Marco de Sendai
Marco de Sendai
Marco de Sendai
18 de março de 2015
Original: Apenas em
inglês
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I. Preâmbulo
1. O presente marco pós-2015 para a redução do risco de desastres foi adotado na
Terceira Conferência Mundial sobre a Redução do Risco de Desastres, realizada de 14-18
março de 2015, em Sendai, Miyagi, no Japão, representando uma oportunidade única para
que os países pudessem:
(a) Adotar um marco pós-2015 para a redução do risco de desastres conciso, focado
e orientado para o futuro e para a ação;
(b) Completar a avaliação e revisão da implementação do Marco de Ação de Hyogo
2005-2015: Construindo a resiliência das nações e comunidades frente aos desastres;1
(c) Considerar a experiência adquirida com estratégias/instituições e planos
regionais e nacionais para a redução do risco de desastres e suas recomendações, bem como
acordos regionais relevantes no âmbito da implementação do Marco de Ação de Hyogo;
(d) Identificar modalidades de cooperação com base nos compromissos para
implementar um quadro pós-2015 para a redução do risco de desastres;
(e) Determinar modalidades para a revisão periódica da implementação de um
quadro pós-2015 para a redução do risco de desastres.
2. Durante a Conferência Mundial, os Estados também reiteraram seu compromisso com
a redução do risco de desastres e com o aumento da resiliência a desastres, um tema a ser
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A gestão eficaz dos riscos de desastres contribui para o desenvolvimento sustentável. Os
países têm reforçado suas capacidades de gestão do risco de desastres. Mecanismos
internacionais de consultoria estratégica, coordenação e construção de parcerias para a
redução do risco de desastres, como a Plataforma Global para a Redução do Risco de
Desastres e as plataformas regionais para a redução do risco de desastres, bem como outros
fóruns internacionais e regionais pertinentes para a cooperação, são fundamentais para o
desenvolvimento de políticas e estratégias e para o avanço do conhecimento e da
aprendizagem mútua. De modo geral, o Marco de Ação de Hyogo tem sido um importante
instrumento para aumentar a conscientização pública e institucional, gerando compromisso
político, concentrando e catalisando as ações de uma série de partes interessadas em todos
os níveis.
4. Durante o mesmo período de 10 anos, no entanto, os desastres continuaram a produzir
grandes custos e, como resultado, o bem-estar e segurança de pessoas, comunidades e países
como um todo foi afetado. Mais de 700 mil pessoas perderam a vida, mais de 1,4 milhão de
pessoas ficaram feridas e cerca de 23 milhões ficaram desabrigadas em consequência de
desastres. No total, mais de 1,5 bilhões de pessoas foram afetadas por desastres de várias
maneiras. Mulheres, crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade foram afetadas
desproporcionalmente. A perda econômica total foi de mais de US$ 1,3 trilhões. Além disso,
entre 2008 e 2012, 144 milhões de pessoas foram deslocadas por catástrofes. Desastres,
muitos dos quais são agravados pelas mudanças climáticas, se tornando mais frequentes e
intensos, restringem significativamente o progresso para o desenvolvimento sustentável.
Evidências indicam que a exposição de pessoas e ativos em todos os países cresce mais
rapidamente do que a redução da vulnerabilidade , gerando novos risco e um aumento
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constante em perdas por desastres com significativo impacto sobre economia, sociedade,
saúde, cultura e meio ambiente, a curto, médio e longo prazo, especialmente nos níveis local
e comunitário. Pequenos desastres recorrentes e desastres de início lento afetam
particularmente comunidades, famílias e pequenas e médias empresas, constituindo um
percentual elevado das perdas totais. Todos os países – especialmente os países em
desenvolvimento onde a mortalidade e as perdas econômicas são desproporcionalmente
maiores – enfrentam o aumento dos níveis de possíveis custos e desafios ocultos para
cumprir suas obrigações financeiras e de outros tipos.
5. É urgente e fundamental prever, planejar e reduzir o risco de desastres, a fim de
proteger de forma mais eficaz pessoas, comunidades e países, seus meios de vida, saúde,
patrimônio cultural, patrimônio socioeconômico e ecossistemas, fortalecendo, assim, sua
resiliência.
6. É necessário redobrar o trabalho para reduzir a exposição e a vulnerabilidade, evitando
a criação de novos riscos de desastres, bem como criar um sistema de responsabilização pela
criação de riscos de desastres em todos os níveis. Ações mais dedicadas precisam ser
centradas no combate a fatores subjacentes de risco de desastres, como, por exemplo, as
consequências da pobreza e da desigualdade, mudanças e variabilidade climática,
urbanização rápida e não planejada, má gestão do solo e fatores como a mudança
demográfica, arranjos institucionais fracos, políticas não informadas sobre riscos, falta de
regulamentação e incentivos para o investimento privado na redução do risco de desastres,
cadeias de suprimentos complexas, limitada disponibilidade de tecnologia, usos
insustentáveis de recursos naturais, ecossistemas em declínio, pandemias e epidemias. Além
disso, é necessário seguir
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fortalecendo a boa governança na redução do risco de desastres nos níveis nacional, regional
e global e melhorar a preparação e coordenação nacional para resposta a desastres,
reabilitação e reconstrução, bem como usar a recuperação e a reconstrução pós-desastres
para "Reconstruir Melhor", com apoio de modalidades reforçadas de cooperação
internacional.
