Corrigido ANálise Matricial

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ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM CONCRETO ARMADO USANDO PROGRAMAS DE 1

COMPUTADOR
ROBERTO CHUST CARVALHO, ANTONIO FARIA

CAPÍTULO 3 Análise matricial de estruturas de barras prismáticas.

Neste capítulo mostra-se como podem ser resolvidas estruturas prismáticas com o
auxilio da análise matricial. Para tanto se torna necessário inicialmente conceituar o que se
entende por “estruturas de barras prismáticas”. São estruturas constituídas por elementos
em que uma das dimensões, por exemplo, o comprimento é muito maior que as outras duas
dimensões (da seção transversal). A análise que consiste na determinação das reações de
apoio, esforços solicitantes, deslocamentos e flechas é feita com a ajuda do uso da álgebra
matricial, normalmente conhecida por toda estudante e profissional de engenharia.
O termo barras prismáticas consiste em considerar que barras deste tipo possuem
em seu comprimento seções transversais constantes. Quando a seção transversal varia no
trecho é ainda possível usar a mesma teoria apenas usando-se algumas adaptações. \Neste
texto são abordadas apenas as barras prismáticas e portanto tanto a as características
geométricas como as elásticas são constantes ao longo da mesma.

z
y

EIXO QUE REPRESENTA


EIXO QUE REPRESENTA A BARRA
z A BARRA
y

x z
y
BARRA
BARRA

seção transversal
seção transversal

,
Figura 3.1 – Exemplos de barras prismáticas representadas apenas pelo seu eixo.

Discorre-se aqui apenas sobre os tópicos essenciais concernentes à análise matricial


de estruturas, utilizando-se o método dos deslocamentos, e como pode ser realizado um
programa de computador que calcule as reações de apoio, esforços internos solicitantes e
deslocamentos de estruturas, por exemplo, de pórticos tridimensionais. Salienta-se o fato de
que os conceitos apresentados neste capítulo são utilizados para análise de estruturas,
independentemente dos materiais utilizados. Portanto, o programa desenvolvido pode ser
estendido inclusive à análise de estruturas de concreto pré-moldado, particularmente, para o
estudo das ligações dos elementos.
A opção por barras prismáticas pode ser atribuída, além da facilidade de
programação, à possibilidade da análise dos pavimentos através do sistema de grelhas
equivalentes, o qual é uma ferramenta usual nos escritórios de projetos brasileiros e permite
fazer análises bastante confiáveis. Permite ainda, com a técnica do carregamento
incremental, avançar para a análise não linear física e geométrica, conforme descrito no
capítulo 2.
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3.1-Tipos de Estruturas.
Pode-se classificar as estruturas formada por barras com seções prismáticas em:
vigas, treliça plana, pórtico plano, grelha, treliça espacial e pórtico espacial. Esquema
estrutural das mesmas é apresentado na figura 3.2. As características destas estruturas estão
indicadas no quadro 3.2, que apresenta a característica da estrutura ser plana ou não. No
caso das planas tem-se: a viga, a treliça plana, o pórtico plano e a grelha, enquanto as
tridimensionais são a treliça tridimensional e o pórtico tridimensional.
Sob o ponto de vista teórico seria possível trabalhar sempre com o pórtico
tridimensional já que o mesmo pode englobar as demais estruturas. Porem, até por questões
históricas antes mesmo do uso de programas de computadores para confecção da análise,
sempre que era possível analisar uma estrutura com um esquema mais simples, sem perda
razoável de precisão, adotava-se uma das estruturas planas citadas. Ainda no começo do
uso de programas de computador percebeu-se que para economizar espaço na memória do
computador, tempo de processamento e reduzir a introdução de dados valia o mesmo
argumento: sempre que possível a análise deve ser feita com uma estrutura plana e com o
menor número de deslocamentos nodais.

ESQUEMA ESTRUTURAL

DE VIGA

P5 P6 P7 P8
viga

viga treliça plana


Pórtico Moldado no Local

pórtico plano grelha

treliça espacial pórtico tridimensional


Figura 3.2- Estruturas com barras prismáticas.
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Ressalta-se ainda que para a aplicação de estruturas de concreto armado os dois


modelos mais empregados são o grelha para representar pavimentos e o do pórtico (sempre
que possível plano) para a análise de estruturas de contraventamento e a interação entre
vigas e pilares. A viga também é bastante usada mas pode ser substituída por um programa
de pórtico em que pode se desprezar as ações normais.

Quadro 3.1 – Características das estruturas prismáticas.


Estrutura Barras Esforços Deslocamentos
solicitantes nodais
Viga todas em um plano e Cortante e Momento uma rotação e um
alinhadas fletor deslocamento
(vertical).
Treliça Plana contidas todas em Normal Deslocamentos
um plano (com lineares em duas
extremidades direções (x e y)
rotuladas)
Pórtico plano contidas todas em Cortante, Momento Deslocamentos
um plano Fletor e Normal lineares em duas
direções e uma
rotação
Grelha Contidas todas em Cortante, momento Duas rotações e um
um plano fletor e momento deslocamento linear
(perpendicular ao do torçor
carregamento de
forças)
Treliça espacial Barras não contidas Esforço Normal Três deslocamentos
em um só plano com lineares
extremidades
rotuladas
Pórtico Espacial Barras não contidas Esforço Nornal, Três deslocamentos
em um só plano. Cortante e Cortante lineares e três
Transversal. rotações
Momento Torçor,
momento Fletor e
Momento fletor
trtansversal

3.2- Fundamentos teóricos


Antes de se proceder à análise matricial das estruturas, cabe referenciar algumas
definições ou conceitos que facilitaram a análise do comportamento estrutural. Dentre elas,
destacam-se:
 Eixos: Denomina-se eixo de um elemento o segmento originado a partir da união
dos centros de massa das seções transversais que o compõem. Elementos curvos
podem ser discretizados por segmentos lineares de corda dos trechos curvos.
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 Nós: Os eixos dos elementos se interceptam nos chamados pontos nodais ou nós
da estrutura. Quando da análise estrutural, também são considerados nós os
pontos de apoio e extremidades livres da estrutura ou qualquer outro ponto
interno pertencente ao eixo de um elemento, assim como os pontos intermediários
cujos deslocamentos e esforços internos devem ser conhecidos.

 Nós de apoio: Os nós de apoio ou pontos de apoio podem ser engastes, que
impedem deslocamentos verticais, horizontais e rotações; articulações, que
impedem deslocamentos verticais e horizontais, mas permitem as rotações; e os
apoios móveis, que impedem apenas o deslocamento vertical ou o deslocamento
horizontal, ou seja, qualquer elemento que impeça total ou parcialmente um
deslocamento, a priori possível, do referido nó.

 Ações: Serão consideradas ações em uma estrutura as forças concentradas, cargas


distribuídas, ou binários que estarão submetendo a estrutura a um estado de
deformação. Em um primeiro momento para o desenvolvimento do programa,
considera-se apenas a atuação de cargas concentradas ou momentos concentrados
nos nós.

 Deslocamentos: Entende-se por deslocamento uma rotação ou translação em


algum ponto do eixo da estrutura. A translação está relacionada à distância
percorrida por tal ponto, enquanto a rotação significa o ângulo de rotação da
tangente à curva elástica neste mesmo ponto.

 Deformação: Por deformação, entende-se a pequena mudança ocorrida na forma


às quais os elementos constituintes da estrutura são submetidos ao serem
solicitados pelo carregamento, já definido anteriormente. Ressalta-se que a
deformação de um determinado elemento da estrutura é originada a partir da
combinação dos deslocamentos verificados para os diversos pontos pertencentes
ao eixo do e1emento. Neste trabalho, a deformação da estrutura é considerada em
função dos deslocamentos de seus nós, também já definido anteriormente.

 Elementos estruturais: Entende-se por elementos estruturais as peças que


compõem uma estrutura, que é a parte da construção que resiste às diversas ações
e garante o equilíbrio das edificações. Estas peças geralmente apresentam uma ou
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duas dimensões preponderantes sobre as demais (vigas, lajes e pilares). Para o


desenvolvimento deste trabalho, foram considerados os elementos lineares
prismáticos, ou seja, aqueles que apresentam seção transversal constante ao longo
do seu comprimento, o qual consiste da dimensão preponderante sobre as demais.

Depois da introdução dos conceitos anteriores pode-se já encaminhar para organizar


as variáveis que precisam ser conhecidas para fazer a análise de uma estrutura prismáticas.
Inicia-se com a definição de coordenadas que podem ser locais e globais. A partir deste
trecho as explicações da montagem do programa são todas referidas a uma estrutura do tipo
viga, por ser mais fácil de entender, mas logo em seguida é feita a generalização para os
outros tipos de estrutura.

3.2-Coordenadas locais e globais


Definido os tipos de estruturas e conceituados os nós e as barras é preciso agora para
prosseguir as informações necessárias para resolver a estrutura definir o que vem a ser
coordenadas locais e globais. As coordenadas são as possibilidades de deslocamentos
(linear e angular possíveis em um nó do elemento ou da estrutura). Também já é possível
definir eixos locais e globais que servem para referendar as coordenadas em questão.
Na figura 3.2 é apresentada uma estrutura do tipo viga e depois com seus elementos
(barras). A estrutura em questão é composta por 3 elementos e 4 nós. Os eixos de referencia
global (X e Y) estão mostrados no primeiro desenho (acima e a esquerda) enquanto nos
esquemas dos elementos a esquerda (parte inferior da figura) estão mostrados os eixos
locais. Assim, para a estrutura da Figura3.3, inicialmente adota-se os eixos globais X e Y
colocando a estrutura na origem deles. Considerando um triedro direto o eixo z seria
representado no plano perpendicular ao da figura e segundo este eixo se daria a rotação das
seções transversais. Para eixos locais em cada barra adotam-se o eixo x coincidindo com o
eixo axial do elemento (neste caso com o eixo global) e analogamente o eixo y.

Esquema da estrutura com eixos globais Coordenadas Globais (da estrutura)


y 1 3 5 7
x 1 2 3 2 4 6 8
1 2 3 4 3 4
Esquema dos elementos da estrutura com eixos locais Coordenadas locais (dos elementos)
y y 1 3 1 3
x 1 x 3 2 1 4 3 4
2
1 2 3 4 1 2 3 4
y 1 3
x 2 2 2 4
2 3 2 3

Figura 3.3 – Esquema da estrutura dos elementos, eixos globais, locais, coordenadas
globais e locais para uma estrutura do tipo viga.
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Os deslocamento (coordenadas) nodais possíveis de uma estrutura estão


representados na figura 3.2, a direita, na parte superior. Percebe-se que o número de
deslocamentos possíveis é para este tipo de estrutura de

ND = 2.n

com ND – número de deslocamentos nodais possíveis;

n – número de nós

Os deslocamentos (coordenadas) locais neste caso de estrutura de viga, obviamente,


são quatro e sempre (desde que não haja descontinuidade tal como rótula, ligação semi-
rígida) possuem correspondentes globais. No caso da figura 3.2, por esemplo, o
deslocamento 4 do elemento 2 corresponde ao deslocamento 6 da estrutura.

Assim, há uma relação entre deslocamentos locais e globais que como é visto adiante
pode ser obtido através do uso de matrizes de transformção ou de matrizes de rotação (ou
decomposição).

Para efeito apenas de exemplo mostra-se na figura 3.4 como pode ser representado
um elemento de barra de um pórtico tri-dimensional com nós 1 e 2, seus eixos locais e
coordenadas locais (as rotações representadas agora com a notação de vetor de seta dupla)..

z 9
3 8
2 y
7
1 x
1 6 2
5 12
11
4
10

Figura 3.4 – Eixos e coordenadas locais

Quando se tem um elemento de uma estrutura tri-dimensional procura-se orientar o


eixo x ao longo do elemento, ou seja, na direção do comprimento longitudinal do mesmo.
Conforme é possível observar a partir da figura, o sistema de eixos forma um triedro direto,
ou seja, os versores que representam as direções e sentidos dos eixos obedecem à regra da
mão direita.

No pórtico tridimensional, faz-se necessário a consideração de 6 deslocamentos


nodais possíveis, sendo 3 translações e 3 rotações. Portanto, devem ser adotadas 6
coordenadas locais para cada um dos nós, que consistem de vetores que representam os
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referidos deslocamentos. Para o nó 1, foram adotadas as coordenadas numeradas de 1 a 6,


representando os seguintes deslocamentos:

1. Coordenada 1: translação na direção do eixo x;


2. Coordenada 2: translação na direção do eixo y;
3. Coordenada 3: translação na direção do eixo z;
4. Coordenada 4: rotação em torno do eixo x;
5. Coordenada 5: rotação em torno do eixo y;
6. Coordenada 6: rotação em torno do eixo z.

3.3-Definição de coeficiente de flexibilidade e de rigidez.


Os coeficientes de flexibilidade e rigidez de uma estrutura (elemento) podem ser
definidos como se segue.
Coeficiente de flexibilidade Fij de um elemento em uma direção i é o deslocamento
que ocorre nesta direção i quando atua Ana direção j Bum esforço
1 (pode ser força ou
momento) unitário. Este deslocamento deve estar referenciado a um sistema de
coordenadas. a)

f11
A B 1
A R1=1

B
a)
b)
f11 r1 = 1
Figura 3.5 – Estrutura (mola) com um deslocamento possível. Representação da
A flexibilidade.
R1=1A K11
B
B
c)
Seja a estrutura
b) da figura 3.5, composta de um único elemento e apenas com a
r1 = 1 (deslocamento axial). Ao se aplicar um esforço R 1
coordenada de deslocamento 1 possível A B 1
na direção obtêm-se um deslocamento (na mesma direção) chamado (e representado na
figura) por AF11. K11 a)
B f11
Coeficiente de rigidez Kij de um elemento é a ação mecânica que ocorre na direção i
provocada por umc)deslocamento (pode ser linear ou angular) unitário na direção j.
A R1=1
Similarmente à flexibilidade, a rigidez deve estar referenciada
B a um sistema de
coordenadas. b)
r1 = 1
A B 1
A K11
B
a)
c)
Figura 3.6 – Estrutura (mola)
f11 com um deslocamento possível. Representação da
rigidez.
A R1=1
Seja a estrutura da figura 3.6, composta de um único elemento e apenas com a
coordenada de deslocamento 1 Bpossível (deslocamento axial). Ao se aplicar um
b)
r1 = 1

A K11
B
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deslocamento r1=1 (unitário) ocorre o esforço K11 na direção 1 chamado de coeficiente de


rigidez.

 Os coeficientes de Flexibiliade e rigidez são um inverso do outro

Rij = 1/ (Kij)

O conceito de flexibilidade e rigidez pode ser aplicado para uma estrutura com
diversas barras e deslocamentos. Dada um estrutura do tipo viga como a da figura 3.7 com
um sistema de coordenadas globais indicados, pode-se obter os coeficientes de rigidez
devido um deslocamento unitário em 1 e indicados desde que se faça os demais
deslocamentos nulos. Estes coeficientes (K11, K12 .... K16) podem ser arranjados como uma
coluna de uma matriz (Coluna 1).

Figura 3.7 – Estrutura de viga continua (da figura 3.3) como sistema de
coordenadas globais e o deslocamento unitário em 1 (com os demais nulos) e os
esforços resultantes (coeficientes de rigidez).
Os demais coeficientes de rigidez possíveis da estrutura de viga podem ser determinados de
forma similar aos da direção 1 obtendo-se a matriz de RIGIDEZ DA ESTRUTURA
indicada na figura 3.8.

Figura 3.8 – Coeficientes de rigidez da estrutura de viga contínua (da figura 3.2)
armazenados em forma matricial. Matriz de rigidez da estrutura.
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Em 1864 0 físico James Clerk MAWELL demonstrou que os termos K ij e Kji tem o
mesmo valor, embora que tenha utilizado esta propriedade para as estrutura tenha sido
MOHR. Desta forma a matriz de rigidez é simétrica em relação a diagonal principal, não
sendo então necessário calcular todos os termos.

3.4- Construção da Matriz de rigidez de uma estrutura em função das matrizes


de um elemento.

Há uma maneira mais simples de gerar a matriz de rigidez da estrutura da viga


contínua das figura 3.3 e 3.7, basta considerar a estrutura composta de duas barras, calcular
a matriz de rigidez de cada barra e somar os coeficientes de cada uma adequadamente para
formar a matriz de rigidez da estrutura. Assim, seja a viga da figura 3.9 que pode ser
decomposta em duas barras. São mostradas nas figura ainda as coordenadas globais e as
locais de uma (e da outra) barra.

