Pratica 01 - Acionamento de Motor A Contator
Pratica 01 - Acionamento de Motor A Contator
Pratica 01 - Acionamento de Motor A Contator
1. PARTE TEÓRICA
1.1. Objetivo
Identificar os dados de placa de um motor, dimensionar seus dispositivos de proteção e realizar a partida direta do
mesmo.
É o método de partida mais simples e pode ser utilizada nos seguintes casos:
• A corrente nominal da rede é tão elevada que a corrente de partida não é relevante;
• A potência do motor não é superior ao máximo permitido pela concessionária local, normalmente 5 CV, quando
a alimentação é de baixa tensão observando a queda de tensão de 10%);
• A carga a ser movimentada não necessita de acionamento lento e progressivo ou no caso de carga com alto
conjugado de partida.
1.2.1. Vantagens:
• Equipamentos simples e de fácil construção e projeto;
• Conjugado de partida elevado;
• Partida rápida;
• Baixo custo.
1.2.2. Desvantagens:
• Acentuada queda de tensão na rede de alimentação;
• Imposição das concessionárias que limitam a queda de tensão.
O aluno deverá identificar os dados de placa e conhecer todas as características elétricas e mecânicas do
motor a ser acionado.
Exemplo de dados de placa do motor:
1.5. Contatores:
Função: Comando, seccionamento e controle dos circuitos alimentadores de motores, iluminação, capacitores e
outras tipos de cargas;
Principais Características: elevada durabilidade; elevado número de manobras; possibilita comando à distância e
automatismo de circuitos junto com outros componentes;
Genericamente o contator pode ser conceituado da seguinte forma: É um dispositivo composto por um conjunto de
contatos móveis, adaptados a um eixo móvel ou âncora, mantido em sua posição de repouso mecanicamente através de
molas. Abaixo deste eixo esta localizada a bobina magnética com seu respectivo núcleo de chapas de ferro laminada.
Os contatos que compõem o conjunto, recebem a denominação de contatos principais ou de força, que são
responsáveis pelo estabelecimento de tensão nos terminais da carga (motor, barramento de quadro, iluminação,
capacitor, etc.), ou seja, as pastilhas destes contatos são atravessadas pela corrente do circuito para alimentação da
carga. Os contatos para circuitos principais são identificados por números com um único dígito conforme a seguinte
numeração de 1 a 6 (1-2; 3-4; 5-6), significando que para cada terminal marcado com um número ímpar, corresponde
outro terminal marcado com um número par imediatamente subsequente, ou ainda por letras e índice numérico (L1-T1;
L2-T2; L3-T3), considerando que as referências dos contatos 1;3; 5 ou L1; L2; L3 devem ser conectados no lado da fonte
(lado da rede de alimentação) e os contatos 2;4; 6 ou T1; T2; T3, devem ser conectados no lado da carga (ex. motor).Um
contator principal possui ainda contatos auxiliares, que tem a função de estabelecer a alimentação da bobina do contator
(selo), sinalização, alarme e intertravamentos. Portanto os contatos auxiliares são constituídos de pastilhas que são
atravessados por correntes de pequenas intensidades, solicitadas pela bobinas magnéticas dos contatores, relés, pela
lâmpada de sinalização, ou pela bobina de alarmes e sirenes. Existem também os contatores auxiliares, que diferentes
dos contatores principais só possuem contatos auxiliares, com pastilhas de menor capacidade de condução de corrente
e são empregados nos circuitos de comando, sinalização e intertravamentos, normalmente auxiliando circuitos mais
complexos e que possuam outros contatores.Um contator principal, deve possuir 3 (três) contatos de força, e um ou mais
contatos auxiliares. Os contatos de força são contatos normalmente abertos (NA), e os contatos auxiliares podem ser
normalmente aberto (NA) ou normalmente fechado (NF). Os contatos auxiliares são identificados por números com dois
dígitos, sendo o 1 e ordinal e o 2 funcional, onde os números compostos por doisalgarismos com terminação 1 e 2, são
contatos normalmente fechados (NF) (Ex. 21-22; 31-32;...). Já os contatos auxiliares representados com números de
dois dígitos terminados com 3 e 4, são contatos normalmente abertos (NA) (Ex. 13-14; 43-44 ...). Entende-se por contato
normalmente aberto (NA) aqueles que, enquanto a bobina do contator estiver desenergizada, os mesmos estarão
abertos(seccionados) pela ação da mola. No instante em que se estabelece tensão na bobina, a força magnética desta,
vence a força mecânica da mola, fazendo com que os contatos que estavam abertos, fechem.cessando a ação da força
magnética, a mola retorna a sua posição normal, fazendo com que os contatos voltem a abrir. Processo semelhante é
realizado de modo inverso, nos contatos NF (Gênova, 2004).
Alguns fabricantes projetam contatores de forma a possibilitar o encaixe de um conjunto de contatos auxiliares
extras, denominado de bloco aditivo de contatos, cuja função é adicionar contatos auxiliares a um contator,
Simbologia: Os elementos de um contator tem as seguintes representações gráficas e utilizam letras características
e números para referenciá-los e facilitar o entendimento no contexto do diagrama elétrico:
C1 ou K1 = A letra representa o contator, e o índice significa o número referencial entre os diversos contatores do
circuito.
Teste dos contatos principais e auxiliares: Mantendo ainda o contator sem alimentação da bobina, coloque as
pontas de prova do teste série em cada par de terminal dos contatos, do lado da fonte e do lado da carga, tanto para os
contatos de força como para os auxiliares. Os contatos NA (por ex: 1-2, 3-4, 5-6 ou 13-14, 43-44,...) deverão indicar
descontinuidade do circuito, por conseguinte a lâmpada deve permanecer apagada, enquanto os contatos NF (por ex:
21-22, 31-32,...) ao serem tocados com as pontas de prova do teste, deverão indicar continuidade e a lâmpada deverá
acender. Ao efetuar o teste de continuidade dos contatos, utilize o auxílio de uma chave de fenda pequena ou mesmo
uma caneta de plástico e pressione para baixo o botão de teste do contator para simular o acoplamento do núcleo móvel
com o núcleo fixo, dessa maneira deverá haver uma inversão durante o teste de continuidade dos contatos NA e NF
respectivamente. Encaixe adequadamente o bloco aditivo de contatos e proceda de maneira semelhante aos outros
contatores, para efetuar o teste do mesmo.
2.1. PROJETO
2.1.2.Relacione em uma tabela todo o material e equipamento utilizado na partida direta do motor. Indique a
simbologia, a letra característica, a sua função e a especificação.
2.1.3.Analise se a especificação dos dispositivos apresentados na bancada didática atendem aos critérios de
dimensionamento.
FUNÇÃO DO
DISPOSITIVO CIRCUITO DE FORÇA (DESENHO) DENOMINAÇÃO
Alimentação
Proteção
Controle
Carga
3. SIMULAÇÃO
3.1. Utilizando o CADE-SIMU, desenhe o Circuito de Força de um motor (conforme especificação da bancada e
dispositivos de proteção dimensionados). Simule o funcionamento do mesmo.
4. ATIVIDADES REALIZADAS
4.1. Execute o circuito simulado na bancada didática e relate em relatório como as etapas foram realizadas.
5.1. Analise os Resultados, comparando com a simulação e colocando no relatório as observações de maior
importância para esse tipo de acionamento, tais como:
• Comportamento da corrente de partida;
• Manutenção e vida útil do motor;
• Conjugado;
• Outros aspectos que achar relevante.
• Sugira soluções para os principais problemas encontrados na prática.