7. Deve haver uma abordagem mais ampla e centrada nas pessoas para prevenir os riscos
de desastres. As práticas de redução do risco de desastres precisam ser multissetoriais e
orientadas para uma variedade de perigos, devendo ser inclusivas e acessíveis para que
possam se tornar eficientes e eficazes. Reconhecendo seu papel de liderança,
regulamentação e coordenação, os governos devem envolver as partes interessadas,
inclusive mulheres, crianças e jovens, pessoas com deficiência, pessoas pobres, migrantes,
povos indígenas, voluntários, profissionais da saúde e idosos na concepção e implementação
de políticas, planos e normas. É necessário que os setores público e privado e organizações
da sociedade civil, bem como academia e instituições científicas e de pesquisa, trabalhem
em conjunto e criem oportunidades de colaboração, e que as empresas integrem o risco de
desastres em suas práticas de gestão.
8. A cooperação internacional, regional, sub-regional e transfronteiriça permanece
fundamental no apoio aos esforços dos Estados, de suas autoridades nacionais e locais, bem
como de comunidades e empresas para reduzir o risco de desastres. Pode ser necessário
reforçar os mecanismos existentes, a fim de prestar apoio eficaz e alcançar uma melhor
implementação. Os países em desenvolvimento, especialmente os países menos
desenvolvidos, os pequenos Estados insulares, os países em desenvolvimento sem litoral e
os países africanos, bem como países de renda média que passam por desafios específicos,
precisam de atenção especial e de apoio para aumentar os recursos internos e capacidades
através de canais bilaterais e multilaterais para assegurem meios adequados, sustentáveis e
oportunos para a implementação em capacitação, apoio financeiro e técnico e transferência
de tecnologia, de acordo com os compromissos internacionais.
9. De modo geral, o Marco de Ação de Hyogo forneceu orientações cruciais para os
esforços destinados a reduzir o risco de desastres e contribuiu para o progresso no sentido
de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Sua aplicação evidenciou, no
entanto, uma série de lacunas na abordagem dos fatores subjacentes de risco de desastres,
na formulação de metas e prioridades de ação, na necessidade de promover a resiliência a
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5 As prioridades Marco de Ação de Hyogo 2005-2015 são: (1) garantir que a redução do risco de
desastres seja uma prioridade nacional e local com forte base institucional para a aplicação;
(2) identificar, avaliar e monitorar os riscos de desastres e melhorar os sistemas de alerta
precoce; (3) utilizar conhecimento, inovação e educação para criar uma cultura de segurança
e resiliência em todos os níveis; (4) reduzir os fatores de risco subjacentes; e (5) fortalecer a
preparação para desastres para permitir uma resposta eficaz em todos os níveis.
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à comunidade internacional uma oportunidade única para aumentar a coerência entre
políticas, instituições, metas, indicadores e sistemas de medição para a implementação,
respeitando seus respectivos mandatos. A garantia de ligações confiáveis entre esses
processos de acordo com cada caso irá contribuir para o aumento da resiliência e para
alcançar a meta global de erradicação da pobreza.
12. Vale lembrar que o resultado da Conferência das Nações Unidas sobre o
Desenvolvimento Sustentável de 2012, "O Futuro que Queremos" foi um apelo para que os
temas da redução do risco de desastres e o aumento da resiliência a desastres fossem
abordados com renovado senso de urgência no contexto do desenvolvimento sustentável e
da erradicação da pobreza e para que fossem integrados, conforme adequado, em todos os
níveis. A Conferência também reafirma todos os princípios da Declaração do Rio sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento.
13. Tratar das mudanças climáticas como um dos fatores que geram risco de desastres e
seguir, ao mesmo tempo, o mandato da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre
Mudanças Climáticas , representa uma oportunidade para reduzir o risco de desastres de
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6 As questões da mudança climática mencionadas no presente quadro permanecem dentro do mandato da Convenção-
Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima no âmbito das competências das Partes da Convenção.
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Redução substancial nos riscos de desastres e nas perdas de vidas, meios de subsistência
e saúde, bem como de ativos econômicos, físicos, sociais, culturais e ambientais de
pessoas, empresas, comunidades e países
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(g) Aumentar substancialmente a disponibilidade e o acesso a sistemas de alerta
precoce para vários perigos e as informações e avaliações sobre o risco de desastres para o
povo até 2030.
