Resumo Global HGP 5
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Como qualquer pennsula, a Pennsula Ibrica est rodeada por mar com
excepo de um lado chamado istmo.
Tem como limites naturais:
Relevo
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A Pennsula Ibrica uma regio bastante montanhosa constituda por um
conjunto de planaltos e montanhas que se inclinam para ocidente. Destacam-
se:
Rios peninsulares
rio Minho;
rio Douro;
rio Tejo: rio com maior extenso;
rio Guadiana;
rio Sado;
rio Guadalquivir;
rio Ebro.
Clima
Primavera;
Vero;
Outono;
Inverno.
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Norte e Noroeste: elevada humidade e precipitao, temperaturas
suaves tanto no Inverno como no Vero;
Interior: pouca precipitao, invernos muito frios e veres muito
quentes;
Sul: pouca precipitao, invernos suaves e veres quentes.
proximidade do mar;
ventos dominantes;
relevo.
Vegetao natural
As cenas de caa eram gravadas e pintadas nas paredes das grutas onde
viviam. A estas gravuras e pinturas chamamos arte rupestre.
Estas comunidades viviam da pesca, da caa, e da recoleo, por isso as
chamamos comunidades recoletoras. Isto significa que viviam da recolha do
que a Natureza lhes oferecia.
Quando os recursos naturais de um local escasseavam tinham que procurar
um novo local com mais frutos e mais animais para sobreviverem. Por isso no
tinham casa fixa e no permaneciam no mesmo local durante muito tempo. Diz-
se ento que eram nmadas.
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A descoberta do fogo permitiu defenderem-se melhor dos animais ferozes, para
se aquecerem e assarem os animais.
As comunidades agro-pastoris
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Deixaram-nos novas ideias e costumes e deram a conhecer o alfabeto fencio,
a moeda grega e a conservao dos alimentos pelo sal.
A conquista
Atrados pelas riquezas das Pennsula Ibrica, conquistaram-na no sc. III a.C.
Desta forma conseguiram o domnio do comrcio do Mediterrneo.
A resistncia
O imprio romano
Herana romana
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criao de indstrias: salga do peixe, olaria, tecelagem;
desenvolvimento do comrcio;
maior uso da moeda;
a lngua falada passa a ser o latim.
Era crist
Este perodo tambm ficou marcado pelo surgimento de uma nova religio:
o Cristianismo. Esta nova religio expandiu-se por todo o Imprio e a
contagem do tempo passou-se a fazer pela era crist, ou seja, a partir do do
nascimento de Jesus Cristo (quem comeou a pregar esta religio e que
afirmava ser filho de Deus).
Na contagem do tempo podemos utilizar o ano, a dcada (10 anos),
o sculo (100 anos) e o milnio (1000 anos).
Para fazer corresponder os anos aos sculos h duas regras bastante simples:
A OCUPAO MUULMANA
No sc. VI a Arbia (pennsula da sia) era bastante pobre. Foi neste local
que Maomet, nascido na cidade de Meca, anunciou-se em 612
como profeta (enviado de Deus para revelar verdades sagradas aos homens)
e comeou a pregar uma nova religio o Islamismo.
Os seguidores desta religio so os Muulmanos e acreditam num nico deus
Al. Os princpios desta religio esto reunidos num livro sagrado
chamado Coro.
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Conquista da Pennsula Ibrica
Esta ocupao foi realizada atravs do uso de armas mas, em muitos casos,
faziam-se acordos com os visigodos que lhes permitiam viver em paz e
confraternizar, desde que se submetessem aos novos conquistadores.
A resistncia crist
A Reconquista Crist
Foi ento a partir das Astrias e junto dos Pirenus que se iniciou
a Reconquista Crist, ou seja, os cristos comearam a lutar contra os
Muulmanos para voltar a conquistar as terras que perderam para os
Muulmanos.
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Foram precisos quase 800 anos para o conseguirem. Entretanto tambm
houve perodos de paz e confraternizao. Cristos e Muulmanos foram-se
habituando a aceitar costumes e tradies diferentes dos seus.
