Evans Pritchard Os Nuers
Evans Pritchard Os Nuers
Evans Pritchard Os Nuers
Evans Pritchard
1940
1937 Witchcraft, Oracles and Magic Among the Azande. Oxford University Press.
1940a The Nuer: A Description of the Modes of Livelihood and Political Institutions of a
Nilotic People. Oxford: Clarendon Press.
1940b "The Nuer of the Southern Sudan". in African Political Systems. M. Fortes and E.E.
Evans-Prtitchard, eds., London: Oxford University Press., p. 272-296.
1949 The Sanusi of Cyrenaica. London: Oxford: Oxford University Press.
1951a Kinship and Marriage Among the Nuer. Oxford: Clarendon Press.
1951b "Kinship and Local Community among the Nuer". in African Systems of Kinship and
Marriage. A.R. Radcliffe-Brown and D. Forde, eds., London: Oxford University Press. p. 360-
391.
1953, "The Sacrificial Role of Cattle among the Nuer", Africa: Journal of the International
African Institute (Edinburgh University Press) 23 (3): 181198, retrieved 20 November 2011
1956 Nuer Religion. Oxford: Clarendon Press.
1962 Social Anthropology and Other Essays. New York: The Free Press. BBC Third Programme
Lectures, 1950.
1965 Theories of Primitive Religion. Oxford University Press.
1967 The Zande Trickster. Oxford: Clarendon Press.
1971 "Sources, with Particular Reference to the Southern Sudan", Cahiers d'tudes africaines
11 (41): 129179.
Prefcio
Estudo feito por solicitao e financiado pelo governo do Sudo
aglo-egpcio.
Bolsista Leverhulme.
Gratido intelectual ao Sr. e Sra. Seligman, pelo apoio, estmulo e
por sua amizade (estudos sobre outros nilotas: Shilluk e Dinka
foram grande inspirao).
Agradecimento aos que deram hospitalidade e assistncia no
Sudo: governador-geral; secretrio civil; governadores da provncia
do Alto Nilo; comissrios dos Distritos Nuer, entre outros.
Agradecimento especial: funcionrios da Misso Americana em
Nasser (...) dedico este livro a eles no apenas como expresso
de minha gratido pessoal, mas tambm como tributo aos
dedicados servios prestados por eles aos Nuer (2).
Calorosos agradecimentos aos muitos Nuer de quem foi hspede e
amigo: expresso aqui meu respeito genrico por esse povo
corajoso e amvel (2).
Aos que leram o livro: Seligman, Radcliffe-Brown, M. Fortes,
Gluckman.
Mapa
Contexto - Different Voices, Different Times:
E.E. Evans-Pritchard and Sharon Hutchinson on the Nuer
Elizabeth R. Busbee
(http://classes.yale.edu/02-03/anth500a/projects/project_sites/00_Busbee/500b_project.html)
In the case of the Sudan, British colonial powers were having more difficulty than
usual bringing one notable group of individuals under control. The people known as
the Nuer were particularly hostile to British takeover; as a result the British colonial
authorities recruited the assistance of the anthropologist E. E. Evans-Pritchard. Evans-
Pritchard was already conducting fieldwork among the Azande, and was reluctant to
abandon a project that was already underway. Evans-Pritchard agreed, however, and
what resulted was a trilogy of books for which he became famous within the
discipline: The Nuer, published in 1940, Kinship and Marriage Among the Nuer,
published in 1951, and Nuer Religion, published in 1956.
Contexto - Different Voices, Different Times:
E.E. Evans-Pritchard and Sharon Hutchinson on the Nuer
Elizabeth R. Busbee
(http://classes.yale.edu/02-03/anth500a/projects/project_sites/00_Busbee/500b_project.html)
Evans-Pritchard's primary goal was to document Nuer political institutions so that they
could be more effectively brought under British rule. This focus is evident in the
format of The Nuer. Nuer political institutions can only be understood in a larger
framework encompassing both ecological and kinship systems, and this
interconnectedness is apparent in the structure of the ethnography.
The Nuer as an ethnography is divided into the following chapters:
I. Interest in Cattle
II. Oecology
III. Time and Space
IV. The Political System
V. The Lineage System
VI. The Age-Set System
Contexto - Different Voices, Different Times:
E.E. Evans-Pritchard and Sharon Hutchinson on the Nuer
Elizabeth R. Busbee
(http://classes.yale.edu/02-03/anth500a/projects/project_sites/00_Busbee/500b_project.html)
Evans-Pritchard's lack of personal involvement in daily Nuer life is notable. Further, his
analysis of Nuer character stands in stark contrast to the characterizations made by Sharon
Hutchinson. Evans-Pritchard explains, "I found Nuer pride an increasing source of
amazement" (Evans-Pritchard 1940:182). He characterizes the Nuer as an overwhelmingly
proud people, who do not sell their labor (Evans-Pritchard 1940:88). According to the text,
they are raised in an environment where hardship and hunger are frequent visitors, and
they express contempt for both of these things. Nuer are products of an egalitarian society
which is both very democratic and very violent. Evans-Pritchard discusses Nuer society and
values at length, commenting that "values are embodied in words through which they
influence behavior" (Evans-Pritchard 1940:135).
