificase que a supresso do nome do devedor
dos bancos de dados de inadimplentes no acarreta nenhum prejuzo ao
credor, at mesmo porque as informaes sobre o autor continuam em seu
cadastrointerno.
Na verdade, os cadastros de inadimplentes so
utilizados como forma de pressionar o devedor a satisfazer o dbito nos
moldes desejados pelo credor, sob pena de, no o fazendo, seu nome ser
divulgado na praa como inadimplente ou como mau pagador,
obstaculizando os seus futuros negcios, ainda que a cobrana seja
considerada excessiva ou questionada judicialmente. Tal conduta por parte
do credor se apresenta abusiva, mormente se levarmos em conta que a
autoradaaorevisionalestdispostaarealizaropagamentodasquantias
que entende devidas, o que demonstra a sua boaf e corrobora a
necessidade de noincluso ou da retirada do seu nome dos bancos de
dadosdeinadimplentes.
A matria est pacificada, inclusive com inmeras
decises no Colendo Tribunal do STJ, como se v do precedente, que se
adota:
SERASA.Cautelar.Eficcia.
Enquantopendenteaaoordinriasobreavalidade
da cobrana de juros de 14% ao ms, deve ficar
suspenso o registro da devedora em bancos de
dados de inadimplncia. Precedentes. Recurso
conhecidoeprovido.(Resp450840/RS,relatorMin.
Ruy Rosado de Aguiar Junior, julgado pela Quarta
Turmaem03/04/2003).
Inclusive quanto ao CADIN a matria j foi
examinada,nojulgamentodoResp.504052/AL,julgadopelaPrimeiraTurma
doSTJem14/09/2003,relatorMin.JosDelgado,assimementado:
TRIBUTRIO. DENNCIA ESPONTNEA.
PARCELAMENTO DO DBITO. MULTA
MORATRIA. APLICABILIDADE. ENTENDIMENTO
DA 1 SEO. INSCRIO NO CADIN. DBITO
SUBJUDICE.AFASTAMENTO.
4. Enquanto se impugna o montante do dbito
cobrado, com fundamentos razoveis, cabe o pleito
formulado pelo devedor para o fim de obstar o
registro de seu nome nos bancos de dados de
proteoaocrdito.Precedentes.
5.Recursoespecialparcialmenteprovido.
Por conseguinte, o deferimento da liminar, obtm
prado com o acolhimento da pretenso do autor de revisar os contratos
abusivos, no havendo prevalecimento de um em face de outro, at que a
soluofinalsejaemprestadaaofeitopordecisodemrito.
Desse modo, pleiteia a parte autora que Vossa
Excelncia se digne a proibir a r de efetuar o protesto do nome da
consumidoraemcartrios,edeinserlonosrgosdeproteoaocrdito.
Paradefesadosdireitosdepersonalidadedoautor
e para que no ocorra descumprimento da Liminar vergastada, requer que
seja aplicada uma multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) ao dia de
descumprimento.
a. III) DA MUNUTENO DO BEM NA POSSE DO
AUTOR
Ainda em sede de preliminar, necessrio se faz o
pedidoeconseqentedeferimentodamanutenodapossedobem.
O bem objeto do contrato em tela constituise
utilitriofundamentalparaoexercciodasatividadesdorequerentee,coma
discusso jurdica do contrato de financiamento e posterior demonstrao
das abusividades e ilegalidades cometidas pelo ru, flagrante restar
descaracterizada a mora do autor, at que seja revisonado o contrato
firmadoentreaspartes.
Ajurisprudnciamodernaresguardaapretensodo
autor.Vejaseabaixo:
Agravo de instrumento n. 70031857345. Dcima
Terceira Cmara Cvel, Tribunal de Justia do RS.
Relator: Lcia de Castro Boller. Julgado em
24/08/2009.
b.II)DATAXADERETORNO
Essataxanadamaisdoqueumacomissoque
as instituies financeiras cobram e repassam s revendedoras,
normalmente de veculos, que conseguem fechar o contrato de
financiamentocomocliente.
Tal prtica consiste na ocultao da cobrana da
comisso que diluda nas parcelas do financiamento e o consumidor
sequer toma conhecimento de sua existncia e acaba sendo lesado ao
beneficiar, sem saber, a revenda que acaba abocanhando esse
percentual.
Otrabalhodignificaeenalteceohomem,sendoque
oganhodofornecedordevedecorrerderazovelejustificadoempenhono
oferecimento regular do produto ou servio e no decorrer de artifcio
contrrio a boaf do consumidor. Ficando proibido o enriquecimento sem
causa, qual seja, no reconhecimento de ganhos sem contrapartida
proporcional.
Vrios so os entendimentos de que o pagamento
daTaxadeRetornopeloconsumidorconfiguraprticaabusiva,jqueos
contratos no deixam claro, nem poderiam, a incluso da cobrana nas
prestaesdosfinanciamentos.
OCdigodeDefesadoConsumidordispeemseu
artigo6,III,quesodireitosbsicosdoConsumidor:
Qualquertaxaderetornoparaaempresaquevende
o carro uma leso ao consumidor, por que um
beneficioqueoconsumidorestpagandoqueno
prprio, para revenda.Explicou Adriana,
coordenadoradoPROCON(RS).
b.III)TAXADEEMISSODECARN(TEC)
A Taxa de Emisso de Carn foi proibida pelo
conselho monetrio nacional (CMN), atravs da Resoluo n. 3.518/07, do
BancoCentral(BACEN),porserconsideradaabusivaeilegal.
