Norma en 1537 Ancoragens Portugues
Norma en 1537 Ancoragens Portugues
Norma en 1537 Ancoragens Portugues
Prefcio ............................................................................................................................. 3
1 Campo de aplicao ....................................................................................................... 4
2 Referncias da norma .................................................................................................... 4
3 Termos, definies e smbolos ...................................................................................... 6
3.1 Termos e definies ................................................................................................ 6
3.2 Smbolos ................................................................................................................. 9
4 Regras especficas........................................................................................................ 11
4.1 Generalidades ....................................................................................................... 11
4.2 Planeamento dos trabalhos ................................................................................... 12
5 Trabalhos de reconhecimento ...................................................................................... 13
6 Materiais e produtos .................................................................................................... 14
6.1 Generalidades ....................................................................................................... 14
6.2 Armadura .............................................................................................................. 15
6.3 Cabea da ancoragem ........................................................................................... 15
6.4 Acoplador ............................................................................................................. 15
6.5 Comprimento selado da armadura ........................................................................ 16
6.6 Espaadores e outros dispositivos de aplicao no interior do furo de sondagem16
6.7 Caldas e aditivos ................................................................................................... 17
6.8 Resinas .................................................................................................................. 17
6.9 Proteco contra a corroso do ao de pr-esforo e das componentes do ao em
tenso .......................................................................................................................... 18
6.9.1 Generalidades ................................................................................................ 18
6.9.2 Ancoragens provisrias em terreno ............................................................... 18
6.9.3 Ancoragens definitivas em terreno ................................................................ 18
6.10 Tipos de proteco contra a corroso, componentes e materiais de utilizao
corrente ....................................................................................................................... 20
6.10.1 Bainhas e tubos plsticos ............................................................................. 20
6.10.2 Mangas termo-rectrteis .............................................................................. 22
6.10.3 Selagens ....................................................................................................... 22
6.10.4 Calda de cimento ......................................................................................... 23
6.10.5 Resinas ......................................................................................................... 23
6.10.6 Compostos para proteco anticorrosiva ..................................................... 23
6.10.7 Revestimento metlico andico relativamente ao ao (proteco com outra
liga metlica) .......................................................................................................... 24
6.10.8 Outro tipo de revestimento para elementos de ao ...................................... 24
6.10.9 Tubos de ao e caixas de proteco ............................................................. 24
6.11 Aplicao da proteco corroso ..................................................................... 25
6.11.1 Generalidades .............................................................................................. 25
6.11.2 Comprimento livre e comprimento selado .................................................. 25
6.11.3 Cabea da ancoragem .................................................................................. 26
6.12 Ensaios de proteco corroso em ancoragens definitivas, com ensaios de
sistema ........................................................................................................................ 27
7 Condies de projecto ................................................................................................. 28
8 Execuo ...................................................................................................................... 29
8.1 Perfurao dos furos ............................................................................................. 29
8.1.1 Generalidades ................................................................................................ 29
8.1.2 Mtodos de furao ....................................................................................... 30
8.2 Produo, transporte, manuseamento e construo de ancoragens ...................... 32
8.2.1 Fabrico ........................................................................................................... 32
1
8.2.2 Transporte, manuseamento e construo ....................................................... 32
8.3 Injeces ............................................................................................................... 33
8.3.1 Generalidades ................................................................................................ 33
8.3.2 Ensaios nos furos de sondagem ..................................................................... 33
8.3.3 Pr-injeces .................................................................................................. 34
8.3.4 Pr-injeces em macios rochosos .............................................................. 34
8.3.5 Pr-injeces em solos .................................................................................. 35
8.3.6 Injeco das ancoragens ................................................................................ 35
8.4 Pr-esforo ............................................................................................................ 36
8.4.1 Generalidades ................................................................................................ 36
8.4.2 Equipamentos ................................................................................................ 36
8.4.3 Procedimentos para pr-esforo .................................................................... 36
9 Ensaios de verificao e monitorizao....................................................................... 37
9.1 Generalidades ....................................................................................................... 37
9.2 Exactido/fiabilidade das medies...................................................................... 38
9.3 Registo de tenses ................................................................................................ 38
9.4 Mtodos de ensaio ................................................................................................ 39
9.5 Ensaios prvios ..................................................................................................... 39
9.6 Ensaios de verificao (ou ERD) ......................................................................... 40
9.7 Ensaios de recepo simplificados ....................................................................... 41
9.8 Traco de blocagem mxima .............................................................................. 41
9.9 Determinao do comprimento livre aparente...................................................... 41
9.10 Fiscalizao da construo e ensaios .................................................................. 42
9.11 Observao ......................................................................................................... 43
10 Registos ..................................................................................................................... 43
11 Exigncias especiais .................................................................................................. 44
ANEXO A ...................................................................................................................... 46
(informativo)................................................................................................................... 46
Ensaios elctricos de proteco corroso..................................................................... 46
ANEXO B ...................................................................................................................... 50
(informativo)................................................................................................................... 50
Ensaios prvios de proteco corroso ........................................................................ 50
ANEXO C ...................................................................................................................... 52
(informativo)................................................................................................................... 52
Orientao dos critrios de recepo dos compostos de proteco contra a corroso e
exemplos de referncia para as propriedades dos materiais ensaiados .......................... 52
ANEXO D ...................................................................................................................... 53
(informativo)................................................................................................................... 53
Projecto de ancoragens em terreno ................................................................................. 53
ANEXO E ....................................................................................................................... 60
(informativo)................................................................................................................... 60
Exemplos de mtodos de ensaios de ancoragens ........................................................... 60
ANEXO F ....................................................................................................................... 71
(informativo)................................................................................................................... 71
Exemplos de folhas de registo ........................................................................................ 71
2
Norma EN 1537 V. De Dezembro de 1999
Ancoragens em terreno
(traduo para Portugus)
Prefcio
Esta norma europeia foi preparada pelo Comit Tcnico CEN/TC 288, Execuo de
trabalhos geotcnicos especiais, que foi secretariado pela AFNOR.
Esta norma europeia deve tomar a forma de norma nacional, at Junho de 2000 pelo
menos, quer seja com a sua publicao em texto idntico ou por adeso; todos os
conflitos com as normas nacionais devem ser resolvidos at Junho de 2000.
O documento foi preparado para ser anexado norma ENV 1997-1-1: Projecto
Geotcnico, Regras Gerais, Clausula 7 Consideraes de projecto. Aplica-se apenas
s matrias que se devem considerar durante a construo de ancoragens, de modo a que
se cumpram os requisitos de projecto definidos para os sistemas ancorados. A norma
apresenta elementos relativos s exigncias de construo e de superviso dos trabalhos.
O anexo D apresenta, com detalhe, questes de projecto relacionadas com as ancoragens
em terreno.
Esta norma foi elaborada por um grupo de trabalho constitudo por delegados de 10
pases e baseia-se na reviso de 10 cdigos de exerccio nacionais e internacionais.
3
1 Campo de aplicao
2 Referncias da norma
4
ENV 1992-1-1, Eurocdigo 2: Projecto de estruturas em beto Parte 1-1: regras gerais
- regras gerais e regras em edifcios.
