xodo 14:13-22 - Deus abre o mar vermelho

Chegamos a um dos momentos mais hericos da histria de Moiss.

V:13,14 O povo estava revoltado com Moiss. Estavam num beco sem
sada, de um lado o exercito egpcio com sangue nos io, do outro lado
o imenso mar vermelho intransponvel.

Eles queriam o couro de Moiss, mas nosso heri com uma f

inabalvel responde a eles;

V:13,14 _ No tenham medo. Fiquem firmes e vocs vero que o

SENHOR vai salv-los hoje. Nunca mais vocs vo ver esses egpcios. Vocs no tero de fazer
nada: o SENHOR lutar por vocs.

_ De que jeito??? Todo o exrcito egpcio est vindo de um lado, e do outro lado temos o mar. O
que que Deus vai fazer?

Moiss no sabia como Deus poderia cumprir sua vontade, mas sua prpria experincia ao
cooperar com Deus na terra do Egito lhe assegurava que o Altssimo era plenamente capaz de
resgatar a seu povo, apesar do quo improvvel que pudesse parecer tal perspectiva.

Enquanto Moiss estava externamente confiante, por dentro ele clamava Deus.
Moiss imediatamente retirou-se e foi pedir ajuda ao Senhor

V:15 O SENHOR disse a Moiss:

Por que voc est me pedindo ajuda? Diga ao povo que marche.
Quando a ordem vem, Deus diz Moiss que pare de orar e obedea.
Ns no precisamos orar a respeito da obedincia quando a vontade de Deus j conhecida.

V:16 Quando estiverem diante do mar vermelho, voc levantar o basto e o estender sobre o
mar. A gua se dividir, e os israelitas podero passar em terra seca, pelo meio do mar.
Deus podia ter dividido o mar Vermelho sem a ajuda de Moiss, se que se pode chamar de ajuda
o fato de estender vara sobre o mar.
Outra vez Deus escolheu fazer milagres por meio de Moiss a fim de que o povo confiasse mais
plenamente em seu lder.
Deus sempre atua de acordo com o princpio de utilizar instrumentos humanos consagrados para
realizar sua obra na terra.

V:17,18 E os egpcios Senhor? Eles esto bem prximos de ns!

Eu farei com que os egpcios fiquem ainda mais teimosos, e eles entraro no mar atrs dos
israelitas. E eu ficarei famoso quando derrotar o rei do Egito, todo o seu exrcito, os seus carros de
guerra e os seus cavaleiros. E quando eu derrotar os egpcios, eles sabero que eu sou Deus, o
SENHOR.

V:19,20 Os egpcios chegaram pertos do acampamento dos israelitas depois de um longo dia de
marcha.
Ento o Anjo de Deus, que ia frente dos israelitas, mudou de lugar e passou para trs, a fim de
proteg-los.
Tambm a coluna de nuvem saiu da frente deles e foi para trs, ficando entre os egpcios e os
israelitas.

Como um impenetrvel muro de neblina que avanava do mar, a coluna nebulosa se colocou entre
os perseguidos e os perseguidores, obrigando a estes ltimos a parar.

A nuvem era escura para os egpcios, porm iluminava o povo de Israel.

Assim, durante a noite inteira, o exrcito egpcio no conseguiu chegar perto dos israelitas.
Convencidos de que os hebreus no podiam escapar, os egpcios resolveram atacar no dia
seguinte.
Enquanto isso do lado que dava para os o acampamento e desta forma ficou fcil se preparar para
a marcha como se fosse de dia.
Assim puderam reunir os rebanhos, carregar os animais de carga e se dispuseram em ordem de
marcha as diversas tribos e famlias.
S esperando a ordem de partir.