Figura 3.9 – Estrutura de viga continua (da figura 3.2) com um sistema de
coordenadas globais; as barras que fazem parte da mesma(já como os deslocamento
impedidos) e o sistema de coordenadas locais.

A matriz de rigidez da estrutura pode ser montada através da matriz do elemento 1 e


da matriz do elemento 2 como pode ser visto de forma esquemática no figura 3.10 onde é
indicada através de quadrados as posições dos elementos na matriz. A matriz de rigidez de
um elemento é aquela em que se obtém a partir das coordenadas locais.

Figura 3.10 – Esquema para mostrar a montagem de matriz de rigidez da


estrutura a partir da matriz de rigidez de cada elemento. O retângulo a esquerda do
esquema da matriz indica a região em que os coeficientes do elemento 1 estarão
influenciando na matriz da estrutura. Similarmente o retângulo da direita representa
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a região onde os coeficientes do elemento dois estarão influenciando na matriz de


rigidez da estrutura.

Assim, para a matriz de rigidez da estrutura tem-se:

K 33  K 33,1  K 11, 2
K 33 - coeficiente de rigidez da estrutura na direção 3 (coordenada global) devido a
um deslocamento na direção 3.
K 33,1 - coeficiente de rigidez do elemento 1 na direção 3 (coordenada local) devido
a um deslocamento na direção 3.
K 11, 2 Coeficiente de rigidez do elemento 2 na direção 1 (coordenada local) devido a
um deslocamento na direção 1.

É importante perceber que apenas para esta situação é que foi relativamente simples
montar a matriz de rigidez da estrutura a partir da matriz de rigidez do elemento. Será visto
posteriormente que é preciso usar uma matriz de transformação ou de rotação para efetuar a
montagemda matriz da estrutura em função da matriz do elemento.

3.5-Cálculo da matriz de rigidez de um elemento.


Todo o procedimento de resolução de estruturas pelo método de rigidez é baseado na
obtenção da matriz de rigidez, que para elementos mais simples pode ser obtida facilmente
e normalmente já se encontram disponibilizadas nas publicações específicas. Para ficar
claro é feito aqui a obtenção de um dos termos de um termo da matriz de rigidez um
elemento de viga e os demais elementos e respectivas matrizes são apenas indicadas. Para
tanto será determinada a equação da linha elástica e a relação entre Momento fletor e
curvatura.

Figura 3.11 – Esquema de um elemento de viga para mostrar a o cálculo do


coeficiente de rigidez para o deslocamento unitário na direção 1.

3.5.2.Cálculo do termo K11


Imaginando a viga (um elemento de viga) da figura 3.10 que tem comprimento L,
Inércia à flexão I, módulo de elasticidade E e com as coordenadas de deslocamentos
indicadas. Considerando um deslocamento unitário na direção 1 surgem os valores de
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reações K11, K12, K13 e K14. Pode-se escrever então o momento fletor em uma seção S
distante x do apoio à esquerda a equação do momento fletor:

M s  K 11  x  K 21 (3.1)
Da resistência dos materiais pode-se escrever a equação da elástica:
d2y M
 (3.2)
dx 2 EI
Aplicando a expressão 3.1 em 3.2 fica com

d2y
EI    K 11  x  K 21  (3.3)
dx 2
Integrando 3.3
dy  K 11  x 2 
EI     K 21  x  C1  (3.4)
dx  2 
Mas lembrando que para x=0 dy/dx (rotação)=0 e aplicando em 3.4 resulta em C1=0.
Outra condição da estrutura é que para x=L (comprimento da barra) dy/dx (rotação)=0
aplicando esta condição em 3.4 chega-se a:

K 11  L
 K 21 (3.5)
2
Integrando 3.4 chega-se a

 K x 3 K 21  x 2 
EI  y   11   C 2  (3.6)
 6 2 
Impondo a condição de contorno para x=0 tem-se y=1
C 2  EI
e portanto a expressão 3.6 fica
 K x 3 K 21  x 2 
EI  y   11   EI  (3.7)
 6 2 
Para x=L (comprimento da barra) sabe-se que y=0 aplicando esta condição em 3.7 e com
3.5 chega-se a:
 K L 3 K 11  L3 
0   11   EI  
 6 4 

12 EI
K 11  (3.8)
L3

. Finalmente a matriz de rigidez de um elemento tipo viga com as coordenadas indicadas


anteriormente pode ser representada como indicado na 3.12.
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 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI 
 L3  3
L 2
L L2 
2 4  
 6 EI 4 EI 6 EI
 2
2 EI 
 L2 L L L 
K   
 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI 
1 L 3   2  2
 L3 L L3 L 
 
 6 EI 2 EI 6 EI
 2
4 EI 
 L2 L L L 
Figura 3.12 –Sistema de coordenadas e matriz de rigidez correspondente de um
elemento de viga (comprimento L, Inércia à flexão I, módulo de elasticidade E).

A título ilustrativo apresenta-se na figura 3.13 a matriz de rigidez de um elemento de


pórtico tridimensional.
z 9
3 8
2 y
7
1 x
1 6 2
5 12
11
4
10
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 EAx EAx
 L 0 0 0 0 0  0 0 0
L
 12EI Z 6 EIZ 12EI Z
 0 0 0 0 0  0 0
 L3 L2 L3
 0 12EIY 6 EIY 12EIY
 0 0  0 0 0  0
L3 L2 L3
 GI X GI X
 0 0 0 0 0 0 0 0 
 L L
 0 6 EI 4 EIY 6 EIY
0  2Y 0 0 0 0 0
 L L L2
 6 EI Z 4 EI Z 6 EI Z
 0 2
0 0 0 0  0 0
SM L   L L L2
 EAx 0 0 0 0 0
EAx
0 0 0
 L L
 12EI 6 EI Z 12EI Z
 0  3Z 0 0 0  0 0
 L L2 L3
 0 12EI 6 EIY 12EIY
0  3Y 0 0 0 0 0
 L L2 L3
 GI GI X
 0 0 0  X 0 0 0 0 0
 L L
 0 6 EI 2 EIY 6 EIY
0  2Y 0 0 0 0 0
 L L L2
 6 EI Z 2 EI Z 6 EI Z
 0 0 0 0 0  0 0
L2 L L2
Figura 3.13 –Matriz de rigidez de um elemento de pórtico tridimensional.
(comprimento L, Inércia à flexão e Iz, Inércia à flexão transversal Iy, Inércia à torçã
Ix , módulo de elasticidade longitudinal E, módulo de elasticidade transversal G e A
área da seção transversal).

3.6-Processo dos deslocamentos com análise matricial.


Como já escrito analisar uma estrutura é obter os esforços solicitantes e os
deslocamentos dos diversos pontos da mesma a partir da geometria, característiscas
geométrica, elásticas e ações atuantes. Para resolver uma estrutura, por exemplo, igual a
indicada na figura 3.14 do tipo viga pode-se usar o sistema de coordenadas globais
indicado. As incógnitas, quando se opta pelo processo dos deslocamentos, passam a ser os
deslocamentos nodais D1, D2, D13, D4, D5, D6. Assim para a estrutura em questão as
incognistas passam a ser D2,D4, ,D6, pois os demais são nulos.
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2 4 6

1 3 5

Figura 3.14 –Estrutura do tipo viga, com coordenadas locais e deslocamentos


desconhecidos.
De qualquer maneira dada uma estrutura de viga, conhecidos seus coeficientes de rigidez
(matriz de rigidez da estrutura) e chamando de D 1, D2,...Di,... Dn os deslocamento nodais da
estrutura pode-se dizer que a estrutura está resolvida. Inicia-se o raciocícnio imaginando a
estrutura resolvida e, portanto, todos os deslocamentos D conhecidos. Assim, se ocorre D 1
(um deslocamento na direção 1) surge nesta direção 1, um esforço igual K 11.D1 . Mas o
estado de deformação da estrutura pode considerar a existência de D 2, que deve provocar na
direção 1 um esforço igual a K12.D2 e assim sucessivamente. Considerando a superposição
de efeitos e existindo todos os deslocamentos na direção 1 o esforço final é dado por:
K11D1 + K12D2 + K13D3 + ... + K1nDn = P1
Para a direção 2 a expressão seria análoga
K21D1 + K22D2 + K23D3 + ... + K2nDn = P2
Finalmente pode-se escrever de na forma geral
Ki1D1 + ...KiiDi + ...................+KinDn= Pi

Onde
Kij são os coeficientes de rigidez relativo n
as direções i e j ;
Di são os deslocamentos nodais na direção i;
Pi Ação nodal (por equilíbrio) na direção i

Colocando sob forma matricial fica-se com


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K1 K12 K13 . K1n  D1  P1 


    
K 21 K2 K23 . K2n D2 P2
.     
    
.    
K K K . K  D  P 
ou de maneira mais condensada
 n 1 n 2 n3 n   n   n 
[K] {D}= {P} (3.9)

Que pode ser lido como: “A matriz de ações atuantes nodais (externas) é igual ao produto
da matriz de rigidez da estrutura pelos deslocamentos nodais”.
Resolver (ou fazer a análise da mesma) a estrutura significa conhecer o estado de
deslocamento dos pontos nodais. assim pode-se resolver o conjunto de equações lineares
representado por 3.9 fazendo:
{D}= [K]-1{P} (3.10)

Com [K]-1 a matriz inversa de [K] (o produto de ambas resulta na matriz identidade).
Transformando os deslocamentos nodais globais correspondentes aos locais
correspondentes, por exemplo, da primeira barra, e chamando-os aqui de u1, u2.. u3 e u4
pode-se chegar aos esforços solicitantes nas extremidades das barras a partir de:
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{p}= [Kel]{u} (3.11)


Com
{p}- matriz (vetor) dos esforços solicitantes nos nós do elemento
[Kel]- matriz de rigidez do elemento
{u} – Matriz (vetor) deslocamentos nodais do elemento (nas coordenadas locais).

3.7-Exemplo Numérico 1
Exemplo 1- Calcular a viga dada na figura 3.15 com inércia constante de I, com
valor de módulo de elasticidade E e com vãos iguais a L.

esquema da estrutura

2kN.m

L L

Figura 3.15 – Estrutura de viga para o exemplo 1.

Para resolver a estrutura dada inicialmente são numerados os nós, as barras, as


coordenadas globais assim como as coordenadas locais com os respectivos eixos como
mostrado na figura 3.16.

esquema da estrutura
1 3 5
2 1 4 2 6
1 2 3
coordenadas locais eixos locais
1 3 y
2 1 4 x 1
1 2 1 2

1 3 y
2 2 4 x2
1 2 1 2
Figura 3.16 –Estrutura do exemplo 1 com numeração de nós, elementos, coordenadas
globais, locais e eixos.
Pode-se após a numeração montar a matriz de rigidez do elemento a partir da rigidez de
cada elemento. O esquema da figura 3.10 ajuda neste cálculo. Este esquema reproduzido
novamente na figura 3.17 mostra que os coeficientes K15, K16. K25, K26 (e os simétricos) são
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nulos. Exceto os termos K33, K34. K44, K43 os demais termos, não nulos, decorrem da soma
dos valores correspondentes de cada barra isolada.

Figura 3.17 (3.10 repetida) – Esquema para mostrar a montagem de matriz de rigidez
da estrutura a partir da matriz de rigidez de cada elemento.

Assim (os índices correspondem às coordenadas globais, ou seja, referente à estrutura).


Calculando os termos que dependem dos dois elementos e sempre usando os valores
básicos apresentados na figura 3.11.
12 EI 12 EI 24 EI
K 33  K 33
1
 K 112  3  3  3
L L L
Com
K33 – coeficiente de rigidez da estrutura na direção 3 com deslocamento unitário em 3
1
K 33 - coeficiente de rigidez do elemento 1 na direção 3 com deslocamento unitário em 3
2
K 11 - coeficiente de rigidez do elemento 2 na direção 1 (do elemento) com deslocamento
unitário em 1 (do elemento e 3 na da estrutura).
Analogamente
4 EI 4 EI 8EI
K 44  K 44
1
 K 22
2
  
L L L
6 EI 6 EI
K 34  K 43  K 34
1
 K 122   2 0
L2 L
Finalmente a matriz de rigidez da estrutura fica com a forma final
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12 EI 6 EI 12 EI 6 EI 
 L3  0 0 
L2 L3 L2
 6 EI 4 EI 6 EI 2 EI 
 2  2 0 0 
 L L L L 
12 EI 6 EI
 2
24 EI
0 
12 EI 6 EI 
 3 L3 L3 L2 
K  L L
6 EI 2 EI 8 EI 6 EI 2 EI 
 2 0  2 
 L L L L L 
 0 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI
0   2  2 
 L3 L L3 L 
 6 EI 2 EI 6 EI 4 EI 
 0 0  2 
 L2 L L L 

O vetor dos deslocamentos considerando que segundo as direções 1,3, 5 e 6 são nulas (pois
há vínculos que restringem os deslocamentos) fica com a forma:
0
D 
 2
0
D 
 D4 
0
 
 0 
O vetor de ações fica com a forma
 P1 
  2
 
P 
P 3
0 
 P5 
 
 P6 

Assim, colocando sob a forma matricial


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 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI 
 L3  0 0  0
L2 L3 L2
   
 6 EI 4 EI 6 EI
 2
2 EI
0 0   D2   P 
 L2 L L L  
1

 12 EI     2
6 EI 24 EI 12 EI 6 EI
 3  2 0    0   P 
 L L L3 L3 2
L  3

 = 
 6 EI 2 EI 8EI 6 EI 2 EI   D   0 
 L2 0  2
L     P 
4  

 L L L
   
5

 0 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI   0   P 
0  2  2 6

 L3 L L3 L   
  
6 EI 2 EI 6 EI 4 EI   0 
 0 0  2 
 L2 L L L 

Com os valores de P1, P3, P5, P6 são as reações dos vínculos indeterminados no início da
resolução do problema.

Agora basta usar a expressão (3.10) para resolver o problema:

{D}= [K]-1{P}

Neste caso é dada preferência ao uso do sistema de equações pelo processo direto (fazenso
a multiplicação das matrizes) então as equações da estrutura podem ser apresentadas como:

K11D1 + K12D2 + K13D3 + K14D4+ K15D5 +K16D6 = P1


K21D1 + K22D2 + K23D3 + K24D4+ K25D5 + K26D6 = P2
K31D1 + K32D2 + K33D3 + K34D4+ K35D5 + K36D6 = P3
K41D1 + K42D2 + K43D3 + K44D4+ K45D5 + K46D6 = P4
K51D1 + K52D2 + K53D3 + K54D4+ K55D5 + K56D6 = P5
K61D1 + K62D2 + K63D3 + K56D4+ K65D5 + K66D6 = P6
Lembrando que há diversos valores nulos do deslocamento o sistema fica

K11.0 + K12D2 + K13.0 + K14D4+ K15.0 +K16.0 = P1


K21.0 + K22D2 + K23.0 + K24D4+ K25.0 + K26.0 = 2
K31.0 + K32D2 + K33.0 + K34D4+ K35.0 + K36.0 = P3
K41.0 + K42D2 + K43.0 + K44D4+ K45.0 + K46.0 = 0
K51.0 + K52D2 + K53.0 + K54D4+ K55.0 + K56.0 = P5
K61.0 + K62D2 + K63.0 + K56D4+ K65.0 + K66.0 = P6
Finalmente separando a segunda equação e a quarta, que permitem calcular os valores D2 e
D4 (incógnitas do problema) tem-se:

K22D2 + K24D4 = -2
K42D2 + K44D4 = 0
Substituindo os valores dos coeficientes de rigidez:
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(4EI/L). D2 + (2EI/L). D4=-2


(2EI/L). D2 + (8EI/L). D4=0
Assim da segunda equação (das usadas)
D4 =-0,25D2
Portanto
(4EI/L). D2 + (2EI/L). -0,25D2=-2
4 L
 D2   
7 EI

D2 L
D4   
4 7 EI

Com estes dois valores e considerando agora as coordenadas locais e a equação (3.11)

{p}= [Kel]{u}

As ações internas são dadas pela matriz de rigidez de cada elemento pelos deslocamentos
nodais do elemento (os deslocamentos globais transformados em locais).
Aplicando para o primeiro elemento
A matriz do elemento é dada pela figura 3.11
 12EI 6 EI 12 EI 6 EI 
 L3 
L2 L3 L2 
 6 EI 4 EI 6 EI 2 EI 
 2  2 
 k    12L EI L
6 EI
L
12 EI
L 
6 EI
  2  2 
 L3 L L3 L
 6 EI 2 EI 6 EI 4 EI 
 2  2 
 L L L L 
o vetor deslocamento nodal para as coordenadas locais do elemento 1 fica
 0 
 4 
 7 EI 
u
0 
 1 
 
 7 EI 
Resultando no vetor esforços solicitantes
  0,6421
 
 
 2 
p   
 
 0,6421 
 
 
 0,571 

ou seja
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 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI   0   2,5684 

 L3 L2 L3 L2     L 
 
     
 6 EI 4 EI 6 EI 2 EI   4 L   

 L2 L L2 L   7 EI   2 
     
 12 EI 6 EI    
 
6 EI 12 EI
 2  0   2,5684 
 L3 L2 L3 L   
   L 
   
 6 EI 2 EI 6 EI 4 EI   L 
  
 L2 L L2 L   7 EI 
 
  0,571 

Aplicando analogamente para o segundo elemento chega-se a

 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI   0   0,8571 
 L3 
L2 L3 L2   1   L 
   7 EI   
   
 6 EI 4 EI

6 EI 2 EI  
0 
  
 L2 L L2 L    

  0,5741
   0 
   
 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI 
 
 

L3

L2 L3
 2 
L   0,8571
 
  L 
 6 EI 2 EI 6 EI 4 EI   
 L2   
L L2 L   0,2857 

As reações de apoio podem ser obtidas por meio da soma das forças nodais devida
aos diversos elementos ou por meio das equações 1,3,5 e 6 com os deslocamentos
conhecidos resultando em
2,5684
P1=  kN,
L
2,5684 0,8571 3,42551
P3= + = kN,
L L L
0,8571
P5= 
L
e P6=0,2857

Para validar os resultados obtidos usou-se o programa FTOOL de MATHA (2013) e


os seguintes dados numéricos foram considerados: L=4m; E=21000 MPa, I=4,5x10-4m4.

