Fisica - Eletrostatica
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Fisica - Eletrostatica
ELETROSTÁTICA
Modificações por:
Maurício Ruv Lemes
(Doutor em Ciência pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA)
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Eletricidade Maurí cio R.L.
2 – INTRODUÇÃO
2.1 – ESTRUTURA DA MATÉRIA – CARGA ELÉTRICA
A matéria é constituída por átomos, que são estruturados basicamente a partir de três
partículas elementares: o elétron, o próton e o nêutron (é importante ressaltar que
essas não são as únicas partículas existentes no átomo, mas para o nosso
propósito elas são suficientes). Em cada átomo há uma parte central muito densa,
o núcleo, onde estão os prótons e os nêutrons. Os elétrons, num modelo simplificado,
podem ser imaginados descrevendo órbitas elípticas em torno do núcleo (fig. 1), como
planetas descrevendo órbitas em torno do Sol. Essa região periférica do átomo é
chamada de eletrosfera.
Figura 1
Figura 2
2
Eletricidade Maurí cio R.L.
IMPORTANTE:
) NP = NE → corpo neutro
UNIDADE NO SI:
3
Eletricidade Maurí cio R.L.
Q = ± n .e
UNIDADES NO SI:
Q → carga elétrica ⇒ Coulomb (C)
n → número de elétrons em excesso (-) ou em falta (+)
e → carga elementar ⇒ Coulomb (C)
3 – Processos de Eletrização
3.1 – ELETRIZAÇÃO POR ATRITO
Duas substâncias de naturezas diferentes, quando atritadas, eletrizam-se com igual
quantidade de cargas em valor absoluto e de sinais contrários.
Se atritarmos vidro com seda, elétrons migrarão do vidro para seda, portanto o vidro
ficará eletrizado positivamente e a seda negativamente.
Corpo
Corpo Corpo
Positivo Transferência Positivo Positivo
de elétrons
Figura 3
Figura 4
4
Eletricidade Maurí cio R.L.
Figura 5
Podemos, dentro deste procedimento, fazer uma ligação a terra do corpo induzido e
eletrizá-lo.
Ligando o corpo Induzido à terra, teremos, neste caso, o Como o corpo estava neutro, bastava um
deslocamento de elétrons da terra para o corpo único elétron que ele ficaria negativo.
Figura 6
3.4 – ELETROSCÓPIOS
Para constatar se um corpo está ou não eletrizado, utilizamos dispositivos
denominados eletroscópios. Existem os eletroscópios de folhas e o de pêndulo.
Figura 7
5
Eletricidade Maurí cio R.L.
Figura 8
Q A + Q B = Q 'A + Q 'B
Figura 9
IMPORTANTE:
Um corpo eletrizado, cuja dimensão é desprezível em relação às distâncias
que o separam de outros corpos, será chamado de carga puntiforme.
EXERCÍCIOS
1> Quantos elétrons devemos colocar num corpo neutro para que o mesmo fique
eletrizado com –1,0 C de carga ?
2> Quatro esferas metálicas idênticas estão isoladas uma das outras; X, Y e Z estão
neutras enquanto W está eletrizada com carga Q. Indicar a carga final de W se ela
for colocada em contato:
(a) sucessivo com X, Y e Z;
(b) simultâneo com X, Y e Z.
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Eletricidade Maurí cio R.L.
4 – Lei de Coulomb
No fim do século XVIII, o físico francês Charles Augustin Coulomb realizou uma
série de experiências que permitiram medir o valor da força eletrostática que age
sobre uma carga elétrica puntiforme, colocada uma em presença de uma outra.
Para duas cargas puntiformes q e Q, separadas por uma distância d, Coulomb
concluiu:
UNIDADES NO SI:
DIREÇÃO E SENTIDO:
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Eletricidade Maurí cio R.L.