V:21,22 Moiss estendeu a mo sobre o mar, e Deus, o SENHOR, com um vento leste muito forte,
fez as guas comearam a se agitar sem razo aparente.
Alguma coisa estava acontecendo, aquele movimento da gua do mar no era normal.
Alguma coisa comeou a surgir. Uma estrutura.
O que era aquilo?
O vento soprou a noite inteira e fez o mar virar terra seca.
As guas foram divididas, e os israelitas passaram pelo mar em terra seca, com muralhas de gua
nos dois lados.
O que parecia ser um beco sem sada se tornou a estrada principal para a f.
Muitos tm tropeado ao tentar entender a grandeza deste milagre.
Todos que tentaram encontrar uma explicao natural falharam.
Os filhos de Deus s podem dizer uma coisa:
"H alguma coisa difcil para o Senhor?"

xodo 14:23-25 - Quando os Egpcios perderam a noo do perigo

V:23 Depois que os israelitas deixaram a orla ocidental do mar Vermelho, o exrcito dos Egpcios
no sabiam exatamente onde estavam por causa da escurido a que se encontravam.
Mas assim que clareou, os egpcios perceberam que os hebreus haviam escapado.

A foto abaixo mostra o local onde Fara teria avistado o acampamento dos hebreus na pequena
praia de Nuweiba no golfo de caba, antes da travessia. Detalhe; este o nico caminho para a
praia.

Avanaram ento imediatamente at a orla do mar, e encontrando o

mar inacreditavelmente aberto e com o caminho totalmente seco,
entraram rapidamente e avanaram em ardente perseguio com todos
os seus cavalos, carros de guerra e cavaleiros.

V:24 Uma sbita tempestade, seguida de relmpagos e troves os acompanhavam.

E avanando pelo leito do mar Vermelho, cujas guas amontoadas agora se podia ver de cada
lado, ficavam cada vez mais aterrorizados com tal fenmeno sobrenatural.

V:25 Os carros de guerra andavam com grande dificuldade, pois Deus fez com que as rodas
ficassem atoladas.

A escurido sobrenatural que no princpio os tinha separado dos israelitas na noite anterior, a
misteriosa abertura atravs do mar Vermelho, a forte tempestade de troves e finalmente a marcha
dificultosa, fizeram que os egpcios compreendessem tardiamente que o Deus dos hebreus estava
ajudando ativamente a seu povo obstruindo com eficcia seu prprio avano.

_ VAMOS FUGIR DOS ISRAELITAS! DEUS EST LUTANDO A FAVOR DELES E CONTRA NS.

Convencidos de que no valia a pena perseverar numa misso condenada ao fracasso,

comearam sua retirada.
 xodo 14:26-31 - O mar vermelho fechado

O local onde se obteve mais indcios da travessia foi praia de

Nuweiba no Golfo de caba, no Egito.

a nica praia no Mar Vermelho com rea suficientemente grande

para suportar a quantidade de hebreus acampados (mais de 2
milhes alm dos animais e objetos).
A imagem acima mostra uma vista area da praia onde est a
pequena cidade de Nuweiba, onde o aluguel de equipamentos de
mergulho para passeios submarinos uma das principais atividades tursticas.

Voltamos histria...

V:26 Os carros que os egpcios tanto confiavam no puderam ajudar e apavorados partiram em
retirada.

Vendo isso o SENHOR Deus disse a Moiss:

_ Estenda a mo sobre o mar para que as guas voltem e cubram os egpcios, os seus carros de
guerra e os seus cavaleiros.

V:27-29 Moiss estendeu a mo sobre o mar, e, quando os egpcios fugiam, foram atingidos pelas
ondas embravecidas que se precipitavam de cada lado.

O mar se fechou sobre os egpcios, ao romper da manh, morrendo todos os cavalarianos do

exrcito egpcio.

Veja abaixo uma roda de oito raios provavelmente de um carro egipcio que foi reconstituida depois
que os arquelogos retiraram os corais. Nota-se a ausncia de um raio.
As rodas folheadas com metal (ouro com
prata) cuja madeira se decomps com o
tempo, provavelmente eram dos carros dos
oficiais, praticamente no foram cobertas
pelos corais. Uma relquia arqueolgica!
V:30
Naquele dia o SENHOR salvou o povo de
Israel dos egpcios, e os israelitas os viram
mortos na praia.

A foto abaixo mostra a vista, ao nvel do mar, para a praia de Nuweiba ao entardecer. A travessia
foi feita durante a noite e ao amanhecer os hebreus teriam visto imagem semelhante a esta logo
aps o afogamento dos egpcios.

V:31 Quando viram o poder com que o SENHOR havia derrotado os

egpcios, os israelitas o temeram. E creram em Deus, o SENHOR, e no
seu servo Moiss.