A HERANA MUULMANA
Condado Portucalense
Estes condados pertenciam ao reino de Leo, por isso D. Henrique tinha que
prestar obedincia, lealdade e auxlio militar ao rei D. Afonso VI. Em 1112 morre
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e, como o seu filho D. Afonso Henriques apenas tinha 4 anos de idade, ficou D.
Teresa a governar o Condado Portucalense.
O reino de Portugal
Com estas vitrias de D. Afonso Henriques, D. Afonso VII, seu primo agora rei
de Leo e Castela, viu-se obrigado a fazer um acordo de paz o Tratado de
Zamora. Neste tratado, assinado em 1143, Afonso VII concede a
independncia ao Condado Portucalense que passa a chamar-se reino de
Portugal, e reconhece D. Afonso Henriques como seu rei.
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1147: conquista de Santarm e Lisboa.
O reconhecimento do reino
Apesar de o rei Afonso VII ter reconhecido em 1143 D. Afonso Henriques como
rei de Portugal, o mesmo no aconteceu com o Papa.
O Papa era o chefe supremo da Igreja Catlica e tinha muitos poderes. Os reis
cristos lhe deviam total obedincia e fidelidade. Para a independncia de um
reino ser respeitada pelos outros reinos cristos teria de ser reconhecida por
ele. Para obter este reconhecimento D. Afonso Henriques mandou
construir ss e igrejas e deu privilgios e regalias aos mosteiros.
S em 1179 que houve o reconhecimento por parte do papa Alexandre
III atravs de uma bula (documento escrito pelo papa).
Portugal foi uma monarquia desde 1143 at 1910, ou seja, durante este
perodo Portugal foi sempre governado por um rei.
A monarquia portuguesa era hereditria. Isto significa que quem sucede um rei
o seu filho mais velho (o prncipe herdeiro).
D. Sancho I;
D. Afonso II;
D. Sancho II;
D. Afonso III;
etc
Os primeiros 4 reis de Portugal, a seguir a D. Afonso Henriques, continuaram a
conquistar territrios aos mouros at que em 1249 D. Afonso III conquista
definitivamente o Algarve.
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Entretanto, os limites do territrio no estavam totalmente definidos pois havia
zonas a norte e a este que ainda estavam em disputa com o reino de Leo e
Castela.
No sc. XIII abundava a vegetao natural, ou seja, que ainda no tinha sido
modificada pelo homem. No Norte abundavam bosques e florestas muito
densas com rvores de folha caduca e no Sul as florestas eram menos densas
e predominavam as folhas de folha persistente.
Atribuio de terras
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Os reis reservavam uma parte dessas terras para si e a grande parte era dada
aos nobres e s ordens religiosas militares como recompensa pela sua ajuda
prestada na guerra, bem como s ordens religiosas no militares para que
fossem povoadas mais rapidamente.
O aproveitamento dos recursos naturais das terras era realizado atravs da:
Produo artesanal:
Ordens sociais
A populao portuguesa no sc. XIII era constituda por trs grupos sociais:
nobreza: grupo privilegiado que possua terras, no pagava impostos,
recebia impostos e aplicava a justia nas suas terras. A sua principal
actividade era combater;
clero: grupo privilegiado que possua terras, no pagava impostos,
recebia impostos e aplicava a justia nas suas terras. A sua principal
actividade era prestar servio religioso;
povo: grupo no privilegiado que trabalhava nas terras do rei, da
nobreza e do clero e que ainda tinham que pagar impostos.
Todos os grupos sociais deviam ao rei fidelidade, obedincia e auxlio.
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Nestas terras era o nobre que aplicava a justia, recrutava homens para o seu
exrcito e recebia impostos de todos os que l trabalhavam. Em troca, tinha
como obrigao proteger as pessoas que estavam na sua dependncia.
Por outro lado, os camponeses tinham uma vida dura e difcil. Trabalhavam
seis dias por semana nos campos dos senhores nobres e ainda tinham que
lhes pagar impostos pois s assim garantiam proteo.
Casa do campons:
tecto de colmo, paredes de madeira ou pedra, quase sem aberturas, e
cho em terra batida;
tinha s uma diviso e havia pouca moblia;
dormia-se num recanto coberto de molhos de palha.
