Manuel Correia de Andrade-Geografia
Manuel Correia de Andrade-Geografia
Manuel Correia de Andrade-Geografia
CiEOCiRAFIA
Ciência da Sociedade
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M
anUel Correia de
Andrade nasceu
no e n g e nh o
Jundiá, em Vi c ê n c i a ,
Pernambuco a 3 de agosto de
1922. Fe z seus estudos
fundamentais na cidade em
que nasceu e os secundários e
s up e r i o r e s - D i r e i t o,
Geografia e História - no
Recife. ·Estudou no Rio de
Janeiro - 1956 ,... e.em P.aris na
..
.
GEOGRAFIA
Ciência da Sociedade
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qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gráficos, micro filmicos,
fotográficos, reprográficos, fonográficos e videográficos. Vedada a memorização e/ou
recuperação total ou parcial em qualquer sistema de processamento de dados e a
inclusão de qualquer parte da obra em qualquer programa jus cibernético. Essas
proibições aplicam-se também às características gráficas da obra e à sua editoração.
GEOGRAFIA
Ciência da Sociedade
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UniversitáriWUFP E
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COMISSÃO EDITORIAL
EDITORA EXECUTIVA
EDITORA ASSOCIADA À
Associaç5o Brasileira de
Editorns Universitária<>
Inclui bibliografia
ISBN 85-7315-298-2
6. A GEOGRAFIA CLÁSSICA............................................... 99
6.1 Características da Geografia clássica.......................... 99
6.2 A escola alemã............................................................ 105
6.3 A escola francesa. ....................................................... 109
6.4 A escola britânica. .................... .................................. 117
6.5 A escola norte-americana............................................ 122
6.6 A escola russa. ............................................................ 125
7. A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA GEOGRAFIA
BRASILEIRA....................................................................... 129
7.1 Antecedentes............................................................... 129
7.2 A ação das universidades............................................ 133
7.3 A contribuição do IDGE. ............................................ 140
7.4 A contribuição da AGB. ............................................. 146
7.5 O Congresso Internacional e a maturidade da
Geografia brasileira. ................................................... 148
8. A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL E AS MODIFI-
CAÇÕES NO PENSAMENTO GEOGRÁFICO. ................ 151
8.1 O Impacto da Segunda Guerra Mundial sobre a
sociedade e a cultura................................................... 151
8.2 A conscientização dos geógrafos sobre o esgota-
mento da Geografia clássica. .................................... .. 154
8.3 Sistemas económicos, posições ideológicas e ciência
geográfica. .................................................................. 163
Q
uando escrevemos este livro levamos em conta a
importância do conhecimento geográfico na
interpretação dos· fatos que ocorrem no mundo,
levamos em conta tanto aqueles de ordem fisico-naturais, como
os resultantes da influência da sociedade na formação das
paisagens existente na superficie da Terra. Essa análise é
complementada pela interpretação que os cientistas sociais dão
ao processamento dos fatos e dos impactos causados sobre os
sistemas sociais e o meio ambiente.
Ao fazermos Geografia devemos levar em conta tanto o
processamento do que vai ocorrendo diariamente na superficie
do Planeta, como as idéias que norteiam a ação do homem nas
transformações que provocam. Em um país como o Brasil,
observamos processamentos que atingem os mais diversos
setores da sociedade, como o processo de ocupação da
Amazônia, onde milhões de quilômetros quadrados estão sendo
desmatados e a antiga floresta vai sendo substituída por campos
de pastagens e lavouras exploradas de forma predatória tanto
para a natureza como para a população local, em grande parte
desprovida dos recursos de que dispõe e de que sobrevive, ou
até destruída fisicamente.
Nas áreas tradicionalmente ocupadas, observa-se a luta
que se trava entre os grandes proprietários rurais e os
agricultores sem terra, ou com pouca terra, por espaço para a
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agricultura. Vê-se a disputa entre a perspectiva de desenvol
vimento de uma lavoura voltada para o mercado interno, feita
por pequenos proprietários, e de uma lavoura de exportação, do
chamado agro-negócio para atender a grandes proprietários e
empresas, muitas delas estrangeiras. Seria, em linguagem
figurada, a luta entre a mandioca e a soja. Observa-se aí também
o crescimento desmedido das cidades, muitas delas com mais
de um milhão de habitantes, e a evolução do processo de
urbanização, criando problemas de dificil solução. E o Brasil,
um dos maiores países do Mundo, vive esse problema de
crescimento com desigualdade que desafia seus pensadores na
procura de soluções as mais diversificadas.