Os contratos que regulam as relaes de consumo
no podem ser acrescidos da referida taxa de cobrana para emisso de
boletoecarns,poissegundooCdigodeDefesadoConsumidor,ocliente
deveterconhecimentoprviodaspagamentosacrescidosemcadaboleto.
Comoasseveraajurisprudnciaacimacitada,oSTJ
j sumulou que o Cdigo de Defesa do Consumidor aplicvel s
instituiesfinanceiras.(Smula297doSTJ)
Dessa forma, possui guarida jurdica e
jurisprudencialaqpretensodoorademandante.
d)DAINVERSODONUSDAPROVA
direito do devedor que ingressa com ao
revisional de contrato requerer a exibio dos documentos necessrios ao
julgamento da causa, os quais esto na posse da instituio financeira que
tem,inclusive,odeverlegaldeconservlos.
Assim,ainstituiofinanceiranodeveseeximirde
apresentaroscontratos,documentoscomunsspartesequeestosobsua
guarda, bem como planilhas que demonstrem de forma pormemorizada os
valores que entende devidos e a progresso do dbito, tendo em vista o
dispostonosarts.844,IIe355,ambosdoCPC.
Nessesentido,colacionoaseguintejurisprudncia:
PROCESSO DE EXECUO, ENCARGOS DO
DEVEDOR, DISCIPLINA JURDICA DAS
OBRIGAES DE PAGAR EM DINHEIRO,
CERCEAMENTO DE DEFESA, POSTULAO
REVISIONAL DE NEGCIOS SUCESSIVOS,
RELAO JURDICA CONTINUADA, EXIBIO DE
DOCUMENTOS.
Quando a guarda dos documentos necessrios
elucidao da causa incumbe ao estabelecimento de
crdito demandado em face da sistemtica de
desenvolvimento das suas operaes registrrias
impese deferida, de ofcio (art. 130 do CPC) ou a
requerimento da parte (art. 355 do CPC), a exibio
de documentos pleiteada pelo demandante, que, no
os tendo acessveis, deles depende para deduzir a
sua pretenso em juzo. Cerceamento de defesa
configurado.(...)(ACn197582882,5CmaraCvel
TARGS, Rel. Des. Aymor Roque Pottes de Mello,
07.05.98)
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRATO
BANCRIO, REVISO JUDICIAL , NUS DA
PROVA, INVERSO, Exibio dos documentos por
fora do que dispe o art. 355 do CPC. Os contratos
soessenciaisparaaveriguaraabusividadedesuas
clusulasobjetodaaopromovidapeloconsumidor
, sendo notria a instituio financeira, encontrando
respaldo a aplicao da inverso do nus da prova
(art 6, inc. VIII, segunda parte, da lei n 8078/90)
AGRAVO IMPROVIDO. ( AGI n 598432235, 14
CmaraCvelTJRS,Rel,Des.)
AGRAVO DE INSTRUMENTO, AO DE REVISO
DECONTRATOEXIBIODEDOCUMENTOS.
Cabe a instituio financeira o dever de exibir o
documento comprobatrio da relao jurdico
contratual existente entre as partes, no em
decorrncia de inverso do nus da prova, mas por
fora do disposto no art. 355, do CPC, Agravo
provido, (AGI n 70000014109, 14 Cmara Cvel
TJRS, Rel. Des. Marco Antonio Bandeira Scapini,
16.09.99).
direitodessaformaodemandante,querqueesse
Juzo determine tanto em carter liminar, como em provimento de mrito, a
exibio dos documentos objeto da presente ao revisional, digase de
passagem, que estes JAMAIS FORAM ENTREGUES AO DEMANDANTE,
como medida justa de aplicao do Cdigo de Defesa do Consumidor e
evidente reconhecimento de parte hipossuficiente , no caso a demandante,
narelaojurdicamantida.
e) DO RECONHECIMENTO DAS NULIDADES
APLICVEISAOSCONTRATOSEMDISCUSSO.
Tratandose de nulidade de pleno direito, diante do
que dispem as normas do Cdigo de Defesa do Consumidor, impese o
reconhecimento pelo juiz, a abusividade da clusula. Tal argio de
nulidade, desde j abordada, poderia ser tambm de plano reconhecida de
ofcioporesseJuzo.
NessesentidoadoutrinadeNelsonNeryJr.,(inOs
PrincpiosGeraisdoCdigodeDefesadoConsumidor,RevistadeDireitodo
Consumidor,n3):
O Tribunal pode, inclusive, decidir contra o nico
recorrente, reformando a deciso recorrida para pior, ocorrendo,assim,o
que denominamos de reformatio in pejus permitida, j que se trata de
matria de ordem pblica a cujo respeito a lei no exige a iniciativa da
parte,masaocontrrio,determinaqueoJuizaexaminedeofcio.
Em posio uniforme de seus membros, a 14
Cmara Cvel, do TJRS assim se manifesta: AO
DE REVISO DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO
COM GARANTIA DE ALIENAO FIDUCIRIA,
AGRVO RETIDO, NO CONHECIMENTO (ART
523. PAR1, DO CPC), INCIDNCIA DO CDIGO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR , ONEROSIDADE
EXCESSIVA CARACTERIZADA, NULIDADE DE
PLENO DIREITO DE CLUSULAS CONTRATUAIS
ABUSIVAS, POSSIBILIDADE DE DECRETAO DE
OFCIO, (...) APELAO INTERPOSTA NA AO
REVISONAL PARCIALMENTE PROVIDA,
APELAO INTERPOSTA NA AO DE BUSCA E
APREENO PROVIDA. (APC N 70001624253,
DCIMA QUARTA CMARA CVEL, TJRS,
RELATOR: DES. MARCO ANTONIO BANDEIRA
SCAPINI,JULGADOEM19/04/2001).