5
3 Termos, definies e smbolos
3.1 Termos e definies
3.1.1
ancoragem
ig: anchor
fr: tirant dancrage
dispositivo com capacidade para transmitir ao terreno cargas de traco
3.1.2
cabea da ancoragem
ig: anchor head
fr: tte dancrage
elemento da ancoragem que transmite a traco da armadura para o bolbo de selagem ou
estrutura
3.1.3
ensaios de recepo
ig: acceptance test
fr: essai de rception
ensaios de carga realizados para confirmar se cada uma das ancoragens est de acordo
com os critrios de aceitao
3.1.4
comprimento livre aparente
ig: apparent tendon free length
fr: longueur libre quivalente
comprimento da armadura entre a ligao ao macaco e um determinado ponto, que se
calcula a partir dos ensaios de ancoragens
3.1.5
exsudao
ig: bleed
fr: ressuage
separao da gua da calda
3.1.6
dimetro do furo
ig: borehole diameter
fr: diamtre de forage
define-se pelo dimetro da broca ou do revestimento
3.1.7
caractersticas de resistncia interna da ancoragem
ig: characteristic internal anchor resistance
fr: rsistance interne caractristique du tirant
tenso caracterstica da armadura da ancoragem
6
3.1.8
fiscalizao
ig: clients technical representative
fr: reprsentant technique du clint
representa o dono de obra, deve ser posto ao corrente de todos os aspectos dos trabalhos
relacionados com a utilizao das ancoragens, incluindo o conhecimento dos
especialistas no que se refere tecnologia das ancoragens em terreno
3.1.9
acoplador
ig: coupler
fr: coupleur
dispositivo que permite materializar as unies das barras da armadura das ancoragens
3.1.10
limite de fluncia
ig: creep limit
fr: vitesse limite de fluage
deslocamento mximo, correspondente fluncia, permitido para um determinado nvel
de carga
3.1.11
traco crtica de fluncia
ig: critical creep load
fr: traction critique de fluage
traco da ancoragem correspondente extremidade da primeira parte linear dos
resultados dos ensaios, no que se refere fluncia
3.1.12
traco de referncia
ig: datum load
fr: traction de rfrence
nvel de traco da ancoragem a partir do qual se mede o deslocamento da cabea da
ancoragem durante um ensaio, geralmente adopta-se um valor correspondente a 10% da
traco mxima do ensaio
3.1.13
proteco corroso
ig: encapsulation
fr: protection
deve aplicar-se pelo menos na armadura da ancoragem
3.1.14
resistncia externa dos tirantes
ig: external anchor resistance
fr: rsistance externe du tirant
resistncia da ancoragem traco na zona selada, na interface do terreno/bolbo
7
3.1.15
comprimento de selagem da ancoragem
ig: fixed anchor length
fr: longueur de scellement du tirant
comprimento de projecto ao longo do qual se realiza a transferncia de cargas ao terreno
a partir do corpo da ancoragem (calda do bolbo)
3.1.16
comprimento livre da ancoragem
ig: free anchor length
fr: longueur libre du tirant
distncia entre o bolbo de selagem e a cabea da ancoragem
3.1.17
calda
ig: grout
fr: coulis
material de enchimento que transfere as tenses da armadura ao terreno atravs da
selagem, e que preenche o resto do furo de sondagem conferindo uma proteco
corroso da armadura
3.1.18
ensaio prvio
ig: investigation test
fr: essai pralable
realiza-se para determinar a tenso ltima da ancoragem, na interface bolbo de
selagem/terreno e para determinar as caractersticas da ancoragem durante a sua vida
til, na gama dos valores das traces previstas para o seu funcionamento
3.1.19
perda admissvel de traco
ig: load loss limit
fr: pert de tension admissible
perda acumulada de traco ao fim de um determinado e especfico intervalo de tempo
3.1.20
traco de blocagem
ig: lock-off load
fr: traction de blocage
traco transferida cabea da ancoragem imediatamente aps a realizao da
blocagem
3.1.21
ancoragem definitiva
ig: permanent anchor
fr: tirant dancrage permanent
ancoragem cuja vida til excede os dois anos
8
3.1.22
traco de ensaio
ig: proof load
fr: traction dpreuve
tenso mxima a que se sujeita a ancoragem durante o ensaio
3.1.23
ensaio de recepo
ig: suitability test
fr: essai de contrle
ensaio de carga que permite confirmar se o projecto se adequa s condies do terreno
3.1.24
ensaio de sistema
ig: system test
fr: essai de systme
realiza-se para comprovar que o desempenho da ancoragem verifica os requisitos
impostos
3.1.25
ancoragem provisria
ig: temporary anchor
fr: tirant dancrage provisoire
uma ancoragem com uma vida til de projecto inferior a dois anos
3.1.26
armadura
ig: tendon
fr: armature
parte da ancoragem que transmite a traco entre a cabea e o bolbo de selagem
3.1.27
comprimento selado
ig: tendon bond length
fr: longueur de scellement de larmature
comprimento da armadura selado directamente ao terreno, , com capacidade de
transmitir a traco aplicada
3.1.28
comprimento livre
ig: tendon free length
fr: longueur libre de larmature
comprimento da armadura entre a cabea da ancoragem e o fim do bolbo de selagem
3.2 Smbolos
9
Ed,dst - valor de projecto do efeito de uma aco instabilizadora
Ed,stb - valor de projecto do efeito de uma aco estabilizadora
Et mdulo de elasticidade da armadura
f perda de atrito como valor percentual da traco de ensaio
ftk valor caracterstico da tenso de cedncia traco do ao da armadura
ft0,1k valor caracterstico da tenso limite de proporcionalidade a 0,1% traco do ao
fr rea relativa da armadura, em fios ou barras, nervurada ou perfilada
ks coeficiente de fluncia
kt perda de carga
Lapp comprimento livre aparente da armadura
Le comprimento externo da armadura (comprimento suplementar): medido a partir da
cabea at ao ponto em que o macaco de pr-esforo agarra a armadura
Lfixed comprimento selado da ancoragem
Lfree comprimento livre da ancoragem
Ltb comprimento selado da armadura
Ltf - comprimento livre da armadura
P tenso da armadura
Pa traco de referncia ou inicial
Pc tenso crtica de fluncia
Pc valor aproximado da tenso crtica de fluncia
P0 traco de blocagem da ancoragem
Pp traco mxima de ensaio
Ptk carga caracterstica da armadura
Pt0,1k - traco caracterstica da armadura qual ocorre 0,1% de deformao permanente
Ra resistncia externa da ancoragem
Rak valor caracterstico da resistncia externa da ancoragem
Rjk - valor caracterstico da resistncia interna da ancoragem (da armadura)
Rd - valor da resistncia de projecto de uma ancoragem
Rk menor dos valores das resistncias, interna e externa, da ancoragem
s deslocamento da cabea da ancoragem
t tempo de aplicao do incremento de carga ou da traco de blocagem
- inclinao da recta dos deslocamentos na representao grfica da fluncia/log. do
tempo
P diferena entre as traces de ensaio e a inicial (de referncia)
s extenso medida na armadura da ancoragem durante o incremento P
q factor de majorao de carga
R factor parcial a aplicar no valor de resistncia da ancoragem
10
Legenda:
1 Ponto de fixao do macaco durante o pr-esforo 6 Solo/rocha (terreno)
2 Ponto de fixao da cunhas da ancoragem 7 Furo de sondagem
3 Chapa de apoio 8 Bainha de proteco
4 Macio de transferncia de carga 9 Armadura do tirante
5 Elemento estrutural 10 Bolbo de selagem
4 Regras especficas
4.1 Generalidades
Apenas possvel projectar as ancoragens em terreno de forma eficiente com base num
conhecimento eficaz do projecto construtivo, das exigncias estruturais da ancoragem e
das propriedades geolgicas do terreno. Os ensaios em ancoragens e a verificao dos
parmetros de projecto so elementos fundamentais e necessrios para a obteno de
uma soluo econmica e em mtodos construtivos adequados construo das
ancoragens em terreno.