Não se pode negar que o país possui uma geografia das
mais avançadas, mantendo mais de uma centena de cursos de
graduação e dezenas de cursos de pós-graduação - especia
lização, mestrado e doutorado - que seguem orientações as mais
diversas, diante dos desafios de suas várias regiões e da
influência das numerosas escolas geográficas. Daí a importância
dos estudos de geografia fisica, ligados a problemas do meio
ambiente, tanto relacionada ao processo de ocupação de áreas
tropicais úmidas - caso da Amazônia- como semi-áridas - caso
do Nordeste, de degradação do meio ambiente quer pelas
atividades agrárias quer pelas indústrias, com a degradação
dos solos feita por uma agricultura sem preocupações
preservacionistas, como pela indústria que polui o ar, e os solos
com seus resíduos e dejetos. Com o baixo nível da população,
dividida em classes ou grupos sociais com grandes desníveis de
renda, que espalha a pobreza, a miséria, o desemprego, a fome e
o baixo nível sanitário sobre essa população de mais de cento e
setenta milhões de habitantes.
Estes fatores têm contribuído para o desenvolvimento de
áreas do saber, comprometidos com a geografia agrária, a
geografia urbana, a geografia industrial, a geografia comercial e
a dos transportes e comunicações.
10 10
O Brasil vem tendo grande influência sobre os países
vizinhos, sobretudo em áreas consideradas em desenvolvimento,
e procura estender essa influência sobre a América Latina e o
Caribe, através de associação com a Argentina, através do
Mercado Comum Latino Americano, e sobre a África, através de
sua ação na Comunidade de Países de Língua Portuguesa,
aglutinando os vários países que foram, no passado, dominados
pelos portugueses. E, nesta ação, ele estende essa influência até
o Timor Leste, no Extremo Oriente. Também se desenvolvem
preocupações com o andamento do processo de globalização e
de relacionamento do Brasil com países importantes do Terceiro
Mundo e com os Estados Unidos e a União Européia. Daí o
grande crescimento dos estudos sobre relações internacionais e
da geopolítica.
Neste livro, procuramos enfatizar a importância da
Geografia como ciência social, ciência do homem, relacio
nando-a ao mesmo tempo, como ponto de partida para a
formação da cidadania e a conscientização de concepções
nacionalistas mais conciliatórias coin os desejos de paz e
harmonia entre os povos.
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INTRODUÇÃO
IMMWiiUI\I:W A f'IIHI& "-iltiAI
E
ste livro foi escrito visando fazer a análise da
evolução da Geografia e do pensamento
geográfico, desde a Antigüidade até os nossos
dias, em face da preocupação que atinge os geógrafos no
momento atual, quando várias alternativas se abrem ao
pensamento geográfico e se formam correntes que procuram
encaminhar o conhecimento geográfico em diversas direções.
Na realidade, desenvolvemos as nossas preocupações
abordando, ao mesmo tempo, a evolução da Geografia e do
pensamento geográfico.
Para nós o conhecimento científico e, consequentemente,
o geográfico estão profundamente comprometidos com as
estruturas sociais que servem de infra-estrutura às formações
culturais. As manifestações culturais, nos vários ramos do
conhecimento, não são estáticas nem estreitas, limitadas; muito
ao contrário, são dinâmicas e estão comprometidas com as
formas de ação e de pensamento oriundas das estruturas
dominantes na sociedade. Daí acreditarmos e procurarmos
demonstrar, no livro-texto que se segue, que a concepção da
Geografia como ciência e como ação está estreitamente ligada e
dependente das relações sociais, ao mesmo tempo em que o
pensamento geográfico não tem forma isolada, mas se
interpenetra com o pensamento das demais ciências, tanto
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soc1ms como naturais. Acima das especializações existe, para
nós, certa unidade no conhecimento científico.
Baseados nestes princípios é que organizamos este livro;
no primeiro capítul@, procuramos caracterizar a natureza da
ciência geográfica, passando em seguida, nos Capítulos 2, 3 e 4,
a fazer uma história da evolução do pensamento geográfico e do
conhecimento da superficie da terra, até a Idade Contemporânea.