Evans-Pritchard's text portrays the Nuer as a unified and pastoral group largely unaffected
by colonialism, although this was clearly not the case, considering the circumstances
surrounding his recruitment into the field. It is highly likely that the "Nuerosis" of which he
speaks resulted from Nuer reluctance to give information to a British researcher (Evans-
Pritchard 1940:13).
Contexto - Different Voices, Different Times:
E.E. Evans-Pritchard and Sharon Hutchinson on the Nuer
Elizabeth R. Busbee
(http://classes.yale.edu/02-03/anth500a/projects/project_sites/00_Busbee/500b_project.html)
His work expresses an interest in social facts, an idea borrowed from Durkheim. Evans-
Pritchard can be identified as a structural-functionalist, due to his interest in analyzing
the operation of social structures among the Nuer. These structures are portrayed in
his work as existing separately from individual agency and the effects of history.
Introduo
1840 1881: Diversos viajantes penetraram nas
terras Nuer. O relato mais acurado e menos
pretensioso o de Jules Poncet, caador de
elefantes da Savia, que passou vrios anos nas
fronteiras das terras dos Nuers.
Quando possuirmos maiores informaes sobre alguns dos povos que falam
shilluk, ser possvel afirmar quais so os caracteres que definem a cultura e a
estrutura social nilota. No presente, tal classificao extremamente difcil, e
deixo a tentativa para mais tarde, dedicando este livro a um relato simples
dos Nuer e deixando de lado as muitas comparaes bvias que poderiam ser
feitas com outros povos nilotas (8).
AS LUTAS
NUER DINKA
Introduo
Introduo
Cap.1: Interesse pelo gado
Cap. 2 Ecologia
Cap. 3: Tempo e Espao
Cap. 4: O sistema poltico
Cap. 5: O sistema de linhagens
Cap. 6: O sistema de conjuntos etrios (o relacionamento entre os dois).
Introduo
Estuda o inter-relacionamento de segmentos territoriais dentro de um
territrio (sistemas polticos) e o relacionamento de outros sistemas sociais
para aquele sistema.
1955 -1972: 1a Guerra Civil Sudanesa (Anyanya rebellion, after the name of the
rebels), conflito entre o norte e o sul do Sudo, que demandava maior representao
e autnomia. Cerca de meio milho de pessoas morreram nos 17 anos da guerra.
1983: o conflito agravou-se, quando o governo sudans decidiu impor a lei islmica a
todo o pas
1983 2005: 2a Guerra Civil Sudanesa. Conflito entre o governo central do Sudo e o
Sudan People's Liberation Army, que lutava pela independncia das provncias
sudanesas do Sul. Aproximadamente 2 milhes de pessoas morreram como resultado
da guerra, fome e doenas causados pelo conflito. Quatro milhes de pessoas do Sul
do Sudo foram removidas, pelo menos uma vez (e frequentemente vrias) durante a
guerra. O conflito terminou oficialmente com a assinatura de um tratado de paz em
janeiro de 2005.
Exrcito Popular de Libertao do Sudo
Sudan People's Liberation Movement (SPLM)
Em 1982, os Nuer eram 740 mil no Sudo, e 40 mil na Etipia. Em conjunto com os Dinka, cuja
populao duas vezes maior, constituem a esmagadora maioria no Sudo meridional.
Oleodutos passaram a ser construdos por um grupo canadense em terra que era de pastagem.
Os dinka e os nuer se juntam e formam um partido SPLA (Exrcito Popular de Libertao do
Sudo), que incialmente lutava por um Estado democrtico e secular, ideia defendida para o
Sudo como um todo.
Dinka e Nuer combatiam unidos, at que, em 1991, um oficial nuer tentou dar um golpe e tomar
o lugar do comandante do SPLA/M, cargo ocupado por lderes dinka desde a criao do
movimento. Essa disputa de liderana alimentada pelo exrcito sudans, para matarem-se
entre si e portanto, manter o controle do petrleo.
Esta guerra foi fartamente descrita em termos religiosos e tnicos, e tambm como disputa pelo
controle dos recursos hdricos e fontes de leo presentes na regio sul e oeste do Sudo. Em
2004, um ano antes do acordo de paz, a Coalition to Stop Child Soldiers, estimava que havia entre
2.500 a 5.mil crianas servindo no SPLA.