11
Quadro 1 Actividades de projecto e de construo
Identificao das actividades Interveno por especialistas
1. Recolha de dados referentes ao local onde se 1. Anlise dos elementos obtidos, a partir
vo construir as ancoragens do reconhecimento local, para definir
as caractersticas do projecto
2. Deciso acerca da construo de ancoragens, 2. Seleccionar componentes das
facto que requer verificaes, ensaios e a ancoragens e definir detalhes
preparao das especificaes
3. Requerer autorizao legal e respectiva 3. Definio das dimenses das
documentao, para ancorar nas propriedades ancoragens
de terceiros
4. Projectar estrutura ancorada; determinar a 4. Detalhes relacionados com a
traco de projecto; definir o factor de proteco das ancoragens corroso
segurana a utilizar
5. Definir vida til da ancoragem 5. Definio e fornecimento da
(provisria/definitiva) e respectivas exigncias tecnologia de ancoragens a construir
da proteco corroso
6. Especificao do espaamento entre 6. Definio e fornecimento do sistema
ancoragens, sua inclinao, traco de servio e de observao das ancoragens
das restantes exigncias relativas estabilidade
da obra
7. Definir a distncia mnima da estrutura ao 7. Trabalhos de controlo de qualidade
comprimento mdio da selagem que garanta a
estabilidade da estrutura
8. Definir as caractersticas do elemento de 8. Realizao de ensaios em ancoragens
transferncia da traco da ancoragem para a e anlise dos respectivos resultados
estrutura
9. Estabelecer as sequncias de aplicao do pr- 9. Anlise dos resultados dos ensaios de
esforo permitidas pela estrutura e definir as obra
tenses de servio adequadas
10. Definir o sistema de observao do 10. Manuteno da ancoragem em
comportamento das ancoragens e a respectiva terreno, conforme as indicaes dadas.
interpretao dos resultados
11. Fiscalizao dos trabalhos
12. Estabelecer o tipo de trabalho de manuteno
das ancoragens
13. Instrues e recomendaes, s partes
envolvidas, relativas aos pontos chaves da
filosofia do projecto que requerem cuidados
especiais durante a vida til da obra.
Quer na fase de projecto ou/e de construo das ancoragens, deve proceder recolha de
informao suficiente, que se deve actualizar sempre que possvel durante o
desenvolvimento da obra.
NOTA O projecto, ou partes dele, deve ser optimizado pelo dono de obra, pelo
empreiteiro, pelo sub-empreiteiro, consultores e/ou especialistas.
12
- detalhar o projecto de execuo das ancoragens e estabelecer o programa e
sequncia construtiva das mesmas;
- elaborao de um relatrio relativo ao reconhecimento geolgico-geotcnico,
no qual devem constar a classificao geotcnica e as caractersticas das
formaes do local em que se vo construir as ancoragens;
- cadastrar a zona procedendo recolha de dados, relativos a todas as condies
locais, que possam ser relevantes e/ou interferir com a construo das
ancoragens, nomeadamente a ocupao do subsolo, no que se refere ao
saneamento, fundaes existentes e a sua localizao e ainda o tipo de
exigncias relevantes relativas localizao e desempenho das ancoragens;
- detalhar todos os elementos fornecidos, pelo dono da obra, relacionados com a
zona em que se vai construir;
- explicitar algum acordo que tenha sido estabelecido para aceder ao terreno
onde se vo construir as ancoragens;
5 Trabalhos de reconhecimento
13
a) em solos:
- descrio e classificao de solos (graduao, teor em humidade, peso
volumico, densidade relativa, limites de Atterberg);
- resistncia ao corte, ndice de compressibilidade e rigidez;
- permeabilidade;
- regime hidrogeolgico;
- potencial de corroso do solo e da gua do terreno;
- existncia de correntes elctricas vagabundas no terreno;
b) em rochas:
- classificao (geometria das descontinudades, peso volumico, grau de
alterao, ensaios de classificao);
- estratificao da rocha;
- resistncia no confinada compresso da rocha intacta;
- resistncia ao corte e deformabilidade de uma massa de rocha;
- permeabilidade;
- regime hidrogeolgico;
- potencial de corroso da rocha e percolao da gua;
- existncia de correntes elctricas vagabundas.
Com base nessa informao deve ser vivel a quantificao das probabilidades ou das
dificuldades relativas a:
6 Materiais e produtos
6.1 Generalidades
As ancoragens devem ser construdas de acordo com o que constar no projecto e com as
especificaes existentes, de modo a garantir o desempenho e a durabilidade adequada
da obra.
A documentao dos ensaios de sistema deve ser aprovada pela fiscalizao e deve ser
elaborada de acordo com os princpios indicados nesta norma.
14
A construo de ancoragens onde se aplicam materiais novos ou novos mtodos
construtivos, que tambm devem garantir o desempenho de projecto e a durabilidade
dos materiais, exige a realizao de ensaios de sistema, a aprovar pela fiscalizao, de
modo a assegurar que a tecnologia usada na construo das ancoragens respeita a vida
til da estrutura ancorada.
6.2 Armadura
6.4 Acoplador
15
A armadura no deve ter ligaes no bolbo de selagem, pelo que no deve ser acoplada
nessa parte da ancoragem.
A rea relativa, fr, dos fios perfilados ou das barras nervuradas deve respeitar o disposto
pela norma ENV 1992-1, Eurocdigo 2.
A armadura de superfcie lisa, com ou sem elementos de escora, s pode usar-se para
aplicao do pr-esforo em ancoragens provisrias apenas no caso da fiscalizao
aprovar previamente a sua aplicao.
16
No caso das ancoragens definitivas os espaadores devem ser constitudos por materiais
resistentes corroso quando so colocados por cima dos tubos.
No devem estar em contacto com a armadura de pr-esforo ligantes com elevado teor
de sulfuretos.
Sempre que se revele necessrio, deve recorrer-se aplicao de material inerte (areias)
para reduzir a fuga da calda de cimento.
6.8 Resinas
17
Devem ser realizados ensaios de campo e de laboratrio para verificar a mistura, a
eficincia da amassadura, o tempo de presa e o desempenho.
6.9.1 Generalidades
18
Quadro 2 Exemplos do tipo de proteco corroso de ancoragens provisrias
1. Armadura no bolbo de selagem
A aplicao do referido nas alneas (b) ou (d) adequa-se s ancoragens provisrias com
maior tempo de servio ou a condies de maior agressividade do meio.