Com estes dados numéricos os resultados são:

Deslocamentos
4 L L
D2    = -2,418x10-4 rd e D4  = 6,046x10-5 rd
7 EI 7 EI
Esforços solicitantes elemento 1
p1 (cortante) = -0,64 kN; p2 (momento fletor)= 2 kN.m
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p3 (cortante) = 0,64 kN; p4 (momento fletor)= - 0,571 kN.m


Esforços solicitantes elemento 2
p1 (cortante) = 0,214 kN; p2 (momento fletor)= -0,571 kN.m
p3 (cortante) = - 0,214 kN; p4 (momento fletor)= - 0,286 kN.m
Valores das reações de apoio
P1=-0,6421kN; P3= 0,8571 kN; P5=-0,2142 e P6=0,2857
Usando o programa os resultados encontrados estão na figura 3.18

Node Results Node Results Support


Support Reactions: Reactions:
Fx = 0.00 kN Fx = 0.00 kN
Fy = -0.64 kN Fy = 0.86 kN
Mz = 0.00 kNm Mz = 0.00 kNm
Nodal Displacements: Nodal Displacements:
Dx = 0.000e+000 mm Dx = 0.000e+000 mm
Dy = 0.000e+000 mm Dy = 0.000e+000 mm
Rz = -2.419e-004 rad Rz = 6.047e-005 rad
Figura 3.18 Resultados para a estrutura do exemplo 3.1 obtidos com o programa
FTOOL (Martha (2007)) estrutura deformada; diagrama de momento fletor e o
diagrama de cortante.

3.7.1. Roteiro de resolução de viga, com análise matricial, de forma manual


1) Indicação dos eixos Global e local da estrutura
2) Identificação de nós (numeração) e de elementos
3) Identificação (numeração) dos deslocamento globais e locais
Repetir os itens 4 e 5 quanto for o número de barras
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4) Cálculo dos coeficientes da matriz de rigidez de cada elemento (verificar se a mesma foi
obtida com as coordenadas dos deslocamentos locais adequadas)
5) Montar os valores, por acumulação, na matriz global
6) Montar o vetor de cargas
7) Montar o vetor de deslocamentos impondo as restrições necessárias
8) Resolver o sistema separando as equações em que os deslocamentos são desconhecidos
9) Usar o restante da equações para determinar as reações de apoio
10) Através dos deslocamentos locais e matriz de cada elemento tirar os esforços s

3.8-Processo de resolução de sistemas lineares de equações simultâneas.


A resolução de um sistema de equações simultâneas lineares pode ser feita de várias
formas. Entre as mais usadas e adequadas é o procedimento de GAUSS. Já é sabido que
este sistema pode sempre ser aplicado às estruturas em comportamento elástico sem causar
erros numéricos ou imprecisões de grande valor mesmo quando se tem um sistema de
muitas equações. Imagine-se o sistema dado a seguir (expressão 3.12).

a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 + a14 x4+ a15 x5 +a16 x6 = p1


a21 x1 + a22 x2 + a23 x3 + a24 x4+ a25 x5 + a26 x6 = p2
a31 x1 + a32 x2 + a33 x3 + a34 x4+ a35 x5 + a36 x6 = p3 (3.12)
a41 x1 + a42 x2 + a43 x3 + a44 x4+ a45 x5 + a46 x6 = p4
a51 x1 + a52 x2 + a53 x3 + a54 x4+ a55 x5 + a56 x6 = p5
a61 x1 + a62 x2 + a63 x3 + a56 x4+ a65 x5 + a66 x6 = p6
No sistema dado as incógnitas a se determinar são x1; x2 ; x3; x4; x5 e x6 com p1; p2 ; p3; p4;
p5 e p6 os termos independentes e a11 ;a12 ....a66 coeficientes das equações.
O sistema pode ser escrito de forma matricial como já foi escrito para a estrutura em (3.9)

{P} = [x]{a} (3.13 similar a 3.9)

Que pode ser lido como: “O vetor de termos independentes é igual ao produtos da matriz de
coeficientes na equações pelo vetor de incógnitas”.
Resolver (ou fazer a análise da mesma) a estrutura significa conhecer os valores do vetor x.
Assim pode-se resolver o conjunto de equações lineares representado por 3.14 fazendo:

{x}= [P]-1{a} (3.14 similar a 3.10)

Com [P]-1 a matriz inversa de [P]-1. Este é o caminho clássico da teoria de matrizes, mas
aqui se dá preferência ao estudo da resolução algébrica do sistema. Chama-se ainda a
atenção que ao se usar o procedimento que usa o determinante da matriz pode-se chegar a
imprecisões na ordem da resolução da estrutura de até 10% (o que não é pouco para se
fazer uma análise).
Um procedimento bastante intuitivo é o de isolar na primeira equação a incógnita x 1
em função do termo independente e das outras incógnitas. Com o valor de x 1 conhecido
substitui-se o mesmo na segunda equação e depois nas demais equações. Ao terminar esta
operação é obtido um sistema com n-1 equações e n-1 incógnita (x1 foi substituído em todas
as equações) . Ao se proceder novamente desta forma sucessivamente chega-se a etapa n-1
com uma equação só em que o valor de xn passa a ser conhecido. A partir deste instante
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basta voltar na equação anterior (n-1) com o valor de x n para obter rapidamente xn-1 e da
mesma forma conhecer as outras incógnitas. Este é o processo chamado de GAUSS.
Agora se passa a estudar detalhadamente estas operações para tentar automatizar o
máximo possível o procedimento. Iniciando com o isolamento de x1
Ao se proceder ao isolamento de x1 tem-se inicialmente:
x1 +(a12 x2 + a13 x3 + a14 x4+ a15 x5 +a16 x6)/a11 = (p1/a11)
esta passagem corresponde a dividir todos os termos da primeira equação pelo termo da
diagonal principal aii no caso a11
Isolando x1
x1 = (p1/a11) -(a12 x2 + a13 x3 + a14 x4+ a15 x5 +a16 x6)/a11
Substituindo na segunda equação
a21 (p1/a11) -(a12 x2 + a13 x3 + a14 x4+ a15 x5 +a16 x6)/a11 )+ a22 x2 + a23 x3 + a24 x4+ a25 x5 + a26 x6 =
p2
Reagrupando chega-se a
0.x1+(-a12.a21/a11+a22 )x2+(-a13.a21/a11+a23) x3+(-a14.a21/a11+a24 ) x4+(-a15.a21/a11+a25 )x5+
(-a16.a21/a11+a26) x6 =(-p1.a21/a11 )+p2
Repare que a equação anterior equivale a realizar as seguintes operações:

dividir todos os termos da primeira equação pelo pivô (no caso a11)
x1 +(a12 x2 + a13 x3 + a14 x4+ a15 x5 +a16 x6)/a11 = (p1/a11)
Multiplicar com o sinal trocado toda a equação pelo valor do coeficiente da linha
subseqüente a do pivô (neste caso multiplicar por –a21).
-a21 x1 + (-a21).(a12 x2 + a13 x3 + a14 x4+ a15 x5 +a16 x6)/a11 = (-a21).(p1/a11)

Finalmente Soma-se esta primeira linha da equação (já transformada com a segunda linha).
-a21 x1 + (-a21).(a12 x2 + a13 x3 + a14 x4+ a15 x5 +a16 x6)/a11 = (-a21).(p1/a11)
a21 x1 + a22 x2 + a23 x3 + a24 x4+ a25 x5 + a26 x6 = p2
Resultando em
0.x1+(-a12.a21/a11+a22 )x2+(-a13.a21/a11+a23) x3+(-a14.a21/a11+a24 ) x4+(-a15.a21/a11+a25 )x5+
(-a16.a21/a11+a26) x6 =(-p1.a21/a11 )+p2

É fácil perceber que ao fazer esta soma para a primeira posição sistema tem-se
(a11/a11)(-a21)+ a21 que resulta em zero. Tal situação se repete para as outras equações ficando
o sistema que fica com o aspecto apresentado a seguir

a11. x1 + a12 x2 + a13 x3 + a14 x4 + a15 x5 +a16 x6 = p1


0. x1 + a221 x2 + a231 x3 + a241 x4+ a251 x5 + a261 x6 = p21
0. x1 + a321 x2 + a331 x3 + a341 x4+ a351 x5 + a361 x6 = p31
0. x1 + a421 x2 + a431 x3 + a441 x4+ a451 x5 + a461 x6 = p41
0. x1 + a521 x2 + a531 x3 + a541 x4+ a551 x5 + a561 x6 = p51
0. x1 + a621 x2 + a631 x3 + a561 x4+ a651 x5 + a661 x6 = p61
onde o termo aij1 corresponde ao termo aij somado ao termo da primeira linha divido pelo
pivô e multiplicado por a1n
Assim o termo geral da primeira passagem é:
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1 a1, j
ai , j  ai , j   ai ,1
a1,1
(3.15)
Outro aspecto de se chamar a atenção é que após a primeira passagem, ou seja, a
substituição de x11 nas demais equações resulta em obter um sistema que é representado por
uma coluna (a primeira) de zeros abaixo da diagonal principal. Repetindo o procedimento
n-1 vezes (no caso do sistema em questão 5 vezes) deve-se encontra um sistema
representado por:

a11. x1 + a12 x2 + a13 x3 + a14 x4 + a15 x5 + a16 x6 = p1


0. x1 + a221 x2 + a231 x3 + a241 x4+ a251 x5 + a261 x6 = p21
0. x1 + 0.x2 + a332 x3 + a342 x4+ a352 x5 + a362 x6 = p32
0.x1 + 0. x2 + 0. x3 + a443 x4+ a453 x5 + a463 x6 = p43
0. x1 + 0.x2 + 0. x3 + 0. x4 + a554 x5 + a564 x6 = p54
0. x1 + 0. x2 + 0. x3 + 0.x4 + 0.x5 + a665 x6 = p65

Que pode ser melhor visualizado separando os coeficientes (já transformados), o vetor das incógnitas e finalmente o vetor dos termos independentes com
indicado a seguir.
x1 p1
a11 a12 a13 a14 a15 a16 x2 p21
0 a221 a231 a241 a251 a261 x3 p32
0 0 a332 a342 a352 a362 x4 p43
0 0 0 a443 a453 a463 x5 p54
0 0 0 0 a554 a564 x6 p65
0 0 0 0 0 a665

Notar que o expoente indicado em cada termo mostra quantas modificações o mesmo
sofreu no processo de solução. Por exemplo p43 indica que o termo p4 teve seu valor três
vezes modificado.
No esquema anterior fica claro que a matriz dos coeficientes devidamente transformada
tornou-se uma matriz triangular com zeros abaixo da diagonal principal. Por isto esta etapa
do procedimento é conhecida como a triangularização da matriz dos coeficientes. Notar que
se quisesse resolver uma estrutura submetida aos carregamentos p, q e r o sistema poderia
ser resolvido simultaneamente como o esquema dado a seguir
x1 p1 q1
a11 a12 a13 a14 a15 a16 x2 p21 q21 r1
1 1 1 1 1 2 2
0 a22 a23 a24 a25 a26 x3 p3 q3 r21
0 0 a332 a342 a352 a362 x4 p43 q43 r32
3 3 3 4 4
0 0 0 a44 a45 a46 x5 p5 q5 r43
0 0 0 0 a554 a564 x6 p65 q65 r54
5
0 0 0 0 0 a66 r65

Com as operações realizadas pode-se proceder a chamada retro substituição, pois da


última equação já se tem a última incógnita no caso em questão x 6 (xn). Pode-se colocá-la
na equação anterior a 5 (ou equação n-1) obtendo-se o valor da incógnita x5. Repete-se o
procedimento até obterem-se todas as incógnitas.
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3.8 -Exemplo numérico 2

Resolver o sistema dado pelas matrizes

1 3 5 x1 31
x2
8 2 1 x3 26

4 5 1 27

Aplicando o processo anterior faz-se a primeira passagem


Inicia-se pela determinação do pivô que neste caso é igual a 1 e a zeragem da linha 2

Linha 1 1 3 5 31
Linha 1 dividida pelo pivô neste caso 1 1 3 5 31
Multiplicar a linha 1 pelo termo a12 com sinal trocado x(-8) -8 -24 -40 -248
segunda linha 8 2 1 26
Soma das duas etapas anteriores 0 -22 -39 -222

Repetindo o processo com a terceira linha (pivô igual a 1) zeragem da linha 3

Linha 1 1 3 5 31
Linha 1 dividida pelo pivô neste caso 1 1 3 5 31
Multiplicar a linha 1 pelo termo a12 com sinal trocado x(-4) -4 -12 -20 -124
terceira linha 4 5 1 27
Soma das duas etapas anteriores 0 -7 -19 -97

Após a primeira passagem tem-se o sistema já modificado

1 3 5 x1 31
x2
0 -22 -39 x3 -222

0 -7 -19 -97

Aplicando o processo anterior para a segunda passagem


Inicia-se pela determinação do pivô que neste caso é igual a -22 e a zeragem da linha 3

Linha 2 0 -22 -39 -322


Linha 2 dividida pelo pivô neste caso 1 0 1 39/22 222/22
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Multiplicar a linha 2 pelo termo a23 com sinal trocado x(7) 0 7 12,41 70,70
terceira linha 0 -7 -19 -97
Soma das duas etapas anteriores 0 0 -6,59 -26,3

Após a segunda passagem (e última neste caso) tem-se o sistema já modificado


1 3 5 x1 31
x2
0 -22 -39 x3 -222

0 0 -6,59 -26,3

Agora pode se iniciar o procedimento de retro substituição

A última equação
-6,59 x3 = -26,4  x3 =4,0

A penúltima equação
-22x2 -39 x3 = -222  -22x2 -39 (4,0) = -222  x2 =3,0

A primeira equação
x1+ 3 x2 + 5 x3 = 31  x1+ 3 (3) + 5 (4) = 31  x1 =2,0

3.9 Aplicação da resolução de sistemas lineares para o processo dos deslocamentos.


Para resolver uma estrutura pelo processo dos deslocamentos, embora não tenha sido
escrito ainda, é preciso impor as condições de restrições cinemáticas da estruturas. Em
outras palavras é preciso considerar em que nós haverá vínculos ou deslocamentos
impedidos ou conhecidos. Analogamente é preciso também indicar em quais nos há
aplicação de ações e em quais haverá reações vinculares.
esquema da estrutura
1 3 5
2 1 4 2 6
1 2 3
coordenadas locais eixos locais
1 3 y
2 1 4 x 1
1 2 1 2

esquema da estrutura 1 3 y
2 2 4 x 2
1 2 1 2
2kN.m

L L

Figura 3.19– Estrutura de viga para o exemplo 1 com coordenadas globais

Na estrutura do exemplo 1, como pode ser visto na figura 3.19, os deslocamentos nas
direções 1, 3, 5 e 6 estão impedidos e, portanto deverão ser nulos. Em relação aos esforços
nodais analogamente deverão nestas direções ser representados, nestas coordenadas, pelas
reações, sobrando para as direções 2 e 4 os valores aplicados -2 e 0. Desta forma os vetores
de deslocamento e esforços ficam
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0  P1 
D  2
 2  
0 P 
D  P   3
 D4  0
0  P5 
   