Se no soubssemos nada da histria posterior de Israel, chegaramos

concluso de que, dali em diante, eles continuaram sua viagem com grande alegria, confiando em
Deus de todo corao e sem demonstrar nunca mais desconfiana, no importando quo grande
fosse a crise.

Mas pelo contrrio encontraremos nas postagens seguintes, um continuo descontentamento com
Deus e com Moiss, murmurando contra eles e desprezando seu conselho.

Mas no mesmo tempo em que contemplaremos com assombro a murmurao dos israelitas, no
deveremos nos apressar em condenar seu pesado corao.
Pois muitas so as vezes em que confiamos em Deus s at onde nossa vista natural pode
perceber sua vontade e seus caminhos.

xodo 15:1-21 - O primeiro hino da histria!

Nosso primeiro dever ao receber as bnos de Deus o de agradecer e louv-lo, certo?

Pois foi exatamente isso que fizeram os Israelitas depois que presenciaram a mo poderosa do
Senhor diante do mar vermelho.

Moiss e os homens israelitas, em sua alegria, compuseram o primeiro hino que encontramos na
Bblia, e, segundo os estudiosos, o primeiro registrado em todo o mundo.

O povo de Deus muitas vezes comps hinos de louvor depois de receberem livramento e este
captulo do livro de xodo relata o primeiro destes louvores.

Este um louvor que fala a respeito de redeno, Israel havia sido remido e seus inimigos
destrudos.

Eles ento cantaram em louvor ao SENHOR com acompanhamento de msica e danas por todas
as mulheres (lideradas por Miriam, irm de Moiss, com seus noventa e tantos anos).

Quando consideramos que Deus nos remiu do pecado e do inferno, nosso louvor deveria passar a
ter um lugar de importncia em nossa vida.

Hoje, nosso cntico fala a respeito da redeno feita pelo Cordeiro de Deus.

E ento, quer conhecer este hino?

Abra agora sua Bblia e leia at o versculo 21

xodo 15:22 - A dura realidade do outo lado do mar vermelho.

Fim de culto, todo mundo cansado, os hebreus comearam a se

recolher a suas tendas.

A felicidade era tanta que alguns dormiram mesmo por ali, ao relento.

E pode-se imaginar a cena no dia seguinte:

Centenas de milhares de homens e mulheres acordando ainda sem acreditar no

que havia acontecido.

A sua frente dava para contemplar o agora calmo mar vermelho que no dia
anterior furiosamente havia engolido um exercito inteirinho de egpcios.

As margens do mar alguns Israelitas recolhiam o esplio dos Egpcios que haviam se afogado.

O sentimento de liberdade at agora nunca experimentado estava estampado no semblante de

cada cidado israelita, o medo do fara que outrora os assombrava agora j no existia mais, as
crianas brincavam e corriam com a liberdade de quem brinca no quintal de casa, o ouro, a prata e
as jias recebidas dos egpcios era tanta que dava pena dos pobres burros de carga que teriam de
atravessar sobrecarregados o deserto.

Estava tudo muito bom, tudo muito bem, todo mundo muito feliz, ms havia um probleminha bsico;
Apesar de os israelitas terem se preparado, para entrar no deserto levando uma proviso de gua
potvel em odres de couro como faziam os povos orientais da poca, a proviso de gua no
duraria por muito tempo.

Rapidamente descobriram que a sua volta no havia nenhuma fonte de gua, alis, a nica gua
que havia era a salgada gua do mar vermelho. Portanto era hora de levantar o acampamento e
encontrar outro local para um novo abastecimento.

Com essa feliz disposio de esprito Moiss levou o povo de Israel do mar Vermelho para o
deserto de Sur.

Esse ajuntamento de milhares de pessoas nunca mais voltaria aquele lugar. A foto abaixo mostra a
vista deste lugar, ao nvel do mar, para a praia de Nuweiba ao entardecer.

Ao amanhecer os hebreus teriam visto imagem semelhante logo

aps o afogamento dos egpcios.

Na foto abaixo, voc v onde possivelmente teria sido a festa dos

hebreus, pois foi neste local onde foi encontrada uma coluna
comemorativa erguida por Salomo. Ao fundo est a praia onde
estavam acampados antes da travessia.

