Someck, Nadia - Preservando o Patrimônio Histórico - Manual para Gestores
Someck, Nadia - Preservando o Patrimônio Histórico - Manual para Gestores
Someck, Nadia - Preservando o Patrimônio Histórico - Manual para Gestores
PRESERVANDO
O PATRIMNIO
HISTRICO:
um manual para gestores municipais
FICHA TCNICA
Professores
FOMENTOS
CAU/SP
ISBN: 978-85-68867-00-6
Ind.
I.
As transformaes da cidade contempornea_ 13
Projeto Cramique, Maastricht, Holanda (1987-1998)_ 15
II.
Cartas patrimoniais_ 23
Hafencity, Hamburgo, Alemanha_ 24
III.
Patrimnio e desenvolvimento_ 31
LONDRES: a delicada convivncia entre a verticalizao e a
preservao do patrimnio arquitetnico_ 35
PARIS Bercy: Patrimnio Histrico, Sustentabilidade e
Desenvolvimento Urbano_ 38
Nadia Somekh
I.
I.
As transformaes da
cidade contempornea
1 (Asher, 2012)
2 (Pochmann, 2011)
_Cartas patrimoniais | 23
Com a Declarao e o Manifesto de Amsterd, ambos de
1975, fica estabelecido que a conservao do patrimnio arqui-
tetnico deve constituir um dos objetivos maiores do planeja-
mento das reas urbanas e do planejamento fsico-territorial.
Para isso, cria-se a Conservao Integrada, mecanismo que
garante a permanncia dos habitantes de condies modestas
nestes centros.
24 | Cartas patrimoniais_
Vista de HafenCity. Destaque para a Sala de concertos Herzog & de
Meuron. / Vista panormica de Hamburgo a partir da torre da Catedral
de St. Mary. Fotografias: Denise Antonucci, julho, 2013.
Em 1999, um concurso internacional de arquitetura foi or-
ganizado. A ideia era criar um bairro que combinasse trabalho
e moradia para grupos sociais de diferentes nveis de renda.
A equipe vencedora, o grupo holands/alemo Kees Chris-
tiaanse/ASTOC, conseguiu em sua proposta apresentar: boas
ligaes entre a nova HafenCity, o complexo de edifcios do
Speicherstadt e o centro histrico da cidade de Hamburgo;
uma ampla gama de tipologias de bairros contemporneos; e a
diviso da rea em oito distritos urbanos de uso misto.
Um plano diretor elaborado pela prefeitura determinou
regras quanto ao tipo e intensidade de uso para toda a rea, e
detalhou o desenvolvimento da infraestrutura para os vrios
distritos. A construo em lotes individuais pelas incorporado-
ras tambm foi baseada em concursos de arquitetura e urba-
nismo (Harms, s/data, s/pag.).
No incio de 2000, o plano diretor foi aprovado e as obras
comearam. Em 2008, a primeira fase foi concluda, com edi-
fcios residenciais e de escritrios. A segunda fase est em
construo e o centro comercial e cultural se encontra em fase
avanada de planejamento.
Uma srie de vias de acesso pblico, vrias praas na bei-
ra do rio e canais, e pontes para pedestres, ligando o bairro
ao centro da cidade, foram construdas. Alm disso, uma nova
sala de concertos (projeto de Herzog & de Meuron), usando um
antigo armazm, e um museu martimo, tambm em armazns
antigos, esto em execuo.
26 | Cartas patrimoniais_
Conjunto gtico-expressionista
Chilehaus Arquiteto Fritz Schumaker
/ Museu Martimo. Fotografias: Denise
Antonucci, julho, 2013.
Novos edifcios e espaos pblicos. / Paredes recuperadas do cais.
Fotografias: Denise Antonucci, julho, 2013.
III.
III.