3. Zona de transio entre a cabea da ancoragem e o comprimento livre
(seco interna da cabea da ancoragem)
Sempre que haja acessibilidade cabea das ancoragens para a realizao e trabalhos de
inspeco e que haja a possibilidade de reaplicar a proteco, consideram-se aceitveis
as proteces seguintes:
Nas ancoragens provisrias com maior tempo de servio, se as cabeas das ancoragens
forem inacessveis, deve recorrer-se aplicao de uma caixa plstica ou metlica e
preencher o seu interior com um composto anticorrosivo.
19
Os tirantes das ancoragens definitivas em terreno devem estar tambm providos de:
a) proteco dupla contra a corroso, para que no caso de ocorrerem danos durante
a construo numa das proteces, permanea intacta a segunda proteco;
b) proteco simples contra a corroso, neste caso devem realizar-se, em cada uma
das ancoragens, ensaios de campo que provem que essa proteco permanece
intacta (ver anexo A);
c) proteco contra a corroso do sistema conferida por um tubo metlico de
manchetes para ancoragens (ver seco 6.10.4 e 6.10.9);
d) proteco contra a corroso do sistema conferida por um tubo plstico corrugado
de manchetes para ancoragens (ver seco 6.10.4 e 6.10.9);
e) proteco contra a corroso do sistema conferida por um tubo de ao para
ancoragens a funcionar compresso (ver seco 6.10.4 e 6.10.9).
A espessura mnima da parede de um tubo ou de uma bainha lisa comum, que esteja em
contacto com o exterior, deve ter mais 1,0 mm que o exigido para o tubo corrugado no
pargrafo anterior; em alternativa podem reforar-se.
A espessura mnima da parede de uma bainha, que se localize interiormente, deve ser de
1,0 mm; se o tubo corrugado se localizar no interior a sua espessura mnima de 0,8
mm.
20
Quadro 3 - Exemplos do tipo de proteco corroso de ancoragens definitivas
Verificao do nvel de proteco instalada
a) todos os sistemas de proteco corroso devem ser, previamente, alvo de ensaios para verificar a
sua eficcia. Os resultados dos ensaios realizados devem encontrar-se devidamente documentados;
b) a fiscalizao deve realizar uma avaliao tcnica dos resultados dos ensaios realizados ao sistema
de proteco corroso, de modo a verificar a eficcia conseguida por cada uma das proteces do
sistema. de referir que nalguns sistemas a integridade da proteco interior depende da
integridade da proteco exterior;
c) quando se recorre utilizao de uma proteco corroso nica, i.. simples, no bolbo de
selagem, devem realizar-se ensaios de campo, como o de resistividade elctrica, para verificar a
integridade dessa proteco.
1. Comprimento selado da armadura Proteces instaladas in
A selagem pode realizar-se com uma das formas seguintes: situ
a) um nico tubo plstico corrugado, onde introduzida a armadura e a a) um tubo plstico
calda de cimento;
b) dois tubos plsticos corrugados, concntricos, onde se introduz a b) dois tubos plsticos
armadura, preenchendo (com cimento ou resina) previamente e na
totalidade o interior do ncleo e o espao entre os tubos antes de
construir as ancoragens
c) um tubo plstico corrugado com uma barra ou cabos de ao no seu c) um tubo plstico com
interior, preenchido com calda de cimento. O revestimento mnimo calda de cimento no
entre a barra e o tubo de 5,0 mm. A barra de ao deve ser nervurada. seu interior
A fendilhao da calda de cimento, existente entre o tubo e a barra,
no deve possuir dimenses superiores a 0,1 mm traco de servio. d) um tubo plstico ou
d) um tubo de manchetes metlico ou de plstico corrugado, com uma metlico com calda de
espessura mnima de 3,0 mm, envolvido com calda de cimento, com cimento no seu
um recobrimento de 20 mm, injectada com uma presso de pelo interior
menos 500 kPa atravs do tubo de manchetes, que no devem ter um
espaamento superior a 1,0 m. O preenchimento de calda entre a
armadura e o tubo de 5mm. A fendilhao da calda de cimento,
traco de servio, no deve exceder os 0,2 mm;
e) um tubo metlico corrugado (tubo compresso) evolvendo a e) um tubo metlico
armadura de ao lubrificado. O tubo e a capa plstica na porca de envolto em calda de
conteno devem proteger-se com calda de cimento, com uma cimento
espessura de pelo menos 10 mm. A dimenso das fendas no deve ser
superiores a 0,1 mm, carga de servio.
2. Comprimento livre da armadura
O sistema de proteco permite o livre movimento da armadura dentro do furo de sondagem. Esta
caracterstica pode ser conferida por uma das alternativas seguintes:
a) bainha plstica a envolver individualmente cada elemento da armadura, completamente preenchida
com anticorrosivo flexvel, incluindo o referido abaixo em A, B, C ou D;
b) bainha plstica a envolver individualmente cada elemento da armadura, completamente preenchida
com calda de cimento mais o que se refere em A ou B;
c) bainha plstica comum a todos os elementos da armadura, completamente preenchida com calda de
cimento mais o que se refere em B; ????
A) tubo ou bainha plstica preenchida com composto anticorrosivo flexvel
B) tubo ou bainha plstica comum selada nas extremidades, de modo a inviabilizar o ingresso de gua
para o seu interior;
C) tubo ou bainha plstica comum preenchida com calda de cimento;
D) tubo metlico comum preenchido, no seu interior, com calda densa de cimento.
O movimento livre da armadura durante a aplicao do pr-esforo assegurado por um lubrificante ou
uma ligao livre de contacto no interior das bainhas ou de uma bainha comum.
3. Zona de transio entre a cabea da ancoragem e o comprimento livre
Uma pelcula de revestimento, um recobrimento ou a aplicao de mangas metlicas ou de tubo plstico
fixo deve ser selado ou soldado cabea da ancoragem. Deve selar-se o tubo ou a bainha na seco
correspondente extremidade do comprimento livre e preencher essa zona com um composto
anticorrosivo, cimento ou resina.
4. Cabea da ancoragem
Deve aplicar-se um revestimento ou uma caixa metlica de ao galvanizado ou de plstico rgido, com
espessuras mnimas de 3,0 e 5,0 mm, respectivamente, que devem ligar-se chapa de apoio. No caso das
caixas serem removveis deve preencher-se o seu interior com um composto anticorrosivo e selar a caixa
com um vedante. No caso da caixa no ser removvel deve preenche-se o interior com cimento ou resina.
21
Os tubos plsticos devem ser deformveis ou corrugados de modo a permitir a
transferncia de cargas. A amplitude ou o passo das deformaes e o corrugado deve
relacionar-se com a respectiva espessura da parede, devendo ter a capacidade de
transferir as solicitaes sem ocorrerem perdas de carga por fluncia.
A integridade da proteco deve tambm ser demonstrada para o sistema em tenso (ver
seco 6.12).
O calor a aplicar para a colocao da manga deve ser dado de forma a que os restantes
elementos de proteco corroso, nomeadamente os da vizinhana, permaneam com
as caractersticas definidas nesta norma, i.. que no se deformem, no sejam queimados
pela aplicao do calor ou que de qualquer forma se danifiquem resultando prejuzo da
sua capacidade de servio.