Foram encontradas duas colunas em estilo fencio sendo uma na praia do lado egpcio (Nuweiba) e
outra do lado rabe.

A primeira encontrada foi no lado egpcio em 1978 onde havia uma inscrio em hebraico destruda
pela eroso (a parte inferior estava no mar) praticamente ilegvel.

A segunda, em 1984, no lado rabe e idntica, tem a mesma inscrio em hebraico e legvel com
as palavras: Egito; Salomo; Edom; morte; fara; Moiss; e Jeov significando que foi erguida por
Salomo, em honra a Jeov, e dedicada ao milagre da travessia do Mar Vermelho por Moiss e a
destruio do exrcito egpcio.

Semanas depois a coluna foi retirada e colocada um marcador-bandeira em seu

lugar. Os rabes no apreciam estrangeiros pesquisando em sua terra,
principalmente judeus e americanos.

Durante o reinado de Salomo, Israel foi uma potncia no Oriente Mdio onde
obteve o controle martimo da regio (1 Reis 9.26 e II Crnicas 8.17).

H uma referncia em Isaas 19.19 que acredita-se ser a coluna do lado egpcio.

Como eu estava dizendo, o povo saiu deste acampamento na procura de gua, e

foram na direo do deserto de Sur, que compreende toda a rea semidesrtica
que fica entre o Egito e a terra de Cana.

Enquanto, no Egito, havia gua em abundncia, ela era escassa no deserto e todo aquele povo e
animais precisavam de bastante gua.

Caminharam aproximadamente 160 km, durante trs dias atravs do deserto seco e rido e no
acharam gua.

uma bela caminhada vocs no acham? 160 km...

Na prxima postagem voc vai notar a mudana de humor deles, quando o cansao e a irritao
vm chegando.

xodo 15:23-26 - A gua amarga.

A marcha durara trs dias e nada de gua para reabastecer, o que fez sofrer tanto as pessoas
como aos animais.

Era, indispensvel que durante a caminhada em direo a terra prometida se encontrassem poos
ou vertentes de gua a certos intervalos.

De todos os animais domsticos usados naquela poca, o burro era o animal de carga mais usado
para viajar pelo deserto.

Os burros podem viajar durante quatro dias sem gua, mas o gado que os israelitas possuam em
grande quantidade no podia viver sem beber gua como os burros.

Por esta razo uma marcha de trs dias sem achar gua era o limite do que podia suportar o gado
sem perecer.
Em fim chegaram a um lugar chamado Mara, onde havia algumas fontes de gua.

Quando avistaram as fontes o povo vibrou e gritou de alegia

_ GUA! GUA! BENDITO SEJA O SENHOR, O DEUS DE ISRAEL!

O humor deles melhorou s de pensarem em quanto se refrescariam.

Seus temores quanto segurana de suas famlias e seus rebanhos acabaram.

No entanto, a esperana se esvaiu quando experimentaram a gua...

_ HARRR! O QUE ISSO? A GUA EST AMARGA, NO D PARA BEBER!

por isso aquele lugar era chamado de Mara, entenderam?

O ser humano at capaz de beber gua de sabor desagradvel quando sua sede grande certo?
Ms no caso deles havia um limite do qual no conseguiram suportar. A gua era ruim mesmo!

Hoje em dia ainda existem algumas fontes de guas amargas nessa regio, e para voc ter uma
idia, at os animais dos bedunos se recusam beber a gua de certos poos amargos do deserto
de Arbia.

Em 1988 o explorador Bob Cornuke e seu amigo Larry Williams encontraram uma fonte de guas
amargas prximo ao Mar Vermelho.

Bom... Como Moiss era responsvel por sua sada do Egito e era, seu lder, no deu outra,
dirigiriam suas murmuraes em primeiro lugar contra ele.

_ MOISS, ESTAS GUAS SO AMARGAS!!!

Vocs j perceberam que muitas coisas na histria de Israel so chocantes?

Essa por exemplo nos mostra em quo rapidamente a descrena surge mesmo aps os atos
poderosos de Deus.

Trs dias depois, o louvor se tornou em murmurao. Isso exemplifica bem a natureza humana!

_ E AGORA MOISS, O QUE VAMOS BEBER?