Patrimnio e desenvolvimento
_Patrimnio e desenvolvimento | 31
ca que a valoriza, Barcelona se tornou o terceiro destino mais
visitado da Europa, atrs apenas de Paris e Londres. Uma das
estratgias mais importante desse projeto foi a valorizao do
patrimnio cultural da capital catal, desde as pinturas de Mir
e Picasso aos edifcios de Gaud. As intervenes tiveram ainda
o cuidado de manter o traado urbano original como uma das
qualidades histricas locais.
Isso se d porque o valor simblico atribudo a deter-
minados bens se transforma tambm em valor econmico ao
fortalecer a imagem da cidade, demonstrando sua vitalidade e
atraindo novos investimentos e negcios.
Por isso, a insero da preservao em projetos urbanos
que integram diferentes frentes (melhoramentos virios, infra-
estrutura de transportes coletivos, criao de reas pblicas,
equipamentos de sade, educao e cultura) uma maneira
promover sua articulao com a poltica urbana e viabilizar seu
financiamento.
Outra maneira de promover a articulao entre conserva-
o e planejamento urbano criar mecanismos de insero da
preservao nos planos diretores, leis de diretrizes oramen-
trias, planos plurianuais etc., alm da integrao horizontal
entre as esferas de preservao e de planejamento da cidade.
Em seu ltimo plano diretor, em 2002, So Paulo fez uma
experincia de articulao entre planejamento urbano e pre-
servao com a instituio das Zepecs (Zonas Especiais de Pro-
teo Cultural) no zoneamento da cidade. So, ao todo, 2.760
zonas que se referem tanto aos bens imveis, que j eram tom-
bados no municpio, quanto aos escolhidos pela populao por
meio das subprefeituras da cidade.
Um dos instrumentos de poltica urbana aplicveis s Ze-
pecs a transferncia do potencial construtivo, o que ocorreu
at o momento entre 50 imveis, totalizando 95 mil m. Isso
32 | Patrimnio e desenvolvimento_
equivale a 40% de toda a outorga de potencial construtivo do
municpio. Especialistas avaliam que a poltica foi relativamen-
te bem sucedida no sentido de fornecer uma contrapartida fi-
nanceira aos proprietrios que tiveram seus imveis tombados.
Mas, por no haver nenhuma regulamentao que vinculasse o
dinheiro obtido conservao do imvel em questo ou mesmo
de outros imveis, via destinao em fundo pblico, a poltica
falhou no que se refere proteo do patrimnio, necessitando
de uma regulamentao que d conta dessa deficincia.
Em Paranapiacaba, antiga vila ferroviria da companhia
inglesa RFFSA, uma poltica de preservao com base no zo-
neamento tambm foi implantada. Como a vila, que pertence
ao municpio de Santo Andr (regio metropolitana de So
Paulo), que alm de ser uma rea de proteo de mananciais,
tombada nos nveis municipal, estadual e federal, o primeiro
desafio foi promover um novo arranjo institucional que desse
conta de articular todas essas esferas e ainda contemplar parti-
cipao popular efetiva.4
A maneira encontrada para isso foi a criao de comis-
ses com representantes de todas as esferas e composta em
50% por membros da comunidade local. As normas para a
conservao dos imveis em cada uma das quatro subzonas,
como cores de pintura, ausncia de cobertura para carros e
usos compatveis com a preservao, tambm foram formula-
das nessas comisses, gerando a ZEIPP (Zona Especial de Inte-
resse do Patrimnio de Paranapiacaba).5
A base da poltica desenvolvida para Paranapiacaba foi o
conceito de paisagem urbana histrica, recentemente adotado
pelo Iphan a partir das recomendaes da Unesco.
4 (Figueiredo, 2012)
5 (Figueiredo, 2012)
_Patrimnio e desenvolvimento | 33
Nesse contexto, o tombamento aparece apenas como
mais uma das ferramentas disponveis para a conservao de
bens culturais. H outros meios de promover a conservao e
valorizao de um bem isoladamente. Um deles a chancela,
ou reconhecimento da importncia cultural do bem pelos r-
gos de patrimnio, especialmente quando vinculado ao aces-
so a fundos pblicos de desenvolvimento urbano ou mesmo
fundos especficos para a preservao.
