16 - Formas de Hipnose

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Curso de Psicoterapia Holística Integrada – Módulo 16

:: Formas de Hipnose ::

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Cursos de Terapias e Técnicas de Sintonização
Iniciações Energéticas e Vibracionais
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A Hipnose

Hipnose é um termo que caracteriza um estado especial de consciência induzido por


recursos diversos, que variam da fixação do olhar na chama de uma vela ao relaxamento
profundo. Atualmente, o médico que usa a Hipnose é chamado de Hipniatra, ou seja, aquele que
pratica a Hipniatria ou Hipnólogo.

A Hipnose pode ser induzida por músicas, voz, cantos, batidas, imagens, fixação do
olhar, dentre outros. Na Hipnose clássica ficamos mais sensíveis às sugestões do
hipnotizador. Muitos consideram a Hipnose como uma técnica para atingir um estado de
transe. O nome Hipnose foi dado pelo médico britânico James Braid.

Ao contrário do que muitos pensam, a Hipnose nada tem a ver com sono ou com
adormecer. Apesar do grego Hipnos significar “sono”, hoje em dia se reconhece que a Hipnose
nada tem a ver com dormir, mas com atingir estados de consciência diferenciados do habitual.

Todas as características relacionadas com o estado de vigília são preservadas. No


estado hipnótico, nossa atenção é mais orientada para o nosso interior, há uma expansão
de nossa memória e uma abertura do nosso psiquismo, principalmente dos nossos conteúdos
inconscientes. A Hipnose tem sido usada no tratamento de inúmeros transtornos e
sintomas físicos e psíquicos.

Suas aplicações nas dores crônicas já são bem conhecidas e seus efeitos analgésicos
já foram comprovados por testes experimentais e por aparelhos detectores
de zonas cerebrais.Testes realizados na Universidade de Montreal, sob a supervisão de
Pierre Rainville, com o Pet-scam, permitiram verificar mudanças fisiológicas no cérebro após a
indução hipnótica. Pierre Rainville mergulhou a mão de mulher numa água com 46 graus e
acompanhou as mudanças em seu cérebro com o Pet-Scam. O resultado foi que o cérebro
não registrou em sua atividade a resposta da dor. Isso demonstra que a Hipnose não é
apenas simulação, pois há uma alteração concreta em nosso cérebro após a indução.

Além disso, a capacidade do transe hipnótico de ampliação da memória, que é o mais


importante recurso da Terapia de Vidas Passadas, também já está extensamente demonstrada.

Essa capacidade foi atestada até mesmo pelo conhecido Programa de TV Myth
Busters, “Caçadores de Mitos”. Os próprios apresentadores se submeteram a um experimento

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onde somente conseguiram resgatar informações sob Hipnose; informações


essas que não puderam ser recordadas em estado de vigília.
Existe uma diferença básica entre Hipnose e estado hipnótico. A Hipnose é uma
técnica praticada por terapeutas, dentistas, médicos ou psicólogos que ocorre apenas
durante uma sessão com um hipnólogo. Porém, o estado hipnótico pode estabelecer-se em nossa
vida diária, em toda uma série de situações que nos induzem ao transe espontâneo. As
sugestões de natureza hipnótica podem ser encontradas em muitos locais diferentes. Isso
ocorre porque focalizamos a atenção fortemente sobre um ponto qualquer e esquecemos
todo o contexto a nossa volta.

O cientista mais conhecido que se utilizou vários anos da Hipnose é o criador da


Psicanálise, Sigmund Freud, que convenceu-se da autenticidade do fenômeno após
conhecer as experiências de Charcot, um hipnotizador que difundiu a Hipnose e lhe conferiu
certo prestígio entre médicos e cientistas em sua época.

Ao contrário da noção corrente que tentava associa-la ao domínio do ocultismo,


Freud insistiu na construção de uma imagem da Hipnose como técnica que ajudava a revelar leis
psicológicas do funcionamento dos indivíduos e permitia a investigação direta do inconsciente.
Freud chegou a usar a Hipnose regressiva em vários pacientes e obteve resultados positivos.

Apesar de Freud ter posteriormente largado a Hipnose, suas experiências com a


técnica foram decisivas para a formulação da teoria psicanalítica, que veio posteriormente.
Freud largou a Hipnose após a descoberta do método da “associação livre”.