 0 
 P6 
Ficando o equacionamento do problema com o seguinte aspecto:

 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI 
 L3  0 0  0
L2 L3 L2
 6 EI 4 EI 6 EI 2 EI   
 2  2 0 0   D2   P 
1

 L L L L     
 12 EI 6 EI
 2
24 EI
0 
12 EI 6 EI     2
0
 L3 L2     =  P 
 
L L3 L3 3

 6 EI 2 EI 8EI 6 EI 2 EI   D   0 
 2 0  2   
L     P 
4
 L L L L 5

 0 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI   0   P 
0  2  2 6

 L3 L L3 L   
 6 EI 2 EI 6 EI 4 EI   0 
 0 0  2 
 L2 L L L 

Como as incógnitas do problema são D2 e D4 usou-se apenas a segunda e quarta equações


para resolver o problema. Esta maneira de agir é típica de uma resolução analítica, em que a
cada passo, se tomam decisões ou procedimentos baseados em raciocínio. Para realizar de
forma automática é preciso, mesmo que leve a um numero de contas maior, criar um
procedimento único capaz de ser programado.
Uma maneira (que não será adotada aqui) é a renumeração das equações, na verdade dos
deslocamento. Assim, os deslocamentos originalmente na ordem 1, 2, 4, 4, 5, e 6 ficam
respectivamente 3, 1, 4. 2. 5 e 6. O mesmo é feito com os vetores de deslocamento e ações
nodais. Na figura
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esquema da estrutura
y
x 1 2
2 3
1
Deslocamento Deslocamento
coordenadas dos deslocamentos da estrutura original após
1 3 5 reorganização
x 4 6 1 3
2
2 1
3 4
coordenadas dos deslocamentos da estrutura 4 2
5 5
3 4 5 6 6
x 2 6
1

esquema dos elementos da estrutura


y y
x 1 x2

1 2 2 3
Figura 3.20– Estrutura de viga para o exemplo 1 com coordenadas globais iniciais e
reorganizadas para que as incógnitas correspondam as primeiras equações

 K11 K12 K13 K14 K15 K16   K 22 K 24 K 21 K 23 K 25 K 26 


K K 22 K 23 K 24 K 25 K 26  K K 44 K 41 K 43 K 45 K 46 
 21  42
 K 31 K 32 K 33 K 34 K 35 K 36   K12 K14 K11 K13 K15 K16 
   
 K 41 K 42 K 43 K 44 K 45 K 46   K 32 K 34 K 33 K 31 K 35 K 36 
 K 51 K 52 K 53 K 54 K 55 K 56   K 51 K 52 K 53 K 54 K 55 K 56 
   
 K 61 K 62 K 63 K 64 K 65 K 66   K 61 K 62 K 63 K 64 K 65 K 66 
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 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI 
 L3  0 0  0
L2 L3 L2
 6 EI 4 EI 6 EI 2 EI   
 2  2 0 0   D2   P 
1

 L L L L     
 12 EI 6 EI
 2
24 EI
0 
12 EI 6 EI     2
0
 L3 L2     =  P 
 
L L3 L3 3

 6 EI 2 EI 8EI 6 EI 2 EI   D   0 
 2 0  2   
L     P 
4
 L L L L 5

 0 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI   0   P 
0  2  2 6

 L3 L L3 L   
 6 EI 2 EI 6 EI 4 EI   0 
 0 0  2 
 L2 L L L 

 4 EI 16 EI 2 EI 
 K  0 0 
L L2 L
 6 EI 2 EI 8 EI 6 EI 2 EI 
 2 0   D 
 L L L L L   
2

 12 EI 6 EI

12 EI 6 EI
0 0   0 
D 
4

 L3 L2 L3 L2     =
 12 EI 6 EI 24 EI 12 EI 6 EI   0 
 3  2 0    
 L L L3 L3 L2   0 
 0 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI  0 
0   2   
 L3 L2 L3 L 
 6 EI 2 EI 6 EI 4 EI 
 0 0  2
L2 L L L 
 2 
 
 
 0 
 
P 
 1 
 
P 
 5 
 
 P5 
 
 

 P6 

Neste novo esquema resolvem-se as duas primeiras equações e depois com os resultados
obtidos consegue-se descobrir P1, P3. P5 e P6.
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Outra maneira é a chamada técnica dos zeros e uns (que se explica pela seqüência de
operações feita no item 3.8). O sistema é considerado da mesma maneira como concebido
inicialmente. Para prosseguir levando em conta as restrições considera-se em cada direção i
de deslocamento nulo (restrição) o valor unitário na posição ii da matriz de rigidez (na
diagonal principal). Simultaneamente anula-se os demais valores da matriz de rigidez
contida nas linhas e colunas i. Também no na linha i do vetor de deslocamento e ações usa-
se o valor 0. O sistema fica com o aspecto dado a seguir.

0
 
1

0 0 0 0 0

D 
 4 EI 2 EI   2   0 
0
 L
0
L
0 0
    2
   0   
0 0 1 0 0 0    0 

 2 EI 8 EI

    =  
0
0 0
 L
0
L
0
  D4   
       0 
0 0

0 0 0 1
    0 
  0
 1
0 0 0 0 0   
 
0

Uma vez usada a técnica dos zeros e uns, basta aplicar um procedimento de resolução de
sistema, tipo Gauss, e obter os resultados de D 2 e D4. Neste caso esta se resolvendo um
sistema de 6 e não de 2 equações como na forma analítica. Mesmo assim quando se usa
computadores é preferível usar esta forma para resolver o sistema de equações.
3.9.1 Exemplo Numérico usando a técnica dos zeros e uns.
Resolver a viga do exemplo de forma numérica e usando a ténica dos zeros e uns. Dados
numéricos: L=4m; E=21000 MPa, I=4,5x10-4m4.

esquema da estrutura

2kN.m

L L

Figura 3.20 – Estrutura de viga para o exemplo 1.

Para resolver este problema será usada a planilha EXCEL. Inicialmente com
estrutura dada numeram-se os nós, as barras, as coordenadas globais e os eixos como
mostrado na figura 3.21.
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esquema da estrutura
1 3 5
2 1 4 2 6
1 2 3
coordenadas locais eixos locais
1 3 y
2 1 4 x 1
1 2 1 2

1 3 y
2 2 4 x2
1 2 1 2
Figura 3.21 –Estrutura do exemplo 1 com numeração de nós, elementos, coordenadas
globais , locais e eixos.

O passo seguinte é calcular a matriz de rigidez do elemento (que é igual a do elemento 2)


obtendo-se
Matriz de Rigidez da Barra 1
1772 3544 -1772 3544
3544 9450 -3544 4725
[K]1 = -1772 -3544 1772 -3544
3544 4725 -3544 9450

Matriz de Rigidez da Barra 2


1.772 3.544 -1.772 3.544
3.544 9.450 -3.544 4.725
[K]2 = -1.772 -3.544 1.772 -3.544
3.544 4.725 -3.544 9.450

Em seguida obtêm-se por superposição a matriz de rigidez da estrutura

Matriz de Rigidez da Estrutura


1771,875 3543,75 -1771,875 3543,75 0 0
3543,75 9450 -3543,75 4725 0 0
-1771,875 -3543,75 3.544 0 -1.772 3.544
[K] = 3543,75 4725 0 18.900 -3.544 4.725
0 0 -1.772 -3.544 1.772 -3.544
0 0 3.544 4.725 -3.544 9.450
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Pela simples observação da estrutura é possível montar o vetor deslocamento e o de ações


nodais da estrutura que ficam

Vetor
Deslocam.
0
D2
0
D4
0
0

Vetor de Ações
Nodais
R1 0,00
0 2,00
R3 0,00
0 0,00
R5 0,00
R6 0,00

Agora para resolver o sistema aplica-se a técnica dos zeros e uns ficando com o seguinte
sistema

Técnica dos zero e um - Imposição das Condições Vetor Vetor de


de Contorno - Matriz [KG] Deslocam. Açoes Nodais

1 0 0 0 0 0 0 R1 0,00
0 9450 0 4725 0 0 x u2 = 0 2,00
0 0 1 0 0 0 0 R3 0,00
0 4725 0 18.900 0 0 u4 0 0,00
0 0 0 0 1 0 0 R5 0,00
0 0 0 0 0 1 0 R6 0,00

Agora é possível inverter a matriz de rigidez da estrutura

Matriz Inversa - Matriz [KG]-1


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1,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000


0,000000 0,000121 0,000000 -0,000030 0,000000 0,000000
0,000000 0,000000 1,000000 0,000000 0,000000 0,000000
0,000000 -0,000030 0,000000 0,000060 0,000000 0,000000
0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 1,000000 0,000000
0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 1,000000

Pré-multiplicando o vetor de ações nodais pela matriz de rigidez global invertida chega-se
aos deslocamentos

Vetor
Vetor
Matriz Inversa - Matriz [KG]-1 Açoes
Deslocamento
Nodais
1,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,00 0 0
0,000000 0,000121 0,000000 -0,000030 0,000000 0,000000 x -2,00 = D2 -0,00024187
0,000000 0,000000 1,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,00 0 0
0,000000 -0,000030 0,000000 0,000060 0,000000 0,000000 0,00 D4 6,0469E-05
0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 1,000000 0,000000 0,00 0 0
0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 0,000000 1,000000 0,00 0 0

Obtidos os deslocamentos é possível obter-se as reações de apoios multiplicando-se a


matriz de rigidez pelos deslocamentos e igualando-se ao vetor de reações (ações nas
direções restringidas)

Vetor
Matriz de Rigidez da Estrutura
Deslocam.
1771,875 3543,75 -1771,875 3543,75 0 0 0
3543,75 9450 -3543,75 4725 0 0 -0,0002419
-1771,875 -3543,75 3.544 0 -1.772 3.544 x 0 =
[K] =
3543,75 4725 0 18.900 -3.544 4.725 6,0469E-05
0 0 -1.772 -3.544 1.772 -3.544 0
0 0 3.544 4.725 -3.544 9.450 0

Ações no sistema global - Reações

-0,64 0,000 R1 = -0,64


-2,00 2,000 R2 = 0
0,86 0,000 R3 = 0,86
0,00 0,000 R4 = 0,00
-0,21 0,000 R5 = -0,21
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COMPUTADOR
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0,29 0,000 R6 = 0,29

Para obter-se os esforços internos nos elementos basta considerar os deslocamentos nas
coordenas locais e usar a matriz de rigidez de cada elemento

Vetor Ações nas Extremidades da


Matriz de Rigidez da Barra 1
Deslocamento Barra

1772 3544 -1772 3544 x 0 = -0,64 0,00 Q1 = -0,643


3544 9450 -3544 4725 -0,00024 -2,00 -2,00 Q2 = -4,000
[K]1 =
-1772 -3544 1772 -3544 0 0,64 0,00 Q3 = 0,643
3544 4725 -3544 9450 6,05E-05 -0,57 0,00 Q4 = -0,571

Vetor Ações nas Extremidades da


Matriz de Rigidez da Barra 2
Deslocamento Barra

1.772 3.544 -1.772 3.544 x 0 = 0,21 0,00 Q1 = 0,214


3.544 9.450 -3.544 4.725 6,05E-05 0,57 0,00 Q2 = 0,571
[K]1 =
-1.772 -3.544 1.772 -3.544 0 -0,21 0,00 Q3 = -0,214
3.544 4.725 -3.544 9.450 0 0,29 0,00 Q4 = 0,286

3.10.0 MATRIZ DE RIGIDEZ DE UM ELEMENTO DE PÓRTICO PLANO


ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM CONCRETO ARMADO USANDO PROGRAMAS DE 36
COMPUTADOR
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Figura 3.21

Figura 3.22
ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM CONCRETO ARMADO USANDO PROGRAMAS DE 37
COMPUTADOR
ROBERTO CHUST CARVALHO, ANTONIO FARIA

Figura 3.23

Figura 3.24
ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM CONCRETO ARMADO USANDO PROGRAMAS DE 38
COMPUTADOR
ROBERTO CHUST CARVALHO, ANTONIO FARIA

3.10- Matriz de rotação

Como pode ser visto na resolução da viga do exemplo 3.1 pode-se montar a matriz
de rigidez da estrutura por meio da matriz de rigidez de cada elemento. Isto pode ser feito
usando a soma das matrizes dos elementos, ou seja, é preciso somar a contribuição de cada
elemento na matriz da estrutura. É preciso além de considerar a correlação entre as
numerações entres as coordenadas locais e globais, lembrar que os eixos locais e globais
estejam alinhados. No caso da viga os eixos globais e locais já estão alinhados, mas nas
demais estruturas isto ocorre só em alguns casos particulares. Portanto é preciso considerar
tanto os esforços nos elementos (solicitantes) quanto os deslocamentos locais do sistema
local para o global.

3.10.1 Matriz de rotação para o caso plano

Para mostrar a relação entre os deslocamentos referidos no sistema global e local, define-se
inicialmente um elemento de pórtico plano que como característica tem 3 deslocamentos
em cada nó na seguinte ordem: na direção 1 deslocamento (esforço normal no elemento)
axial, na direção 2 translação (corresponde ao cortante no elemento) segundo o eixo y e
finalmente giro (corresponde a momento fletor) segundo z. Estes deslocamentos com as
notações estão indicados na figura 3.mn

Figura 3.25 elemento de pórtico plano com deslocamentos possíveis represenrtado no


eixo local

Seja, um elemento de pórtico plano, cujos nós tem, conforme já foi citado, três graus de
liberdade, e representado na figura 3mno
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Figura 3.26 – Elemento de pórtico plano com deslocamentos indicado no sistema local
e com eixo x (local) formando um ângulo θ com o eixo X (global)

Na figura 3mnop a mesma barra com os respectivos deslocamentos no sistema global

Figura 3.27 – Elemento de pórtico plano com deslocamentos indicados já no sistema


global representado.

Assim, deseja-se encontrar uma relação entre os deslocamento refereido ao eixo global com
o local e vice-versa

Para tanto é considerado que:

[uL] é o vetor de deslocamentos nodais do elemento no sistema local e


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[uG] é o vetor de deslocamentos nodais do elemento no sistema global;

ut ura
r
a est u 5
ad L

sq uem u L6 u L`4
esquema da estrutura
e uG2 uG5
u L2 1 KJ
uG3 1 uG6
u L3
J
uG1 J K uG`4
u L1

uG2

u L2
uG1 J uG2
Figura 3.28 – Decomposição dos deslocamentos

A decomposição dos deslocamentos é feita observando o desenho inferior a esquerda da


figura 3mop para se obter a componente do vetor deslocamento no eixo y local a partir dos
deslocamentos globais. Na mesma figura no canto inferior a direita mostra-se como pode
ser obtida a componente no eixo x local.