Mas, mesmo quando se decide que, para determinado
bem, o tombamento a ferramenta mais adequada, as pres-
cries para sua manuteno podem permitir transformaes
que atualizem o uso do imvel (retrofit) dentro de critrios co-
erentes com sua conservao.
Enquanto a arquitetura imutvel, o programa [ou o
conjunto de funes do edifcio] varia ao longo do tempo, com
as mudanas sociais, com o progresso, com os novos usos
etc..6Pode-se dizer que, estando os programas satisfeitos, o
edifcio est sendo bem conservado. Demonstrao disso
que nas cidades os exemplares mais bem preservados do pa-
trimnio ambiental urbano so as igrejas e os conventos, cujos
programas pouco mudaram com o decorrer dos anos. Por ou-
tro lado, as casas vm sofrendo mudanas, deixando para trs
a simplicidade da poca bandeirista rumo a arranjos novos,
como a presena de um banheiro para cada morador.7
Mas, qualquer que seja a estratgia adotada, ou a combi-
nao delas, uma poltica de preservao eficaz precisa fechar
um ciclo completo. Esse ciclo comea com o levantamento e
estudo de bens a serem preservados, seguido pela determi-
34 | Patrimnio e desenvolvimento_
nao das diretrizes de preservao, sendo completado pelas
estratgias de restaurao ou da conservao e o financiamen-
to delas.
Um tombamento, isoladamente, no garante a perma-
nncia dos imveis. Basta ver a situao de degradao em que
muitos bens tombados se encontram.
_Patrimnio e desenvolvimento | 35
na sia, em especial na regio dos Emirados rabes, no Su-
deste Asitico e na China, em cidades como Dubai, Shangai,
Hong Kong e Kuala Lumpur. Para os prximos anos, prev-se
a concluso da torre Nakheel, em Dubai, ultrapassando, pela
primeira vez, os 1000 metros de altura.
Na Europa, esse processo de adequao das principais ci-
dades s necessidades do capitalismo moderno comeou nos
anos 70, com a liberao de algumas reas para essa verticali-
zao. Cada cidade usou uma estratgia diferente: Paris criou
a zona do La Dfense, na periferia leste da cidade; Londres e
Rotterdam criaram as Docklands e Kop Van Zuid, nas antigas
zonas porturias. Barcelona permitiu certa verticalizao em
uma pequena rea histrica. Cada capital europeia procurou
se adequar, criando uma rea onde a altura das construes
poderia romper com os tradicionais 20 a 30 metros dominantes
no desenho urbano dessas cidades histricas.
Desde o incio do milnio, Londres recebeu uma srie de
construes com a inteno de reforar sua imagem de princi-
pal centro europeu da economia global, sediando instituies
financeiras internacionais, empresas de comunicao, infor-
mtica e de tecnologia.
Nessa escala de verticalizao londrina, pode-se citar a
grande roda gigante construda em 1999, a Millenium Wheel
(ou London Eye), que com 135 metros de altura, foi poca, a
maior estrutura deste tipo do mundo, e hoje um dos mais dis-
putados pontos tursticos da cidade. Depois vieram as torres
Gherkin, com 180 metros, e a The Shard, com 310 metros, que,
somadas a dezenas de outras de mesmo porte recentemente
construdas, alteraram completamente a fisionomia da tradi-
cional capital britnica.
Para proteger seus mais de 10 mil bens patrimoniais, a
Grande Londres usa alguns instrumentos auxiliares de valori-
36 | Patrimnio e desenvolvimento_
Skyline com a insero do edifcio de 30St. Mary Axe Foster + Partners.