Nunca esqueam prezados leitores que a resposta apropriada para a os problemas e necessidades
a orao, no a murmurao.

A murmurao reflete sempre uma atitude de pecado e rebelio.

Deus com freqncia nos guia a situaes que provam a nossa f. As provaes neste caso, no
eram um sinal de que Deus os abandonou ou que Moiss estivesse errado.

Ento Moiss, em voz alta, pediu socorro a Deus, e o SENHOR lhe mostrou um pedao de
madeira.
Moiss jogou a madeira na gua, e a gua ficou boa para beber.

Aps curar a gua e satisfazer a sede fsica de seu povo, Deus lhe deu uma ordem e uma
promessa relacionada com este milagre;

_ Se vocs prestarem ateno no que eu digo, se fizerem o que certo e se guardarem os meus
mandamentos, eu no os castigarei com nenhuma das doenas que mandei contra os egpcios. Eu
sou o SENHOR, que cura vocs.

O povo se deteve em Mara s o necessrio para um rpido abastecimento.

Moiss, que tinha percorrido essas regies antes e conhecia cada poo e cada corrente de gua,
provavelmente lhes assegurou que encontrariam um vale frtil a poucos quilmetros de Mara.

Agora j meio desconfiados, continuaram a marcha por mais uns 11 km at que chegaram a um
lugar chamado Elim.

Eu sei, vocs querem saber se havia gua ali... Sim havia! Se era boa para beber?

xodo 15:27 - O osis de Elim!

Saindo dali caminharam mais 11 km e chegaram a Elim.

Elim que significa rvores grandes era um lugar de tranqilidade e repouso.

Este lugar, com sua abundante proviso de gua comparativamente boa e seus exuberantes
bosques de palmeiras, tamariscos, accias e seus altos pastos, ainda hoje um dos principais
Oasis entre Suez e o Sinai, veja a foto abaixo.

Ento Moiss mandou avisar ao povo que acampariam ali, bem perto da gua.

O povo ento respirou aliviado quando ficou sabendo que a gua era boa.

Deram de beber aos animais, prepararam as refeies, montaram as tendas e descanaram diante
da bela paisagem.

Vez por outra passamos pela mesma experincia quando Deus nos d o triunfo depois da
provao, a bonana depois da tempestade.

Na realidade, os filhos de Deus deveriam estar acostumados com os mtodos que o Senhor usa
para transformar o carater e a f daqueles que confiam em sua direo.

Deus em Sua infinita sabedoria intercala perodos de provaes com perodos de descanso.

ELE sabe a melhor maneira de nos conduzir.

xodo 16:1-3 - A Murmurao

1.Depois de algumas semanas, o povo de Israel retomou a viagem ao sair de Elim para a direo
do deserto de Sim, que fica entre Elim e o monte Sinai.

Chegaram ali no dia quinze do segundo ms depois da sua sada do Egito.

V: 2,3. Neste tempo, as provises trazidas do Egito j tinham acabado.

No havia recursos naturais no deserto para suprir a necessidade diria de alimento de toda aquela
multido.

Acostumados no Egito a um regime de carne, po, peixe e verduras, com que tinham sido
alimentados mesmo sendo escravos, agora ali, no deserto, todos eles comearam a reclamar
contra Moiss e Aro;
_ Moiss! No tem nada pra comer nesse lugar, voc tirou a gente do Egito pra morrer de fome no
deserto? L, ns podamos pelo menos nos sentar e comer carne e outras comidas vontade.
Vocs nos trouxeram para este deserto a fim de matar de fome toda esta multido? Quer
saber?Teria sido melhor que Deus tivesse nos matado no Egito!

Pequenos grupos de nmades, acostumados com aquelas condies, poderiam conseguir alguma
coisa, mas um grupo do tamanho de uma grande cidade, cedo comearia a passar fome.

Eles ainda no haviam aprendido que este um meio de Deus trabalhar. Antes de agir em nosso
favor ele nos mostrar o quanto somos necessitados e desamparados!

Pense bem... O Senhor no supriu cada necessidade deles quando elas surgiram?

Ao invs disso, o povo murmurou e expressou uma extrema ingratido.

Outra coisa... Ser que eles realmente estavam bem no Egito?