A velocidade de retraco deve ser tal que impea a ocorrncia de aberturas ou folgas a
longo prazo. A espessura da parede da manga aps retraco deve ser de pelo menos 1,0
mm.
6.10.3 Selagens
As juntas mecnicas devem ser seladas com O-rings, vedantes ou mangas termo-
rectrteis.
22
6.10.4 Calda de cimento
A calda de cimento injectada no furo de sondagem pode ser considerada como uma
proteco temporria, desde que o recobrimento sobre a armadura no seja inferior a 10
mm ao longo do desenvolvimento da ancoragem.
6.10.5 Resinas
23
como lubrificantes e como uma proteco das zonas com vazios, pois tm capacidade
para expulsar a gua e o gs.
O revestimento metlico andico no deve ser aplicado na armadura dos tirantes. Este
revestimento pode aplicar-se apenas nos restantes componentes de ao, tais como
chapas de apoio, caixas de proteco e tubos.
Nas ancoragens definitivas podem aceitar-se estes revestimentos como uma barreira de
proteco corroso da armadura; neste caso o revestimento deve ser aplicado na
fbrica e deve ter uma espessura no for inferior a 0,3 mm; durante a aplicao deve
garantir-se, com um controlo adequado, que no ocorrem falhas de material, como
orifcios tipo bico de alfinete.
24
O tubo deve possuir uma espessura da parede no inferior a 3,0 mm, o recobrimento de
calda que envolve esse tubo deve ter no mnimo 20 mm; devendo ser verificada a
capacidade do bolbo e a integridade da proteco corroso com ensaios de sistema
(ver seco 6.12).
6.11.1 Generalidades
As ancoragens ou qualquer elemento que lhes pertena deve ser manuseada de forma a
garantir que o sistema de proteco corroso no se danifique.
25
Quando a proteco corroso das ancoragens definitivas conferida por bainhas
plsticas ou tubos, bainhas permanentes na armadura, tubos metlicos, caldas resinosas
ou cimenticias ou de compostos preventivos de corroso, e se aplica in situ deve haver
cuidados especiais em assegurar que a armadura da ancoragem e o tubo metlico se
encontram limpos e isentos de corroso durante esta operao.
Nas ancoragens definitivas deve-se realizar a injeco dos materiais, para conferir a
proteco corroso, a partir da extremidade mais baixa da bainha e devendo ser uma
injeco contnua at sua concluso.
No caso do meio ser agressivo deve proceder-se quanto antes proteco da cabea da
ancoragem, quer se trate de ancoragens provisrias ou definitivas.
Devem aplicar-se entre a caixa de proteco e a chapa de apoio uma selagem adequada
??? (pg. 21)
Caso a fiscalizao o aprove, podem ser aplicadas caixas plsticas reforadas; neste
caso devem ter uma espessura mnima de 5,0 mm.
26
O sistema de proteco aplicado na cabea da ancoragem, tanto no exterior como no
interior, deve ser alvo de um ensaio de sistema (ver seco 6.12).
Todos os sistemas de proteco corroso devem ter sido sujeitos pelo menos a um
ensaio de sistema que permita verificar a sua eficcia. Os resultados de todos os ensaios
realizados devem encontrar-se documentados.
27
Deve referir-se que em alguns sistemas a integridade da barreira protectora interna est
dependente da garantia de integridade da barreira exterior.
7 Condies de projecto
Esta seco refere-se s matrias que devem ser tidas em linha de conta na fase de
execuo das ancoragens em terreno de modo a tornar vivel a execuo do sistema de
ancoragens projectado.
28
- estruturas de estabilidade de aterros e taludes;
- aberturas subterrneas;
- estruturas subterrneas e pavimentos sujeitos a foras de impulso
provocadas pela gua;
- estruturas de transferncia de traces ao terreno geradas pela
superestrutura ou por aces na superestrutura.
Nos desenhos de obra devem constar, de forma clara e sempre que necessrio, os
elementos seguintes:
8 Execuo
8.1 Perfurao dos furos
8.1.1 Generalidades
29
se pretender respeitar o projecto da estrutura ancorada. Geralmente, evita-se o recurso a
furos de sondagem horizontais dada a dificuldade existente relativa ao seu completo
preenchimento com a calda.
A seleco do mtodo para realizao do furo deve ser efectuada em conformidade com
o tipo de formaes que ocorrem no terreno, para que as perturbaes introduzidas
sejam o menor possvel, ou de modo a cumprir as exigncias de resistncia necessrias
30
ao bom funcionamento das ancoragens, permitindo a mobilizao da resistncia (Rd) de
projecto estipulada para as ancoragens.
NOTA 1 As perturbaes introduzidas pela furao no terreno devem ser mnimas pelas
razes seguintes:
A neutralizao das presses da gua para evitar o rebentamento, o colapso do furo e/ou
a eroso durante a furao, exige uma definio prvia das tcnicas relativas s
operaes de construo e injeco. Estas tcnicas devem encontrar-se devidamente
estabelecidas e devem ser aplicadas sempre que revele necessrio. No caso de se
verificar a ocorrncia de superfcies piezomtricas elevadas, considera-se adequada a
furao com recurso a fluidos de elevada densidade.
31
As operaes de furao devem ser conduzidas de modo a detectar, de imediato, as
heterogeneidades do terreno permitindo desta forma remodelar o projecto nas zonas em
que as caractersticas do terreno sejam distintas das contempladas pelo projecto.
Devem existir regras de identificao simples e prticas (como o tipo de terreno, a cor
dos refluxos ou a perda do fluido de furao no interior do furo) para recolha de dados
durante a furao que possam facilmente ser apreendidos pelo operador.
O projectista deve ser informado, de imediato, de qualquer variao que possa ser
importante obtida a partir do log. resultante da furao.
8.2.1 Fabrico
A armadura no deve ser enrolada com raios inferiores que aquele que o fabricante
recomende.
32
ancoragens ascendentes inclinadas devem fixar-se para prevenir eventuais movimentos
durante as injeces.
8.3 Injeces
8.3.1 Generalidades
33
se, por exemplo, a ensaios com gua, ensaios com rebaixamento de presso das caldas
ou por injeces de alta presso.
8.3.3 Pr-injeces
Nas pr-injeces deve-se preencher o furo de sondagem com caldas cimenticias. Para
reduzir o consumo das caldas recorre-se a argamassas de areia/cimento, que geralmente
se usam em macios rochosos e em formaes coesivas rijas a muito rijas, com fissuras
abertas e parcialmente preenchidas, e ainda em solos coesivos.
34
Quando durante os ensaios realizados com gua se detecta a existncia de ligaes
hidrulicas com ancoragens adjacentes, ainda sem pr-esforo, no se deve aplicar o
pr-esforo sem que a calda tenha ganho presa.
A colocao da calda deve ser realizada, se possvel, logo aps a concluso do furo.
As injeces devem sempre ter inicio a partir da seco mais baixa a injectar. Para furos
horizontais ou ascendentes necessrio recorrer a selagens ou a bainhas de modo a
evitar a fuga de calda da zona de selagem ou do furo de sondagem.
35
Para aumentar a resistncia das ancoragens deve recorrer-se a ancoragens multi-
injectadas, introduzindo calda no terreno e elevando a tenso normal na interface do
terreno com a calda. Este processo pode ter lugar antes ou aps a introduo da
armadura da ancoragem no interior do furo.