Fotografia: Denise Antonucci / London Bridge e o edifcio do City Hall
Foster + Partners. Fotografia: Nadia Somekh
_Patrimnio e desenvolvimento | 37
PARIS BERCY: PATRIMNIO HISTRICO,
SUSTENTABILIDADE E DESENVOLVIMENTO URBANO
38 | Patrimnio e desenvolvimento_
Alguns objetivos preliminares foram fixados: reequilibrar
o crescimento da cidade, ocupar vazios deixados por reas de
transformao produtiva com equipamentos metropolitanos
(Estdio e Parque), criao de bairro com habitao e ativida-
des e articular a rea com o projeto Rive Gauche do outro lado
do Rio Sena.
Os instrumentos utilizados foram os projetos da APUR, a
criao de uma SEMAEST, uma sociedade de economia mista,
um concurso internacional para o Estado e a implantao.
Do Parque e a criao de um consrcio constitudo pelo
BNP, Banco Nacional de Paris, Grupo Suez, Grupo ACCOR e
Lyonaise de guas e empresrios vinculados criao de um
centro agroalimentcio, voltado para artesanato, alimentao
tradicional e vinho, para implementao adequada do Projeto.
O arquiteto J.P. Buffi foi encarregado de acompanhar a
implementao que teve Christian de Portaznpanc e Yves Lion,
entre outros, como arquitetos responsveis pelos edifcios co-
merciais e residenciais.
Antigos armazns tombados transformaram-se num cen-
tro comercial e a rea verde original em parque com construo
originalmente vinculadas a produo vincola. A recuperao
dos edifcios e sua reconverso foi implementada pela APUR.
_Patrimnio e desenvolvimento | 39
Desenvolvimento habitacional Cinemateca
Francesa Escola ambiental em edifcio
preservado inserida no parque. Fotografia:
Nadia Somekh
IV.
IV.
Democratizao do patrimnio
_Democratizao do patrimnio | 43
existe uma s memria coletiva, e no h unanimidade na po-
pulao para dar sentido e legitimidade aos valores apontados
pelos especialistas nessas coisas ligadas memria, histria e
s artes em geral.9
Por isso, preciso que a comunidade de cada territrio
especfico ajude a escolher os bens que ela deseja ver preser-
vados. No apenas edifcios monumentais nos centros histri-
cos, mas tambm a pequena vila operria, o traado urbano de
um pequeno centro comercial, a fbrica que conta a histria da
fundao do bairro.
Por todos esses motivos, a criao de instncias descen-
tralizadas para promover a participao popular constante
e efetiva um dos passos mais relevantes para se alcanar a
preservao. Conselhos de patrimnio histrico compostos
por atores da sociedade civil (moradores, associaes de bair-
ro, universidades, ONGs) e do poder pblico so um meio de
atingi-la. Mas em cidades maiores preciso tambm descen-
tralizar a participao, criando canais abertos populao em
diferentes regies da cidade.
A participao sempre desejvel, mas tem que ser feita
com critrio para se tornar vivel em um contexto de rgos
do patrimnio histrico cada vez mais enxutos e com verbas
limitadas.
Cabe aqui o relato sobre a experincia recente de conser-
vao do patrimnio em So Paulo de forma participativa por
meios das Zepecs.
Na elaborao do ltimo plano diretor paulistano, em
2002, 253 imveis foram indicados pela populao, por meio
das 32 subprefeituras da cidade, como bens a serem preserva-
dos provisoriamente, at sua avaliao pelo rgo municipal
44 | Democratizao do patrimnio_
do patrimnio histrico, culminando na deciso pelo seu tom-
bamento ou no.
Alm de ter havido grandes disparidades na quantidade
de imveis e na consistncia e representatividade das indica-
es nas diferentes regies, essa demanda sobrecarregou os
tcnicos da prefeitura. Disso decorre que h hoje no rgo
uma grande fila de Zepecs esperando regulamentao.