Desta forma as expressões que ligam os referidos deslocamentos são:


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Colocando sob a forma matricial

 uL1  cos sen 0 0 0 0  uG1


uL2 - sen cos 0 0 0 0 uG2 
  
 uL3  0 0 1 0 0 0  uG3
  . 
uL4  0 0 0 cos  sen 0 uG4 
 uL5  0 0 0 - sen cos 0  uG5 
     
uL6  0 0 0 0 0 1 uG6 

De maneira geral, pode-se escrever:

 uL    R . uG  ( 3.16 )

Onde [R] é a matriz de rotação do elemento do sistema global para o local; A partir da
equação anterior, é possível escrever:

 uG    R -1 . uL  ( 3.17 )

Como [R] é uma matriz ortogonal:

R   R 
-1 T
( 3.18 )

logo:

( 3.19 )
 uG   R T . uL
As expressões anteriores podem ser rescritas para os valores de ações nodais

 AL    R . AG  ( 3.20 )

 AG    R T . AL  ( 3.21)

Pode-se então verificar a relação entre os coeficientes das matrizes de rigidez e local da
seguinte maneira

 AG    R T . AL 
 KG    uG    R T . KL    uL 
 KG    uG    R T . KL    R    uG 
 KG    R T . KL    R  ( 3.22)

Resumindo a matriz de rigidez de uma estrutura é montada a partir das matrizes de


rigidez no sistema global dos elementos que compõem a estrutura;
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 K     K    R  .  K  .  R 
nelem nelem
* (i) (i) T (i) (i)
G L ( 3.23 )
i 1 i 1

Assim, como os deslocamentos globais e locais, as ações locais e globais (por analogia)
também correlacionam-se pela matriz de rotação [R] pelas seguintes expressões;

Estudou-se até o momento, a correlação entre deslocamentos nodais e ações aplicadas


no nós de um elemento estrutural;

Esta correlação é expressa no sistema local, conforme já citado, da seguinte forma

 AL    SL  .  uL  ( 3.23 )

3.10.2. Numeração das coordenadas para obtenção dos coeficientes da matriz de


rigidez
Imaginando uma barra com nós inicial e final com numeração qualquer. Lembrando
que sempre as numerações de nós, barras e deslocamentos (coordenadas) são feitos de
forma sequencial, ou seja, não existe um nó de número 20 se não existir seu predecessor o
nó de número 19. Os números dos nós da barra em questão serão I e K. Imaginando que a
barra seja de um pórtico plano, então o número de graus de liberdade (deslocamentos
possíveis e também coordenadas) é neste caso de 3 por nó.
Assim, os deslocamentos possíveis nestes no nó I devem ser numerados como: 3xI; 3xI-1 e
finalmente 3xI-2. Analogamente no nó K deve-se ter: 3xK; 3xK-1 e finalmente 3xK-2.
Desta forma na montagem da matriz de rigidez do sistema, que é feita cumulativamente, é
preciso além de empregar as matrizes de rotação usar agora o endereçamento das
coordenadas locais e globais que serão dadas pelos número do nó.
Numeração dos coeficientes de rigidez

Exemplo numérico

Para o pórtico mostrado na figura dada mostrar como podem ser endereçado os coeficientes
de rigidez da matriz local do elemento 4 para a estrutura (sistema global)
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FIGURA 3.29 Pórtico com coordenadas no sistema global e local

Seguindo a regra indicada (neste caso não seria preciso ainda usar a matriz de rotação, pois
os eixos locais e globais estão alinhados) tem-se:

I=2 e K=5
Então por exemplo o valor de rigidez, calculado no sistema local, kelemento[1,4]
corresponderia ao acúmulo no elemento global keglobal[4,13], ou seja para correlacionar a
numeração de cada índice deve-se usar sempre a expressão

F = 3xL-(3-J) ( 3.24 )
Onde
F – número da coordenada do deslocamento final
L- número do nó
J- número do grau de liberdade que correspondente ao deslocamento no sistema local que
pode ser (para o pórtico na sequência 1, 2 e 3).

No caso em questão se escolheu-se o primeiro deslocamento dos graus de liberdade do nó


inicial e do nó final do elemento 4 do pórtico.

No primeiro índice a fórmula fica


F = 3xL-(3-J) = 3x2-(3-1)= 4
No segundo índice a fórmula fica
F = 3xL-(3-J) = 3x5-(3-1)= 13

Fazendo agora para kelemento[2,6]


No primeiro índice a fórmula fica
F = 3xL-(3-J) = 3x2-(3-2)= 5
No segundo índice a fórmula fica
F = 3xL-(3-J) = 3x5-(3-3)= 15
E portanto kelemento[2,6] deverá acumular seu valor na posição kglobal[5,15]

3.10.3. Roteiro de resolução de pórtico plano, com análise matricial, de forma manual
O roteiro que havia sido indicado anteriormente para a resolução de uma serve para ser
usado também para a estrutura de um pórtico , por exemplo, basta adaptá-lo, lembrando que
os eixos locais nem sempre estão alinhados com os globais.
O Roteiro passa a ser
1) Indicação dos eixos Global e local da estrutura
2) Identificação de nós (numeração) e de elementos
3) Identificação (numeração) dos deslocamento globais e locais
Repetir os itens 4 e 5 quanto for o número de barras
4) Cálculo dos coeficientes da matriz de rigidez de cada elemento (verificar se a mesma foi
obtida com as coordenadas dos deslocamentos locais adequadas)
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5) Montar os valores, por acumulação, na matriz global agora considerando a matriz de


rotação e a ordenação dos índices
6) Montar o vetor de cargas considerando a matriz de rotação e a ordenação dos índices
7) Montar o vetor de deslocamentos impondo as restrições necessárias
8) Resolver o sistema separando as equações em que os deslocamentos são desconhecidos
9) Usar o restante da equações para determinar as reações de apoio
10) Através dos deslocamentos locais e matriz de cada elemento tirar os esforços
solicitantes

Montar a matriz de rigidez do pórtico dado na figura 3.333. Considerar E=2,1x10 5 kN/m2;
A=5x10-3m2 e I=4x10-4m4.

400

2 2 3

1 3
400

1 4

figura 3.30

Para resolver a estrutura em questão indicam-se inicialmente os deslocamentos possíveis


5 8 400
2
6 9
4 7 3
1
2
2 2 2
1 2 2 3
2 1 1

1 3 1
400

1
2 11 Y Y 3
3 12 1
1 10 1 X X
3
1
2 2
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Figura 3.31 Deslocamentos nodais possíveis na estrutura e eixos locais de cada


elemento

A matriz de rigidez de um elemento de barra de pórtico plano é dado pela matriz indicada a
seguir

 EA EA 
 L 0 0 - 0 0 
L
 12EI 6EI 12EI 6EI 
 0 0 - 
 L3 L2 L3 L2 
 0 6EI 4EI 6EI 2EI 
0 - 2
 L2 L L L 
 EA EA 
- 0 0 0 0 
 L L 
 0 12EI 6EI 12EI 6EI 
- - 0 - 2
 L3 L2 L3 L 
 6EI 2EI 6EI 4EI 
 0 0 - 2 
 L2 L L L 
figura 3.32

Substituindo os valores numéricos (os valores são os mesmos para os três elementos
chega-se a Para a barra 1
Matriz de Rigidez da Barra 1
400000 0 0 -400000 0 0
0 12000 60000 0 -12000 60000
0 60000 400000 0 -60000 200000
[K]1 = -400000 0 0 400000 0 0
0 -12000 -60000 0 12000 -60000
0 60000 200000 0 -60000 400000

A matriz de rotação da barra 1 com o ângulo formado pelos eixos x global e local igual a 0
0
Matriz de Rotaçao da Barra 1
1,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
0,000 1,000 0,000 0,000 0,000 0,000
0,000 0,000 1,000 0,000 0,000 0,000
[R]1 = 0,000 0,000 0,000 1,000 0,000 0,000
0,000 0,000 0,000 0,000 1,000 0,000
0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,000
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A sua transposta é dada por


Matriz de Rotaçao da Barra 1 - Transposta
1,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
0,000 1,000 0,000 0,000 0,000 0,000
0,000 0,000 1,000 0,000 0,000 0,000
[R]1T = 0,000 0,000 0,000 1,000 0,000 0,000
0,000 0,000 0,000 0,000 1,000 0,000
0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,000

Efetuando [R]1T.[K]1

400000 0 0 -400000 0 0
0 12000 60000 0 -12000 60000
0 60000 400000 0 -60000 200000
[R]1T.[K]1 = -400000 0 0 400000 0 0
0 -12000 -60000 0 12000 -60000
0 60000 200000 0 -60000 400000

E finalmente [R]1T.[K]1. [R]1

400000 0 0 -400000 0 0
0 12000 60000 0 -12000 60000
0 60000 400000 0 -60000 200000
[R]1T.[K]1.[R]1 = -400000 0 0 400000 0 0
0 -12000 -60000 0 12000 -60000
0 60000 200000 0 -60000 400000

Como o nó inicial da barra tem numero 1 e o nó final 2 as contribuições deste elemento se


darão nos coeficientes Kii,jj com ii e jj assumindo os valores dados
i1= 3x1-2=1; i2= 3x1-1=2; i3= 3x1-0=3; j1= 3x2-2=4; j2= 3x2-1=5 e j3= 3x2-0=6

Para a barra 2 tem-se


Matriz de Rigidez da Barra 2
262500 0 0 -262500 0 0
0 15750 31500 0 -15750 31500
0 31500 84000 0 -31500 42000
[K]2= -262500 0 0 262500 0 0
0 -15750 -31500 0 15750 -31500
0 31500 42000 0 -31500 84000

Matriz de Rotaçao da Barra 2


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1,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000


0,000 1,000 0,000 0,000 0,000 0,000
0,000 0,000 1,000 0,000 0,000 0,000
[R]2 = 0,000 0,000 0,000 1,000 0,000 0,000
0,000 0,000 0,000 0,000 1,000 0,000
0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,000

Matriz de Rotaçao da Barra 3 - Transposta


1,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
0,000 1,000 0,000 0,000 0,000 0,000
0,000 0,000 1,000 0,000 0,000 0,000
[R]2T = 0,000 0,000 0,000 1,000 0,000 0,000
0,000 0,000 0,000 0,000 1,000 0,000
0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,000

262500 0 0 -262500 0 0
0 15750 31500 0 -15750 31500
0 31500 84000 0 -31500 42000
[R]2T.[K]2 = -262500 0 0 262500 0 0
0 -15750 -31500 0 15750 -31500
0 31500 42000 0 -31500 84000

262500 0 0 -262500 0 0
0 15750 31500 0 -15750 31500
0 31500 84000 0 -31500 42000
[R]2T.[K]2.[R]2 = -262500 0 0 262500 0 0
0 -15750 -31500 0 15750 -31500
0 31500 42000 0 -31500 84000

Como o nó inicial da barra tem número 2 e o nó final 3 as contribuições deste elemento se


darão nos coeficientes Kii,jj com ii e jj assumindo os valores dados
i1= 3x2-2=4; i2= 3x2-1=5; i3= 3x2-0=6; j1= 3x3-2=7; j2= 3x3-1=8 e j3= 3x3-0=9
Para a barra 3 tem-se
Matriz de Rigidez da Barra 3
262500 0 0 -262500 0 0
0 15750 31500 0 -15750 31500
0 31500 84000 0 -31500 42000
[K]3 = -262500 0 0 262500 0 0
0 -15750 -31500 0 15750 -31500
0 31500 42000 0 -31500 84000

Matriz de Rotaçao da Barra 1


0,000 -1,000 0,000 0,000 0,000 0,000
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1,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000


0,000 0,000 1,000 0,000 0,000 0,000
[R]3 = 0,000 0,000 0,000 0,000 -1,000 0,000
0,000 0,000 0,000 1,000 0,000 0,000
0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,000

Matriz de Rotaçao da Barra 1 - Transposta


0,000 1,000 0,000 0,000 0,000 0,000
-1,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
0,000 0,000 1,000 0,000 0,000 0,000
[R]3T = 0,000 0,000 0,000 0,000 1,000 0,000
0,000 0,000 0,000 -1,000 0,000 0,000
0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,000

0 15750 31500 0 -15750 31500


-262500 0 0 262500 0 0
0 31500 84000 0 -31500 42000
[R]3T.[K]3 = 0 -15750 -31500 0 15750 -31500
262500 0 0 -262500 0 0
0 31500 42000 0 -31500 84000

15750 0 31500 -15750 0 31500


0 262500 0 0 -262500 0
31500 0 84000 -31500 0 42000
[R]3T.[K]3.[R]3= -15750 0 -31500 15750 0 -31500
0 -262500 0 0 262500 0
31500 0 42000 -31500 0 84000

Como o nó inicial da barra tem número 3 e o nó final 4 as contribuições deste elemento se


darão nos coeficientes Kii,jj com ii e jj assumindo os valores dados
i1= 3x3-2=7; i2= 3x3-1=8; i3= 3x3-0=9; j1= 3x4-10=7; j2= 3x4-1=11 e j3= 3x4-0=12

Finalmente a matriz de rigidez da estrutura

Matriz de Rigidez Global da Estrutura

15750,0 0,0 -31500,0 -15750,0 0,0 -31500,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
-
0,0 262500,0 0,0 0,0 262500,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

-31500,0 0,0 84000,0 31500,0 0,0 42000,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
-
-15750,0 0,0 31500,0 278250,0 0,0 31500,0 262500,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
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-
0,0 262500,0 0,0 0,0 278250,0 31500,0 0,0 -15750,0 31500,0 0,0 0,0 0,0
168000,
-31500,0 0,0 42000,0 31500,0 31500,0 0 0,0 -31500,0 42000,0 0,0 0,0 0,0
-
0,0 0,0 0,0 262500,0 0,0 0,0 278250,0 0,0 31500,0 -15750,0 0,0 31500,0
-
0,0 0,0 0,0 0,0 -15750,0 -31500,0 0,0 278250,0 -31500,0 0,0 262500,0 0,0
168000,
0,0 0,0 0,0 0,0 31500,0 42000,0 31500,0 -31500,0 0 -31500,0 0,0 42000,0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -15750,0 0,0 -31500,0 15750,0 0,0 -31500,0
-
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 262500,0 0,0 0,0 262500,0 0,0
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 31500,0 0,0 42000,0 -31500,0 0,0 84000,0

3.10.4 Matriz rotação para o caso espacial


Assim, quando o sistema de eixos adotado para um determinado elemento (eixos
locais) não coincide com o sistema global, necessita-se realizar a transformação das
coordenadas, efetuando-se a mudança de base pertinente (de eixos locais para globais). Para
tanto, utiliza-se uma matriz de mudança de coordenadas, que consiste da matriz de rotação
do sistema.
Para obtenção da matriz de rotação, considerem-se os eixos locais e globais,
representados na Figura 3.19. Nesta figura o elemento em estudo é representado pelo
segmento de reta denominado “i”, cujos nós inicial e final foram designados pelas letras
“j” e “k”, respectivamente. O sistema de eixos locais é formado pelos eixos xm, ym e zm, cuja
origem coincide com o nó inicial do elemento (nó “j”). Analogamente, o sistema de
eixos globais está representado pelos eixos xs, ys e zs.

zM xS f3 e3

yM f2

i k xM f1
j yS e2

xS e1

Figura 3.33 – Rotação de eixos


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Conforme ilustrado na Figura 3.19, a letra grega g representa o ângulo formado pelo
eixo xm (coincidente com o eixo axial do elemento), com o plano Oxsys. O ângulo formado
entre a projeção do elemento no referido plano e o eixo xs está representado pela letra grega
β.
A matriz de rotação do sistema ilustrado na figura 3.18:
 cos( )  cos(  )  sen(  )  sen( )  cos(  ) 
 
 
R  cos( )  sen(  ) cos(  )  sen( )  sen(  ) 
 
 

 sen( ) 0 cos( ) 

Figura 3.34 – Matriz de rotação

No caso geral é importante atentar para o fato de que cada elemento apresenta 4
sistemas de coordenadas (2 compreendendo as translações e 2 compreendendo as rotações,
nos nós final e inicial). Assim, a matriz de mudança de base é representada conforme a
equação matricial 2.4:
R 0 0 0
0 R 0 0 
RT   (3.25)
0 0 R 0
 
0 0 0 R

A Equação 3.11 para o elemento cuja matriz de rigidez deverá incidir sobre a matriz
de rigidez global, toma a forma da equação 3.11 agora modificada5:
{p}L= [Kel]{d}L (3.26)
Onde:
 {p}L: vetor das ações nodais do elemento no sistema local;
 {Kel}L: matriz de rigidez local;
 {d}L vetor dos deslocamentos nodais do elemento no sistema local.
Utilizando-se a matriz de rotação apresentada no Quadro 2.3 para transformar
coordenadas locais em coordenadas globais, obtém-se as relações ilustradas nas Equações
2.6:

{p}G= {RT}{p}L {d}G= [RT]{d}L (3.27)


Onde:
 {p}G: vetor das ações nodais do elemento, representado em relação ao sistema
de coordenadas global;
 {d}G: vetor dos deslocamentos nodais do elemento, representado em relação
ao sistema de coordenadas global;
 RT : matriz de rotação total.
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Substituindo as Equações 3.12 em 3.11:

{p}G= {RT}{Kel}{RT}-1{d}G (3.28)

Das propriedades da matriz de rotação, por se tratar de uma matriz ortogonal, tem-se:
R 1  R 't (3.14)
T

Logo:
{Kel}= {RT}{Kel}{RT}-1 (3.29)

n
{Kes}= {R
i 1
T }{Kel}i {R T }-1 (3.30)

A expressão 3.30 indica que a matriz de rigidez da estrutura é obtida pela soma do
produto da matriz de rotação do elemento i pós multiplicado pela matriz de rotação
transposta. Desta forma calcula-se a matriz de rigidez do elemento e a matriz de rotação do
mesomo efetua-se a multiplicação descrita e acrescenta-se o resultado a matriz da estrutura.
Isto é feito sucessivamente para os n elementos obtendo-se no final a matriz de rigidez da
estrutura.