As propagandas de TV frequentemente lançam mão de recursos imagéticos e mensagens


subliminares que são essencialmente sugestivos, capazes de induzir ao transe momentâneo.

Esses pequenos transes passageiros tornam a mente mais receptiva às sugestões de um


anúncio na TV.

Quando estamos absorvidos por um programa televisivo, lendo um livro, fazendo sexo,
usando drogas, vendo uma peça de teatro, podemos despertar para um estado que
pode ser considerado como hipnótico.

É preciso dizer que meditação e Yoga nada têm a ver com técnicas hipnóticas ou
autossugestão. Embora muitas escolas de meditação ensinem a concentração, a focalização nos
pensamentos e na respiração, o desligamento dos estímulos externos, dentre outros recursos,
essas técnicas (se é que podemos assim chamar), nada têm a ver com a autoHipnose no sentido
de tornar as pessoas mais suscetíveis e sugestionáveis.

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Dentro da Hipnose há um ramo que se denomina


Hipnoterapia. A Hipnoterapia não é apenas uma técnica, mas uma abordagem terapêutica
criada para provocar efeitos curativos através das técnicas hipnóticas. A Hipnoterapia clássica
trabalha com a transformação de reações negativas, condicionando-as
através de programações mentais positivas. Ao invés de investigar as causas da negatividade,
alguns hipnoterapeutas optam por apenas realizar a chamada “reprogramação” de nossa
mente. Porém, a programação mental apenas tem efeito temporário e dispensa a
participação consciente do indivíduo, o que não é recomendável. Além disso, não liberta a
pessoa dos seus traumas, apenas os encobre de alguma forma com um tecido supostamente
positivo.

Os terapeutas de vidas passadas preferem ir em busca das possíveis causas dos


problemas ao invés de inverter a polaridade mental através de programações diversas. Fica
claro que uma programação negativa não pode ser substituída por outra positiva. É preciso, ao
contrário, buscar o núcleo ou a causa da programação.

A Terapia de Vidas Passadas pode valer-se das técnicas hipnóticas ou não,


dependendo da preferência do terapeuta. Edith Fiore, por exemplo, ainda fez uso da Hipnose
clássica, assim como Joel Whitton. Já Tendam, Woolger e Netherton utilizaram outros
recursos de indução que não são exatamente hipnóticos.

O Transe Hipnótico

O transe hipnótico pode ser definido como um estado alterado de consciência. Nesse
estado podem ocorrer vários fenômenos neurofisiológicos e mentais modificados. Os mais
comuns são: a anestesia (ausência de dor), a alta sugestionabilidade (fenômeno mental),
paralisia (incapacidade de mover o corpo ou partes dele), hiperestesia (aumento dos sentidos e
das sensações), a amnésia (perda temporária da memória), visões de imagens e audição de sons
ou vozes (por vezes encaradas como alucinações visuais e auditivas), dentre outros.

Além destes, há outros sinais possíveis de serem verificados que evidenciam o transe.
Lívio Túlio Picherle nos dá indicações a esse respeito:

 Alterações Pupilares
 Alterações Musculares e Sensoriais
 Lentificação do Reflexo de Piscar
 Lentificação do Pulso
 Lentificação da respiração

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 Catalepsia
 Distorção do tempo
 Ideação autônoma
 Mudança de qualidade da voz
 Relaxamento
 Economia de movimentos
 Enrijecimento facial
 Sensação de distância
 Falta de resposta de susto
 Diminuição da salivação, dentre outros.

A palavra transe está historicamente associada a sua


utilização com Hipnose. O objetivo da Hipnose não é o transe, mas este deve ser considerado
como um meio através do qual pode-se atingir um objetivo qualquer, seja terapêutico ou não.

Apesar do termo transe ter sido, principalmente no Brasil, associado a estados


modificados de consciência durante experiências religiosas ou místicas,
a palavra deve ser empregada dentro de um contexto científico, principalmente entre
pesquisadores que usam a Hipnose.