ALIENAO FIDUCIRIA.AO REVISIONAL DE
CONTRATODEABERTURADECRDITOFIXOCOM
GARANTIAFIDUNCIRIA.
CONTROLE DIFUSO DA LICITUDE DOS NEGCIOS
JURDICOS E INTERPRETAO DE CLUSULAS
CONTRATUAIS. 1. FUNO SOCIAL DOS
NEGCIOSEDIREITOSFUNDAMENTAIS.REVISO
JUDICIAL E RELATIVIZAO DO PRINCPIO DO
PACTA SUNT SERVANDA. APLICAO
INCIDENTAL DO CDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR: CONSUMIDOR PRPRIO.
REGULAO MANDATRIA: NORMAS E ORDEM
PBLICA E INTERESSE SOCIAL. NULIDADES DE
PLENODIREITO:DECRETAOAT DE OFCIO,A
QUALQUERTEMPOEGRAUSDEJURISDIO.(...)
APELO PROVIDO. (APC N 70002708493, DCIMA
QUARTA CMARA CVEL, TJRS, RELATOR: DES.
AYMOR ROQUE POTTES DE MELLO, JULGADO
EM13/09/2001).
DECISO.
As razes do recurso especial atacam o acrdo
proferido pelo Tribunal a quo em dois pontos: o
primeiro, referese alterao de encargos
financeirosemrazodainadimplncia,eosegundo,
capitalizaodejuros.
Jurospeloinadimplemento.
AjurisprudnciadoSuperiorTribunaldeJustiano
conforta a tese veiculada pelo recorrente em suas
razes, conforme se verifica na AGEDAG 151.689.
RS,RelatoroeminenteMinistroSlviodeFigueiredo
Teixeira,quelevaaseguinteementa:
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO (CPC,
ART. 545). MTUO RURAL. JUROS. ESTIPULAO
CONTRATUAL DE ELEVAO DA ALQUOTA
PREVISTA PARA A HIPTESE DE INADIMPLENTO
DO MUTURIO, ILEGALIDADE (PARGRAFO
NICO DO ART. 5, DL 167/67) CC, ARTS. 145/146.
NULIDADE. APRECIAO DE OFCIO PELO
TRIBUNAL DE ORIGEM. POSSIBILIDADE.
RECURSODESPROVIDO.
I Os juros moratrios, limitados, em se tratando de
crdito rural, a 1% ao ano distinguemse dos juros
remuneratrios. Aqueles so formas de sanso pelo
no pagamento no termo devido. Estes, por seu
turno, como fator de mera remunerao do capital
mutuado, mostramse invariveis em funo de
eventualinadimplnciaporimpontualidade.Clusula
quedisponhaemsentidocontrrio,prevendoreferida
variao,clusulaquevisaburlaradisciplinalegal,
fazendo incidir, sob as vestes de juros
remuneratrios, autnticos juros moratrios em
nveissuperioresaospermitidos.
II Emsetratandodenulidadeabsolutacontempladano
ordenamento material (CC arts. 145/146), defeso no
eraaoTribunaldesegundograuapreciladeofcio.
(DJU 01.03.99), MINISTRO Ari Pargendler, Relator.
(AG 253632/PR, 3 Turma do S.T.J,Min. Relator ARI
PARGENDLER,j.30/05/2000).
Dessa forma, vem argir a seguir o demandante as
nulidades de forma especificada, dando guarida a sua resposta, devendo
outros pontos tambm serem observados e analisados de oficio por esse
Juzo, tudo em consonncia com a doutrina contempornea, bem como
entendimentosjurisprudenciais.
f)DALIMITAODOSJUROS
Segunda renomada doutrina de Maria Helena Diniz
(Curso de Direito Civil Brasileiro), 2 volume, Editora Saraiva, So Paulo, 6
edio aumentada e atualizada, 1991, pg. 307) o conceito de juros pode
ser definido como o rendimento do capital, os frutos civis produzidos pelo
dinheiro sendo, portanto, considerados como bem acessrios, visto que
constituem o preo do uso do capital alheio, em razo da privao pelo
dano,voluntariaouinvoluntariamente.
Os juros classificamse em compensatrios, aqueles
que decorrem do consentimento do dono do capital como o preo de seu
usoportempodeterminado,emoratrios,osquedecorremdoretardamento
doadimplementodaobrigaocomopenalidadeconvencionalelegal.
A legislao infraconstitucional, por igual, limita a
taxa de juros.Acolhida a nova concepo social do contrato e a defesa do
consumidor (CF/88, art. 5, XXXII c/c o art. 170, V) possvel o expurgo do
excessodejurosremuneratrios,hajavistaascondiesqueconfigurariam
aabusividadeealesividadedocontrato,consoanteodispostonoartigo51,
IV,doCdigodeDefesadoConsumidor.
Excluda a clusula que estipula juros abusivos,
necessrio adotarse novo patamar, o que se faz dentro de um limite
referencial,tendoporbaseaestabilidadeeconmicaapsaimplementao
doPlanoReal,bemassimaobservnciaaoprincipiodaboafcomopadro
decondutafrenterealidadesocial.