3.7- Determinação das reações de apoio.


Ficou claro pela a resolução do exemplo 3.1 que pode-se proceder de duas maneiras
pR obter as reações de apoio, porem é obvio que antes de se iniciar a resolução do sistema é
preciso introduzir as restrições nodais. Embora os deslocamentos sejam as incógnitas do
problema alguns deles são inicialmente conhecidos. Trata-se dos deslocamentos junto aos
apoios, considerando para este fim qualquer nó que tenha um deslocamento impedido
(translação vertical e rotação para o caso de vigas). Assim, antes de se resolver as equações
todos os deslocamentos impedidos devem ser zerados mostrando assim que o sistema acaba
não usando esta condição para a determinação dos deslocamentos incógnitos. Sugere-se que
as equações que possuem deslocamentos conhecidos sejam usadas no final da solução.
Desta forma para ficar claro no caso do exemplo 3.1 poder-se-ia trabalhar com o sistema
com as equações ordenadas como indicado a seguir:
K21.01 + K22D2 + K23.0 + K24D4+ K25.0 + K26.0 = 2
K41.01 + K42D2 + K43.0 + K44D4+ K45.0 + K46.0 = 0
K11.0 + K12D2 + K13.0 + K14D4+ K15.0 +K16.0 = P1
K31.01 + K32D2 + K33.0 + K34D4+ K35.0 + K36.0 = P3
K51.01 + K52D2 + K53.0 + K54D4+ K55.0 + K56.0 = P5
K61.0 + K62D2 + K63.0 + K56D4+ K65.0 + K66.0 = P6
Ou ainda
K22D2 + K24D4 = 2
K42D2 +K44D4 = 0
K12D2 + K14D4 = P1
K32D2 + K34D4 = P3
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K52D2 + K54D4 = P5
K62D2 +K56D4 = P6
Como se pode perceber o sistema se reduz a duas equações: a primeira
(originalmente as segunda) e segunda (originalmente a quarta). As demais equações servem
para determinar as reações de apoio depois de conhecidos os valores de D2 e D4.
Outra maneira de se calcular as reações de apoio é fazer a somatório de esforços
solicitantes nos nós da estrutura considerando os diversos elementos que nele concorrem.

3.7- Determinação de ações no elemento.


Até aqui as estruturas que foram resolvidas eram constituídas de ações nodais. Há situações
que as ações atuam nos elementos. Neste caso o que se faz é transformar estas ações em
nodais equivalentes.
Considerando um elemento com ação uniforme distribuída q como apresentado na figura
3.19

Figura 3.35 – Ação uniformemente distribuída em um elemento e as ações nas


extremidades do elemento e nos nós equivalentes.

O vetor de ações, apenas com cargas nodais passa a ser escrito:

3.31
Com
{Pelemento } Vetor de ações no elemento
{Plocal,egp }
Vetor de ações de engastamento perfeito
{Pelemento }  {Plocal, egp }   K elemento  . {u elemento }

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K elemento
 Matriz de rigidez do elemento
{u elemento }
Deslocamentos do elemento

Assim a expressão 3.17 fica


{Pelemento }  {Plocal,egp }   K elemento  . {u elemento } 3.32

Desta maneira a expressão do vetor de carga dada por 3.33


n
{Pes}= R
i 1
T {p}i (3.33)

Com
{Pes} – Vetor de ações na estrutura
{ p}i  {Pelemento }  {Plocal ,egp }

Exemplo numérico
Para a estrutura dada calcular os deslocamentos e esforços internos.

esquema da estrutura

L L

Figura 3.36- Viga com carga uniformemente distribuída

Para resolver a estrutura dada inicialmente numera-se os nós, as barras, as coordenadas


globais e os eixos como mostrado na figura 3.15.
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esquema da estrutura esquema da estrutura


1 3 5 1 3 5
2 1 4 2 6 2 1 4 2 6

1 2 3 1 2 3
esquema da estrutura
1
2 1
3
4 2
5
6 coordenadas locais eixos locais coordenadas locais eixos locais
1 2 3
1 1 3 y
coordenadas locais eixos locais 3 y
1 3 y
2 1 4 2 1 4 x 1
2 1 4 x 1 x 1
1 2 1 2
1 2 1 2
1 3 y
1 2 1 2
2 2 4 x 2
1 2 2
1

1 3 y
1 3 y 2 2 4 x2
2 2 4 x2
1 2 1 2
1 2 1 2

Figura 3.37 –Estrutura do exemplo n com numeração de nós, elementos, coordenadas


globais , locais e eixos.
Pode-se após a numeração montar a matriz de rigidez do elemento a partir da rigidez de
cada elemento. O esquema da figura 3.9 ajuda neste cálculo. Este esquema reproduzido
novamente na figura 3.16 mostra que os coeficientes K15, K16. K25, K26 (e os simétricos) são
nulos. Exceto os termos K33, K34. K44, K43 os demais termos não nulos decorrem dos valores
de cada barra isolada.

Figura 3.38 (3.9 repetida) – Esquema para mostrar a montagem de matriz de rigidez
da estrutura a partir da matriz de rigidez de cada elemento.

Assim
12 EI 12 EI 24 EI
K 33  K 33
1
 K 112   3  3
L3 L L
Com
K33 – coeficiente de rigidez da estrutura na direção 3 com deslocamento unitário em 3
1
K 33 - coeficiente de rigidez do elemento 1 na direção 3 com deslocamento unitário em 3
2
K 11 - coeficiente de rigidez do elemento 2 na direção 1 (do elemento) com deslocamento
unitário em 1 (do elemento e 3 na da estrutura).
Analogamente
4 EI 4 EI 8EI 6 EI 6 EI
K 44  K 44  K 22    e K 34  K 43  K 34  K 12   2  2  0
1 2 1 2

L L L L L
Finalmente a matriz de rigidez da estrutura fica com a forma final
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12 EI 6 EI 12 EI 6 EI 
 L3  0 0 
L2 L3 L2
 
 6 EI 4 EI 6 EI
 3
2 EI
0 0 
 L3 L L L
 
12 EI 6 EI
 3
24 EI
0 
12 EI 6 EI 
 L2 L L3 L3 L2 
K  
 6 EI 2 EI
0
8 EI 6 EI
 2
2 EI 
 L2 L L L L 
 
 0 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI 
0   2  2
 L3 L L3 L 
 
 0 6 EI 2 EI 6 EI 4 EI 
0  2
 L2 L L L 

O vetor dos deslocamentos considerando que segundo as direções 1,3, 5 e 6 são nulas (pois
há vínculos que restringem os deslocamentos).fica com a forma:
 0 
 
 
 D2 
 
 
 0 
D   
 
 D 4
 
 
 0 
 
 
 0 

 qL 
 P1  2 
 2

 0  qL 
 12 
 
 P  qL  qL 
 3 2 2 
O vetor de ações fica com a forma P   2 2 
0  qL  qL 
 12 12 
 
 P  qL 
 5
2 
 2 
 P6  qL 
 12 
Com os valores de P1, P3, P5, P6 são as reações dos vínculos indeterminados no início da
resolução do problema.
Agora basta usar a expressão (3.10) para resolvero o problema:
{D}= {K’}{P}
Neste caso é dado preferência ao uso do sistema de equações pelo processo direto então as
equações da estrutura são:
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K11D1 + K12D2 + K13D3 + K14D4+ K15D5 +K16D6 = P1


K21D1 + K22D2 + K23D3 + K24D4+ K25D5 + K26D6 = P2
K31D1 + K32D2 + K33D3 + K34D4+ K35D5 + K36D6 = P3
K41D1 + K42D2 + K43D3 + K44D4+ K45D5 + K46D6 = P4
K51D1 + K52D2 + K53D3 + K54D4+ K55D5 + K56D6 = P5
K61D1 + K62D2 + K63D3 + K56D4+ K65D5 + K66D6 = P6
Lembrando que há diversos valores nulos do deslocamento o sistema fica
K11.0 + K12D2 + K13.0 + K14D4+ K15.0 +K16.0 = P1
K21.0 + K22D2 + K23.0 + K24D4+ K25.0 + K26.0 = 2
K31.0 + K32D2 + K33.0 + K34D4+ K35.0 + K36.0 = P3
K41.0 + K42D2 + K43.0 + K44D4+ K45.0 + K46.0 = 0
K51.0 + K52D2 + K53.0 + K54D4+ K55.0 + K56.0 = P5
K61.0 + K62D2 + K63.0 + K56D4+ K65.0 + K66.0 = P6
Finalmente separando a segunda equação e a quarta tem-se:

K22D2 + K24D4 = - qL2/12


K42D2 + K44D4 = 0
que substituindo os valores dos coeficientes de rigidez:
(4EI/L). D2 + (2EI/L). D4= - qL2/12
(2EI/L). D2 + (8EI/L). D4=0
Assim D4 =-0,25D2
4 EI 2 EI  0,25  D2  qL2 qL3
Portanto  D2     D2  
L L  1  12 42  EI

D2 qL3
e D4   
4 168  EI

Com os valores dos deslocamentos conhecidos é possível determinar as reações de apoio


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12 EI 6 EI 12 EI 6 EI 
 L3  0 0 
L2 L3 L2
 
 6 EI 4 EI 6 EI
 3
2 EI
0 0 


0 

 L 3
L L L  qL3 
   
 42  EI 
12 EI  6 EI 24 EI
0 
12 EI 6 EI   
 L2 L3 L3 L3 L2   0 
K   x
 qL3


 6 EI 2 EI
0
8 EI 6 EI
 2
2 EI   168  EI 
 L2 L L L L  



   0 
 0 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI   
0   2  2  
 L3 L L3 L   0 
 
 0 6 EI 2 EI 6 EI 4 EI 
0  2
 L2 L L L 
 qL 
 P1  2 
 2

 0  qL 
 12 
 
 P  qL  qL 
 3 2 2 
 2 2 
0  qL  qL 
 12 12 
 
 P  qL 
 5
2 
 2 
 P6  qL 
 12 

Da multiplicação da primeira linha é possível escrever


6 EI  qL3 6 EI qL3 qL 66
    P1   P1   qL
L 42  EI
2
L 168  EI
2
2 168
Da multiplicação da terceira linha é possível escrever
6 EI  qL3 qL3 48
 2   0  P3  qL  P3   qL
L 42  EI 168  EI 42
Da multiplicação da quinta linha é possível escrever
 qL3 6 EI qL3 qL 13
0  2   P5   P5   qL
42  EI L 168  EI 2 28
Da multiplicação da sexta linha é possível escrever
 qL3 2 EI qL3 qL2 6
0    P6   P6    qL2
42  EI L 168  EI 12 84
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Com os dois valores dos deslocamentos e considerando agora as coordenadas locais e a


equação (3.11)
{p}= [Kel]{d}
As ações internas são dadas pela matriz de rigidez de cada elemento pelos deslocamentos
nodais do elemento (os deslocamentos globais transformados em locais).
Aplicando para o primeiro elemento
A matriz do elemento é dada pela figura 3.1
 12EI 6 EI 12 EI 6 EI 
 L3 
L2 L3 L2 
 6 EI 4 EI 6 EI 2 EI 
 2  2 
 k    12L EI L
6 EI
L
12 EI
L 
6 EI
  2  2 
 L3 L L3 L
 6 EI 2 EI 6 EI 4 EI 
 2  2 
 L L L L 
o vetor deslocamento nodal para as coordenadas locais do elemento 1 fica
 0 
 
 qL3 
 
 42  EI 
d  
 0 
 
 qL 3

 168  EI 
 
Resultando no vetor esforços solicitantes
 qL 
 p1  2 
 2

 p  qL 
 2 12 
p 
 p  ql 
 3 2 
 2
 p  qL 
 12 
4

ou seja
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 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI   0   18 

 L3 L2 L3 L 2      168  qL 
   qL3   
   
  1  qL2 
 6 EI 4 EI 6 EI 2 EI   42 EI 
 
 L2 L L2 L  
  12 
0  
   

 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI   qL 
3  18  qL 
   2     168 
 L3 L2 L3 L   168 EI   
   4  qL2 
 6 EI 2 EI 6 EI 4 EI   168 
 L2 
L L2 L 

 qL   18 
 p1  2    168  qL 
 2
  
 p  qL   1 2 
 2 12    12  qL 
p   
 p    18  qL 
ql
 3 2   168 
   
 p  qL   4  qL2 
2

 12   168 
4

 18qL qL 66  qL
p1   
168 2 168
qL 1  qL
2 2
p2   0
12 12
18qL qL 102  qL
p3   
168 2 168
qL 2
4  qL2
18
p4      qL2
12 168 168

Aplicando analogamente para o segundo elemento chega-se a

 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI   0   6 

 168  qL 
 
 L3 L2 L3 L2   qL3 
     
  168 EI   1  qL2 
 6 EI 4 EI 6 EI 2 EI   
  0   42 
 L2 L L2 L   
   
 
 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI  
0    6  qL 
   2   168 
 L3 L2 L3 L   
   1  qL2 
 6 EI 2 EI 6 EI 4 EI   84 
 L2 
L L2 L 

e ainda
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 qL   6 
 p1     qL 
2
 2
  168 
 p  qL   1 2 
 2 12   42  qL 
p  
 p  ql   6  qL 
 3 2   168 
 2
 
 p  qL   1  qL2 
 4 12   84 

6  qL qL 90  qL
p1   
168 2 168
qL 1  qL
2 2
18
p2     qL2
12 42 168
6qL qL 68  qL
p3    
168 2 168
qL2 1  qL2 6
p4       qL2
12 84 84

Para poder comparar com o programa FTOOL (Martha (2007)) serão usados L=4m;
E=2100 MPa, I=4,5x10-4m4e q=10 kN/m.
Os resultados numéricos da solução em análise matricial são:
Deslocamentos
qL3
D2   = -1,612x10-3 rd
42  EI

D2 qL3
D4    = 4,03x10-4 rd
4 168  EI

No sistema global da estrutura – reações de apoio


66
 P1   qL = 15,71 kN
168
48
 P3   qL = 45,71 kN
42
13
 P5   qL = 18,57 kN
28
6
 P6    qL2 =-11,42 kM.m
84
No elemento 1 – esforços internos
66  qL
p1   15,71 kN
168
p2  0
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102  qL
p3  = 24,28 kN
168
18
p4    qL2  -17,14 kN.m
168

No elemento 2 – esforços internos


90  qL
p1 = 21,43 kN
168
18
p2   qL2 =17,14 kN.m
168
68  qL
p3  =18,57 kN
168
6
p4    qL2 = -11,42 kN.m
84

Os Resultados obtidos com o programa estão na figura 3.18 mostram a equação da


deformada o diagrama de momento fletor, o diagrama de cortante e também as reações de
apoios com os resultados concordando com os obtidos com a análise feita. Neste caso
considerou-se

Node Node
Results Results
Support Support
Reactions: Reactions:
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Fx = 0.00 kN Fx = 0.00 kN
Fy = 15.71 kN Fy = 45.71 kN
Mz = 0.00 kNm Mz = 0.00 kNm

Nodal Nodal
Displacements: Displacements:
Dx = 0.000e+000 mm Dx = 0.000e+000 mm
Dy = 0.000e+000 mm Dy = 0.000e+000 mm
Rz = -1.612e-003 rad Rz = 4.031e-004 rad

Figura 3.39 Resultados do exemplo 2 obtidos com o programa FTOOL

3.13 -Consideração do efeito de temperatura


Em relação a temperatura há algumas premissas que precisam ser discutidas. O estado de
variação de temperatura provoca na estrutura um estado de deformação. Se a estrutura é
isostática não há alteração de esforços internos apenas há variação na deformação. No caso
de uma estrutura hiperestática, via de regra o estado de deformação estará restringido em
alguns pontos e haverá, portanto uma modificação nos esforços solicitantes.