O transe hipnótico possui diversos graus de intensidade. Pesquisadores procuram


classificar o transe em três níveis principais: transe leve, transe médio e
transe profundo. O primeiro e o segundo são os mais usados dentre os terapeutas e psicólogos
em suas abordagens de tratamento; o terceiro é mais comum nas práticas de Hipnose na
Odontologia, onde se visa atingir uma anestesia natural sem a necessidade do uso de
substâncias a fim de se realizarem cirurgias e outros procedimentos. Porém, na maioria
das vezes não se pode controlar o grau do transe, pois isso vai depender da pessoa e de sua
capacidade de “mergulhar” mais ou menos no estado de consciência alterado.

Dentro do trabalho com TVP, o transe não deve ser encarado como uma supressão da
consciência, mas como uma interiorização do indivíduo dentro de si mesmo, visando focalizar
nas origens dos seus problemas atuais. Diz-se que o transe é a porta de acesso aos conteúdos
inconscientes. Além disso, qualquer focalização ou concentração num tema pode
provocar o estado de transe, ou estado alterado de consciência.

O transe pode ser provocado espontaneamente, mesmo por uma simples pergunta. A
insistência de frases repetidas (como demonstrou Morris Netherton), tal como os
postulados (falaremos sobre isso mais adiante), podem induzir uma pessoa ao transe e serem
as portas de entrada para uma vida passada. A focalização da atenção em partes do corpo, em

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emoções, em palavras, frases ou sentenças e em imagens que brotam


espontaneamente podem ser suficientes para ativar o estado de transe e
também podem ser, elas mesmas, um efeito do transe previamente estabelecido.

Apesar do termo transe ter tomado uma significação mais voltado ao seu aspecto
neurofisiológico e médico, é possível considerar o transe, assim como os estados alterados
de consciência, como sendo o resultado de uma emancipação de nossa vibração mental;
uma expansão de nossas capacidades psíquicas. Talvez o transe seja um provocador
tanto de uma internalização quanto de uma externalização de nossa energia:

 Internalização: para recuperar algo que já esteve em nós;


 Externalização: para atingir algo que está além de nós.

Léon Denis se referia ao transe magnético como sendo uma emancipação de nosso ser:
“O estado de transe é esse grau de sono magnético que permite ao corpo fluídico
exteriorizar-se, desprender-se do corpo carnal, e à alma voltar a viver por um instante sua
vida livre e independente”. É preciso mencionar que na Terapia de Vidas Passadas, existe a
preferência pelo termo “estado alterado de consciência” em vez do termo transe.

A Hipnose Regressiva

A Hipnose Regressiva é uma técnica realizada por meio da Hipnose que faculta ao
indivíduo revivenciar, mediante um estado de transe leve, médio ou profundo, certas fases
anteriores de sua vida. Essa também é chamada de Regressão de Idade.

A Hipnose Regressiva não é necessariamente aplicada com fins terapêuticos. Ela pode
ser realizada com finalidades de pesquisa. Mas quando o objetivo é o tratamento de
problemas de ordem emocional e psíquica, o hipnoterapeuta deve investigar fatos e eventos da
vida do cliente que possam ser a força motriz ou o desencadeador da queixa.

Diz Lívio Túlio Picherle que a Hipnose regressiva “pode ser usada para regressão de
curto prazo, para melhorar a memória de determinados detalhes parcialmente esquecidos ou
para regredir a fases traumáticas da infância, do parto, da gravidez, e em certos casos para
voltar a supostas vidas anteriores”.
O objetivo da Hipnose Regressiva é usar as técnicas comuns de Hipnose para se
percorrer o passado do atendido e reviver ou reativar reminiscências ou arquivos que estejam
de alguma forma vinculados ao quadro clínico apresentado. Essa abordagem procura levar a
pessoa a experimentar várias fases diferentes de sua vida, como a adolescência, a infância, o
nascimento e a fase intrauterina.

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Além desse limiar, os terapeutas de vidas passadas afirmam existir um


vasto e profundo arquivo desconhecido, e até então não acessível à consciência, que pode
ser a causa de inúmeros males que assolam o ser humano.

A Hipnose regressiva não necessariamente nos faz reviver vidas passadas, embora
isso seja uma possibilidade sempre presente. Mesmo os terapeutas de regressão que não
consideram como hipótese de trabalho a realidade da transmigração da alma, ou reencarnação,
podem já ter presenciado vários casos em que a pessoa, durante a regressão, começa a relatar
cenas, imagens e eventos associados a situações que parecem pertencer a um passado
longínquo, além de sua existência atual. Porém, quando isso ocorre, alguns terapeutas céticos
interpretam esses dados e o material psíquico evocado como sendo produto da fantasia ou
mesmo um conteúdo simbólico do psiquismo, como um psicodrama.