8.4 Pr-esforo
8.4.1 Generalidades
8.4.2 Equipamentos
Caso seja necessrio o controlo das tenses na estrutura, para se controlarem as fases
construtivas ou de aplicao de pr-esforo nas ancoragens, devem logo estar
contempladas pelo projecto.
36
Deve projectar-se a estrutura ancorada de modo a apresentar uma reaco que permita
realizar os ensaios em ancoragens at grandeza da traco de ensaio, de acordo com o
que se expem na seco 9.
O equipamento deve ser usado estritamente de acordo com o estipulado pelo fabricante.
Nos solos coesivos sensveis, pode tornar-se necessrio estipular um perodo de tempo
mnimo que permita que o solo ganhe resistncia aps a construo da ancoragem e se
proceda aplicao de pr-esforo.
As duas primeiras classes podem considerar-se como uma subdiviso dos ensaios de
avaliao. Os ensaios prvios permitem estabelecer, antes da construo das
ancoragens, o seguinte:
37
a) a capacidade de a ancoragem suportar a tenso de ensaio, Pp;
b) determinar, quando necessrio, as caractersticas de perda de tenso ou de
fluncia no estado limite de utilizao;
c) o comprimento livre aparente da ancoragem, Lapp.
Sempre que a selagem for materializada com recurso a injeces num furo de sondagem
deve ser realizado um ensaio que envolva completamente o preenchimento com calda,
cuja qualidade deve estar em conformidade com o exposto na seco 6.7; este ensaio
deve ser realizado simulando todas as operaes e condies geomtricas de construo
e injeco das ancoragens. O ensaio deve ser realizado no incio dos trabalhos. Existem
outros tipos de ensaios de sistema, que se descrevem na seco 6, para verificar a
eficcia da proteco corroso fornecida aos sistemas ancorados.
O inicio dos registos das tenses que foi adoptado denomina-se traco inicial, Pa, a sua
grandeza geralmente da ordem de 10% do valor da traco de ensaio.
Nos ensaios, durante e aps os ciclos de carga, permite-se o registo das cargas mais
elevadas desde que a ancoragem no sofra extenses elevadas, ver figura 2.
38
a) Com ciclos de carga b) Sem ciclos de carga
Legenda:
1 Carga da ancoragem 3 Carga inicial, Pa
2 Registo opcional das cargas mais elevadas 4 Deslocamentos da ancoragem
Figura 2 Mtodo de aplicao das cargas com o aumento da carga inicial
Os mtodos de ensaio, que se devem usar em cada tipo de ensaio, devem ser sujeitos
aprovao da fiscalizao, tal como a respectiva interpretao dos resultados associados
a cada tipo de sistema. Para cada classe de ensaio, em ancoragens em terreno, devem
ser-lhe aplicadas as cargas por incrementos, de acordo com qualquer dos procedimentos
requeridos para a classe de ensaio em execuo.
Devem ser exigidos ensaios prvios para possibilitar que o projectista defina, antes da
construo das ancoragens, a carga correspondente resistncia ltima relativamente s
caractersticas do terreno e tecnologia a usar, e ainda que se possa comprovar a
competncia do empreiteiro e/ou testar um novo tipo de ancoragens em terreno,
induzindo rotura a interface do terreno/calda.
39
Sempre que se pretenda construir ancoragens em terrenos cujas caractersticas no
foram ainda alvo de ensaios prvios anteriormente, estes devem ser realizados antes de
proceder construo das ancoragens da obra ancorada. Tambm se devem realizar
ensaios prvios quando cargas previstas so elevadas, relativamente aquelas que foram
adoptadas em terrenos com caractersticas equivalentes.
40
simplificados, no que se refere fluncia e s perdas de traco durante o
ensaio, ou ainda de fornecer a traco crtica de fluncia;
c) para determinar o comprimento livre aparente.
Devem ser realizados, pelo menos, trs ensaios de verificao (ERD) em ancoragens
construdas em condies idnticas.
O valor mximo da traco de blocagem (P0) aplicada deve ser limitado pelo valor de
0,60Ptk, se os valores da fluncia ou da perda de pr-esforo no forem superiores.
41
At seco transversal da armadura
Et- modulo de elasticidade da armadura
s- extenso elstica armadura
P- traco de ensaio deduzida do valor da traco inicial
Lapp<Ltf + Le + 0,5Ltb
Lapp<1,10Ltf + Le
- limite inferior
Lapp>0,80Ltf + Le
Quando se verifica que o atrito apresenta uma grandeza expressiva, deve recorrer-se ao
mtodo da figura 3 para calcular o comprimento livre. Neste caso, para se estimar a
magnitude da rigidez elstica aparente do comprimento livre (Ps) deve considerar-se
a histerese entre as curvas de carga e descarga.
Quando o comprimento livre aparente calculado se posiciona fora dos limites impostos,
deve sujeitar-se a ancoragem a ciclos de carga repetidos at atingir Pp. Se neste teste a
ancoragem apresentar repetitibilidade de comportamento de carga/extenso pode o
projectista proceder aprovao.
Legenda:
1 Carga (P) da ancoragem 4 Atrito
2 Atrito 5 Deslocamentos (s)
3 Inclinao da curva de carga/deslocamentos P/s
Figura 3 Estimativa da rigidez elstica quando o atrito elevado
A construo de todas as ancoragens, bem como os respectivos ensaios, devem ser alvo
de fiscalizao, devendo ser registados em obra todos os elementos relativos a essas
actividades (ver seco 10).
42
Se durante as inspeces realizadas se detectarem anomalias respeitantes qualidade
das ancoragens j construdas, devem ser realizados trabalhos adicionais que permitam
avaliar as circunstancias que envolveram e/ou envolvem a construo das ancoragens.
9.11 Observao
A proteco corroso, das partes acessveis da cabea da ancoragem, deve ser alvo de
inspeces peridicas e deve ser renovada, caso seja necessrio.
10 Registos
Deve existir um plano de construo das ancoragens, que deve estar sempre acessvel
em obra. Nesse plano devem constar todas as especificaes tcnicas relativas ao
sistema de ancoragens em construo.
43
- tcnicas de furao;
- construo e geometria das ancoragens;
- data e hora da construo de cada ancoragem;
- no caso de ancoragens injectadas: materiais, presso, volume injectado,
comprimento injectado e hora da injeco;
- colocao do sistema de proteco corroso seleccionado;
- injeco;
- pr-esforo;
- ensaios das ancoragens.
Deve ser elaborado um documento assinado para cada ancoragem construda. Nesse
documento devem constar todos os elementos, incluindo ocorrncias especiais que se
verifiquem durante a construo. Todos os documentos onde constem registos de obra
ou de ensaios das ancoragens, devem ser conservados aps a concluso dos trabalhos e
devem ser arquivados juntamente com restantes documentos de obra. Qualquer
certificado de aceitao emitido, pelas entidades prprias, que seja relativo a materiais e
equipamentos usados na construo das ancoragens, deve tambm ser arquivado
juntamente com os restantes documentos de obra.
Devem arquivar-se cpias de todos os registos descritos nesta seco, de modo a que
futuramente seja possvel a sua consulta, se necessria.