EXERCÍCIOS
4> Duas cargas puntiformes q1 = 2 µC e q2 = - 4µC estão separadas por uma
distância de 3 cm, no vácuo. Qual a intensidade da força elétrica que atua nessas
cargas ?
7> Na figura dada a seguir, temos que q = 10-4 C e as cargas extremas são fixas nos
pontos A e C. Determine a intensidade da força resultante sobre a carga – q, fixa
em B.
5 – Campo Elétrico
5.1 – ANALOGIA DO CAMPO ELÉTRICO COM O CAMPO GRAVITACIONAL
Para entendermos o conceito de campo elétrico façamos uma analogia com o campo
gravitacional.
Sabemos que a Terra cria um campo gravitacional em torno de si e cada ponto desse
campo existe um vetor campo gravitacional g. Assim um corpo colocado num ponto
desse campo fica sujeito a uma força de atração gravitacional chamada Peso.
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Eletricidade Maurí cio R.L.
m
G
P
Figura 10
Figura 11
P
g=
m
Portanto o campo elétrico de uma carga de prova q colocada em um ponto desse
mesmo campo será dado pela razão da Força sobre ela (natureza elétrica) e o valor
dessa carga.
F
E=
q
DIREÇÃO E SENTIDO:
Direção → É a mesma direção da Força Elétrica.
Sentido → se q > 0, o sentido é o mesmo da força;
se q < 0, o sentido é o contrário da força.
UNIDADES NO SI:
q→ carga elétrica ⇒ Coulomb (C)
F → Força Elétrica ⇒ Newton (N)
E → Campo Elétrico ⇒ Newton/Coulomb (N/C)
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Eletricidade Maurí cio R.L.
EXERCÍCIOS
10> Uma partícula de massa m = 2,0 g e carga elétrica q = 5,0 C está em equilíbrio
estático, sujeita simultaneamente a ação de um campo elétrico vertical e ao campo
gravitacional terrestre (g = 10 m/s2). Determinar as características do vetor campo
elétrico no ponto onde se encontra essa partícula.
Figura 12
Q
Simplificando, fica:
E=k
d2
10
Eletricidade Maurí cio R.L.
IMPORTANTE:
Caso tenhamos mais do que uma carga puntiforme gerando campo elétrico, como na
figura abaixo, o campo elétrico resultante será dado pela soma vetorial dos vetores
campos elétricos produzidos por cada uma das cargas.
Q1
G G G G
E = E 1 + E 2 + ... + E n
Q2 Qn
Figura 13
Figura 14
EXERCÍCIOS
11> Determinar a intensidade do campo elétrico gerado por uma carga puntiforme
Q = 4,0 µC, num ponto situado a 3,0 cm, admitindo que o meio seja o vácuo.
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Eletricidade Maurí cio R.L.
12> A intensidade do campo elétrico gerado por uma carga Q, puntiforme num ponto
P, a uma distância d, é igual a E; qual a nova intensidade do campo elétrico gerado
por uma carga 3 Q num ponto situado a uma distância igual 4 d ?
13> Duas cargas puntiformes Q1 = 2,0 µC e Q2 = -2,0 µC estão fixas em dois vértices
de um triângulo equilátero de lado l = 6,0 cm. Determinar as características do
vetor campo elétrico resultante no terceiro vértice.
Figura 15
No caso de um campo elétrico gerado por uma carga puntiforme isolada, as linhas de
força serão semi-retas.
Caso a carga geradora seja puntiforme e positiva, teremos:
Figura 16
Se a carga geradora for negativa:
Figura 17
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Eletricidade Maurí cio R.L.
A seguir você tem o aspecto do campo elétrico resultante, gerado por duas cargas
puntiformes iguais e positivas.
Figura 18
EXERCÍCIOS
Determinar:
(a) a intensidade da força que atua em q;
(b) o módulo da aceleração adquirida por q;
(c) a velocidade de q ao passar por B, situado a 0,2 m do ponto A.
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Eletricidade Maurí cio R.L.