A Hipnose Ericksoniana

A Hipnose Ericksoniana é uma modalidade de Hipnose clínica que teve origem com as
pesquisas do psiquiatra norte-americano Milton H. Erickson. Erickson é considerado um dos
maiores ou mesmo o maior hipnotizador de todos os tempos. Ganhou fama de conseguir induzir
qualquer pessoa ao transe com grande simplicidade. Isso ocorre por que, na
Hipnose clássica, as pessoas têm certa resistência a colocar-se sob o comando do terapeuta,
pois temem a perda do controle consciente. Na Hipnose Ericksoniana, ao contrário, trabalha-se
com a sensação da transferência desse poder e controle do terapeuta para o paciente,
deixando-o muito mais tranquilo e aberto.

Erickson entendia que a eficácia de uma técnica universal da Hipnose era


significativamente reduzida, por isso optou em se especializar no entendimento da forma
singular que cada pessoa possui de entrar em transe. Desenvolveu então um estilo próprio de se
realizar a Hipnose. Erickson verificou que a Hipnose deveria ser adaptada à realidade psíquica
de cada cliente e acredita-se que isso conferiu uma maior qualidade ao seu trabalho. Erickson
evitava entrar em confronto com as crenças dos pacientes e procurava segui-los em sua
subjetividade. Dessa forma, na Hipnose Ericksoniana, não se procura incutir
nenhuma sugestão que possa atrapalhar o transe, já que tudo ocorre de forma natural quando
se “segue” a singularidade do paciente.

O psiquiatra desenvolveu aos poucos um método em que a resistência do cliente era


sensivelmente diminuída, sem que o próprio cliente se desse conta disso. Inclusive, segundo
Erickson, seu método permite tratar uma pessoa usando a Hipnose com um mínimo de
resistência, o que garante os melhores efeitos terapêuticos. Pode-se

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inclusive, tal como na TVP, utilizar-se dos próprios sintomas, crenças, ideias
fixas e até mesmo sua própria resistência para fazê-lo entrar em transe.

O hipnólogo que segue o método Ericksoniano presta bastante atenção


nas pistas não verbais, ou seja, na linguagem corporal do paciente, tal como a sua forma de
se sentar, o movimento dos olhos, a expressividade com mãos e braços, as posturas diversas,
a expressão facial, dentre outros. Desse modo, pode-se inclusive adaptar nossa linguagem de
forma sutil à linguagem do paciente, para que este se sinta ainda mais a vontade.

Apesar de Erickson não formular uma teoria uniforme e tão pouco preocupar-se em
definir sua metodologia, outros pesquisadores estudaram seus métodos. É importante
mencionar que foi a partir do seu trabalho que pesquisadores como Richard Bandler, Gregory
Bateson, William H. O‟ Hanlon, Ernest Rossi e outros desenvolveram o que ficou
conhecido como PNL (Programação Neurolinguística). O próprio Erickson curiosamente
declarava não saber exatamente como levava as pessoas ao transe e sequer como as curas eram
realizadas.

Muito ainda poderia ser descrito sobre o método, mas não é nossa intenção aprofundar-
nos na Hipnose Ericksoniana. Falando um pouco do homem, parece que Erickson é um desses
poucos seres que trazem o conhecimento da Hipnose de forma intuitiva e aplicam aquilo que
está guardado em seus arquivos espirituais sem compreender bem seus mecanismos
lógicos. Talvez esses mecanismos sejam menos para ser compreendidos e mais para serem
vivenciados.

As Ondas Cerebrais

Ondas Cerebrais é um termo que caracteriza a atividade cerebral a partir da


medição das ondas elétricas das células neuronais. Essas ondas também são chamadas de
bioelétricas. A forma de mensuração mais conhecida é o chamado Eletroencefalograma ou EEG.
A unidade de medida se dá através dos ciclos de ondas elétricas a cada segundo. Ou seja, em
cada segundo quantas ondas se manifestaram na atividade cerebral. A quantidade dessas
ondas é considerada a frequência da atividade cerebral.

