Pedras Britadas
Pedras Britadas
Pedras Britadas
MARABÁ
2017
Carolina Formentini Araujo Souza
João Pedro Junior Miranda dos Reis
Lucas Freire Sampaio Gouveia
MARABÁ
2017
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Granito e Gnaisse ............................................................................................................ 07
FIGURA 2 – Calcário e Dolomito ........................................................................................................ 07
FIGURA 3 – Basalto e Diabásio ........................................................................................................... 08
FIGURA 4 – Formação de Rochas ....................................................................................................... 12
FIGURA 5 – Fluxograma típico do processo produtivo. ...................................................................... 13
FIGURA 6 – Determinação, limpeza e decapeamento do local ............................................................ 14
FIGURA 7 – Perfuração e desmonte primário e secundário. ................................................................ 14
FIGURA 8 – Carregamento com escavadeira hidrálica e pá-carregadeira ........................................... 15
FIGURA 9 – Britagem primária............................................................................................................ 15
FIGURA 10 – Transporte entre britadores ............................................................................................ 16
FIGURA 11 – Peneiramento ................................................................................................................. 16
FIGURA 12 – Expedição dos produtos ................................................................................................ 17
FIGURA 13 – Tipos de Brita ............................................................................................................... 20
FIGURA 14 – Produção de pedras britadas nacionais (em metros cúbicos) ........................................ 24
FIGURA 15 – Características relacionadas à demanda ........................................................................ 27
FIGURA 16 – Conjunto de britagem móvel ......................................................................................... 31
FIGURA 17 – Fatores atrelados ao baixo risco de substituição............................................................ 32
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 – Reservas de pedras britadas............................................................................................10
QUADRO 2 – Porte e número de minas de brita no Brasil no ano de 2007..........................................17
QUADRO 3 – Produção anual brasileira de brita, de 2012 até 2014.....................................................18
QUADRO 4 – Empresas com maior participação na comercialização de brita.....................................18
QUADRO 5 – Maiores pedreiras em volume de extração.....................................................................19
QUADRO 6 – Preço médio praticado no Brasil para brita....................................................................23
QUADRO 7 – Consumo de brita no Brasil............................................................................................25
QUADRO 8 – Principais estados produtores no Brasil..........................................................................25
QUADRO 9 – Consumo per capita de agregados..................................................................................29
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Sumário
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 5
2 PROPRIEDADES ................................................................................................................................ 6
3 DISPONIBILIDADE ........................................................................................................................... 9
4 TAMANHO E GÊNESE DOS DEPÓSITOS .................................................................................... 10
4.1 GRANITO ................................................................................................................................... 11
4.2 GNAISSE .................................................................................................................................... 12
5 ROTAS DE PROCESSO ................................................................................................................... 13
6 VOLUMES DE PRODUÇÃO ........................................................................................................... 18
7 APLICAÇÕES INDUSTRIAIS ......................................................................................................... 20
8 ESPECIFICAÇÕES ........................................................................................................................... 21
9 FUNÇÕES.......................................................................................................................................... 22
10 VALOR ............................................................................................................................................ 23
11 RAIO DE COMÉRCIO .................................................................................................................... 24
12 PERFIL DA DEMANDA INTERNA E EXTERNA ....................................................................... 27
12.1 IMPORTAÇÃO ........................................................................................................................ 28
12.2 EXPORTAÇÃO ........................................................................................................................ 29
13 GRAU DE COMPETIÇÃO NO MERCADO NACIONAL E INTERNACIONAL ....................... 30
14 VULNERABILIDADE A SUBSTITUIÇÃO .................................................................................. 31
15 CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 34
16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................. 35
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1 INTRODUÇÃO
2 PROPRIEDADES
10% 5%
GRANITO E
GNAISSE
CALCÁRIO E
DOLOMITO
85%
BASALTO E
DIABÁSIO
a) b)
a) b)
As propriedades físicas e químicas dos agregados são essenciais para a vida das
estruturas em que são usadas, por isso faz-se necessária a utilização de agregados com
especificações técnicas adequadas. Essas propriedades estão relacionadas com o tipo e a
quantidade relativa dos minerais e o seu arranjo. A brita precisa ter propriedades que:
Garanta à construção cumprir a função desejada durante um período projetado. Por
exemplo, um pavimento asfáltico precisa funcionar como suporte para um determinado
tráfego, com condições necessárias para garantir sustentação à uma operação segura.
Permita manipular e manusear satisfatoriamente durante a construção, transporte,
estocagem, mistura com outros agregados ou ligantes e compactação.
Muitas propriedades, por exemplo, a resistência é exigida em um nível mínimo,
independente do uso. Porém, propriedades diferentes são requeridas para diferentes utilidades
finais, assim, as propriedades requeridas para a pavimentação não são as mesmas requeridas
para a utilização em concretos.