Demais nada, na esteira da posio explanada, os
demaisfundamentosadotadoscomorazes,tambmestoaconduzirpara
amencionadalimitaoocarternovinculativodaADINn.04,arecepo
eaplicaodoDec.22626/33(LeideUsura)eaausnciadeautorizaodo
ConselhoMonetrioNacional(institudopelaLei4.595/64)paraaprticade
taxasqueferemoprincpioconstitucionaldafunosocialdocontrato.
O contrato bancrio/financeiro, no qual se estipulou
taxa exorbitante, entendendose como exorbitante, as que ferem os
princpios da boaf contratual e da funo social do contrato sem dvida,
inadequado ao sistema jurdico vigente. A abusividade dos juros
estabelecidos manifesta, sendo lesiva ao direito do consumidor a uma
prestao equivalente. A questo litigiosa refoge, portanto, do tema
constitucional e da aplicao do Decreto n. 22626/33, para se situar no
plano da validade das disposies negociais pela inobservncia das regras
quedisciplinamoSistemadeProteoeDefesadoConsumidor.
Manifestaailegalidadedasclusulasquefixaramos
juros devem ser reconhecidas suas invalidades, das quais decorrem a
ineficcia do direito do credor fiducirio relativamente aqueles juros que
excederemolimitedarazoabilidade,entendendosecomolimiteparaocaso
especficoaquelequeafrontaaosprincpiossupracitados.
As instituies financeiras, aps o advento da
emendaconstitucionaln40/03,noestosujeitasaoparmetrode12%de
juros remuneratrios.Assim, aps a nova formatao constitucional acerca
dosparmetrosdejurosremuneratriosdeveserfeitasegundoamdiade
mercado das operaes da espcie. O preenchimento do contedo da
clusula abusiva que estabelecem juros acima da mdia de mercado deve
sedardeacordocomosusosecostumesrespeitandosempreoprincpioda
boafcontratual(art.112,113CC/02).
Em razo disso, a clusula contratual que impe
juros exorbitantes, mostrase excessivamente onerosa para o consumidor
financiado (art.51, 1, III. Do CDC), devendo, em conseqncia, ser
consideradanula,poisincompatvelcomaboafeaeqidade,quedevem
nortear as relaes de consumo (art.51, IV, do CDC), considerando que a
atividadebancriaestsubmetidasnormasdoCDC(art.3,2).oque
demonstraerequerasuaaplicao.
g)DACAPITALIZAODOSJUROS
Quanto capitalizao dos juros, o artigo 4 do
Decreto n 22.626 revogou a parte final do artigo 1262 do Cdigo Civil de
1916. A partir de ento a capitalizao de juros s lcita em operaes
expressamente autorizadas por lei especial, como, por exemplo, nos
depsitosemcadernetasdepoupana.AmatriaobjetodedaSmulan
121doSupremoTribunalFederal:vedadaacapitalizaodejuros,ainda
que expressamente convencional.A Lei n 4595 e as demais normas que
regulam a atividade das entidades bancrias e financeiras no contem
previso permitindo o anatocismo em contratos da natureza daqueles em
exame.
Nessalinha,noadmissvelcapitalizaodejuros
em negcios jurdicos em que no esteja expressamente autorizada em lei.
Nesta linha, tm decidido nossos tribunais como, por exemplo, no REsp
140515RS,RelatoroMinistroBarrosMonteiro,comaseguinteementa:
CONTRATO DE ABERTURA DE CRDITO. TAXA
DE JUROS. SMULA N 596STF. CAPITALIZAO
DE JUROS. Cuidandose de operaes realizadas
por instituio integrante do sistema financeiro
nacional, no se aplicam as disposies do Decreto
n 22.626/33 quanto a taxa de juros. Smula n 596
STF. Somente nas hipteses em que expressamente
autorizada por leis especiais a capitalizao mensal
dosjurossemostraadmissvel.Nosdemaiscasos
vedada, mesmo quando pactuada, no tendo sido
revogado pela Lei n 4.545/64 o art. 4 do Dec. n
22.626/33. Dessa proibio no se acham excludas
as instituies financeiras. Precedentes do STJ.
Recursoespecialconhecido,emparte,eprovido.
No que tange capitalizao, de ser admitida
somente a anual, incabvel a mensal, em face do que dispe o art. 4 do
Decreto n 22.626/33 e Smula n 121 do STF, a no ser que se queira
aceitar o anatocismo. A exceo feita somente aos casos regulados por
leis especiais, relativamente s cdulas e nota de crdito rural, comercial e
industrial que admitem a capitalizao semestral (Decreto Lei 167/67,
DecretoLei413/69,Lein6.313/75eLein6.840/80).
A propsito de capitalizao, o STJ, ao apreciar o
Recurso Especial n 154935 RJ, Quarta Turma, de que foi relator o
eminenteMinistroSlviodeFigueiredoTeixeira,assimdecidiu:
DIREITOS COMERCIAIS E ECONMICOS.
FINANCIAMENTO BANCRIO. CONTRATO DE
CHEQUE ESPECIAL. JUROS. CAPITALIZAO
MENSAL. IMPOSSIBILIDADE. ENUNCIADO DA
SUM.121/STF. INEXISTNCIA DE AUTORIZAO
LEGAL.
PRECEDENTES.RECURSOACOLHIDO.