Os estados de consciência, como vigília, sono e sonho profundo são medidos por
intermédio da frequência de ondas, também chamados de HZ ou Hertz (ciclos por segundo).
Há quatro estados de consciência mais conhecidos. Cada um deles corresponde a uma
fase do processo de adormecer. Esses estados são mensurados em ondas e frequências
cerebrais. As frequências são medidas através de tensões elétricas oscilantes do cérebro.
Essas frequências são:

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 Estado Beta: Essa é a frequência cerebral associada a estados


de vigília, onde a concentração, a cognição e o raciocínio lógico são comuns.
As características do estado beta são o trabalho, ações objetivas no mundo, atividades que
demandam atenção e concentração. O Beta oscila numa faixa de 13 a 30 ciclos por segundo ou
Hertz. A leitura de livros e o estudo exigem o estado de ondas beta. Este é o estado de
consciência de vigília sem relaxamento, onde a consciência objetiva e concreta está em plena
atividade. É o estado em que permanecemos a maior parte do tempo quando
acordados. Estado relacionado a tarefas do dia a dia.

 Estado Alfa: Essa frequência está relacionada com o sono, o relaxamento, a


visualização e o estado de ausência de uma focalização mental. É comum a estados de
relaxamento antes de adormecer. Oscilam na faixa de 8 a 13 ciclos por segundo ou Hertz. No
estado alfa não há um foco de atenção definido, não há muito trabalho mental objetivo, apenas
subjetivo; a consciência fica mais livre. Com o afrouxamento da musculatura e
a diminuição do metabolismo, as imagens hipnagógicas começam a aparecer.

 Estado Teta: Associado a estados de sono mais profundos.


Em teta a pessoa já está dormindo, mas ainda não se encontra em sono profundo. O
Teta oscila numa faixa médiade 4 a 7 Hertz.

 Estado Delta: Este é o chamado sono profundo, também denominado sono REM
(Rapid Eyes Moviment). É quando o cérebro físico entra na sua menor atividade conhecida pela
ciência. É no estado Delta que a ciência afirma ocorrerem os sonhos. O Delta oscila em torno
de 4 a 1 Hertz.

Estudos científicos demonstraram que a meditação pode provocar uma redução da


atividade cerebral. Talvez para algumas pessoas isso possa ser um indicativo de algo anti-
produtivo e sem nenhuma eficácia. De que adiantaria o cérebro não funcionar? A resposta é
que o cérebro tem sua maior atividade para trabalhos realizados no mundo objetivo, como
raciocínio, estudos, atividades diversas e tarefas do dia a dia.

Quando o objetivo é uma interiorização e harmonização, devemos


almejar uma diminuição da atividade cerebral.

Alguém consegue pensar com calma e avaliar tranquilamente uma situação mais profunda
com a mente agitada? Quanto mais nos interiorizamos, maior abertura existe para nossa vida
interior, mais conseguimos ter equilíbrio para fazer qualquer coisa, como tomar decisões
importantes, não agir emocionalmente, não se deixar envolver com problemas diversos,
dentre outros. “Os que são capazes de alcançar um estado de atenção relaxada e absorta não

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são tão afetados pelas coisas exteriores que provocam estresse” diz Sandra
Horn no livro “Técnicas Modernas de Relaxamento”.

Além disso, a atividade objetiva se reduz, mas a atividade interior, que suscita a
criatividade, o acesso ao inconsciente, a ampliação da memória, o despertar de vários
insights sobre nós mesmos e a vida, dentre outras capacidades, são aumentadas quando
há essa diminuição da atividade bioelétrica. Como diz Dharma Singh Khalsa no livro
“Longevidade do Cérebro”: “Muitas vezes, quando as pessoas experimentam as ondas teta, elas
têm acesso às informações do seu subconsciente. Frequentemente elas veem imagens do
passado ou têm vívidos devaneios. Às vezes, têm profundos insights pessoais. É comum
terem ideias criativas e soluções engenhosas para os problemas. As ondas cerebrais teta
associam uma sensação agradável e relaxada com vivacidade extrema”.

