Depressao em Adolescentes (Revisao Da Literatura)
Depressao em Adolescentes (Revisao Da Literatura)
Depressao em Adolescentes (Revisao Da Literatura)
https://doi.org/10.1590/1982-37030001712014
Abstract: Actually the depression in adolescents consists of a complex and increasingly recurring
phenomenon. To identify and discuss the studies being produced on this topic conducted a
literature review based on indexed searches on the banks of SciElo data; Journal Portal Capes;
BDTD; APA; ScienceDirect; Redalyc; Lillacs and MedLine, by crossing the keywords: depresso e
adolescncia; depression and adolescence; depresso em adolescentes; depression in adolescents;
depression en adolescents. Identified 247 texts and after assessment based on the eligibility
criteria, remaining 159 studies. At first these surveys were organizes quantitatively and then,
for a qualitative analysis. The studies evidenced five thematic categories: depressive symptoms;
factors associated with symptomatic variability; stressful events and risk factors; comorbidities
associated with adolescent depression and depression and suicide in adolescents. The addressed
axes show that there is still much to discuss this form of disease, because of multiple contours
that constitute it. We highlight the shortage of guided work in a phenomenological perspective,
despite the gradual growth in recent years. It is suggested to fostering and building new spaces
for discussion, in order to help professionals who are involved with this theme in his praxis.
Keywords: Depression, Adolescents, Literature Review, Phenomenology.
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mos por trabalhar com o intervalo de tempo anual, (n = 140), seguido de revises de literatura (n = 17)
tomando como base o recorte temporal delineado e estudos de caso (n = 2).
no artigo, a comear pelo ano de 2002 at 2012, A formulao da Tabela 2 contendo a quantidade
utilizando, portanto, a seguinte distribuio: 2002- de pesquisas por base de dados foi produzida a partir
2003-2004-2005-2006-2007-2008-2009-2010-2011- da relao estabelecida entre o nmero de pesquisas e
2012. Atravs dessa articulao, observamos que a base de dados em que as mesmas esto indexadas.
em 2002 foram publicados 6 artigos, enquanto que Tendo em vista a quantidade de produes seleciona-
no ano seguinte (2003) foram apenas 4. Entretanto, das, elegemos os nmeros mltiplos de 5 enquanto
em 2004, a quantidade de publicao saltou para 9, medidas de referncia para representar os valores obti-
chegando a 12 em 2005, 18 em 2006, 19 em 2007, dos por cada banco de dados, iniciando da marca 0 at
20 em 2008, 19 em 2009, 19 em 2010 e 20 em 2011. o nmero 35, ou seja, sistematizando a disposio em:
J em 2013 constatamos uma reduo no nmero 0-5-10-15-20-25-30-35. As bases de dados exibidas na
de publicaes, totalizando apenas 13. Tabela 2 foram as mesmas utilizadas durante o pro-
Diante do exposto, verificamos que, a partir do cesso de coleta de artigos, a saber: APA, Lillacs, Capes,
ano de 2003, houve um aumento gradativo de estu- BDTD, MedLine, Redalyc, SciELO e Science. Mediante
dos envolvendo essa temtica, passando de quatro esse cruzamento, constatamos a incidncia de artigos
para 18 em apenas trs anos. As revistas com o maior em cada uma delas, verificando que, com exceo da
nmero de pesquisas foram: Journal of Affective Disor- APA com 30, a Science com 29 e a Capes com 25 produ-
ders (n = 7); Journal of Abnormal Psychology (n = 6); es, as bases de dados restantes transitam pela mdia
Cincia & Sade Coletiva (n = 5). de 15 artigos cada, sendo a menor quantidade verifi-
Em relao quantidade de pesquisas por base cada na Redalyc com apenas 11 estudos.
de dados, exposta na Tabela 2, os nmeros encontra- No tocante s revises de literatura, houve uma
dos demonstram que as fontes com maior quantidade maior quantidade de publicaes em 2002, havendo
de produes cientficas so internacionais (APA e variaes nos anos seguintes entre uma a trs revises,
Science), seguidas pelo Portal da Capes, em terceiro contudo, em 2012, no foi encontrado nenhuma pro-
lugar. No que se refere natureza dos estudos, obser- duo nessa modalidade. As revistas mais frequentes
vamos uma predominncia pelo relato de pesquisas que apresentam esse tipo de estudo so: Psicologia
Tabela 1
Frequncia anual dos estudos sobre depresso em adolescentes.