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(g) A redução do risco de desastres requer uma abordagem para vários perigos e
tomada de decisões inclusiva e informada sobre os riscos, com base no livre intercâmbio e
na divulgação de dados desagregados, inclusive por sexo, idade e deficiência, bem como em
informações sobre riscos de fácil acesso, atualizadas, de fácil compreensão, com base
científica e não confidenciais, complementadas por conhecimentos tradicionais;
(h) O desenvolvimento, o fortalecimento e a implementação de políticas, planos,
práticas e mecanismos precisam visar a coerência, conforme necessário, entre as agendas de
desenvolvimento sustentável e crescimento, segurança alimentar, saúde e segurança,
mudanças e variabilidade climática, gestão ambiental e redução de risco de desastres. A
redução do risco de desastres é essencial para alcançar o desenvolvimento sustentável;
(i) Embora os fatores de risco de desastres possam ser locais, nacionais, regionais
ou globais, os riscos de desastres têm características locais e específicas que devem ser
compreendidas para determinar as medidas de redução do risco de desastres;
(j) Abordar os fatores subjacentes de risco de desastres através de investimentos
públicos e privados informados sobre riscos é mais custo-eficiente do que concentrar-se
principalmente em resposta pós-desastres e recuperação, contribuindo, também, para o
desenvolvimento sustentável;
(k) Na fase de reconstrução reabilitação e reabilitação pós-desastres é fundamental
evitar a criação e reduzir os riscos de desastres por meio de uma estratégia de "Reconstruir
Melhor", com aumento da educação e sensibilização da sociedade sobre o risco de desastres;
(l) Uma parceria global efetiva e significativa e a intensificação da cooperação
internacional, incluindo o cumprimento dos respectivos compromissos oficiais de auxílio ao
desenvolvimento por parte dos países desenvolvidos, são elementos essenciais para uma
gestão eficaz do risco de desastres;
(m) Os países em desenvolvimento, especialmente os países menos desenvolvidos,
os pequenos Estados insulares, os países em desenvolvimento sem litoral e os países
africanos, bem como os países de renda média e outros países que enfrentam desafios
específicos de risco de desastres, precisam receber de países desenvolvidos e parceiros apoio
adequado, sustentável e tempestivo, por meio de financiamento, transferência de tecnologia
e capacitação, entre outros, considerando suas necessidades e prioridades.
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atividades listadas em cada uma destas quatro prioridades e devem implementá-las,
conforme adequado, tendo em consideração as respectivas capacidades e competências, de
acordo com as leis e os regulamentos nacionais.
22. Em um contexto de crescente interdependência global, a cooperação internacional
concertada, um ambiente internacional favorável e meios de execução são necessários para
estimular e contribuir para desenvolver conhecimentos, capacidades e motivação para a
redução do risco de desastres em todos os níveis, especialmente para os países em
desenvolvimento.
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(h) Promover e melhorar o diálogo e a cooperação entre comunidades científicas e
tecnológicas, outras partes interessadas e decisores políticos relevantes, a fim de facilitar
uma interface ciência-política para a tomada de decisões eficientes na gestão do risco de
desastres;
(i) Garantir a utilização de conhecimentos e práticas tradicionais, indígenas e
locais, conforme o caso, para complementar o conhecimento científico na avaliação do risco
de desastres e para o desenvolvimento e a implementação de políticas, estratégias, planos e
programas de setores específicos, com uma abordagem transsetorial, que deve ser adaptado
às localidades e ao contexto;
(j) Reforçar a capacidade técnica e científica de aproveitar e consolidar os
conhecimentos existentes, bem como desenvolver e aplicar metodologias e modelos para
avaliar riscos de desastres, vulnerabilidades e exposição a todos os perigos;
(k) Promover investimentos em inovação e no desenvolvimento de tecnologia em
pesquisas de longo prazo, sobre uma variedade de riscos e orientadas para soluções em
gestão do risco de desastres a fim de tratar de lacunas, obstáculos, interdependências e
desafios sociais, econômicos, educacionais e ambientais e dos riscos de desastres;
(l) Promover a incorporação de conhecimento sobre o risco de desastres – incluindo
prevenção, mitigação, preparação, resposta, recuperação e reabilitação – na educação formal
e não-formal, bem como na educação cívica de todos os níveis e no ensino e treinamento
profissionalizante;
(m) Promover estratégias nacionais para reforçar a educação e a conscientização
pública sobre a redução do risco de desastres, incluindo informações e conhecimentos sobre
o risco de desastres, por meio de campanhas, mídias sociais e mobilização comunitária,
tendo em conta os públicos específicos e as suas necessidades;
(n) Aplicar informações sobre riscos em todas as suas dimensões de
vulnerabilidade, capacidade e exposição de pessoas, comunidades, países e ativos, bem
como as características dos perigos, para desenvolver e implementar políticas de redução do
risco de desastres;
(o) Intensificar a colaboração entre pessoas em nível local para divulgar
informações sobre o risco de desastres através do envolvimento de organizações
comunitárias e de organizações não-governamentais.