Estavam nada! Esta atitude era simplesmente um problema de falta de f no poder e no cuidado de
Deus?

E esta falta de f os fez lembrar, com saudade, da variedade e abundncia de alimentos que havia
no Egito.

Muitos cristos sofrem esta tentao, pois se lembrando dos prazeres que desfrutavam no mundo,
desejam participar deles outra vez.

No perca na prxima postagem, a notvel pacincia e bondade de Deus para com seu povo de
mente to servil e de f to pouco desenvolvida.

xodo 16: 4-8 - A paciencia Divina

V:4,5 Moiss que era uma espcie de gerente, espremido entre as lamrias do povo e a direo de
Deus, foi falar com o SENHOR sobre a falta de comida que, de fato, estava difcil de suportar.

Reconhecendo que a mente do seu povo seguia sendo to servil e sua f to pouco desenvolvida
como quando estavam no Egito, Deus no se mostrou ofendido por sua murmurao e at lhes
enviou ajuda mais uma vez diante de uma dificuldade.

A nossa expectativa seria a de esperar que Deus respondesse as suas tristes reclamaes
enviando fogo e enxofre sobre eles.

Ao invs disso, Ele promete enviar "po dos cus".

_ Agora eu vou fazer chover do cu po para vocs. E o povo dever sair, e cada um dever juntar
uma poro que d para um dia. Assim eu os porei prova para saber se eles vo obedecer s
minhas ordens. No sexto dia devero juntar e preparar o dobro do que costumam juntar nos outros
dias.

Ao fazer isso, seu propsito era prepar-los para que confiassem em seus lderes divinamente
designados e para que tivessem f em Deus.

V:6-8 Enquanto Moiss falava com o Senhor, a multido se espremia ansiosamente para ouvir de
seu lder uma soluo para tal problema.

Ento Moiss chamou Aro e foram os dois falar ao povo;

Eu fico imaginando como era transmitir uma mensagem para 600 mil pessoas naquela poca.

Quem assistiu ao filme da histria do presidente Lula, pode ter uma noo de como poderia ter sido
resolvido este probleminha.

Ento eles disseram;

_ Prestem ateno povo de Deus; Hoje tarde vocs ficaro sabendo que foi o SENHOR Deus
quem os tirou do Egito. Amanh de manh vocs vero a glria do SENHOR, pois o SENHOR
ouviu as reclamaes de vocs contra ele. Foi contra ele, e no contra ns, que vocs reclamaram;
pois, afinal de contas, quem somos ns?

A murmurao do povo dirigida a Moiss e a Aro como seus chefes foi na realidade contra o
Senhor.

_ E digo mais, Deus, o SENHOR, vai lhes dar tambm carne para comerem, isso vai acontecer
toda tarde e po vontade pela manh, pois o SENHOR ouviu vocs reclamando contra ele.

Em sua queixa, eles tinham mencionado as "panelas de carne" e o "po" de Egito, agora teriam
po e carne at saciar-se.
Deus lhes demonstraria que podia proporcionar a eles no deserto o que possua Egito e mais.

Exodo: 16: 9-15 - T chovendo codornas

V:9. A Moiss disse a Aro:

_ Diga a todo o povo que venha e fique diante de Deus, o SENHOR, pois ele ouviu as reclamaes
deles.

Antes que se desse o alimento prometido, Moiss requereu ao povo que se apresentasse diante de
Deus, para que reconhecessem que era contra o Senhor que eles tinham se rebelado.

J que a conduta de Moiss e Aro tinha sido questionada, era necessrio que Deus mostrasse ao
povo que ele aprovava o proceder de seus fiis servos e que respeitaria a promessa deles.

V:10 Enquanto Aro estava falando a todo o povo, eles olharam para o deserto, e, de repente, a
glria do SENHOR apareceu numa nuvem.

V:11,12 E o SENHOR disse a Moiss:

_ Eu tenho ouvido as reclamaes dos israelitas. Diga-lhes que hoje tarde, antes de escurecer,
eles comero carne. E amanh de manh comero po vontade. A ficaro sabendo que eu, o
SENHOR, sou o Deus deles.

Foram raras as ocasies em que Deus deu carne aos israelitas.