Frequncia Anual
25
20
Nmeros de Pesquisas
15
10
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Frequncia 6 4 9 12 18 19 20 19 19 20 13
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em Estudo, Revista de Psiquiatria Clnica e Jornal de quadro clnico. Como exemplo de tais retificaes
Pediatria, tendo duas revises cada. mencionamos: a substituio dos requisitos essen-
ciais por irritabilidade, haja vista que em crianas e
adolescentes, pode-se desenvolver um humor irrit-
Descrio qualitativa vel ou rabugento, em vez de humor triste e abatido
Nesta etapa, os estudos foram agrupados de (Associao Psiquiatrica Americana, 2002, p. 349);
acordo com a semelhana de contedo. Nesse sen- a ressalva no tocante a relatividade sintomatol-
tido, com base nas leituras das pesquisas, observamos gica devido idade, visto que os sintomas bsicos
que, de modo geral, os trabalhos elaborados aborda- para um Episdio Depressivo Maior so os mes-
ram com maior recorrncia cinco grandes subtemas mos para crianas e adolescentes, embora existam
de investigao, organizados nas seguintes categorias dados sugerindo que a predominncia de sintomas
temticas: sintomas depressivos; fatores associados caractersticos pode mudar com a idade (p. 352).
variabilidade sintomatolgica; eventos estressores e No DSM-V conserva-se a utilizao de observaes
fatores de risco; comorbidades associadas depres- para fazer referncia possibilidade desse tipo de
so em adolescentes e, por fim, depresso e suicdio adoecimento em relao ao pblico adolescente,
em adolescentes. persistindo a tendncia em no considerar a depres-
so nessa faixa etria uma categoria nosogrfica
Os sintomas depressivos especfica (APA, 2013). A novidade em relao a esta
Bahls (2002) afirma que os sintomas depressi- edio fica a cargo da adeso de alguns especificado-
vos de adolescentes e adultos apresentam quadros res como com caractersticas mistas e com ansie-
clnicos semelhantes. A autora associa os sintomas dade ao formular o diagnstico de depresso. Alm
de depresso maior descrito no DSM-IV-TR (Asso- disso, percebemos uma maior preocupao na iden-
ciao Psiquiatrica Americana, 2002) aos existentes tificao cada vez mais precoce da depresso, visto
na depresso em adolescentes. Contudo, embora que esta se apresenta como um primeiro indicativo
a autora realize essa aproximao, observa-se que de uma vulnerabilidade, trazendo o alerta da possi-
nesse manual a depresso na adolescncia no bilidade do desenvolvimento de outros adoecimen-
possui uma classificao especfica, pois o que se tos, considerados ainda mais graves, como a bipola-
constata so algumas observaes em relao a esse ridade e a esquizofrenia.
Tabela 2
Quantidade de pesquisas por base de dados.
Nmero de Pesquisas X Banco de Dados
35
30
Quantidade de Pesquisas
25
20
15
10
0
APA LILLACS CAPES BDTD MEDLINE REDALYC SCIELO SCIENCE
Srie1 30 17 25 17 17 11 13 29
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Santana (2008) afirma que o contexto familiar Champion et al. (2009) destacam que a dificuldade
fundamental para o desenvolvimento do adoles- nas relaes pode ser influenciada por um histrico de
cente, pois possibilita um ambiente de proteo e depresso materna. Na pesquisa efetuada por esses auto-
tranquilidade contra as adversidades dirias, perce- res, constatou-se que filhos de mes possuidoras dessas
bidas de forma mais intensa nessa etapa do desen- caractersticas apresentam maior propenso ao quadro
volvimento humano. Herman, Ostrander e Tucker depressivo, assim como comportamentos estressantes.