O campo elétrico irá realizar sobre esta carga um trabalho τAB. Uma propriedade
importante do campo elétrico é que ele é conservativo, ou seja, o valor do trabalho
realizado independe da trajetória.
EP
VA =
q
UNIDADES NO SI:
q→ carga elétrica ⇒ Coulomb (C)
EP → Energia Potencial ⇒ Joule (J)
V → Potencial Elétrico ⇒ Joule/Coulomb (J/C) ou Volt (V)
U AB = VA − VB
IMPORTANTE:
Observe ainda que as grandezas trabalho, energia potencial, potencial
elétrico e tensão elétrica são grandezas escalares e por este motivo,
deveremos trabalhar com os sinais + e – das grandezas envolvidas na
resolução dos exercícios.
EXERCÍCIOS
17> Uma carga de prova q = 2 µC adquire uma certa quantidade de energia potencial
elétrica 2 . 10-4 J ao ser colocada num ponto A de um campo elétrico; ao ser
colocada em outro ponto B, adquire 3 . 10-4 J. Determinar:
(a) os potenciais elétricos dos pontos A e B;
(b) a diferença de potencial entre os pontos A e B.
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Eletricidade Maurí cio R.L.
Figura 19
Q.q
EP = k
d
Figura 20
Q
Simplificando, fica:
VA = k
d
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Eletricidade Maurí cio R.L.
Se tivermos uma situação na qual existem várias cargas puntiformes, o potencial num
ponto P desta região será dado pela soma algébrica dos potenciais devido a cada uma
dessas cargas.
Figura 21
VP = V1 + V2 + V3 + ... + Vn
Q1 ( −Q 2 ) ( −Q 3 ) Q
VP = k +k +k + ... + k n
d1 d2 d3 dn
EXERCÍCIOS
18> Qual o valor do potencial elétrico gerado por uma carga puntiforme Q = 6µC,
situada no vácuo, num ponto A a 20 cm da mesma ?
Figura 22
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Eletricidade Maurí cio R.L.
O trabalho realizado pelo campo elétrico nesse deslocamento é igual à diferença entre
a energia potencial armazenada pela carga nos pontos A e B:
τ AB = E PA − E PB
EP
Lembrando que V = ou E P = q.V , resulta:
q
τ AB = q.VA − q.VB
τ AB = q.(VA − VB )
Esta expressão nos dá o valor do trabalho realizado pelo campo elétrico quando uma
carga elétrica q se desloca no seu interior.
EXERCÍCIOS
20> Uma pequena partícula de massa m = 30 mg, eletriza-se com carga q = 1µC, é
abandonada a partir do repouso num ponto A situado a uma distância de 2 m de
uma carga puntiforme Q = 4µC, situada no vácuo e fixa. Com que velocidade a
carga q irá passar por um ponto B situado a uma distância de 3 m da carga Q ?
Figura 23
Sendo F constante, o trabalho do campo elétrico pode ser obtido a partir da expressão:
τ AB = F.AB. cos θ ,
onde F = q . E e AB . cos θ = d;
substituindo:
τ AB = q.E.d
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Eletricidade Maurí cio R.L.
Como conseqüência dessa expressão, podemos estabelecer uma relação entre a tensão
elétrica existente entre os pontos A e B e a intensidade do campo elétrico E, na forma
que se segue.
τ AB = q.(VA − VB ) => τ AB = q.U AB
Mas como vimos no caso de campo elétrico uniforme, o valor do trabalho é dado por:
τ AB = q.E.d
EXERCÍCIOS
Determinar:
(a) o trabalho realizado pelo campo elétrico no deslocamento AB;
(b) a diferença de potencial entre os pontos A e B;
(c) a velocidade da partícula ao atingir o ponto B; despreze as ações gravitacionais
Figura 24
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Eletricidade Maurí cio R.L.
Figura 25
Num campo uniforme, as superfícies eqüipotenciais são planos paralelos entre si.