A Bblia fala de duas ocasies; uma aqui no deserto de Sem, e outra em Kibrot-hataava, no deserto
de Par.

V:13,14 Depois de ouvir estas palavras o povo se aquietou e aguardou ansiosamente como quem
aguarda a hora do jantar em uma festa.

E quando a tarde chegou, um bando de codornas, vindo sabe-se l de onde, invadiu o

acampamento.

Foi uma festa: Chovia codornizes em todo o acampamento, caiam em cima das tendas, por dentre
das tendas, nos cestos e algumas caiam direto nas panelas.

Em poucas horas j se podia sentir o cheirinho gostoso de codorna assada, codorna frita, codorna
cozida, guisado de codorna, strognoff de codorna, uma maravilha, um festival gastronmico.
Nunca se viu tanta comida.

As codornizes so consideradas um prato finssimo, quem sabe Deus ofereceu este cardpio para
ajudar o organismo dos Israelitas na transio para o man, que se tornaria sua alimentao
permanente durante uns quarenta anos.

Deus no s lhes proporcionou alimento numa maneira milagrosa, mas cuidou que cada um
desfrutasse de uma poro ampla.

V:15 E no parou por a...

Durante a noite inteirinha caiu um orvalho do cu.

De manh, quando o orvalho evaporou, ficou na terra uma coisa fina, parecendo escamas, como a
geada no cho.

Quando os hebreus acordaram, viram tudo coberto por aquele negcio e no sabiam o que era.

Ento perguntaram uns aos outros:

Que negcio esquisito esse?

xodo 16:16-21 - Man, o po que caiu do cu.

V: 16 Aps a evaporao do orvalho formado durante a madrugada, apareceu no deserto onde o

povo estava acampado uma coisa mida, flocosa, como a geada, que lembrava pequenas prolas.

Depois de dormir satisfeitos, de barriga cheia por ter comido tantas codornas os hebreus
acordaram, e viram o deserto coberto por isso.

Ento perguntaram uns aos outros:

_ Que negcio esquisito esse?

_ Esse - respondeu Aro, o Man, o po que Deus mandou do cu para matar a fome de vocs.

_ Man? Po do cu?

_ Isso mesmo, ontem foram s codornas, e a partir de hoje todos os dias teremos esse po a.
Podem provar, tem um gostinho de po de mel, bom. A ordem de Deus cada um de vocs
dever juntar o que for necessrio para comer, de acordo com o nmero de pessoas que houver na
famlia, dois litros por pessoa.

O man era semelhante semente de coentro branco, o sabor era como bolos de mel. Podia ser
assado ou cozido, sendo transformado em bolos.

Em cinco dias da semana haveria o suficiente para cada um comer por um dia, mas se no fosse
comido apodreceria durante a noite.

Na vspera do sbado haveria duas pores para cada um, e nada no sbado, mas a poro da
vspera no apodreceria at a noite do sbado.

Sua qualidade nutritiva era perfeita, pois sustentou o povo pelos quarenta anos que passou pelo
deserto.

V:17-19 E assim fizeram os israelitas. Uns pegaram mais, e outros, menos, mas cada um pegou
exatamente o necessrio para comer.

Enquanto colhiam, Moiss se lembrou de uma coisa:

_ Prestem ateno em algo importante que preciso lhes comunicar; Ningum dever guardar nada
para o dia seguinte, at porque o Senhor prover a poro de amanh.

V:20 Mas o povo, zio grande como nunca nem ligou para o que Moiss disse.

Vai que era s naquele dia, e depois voltavam misria de antes? Ento muitos estocaram bem
mais do que precisavam.

Encheram seus balaios, esconderam em suas roupas e em suas tendas.

Mas na manh seguinte, o que tinham armazenado estava fedorento e bichado.

Quando Moiss soube, quer dizer, sentiu o cheiro, ficou muito irritado com eles.
_ povinho cabea dura! Eu no avisei? Confiem em Deus, vai ter todo dia, no precisam guardar
pro dia seguinte! Eu disse! Eu avisei!

V:21 Depois de aprendido a lio, todas as manhs, bem cedinho, cada um pegava o necessrio
para comer naquele dia, pois o calor do sol derretia o que ficava no cho.