I Somente nas hipteses em que expressamente
autorizadaporleiespecfica,acapitalizaodejuros
se mostra admissvel, nos demais casos vedada,
mesmo quando pactuada, no tendo sido revogado
pelaLei4.595/64oart.4.DoDecreto22.626/33.(...)
II Na cobrana de dividida oriunda de contrato de
financiamento a particular, na modalidade cheque
especial, impossvel capitalizar mensalmente os
juros.
Em outra deciso, ao apreciar o Recurso Especial
n456573RS,QuartaTurma,dequefoirelatoroeminenteMinistroBarros
Monteiro,oSTJproclamou:
CONTRATOS BANCRIOS. TAXA DE JUROS.
LIMITAO. SMULA N 596STF CAPITALIZAO.
INADMISSIBILIDADE. MULTA. REDUO DE 10%
PARA2%.ART.52.1.DOCDC,COMAREDAO
DA LEI N 9.298, DE 1.8.1996. INADMISSIBILIDADE
NOCASO.(...)
3. Somente nas hipteses em que expressamente
autorizada por leis especiais, a capitalizao mensal
dosjurossemostraadmissvel.Nosdemaiscasos
vedada, mesmo quando pactuada, no tendo sido
revogado pela Lei n 4.595/64 o art. 4 do Decreto n
22.626/33.
Dessa proibio no se acham excludas as
instituiesfinanceiras.(...)
Recursoespecialconhecidoparcialmenteeprovido.
j)DOSJUROSMORATRIOS
No tocante aos juros moratrios tem aplicao o
dispostonoartigo5doDecreton22626queoslimitaem1%aoano.Com
efeito,dizoreferidoartigo:Admitesequepelamoradosjuroscontratados
estes sejam elevados de 1% (um por cento) e no mais. Para os negcios
decrditorural,comercialeindustrialincideanormadopargrafonicodo
artigo5doDecretoLein167,de14defevereirode1967.
Merece referncia, ainda, lio de Pontes de
Miranda, que, ao tratar do assunto in Tratado de Direito Privado, 3. ed.,
Ed.Borsoi,RiodeJaneiro,1971,p,50,ensina:
Diz o art. 5, do Decreto n 22.626, de 7 de abril de
1933: Admitese que, pela mora dos juros
contratados, estes sejam elevados de 1% e no
mais.
Cumpre que se distingam, preliminarmente, (a) as
clusulasdejurosdejuros,emcasodemora,e(b)a
clusulas de elevao dos juros, em caso de mora
ali, estabelecese taxa para quedos juros no pagos
fluam juros: aqui, dispese que, incorrendo em
mora o devedor, a taxa dos juros seja elevada. As
duas clusulas (a) e (b), no a durao da mora o se
confundem com (c) as clusulas penais por mora do
capitale(d)pormoradosjuros.
Asclusulasdejurosdejuros,emcasodemora,
so as que prevem que se no paguem os juros e
estipulam que corram juros de tais juros, enquanto
no se purga a mora. As clusulas de elevao de
juros, em caso de mora, so clusulas com que o
credorseprecatacontraaduraodamora,mas,a,
os juros a mais se no tm como juros moratrios,
devido ao contedo mesmo da clusula (juros x, ou,
se ocorre m, juros y). A aluso, a, feita mora,
pormpoderiaseraqualqueroutrofatoqueservisse
de elemento diferenciador, no tempo das taxas
estipuladas. A construo jurdica tanto pode ser:
juros y, mas, enquanto no se der mora, juros x,
comojurosx,mas,seocorrermora,jurosy.Daa
necessidade de x e y no excederem as taxas
mximas das leis contra a usura. N a tcnica
legislativa, o legislador pode determinar a) que os
juros y no podem exceder a taxa legal, ou b)
admitir que, em caso de mora, se elevem os juros x
at y, sendo y abaixo da taxa mxima das leis de
usuraouc)acimadataxamximadasleisdeusura.
O Decreto n 22.626, de 7 de abril de 1933, art. 1,
permitiu taxas at 12%, isto , at o dobro da taxa
legal (Cdigo Civil, art. 1.062) e tendo solver o
problema de tcnica legislativa a que aludimos
elegeu o critrio c), isto , y pode ser maior do que
12%. Porque: at 12% os juros so estipulveis: em
caso de mora, os juros estipulados (Decreto n.
22.626, art. 5., verbo contratados) podem ser
elevados de 1%, e no mais. Portanto: x pode ser
nomximo,12%y,12%+1%=13%.
Nesta linha, o egrgio TJAL j decidiu, em
precedentescujosinteirosteoresacompanhamestapetio(ApelaoCvel
2005.0003654eApelaoCvel2005.0008867).
Com isso, uma vez demonstrado a abusividade nos
juros moratrios incidentes sobre o valor do contrato financiado, presente,
desdej,autorizaoparaasuareviso.
I) DOS PAGAMENTOS INDEVIDOS. DO DIREITO A
RESTITUIO
No conceito de Clvis (apud Maria Helena Diniz em
Curso de Direito Civil, 2 volume, Editora Saraiva, 6 edio aumentada e
atualizada, So Paulo, 1991, pg. 194): pagamento indevido o feito,
espontaneamente, por erro, como o efetuado pelo solvens, convencido de
que deve pagar, ou o levado a efeito por quem no devedor, mas pensa
slo,ouaquemsesupecredor.