Figura 3.40 – Deformação de Barra submetida a uma por variação uniforme de temperatura

Em relação à variação de temperatura há duas situações a se considerar: Uma variação


uniforme em que todo o elemento vai variando de valor (nas fibras extremas a temperatura
tem o mesmo valor apenas variável com o tempo). Neste caso há apenas uma variação do
comprimento da barra que se restringido fará com que surja nesta direção um esforço que
dado por:

  L    t (3.34)

Com
L- distancia da seção até o ponto indeslocável à temperatura (distância ao centro de
temperatura)
 - coeficiente de dilatação térmica
t - variação de temperatura

Usando a Lei de Hooke

  E  (3.35)
Com
  N / A - Tensão normal na barra
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   / L - deformação específica
E - módulo de elasticidade da barra
Chega-se a

N  E  A    t (3.36)

Outra situação comum em estruturas é quando se tem em uma face do elementos (por
exemplo a superior) uma temperatura T1 e na outra (inferior, por exemplo) T2 há o
encurvamento da seção. A rotação da seção pode ser avaliada considerando a expressão
clássica de aumento de comprimento ( L    t ) de cada uma das fibras e calculando assim
a variação da rotação ou seja:
d    T1  T2  M
 
ds h EI
Desta forma surge nas extremidades do elemento uma ação dada por

EI     T1  T2 
M (3.37)
h

Com h a altura da seção.


Geralmente os programas consideram que quando há esta variação acontecerá no cg da
seção um valor de To obtido por interpolação linear dos valores T1 e T2 (há também aqueles
que adotam simplesmente T0=0,5(T1+T2)). Desta forma será considerado alem do
encurvamento da barra o seu alongamento segundo o eixo com T0 aplicando a expressão n

Figura 3.41 – Barra sofrendo uma deformação por variação uniforme de temperatura

• Para resolver pelo método da rigidez uma estrutura em tais condições,


primeiramente deve-se separar os elementos de barra, engastando-os nas
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extremidades e obtendo-se as reações de fixação provocadas pela ação da


temperatura;
• Com essas reações de fixação (tendo os sentidos trocados), compõem-se o
carregamento nodal equivalente (CNE), dando-lhes o mesmo tratamento daqueles
provenientes de carga no elemento, resolvendo-se, assim, a estrutura;
• No caso de variação (linear) de temperatura (externa e interna), se a temperatura na
altura do centróide da seção transversal não varia, não há tendência à mudança de
comprimento do elemento, e as ações de engastamento perfeito consistem apenas
dos momentos MA e MB;

Caso contrário, faz-se uma combinação das duas situações da tabela a seguir;

Figura 3.42 – Deformação de Barra submetida a uma por variação de temperatura


com temperaturas distintas nas duas faces

Exercício :
Resolver o pórtico plano indicado b[na figura mnmnm. Considerar para tanto os seguintes
dados: A= 0,2 m2; I=0,05 m4, 2x107kN/m2, α=10-5/0C , Texterno=-100 e Tinterno=300 C.

Figura 3.43 – Deformação de Barra submetida a uma por variação de temperatura com
temperaturas distintas nas duas faces
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10 m

2
1 1

5m
2
3
1 3

10 m

2 5

3 6
1 4

5m
2 8
3 9
1 7

2 5
3 6
1 4

2
1 1
2 2
3
1

2
Y

X 3
5
6
4

10 m

10 m

2
1 1

2
1 1
2

5m
2
2 3
5m

1 3
2
3
1 3

10 m

10 m 2 5
3 6
2 5 1 4

3 6 1
1 4
1

5m
2 2 8
5m

3 9
2 8 7
1
3 9
1 7

2 5
2 5 3 6
3 6
1 4
1 4
2
1 1
2
1 1 2 2
2 2 3
3
1
1

2
2
Y
Y

X 3
X 3 5
5
6
6
4
4

Figura 3.44 - Estrutura do exemplo, com as coordenadas globais dos deslocamentos e


com as coordenadas locais
Para montar a matriz de rigidez faz-se a acumulação de cada elemento (no caso apenas 2).
A matriz de rigidez de um elementos com as coordenadas indicadas é dada por:
 EA EA 
 L 0 0 - 0 0 
L
 12EI 6EI 12EI 6EI 
 0 0 - 
 L3 L2 L3 L2 
 0 6EI 4EI 6EI 2EI 
0 - 2
 L2 L L L 
 EA EA 
- 0 0 0 0 
 L L 
 0 12EI 6EI 12EI 6EI 
- - 0 - 2
 L3 L2 L3 L 
 6EI 2EI 6EI 4EI 
 0 0 - 2 
 L2 L L L 
Assim com os valores numéricos para o elemento 1 tem-se :
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Matriz de Rigidez da Barra 1


400000 0 0 -400000 0 0
0 12000 60000 0 -12000 60000
0 60000 400000 0 -60000 200000
[K]1 = -400000 0 0 400000 0 0
0 -12000 -60000 0 12000 -60000
0 60000 200000 0 -60000 400000

Considerando que o ângulo do eixo local do elemento 1 com o global é α=0 tem-se a matriz
de rotação e a sua transposta

Matriz de Rotaçao da Barra 1


1,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
0,000 1,000 0,000 0,000 0,000 0,000
0,000 0,000 1,000 0,000 0,000 0,000
[R]1 = 0,000 0,000 0,000 1,000 0,000 0,000
0,000 0,000 0,000 0,000 1,000 0,000
0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,000

Matriz de Rotaçao da Barra 1 - Transposta


1,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
0,000 1,000 0,000 0,000 0,000 0,000
0,000 0,000 1,000 0,000 0,000 0,000
[R]1T = 0,000 0,000 0,000 1,000 0,000 0,000
0,000 0,000 0,000 0,000 1,000 0,000
0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,000

Fazendo-se a operação [R]1T.[K]1 e depois [R]1T.[K]1. [R]1


400000 0 0 -400000 0 0
0 12000 60000 0 -12000 60000
0 60000 400000 0 -60000 200000
[R]1T.[K]1 = -400000 0 0 400000 0 0
0 -12000 -60000 0 12000 -60000
0 60000 200000 0 -60000 400000

[R]1T.[K]1.[R]1 = 400000
0
0
12000
0
60000
-400000
0
0
-12000
0
60000
0 60000 400000 0 -60000 200000
-400000 0 0 400000 0 0
0 -12000 -60000 0 12000 -60000
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0 60000 200000 0 -60000 400000


Para o elemento 2 as operações são similares lembrando a correspondência das
coordenadas locais com as globais:
Deslocamento na coordenada 1 do elemento 2 nó inicial ----- deslocamento global 4
Deslocamento na coordenada 2 do elemento 2 nó inicial ----- deslocamento global 5
Deslocamento na coordenada 3do elemento 2 nó inicial ----- deslocamento global 6
Deslocamento na coordenada 1 do elemento 2 nó final ----- deslocamento global 7
Deslocamento na coordenada 2 do elemento 2 nó final ----- deslocamento global 8
Deslocamento na coordenada 3 do elemento 2 nó final ----- deslocamento global 9

E agora o ângulo do eixo local do elemento 2 com o global é α=-900

Matriz de Rigidez da Barra 2


800000 0 0 -800000 0 0
0 96000 240000 0 -96000 240000
0 240000 800000 0 -240000 400000
[K]2= -800000 0 0 800000 0 0
0 -96000 -240000 0 96000 -240000
0 240000 400000 0 -240000 800000

Matriz de Rotação da Barra 2


0,000 -1,000 0,000 0,000 0,000 0,000
1,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
0,000 0,000 1,000 0,000 0,000 0,000
[R]2 = 0,000 0,000 0,000 0,000 -1,000 0,000
0,000 0,000 0,000 1,000 0,000 0,000
0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,000

Matriz de Rotaçao da Barra 3 - Transposta


0,000 1,000 0,000 0,000 0,000 0,000
-1,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
0,000 0,000 1,000 0,000 0,000 0,000
[R]2T = 0,000 0,000 0,000 0,000 1,000 0,000
0,000 0,000 0,000 -1,000 0,000 0,000
0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,000

0 96000 240000 0 -96000 240000


-800000 0 0 800000 0 0
0 240000 800000 0 -240000 400000
[R]2T.[K]2 = 0 -96000 -240000 0 96000 -240000
800000 0 0 -800000 0 0
0 240000 400000 0 -240000 800000
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96000 0 240000 -96000 0 240000


0 800000 0 0 -800000 0
240000 0 800000 -240000 0 400000
[R]2T.[K]2.[R]2 = -96000 0 -240000 96000 0 -240000
0 -800000 0 0 800000 0
240000 0 400000 -240000 0 800000

Acumulando as duas matrizes chega-se a matriz de rigidez da estrutura

Matriz de Rigidez Global da Estrutura


400000 0 0 -400000 0 0 0 0 0
0 12000 60000 0 -12000 60000 0 0 0
0 60000 400000 0 -60000 200000 0 0 0
-400000 0 0 496000 0 240000 -96000 0 240000
[K] = 0 -12000 -60000 0 812000 -60000 0 -800000 0
0 60000 200000 240000 -60000 1200000 -240000 0 400000
0 0 0 -96000 0 -240000 96000 0 -240000
0 0 0 0 -800000 0 0 800000 0
0 0 0 240000 0 400000 -240000 0 800000

Impondo as condições de restrição segundo as direções (globais) 1, 2, 3, 7, 8 e 9 e usando a


técnica do zero e um chega-se a

Técnica dos zeros e um - Imposição das Condições de Contorno - Matriz [K G]

1 0 0 0 0 0 0 0 0
0 1 0 0 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0 496000 0 240000 0 0 0
0 0 0 0 812000 -60000 0 0 0
[K]G =
0 0 0 240000 -60000 1200000 0 0 0

0 0 0 0 0 0 1 0 0

0 0 0 0 0 0 0 1 0

0 0 0 0 0 0 0 0 1
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Cuja matriz inversa é dada por

Matriz Inversa - [KG]-1

1,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000


0,00000000 0,00000000 0,00000000 0,00000000
0 0 0 0 0
0,0000000 1,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000
0,00000000 0,00000000 0,00000000 0,00000000
0 0 0 0 0
0,0000000 0,0000000 1,0000000 0,0000000 0,0000000
0,00000000 0,00000000 0,00000000 0,00000000
0 0 0 0 0
0,0000000 0,0000000 0,0000000 - - 0,0000000 0,0000000
0,00000223 0,00000000
0 0 0 0,00000003 0,00000045 0 0
0,0000000 0,0000000 0,0000000 - 0,0000000 0,0000000
[KG]-1 = 0,00000124 0,00000007 0,00000000
0 0 0 0,00000003 0 0
0,0000000 0,0000000 0,0000000 - 0,0000000 0,0000000
0,00000007 0,00000093 0,00000000
0 0 0 0,00000045 0 0
0,0000000 0,0000000 0,0000000 1,0000000 0,0000000
0,00000000 0,00000000 0,00000000 0,00000000
0 0 0 0 0
0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000 1,0000000
0,00000000 0,00000000 0,00000000 0,00000000
0 0 0 0 0
0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000
0,00000000 0,00000000 0,00000000 1,00000000
0 0 0 0 0

Agora falta só considerar as ações impostas


Elemento 1:
Momentos
EI     T1  T2  2  10 7  0,05  1  10 5   30  (10) 
M =  400 kN.m
h 1
Normal (considerando no meio da altura uma temperatura de 100C)
N  E  A    t = N  2  10 7.0,2  1  10 5  10  400 kN
Ficando o vetor de ações nodais equivalentes (não é preciso multiplicar pela R pois neste
caso é a identidade)

 400 
 
 0 
 400 
 
p1   
  400 
 0 
 

  400 

Elemento 2:
n
{Pes}= R
i 1
T {p}i (3.33)

0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 400,00 0,00


-1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -400,00
0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 X 400,00 = 400,00
0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 0,00 -400,00 0,00
0,00 0,00 0,00 -1,00 0,00 0,00 0,00 400,00
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COMPUTADOR
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0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 -400,00 -400,00

Os valores são quase os mesmos


 0 
 400
 
 400 
 
p2  
 0 
 400 
 

 400

A matriz de ações globais fica (considerando as restrições) e trocando os sinais


 0 
 0 
 
 0 
 
 400
 
P   400
 0 
 
 0 
 
 0 
 0 
 
Fazendo a matriz inversa pelo vetor de cargas tem-se os deslocamentos da estrutura

Matriz Inversa - [KG]-1

1,0000000 0,0000000 0,0000000 0,00000000 0,00000000 0,00000000 0,0000000 0,0000000 0,00000000


0,0000000 1,0000000 0,0000000 0,00000000 0,00000000 0,00000000 0,0000000 0,0000000 0,00000000
0,0000000 0,0000000 1,0000000 0,00000000 0,00000000 0,00000000 0,0000000 0,0000000 0,00000000
- -
0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,00000223 0,0000000 0,0000000 0,00000000
0,00000003 0,00000045
[K G -1
] 0,0000000 0,0000000 0,0000000 -0,00000003 0,00000124 0,00000007 0,0000000 0,0000000 0,00000000
=
0,0000000 0,0000000 0,0000000 -0,00000045 0,00000007 0,00000093 0,0000000 0,0000000 0,00000000

0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,00000000 0,00000000 0,00000000 1,0000000 0,0000000 0,00000000

0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,00000000 0,00000000 0,00000000 0,0000000 1,0000000 0,00000000


0,0000000
0,0000000 0,0000000 0,00000000 0,00000000 0,00000000 0,0000000 0,0000000 1,00000000
0

Vetor Ações
Vetor Deslocamento
Nodais
X 0,00 = 0 = 0,00000000
0,00 0 0,00000000
0,00 0 0,00000000
400,00 u4 0,00087996
ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM CONCRETO ARMADO USANDO PROGRAMAS DE 71
COMPUTADOR
ROBERTO CHUST CARVALHO, ANTONIO FARIA

400,00 u5 0,00048138
0,00 u6 -0,00015192
0,00 0 0,00000000
0,00 0 0,00000000
0,00 0 0,00000000

Multiplicando a matriz de rigidez pelos deslocamentos encontradas e usando as ações


nodais equivalentes tem-se as reações de apoio
Vetor
Matriz de Rigidez Deslocam
ento -
Global da Estrutura Global
400000 0 0 -400000 0 0 0 0 0 0,000000
0 12000 60000 0 -12000 60000 0 0 0 0,000000
0 60000 400000 0 -60000 200000 0 0 0 X 0,000000
-400000 0 0 496000 0 240000 -96000 0 240000 0,000880
0 -12000 -60000 0 812000 -60000 0 -800000 0 0,000481
[K] = 120000 -
0 60000 200000 240000 -60000 0 400000 -0,000152
0 240000
-
0 0 0 -96000 0 -240000 96000 0 0,000000
240000
0 0 0 0 -800000 0 0 800000 0 0,000000
-
0 0 0 240000 0 400000 0 800000 0,000000
240000

= Vetor das Forças Externas


R1 -400,0000 -351,99
R2 0,0000 -14,89
ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM CONCRETO ARMADO USANDO PROGRAMAS DE 72
COMPUTADOR
ROBERTO CHUST CARVALHO, ANTONIO FARIA

R3 -400,0000 -59,27
0 400,0000 400,00
0 400,0000 400,00
0 0,0000 0,00
R7
R8
+ 0,0000
-400,0000
= -48,01
-385,11
R9 400,0000 150,42

Reações de Apoio
R1 48,01 (kN)
R2 -14,89 (kN)
R3 340,73 (kN.m)
R4 0,00 (kN)
R5 0,00 (kN)
R6 0,00 (kN.m)
R7 -48,01 (kN)
R8 14,89 (kN)
R9 -249,58 (kN.m)
Os esforços nos elementos obtêm-se multiplicando a matriz de rigidez de cada elemento
pelo vetor deslocamento no eixo local e somando-se as ações nas barras

Barra 1
Matriz de Rotação da Barra 1 Desl. GlobalDesl. Local
[R]1 = 1 0 0 0 0 0 0 u1 0
0 1 0 0 0 0 0 u2 0
0 0 1 0 0 0 x 0 = u3 = 0
0 0 0 1 0 0 0,00088 u4 0,00088
0 0 0 0 1 0 0,000481 u5 0,000481
0 0 0 0 0 1 -0,00015 u6 -0,00015