(2007) complementam ressaltando como o vnculo Reeb e Conger (2009), assim como Pawlby, Hay, Sharp,
entre pais e filhos estruturante para a personali- Waters e OKeane (2009), ampliam essa compreenso, por
meio de seus estudos, verificando que a sintomatologia
dade do adolescente. Contudo, a origem da depres-
encontrada nos pais apresenta expressiva ligao com os
so no pode ser simplificada em um pensamento
posteriores sintomas depressivos dos filhos adolescentes.
linear, resultando em uma hiptese de causa e efeito,
Aliado a isso, Morris, Ciesla e Garber (2010) ressaltam que,
tendo em vista que para o surgimento dessa enfer-
devido a esse convvio com graus diferentes de depres-
midade, outros fatores tambm esto implicados.
so, o adolescente adquire uma maior vulnerabilidade a
Ainda no contexto familiar, pesquisas tm sido fei-
eventos estressores, sendo mais propenso aos sintomas
tas no intuito de validar as consequncias das pos-
depressivos (Bouma, Ormel, Verhulst, & Oldehinkel, 2008).
sveis prticas parentais sobre os seus descendentes. Esse resultado consoante aos encontrados em
De acordo com Palos, Ocampo, Casarn, Ochoa e algumas pesquisas (Arago, Coutinho, Arajo, & Casta-
Rivera (2012), os pais so os agentes primordiais da nha, 2009; Baptista, & Oliveira, 2004; Santana, 2008), nas
socializao e muitas das caractersticas emocionais, quais os autores tambm reconhecem a essencial par-
cognitivas e comportamentais dos filhos esto rela- ticipao do meio, no s do familiar, mas tambm do
cionadas s formas especficas de criao adotadas social, na construo e desenvolvimento do adolescente.
por eles. Na pesquisa realizada no Mxico, com o pro- Stice, Ragan e Randall (2004) sublinham que a percepo
psito de examinar a relao prticas parentais com dos apoios sociais possui uma forte influncia na inci-
a sintomatologia depressiva dos filhos adolescentes, dncia de sintomas depressivos, pois existe uma signi-
observou-se que adolescentes que consideravam ser ficativa relao inversamente proporcional com depres-
controlados e percebiam uma educao impositiva, so e suporte social. Ademais, eles observaram que o
apresentavam frequncia e intensidade sintomato- suporte social mais significativo no incio da adolescn-
lgica maior em comparao aos que afirmavam que cia refere-se ao contexto familiar, enquanto que nos anos
seus pais possuam um canal mais aberto de comu- posteriores esse apoio delegado aos pares.
nicao que permitia o desenvolvimento de autono- Esse pensamento relaciona-se ao pesquisado por
mia por parte dos adolescentes. Schneider e Ramires (2007) que destacam, tambm,
a relevncia dessa rede de apoio mais prxima. Eles
Arajo (2003) alerta que adolescentes com mani-
colocam que, medida que os adolescentes crescem,
festaes depressivas apresentam uma compreenso
as relaes fraternas e de amizade adquirem um peso
distorcida sobre os comportamentos dos pais, enca-
maior, pois o desprendimento gradual dos pais con-
rando-os como disfuncionais. Alm disso, o autor
tribui para que o sujeito busque outras redes de apoio,
relata que
principalmente entre seus pares, considerados nesse
momento como iguais.
[...] as investigaes mostram, de forma con-
Wisdom e Agnor (2007) enfatizam que os pares,
sistente, que relaes caracterizadas por inse-
alm da importncia citada, tambm possuem uma
gurana, pouca proximidade emocional e esti- relevante influncia sobre o adolescente na deciso
los educativos parentais marcados por falta de de procurar ajuda. Para os autores, a construo de
apoio, interesse e carinho, se associam a pertur- um ambiente favorvel possibilita o adolescente sen-
baes psicopatolgicas na idade adulta. Na sua tir-se seguro o suficiente para decidir e admitir que
maioria, os estudos apontam um efeito maior por precisa de cuidado especializado, isso ocorre devido ao
parte das relaes estabelecidas com a me, por fato de o transtorno depressivo ainda ser considerado
contraste quelas com o pai, no mesmo perodo um estigma, principalmente para os seus portadores
de tempo (p. 217). (Calear, Grifftihs, & Chritensen, 2011).