O pagamento indevido uma das formas de
enriquecimentosemcausa.Oenriquecimentoilcitoocorresemprequeuma
pessoa tiver uma vantagem de cunho econmico causa de outrem, com
diminuiopatrimonialdeste,ausentefatojurgeno.Aaodeinremverso
objetiva reequilibrar os dois patrimnios, alterados sem justa causa, com
restituiodasituaoeconmicaanterior,porcompensao.
So requisitos da ao de in rem verso o
enriquecimento de uma parte, o empobrecimento da outra correlativo, a
ausncia de causa jurdica, a inexistncia de interesse pessoal do
empobrecimento. Tem, finalmente, um carter subsidirio, isto , cabe a
pretensoderestituiosomentenainexistnciadequalqueroutraaono
sistemajurdico,evitando,assim,quesetorneumaespciedeactionpasse
partout.
Entre as espcies de enriquecimento sem causa
est o pagamento indevido, definido por Serpa Lopes como o pagamento
efetuado com a inteno de cumprir (amino solvendi) uma obrigao
inexistente(indebitum),emconseqnciadeerro.
A natureza do erro, requisito essencial do
pagamento indevido, caracteriza suas espcies: objetivo, quando o erro
incide sobre o objeto da prestao, ou subjetivo, na hiptese de erronia do
autorouquantoaquemrecebeopagamento.
Os requisitos para caracterizao do pagamento
indevido so o enriquecimento patrimonial do accipiens pela leso do
solvenscomrelaodeimediatividade,aexistnciadoerro,eaausnciade
causajurdica.Logo,nainexistnciadecomprovaodeprestaoporerro,
descabeapretensoderepetio.
Dizoartigo182doCdigoCivil:
Anuladoonegciojurdico,restituirseoaspartes
ao estado em que antes dele se achavam, e, no
sendo possvel restitulas, sero indenizadas com o
equivalente.
Trata a disposio sobre o denominado efeito
restitutrio. Sobre ele preleciona Pontes de Miranda (Tratado de Direito
Privado,tomoIV,4edio,EditoraRevistadosTribunais,SoPaulo,1983):
O Cdigo Civil Brasileiro, tem o mrito de se no referir retroatividade,
nemlembraainintegrumrestitutio.Deumladoedooutro,restabelecesea
anterior estado de coisas, isto , o estado em que se achavam os bens da
vida, num e noutro patrimnio. No se leva em conta qualquer efeito do
contratoounegciojurdicounilateralanulado(e.g.adennciadelocao,
em clusula contratual, a remisso de dvida, ou reconhecimento de direito
dooutrocontratante,oudeterceiro),salvoseshouveanulaoparcialque
no atingiu o elemento a que o efeito corresponde. Voltam os crditos
cedidos: voltam eficcia as dvidas remitidas as quantias pagas so
restitudas.Etudosepassacomosenotivessehavidocessodecrdito,
remissodedvida,oupagamento.
Assim,emrazodaeficciaconstitutivadasentena
invalidatria, as parcelas ineficazes prestadas, anuladas as disposies
negociais abusivas e ilegais (ausente dolo do fornecedor), devem ser
restitudas, de modo simples, atualizadas desde a prestao pelo critrio
negocialmenteestabelecidoparapagamento,acrescidasdejurosapartirda
citaonademandarevisional.
m)DACOMPENSAO
A reduo do dbito decorrer da reviso judicial,
ensejandoacompensaodosaldodevedorapuradocomoquefoipagoa
maior,hajavistaoprincpiodoenriquecimentosemcausa.Nessesentido:
A PRETENSO DE DEVOLUO DOS VALORES
PAGOS A MAIOR, EM VIRTUDE DO EXPURGO DE
PARCELAS JUDICIALMENTE DECLARADAS
ILEGAIS. CABVEL EM VIRTUDE DO PRINCPIO
QUE VEDA O ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA,
PRESCINDINDO DE DISCUSSO A RESPEITO DE
ERRO NO PAGAMENTO. (RESP. 200.267/RS, 4
TURMA, REL. MIN. SLVIO DE FIGUEIREDO
TEIXEIRA,03/10/2000).
MariaHelenaDiniz(CursodeDireitoCivilBrasileiro,
2 volume, Editora Saraiva, 6 edio, So Paulo, pg. 258) define
compensaocomoummeioespecialdeextinodeobrigaes,atonde
se equivalem, entre pessoas que so, ao mesmo tempo, devedoras e
credorasumadaoutra.
Assim,dispeoartigo368doCdigoCivil:Seduas
pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas
obrigaesextinguemseatondesecompensarem.
A origem do instituto romana, fundandose em
princpio de eqidade. No perodo clssico, a compensation era efeito de
umaconvenoentreaspartesqueextinguiaaobrigaopelarenncias
respectivasaes.NoperodoJustneo,passouaserformadeextinoda
obrigao independentemente da vontade das partes, mas foi o prprio
Justiniano que lhe atribuiu eficcia de pleno direito. Compensationes ex
omnibus ipso fieri sansimus, nulla differentia in rem, vel personalibus
actionibus inter se observanda. Este conceito no foi alterado em seu
contedo, passando a doutrina moderna a distinguir trs espcies de
compensao:alegal,aconvencionaleajudicial.
Os requisitos do instituto decorrem da prpria
definio legal a, obrigaes principais recprocas: b, o objeto das
prestaes devem ser bem fungvel, de mesma espcie e qualidade: e, as
prestaes devem estar vencidas, sendo lquidas e exigveis: d, no pode
existirdireitosdeterceirossobreasprestaes:ee,possibilidadejurdica.