11 Exigncias especiais
- a segurana do local;
- a segurana dos procedimentos de trabalho; e
- deve garantir-se a segurana e a operacionalidade da furao, do
equipamento auxiliar e das ferramentas.
Deve dar-se particular ateno a todas as operaes que requeiram pessoas a operar ao
lado de equipamento pesado ou com ferramentas pesadas.
- barulho;
- vibrao do terreno;
- poluio do terreno;
- poluio das guas superficiais;
- poluio das guas subterrneas;
- poluio do ar.
44
O pessoal operacional e os observadores devem posicionar-se num dos lados do
equipamento de pr-esforo, e no se deve passar por detrs quando est em
funcionamento. Deve colocar-se um aviso com Pr-esforo em curso ou com qualquer
outro aviso deste tipo.
45
ANEXO A
(informativo)
A.1 Generalidades
Para a ligao terra podem tambm ser usados os troos de ao de reforo, utilizado
para reforar as construes em beto, o contacto com o solo, tubos metlicos
enterrados no terreno, o prprio solo ou pregagens em rocha.
Fase a
46
O modo de realizao das medies durante estas etapas apresenta-se na figura A.1a.
NOTA 1 Uma bainha plstica, prova de gua, sem defeitos apresenta valores de
RI>100 M.
Fase b
Legenda:
1 Ohmmetro 4 PE-bainha ????
2 Estrutura (beto) 5 Armadura
3 Terreno
Figura A.1a ERM I antes da blocagem da ancoragem
RI entre a armadura e o terreno >0,1 M
47
Legenda:
1 Ohmmetro 6 PE-trompete???
2 Estrutura (beto) 7 Chapa de apoio
3 Terreno 8 Cabea da ancoragem
4 PE-bainha???? 9 Chapa de isolamento ???
5 Armadura
NOTA O topo do PE-bainha ??? deve estar limpo e seco
Figura A.1b ERM II depois da blocagem da ancoragem
RI entre a cabea da ancoragem e o terreno/estrutura >0,1 M
Legenda:
1 Ohmmetro
NOTA S se realiza o ERM II se o ensaio de RI der valores inferiores a 0,1 M depois da blocagem
Figura A2 ERMII depois da blocagem da ancoragem
RII entre a cabea da ancoragem e a chapa de apoio >0,1 M
48
Geralmente utiliza-se a chapa de apoio como ligao terra.
Quando se realizam diversas medies, a partir das quais se obtm valores correctos de
medio, deve adoptar-se para valor da resistncia o mais elevado.
49
ANEXO B
(informativo)
Ensaio A
A ancoragem deve ser tencionada at traco mxima a que ser sujeita nos ensaios de
campo.
Ensaio B
O tubo aberto pelas costuras, retirando-se a calda que est entre este tubo e o de
plstico exterior. Inspecciona-se a integridade do tubo de plstico exterior.
Aps a remoo do tubo exterior inspecciona-se tambm o tubo interior, no caso deste
ltimo tubo no existir mede-se a distribuio das fissuras da calda de revestimento.
50
A grandeza da extenso da armadura traco de servio, que foi aplicada, dividida
pelo nmero de fendas observado fornece um valor indicativo da dimenso mdia das
fissuras que ocorrem na calda ao nvel da traco de servio.
Legenda:
1 Inspeco, em vrias seces, do interior do tubo e da distribuio das fendas, bem como das suas
dimenses/medies, na calda do revestimento em situao com carga (ensaio A) e sem carga (ensaio B).
2 Caixa de ensaio
3 Provete de ensaio da ancoragem
4 Barra ou cordes
5 Tubo
6 Calda
A Ensaio A situao sem confinamento
B Ensaio B situao com confinamento
51
ANEXO C
(informativo)
DIN 51759 ..
DIN 51576 ..
DIN 53483
DIN 53495
DIN 51801
ASTM D -130-88
ASTM D 94-89
ASTM D 512-89
52
ANEXO D
(informativo)
Projecto de ancoragens em terreno
D.1 Generalidades
- estruturas de suporte;
- estruturas para conferir estabilidade de taludes e de aterros;
- aberturas subterrneas;
- estruturas subterrneas e soleiras sujeitas a foras de impulso devidas s
guas subterrneas;
- estruturas que transferem os esforos de traco, gerados por
superestruturas ou por aces que actuam na superestrutura, ao terreno.
53
D.3 Aces, propriedades do terreno, geometria e projecto
Para o clculo dos estados limites, a seleco das aces deve estar em conformidade
com o disposto na seco 2.4.2 da norma ENV 1997-1:1994.
NOTA 3 No caso das estruturas ancoradas muito importante, para a seleco das
condies de projecto, a localizao do nvel das guas subterrneas, bem como a sua
presso quando ocorrem aquferos confinados.
54
A resistncia externa da ancoragem deve calcular-se com base nos resultados dos
ensaios prvios ou de verificao (ver seco 9), nos resultados de prospeco
geotcnica ou a partir da experincia de terrenos com caractersticas e condies
equivalentes.
O valor da traco de blocagem, P0, deve ser tal que a carga da ancoragem, P, durante a
vida til da estrutura seja inferior ao limite:
P<0,65Ptk
De acordo com o mencionado na seco D3, cada estrutura ancorada deve ser verificada
ao estado limite ltimo, considerando as aces de projecto para o respectivo estado e
de acordo com as condies de projecto. Devem considerar-se todos os estados ltimos
que sejam aplicveis estrutura ancorada.
Ed<Rd
Onde,
Ed valor de projecto do efeito de aces, tal como a fora da ancoragem;
Rd respectiva resistncia de projecto, associada a todas as propriedades da
estrutura e aos respectivos valores de projecto.
55
A quantificao das resistncias de projecto, dos diferentes materiais, deve ser realizada
considerando a compatibilidade dos seus comportamentos ao nvel de tenso-
deformao quando se considera no projecto um comportamento do conjunto.
Rd=Rk/r
Em que,
Rk o valor mais baixo da resistncia caracterstica interna ou externa da
ancoragem;
r o factor de segurana parcial a aplicar na resistncia da ancoragem.
- relaxao da armadura;
- fluncia da selagem;
- deslocamentos da estrutura na zona da cabea da ancoragem;
- deslocamentos da estrutura funcionando como um corpo rgido no estado
limite considerado.
R>1,35
56
NOTA Nas figuras D1.a e D1.b apresentam-se exemplos tpicos de estados limites, nos
casos apresentados nessas figuras no directamente solicitada a ancoragem. Na
situao limite que se representa na figura D1.a, no se pode definir uma resistncia da
ancoragem superior carga actual da ancoragem, pois a rotura por esforo excessivo na
ancoragem apenas ocorre aps se terem verificado deslocamentos elevados na estrutura.
A resistncia caracterstica externa Rak obtm-se a partir dos valores de Ra, cuja
grandeza se estabelece a partir dos ensaios de carga (ver seco 9).
NOTA 2 Se o valor de Rak tiver uma grandeza superior ao menor valor medido de Ra,
deve ser apresentada uma justificao que fundamente esta situao. Poder ser
necessria recorrer realizao de ensaios prvios adicionais.