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Alimentao dos camponeses:
baseava-se em po negro, feito de mistura de cereais ou castanha,
acompanhado por cebolas, alhos ou toucinho. Apenas nos dias festivos
havia queijo, ovos e bocados de carne.
Um concelho era uma povoao que tinha recebido foral ou carta de foral. A
carta de foral era um documento onde estavam descritos os direitos e os
deveres dos moradores do concelho para com o senhor (dono) da terra.
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concelho. Elegiam juzes entre si para aplicar a justia e os mordomos que
cobravam os impostos.
Os concelhos eram formados por uma povoao mais desenvolvida (a vila) e
por localidades rurais sua volta (o termo).
Muitos dos concelhos foram criados pelo rei mas houve alguns tambm criados
por grandes senhores da nobreza e pelo clero nos seus senhorios e
surgiram da necessidade de garantir o povoamento e a defesa das terras
conquistadas aos mouros e para desenvolver as atividades econmicas.
Principais atividades:
Distraes:
CRISE DE 1383-1385
Fome: deveu-se aos maus anos agrcolas por causa das chuvas
intensas;
Epidemias deveu-se falta de higiene e falta de alimentao;
Guerras devido ao conflito com Castela.
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A pior calamidade foi a Peste Negra que em menos de trs meses matou cerca
de um tero da populao.
Problema de sucesso
Nas Cortes em Coimbra (1385) Joo das Regras provou que D. Joo, Mestre
de Avis, era quem tinha mais direito a ser o rei de Portugal que passa a
intitular-se D. Joo I.
Ao saber da aclamao de Mestre de Avis como rei de Portugal, D. Joo I, rei
de Castela, invade novamente Portugal mas derrotado na batalha de
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Aljubarrota (1385) pelos portugueses chefiados por D. Nuno lvares
Pereira.
Consolidao da independncia
Muito do que sabemos sobre o que aconteceu neste perodo deve-se a Ferno
Lopes atravs das suas crnicas sobre o que se passava no reino da poca.
O caminho do mar
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Em 1415, Portugal conquistou Ceuta, no norte de frica, com o desejo de obter
ouro e dominar o comrcio do mar Mediterrneo. Contudo, os mouros, ao
perderem Ceuta, desviaram as rotas do ouro e das especiarias para outras
cidades.
Para obterem as riquezas que tanto ambicionavam os portugueses tinham
ento que descobrir a origem dos produtos que os mouros comerciavam mas,
para isso, tinham que ir para terras desconhecidas.
Tcnicas de navegao
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Depois da morte do infante D. Henrique, D. Afonso V encarregou ao
burgus Ferno Gomes de continuar as descobertas na costa africana. Em
troca, tinha o direito de comerciar nas terras descobertas por ele.
Tratado de Tordesilhas
O grande desejo de D. Joo II era chegar ndia por mar por causa do
comrcio das especiarias. No entanto, tambm Castela tinha o mesmo desejo.
Em 1492, Cristvo Colombo, ao servio de Castela, chega Amrica
quando procurava chegar ndia navegando para oeste. Esta descoberta criou
um conflito entre Portugal e Castela porque segundo o Tratado de Alcovas,
assinado em 1480, as terras a sul das ilhas Canrias pertenciam a Portugal.
Sendo assim, as terras descobertas por Cristvo Colombo deveriam pertencer
a Portugal.
Para resolver este conflito foi necessria a interveno do papa que levou os
dois monarcas dos dois reinos a assinar um novo acordo o Tratado de
Tordesilhas. Segundo este tratado o mundo ficava dividido em duas partes por
um meridiano a passar a 370 lguas a ocidente de Cabo Verde. As terras que
fossem descobertas a oriente pertenceriam aos portugueses e a ocidente
seriam para Castela.
Chegada ndia
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D. Joo II acabou por no ver o seu sonho realizado. Aps a sua morte,
sucedeu-lhe o seu primo D. Manuel I que decidiu continuar os descobrimentos.