Tambm pela aplicao do princpio da restituio
integral, cabe, na hiptese, a compensao, a ser efetivada entre as
parcelas prestadas ineficazmente pelo consumidor e o eventual dbito
pendente em razo dos negcios jurdicos celebrados com o fornecedor.
Estopreenchidososrequisitosdoinstituto,poisosobjetosdasprestaes
recprocas tm igual natureza, decorrendo a compensao de causa legal,
evitandose o enriquecimento sem causa do fornecedor que recebeu
indevidamentequantiasdecorrentesdeclusulasinvlidas
IIIDOSPEDIDOS
Em face ao exposto e por tudo o mais que destes
autosvieremconstar,REQUER:
1.) A antecipao parcial dos efeitos da tutela
jurisdicional,comfulcropermissivonoart.273,CPC,paraofimde:
a) Liminarmente, seja vedada a circulao ou
protestodettulosdecrditovinculadosaocontratorevisionadoporpartedo
XXXXXXXXXXXXXXXX
b) Liminarmente,sejavedadaainscriodoautor
nos cadastro de devedores (SERASA, CADIN, SPC) e designada retirada
doseunomedosrgosdeproteodecrditoseassimaInstituiorj
fez,porobrigaesoriginadasdocontratorevisionadoenquantopendentea
liderevisional(paraahiptesededescumprimento,quesejaestipuladauma
multa diria, sem prejuzo das sanes penais correspondentes CP Art.
330).
c) Liminarmente, que seja concedida ao autor a
manuteno do bem na sua posse sob compromisso como depositrio
judicialduranteoprocesso,hajavistaquenocertaamora
d) Liminarmente,quesejaautorizadoodepsito
judicial das parcelas que se acham incontroversas, que sero efetivadas
peloautor,mensalmente,conformetabelaanexa:
e) Liminarmente,quesejaconcedidaaoautora
manuteno do bem na sua posse sob compromisso como depositrio
judicial durante o processo, haja vista que no certa a mora e, em ato
contnuo, requer que seja declarado nulo qualquer mandado de busca e
apreenso que venha a ser pleiteado em processo interposto pelo
demandado,portodososargumentosefundamentosexpostos.
2. Em sendo deferidos os pedidos supras, que
seja intimada a parte adversa para cumprir a ordem judicial e, no mesmo
mandado, que seja citada, para, querendo, ofertar o contraditrio (ou
levantar as quantias serem depositadas) no prazo legal, sob pena de
reveliaeconfisso:
3. Nos termos do art. 6 do CDC, que seja
invertido o nus da prova, em favor do consumidor, e que o
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, junte aos autos cpia do contrato de
financiamento, o qual no fora entregue a autora (para a hiptese de
descumprimento,quesejaestipuladaumamultadiria,semprejuzodas
sanespenaiscorrespondentesCP,Art.330)
4.Quesejaconcedidaainversodonusdaprova
a) Deferida a inverso do nus da prova, que
apresente a parte adversa ainda no prazo de contestao, sob pena de
precluso, planilhas que demonstrem a forma de incidncia dos juros
aplicados,suafrmuladeaplicaoeaprogressodosdbitoseindicao
dataxadejurosaplicada.
5.Ainda NOMRITO,quesejajulgadaprocedente
apresenteao,emtodososseustermos,paraofimde:
a) Confirmar a tutela antecipada concedida em
todososseustermos:
b) Declarar a existncia de atos ilcitos
contratuais(encargos):
c) Declararaexistnciadelesoenorme
d) Declarar a existncia da prtica de usura e
anatocismo, oficiandose, aps, ao Ministrio Pblico, para as providncias
cabveis
e) Declarar a prtica de abuso de poder
econmico
f) Declarar que a taxa de juros cobrada
exorbitante, ferindo aos princpios da boaf contratual e funo social do
contrato, e, ato contnuo determinado taxa razovel para o contrato sob
apreo, levando em considerao a mdia do mercado nas operaes da
espcie
g) Declarar que o Conselho Monetrio Nacional
nopossuilegitimidadeparalegislarouregulamentarsobrematriainerente
aosjurosequestesfinanceiras
h) Declarar que a Smula 596 do Supremo
TribunalFederalnorevogou,nempoderiarevogar,aregradaLeideUsura
e,portanto,inaplicvelpresentehiptese:
i) Assim, declarar que a mora do credor (C.