57
D.6 Estado limite de utilizao de projecto
Quando se considera o efeito da ancoragem como uma aco deve usar-se a fora mais
desfavorvel, que pode ser a mxima ou a mnima prevista para a vida til da estrutura.
58
Quando se considera o efeito da ancoragem como uma mola elstica pr-esforada,
devem considerar-se as combinaes de aces mais desfavorveis, que podem ser o
valor mnimo e o valor mximo da rigidez da mola e de pr-esforo, respectivamente.
59
ANEXO E
(informativo)
Exemplos de mtodos de ensaios de ancoragens
E.1 Generalidades
Nas figuras E.1, E.2 e E.3 apresentam-se os procedimentos essenciais dos mtodos de
ensaio 1, 2 e 3, respectivamente.
A traco mxima de ensaio deve estar distribuda, no mnimo, em seis ciclos de carga
como se apresenta na figura E.1.
60
E.2.2 Ensaios de verificao (ERD) procedimentos de aplicao de carga
Pp>1,25P0 ou Pp>Rd
optando-se pelo maior valor.
A ancoragem deve ser traccionada at traco mxima de ensaio (Pp) em, no mnimo,
trs ciclos de carga com incrementos iguais. Deve ento ser descarregada a ancoragem
at traco inicial Pa, traccionando-a novamente at traco de blocagem (P0). A
grandeza da traco de ensaio deve no mnimo ser de 1,25P0, no devendo no entanto
ser superior a 0,9Pt0,1k.
61
ks define-se da forma seguinte:
ks=(s2-s1)/log(t2/t1)
onde,
s1 deslocamento da cabea no tempo t1;
s2 deslocamento da cabea no tempo t2;
t tempo aps a aplicao do incremento de carga.
1 2 3 5 10 15 20 30 45 60
Legenda:
1 Carga aplicada em % de Pp
2 Carga inicial Pa
3 Deslocamento da ancoragem
Figura E.1 Procedimentos de aplicao de carga num ensaio realizado pelo mtodo 1
62
A traco mxima de ensaio a que se sujeita a ancoragem deve estar, no mnimo,
distribuda em seis ciclos de carga, tal como se apresenta na figura E.2.
Pp>1,25P0 ou Pp>Rd
optando-se pelo maior valor.
A ancoragem pode ser carregada at traco mxima de ensaio em dois ciclos de carga
em aproximadamente 10%Pp - 25%Pp - 50%Pp - 75%Pp - 100%Pp - 75%Pp - 50%Pp -
10%Pp e posteriormente at traco de blocagem P0.
A ancoragem deve ser traccionada at traco mxima de ensaio (Pp) em trs ciclos de
carga, no mnimo, com incrementos iguais. Efectua-se a descarga da ancoragem at
traco inicial Pa, traccionando-a novamente at traco de blocagem (P0). A grandeza
da traco de ensaio deve, no mnimo, ser de 1,25P0, no devendo no entanto ser
superior a 0,9Pt0,1k.
O comportamento da ancoragem deve ser observado durante trs perodos de tempo (50
min.) traco de blocagem e no deve a perda de carga exceder os valores acumulados
apresentados no quadro E.2. Se as perdas forem superiores ao limite, deve prolongar-se
o ensaio at se conseguirem estabilizar as perdas e se registem perdas de carga
aceitveis.
63
Se a exactido do sistema de medio no respeitar o exposto na seco 9.2 em termos
de perda de carga, mas respeitar o exposto na seco 9.2usando ensaios de
carga/descarga pode estabelecer-se a aceitao se aps 6 perodos de tempo (1 dia) se
registarem perdas acumuladas k1 inferiores a 6%.
1 Carga aplicada em % de Pp
2 Carga inicial Pa
3 Deslocamento da ancoragem
Figura E.2 Procedimentos de aplicao de carga num ensaio realizado pelo mtodo 2
64
E.4 Ensaios com o mtodo 3
Pp>1,25P0 ou Pp>Rd
optando-se pelo maior valor.
A traco de ensaio, num ensaio de verificao no deve ser nunca superior a Pc.
65
Aps se ter mantido a traco de ensaio constante durante o perodo de tempo desejado,
o empreiteiro pode realizar a descarga, total ou em ciclos parciais de descarga/carga, ver
figura E.3c.
66
Devem realizar-se medies dos deslocamentos de fluncia, aps cada alterao da
carga, de acordo com os tempos a seguir indicados. Os perodos de observao em cada
passo so:
1 2 3 4 5 7 10 15 20 30 45 60
67
a) Ensaios prvios b) Ensaios de verificao (ou ERD)
Legenda:
1 Carga aplicada em % de Pt0,1k
2 Deslocamento da ancoragem
3 Carga aplicada em % de Pp
4 Carga inicial Pa
5 Deslocamento da ancoragem
68
Legenda:
1 Deslocamento de fluncia
Legenda:
1 Inclinao
2 Carga aplicada
Figura E.5 Fluncia versos carga aplicada num ensaio realizado pelo mtodo 3
E.5 Quadros com procedimentos gerais para aplicao de carga. Mtodos de ensaio 1, 2
e3
69
Quadro E.1 Ciclos de carga e perodos mnimos de observao durante a realizao
dos ensaios prvios e de verificao em ancoragens, Mtodos de ensaio 1 e 2.
Perodos mnimos de
Nvel de carga em %Pp observao em minutos
(apenas no mtodo 1)
Ciclo 1 Ciclo 2 Ciclo 3 Ciclo 4 Ciclo 5 Ciclo 6
10 10 10 10 10 10 1
25 40 55 70 85 1
25 40 55 70 85 100* 15 (60 ou 1801))
25 40 55 70 85 1
10 10 10 10 10 10 1
1)
No mtodo de ensaio n. 2, quando a carga mxima corresponde de blocagem P 0 aumenta-se o tempo
de observao (ver quadro 2)
70
ANEXO F
(informativo)
Exemplos de folhas de registo
Doc.
FICHA DE REGISTO DE ANCORAGENS
01) Empreitada:
02) Localizao:
03) Tipo de ancoragem/Desenho
04) Ancoragem nmero:
101)Coordenadas XY m
102)Cota Z m
103)Direco N/S
104)Inclinao (Horiz.)
105)Mtodo de furao mm
106)Dimetro do furo m
Furo de 107)Comprimento total m
Sondagem 108)Revestimento do furo
109)Mtodo de limpeza
110)Nvel de gua no terreno m
111)Caractersticas do terreno
112)Pr-injeces (se realiza.)
113)Ensaios
114)Data dos ensaios
115)Data de furao
201)Tipo de armadura
202)N ref/Dimetro /mm
203)rea da armadura At mm2
204)Resistncia do ao fpk N/mm2
205)Mdulo de elasticidade Et N/mm2
206)Comprimento selagem L m
207)Comprimento livre m
Armadura 208)Compr. Suplementar m
209)Comprimento total L m
210)Proteco
211)Proteco
212)Espaadores
213)Espaadores
214)Tubos de injeco
215)
216)
301)Tipo de cimento
302)Aditivos
303)gua/Cimento
304)Consumo de cimento kg
Injeces 305)Presso de injeco Mpa
NOTAS:
Operadores:
71
Doc.
FICHA DE REGISTO E PR-ESFORO EM ANCORAGENS
NOTAS:
Operadores:
72