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Contexto nacional e local
27. Para conseguir isso, é importante:
(a) Integrar a redução do risco de desastres de modo intra- e interssetorial. Avaliar
e promover a coerência e o desenvolvimento, conforme apropriado, de marcos nacionais e
locais de leis, regulamentos e políticas públicas, que, através da definição de papéis e
responsabilidades, orientem os setores público e privado para:
(i) tratar do risco de desastres em serviços e infraestruturas de propriedade, gestão ou
regulamentação pública; (ii) promover e incentivar, conforme adequado, ações promovidas
por pessoas, famílias, comunidades e empresas; (iii) aperfeiçoar mecanismos e iniciativas
pertinentes para transparência sobre o risco de desastres, incluindo, entre outros, incentivos
financeiros, iniciativas de conscientização e treinamento para a sociedade, exigência de
relatórios e medidas legais e administrativas; e (iv) estabelecer coordenação e estruturas
organizacionais;
(b) Adotar e aplicar estratégias e planos nacionais e locais de redução do risco de
desastres, em diferentes escalas de tempo, com metas, indicadores e prazos, com o objetivo
de impedir a criação de riscos, reduzir os riscos existentes e aumentar a resiliência
econômica, social, de saúde e ambiental;
(c) Realizar uma avaliação técnica, financeira e administrativa da capacidade de
gestão do risco de desastres para lidar com os riscos identificados nos níveis local e nacional;
(d) Promover o estabelecimento de mecanismos e incentivos necessários para
garantir elevados níveis de conformidade com as disposições para o aumento da segurança
existentes em leis e regulamentações setoriais, inclusive naquelas voltadas para o uso da
terra e planejamento urbano, códigos de construção, gestão ambiental e de recursos e normas
de saúde e segurança, e atualizar tais instrumentos, quando necessário, para garantir uma
orientação adequada sobre a gestão do risco de desastres;
(e) Desenvolver e fortalecer, conforme apropriado, mecanismos para
acompanhamento, avaliação periódica e relatórios públicos sobre os progressos em planos
nacionais e locais. Promover o escrutínio público e incentivar debates institucionais,
inclusive por parlamentares e outras autoridades competentes, sobre os relatórios de
progresso dos planos locais e nacionais para a redução do risco de desastres;
(f) Atribuir, conforme apropriado, papéis claros e tarefas a representantes da
comunidade no âmbito das instituições e dos processos de gestão do risco de desastres e
tomada de decisões utilizando marcos legais pertinentes. Realizar consultas públicas e
comunitárias abrangentes durante o desenvolvimento de tais leis e regulamentos para apoiar
a sua implementação;
(g) Estabelecer e fortalecer fóruns de coordenação do governo compostos pelas
partes interessadas pertinentes em nível nacional e local, como plataformas nacionais e
locais para a redução do risco de desastres e um ponto focal nacional designado para a
implementação do marco pós-2015. É necessário que tais mecanismos tenham uma base
sólida nos marcos institucionais nacionais com responsabilidades e autoridade claramente
atribuídas para, entre outros, identificar risco de desastres setoriais e multissetoriais,
aumentar a conscientização e o conhecimento do risco de desastres através do
compartilhamento e da divulgação de informações e dados não confidenciais sobre o risco
de desastres, contribuir e coordenar relatórios locais e nacionais sobre o risco de desastres,
coordenar campanhas de conscientização pública sobre o risco de desastres, facilitar e apoiar
a cooperação multissetorial em nível local
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(por exemplo, entre governos locais), contribuir para a determinação e para relatórios sobre
planos nacionais e locais de gestão de risco de desastres e para todas as políticas relevantes
para a gestão do risco de desastres. Essas responsabilidades devem ser estabelecidas por
meio de leis, regulamentos, normas e procedimentos;
(h) Capacitar as autoridades locais, conforme adequado, por meio de normas e
financiamento para trabalhar em coordenação com a sociedade civil, comunidades e povos
indígenas e migrantes na gestão do risco de desastres em nível local;
(i) Incentivar parlamentares a apoiar a implementação da redução do risco de
desastres através do desenvolvimento de novas leis ou de alterações em leis existentes e pela
alocação de recursos orçamentais;
(j) Promover o desenvolvimento de padrões de qualidade, tais como certificações
e prêmios, para a gestão do risco de desastres, com a participação do setor privado, da
sociedade civil, bem como de associações profissionais, organizações científicas e da ONU;
(k) Quando aplicável, formular políticas destinadas a abordar as questões de
prevenção ou realocação, quando possível, de assentamentos humanos em zonas sujeitas a
risco de desastres, em conformidade com a legislação e os sistemas jurídicos nacionais.
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(f) Conforme necessário, promover o fortalecimento de mecanismos voluntários
internacionais para acompanhamento e avaliação dos riscos de desastres, incluindo dados e
informações relevantes, beneficiando-se da experiência do Monitoramento do Marco de
Ação de Hyogo. Esses mecanismos podem promover o intercâmbio de informações não
confidenciais sobre os riscos de desastres entre órgãos do governo nacional e partes
interessadas, em prol do desenvolvimento social e econômico sustentável;
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seguras para o assentamento humano, preservando, simultaneamente, as funções
ecossistêmicas que ajudam a reduzir os riscos;
(h) Promover a revisão de códigos existentes ou o desenvolvimento de novos
códigos de construção, normas e práticas de reabilitação e de reconstrução, em nível nacional
ou local, conforme o caso, com o objetivo de torná-los mais aplicáveis no contexto local,
especialmente em assentamentos humanos informais e marginais, bem como reforçar a
capacidade de implementar, examinar e fazer cumprir esses códigos, por meio de uma
abordagem adequada, com vista a promover estruturas resistentes a desastres;
(i) Aumentar a resiliência dos sistemas nacionais de saúde, inclusive através da
integração da gestão do risco de desastres no atendimento de saúde primário, secundário e
terciário, especialmente em nível local; capacitar os profissionais da saúde para
compreender o risco de desastres e aplicar e implementar abordagens de redução do risco