Civil,394)
j) Sejaefetuadaumarevisojudicialdocontrato,
restabelecendose,assimoseuequilbrioeasuacomutatividade,acolhidaa
novaconceposocialdocontratoeadefesadoconsumidor(CF/88,art.5
XXXII, c/c art. 170, V) em que possvel o expurgo do excesso de juros
remuneratrios, haja vista as condies que configuram a abusividade e a
lesividade do contrato, consoante o disposto no art. 51, IV, do Cdigo de
DefesadoConsumidor
k) Decretar a nulidade das clusulas contratuais
abusivas,queimpeseaoreconhecimentopelojuiz,independentementede
alegao das partes, como preceitua o pargrafo nico do artigo 168 do
CdigoCivil,afastandose,deofcio,aabusividadedaclusula
l) Fixarosjurosremuneratriosnolimitede12%
(dozeporcento)aoano,ou,alternativamente,quesejafixadoosjurostendo
comobaseastaxasdemercado,umavezque,atmesmoemtaissituaes,
ocontratofirmadodemonstraseclaramenteexcessivo
m) Fixar os juros moratrios no limite de 1% (um
porcento)aoano
n) Vedaracapitalizaomensaldejuros
o) Vedaraincidnciadecomissodepermanncia
cumuladacomcorreomonetria
p) Limitar eventual incidncia de multa ao
percentual de dois pontos, incidir sobre eventual saldo devedor,
atualizado
q) Efetuar a correo monetria pelo indexado
IGMFGV
r) Efetuar o expurgo dos valores eventualmente
adimplidos consoante os parmetros ilegais antes estipulados pela parte
adversa
s) Constituir eventual saldo credor/devedor da
autoraemrelaoaorequerido,promovendose,assim,umacertamentoda
relaocrdito/dbito
t) Na hiptese de virem a ser julgados
procedentesquaisqueritensdossupraelencadoserevisadoocontratoeo
dbito, desde o seu nascedouro, em qualquer ponto, que sejam os valores
pagosanteriormentecontabilizadoseaplicadosaosupostodbito,seque
existente,comoamortizao
u) Na hiptese de verificao de cobrana em
excesso,eoumesmoexistnciadesaldocredor,quesejaaplicadaaregra
do art. 940, do Cdigo Civil, combinada com a mesma regra do Cdigo de
Defesa do Consumidor (art. 42), devendo, pois, a parte adversa vir a ser
condenada pagar em dobro o que cobrou indevidamente, para a
indenizaodosdanospatrimoniaisdiretos
v) Naeventualidadedeviremaserindeferidas,por
despacho interlocutrio, quaisquer medidas incidentais, incluindose a a
liminar, bem ensejadora do positivo Juzo de como na hiptese de
julgamento, por sentena, no mrito, de improcedncia da ao, ou de
deciso terminativa o que no acredita o autor seja possvel juridicamente,
ad cautelam, requer sejam prquestionadas todas as normas
constitucionais e infraconstitucionais porventura abordadas e ou ventiladas
nopresenteprocedimento,objetivandodarcumprimentodeumaformalidade
ensejadoradopositivoJuzodeAdmissibilidadedeRecursosEspecial(STJ)
eExtraordinrio(STF)
5.AcondenaodoRunopagamentodascustase
honorrios advocatcios no valor de 20% (vinte por cento) dos valores a
seremreduzidos
6. Em decorrncia da atual situao financeira
amargada pela autora, em virtude da negativao realizada pela instituio
financeira, ora r, vem a postulante requerer a iseno das custas
processuais,ou,asuaquitaoapsodeslindedapresentecontenda.
D causa, para os efeitos fiscais, o valor de R$
678,00(seiscentosesetentaeoitoreais)eprotestapelaproduodetodos
osmeiosdeprovasemdireitoadmissveis.
Nessestermos,
pededeferimento.
MarechalDeodoro\Alagoas,17desetembrode
2013.
AugustoJorgeGranjeiroCostaCarnabaIsmaelCasadoCarnaba
Filho
AdvogadoEstagirio
OAB/ALn.11.033
DOCUMENTOSACOSTADOS
1RG,CPF,Comprovantederesidncia
2DocumentaodoVeiculo
3Procurao(DOC.01)
4BoletodePagamento(DOC.02)
5PlanilhadeClculo(DOC.03).
PostadoporDIREITOINFORMATIVOs07:23
9comentrios:
ricaSouza 3defevereirode201412:47
Ajudoumuito.Obrigada!
Responder
JeanCabral 4defevereirode201403:47
Responder
IRANGONALVES 11defevereirode201412:00
temcomoreverparcelasdealienaofiduciria,sendoqueocompradordo
automveljquitouasparcelasdocontratodefinanciamento?
obrigado
Responder
BrunoSoprocon 1deabrilde201410:43
Responder
Taldo 26demaiode201411:13
Dr.Bruno,meuadvogadoentroucomumaaorevisionaldejuroscontrao
BBrasil.Afuiprocuradoportelefoneporagnciasdecobranaparaquitara
dvidaatquemepropuzeramumvalorqueseaproximavadaquelequefoi
lanado na ao para pagar e eu aceitei e paguei diretamente no ciaxa do
BBrasil. Ento meu advogado pediu a desistncia do processo e os
advogadosdoBanconoconcordamcomaliberaododepsitojudicialpor
mim dizendo que aquele dinheiro depositado no processo deve ficar com o
Banco. Est correto este procedimento do Banco? Obrigado! Talmares
Arsoes
Responder
Taldo 26demaiode201411:22
Dr.Bruno,meuadvogadoentroucomumaaorevisionaldejuroscontrao
BBrasil.Afuiprocuradoportelefoneporagnciasdecobranaparaquitara
dvidaatquemepropuzeramumvalorqueseaproximavadaquelequefoi
lanado na ao para pagar e eu aceitei e paguei diretamente no ciaxa do
BBrasil. Ento meu advogado pediu a desistncia do processo e os
advogadosdoBanconoconcordamcomaliberaododepsitojudicialpor
mim dizendo que aquele dinheiro depositado no processo deve ficar com o
Banco. Est correto este procedimento do Banco? Obrigado! Talmares
Arsoes
Responder
FranciscoJosdeBarrosMello 4defevereirode201510:08
Responder
gilsaniaferrobarbosa 22deabrilde201507:03
Responder
Respostas
fb05bad2d8a8d4771028cb23a9c951b20569c6df4d 29deabril
de201508:16
AMIMTBINTERESSA,[email protected],sepuderemmeajudar
agradeodesdej.
Responder
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