As ondas teta são comuns em meditadores já experientes, com maior tempo de


prática. Esses meditadores apresentam o traçado de ondas teta durante a meditação, mas
também podem apresenta-las fora desses períodos, em sua vida diária comum. Diz Khalsa que
“quanto mais uma pessoa pratica meditação, mais apta ela se torna para produzir ondas teta de
acordo com sua vontade”.

Uma das personalidades que conseguiu realizar as ondas bioelétricas em Delta (as
ondas mais baixas e profundas) foi a yoguini indiana Dadi Janki. Após alguns experimentos
científicos, ela foi considerada pelo Instituto de Pesquisa Médica e Científica da Universidade
do Texas como a “mente mais estável do mundo”. Dadi Janki peregrina pelo mundo e difunde
uma mensagem de paz e fraternidade, já tendo recebido vários títulos internacionais,
inclusive um dado pelas Nações Unidas que a identifica como uma das “guardiãs da sabedoria do
mundo” sendo condecorada durante a conferência “Cúpula da Terra”, em 1992, no Rio de
Janeiro.

A noção mais difundida na TVP é a de que a regressão ocorre nas variações de ondas
alfa, que ocorrem entre 13 Hertz e 8 Hertz.

Trutz Hardo divide o estado alfa em seis fases distintas. Cerca de 6% dos remigrantes
permanecem no primeiro e mais baixo estágio de alfa, ao menos na primeira tentativa, mas
afirma que em sessões posteriores podem atingir níveis mais profundos de ondas alfa.

Hardo admite que, até o terceiro nível de alfa (11 hertz) as pessoas ainda podem duvidar
do que viram, pois a experiência não é tão vívida e clara. Média de 25% dos remigrantes atinge
esse nível na primeira sessão. No quarto nível (10 hertz) a pessoa começa, na maioria dos
casos, a aceitar a experiência como real. As imagens e cenas são mais claras. No quinto nível

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(9HZ), a pessoa tende a se entregar mais à experiência e as sensações vividas


inspiram maior confiança, pois são mais claras e intensas. O sexto e último nível
de estado alfa é mais difícil de ser atingido. Hardo estima que 10% das pessoas o atinjam. O
lado esquerdo do cérebro fica desligado, enquanto o inconsciente fica 90% .

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Bibliografia

Luiz de Souza - A morte não interrompe a vida


Mauro Kwitko – Como Aproveitar a Sua Encarnação
Maria Teodora Ribeiro Guimarães - Os Filhos das Estrelas
J. H. Brennan - Reencarnação
Luiz de Souza - A Morte não Interrompe a Vida
Mariza Leite Bandarra - Marcas do Passado
Dra. Helen Wambach - Recordando vidas passadas
José Reis Chaves - A reencarnação na Bíblia e na Ciência
Jaime Romeo Rossler - A Origem genética da Alma
Joel L.Witton - Vida-Transição-Vida
Alexander Cannon - The Power Within
Richard Gerber - Medicina Vibracional
Dr. Rahasya Fritjof Kraft - A Terapia do Amor
Sigmund F. A questão de uma Weltanschauung: Conferência XXV. Novas Conferências
Introdutórias sobre Psicanálise. Edição standard das obras completas. Vol. XXII. Rio de
Janeiro: Imago Editora; 1976. p. 194
Sigmund F. Estudos sobre a histeria. Edição standard das obras completas. Vol. II. Rio de
Janeiro: Imago Editora; 1974. p. 43-59.
Hall J. Terapia das vidas passadas. In: Hall, Judy: Fundamentos de terapia de vidas passadas.
São Paulo: Editora Avatar; 1998. p. XIII e XIV.
Eiguer A, org. A transmissão do psiquismo entre gerações: enfoque em terapia familiar
psicanalítica. São Paulo: Unimarco Editora; 1998. p. 26, 27, 68-75.
Palingênese, a Grande Lei - Jorge Andréa
O Homem Integral - Joanna de Angelis/Divaldo Franco;
Loucura e Obsessão - Manoel P. de Miranda/Divaldo Franco;
O Céu e o Inferno - Kardec - 1a. parte, cap. III, item 8.
O Livro dos Espíritos - Kardec - Questões 392 à 399;
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Kardc - Cap. 5;
Terapia de Vida Passada e Espiritismo - Distâncias e Aproximações - Milton Menezes

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