de desastres no trabalho em saúde; e promover e reforçar as capacidades de formação no
domínio da medicina de desastres; e apoiar e treinar grupos comunitários de saúde sobre
abordagens à redução do risco de desastres em programas de saúde, em colaboração com
outros setores, bem como sobre a implementação do Regulamento Sanitário Internacional
(2005) da Organização Mundial de Saúde;
(j) Melhorar o projeto e a implementação de políticas de inclusão e mecanismos de
proteção social, inclusive por meio do envolvimento da comunidade, integrados com
programas de melhoria dos meios de subsistência e acesso a serviços básicos de saúde,
inclusive saúde materna, neonatal e infantil, saúde sexual e reprodutiva, segurança alimentar
e nutrição, habitação e educação, para a erradicação da pobreza, com o objetivo de encontrar
soluções duradouras na fase pós-desastres e de capacitar e ajudar as pessoas
desproporcionalmente afetadas por desastres;
(k) As pessoas com risco de vida e doenças crônicas, devido às suas necessidades
específicas, devem ser incluídas na elaboração de políticas e planos para gerenciar seus
riscos antes, durante e depois de desastres, incluindo acesso a serviços de salvamento de
vidas;
(l) Incentivar a adoção de políticas e programas relacionados à mobilidade humana
induzida por desastres, a fim de aumentar a resiliência das pessoas afetadas e das
comunidades que as recebem, de acordo com as leis e circunstâncias nacionais;
(m) Promover, conforme adequado, a integração de considerações e medidas de
redução do risco de desastres em instrumentos financeiros e fiscais;
(n) Fortalecer o uso e a gestão sustentável dos ecossistemas e implementar
abordagens integradas de gestão ambiental e de recursos naturais que incluam a redução do
risco de desastres;
(o) Aumentar a resiliência de empresas e a proteção a meios de subsistência e bens
produtivos ao longo das cadeias de abastecimento. Assegurar a continuidade dos serviços e
integrar a gestão do risco de desastres em modelos e práticas de negócios;
(p) Reforçar a proteção de meios de subsistência e bens produtivos, incluindo gado,
animais de trabalho, ferramentas e sementes;
(q) Promover e integrar abordagens de gestão do risco de desastres em toda a
indústria do turismo, considerando que muitas vezes há grande dependência do turismo
como atividade econômica fundamental.
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Contexto global e regional
31. Para conseguir isso, é importante:
(a) Promover a coerência entre sistemas, setores e organizações relacionadas com o
desenvolvimento sustentável e com a redução do risco de desastres em seus planos, políticas,
programas e processos;
(b) Promover o desenvolvimento e o reforço dos mecanismos e instrumentos de
transferência e compartilhamento do risco de desastres, em estreita cooperação com
parceiros da comunidade internacional, empresas, instituições financeiras internacionais e
outras partes interessadas;
(c) Promover a cooperação entre entidades e redes acadêmicas, científicas e de
pesquisa e o setor privado a fim de desenvolver novos produtos e serviços para ajudar a
reduzir o risco de desastres, particularmente aqueles que poderiam ajudar os países em
desenvolvimento em seus desafios específicos;
(d) Incentivar a coordenação entre instituições financeiras globais e regionais com
o objetivo de avaliar e prever os possíveis impactos econômicos e sociais de desastres;
(e) Intensificar a cooperação entre autoridades de saúde e outras partes interessadas
relevantes para aumentar a capacidade de países para a gestão do risco de desastres para a
saúde, implementar o Regulamento Sanitário Internacional (2005) e construir sistemas de
saúde resilientes;
(f) Fortalecer e promover a colaboração e capacitação para a proteção de bens
produtivos, incluindo gado, animais de trabalho, ferramentas e sementes;
(g) Promover e apoiar o desenvolvimento de redes de segurança social como
medidas de redução do risco de desastres ligadas e integradas com programas de reforço dos
meios de subsistência, a fim de garantir a resiliência a impactos nos níveis familiar e
comunitário;
(h) Fortalecer e ampliar os esforços internacionais para erradicação da fome e da
pobreza, através da redução do risco de desastres;
(i) Promover e apoiar a colaboração entre as partes interessadas públicas e privadas
relevantes para aumentar a resiliência de empresas aos desastres.
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em medidas de desenvolvimento, construindo nações e comunidades resilientes aos
desastres.
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reabilitação e desenvolvimento. Aproveitar oportunidades durante a fase de recuperação
para desenvolver capacidades que reduzam o risco de desastres a curto, médio e longo prazo,
inclusive por meio do desenvolvimento de medidas como planejamento do uso da terra,
melhoria nos padrões estruturais e compartilhamento de competências, conhecimentos,
avaliações e lições aprendidas pós-desastres. Integrar a reconstrução pós-desastre ao
desenvolvimento econômico e social sustentável das áreas afetadas. Isso também deve ser
aplicável aos assentamentos temporários para pessoas deslocadas por desastres;
(k) Desenvolver orientações de preparação para a reconstrução após desastres, por
exemplo, sobre planejamento do uso do solo e melhoria dos padrões estruturais,
aproveitando também lições aprendidas de programas de recuperação e reconstrução ao
longo da década, desde a adoção do Marco de Ação de Hyogo, e trocando experiências,
conhecimentos e lições aprendidas;
(l) Sempre que possível, considerar a deslocalização de instalações e infraestruturas
públicas para áreas fora da faixa de risco, sempre que possível, no processo de reconstrução
pós-desastres, consultando as pessoas envolvidas, conforme apropriado;
(m) Reforçar a capacidade das autoridades locais para evacuar as pessoas que vivem
em áreas propensas a desastres;
(n) Estabelecer um mecanismo de registro de casos e um banco de dados de
mortalidade causada por desastres a fim de melhorar a prevenção de morbidade e
mortalidade;
(o) Melhorar esquemas de recuperação para fornecer apoio psicossocial e serviços
de saúde mental para todas as pessoas necessitadas;
(p) Avaliar e fortalecer, conforme adequado, as leis e os procedimentos nacionais
em matéria de cooperação internacional, com base nas orientações para a facilitação
doméstica e nas regulamentações internacionais de socorro e assistência inicial para a
recuperação.