Uma maneira de contornar esses problemas seria a cons-
tituio de comisses participativas em cada regio para defi-
nir e planejar o desenvolvimento das zonas de preservao e
que essas zonas no se resumissem a imveis isolados (como
foi feito em So Paulo, apesar de se tratar de zoneamento), mas
a reas que compreendessem conjuntos urbanos.
Hoje o tombamento praticamente a nica maneira de
participao popular, o que restringe a democratizao da pre-
servao. Para ampli-la, as decises quanto ao uso de verbas
de fundos pblicos (como os fundos de urbanizao constitu-
dos com venda de Cepacs e outorgas onerosas10) podem ser
feitas por meio de conselhos gestores com grande representa-
o da comunidade.
Mas participar no basta. A participao efetiva tem que
ser bem informada. Por isso, polticas de educao patrimonial
so uma das bases para a conservao dos bens culturais. No
Mxico, por exemplo, desde o primrio as crianas so ensina-
das nas cartilhas sobre o valor do acervo deixado pelas velhas
geraes11. A educao formal uma maneira de sensibilizar
_Democratizao do patrimnio | 45
a populao quanto ao valor de seu patrimnio. Oficinas, pu-
blicaes, eventos e museus da histria da cidade so algumas
das outras formas.
Democratizar o patrimnio no s garantir a participa-
o, mas garantir que camadas menos favorecidas da popula-
o possam usufruir de seus bens histricos e se beneficiar de
sua valorizao. Muitas vezes, o que ocorre com a recuperao
de reas histricas o contrrio.
A valorizao do patrimnio em uma rea pode levar
expulso das pessoas mais pobres vivendo ali, j que elas no
conseguem arcar com o aumento nos valores de aluguis ou
acabam vendendo sua casa por valores que parecem irrecus-
veis diante de sua renda.
A experincia da cidade italiana de Bolonha nos anos 1970
ilustra bem essa situao. Por meio da efetiva participao dos
moradores e da integrao da preservao s diferentes esferas
de gesto da cidade (educao, sade etc.), Bolonha se tornou
exemplo de regenerao de centros histricos com finalidades
sociais. A recuperao do patrimnio e habitao popular fo-
ram seus principais objetivos, um impulsionando o outro.
Com o passar dos anos, no entanto, o desmantelamen-
to da poltica adotada em Bolonha e a valorizao da rea fi-
zeram a populao original ser progressivamente substituda
por professores e estudantes universitrios, cafs, lojinhas. O
bairro outrora popular se tornou um lugar badalado e caro.12
O que ocorreu em Bolonha no foi um caso isolado. Por
isso, projetos de recuperao de reas histricas precisam de
mecanismos (como aluguis sociais subsidiados) que garan-
tam a manuteno da populao de baixa renda no local, evi-
tando sua expulso para reas perifricas e sem infraestrutura.
12 (Zancheti, 2000)
46 | Democratizao do patrimnio_
V.
V.
Os cinco passos para a
gesto do patrimnio histrico
ESTRATGIAS DE PRESERVAO
O CASO DE LISBOA18
O CASO DO PELOURINHO
Informatizao
A criao de um banco de dados do patrimnio essen-
cial e depende de uma estrutura mnima de programao para
garantir agilidade no andamento dos processos e na constru-
o de diagnsticos.
Capacitao tcnica
Alm das tcnicas de preservao, conservao e restau-
ro, o novo profissional da rea de conservao precisa de no-
es de histria e de conhecimentos de mecanismos legais de
interveno urbana.
Conhecimento
H diversos exemplos de boas prticas em municpios
brasileiros e internacionais que podem ser acessados atravs
de visitas ou leitura de casos. Eles so uma importante fonte de
conhecimento e inspirao.
Capacitao gerencial
Para conseguir atuar de uma maneira democrtica na so-
ciedade, preciso tambm que as competncias do profissional
incluam a gesto de instrumentos de pesquisa, mecanismos de
atuao social, habilidades de comunicao e negociao.
BIBLIOGRAFIA HAFENCITY
BIBLIOGRAFIA BERCY