BEATRIZ PERRONE-MOISS. CONFLITOS RECENTES, ESTRUTURAS PERSISTENTES
REVISTA DE ANTROPOLOGIA, SO PAULO, USP, 2001, V. 44 n 2.
no incio dos tempos, os Dinka roubaram gado dos Nuer, que por isso
receberam do criador a incumbncia perptua de atacar os Dinka.
Desde que essa situao de inimizade se instalou, conta Evans-
Pritchard, quase sempre foram os Nuer a tomar a iniciativa dos
ataques.
Os prprios Dinka e Nuer reconheciam que havia poucas mortes em suas guerras
antigas, mesmo porque a morte de um inimigo acarretava srios perigos para o
matador.
Lderes rebeldes haviam argumentado, a certa altura, que tais perigos e suas
decorrentes restries no se aplicavam morte de inimigos produzida por armas de
fogo. Telar Deng, juiz dinka educado nos Estados Unidos, resumia: They believe, The
ghost of the deceased will not haunt me, because I did not kill with a spear. Once
removed from its moral consequences, killing became easier, conclui o artigo.
O fato que todos os jovens dinka e nuer passaram a carregar cotidianamente armas
pesadas, e as mortes se multiplicaram em propores assustadoras. Ao longo dos anos
90, toda a faixa de fronteira Dinka/Nuer ficou vazia: as aldeias tinham sido dizimadas
ou sua populao tinha sido raptada e os eventuais sobreviventes haviam fugido. No
h como calcular quantas vtimas essa guerra civil no Sudo meridional fez.
I would say that a term like structure can only be meaningful when used as an
historical expression to denote a set of relations known to have endured over a
considerable period of time. (1962: 55)
Lost boys of Sudan
20.000 crianas Nuer e Dinka foram deslocadas ou levadas para orfanatos durante
a Segunda Guerra Civil Sudanesa (19832005).
Em 1992, UNICEF reuniu cerca de 1200 Lost Boys a suas famlias. Entretanto, em
1996, cerca de 17.000 ainda estavam em campos de refugiados.
http://veja.abril.com.br/blog/estetica-saude/tag/pele/page/2/
Milhes votam em referendo pela independncia do
Sul do Sudo
Referendo do Sul: passado e futuro em jogo
Neste domingo, 9 de janeiro de 2011, a populao da poro sul do Sudo vai s
urnas no referendo que vota a autonomia da regio. A expectativa geral de que
o 'sim' saia vencedor, resultado que deve levar secesso do resto do pas e a
criao de uma nova nao: o Sudo do Sul, com capital em Juba e presidido por
Salva Kiir.
O referendo est previsto desde janeiro de 2005, quando foi assinado o Tratado
de Naivasha. Tambm conhecido como Amplo Acordo de Paz, o tratado colocou
fim a um conflito de 21 anos travado entre o norte sudans, predominantemente
rabe, e rebeldes do sul, regio miscigenada e parcialmente crist. Durante este
perodo, iniciado em 1983, cerca de dois milhes de pessoas morreram.
Apesar da boa expectativa para a realizao do referendo, muito deve ainda
acontecer depois dele. O presidente sudans, Omar al-Bashir, garantiu que
aceitar o resultado da votao, mas ainda incerto o futuro das relaes entre
norte e sul. Por trs do conflito est a disputa pelo controle da maior riqueza
natural do pas, uma reserva de milhes de barris de petrleo, localizada
justamente na faixa central do Sudo.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4880335-EI294,00-
Milhoes+votam+em+referendo+pela+independencia+do+Sul+do+Sudao.html
Galeria de fotos sobre a votao do referendo
no Sudo janeiro/2011
http://veja.abril.com.br/multimidia/galeria-
fotos/slideshow/votacao-do-referendo-no-
sudao#
Confrontos tribais no Sudo do Sul
18 de Janeiro de 2012
Um confronto entre as tribos no Sudo do Sul provocou a morte de pelo menos 51 pessoas
esta tera-feira, de acordo com as autoridades locais.
Segundo o Governo do Sudo do Sul, a tribo Murle atacou os Lou Nuer em represlia a
outro confronto que ocorreu na passagem de ano que obrigou a fuga de seis mil pessoas.
As tribos de Lou Nuer esto envolvidas na disputa de territrios, um conflito que j fez
centenas de mortos. A semana passada, outras 57 pessoas perderam a vida em ataques na
regio.
Em Pibor, cidade de maioria Murle, cerca de duas mil pessoas esto refugiadas e recebem
ajuda humanitria das Naes Unidas
Fonte: http://tpa.sapo.ao/noticias/internacional/confrontos-tribais-no-sudao-do-sul
Violncia entre tribos deixa dezenas de mortos no Sudo do Sul
30 de Janeiro de 2012
Um ataque da tribo Lu Nuer a uma comunidade da tribo Dinka deixou
dezenas de mortos em Warrap, no Sudo do Sul, afirmaram autoridades do
pas nesta segunda-feira.