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(iv) As pessoas mais velhas têm anos de conhecimentos, habilidades e sabedoria,
que são ativos valiosos para reduzir o risco de desastres, e devem ser incluídas na
elaboração de políticas, planos e mecanismos, inclusive para aviso precoce;
(v) Os povos indígenas, por meio de sua experiência e conhecimento tradicional,
fornecem uma importante contribuição para o desenvolvimento e a implementação de
planos e mecanismos, inclusive para aviso precoce;
(vi) Os migrantes contribuem para a resiliência das comunidades e sociedades e seus
conhecimentos, habilidades e capacidades podem ser úteis na concepção e
implementação da redução do risco de desastres.
(b) Academia, entidades e redes científicas e de pesquisa devem: concentrar-se nos
fatores e cenários de risco de desastres, incluindo novos riscos de desastres, a médio e longo
prazo; intensificar a pesquisa para aplicação regional, nacional e local; apoiar a ação de
comunidades e autoridades locais; e apoiar a interface entre política e ciência para a tomada
de decisões;
(c) Empresas, associações profissionais e instituições financeiras do setor privado,
incluindo órgão reguladores de finanças e contabilidade, bem como fundações filantrópicas,
devem: integrar a gestão do risco de desastres, incluindo a continuidade dos negócios, em
modelos e práticas de negócios por meio de investimentos informados sobre o risco de
desastres, especialmente em micro, pequenas e médias empresas; envolver-se em atividades
de conscientização e treinamento para seus funcionários e clientes; participar e apoiar
pesquisa e inovação, bem como o desenvolvimento tecnológico para a gestão do risco de
desastres; compartilhar e divulgar conhecimentos, práticas e dados não confidenciais; e
participar ativamente, conforme adequado e sob orientação do setor público, no
desenvolvimento de estruturas normativas e normas técnicas que incorporem a gestão do
risco de desastres;
(d) Os meios de comunicação devem: assumir um papel ativo e inclusivo nos níveis
local, nacional, regional e global, contribuindo para a sensibilização e para o entendimento
do público, e divulgar informações precisas e não confidenciais sobre risco de desastres,
perigos e desastres, incluindo desastres de pequena escala, de modo fácil de entender,
simples, transparente e acessível, em estreita cooperação com as autoridades nacionais;
adotar políticas de comunicação específicas para a redução do risco de desastres; apoiar,
conforme apropriado, sistemas de alerta precoce e medidas de proteção para salvar vidas; e
estimular uma cultura de prevenção e forte envolvimento da comunidade em campanhas de
educação pública e consultas públicas em todos os níveis da sociedade, em conformidade
com as práticas nacionais.
37. Com referência à resolução 68/211 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 20 de
dezembro de 2013, os compromissos das partes interessadas são importantes para identificar
formas de cooperação e para implementar este marco. Esses compromissos precisam ser
específicos e ter prazos definidos a fim de apoiar o desenvolvimento de parcerias em nível
local, nacional, regional e global e a implementação de planos e estratégias locais e nacionais
para redução do risco de desastres. Todas as partes interessadas são encorajadas a divulgar
seus compromissos e seu cumprimento em apoio à implementação do marco ou dos planos
nacionais e locais de gestão do risco de desastres através do site do Escritório das Nações
Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNISDR).
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VI. Cooperação internacional e parceria global
Considerações gerais
38. Dadas as suas diferentes capacidades e a ligação entre o nível de apoio que recebem e
a medida em que serão capazes de implementar o presente marco, os países em
desenvolvimento demandam melhores disposições de meios de implementação, incluindo
recursos tempestivos, sustentáveis e adequados, através da cooperação internacional e da
parceria global para o desenvolvimento, e apoio internacional contínuo para reforçar seus
esforços de redução do risco de desastres.
39. A cooperação internacional para a redução do risco de desastres inclui uma variedade
de fontes e é um elemento crucial para apoiar os esforços dos países em desenvolvimento
para reduzir o risco de desastres.
40. Tratando da disparidade econômica e da disparidade de inovação tecnológica e
capacidade de pesquisa entre os países, é fundamental melhorar a transferência de
tecnologia, o que envolve um processo para possibilitar e facilitar os fluxos de habilidades,
conhecimentos, ideias, know-how e tecnologia dos países desenvolvidos para os países em
desenvolvimento na implementação do atual marco.