Procuramos periodizar aquilo que chamamos Geografia institu
cionalizada, analisando o pensamento das principais figuras de
geógrafos, na fase de institucionalização, no período clássico -
época das escolas nacionais - e no período moderno, posterior à
Segunda Guerra Mundial, estudando as várias correntes,
apontando seus paradigmas e a influência ideológica a que estão
ligados. Daí chegarmos ao comprometimento político das novas
escolas e a contribuição do pensamento geográfico para a ação
política e social. Não esquecemos, ao abordarmos a proble
mática da Geografia, em escala mundial, de incorporar capítulos
ou partes de capítulos onde analisamos a evolução da Geografia
brasileira.
Este é um livro de síntese que se destina a um público
muito variado e heterogêneo, mas cremos que o sei.l maior
interesse está voltado para os estudantes de bacharelado e de
licenciatura dos 200 cursos de Geografia existentes no País e aos
milhares de professores de ensino médio, que trabalham isolados
·nas mais diversas cidades e têm dificuldades de acesso a uma
literatura mais especializada. Daí a rica bibliografia que o
acompanha. Ele interessa também aos estudantes dos vários
cursos de Ciências Sociais, de Filosofia, de História, de
Economia, de Política, de Direito, de Administração, de
Comunicações, de Relações Internacionais etc., que, natural
mente, têm interesse em conhecer as relações das ciências a que
se dedicam com a Geografia. Destina-se também aos professores
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de Geografia e às pessoas aficionadas a esta ciência; a fim de
melhor localizarem a posição desta ciência em seu campo de
estudos.
Esperamos que este livro provoque reflexões e debates e
que traga alguma contribuição à divulgação e à consolidação do
conhecimento geográfico no Brasil, prestigiando a Geografia e
os geógrafos na sociedade e na vida universitária.
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1
A GEOGRAFIA COMO CIÊNCIA
N
ão é fácil definir nem estabelecer, com
precisão, o q�e é a Geo�rafia; este ��ob! e
,
ma, porem, e comum as outras c1enc1as
sociais, pois não existem ciências estanques, com objetivo
bem delimitados, mas uma ciência única que, para facilitar
o estudo de determinadas áreas, foi dividida, um pouco
arbitrariamente, em várias outras, compartimentando-se
uma totalidade. Esta divisão da ciência em vários campos
do conhecimento foi o resultado tanto do alargamento do
conhecimento científico, tornando difícil a uma pessoa
dominar todo o seu campo, como faziam os sábios da
Grécia, como do domínio da filosofia positivista, cada vez
mais proeminente com a expansão do capitalismo, visando
formar especialistas que entendam o mais profundamente
possível de áreas cada vez mais restritas. Para que se
castrassem os estudiosos de uma visão global, totalizante
da realidade, tratou-se de estimular, cada vez mais, a
especialização e, em conseqüência, neutralizar ou reduzir a
capacidade crítica dos estudiosos, sábios e pesquisadores.
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AS IDÉIAS GEOGRÁFICAS
NA ANTIGÜIDADE
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3 Grande parte desta obra está perdida, sendo conhecida apenas através de
citações e de trechos que foram recuperados. Há uma edição da parte
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A GEOGRAFIA NA IDADE MÉDIA
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cercada pelo Oceano e este, por sua vez por outra Terra, ao
Oriente, na qual viveram os p.rimeiros homens antes do
dilúvio.4
A idéia de que a Terra era um disco se generalizou e
tornou-se para a Igreja de então uma verdade que não
podia ser contraditada, conforme os ensinamentos de
sábios e santos, . Só com a difusão das idéias de Aristóteles,
após o século XII, é que se voltou a admitir, não sem
grandes riscos, a esfericidade do planeta.
A distribuição das terras e das águas na superfície
da Terra também provocou grandes discussões entre os
sábios e pensadores, em conseqüência da expansão do
mundo conhecido, provocada pelos movimentos religiosos
e pelo interesse comercial, acentuando-se nos Tempos
Modernos em face das grandes inovações ocorridas nos
estudos náuticos - a divulgação do uso do astrolábio, da
bússola, o surgimento de novos tipos de embarcações,
como a caravela e a nau etc. Esta expansão atingia as
classes dominantes de então que se preparavam para o
advento do capitalismo comercial e promoviam tanto as
viagens, como a divulgação das mesmas, através de livros e
de mapas.