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Droga de efeito entorpecente preparada com os ramos, folhas e flores do cnhamo, cortados e secos, ger. curtidos em substncias
como o mel, conhaque etc., consumida como o tabaco, e cujo componente ativo o tetraidrocanabinol
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pectiva terica, principalmente nos ltimos 15 anos. doena (Moreira, & Sloan, 2002). Para Martins (1999),
Uma dessas pesquisas, j citada, foi realizada numa pela condio pthica do homem que este constri
clnica escola de Psicologia com adolescentes com uma maneira singular de estar-no-mundo, sendo o
queixas depressivas e o resultado foi que a condio adoecimento apenas uma de suas possibilidades.
socioeconmica, a relao familiar, a experincia da Assim, ratifica-se que a constituio do adolescente
religio, o relacionamento afetivo, a percepo de si, no ocorre de forma alheia ao contexto que vive, pois
a experincia com as drogas, a busca do findar o sofri- ele se constitui com e no mundo, no sendo possvel
mento e a dificuldade de interao social so aspectos compreender esse sujeito restringindo o olhar aos
constitutivos da experincia vivida da depresso des- seus aspectos individuais.
tes adolescentes (Melo, & Moreira, 2008). Segundo Moreira (2009), ao pensar esse sujeito
Tal cenrio reflete o aumento gradativo na ade- enraizado no mundo, a compreenso de sade deixa
so a esse referencial, devido possibilidade que este de ser entendida como algo estagnado a favor da ideia
oferece de realizar uma compreenso diferente do de um processo, no qual o organismo se atualiza em
fenmeno em relao ao que tradicionalmente se conjunto com o mundo, transformando-se e atribuin-
utiliza perspectiva biologicista e classificatria, contri- do-lhe significado, na medida em que o ser humano se
buindo assim para a ampliao do entendimento desse transforma (p. 96). Nesse entendimento do entrelaa-
adoecimento to complexo e cada vez mais recorrente, mento homem e mundo, para a autora, em seus estudos
que a depresso. Esses achados demonstram que, transculturais sobre a depresso, esta deve ser investi-
embora busque-se elaborar construes tericas que gada como uma experincia cultural, pois emerge no
possam ser utilizados como parmetro na investigao s de processos psicolgicos e estruturais, mas tambm,
do processo de adoecimento, torna-se fundamental de processos polticos e sociais (Moreira, 2007).
reconhecer que nenhuma teoria consegue conceber o
homem exaustivamente, em toda a sua realidade.
O adolescente transita por um perodo de oscila- Consideraes finais
es intensas e um dos meios para compreender de A depresso, apesar de ser um adoecimento bas-
que forma essa experincia da depresso se constitui, tante discutido e estudado, um fenmeno ascen-
oportunizar um espao onde ele possa descrever o dente da sociedade contempornea, principalmente
seu mundo e seus significados, saindo assim de uma entre os adolescentes, sendo ainda objeto de grandes
atitude natural pautada em realidades objetivas para pesquisas em vrios nveis. Nesse sentido, o intuito
compreender as condies de possibilidade dessa dessa reviso foi contribuir, atravs da explanao
experincia (Moreira, 2009). Por este motivo, desta- de pesquisas referente a essa temtica, para que a
camos uma compreenso que, tomando como base compreenso sobre essa doena e suas repercusses
a psicopatologia fenomenolgica numa leitura de nesses indivduos seja ainda mais integral, exibindo
Arthur Tatossian, assinala a experincia como fen- quais so os contedos mais abordados e os que ainda
meno e que somente a partir da experincia seja carecem de um aprofundamento. Tal atitude procura
possvel apreender o modo de ser global do sujeito, desnaturalizar o fenmeno da depresso como algo j
as significaes dos comportamentos e dos vividos acabado, saturado em todos os seus aspectos.