41. Os países em desenvolvimento propensos a desastres, em particular os países menos
desenvolvidos, os pequenos Estados insulares, os países em desenvolvimento sem litoral e
os países africanos, bem como os países de renda média que enfrentam desafios específicos,
merecem especial atenção em função de seus níveis mais elevados de vulnerabilidade e de
risco, que muitas vezes excedem em muito a sua capacidade de responder e se recuperar de
desastres. Essa vulnerabilidade requer o reforço urgente da cooperação internacional e
assegurar parcerias genuínas e duráveis nos níveis regional e internacional, a fim de apoiar
os países em desenvolvimento na implementação deste marco, de acordo com as suas
prioridades e necessidades nacionais. Similar atenção e assistência adequada também devem
ser prestadas a outros países suscetíveis a desastres com características específicas, como os
países arquipelágicos e países com litorais extensos.
42. Os desastres podem afetar desproporcionalmente pequenos Estados insulares em
desenvolvimento, devido às suas vulnerabilidades únicas e particulares. Os efeitos dos
desastres, alguns dos quais aumentaram em intensidade e foram exacerbados pelas
mudanças climáticas, impedem seu progresso em direção ao desenvolvimento sustentável.
Dado o caso especial dos pequenos Estados insulares em desenvolvimento, há uma
necessidade urgente de aumentar a resiliência e de prestar apoio especial pela
implementação dos resultados da Trajetória das Modalidades Aceleradas de Ação para PEID
(Samoa) na área de redução do risco de desastres.
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44. A cooperação Norte-Sul, complementada por cooperação Sul-Sul e triangular, tem se
provado fundamental para reduzir o risco de desastres e, portanto, é necessário fortalecer
ainda mais a cooperação em ambas as áreas. Parcerias também têm papel importante por
permitirem aproveitar todo o potencial dos países e apoiar as suas capacidades nacionais na
gestão do risco de desastres e na melhoria do bem-estar socioeconômico e da saúde de
pessoas, comunidades e países.
45. Os esforços de países em desenvolvimento que oferecem cooperação Sul-Sul e
triangular não devem reduzir a cooperação Norte-Sul dos países desenvolvidos, pois eles
complementam a cooperação Norte-Sul.
46. O financiamento de diversas fontes internacionais; a transferência de tecnologias
públicas e privadas ambientalmente seguras, confiáveis, acessíveis, adequadas e modernas,
sob condições de concessão e preferência, por mútuo acordo; assistência aos países em
desenvolvimento por meio de capacitações; e ambientes institucionais e políticos propícios
em todos os níveis são meios altamente importantes para reduzir o risco de desastres.
Meios de implementação
47. Para conseguir isto, é necessário:
(a) Reafirmar que os países em desenvolvimento precisam de maior auxílio
internacional coordenado, sustentado, e adequado para a redução do risco de desastres, em
particular para os países menos desenvolvidos, os pequenos Estados insulares em
desenvolvimento, países em desenvolvimento sem litoral e países africanos, bem como os
países de renda média que enfrentam desafios específicos, por meio de canais bilaterais e
multilaterais, inclusive por um maior apoio técnico e financeiro e pela transferência de
tecnologia em condições de concessão e preferência, de acordo com termos mutuamente
acordados, para o desenvolvimento e o fortalecimento de suas capacidades;
(b) Melhorar o acesso dos estados, em especial dos países em desenvolvimento, a
financiamento, tecnologia ambientalmente segura, ciência e inovação inclusiva, bem como
ao conhecimento e ao compartilhamento de informações através dos mecanismos existentes,
especialmente acordos de colaboração bilaterais, regionais e multilaterais, incluindo a
Organização das Nações Unidas e outros organismos pertinentes;
(c) Promover o uso e a ampliação de plataformas temáticas de cooperação, tais
como agrupamentos globais de tecnologias e sistemas globais para o compartilhamento de
know-how, inovação e pesquisa e para garantir o acesso a tecnologia e informação sobre a
redução do risco de desastres.