A cartografia antiga foi reformulada e, com as
navegações, passaram a ser produzidos os portulanos ou
mapas que descreviam com detalhes as rotas marítimas,
indicando as reentrâncias e as saliências existentes na
costa. As descrições de grandes viagens terrestres que iam
desde o Mediterrâneo até o Extremo Oriente traziam
também informações de grande valor as montanhas, os
rios, os lagos - alguns de grandes dimensões, como o
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A GEOGRAFIA DOS TEMPOS
MODERNOS
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os fins da Idade Média, séculos XIII e XIV,
o comércio alcançaria maior desenvolvi
mento; os burgueses que viviam nas cidades
e faziam oposição à prepotência dos senhores feudais
passaram a ter influência política junto aos reis absolutos,
que enfrentavam estes senhores, e a receber cargos e
títulos, formando uma nobreza de funções, que se
contrapunha e disputava influência e poder à nobreza de
sangue. O aumento de influência da burguesia permitiria o
crescimento das cidades com funções comerciais, daria
maior importância ao dinheiro, em relação à propriedade
da terra, e desagregaria a vida feudal, fazendo com que
servos libertos passassem à condição de assalariados, . na
indústria manufatureira nascente.
Para que houvesse maior enriquecimento e se
satisfizessem as ambições da burguesia, tornou-se neces-
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O SURGIMENTO DA GEOGRAFIA
CONTEMPORÂNEA
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RIITER, Karl. Introduction à la géographie générale comparée.
p. 221.
12 MENDOZA, Josefine Gómez e outros. Ob. Cit. p. 25-6.
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18MENDOZA, Josefine Gómez e outros. Ob. Cit. p. 32-9; CLAVAL. Paul. Ob.
Cit. p . 31; MORAES, Antônio Carlos Roberto de. Geografia: pequena história
crítica. sa ed. São Paulo. Hucitec, 1981. p. 52-60.
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MENDOZA, Josefine Gómez e outros. Ob. cit. p. 72; e MORAES, Antônio
Carlos Robert de. Contribuição para uma história crítica do
pensamento geográfico. (Dissertação de mestrado apresentada ao
Departamento de Geografia da USP) estuda em detalhe o pensamento dos
mestres alemães. São Paulo, 1983 (mimeografado).
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Omega, 1955.
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BLACHE, Vidal de la. Princípios de geografia humana. Lisboa,
Cosmos, s.d. Ainda sobre a Escola Geográfica francesa há uma bibliografia
muito rica, em que se destacam os livros de MEYNIER, André. Histoire de
la pensée géographique em France. Paris, PUF, 1968; BERDOULAY,
Vincent. La formation de l'école française de géographie (1870-
1914). Paris, Publiotheque Nationale, 1981. GEORGE, Pierre et alli. Les
géographes françaises. Bulletin de la Section Géographie, LXXXI . Paris,
1975 -
21
MAÇAR, Paul. Príncipes de géomorphologie normale. Masson. Liege,
1946.
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AB'SÁBER, Aziz N. Geomorfologia do sítio de São Paulo. Boletim da
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da USP. São Paulo, n.0 219,
1960.
2 3 PETRONI, Pasquale. A Baixada da Ribeira; estudo de geografia humana.
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Bahia, 1959.
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CHAMBRE, H. Le développement du bassin du Kuznetz. Les Cahiers de
l'ISEA. Paris, n.0 100, 1960.
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1964.
19 BOUDEVILLE, J. R. Contribuition à étude de croissance brésilienne; une
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A BUSCA DE NOVOS PARADIGMAS
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Vozes, 1973.
3 STRAUSS, Lévy. Anthropologie structurale. Paris, Plon, 1958.
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cit. p. 143-65.
26 BUTIIMER, Anne. Aprendendo o dinamismo do mundo vivido. ln:
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Entre seus ensaios destacam-se: Barragens do Tietê na depressão periférica
paulista. Problemas de reorganização do espaço em função da construção de
barragens. Série Geografia e Planejamento. São Paulo, Instituto de
Geografia da USP, I n.0 3, 1972; A estrutura metropolitana e o novo aeroporto
'
de São Paulo. Série Geografia e Planej amento. São Paulo, Instituto de
Geografia da USP, n.0 18, 1975; O reservatório de Juqueri na área de
Malriporã. Estudos básicos para a defesa ambiental e ordenação de espaços
envolventes. Série Geografia e Planejamento. São Paulo, Instituto d e
Geografia d a USP, n . 0 3 2 , 1978.