IMPORTANTE:
• AS LINHAS DE FORÇA DE UM CAMPO ELÉTRICO SÃO PERPENDICULARES
ÀS SUPERFÍCIES EQÜIPOTENCIAIS;
ELETRODINÂMICA
7 – Corrente Elétrica
7.1 – INTRODUÇÃO
A partir de agora passaremos a estudar o movimento da carga elétrica. Veremos desde
os Princípios Básicos até como todo processo de produção de energia elétrica é
realizado.
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Eletricidade Maurí cio R.L.
IMPORTANTE:
Figura 26
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Eletricidade Maurí cio R.L.
Figura 27
É importante dizer que seção transversal é um corte feito no fio para medir, como
num pedágio, quantos elétrons passa por ali num intervalo de tempo.
Portanto, podemos escrever que:
Q
i=
∆t
UNIDADES NO SI:
IMPORTANTE:
EXERCÍCIOS
22> Através de uma seção transversal de um fio condutor passaram 2,5 x 1021 elétrons
num intervalo de tempo de 200 s. Qual o valor da intensidade de corrente elétrica
através desse condutor?
23> Determine o número de elétrons recebidos por um corpo carregado com a carga
– 64 mC.
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Eletricidade Maurí cio R.L.
Figura 28
A relação entre energia elétrica que a partícula possui num determinado ponto do
condutor e a sua carga elétrica (carga elementar) define uma grandeza física chamada
de potencial elétrico (V).
EA EB
VA = e VB =
e e
Entre esses pontos haverá uma diferença de potencial elétrico (d.d.p.) ou tensão
elétrica (U), dada por:
U = VA − VB onde VA > VB
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Eletricidade Maurí cio R.L.
UNIDADES NO SI:
Observe a figura 29a abaixo e note que o nível do líquido é o mesmo dos dois lados
do tubo (vaso comunicante). Neste caso não existe movimento do líquido para
nenhum dos dois lados. Para que ocorra movimento é necessário um desnivelamento
entre os dois lados do tubo (observe a figura 29b).
Neste caso o líquido tenderá a se mover até que os dois lados do tubo se nivelem
novamente (figura 29c). Podemos concluir que para existir movimento é necessário
que exista uma diferença de nível entre os dois lados do tubo (d.d.n.).
Para que o líquido fique sempre em movimento, podemos colocar uma bomba para
retirar a água de um lado para o outro, fazendo com que sempre haja uma d.d.n. entre
os dois tubos (figura 29d).
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Eletricidade Maurí cio R.L.
Podemos fazer uma analogia da situação descrita anteriormente com o movimento das
cargas elétricas. Para isso vamos trocar os tubos por condutores elétricos (fios), a
bomba por um gerador (pilha) e passaremos a ter a seguinte situação:
Figura 30
Da mesma forma que a bomba mantém uma diferença de nível para manter o
movimento do líquido, o gerador mantém a diferença de potencial elétrico (d.d.p.)
para manter o movimento ordenado de elétrons. Esquematicamente temos:
Figura 31
EXERCÍCIOS
25> Ao se deslocar entre dois pontos de um condutor, uma carga elementar perde 3,2
x 10-16 Joules de energia elétrica. Determine a d.d.p. entre os dois pontos
considerados. A carga elementar é igual a 1,6 x 10-19 C.
26> A corrente elétrica por um fio de cobre é constituída pelo deslocamento de:
(a) Elétrons;
(b) Prótons;
(c) Íons negativos de cobre;
(d) Íons positivos de cobre;
(e) Átomos de cobre.
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Eletricidade Maurí cio R.L.
DESAFIO: 1> Uma carga +q move-se numa superfície de raio R com uma velocidade
escalar v. A intensidade de corrente média em um ponto da circunferência
é:
qR qv qv 2πqR
(a) ; (b) ; (c) ; (d) ; (e) 2πqRv .
v R 2πR v
8 – RESISTORES
8.1 – INTRODUÇÃO
Num circuito elétrico, os condutores que atravessados por uma corrente elétrica
transformam a energia elétrica em energia térmica (calor) são chamados de resistores.