As características intrínsecas da rocha influenciam diretamente nos produtos que
dela se origina. Dentre essas características, merecem destaque:
O estado de alteração: influencia na durabilidade e propriedades físicas e mecânicas;
A presença de minerais deletérios - provocam reações com substâncias presentes no
cimento (quando a rocha é usada como agregado para concreto); ou podem apresentar
reações com substâncias presentes na atmosfera de uso doméstico (quando a rocha é usada
para revestimento);
As propriedades físico-mecânicas dependentes da composição mineralógica: interage com
as propriedades de ligantes betuminosos (quando a rocha é usada como agregado
para pavimentação). (PINHO, 2007).
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3 DISPONIBILIDADE
origem ígnea e/ou metamórfica, que, por condições geológicas desfavoráveis, não podem ser
utilizados como produtos mais nobres, por exemplo, rochas ornamentais.
Pelo fato de serem produtos de baixo valor e abundantes, torna-se desnecessário
analisar os números de reservas disponíveis, pois não será proveitoso haver reservas de ótima
qualidade e quantidade se há restrições quanto ao seu aproveitamento ou que sejam muito
distante do local de interesse.
Os valores numéricos de reservas de rochas para britas perdem o sentido pelos
seguintes fatos:
• Muitas pedreiras trabalham no regime de Licenciamento que não exige cubagem de
reservas;
• Muitas concessões são obtidas para servirem de proteção à pedreira, evitando que vire
loteamento;
• Produtores de rochas calcárias (calcário e dolomito) vendem como brita parte da rocha
produzida que não serviram para a fabricação de cimento, cal, etc;
• Pedreiras formadas para uso temporário como construção de estradas;
• Existência de muitas pedreiras ilegais.
Mas apenas por questões de melhor visualização do cenário, as reservas
brasileiras de pedras britadas são apresentadas no Quadro 1, dados segundo o Anuário
Brasileiro Mineral (2001). A partir desse ano, não foram mais realizadas medições de reservas
por motivos já mencionados. Enfim, reservas de boa qualidade existem em abundância,
contudo a lavra está condicionada à localização e à legislação vigente.
QUANTIDADE (t)
SUBSTÂNCIA
Medida Indicada Inferida
4.1 GRANITO
4.2 GNAISSE
5 ROTAS DE PROCESSO
diâmetros dos furos mais comuns são de 63mm e 89mm e são realizados através de
perfuratrizes normalmente pneumáticas. (SILVA, 2012).
a) b)
Figura 11 – Peneiramento
Fonte: Google Imagens
6 VOLUMES DE PRODUÇÃO
Com exceção do Acre, que importa de estados vizinhos a brita para seu consumo,
todas as unidades da federação do Brasil são produtoras de brita e cascalho, conforme os
relatórios anuais de lavra (RAL) entregues ao DNPM.
O mercado de rochas britadas, mesmo com esta tendência a micromercados é
composto por empresas de tamanhos variantes e com fins diferentes, tendo por exemplo desde
uma mineradora típica, cuja o produto final visado é apenas a própria brita, como pode-se ter
também empresas que pertencem a grupos cujo produto final de produção é cimento e/ou
concreto, se tendo uma verticalização do processo.
Segundo o DNPM (2008), no período 2001 a 2007 as minas de rocha britada,
representaram 25% do total de minas a céu aberto e acima de 10.000 toneladas operando no
país. As minas de rocha britada representam 41% do total de minas de porte médio (abaixo de
um milhão e acima de 100 mil toneladas).
A produção de brita de 2014 são 5% superiores às de 2013. São Paulo foi o estado
com maior produção/consumo, concentrando, em 2014, 26,7% do total nacional. A segunda
unidade da federação mais importante foi Minas Gerais, que participou com 10,7% do total de
2014, seguida pelo Rio de Janeiro, com 8,1%, e Paraná, com 6,5%.
As principais empresas produtoras de rocha britada estão situadas em São Paulo,
obviamente pela grande necessidade local de matéria prima para os empreendimentos civis,
destacando-se a Basalto Pedreira e Pavimentação Ltda e a Embu S/A Engenharia e Comércio.
7 APLICAÇÕES INDUSTRIAIS
Rachão Gabião: É formada por grandes pedras, em geral são usadas em drenos
grandes, muros de contenção de barrancos e encostas.
8 ESPECIFICAÇÕES
A estrutura influencia, por sua vez, também o formato das britas (formas
arredondadas e superfícies lisas reduzem a porosidade entre os grãos e facilitam a fluidez do
concreto, formas angulosas e superfícies rugosas facilitam a aderência do cimento), outras
propriedades de interesse são: a distribuição granulométrica e a massa unitária que, além dos
parâmetros de natureza da rocha, dependem do processo adotado na sua produção; a
adesividade a ligantes betuminosos que é influenciada pela natureza da rocha (SILVA, 2012).