11 Atlas Climatológico do Estado da Bahia (Doe. n.05 1, 2, 3 e 4). Salvador,
CEPLAB, 1977.
12
LOMBARDO, Magna Adelaide. llhas de calor nas metrópoles; o
exemplo de São Paulo. São Paulo, Hucitec, 1985.
1 <15
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.1 sindical, afirmando que a sua nova profissão era ideal para
v; um geógrafo, de vez que, como taxista, tinha oportunidade
de melhor conhecer a cidade em que vivia a trabalhava.1s
A revista Antipode foi organizada a partir de 1969,
a fim de divulgar os trabalho das expedições geográficas
de Bunge e passou a fazer uma crítica radical tanto à
geografia tradicional quanto à geografia teorética. Teve
grande aceitação, animando os seus organizadores, não só
devido ao suporte financeiro de que dispunha, como
também à oportunidade de abrir novos horizontes aos
j ovens geógrafos. Quase todos os seus colaboradores eram
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I
bém têm escrito livros numerosos sobre problemas
nacionais, publicados em coleções ora dedicadas inteira
mente à geografia, ora em coleções mais abertas, de
ciências sociais. Há grande intercâmbio entre o pensamen
to da geografia crítica e a sociologia e a economia de
vanguarda, tendo grande público entre os leitores de
geografia sociólogos como Florestan Fernandes, Fernando
Henrique Cardoso, Octávio Ianni, José de Souza Martins,
economistas como Celso Furtado e Luiz Carlos Bresser
Pereira, filósofos como Marilena Chauí, historiadores
como Fernando Navais, Carlos Guilherme Mota, Nelson
Werneck Sodré etc.
Com a Geografia Crítica vem-se desenvolvendo, no
Exterior e no País, o que se denomina Geografia Política.
Assim, na França, sob a inspiração de Yves Lacoste, vem
sendo publicado, há seis anos, o anuário L'État du
Monde, em que se analisa a problemática política em
relação ao espaço produzido, fornecendo aos estudantes
uma visão geral da situação mundial. No Brasil, os estudos
de geografia política vêm-se desenvolvendo em função da
análise da posição do Brasil no concerto das nações -
sobretudo em face da América Latina e da África - e em
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A GEOGRAFIA E A PROBLEMÁTICA
DO MUNDO ATUAL
C
omo ficou claro no início deste livro, o Brasil
possui hoje, uma equipe de geógrafos que
pode ser considerada como uma das de mais
alto nível no Mundo, comparando-se em igualdade de
condições com a de países mais desenvolvidos, como os
Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido e alguns
países latino-americanos, como o México e a Argentina.
Tendo uma grande extensão territorial
8.515.oookm2 - e uma população comparável a de alguns
países mais populosos - 175. 000.000 hab -, o Brasil
coloca-se no 11.0 lugar na economia mundial - PIB de
502.509 milhões de dólares em 2001 - Apresenta, porém,
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Grafset, 2002.
6 FELIPE, José Lacerda Alves et alli. Atlas Escolar do Rio Grande do
Norte. João Pessoa: Grafset, 1999.
7 RODRIGUEZ, Janete et alli. Atlas Geográfico da Paraíba. João Pessoa:
Grafset, 1985.
8 ANDRADE, Manuel Correia de et alli. Atlas Geográficos de
Pernambuco. João Pessoa: Grafset.
9 SILVA, Silvio Bandeira de Melo e et alli. Atlas Escolar da Bahia. João
Pessoa: Grafset.
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GONÇALVES, Carlos Walter Porto. O desafio ambiental. Rio de Janeiro:
Record, 2004.
11 HARVEY, David, O Novo Imperialismo. São Paulo : Loyola, 2005.
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Papirus, 2. a ed.
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BIBLIOGRAFIA
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ROCHEFORT, Michel. L'o �ganisation urbaine de
L'Alsace. Paris, Les Belles Lettres, 1960.
RODRIGUES, Brigadeiro Lysias. Geopolítica do Brasil.
Rio de Janeiro, Biblioteca Militar, 1947.
ROSS JR. , Frank. A ciência descobre a terra; o an1 ·
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INFORMAÇÕES GRÁFICAS
FORMATO
1 5,5 x 22 cm
TIPOLOGIA
Times New Roman
Georgia
PAPEL
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MIOLO: Pólen - 80g/m
2
CAPA: TP - 250g/m
Editora ""�
U niversitária�,. UFPE
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