Esquematicamente:
Figura 32
Figura 33
25
Eletricidade Maurí cio R.L.
1a Lei de Ohm
O físico George S. Ohm verificou, experimentalmente, no século XIX, que alguns
condutores possuíam um comportamento similar.
Ao alterar a tensão (figura 11) para valores U1, U2, U3, ...,UN, a intensidade de
corrente no condutor também se altera, mas de uma maneira sempre igual.
U1 U 2 U 3 U
= = = ... = N = R
i1 i2 i3 iN
U = R.i
UNIDADES NO SI:
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Eletricidade Maurí cio R.L.
EXERCÍCIOS
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Eletricidade Maurí cio R.L.
Um aspecto importante, levantado por Ohm, foi a descoberta de fatores que influem
no valor da resistência elétrica de um resistor, são eles:
Figura 36
Figura 37
Como podemos notar na figura 14, a água possui maior facilidade para sair pelo cano
de menor comprimento e maior área, já no cano mais longo existe uma maior
dificuldade para água se locomover e o estreitamento do cano aumenta esta
dificuldade.
L
Logo podemos escrever que: R =ρ
A
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Eletricidade Maurí cio R.L.
UNIDADES NO SI:
IMPORTANTE:
Figura 38
EXERCÍCIOS
30> Um fio metálico é feito de um material cuja resistividade é 0,20 Ω . mm2/m e tem
seção transversal de área 0,10 mm2. Determine a resistência elétrica desse fio por
metro de comprimento.
31> Um fio metálico é esticado de modo que seu comprimento triplique. O seu
volume não varia no processo. Como se modifica a resistência elétrica do fio ? E a
intensidade de corrente elétrica que percorre para uma mesma d.d.p. ?
32> Um reostato de cursor tem resistência elétrica igual a 20 Ω, quando o fio que o
constitui tem comprimento igual a 25 cm. Qual a resistência elétrica do reostato
para um comprimento de fio de 2,0 m ?
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Eletricidade Maurí cio R.L.
Figura 39
Figura 40
Os três resistores serão percorridos pela mesma corrente elétrica e portanto cada
resistor possuíra uma d.d.p. correspondente ao valor de sua resistência.
Figura 41
NOMENCLATURA:
30
Eletricidade Maurí cio R.L.
Para determinarmos a resistência equivalente Req (Fig. 19), ou seja, aquela que
submetida a mesma tensão U é atravessada pela mesma corrente i, devemos proceder
da seguinte maneira:
Figura 42
EXERCÍCIOS
31
Eletricidade Maurí cio R.L.
35> Têm-se 16 lâmpadas, de resistência elétrica 2 Ω cada uma, para associar em série,
afim de enfeitar uma árvore de Natal. Cada lâmpada suporta, no máximo, corrente
elétrica de intensidade 3,5 A.
(a) o que acontece com as demais lâmpadas se uma delas se queimar ?
(b) qual a resistência elétrica da associação ?
(c) qual a d.d.p. máxima a que pode ser submetida a associação, sem perigo de
queima de nenhuma lâmpada ?
(d) qual a d.d.p. a que cada lâmpada fica submetida nas condições do item anterior ?
Figura 43
A intensidade de corrente elétrica é dividida para cada resistor de acordo com o valor
de cada resistência elétrica, mas a d.d.p. é igual para todos os resistores.
Figura 44
32
Eletricidade Maurí cio R.L.
NOMENCLATURA:
Figura 45
U U
Da 1a Lei de Ohm sabemos que i1 = i2 =
U R1 R2
i= , portanto: U U
R i3 = i=
R3 R eq
Substituindo as expressões U U U U
anteriores na equação de tensão = + +
elétrica, obtemos: R eq R 1 R 2 R 3
Portanto para associações em
paralelo, calculamos a resistência 1 1 1 1
equivalente da seguinte forma: = + +
R eq R 1 R 2 R 3
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Eletricidade Maurí cio R.L.