Em 1497 nomeou Vasco da Gama capito-mor de uma armada constituda por
quatro navios: as naus S. Gabriel, S. Rafael e Brrio, mais uma embarcao
com mantimentos. O objetivo desta armada era chegar ndia por mar. A
viagem durou um ano e em maio de 1498 os portugueses chegam a Calecut.
Descoberta do Brasil
Relevo
Clima e vegetao
A Madeira, situada mais a sul e prximo de frica, tem um vero quente e seco
e um inverno ameno, com precipitaes mais elevadas na montanha e vertente
norte.
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Por seu lado, nos Aores no se notam grandes diferenas de temperatura nas
diferentes estaes do ano. frequente o nevoeiro e as chuvas so
abundantes, sobretudo nos meses de Outubro a Janeiro.
Colonizao
Territrios na frica
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missionrios fundaram escolas, foram-se construindo igrejas, fortalezas e
criaram-se alguns povoados comerciais onde viviam africanos e colonos
portugueses.
Territrios da sia
Territrios da Amrica
Colonizao
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No sc. XVI Lisboa era uma das cidades mais importantes da Europa devido
chegada de mercadorias oriundas do Oriente, frica e Brasil, que depois
eram distribudas pelo centro e norte da Europa.
Crescimento da cidade
O rei D. Manuel deixou o Pao de Alcova, junto ao Castelo, para ir viver mais
junto ao Tejo, no Pao da Ribeira, para melhor vigiar o movimento martimo.
Movimento de pessoas
Distribuio da riqueza
Nobreza:
recebia riquezas
gastava dinheiro em luxos, vesturio e na habitao
as famlias mais ricas tinham todas escravos
Clero:
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foi beneficiado com a construo e adornao de igrejas e
mosteiros
Grande parte do povo:
vivia em extrema pobreza
muitos eram vagabundos, mendigos, miserveis
Corte:
das mais ricas e luxuosas da Europa
eram frequentes os banquetes e saraus com msicos, poetas e
escritores
o rei realizava ainda cortejos para exibir a sua riqueza, onde
desfilavam msicos ricamente vestidos e animais raros
Cultura
Literatura
Lus de Cames: Os Lusadas
Ferno Mendes: A Peregrinao
Pro Vaz de Caminha: Carta do Achamento do Brasil
Damio de Gis e Rui de Pina: crnicas de reis
Bernardim Ribeiro, S de Miranda e Garcia de Resende
Matemtica
Pedro Nunes
Medicina
Garcia de Orta e Amato Lusitano
Geografia e Astronomia:
Duarte Pacheco Pereira
Zoologia e Botnica:
Garcia da Orta
Arte
Perda da independncia
Quando D. Joo III morreu, sucedeu-lhe o seu neto D. Sebastio. Como tinha
apenas 3 anos, D. Catarina assume a regncia do reino, seguindo-lhe o
cardeal D. Henrique.
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Aos 14 anos, D. Sebastio assume ele prprio o governo do reino e decide
conquistar o norte de frica. No entanto, no foi bem sucedido e morreu na
batalha de Alccer Quibir sem deixar descendentes. D. Henrique passa a ser o
rei de Portugal mas o problema de sucesso no estava resolvido pois tambm
ele no tinha filhos.
Cortes de Tomar: D. Filipe II, rei de Espanha, prestou juramento como rei de
Portugal, foi intitulado como D. Filipe I, rei de Portugal, e fez vrias promessas
entre as quais:
D. Filipe I cumpriu a maioria das promessas que fez mas os seus sucessores,
D. Filipe II e D.Filipe III, no respeitaram as promessas feitas aos portugueses.
A situao piorou quando Espanha entrou em guerras contra a Holanda,
Frana e Inglaterra, e surgiram revoltas dentro do prprio pas. Tudo isto teve
consequncias para Portugal:
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Surgiu a revolta popular rapidamente reprimida violentamente pelo exrcito
espanhol.
A Unio Ibrica, que durou 60 anos, acabou por trazer vrios prejuzos a
Portugal. revolta popular juntou-se o descontentamento da nobreza em muito
prejudicada neste perodo.
1 de Dezembro de 1640
Cortes em Lisboa
Guerra da Restaurao
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