Deus tinha proporcionado aos israelitas, alimento pelo qual no tinham trabalhado, mas no queria
que se tornassem preguiosos.

Por isso eles deviam recolher cada dia a fim de ter algo para comer.

Alis, deviam se levantar cedo porque o man se derretia quando "o sol esquentava".

Ainda que no tivesse campos para arar nem colheitas para recolher, o fato de que deviam se
levantar cedo para obter seu alimento, mostra que Deus tinha planejado cada detalhe deste
fenmeno para benefcio e educao do povo.

Finalizo esta postagem com um ditado popular que aprendi recentemente:

"A pobreza e a necessidade o salrio dos que dormem at tarde".

xodo 16:22-36 - Um dia para descansar e adorar.

V: 22,23 Todos os dias o povo acordava bem cedinho para colher o man que impreterivelmente
era servido pelo Senhor em todas as manhs.

E quando chegou ao sexto dia, eles pegaram o dobro conforme Moiss havia orientado, isto ,
quatro litros para cada pessoa.

Ento os lderes do povo foram falar com Moiss;

_ Pronto, todos j recolheram cada um a sua poro dobrada, mas estamos preocupados com que
esta quantidade de alimento venha se estragar no dia seguinte.

A Moiss lhes disse:

_ Amanh dia de descanso, o sbado santo, separado para Deus. O SENHOR disse que se
quiserem assar esse alimento no forno, que assem, e os que quiserem cozinhar, que cozinhem
ms faam isso ainda na sexta.

Deus queria que seu povo deixasse o dia do Senhor livre de toda distrao possvel a fim de que
este pudesse ser usado para a adorao e descanso.

V: 24-27 Conforme a ordem de Moiss, todos guardaram para o dia seguinte o que havia sobrado.
E quando chegou o sbado, o man no cheirou mal, nem criou bicho.

Mesmo assim alguns teimosos saram para pegar man fresquinho, porm no acharam nada para
comer.

V: 28 31 Ento o SENHOR Deus disse a Moiss:

At quando vocs vo desobedecer s minhas ordens e s minhas leis?

O sbado era um presente a Israel visando o seu bem estar fsico e espiritual.

O princpio ainda se aplica hoje.

O homem necessita de um dia de descanso e adorao.

V: 32-34 Moiss disse a Aro:

_ O SENHOR Deus mandou que fossem guardados dois litros de man para que, no futuro, os
nossos descendentes possam ver o alimento que ele nos deu para comermos no deserto, quando
nos tirou do Egito.

Aro fez como o SENHOR havia ordenado a Moiss e mais tarde, colocaram a vasilha na arca da
aliana para que ficasse guardada ali.

V: 35-36 Durante quarenta anos os israelitas tiveram man para comer, at que chegaram
fronteira de Cana.

Deus nunca fecha uma porta de proviso sem que abra outra.

E por quarenta anos nenhum Israelita ficou sem esta proviso.

Quando temos motivos para orar - Gnesis 17:1

V:1
Agora com o problema da comida resolvido, os Israelitas no tinham mais tantos motivos para se
preocuparem, de modo que podiam voltar a viver uma vida com mais tranqilidade num deserto to
imprevisvel, certo?

Errado!

O povo de Israel saiu do deserto de Sim, caminhando de um lugar para outro, de acordo com as
ordens de Deus (que os fazia andarem em crculos e em ziguezague, com um propsito que mais a
frente estudaremos).

Por fim, eles tiveram que acampar em Refidim, lugarzinho mixuruca sem graa, onde duas provas
os aguardavam, e uma delas era novamente a falte de gua para beber.

Antes de passar para o prximo versculo, considero importante fazer uma pausa para uma
meditao;

Deus no quer com as provaes, nos tentar para o pecado, mas certamente as usa para
aprimorar a nossa f.

Mesmo estando consciente de estarmos obedecendo a Deus, no devemos baixar a nossa guarda.
Nossa tendncia de relaxarmos e esquecermos-nos de Deus quando tudo vai bem.

Se at o impecvel Filho de Deus passou por provaes, imaginemos ns que fomos chamados a
segui-lo.

Nosso Pai celestial nunca nos deixa sem um motivo para orarmos.

Nunca esquea, a jornada inteira do cristo feita pela f.

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