(Bloc, & Moreira, 2013, p. 33). Em nossos achados, percebemos que os mode-
Para a psicopatologia fenomenolgica, torna-se los nosogrficos atuais ainda se apresentam como
necessrio resgatar a ideia de pathos em toda a sua insuficientes para contemplar a heterogeneidade
amplitude e como condio humana, j que, atual- de manifestaes existentes nesse quadro clnico,
mente, ela tem sido reduzida ao sentido patolgico. devido diversidade de fenmenos que os adolescen-
Vemos essa reduo, no caso da adolescncia, quando tes expressam ao serem acometidos pela depresso,
esta entendida como um processo universal e com dificultando a elaborao de um quadro terico que
caractersticas patolgicas. Entendemos que a fron- possa ser utilizado como subsdio pelos profissionais
teira entre o normal e o patolgico, alm de ser extre- que atuam com esse pblico.
mamente tnue, corresponde a uma construo social Para isso, ressaltamos a necessidade de conside-
sustentada por valores e ideologias que tem tratado o rar a singularidade que o processo depressivo apre-
sofrimento psquico, na maioria das vezes, como uma senta, evidenciando aspectos como idade e gnero,
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como fundamentais para a compreenso desse adoe- a alguma comorbidade para ser considerada nociva
cimento, bem como a significao que certos eventos ou prejudicial ao sujeito. Ademais, verificamos que
possuem para os adolescentes, no podendo pres- a depresso apresenta uma relao muita prxima
supor algo como prejudicial ou benfico, sem antes com o suicdio, temtica to delicada nessa faixa et-
compreender as vivncias destes sujeitos e o sentido ria, tendo em vista que refere-se a uma das principais
dado por eles a essas experincias. Isso no corres- causas de morte nesse perodo.
ponde a um abandono do que j foi produzido, pelo A depresso na adolescncia um problema a
contrrio, a partir das pesquisas encontradas, cons- ser considerado por diversos saberes como a Psicolo-
tatamos como certos fatores requerem uma ateno gia, a Psiquiatria, a Psicopatologia e a Sade Mental,
maior, tendo em vista que podem prevenir ou agra- dentre outros, e entendemos que h a necessidade de
var o desenvolvimento desta enfermidade, como o uma postura reflexiva crtica, na qual o profissional
campo familiar e o social, por exemplo. pode analisar criticamente os mltiplos contornos
A depresso, antes considerada como um efeito que constituem a experincia vivida da depresso.
secundrio de outras enfermidades, atualmente, pos- Pesquisas fenomenolgicas, ainda muito escassas,
tula uma autonomia diante delas, demonstrando que, contribuiriam para a compreenso da depresso e do
por si s, acarreta danos graves vida do adolescente sujeito adolescente no seu mundo vivido, com impli-
e que no necessariamente teria que estar atrelada caes para a prtica de cuidado com esse pblico.
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Virginia Moreira
Doutora em Psicologia Clnica pela Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo, So Paulo SP. Ps-Doutora em Antropologia
Mdica pela Harvard University, Cambridge . EUA. Docente da Universidade de Fortaleza, Fortaleza CE. Brasil.
E-mail: [email protected]
Recebido 27/12/2014
Aprovado 12/12/2016
Received 12/27/2014
Approved 12/12/2016
Recibido 27/12/2014
Aceptado 12/12/2016
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Psicologia: Cincia e Profisso Jan/Mar. 2017 v. 37 n1, 18-34.
Como citar: Melo, A. K., Siebra, A. J., & Moreira, V. (2017). Depresso em adolescentes: reviso
da literatura e o lugar da pesquisa fenomenolgica. Psicologia: Cincia e Profisso, 37(1), 18-34.
https://doi.org/10.1590/1982-37030001712014
How to cite: Melo, A. K., Siebra, A. J., & Moreira, V. (2017). Depression in adolescents: review of the
literature and the place of phenomenological research. Psicologia: Cincia e Profisso, 37(1), 18-34.
https://doi.org/10.1590/1982-37030001712014
Cmo citar: Melo, A. K., Siebra, A. J., & Moreira, V. (2017). Depresin en Adolescentes: Revisin de la
Literatura y el Lugar de la Investigacin Fenomenolgica. Psicologia: Cincia e Profisso, 37(1), 18-34.
https://doi.org/10.1590/1982-37030001712014
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