Matriz de Rigidez da Barra 1 Desl. Global Esf. nos Nós - B1


[K]1 = 400000 0 0 -400000 0 0 0 R1 -351,985
0 12000 60000 0 -12000 60000 0 R2 -14,892
0 60000 400000 0 -60000 200000 x 0 = R3 = -59,2678
-400000 0 0 400000 0 0 0,00088 R4 351,9852
0 -12000 -60000 0 12000 -60000 0,000481 R5 14,89202
0 60000 200000 0 -60000 400000 -0,00015 R6 -89,6524

Ações Locais - Membro 01 Esforços Extr. - Membro 01


ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM CONCRETO ARMADO USANDO PROGRAMAS DE 73
COMPUTADOR
ROBERTO CHUST CARVALHO, ANTONIO FARIA

R1 (kN) 400 R1 (kN) 48,01484


R2 (kN) 0 R2 (kN) -14,892
R3 (kN.m) 400 R3 (kN.m) 340,7322
R4 (kN) -400 R4 (kN) -48,0148
R5 (kN) 0 R5 (kN) 14,89202
R6 (kN.m) -400 R6 (kN.m) -489,652

Barra 2

Matriz de Rotação da Barra 2 Desl. Global Desl. Local


[R]2 = 0,00 -1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00088 u1 -0,00048
1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00048 u2 0,00088
0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 x -0,00015 = u3 = -0,00015
0,00 0,00 0,00 0,00 -1,00 0,00 0,00000 u4 0,00000
0,00 0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00000 u5 0,00000
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 0,00000 u6 0,00000

Matriz de Rigidez da Barra 2 Desl Local Esf. nos Nós – B2


[K]2 = 800000 0 0 -800000 0 0 -0,00048 R1 -385,108
0 96000 240000 0 -96000 240000 0,00088 R2 48,01484
0 240000 800000 0 -240000 400000 x -0,00015 = R3 = 89,65243
-800000 0 0 800000 0 0 0,00000 R4 385,108
0 -96000 -240000 0 96000 -240000 0,00000 R5 -48,0148
0 240000 400000 0 -240000 800000 0,00000 R6 150,4218

Ações Locais - B 02 Esforços Extr. - B 02


R1 (kN) 400 R1 (kN) 14,89202
R2 (kN) 0 R2 (kN) 48,01484
R3
R3 (kN.m) 400 (kN.m) 489,6524
R4 (kN) -400 R4 (kN) -14,892
R5 (kN) 0 R5 (kN) -48,0148
R6
R6 (kN.m) -400 (kN.m) -249,578
Comparando com o Ftool
Momento fletor
ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM CONCRETO ARMADO USANDO PROGRAMAS DE 74
COMPUTADOR
ROBERTO CHUST CARVALHO, ANTONIO FARIA

Cortante

Normal
ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM CONCRETO ARMADO USANDO PROGRAMAS DE 75
COMPUTADOR
ROBERTO CHUST CARVALHO, ANTONIO FARIA

3.14 -Consideração de apoios elásticos


Usando a técnica dos zeros e um, a consideração do apoio elástico é bem simples. O
deslocamento no apoio elástico é proporcional a uma constante C. Assim na direção do
vínculo com apoio elástico surge como esforço o valor de C (coeficiente de mola)
multiplicado pelo deslocamento ui. Matricialmente equivale escrever

 :  : : : : : : : :  : 
     
 :  : : : : : : : :  : 
  : : : : : : : ;  : 
:    
 
 :  ; : : : : : : : : 
    
 C  u i  : : : : K ii : : : u i 
   
:
: : : : : : : :  : 
   
 :  : : : : : : : :  : 
     
 :  : : : : : : : : 
: 

Esta expressão pode ser escrita da forma:


ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM CONCRETO ARMADO USANDO PROGRAMAS DE 76
COMPUTADOR
ROBERTO CHUST CARVALHO, ANTONIO FARIA

 :  : : : : : : : :  : 
  : : : : : : :
  
:  : 
: 
 :  : : : : : : : ;  : 
     
 :  ; : : : : : : : : 
   
0 : : : : K ii  C : : : u i 
 :  : : : : : : :

:  : 
    
 :  : : : : : : : :  : 
     
 :  : : : : : : : : 
: 
Desta forma basta consideração diagonal principal da matriz de rigidez da estrutura o
acréscimo do valor da constante de mola.

Exercício Calcular os
esforços na estrutura
considerando dados
E=21000 MPa, I=4,5x10-
4 4
m , C=100 KN/m

A estrutura apresenta as coordenadas locais e globais dadas por

esquema da estrutura
1 3 5
2 1 4 2 6
1 2 3
coordenadas locais eixos locais
1 3 y
2 1 4 x 1
1 2 1 2

1 3 y
2 2 4 x2
1 2 1 2
Considerando inicialmente a estrutura sem o coeficiente de mola a matriz de rigidez é dada
(ver exemplo 1) por
ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM CONCRETO ARMADO USANDO PROGRAMAS DE 77
COMPUTADOR
ROBERTO CHUST CARVALHO, ANTONIO FARIA

12 EI 6 EI 12 EI 6 EI 
 L3  0 0 
L2 L3 L2
 6 EI 4 EI 6 EI 2 EI 
 2  2 0 0 
 L L L L 
12 EI 6 EI
 2
24 EI
0 
12 EI 6 EI 
 3 L3 L3 L2 
K  L L
6 EI 2 EI 8 EI 6 EI 2 EI 
 2 0  2 
 L L L L L 
 0 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI
0   2  2 
 L3 L L3 L 
 6 EI 2 EI 6 EI 4 EI 
 0 0  2 
 L2 L L L 
Considerando agora a colocação da mola na direção 3
12 EI 6 EI 12 EI 6 EI 
 L3  0 0 
L2 L3 L2
 6 EI 4 EI 6 EI 2 EI 
 2  2 0 0 
 L L L L 
12 EI 6 EI
 2
24 EI
C 0
12 EI 6 EI 
 3
 3 L3 L2 
K  L L L
6 EI 2 EI 8EI 6 EI 2 EI 
 2 0  2 
 L L L L L 
 0 12 EI 6 EI 12 EI 6 EI 
0   2 
 L3 L L3 L2 
 6 EI 2 EI 6 EI 4 EI 
 0 0  2 
 L2 L L L 

O vetor dos deslocamentos considerando que segundo as direções 1, 2, 3, 5 e 6 são nulas


(pois há vínculos que restringem os deslocamentos).fica com a forma:
 0 
 
 0 
 0 
D 
 D4 
 
 0 
 
 0 
O vetor de ações fica com a forma
ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM CONCRETO ARMADO USANDO PROGRAMAS DE 78
COMPUTADOR
ROBERTO CHUST CARVALHO, ANTONIO FARIA

 P1 
 
 P2 
 100
P 
 P4 
 
 P5 
 
 P6 
E finalmente considerando a técnica dos zero e um e ainda

24 EI 24  21000000  4,5  10 4
 C   100 = 3543,75
L3 43

8 EI 8  21000000  4,5  10 4
  18900
L 4

1 0 0 0 0 0  0   P1 
0 0 0    
 1 0 0  0   P2 
0 0 3543,75 0 0 0  u3   100
  
  x    
0 0 0 18900 0 0 u 4   0 
0 0 0 0 1 0  0   P5 
     
0 0 1 0 1 1 0  
 P6 

Podem-se tirar então

3543,75  u3  100 u 3  0,00282m =28,2 mm


18900  u 4  0 u 4  0,0

Para achar os valores dos esforços basta multiplicar a matriz de rigidez de cada elemento
pelo seu vetor de deslocamento correspondente

Elemento 1
1771,9 3543,75 -1771,88 3543,75 0 -48,6203
3543,8 9450 -3543,75 4725 x 0 = -97,2405
-1772 -3543,75 1771,875 -3543,75 0,02744 48,62025
3543,8 4725 -3543,75 9450 0 -97,2405

Elemento 1
1771,9 3543,75 -1771,88 3543,75 0,02744 48,62094
3543,8 9450 -3543,75 4725 x 0 = 97,2405
-1772 -3543,75 1771,875 -3543,75 0 -48,6203
3543,8 4725 -3543,75 9450 0 97,2405
ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM CONCRETO ARMADO USANDO PROGRAMAS DE 79
COMPUTADOR
ROBERTO CHUST CARVALHO, ANTONIO FARIA

As reações são obtidas diretamente da observação dos esforços


-48,6 0,0 0,0 -48,6
-97,2 0,0 0,0 -97,2
48,6 48,6 -100,0 -2,8
-97,2 + 97,2 + 0,0 = 0,0
0,0 -48,6 0,0 -48,6
0,0 97,2 0,0 97,2

A solução encontrada no Ftool

Momento Fletor

Cortante
ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM CONCRETO ARMADO USANDO PROGRAMAS DE 80
COMPUTADOR
ROBERTO CHUST CARVALHO, ANTONIO FARIA

Deformação

Node Results Support Reactions: Nodal Displacements:


Fx = 0.0 kN Dx = 0.000e+000 mm
Fy = 2.7 kN Dy = -2.744e+001 mm
Mz = 0.0 kNm Rz = 0.000e+000 rad

3.15 – Consideração de recalques

Usando a técnica de zeros e hum será preciso logicamente na direção de restrição em que
há o recalque considerar no vetor de carga o valor do deslocamento de recalque, já que o
deslocamento será considerado nesta direção zero. Porem há ainda o efeito do recalque nas
outras coordenadas restringidas. Neste caso é preciso colocar no vetor de cargas os valores
de Fi – Ki,r x Ur onde Ur é o recalque que ocorre na direção r.

De forma análoga ao caso da variação de temperatura, as modificações impostas na


montagem de estruturas são consideradas no método da rigidez através do cálculo do
carregamento nodal equivalente (CNE) a partir das reações de engastamento produzidas por
deslocamentos de extremidade;
ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM CONCRETO ARMADO USANDO PROGRAMAS DE 81
COMPUTADOR
ROBERTO CHUST CARVALHO, ANTONIO FARIA

Exemplo
Resolver a estrutura dada considerando I=1 m4 E= 100 MPa e o recalque de 10 cm no
primeiro apoio na direção vertical para baixo.

Resolvendo
Matriz de Rigidez da Barra 1
1200 6000 -1200 6000
6000 40000 -6000 20000
[K]1 = -1200 -6000 1200 -6000
6000 20000 -6000 40000

Matriz de Rigidez da Barra 2

[K]2 = 9.600
24.000
24.000
80.000
-9.600
-24.000
24.000
40.000
-9.600 -24.000 9.600 -24.000
ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM CONCRETO ARMADO USANDO PROGRAMAS DE 82
COMPUTADOR
ROBERTO CHUST CARVALHO, ANTONIO FARIA

24.000 40.000 -24.000 80.000

Matriz de Rigidez da Estrutura


1200 6000 -1200 6000 0 0
6000 40000 -6000 20000 0 0
-1200 -6000 10.800 18.000 -9.600 24.000
[K] = 6000 20000 18.000 120.000 -24.000 40.000
0 0 -9.600 -24.000 9.600 -24.000
0 0 24.000 40.000 -24.000 80.000

Impondo as condições de contorno

Técnica dos zero e um - Imposição das Condições de


Contorno - Matriz [KG]
1 0 0 0 0 0
0 1 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0
0 0 0 120.000 0 0
0 0 0 0 1 0
0 0 0 0 0 1

Para considerar o recalque é preciso agora fazer as correções do vetor de carregamento


Vetor de Ações
Nodais acréscimo
R1 0,00 -0,010
R2 0,00 0,000
R3 0,00 0,000
0 0,00 60,000
R5 0,00 0,000
R6 0,00 0,000

Vetor de cargas final


ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM CONCRETO ARMADO USANDO PROGRAMAS DE 83
COMPUTADOR
ROBERTO CHUST CARVALHO, ANTONIO FARIA

Vetor de Açoes
Nodais

R1 -0,010
R2 0,000
R3 0,000
0 60,000
R5 0,000
R6 0,000

Desta forma os deslocamentos podem ser obtidos


Vetor
Vetor
Matriz Inversa - Matriz [KG]-1 Açoes
Deslocamento
Nodais
1,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000 -0,01 0 -0,01
0,0000000 1,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000 x 0,00 = u2 0
0,0000000 0,0000000 1,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,00 0 0
0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000083 0,0000000 0,0000000 60,00 u4 0,0005
0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000 1,0000000 0,0000000 0,00 0 0
0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000 1,0000000 0,00 0 0

Com os deslocamentos obtidos chega-se aos esforços solicitantes


Ações nas
Vetor
Matriz de Rigidez da Estrutura Extremidades
Deslocam.
da Barra
1200 6000 -1200 6000 0 0 -0,01 -9,00 -9,000 R1 =
6000
-1200
40000
-6000
-6000
10.800
20000
18.000
0
-9.600
0
24.000
x 0
0
= -50,00
21,00
-50,000
21,000
R2 =
R3 =
[K] =
6000 20000 18.000 120.000 -24.000 40.000 0,0005 0,00 0,000 R4 =
0 0 -9.600 -24.000 9.600 -24.000 0 -12,00 -12,000 R5 =
0 0 24.000 40.000 -24.000 80.000 0 20,00 20,000 R6 =

E os esforços internos

Vetor Ações nas Extremidades da


Matriz de Rigidez da Barra 1
Deslocamento Barra

1200 6000 -1200 6000 x -0,01 = -9,00 0,00 Q1 = -9,000


6000 40000 -6000 20000 0 -50,00 0,00 Q2 = -50,000
[K]1 =
-1200 -6000 1200 -6000 0 9,00 0,00 Q3 = 9,000
6000 20000 -6000 40000 0,0005 -40,00 0,00 Q4 = -40,000
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Vetor Ações nas Extremidades da


Matriz de Rigidez da Barra 2
Deslocamento Barra

9.600 24.000 -9.600 24.000 x 0 = 12,00 0,01 Q1 = 12,010


24.000 80.000 -24.000 40.000 0,0005 40,00 0,00 Q2 = 40,000
[K]1 =
-9.600 -24.000 9.600 -24.000 0 -12,00 0,00 Q3 = -12,000
24.000 40.000 -24.000 80.000 0 20,00 0,00 Q4 = 20,000
Resolvendo com o FTOOL
Diagrama de momento

Diagrama de cortante

Deformação

Node Results Support Reactions: Nodal Displacements


Fx = 0.0 kN Dx = 0.000e+000 mm
Fy = 21.0 kN Dy = 0.000e+000 mm
Mz = 0.0 kNm Rz = 5.000e-004 rad
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CAPÍTULO 4 Programa de computador para cálculo de estruturas de barras prismáticas.


Com toda a introdução do capítulo 2 e 3 já é possível formular um procedimento
automatizado que permita para uma das estruturas apresentadas no quadro 2.1 ter seus
deslocamentos, esforços internos e reações de apoio conhecidos em função de dados da
geometria, seção transversal, características elásticas do material, apoios e ações atuantes.
Neste capítulo procura-se detalhar como pode ser feito um programa, usando para
exemplo o de uma viga continua, computacional usando o processo dos deslocamento com
análise matricial.

4.1 Esquema básico. Principais etapas


Na figura 4.1 encontra-se o fluxograma esquemático de um programa para resolução
de estruturas prismáticas usando computador.
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COMPUTADOR
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Figura 4.1 – Fluxograma esquemático de um programa para resolução de estruturas


prismáticas.
Cada uma das etapas consideradas é comentada ao longo deste capítulo e usando
para fins didáticos o programa de uma viga contínua com a linguagem PASCAL que pode
depois ser transformada em DELPHI.
Mostra-se que basicamente o programa deve possuir uma entrada de dados; depois
consta de uma parte repetitiva em que calcula para cada elemento da estrutura a matriz de
rigidez do mesmo e por meio de soma (aqui é usada a matriz de rotação) a matriz de rigidez
da estrutura. Após estes procedimento monta o vetor de ações atuantes. Com a relação das
restrições pode verificar quais equações são usadas para determinara os deslocamentos. O
passo seguinte é resolver o conjunto de equações lineares que permite conhecer todos os
deslocamentos da estrutura. Conhecidos os deslocamentos da estrutura pode-se conhecer
(novamente entra a matriz de rotação) os deslocamentos dos nós de cada elemento.
Conhecido os deslocamentos dos nós de cada elemento é possível calcular os esforços
solicitantes para cada elemento. A última etapa de cálculo é a determinação das reações de
apoio. Com todos valores calculados são montados arquivos de saídas com relatórios dos
procedimentos e resultados.
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Figura 4.1 – Fluxograma esquemático de um programa para resolução de estruturas


prismáticas.

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