EXERCÍCIOS
Determine:
(a) a resistência equivalente;
(b) a corrente elétrica total;
(c) a corrente que atravessa cada resistor.
8.4.3 – CURTO-CIRCUITO
Em algumas associações de resistores, poderemos encontrar um resistor em curto-
circuito; isto ocorre quando tivermos um resistor em paralelo com um fio sem
resistência.
Figura 46
Como o fio não possui resistência, não há dissipação de energia no trecho AB,
portanto:
) Potencial Elétrico em A é igual em B, portanto a diferença de potencial
elétrico é igual a zero e a intensidade de corrente elétrica no resistor
também será zero:
VA = VB ⇒ U AB = 0 ⇒ i R = 0
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Eletricidade Maurí cio R.L.
iR = 0 ⇒ iF = i
IMPORTANTE:
EXERCÍCIOS
(a) (b)
(c)
Dado que R = 12 Ω
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Eletricidade Maurí cio R.L.
(a) (b)
(c)
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Eletricidade Maurí cio R.L.
Figura 47
Quando o aparelho é destinado a medir a d.d.p. entre dois pontos de um circuito, ele é
chamado de Voltímetro. Será considerado ideal, quando possuir resistência
interna infinitamente grande.
Devemos ligar um voltímetro em paralelo ao resistor que queremos medir sua d.d.p.,
fazendo com que nenhuma corrente elétrica passe por ele. É exatamente por isso que
no caso ideal devemos possuir resistência elétrica infinita, fazendo com que a corrente
elétrica procure o caminho de menor resistência.
Figura 48
EXERCÍCIOS
37
Eletricidade Maurí cio R.L.
9.2 – GERADORES
Como já foi falado anteriormente o Gerador é um dispositivo elétrico que possui a
função de transformar energia qualquer em energia elétrica, como exemplo podemos
citar a pilha que transforma energia química em energia elétrica.
É importante dizer que o Gerador como sendo um dispositivo elétrico está sujeito a
resistência elétrica, ou seja, energia dissipada. Até agora não considerávamos esta
dissipação.
A d.d.p. realmente criada dentro do gerador é chamada de força eletromotriz (ε). Para
sabermos quanto é liberada para fora do Gerador devemos descontar a parte dissipada
pela resistência interna (r), logo teremos:
U = ε − r.i
NOMENCLATURA:
U → d.d.p. fornecida pelo gerador
ε → força eletromotriz
r → resistência interna do gerador
i → corrente elétrica que atravessa o gerador.
Esquematicamente temos:
Figura 49
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Eletricidade Maurí cio R.L.
9.3 – RECEPTORES
É importante dizer que o Receptor como sendo um dispositivo elétrico está sujeito a
resistência elétrica, ou seja, energia dissipada. Portanto para o seu funcionamento
correto ele deverá receber a energia normal de funcionamento mais a parte que irá
dissipar.
A d.d.p. realmente utilizada por um receptor para cumprir sua função é chamada de
força contra-eletromotriz. (ε’ ). Para sabermos quanto o receptor deve receber para
seu funcionamento correto devemos considera a força contra-eletromotriz mais a
d.d.p dissipada por sua resistência interna (r’), logo teremos:
U = ε'+r'.i
Esta equação é chamada de Equação do Receptor, onde:
NOMENCLATURA:
U → d.d.p. recebida pelo receptor
ε’ → força contra-eletromotriz
r’ → resistência interna do receptor
i → corrente elétrica que atravessa o receptor.
Esquematicamente temos:
Figura 50
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Eletricidade Maurí cio R.L.
ε − ε'
i=
R eq
EXERCÍCIOS
9.5 – CAPACITORES
Figura 51
40
Eletricidade Maurí cio R.L.
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