(d) Incorporar medidas de redução do risco de desastres em programas multilaterais
e bilaterais de assistência ao desenvolvimento, nos âmbitos intra- e interssetorial, conforme
apropriado, relacionados com redução da pobreza, desenvolvimento sustentável, gestão de
recursos naturais, meio ambiente, desenvolvimento urbano e adaptação às mudanças
climáticas;
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(b) As entidades do sistema das Nações Unidas, incluindo fundos, programas e
agências especializadas, através do Plano de Ação da ONU para a Redução do Risco de
Desastres para a Resiliência, dos Marcos de Assistência das Nações Unidas para o
Desenvolvimento e de programas nacionais, deverão promover o melhor uso de recursos e
apoiar países em desenvolvimento, quando solicitado, na implementação do presente marco,
em coordenação com outras estruturas relevantes, tais como o Regulamento Sanitário
Internacional (2005), inclusive através do desenvolvimento e do fortalecimento de
capacidades e de programas claros e focados para apoiar as prioridades dos Estados de forma
equilibrada, coordenada e sustentável, no âmbito dos respectivos mandatos;
(c) O Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres
(UNISDR), em particular, deverá apoiar a implementação, o acompanhamento e a avaliação
deste marco por meio de: elaboração de avaliações periódicas sobre o progresso,
especialmente para a Plataforma Global, e, conforme apropriado, de forma atempada com o
processo de acompanhamento na Organização das Nações Unidas, apoio ao
desenvolvimento de acompanhamento global e regional coerente e indicadores coerentes e
coordenados, conforme apropriado, com outros mecanismos relevantes para o
desenvolvimento sustentável e as mudanças climáticas e atualização do Monitoramento do
Marco de Ação de Hyogo existente na web em conformidade com eles; participação ativa
no trabalho do Grupo Inter-Agências e de Peritos em Indicadores do Desenvolvimento
Sustentável; produção de orientações práticas e baseadas em evidências para a
implementação, em estreita colaboração com os Estados, e através da mobilização de
peritos; fortalecimento de uma cultura de prevenção entre as partes interessadas, por meio
do apoio ao desenvolvimento de normas por especialistas e organizações técnicas, iniciativas
de ativismo e divulgação de informações, políticas e práticas sobre o risco de desastres, bem
como a oferta de educação e treinamento sobre a redução do risco de desastres por meio de
organizações filiadas; apoio aos países, inclusive através das plataformas nacionais ou de
equivalentes, para o desenvolvimento de planos nacionais e acompanhamento das tendências
e padrões de riscos, perdas e impactos de desastres; convocação da Plataforma Global para
a Redução do Risco de Desastres e apoio à organização de plataformas regionais para a
redução do risco de desastres, em cooperação com as organizações regionais; direção da
revisão do Plano de Ação da ONU sobre a Redução do Risco de Desastres para a Resiliência;
auxílio para o fortalecimento e apoio continuado ao Grupo Consultivo Científico e Técnico
da Conferência Internacional sobre o Risco de Desastres na mobilização da ciência e de
trabalhos técnicos sobre a redução do risco de desastres; direção, em estreita coordenação
com os Estados, da atualização da Terminologia de 2009 sobre Redução de Risco de
Desastres, em conformidade com a terminologia acordada pelos Estados; e registro dos
compromissos das partes interessadas;
(d) As instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial e os bancos
regionais de desenvolvimento, deverão considerar as prioridades marco quadro para a
prestação de apoio financeiro e empréstimos para a redução integrada do risco de desastres
nos países em desenvolvimento;
(e) Outras organizações internacionais e órgãos de tratados, incluindo a Conferência
das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, instituições
financeiras internacionais, em nível global e regional, e a Cruz Vermelha Internacional e o
Movimento do Crescente Vermelho deverão apoiar os países em desenvolvimento, quando
solicitado, na implementação deste marco, em coordenação com outras estruturas relevantes;
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(f) O Pacto Global das Nações Unidas, como a principal iniciativa das Nações
Unidas para o envolvimento com o setor privado e empresas, deverá envolver-se ainda mais
e promover a importância crucial da redução do risco de desastres para o desenvolvimento
sustentável e a resiliência;
(g). A capacidade total do sistema das Nações Unidas para ajudar os países em
desenvolvimento na redução do risco de desastres deverá ser reforçada por meio de recursos
adequados provenientes de vários mecanismos de financiamento, incluindo contribuições
maiores, tempestivas, estáveis e previsíveis para o Fundo Fiduciário das Nações Unidas para
a Redução de Desastres e pela ampliação do papel do Fundo em relação à implementação
do presente marco.
(h) A União Interparlamentar, bem como outros organismos e mecanismos
regionais pertinentes para parlamentares, deverá, conforme apropriado, continuar apoiando
e defendendo a redução do risco de desastres e o reforço dos marcos jurídicos nacionais;
(i) A organização Cidades Unidas e Governos Locais e outros órgãos competentes
dos governos locais deverão continuar a apoiar a cooperação e aprendizagem mútua entre
os governos locais para a redução do risco de desastres e para a execução do presente marco.
Ações de acompanhamento
49. A Conferência convida a Assembleia Geral, em sua septuagésima sessão, a considerar
a possibilidade de incluir a avaliação do progresso global na implementação deste marco
para a redução do risco de desastres como parte de seus processos de acompanhamento
integrado e coordenado para conferências e cúpulas das Nações Unidas, alinhados com o
Conselho Econômico e Social, o Fórum Político de Alto Nível para o Desenvolvimento
Sustentável e os ciclos quadrienais de revisão política abrangente, conforme adequado,
tendo em conta as contribuições da Plataforma Global para a Redução do Risco de Desastres
e das plataformas regionais para a redução do risco de desastres e do Monitoramento do
Marco de Ação de Hyogo.
50. A Conferência recomenda à Assembleia Geral a criação, em sua sexagésima-nona
sessão, de um grupo de trabalho intergovernamental aberto, composto por especialistas
indicados pelos Estados-Membros, e apoiado pelo Escritório das Nações Unidas para a
Redução do Risco de Desastres (UNISDR), com a participação de partes interessadas, para
o desenvolvimento de um conjunto de possíveis indicadores para medir o progresso global
na aplicação deste marco em conjunto com o trabalho do grupo interagências de peritos em
indicadores de desenvolvimento sustentável. A conferência também recomenda que o Grupo
de Trabalho considere as recomendações do Grupo Consultivo Científico e Técnico sobre a
atualização da Terminologia de 2009 do UNISDR sobre a Redução do Risco de Desastres,
até dezembro de 2016, e que o resultado de seu trabalho seja submetido à Assembleia Geral
para consideração e adoção.
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