Como o custo unitário da pedra britada não é muito elevado acaba que se torna
inviável também estudos prévios da geologia e petrografia das pedreiras a serem explorada,
isso faz com que alguns materiais não se adequem às normas técnicas vigentes pela simples
falta de conhecimento das propriedades físicas do próprio material em questão, por vezes até
inviabilizando seu uso. Em outros casos, o desconhecimento das características dos materiais
britados faz com que haja uma maior geração de resíduos e finos de pedreira, que acabam por
gerar maiores problemas ainda.
9 FUNÇÕES
Como já dito, o uso das pedras britadas tem maior proporção quando se trata de
agregados da construção civil, onde a mesma é misturada ao ciumento para formar o concreto,
e trazer resistência. Temos que o concreto, em média, é uma mistura de cimento (10%), água
(7%), brita (42%), areia (40%) e aditivos químicos (1%). Expressos como fração do volume
total.
Outra função de suma importância é sua utilização como lastro, para a execução
de uma ferrovia. Dentre outras características, ele é responsável por distribuir as cargas dos
veículos sobre a plataforma. A estabilidade e a durabilidade da malha depende dele, pois
também é responsável em suprimir irregularidades da plataforma; formar um colchão com
elasticidade necessária para atenuar as trepidações resultantes da passagem dos veículos;
formar uma superfície uniforme e contínua para os dormentes e trilhos, preenchendo as
depressões da plataforma e permitindo o perfeito nivelamento dos mesmos; impedir o
deslocamento dos dormentes; facilitar a restauração e manutenção da geometria da via;
melhorar a permeabilidade e ventilação e evitar bolsas de lama.
Devido ao baixo preço a brita é bastante utilizada também como sub-base na
pavimentação de estradas, sua função é auxiliar a transmitir os elevados esforços para as
camadas inferiores, evitando-se assim uma grande deformação da base.
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10 VALOR
Pelo fato do valor unitário ser muito baixo, têm se a necessidade de reduzir ao máximo a
distância entre o mercado consumidor e o local da extração. Normalmente, jazidas localizadas
numa distância maior que 150 km de distância do mercado consumidor acabam por
inviabilizar empreendimentos deste tipo. Porém um problema que surge em contrapartida a
esta proximidade é os efeitos negativos causados pela própria mineração, que tende a causar
poluição sonora e do ar, assim como outros problemas causados por uso de explosivos por
exemplo.
Assim devido a esta peculiaridade de inexistir comércio entre grandes distâncias, o preço
deste tipo de agregado diferentemente de alguns dos demais produtos da indústria mineral
acaba por ser determinado localmente, ou seja, em cada um dos micromercados
regionalizados. Logo o preço pode apresentar uma variância muito grande entre estados e até
mesmo entre regiões metropolitanas.
Um item que tende a ter implicância direta no valor final de um mineral são os equipamentos
e peças de reposição, porém para os agregados minerais, no geral, a tecnologia não tende a
representar um custo significativo devido a baixa complexidade do processo de
beneficiamento, em relação a outros produtos minerais. Pra se ter uma ideia, no preço final
das pedras britadas, o transporte responde por cerca de 1/3 a 2/3 do valor do produto.
11 RAIO DE COMÉRCIO
Com exceção do Acre, que importa de estados vizinhos a brita para seu consumo,
todas as unidades da federação do Brasil são produtoras de brita e cascalho, conforme os
relatórios anuais de lavra (RAL) entregues ao DNPM. Porém, dados indiretos obtidos a partir
do consumo de um importante produto complementar, o cimento, indicam que os números
obtidos através dos RALs estão muito aquém do total produzido em todas as regiões. Tendo
em conta este fato, as estatísticas publicadas pelo DNPM, em suas publicações, para brita e
cascalho, são estimativas com base em dados de consumo de produtos complementares,
notadamente cimento e asfalto, na indústria da construção.
12.1 IMPORTAÇÃO
12.2 EXPORTAÇÃO
14 VULNERABILIDADE A SUBSTITUIÇÃO
Os substitutos das rochas britadas e cascalho são as escórias siderúrgicas (de alto-
forno e de aciaria), argilas expandidas, resíduos da produção de rochas ornamentais e resíduos
da construção e demolição (RCD). Dentre esses, os RCDs são os que apresentam maior
potencial de crescimento, uma vez que estudos tanto de caracterização tecnológica, quanto de
rotas de tratamento, e mesmo de modelos dinâmicos visando o gerenciamento desses resíduos
em nível municipal, têm sido cada vez mais frequentes. Mas nenhuma outra fonte é tão
abundante quanto os próprios agregados minerais.
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apresenta baixo preço de venda em relação ao volume produzido (DNPM, 2008; OLIVEIRA
et al., 2008), Figura 18.
15 CONCLUSÃO
16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS