Documento Curricular de Sobral - Matemática
Documento Curricular de Sobral - Matemática
Documento Curricular de Sobral - Matemática
org)
Grupo de Escrita e Revisão de Matemática
Secretaria da Educação de Sobral
Edna Lúcia de Carvalho Lima
Elcinei Oliveira Barreto
Arinede Enaira da Silva de Almeida
Daniele Pontes Passos
Saymon Araújo Carneiro
Maria Isabelle Oliveira da Costa
Claudiana de Araújo Gomes
Helainy Raimunda Ramos
Elson Mesquita de Sousa
Coordenação e Consultoria1
Paula Louzano
Ilona Becskeházy
Consultoria
Ariane Faria dos Santos
Barbara Câmara
Claudia Gamba
Gabriela Moriconi
Marcos Rogerio Tofoli
Sobral – CE
Dezembro/2016
1
O financiamento desta consultoria foi feito pelo Instituto Natura.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 4
CONCEPÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................... 8
QUADRO RESUMO GERAL ..................................................................................................... 10
PERFIL DE ENTRADA E SAÍDA ENTRE AS ETAPAS ............................................................. 11
APRESENTAÇÃO DO EIXO 1: NÚMEROS E ÁLGEBRA ......................................................... 19
EIXO 1. NÚMEROS E ÁLGEBRA .............................................................................................. 32
1.1. SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL ............................................................................. 32
1.1.1. CONTAR, LER, ESCREVER NÚMEROS E REPRESENTAR O SISTEMA DE
NUMERACAO DECIMAL ........................................................................................................... 32
1.2. NÚMEROS E OPERAÇÕES............................................................................................... 37
1.2.1. REPRESENTAR, CALCULAR E RESOLVER PROBLEMAS COM NÚMEROS
NATURAIS ................................................................................................................................. 37
1.2. NÚMEROS E OPERAÇÕES............................................................................................... 41
1.2.2 REPRESENTAR, CALCULAR E RESOLVER PROBLEMAS COM NÚMEROS
RACIONAIS ............................................................................................................................... 41
1.2. NÚMEROS E OPERAÇÕES............................................................................................... 44
1.2.3. REPRESENTAR, CALCULAR E RESOLVER PROBLEMAS COM NÚMEROS INTEIROS
.....................................................................................................................................................44
1.2. NÚMEROS E OPERAÇÕES............................................................................................... 46
1.2.4. REPRESENTAR, CALCULAR E RESOLVER PROBLEMAS COM NÚMEROS REAIS .. 46
1.3. PORCENTAGEM ................................................................................................................ 48
1.3.1. INTERPRETAR O CONCEITO DE PORCENTAGEM E APLICAR NA RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS............................................................................................................................. 48
1.4. RAZÃO E PROPORÇÃO .................................................................................................... 50
1.4.1. RECONHECER OS CONCEITOS DE RAZÃO E PROPORÇÃO NA RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS............................................................................................................................. 50
1.5. PADRÕES E CÁLCULOS ALGÉBRICOS........................................................................... 51
1.5.1. RECONHECER PADRÕES E RESOLVER PROBLEMAS COM CÁLCULO ALGÉBRICO51
APRESENTAÇÃO DO EIXO 2: ESPAÇO E FORMA ................................................................ 54
EIXO 2. ESPAÇO E FORMA ..................................................................................................... 63
2.1. SENSO ESPACIAL ............................................................................................................. 63
2.1.1. REPRESENTAR A LOCALIZAÇÃO E A MOVIMENTAÇÃO DE OBJETOS E PESSOAS
NO ESPAÇO.............................................................................................................................. 63
2.2. FORMAS GEOMÉTRICAS PLANAS E ESPACIAIS ........................................................... 65
2.3. ÂNGULOS .......................................................................................................................... 70
2.3.1. RECONHECER, CLASSIFICAR, MEDIR E CONSTRUIR ÂNGULOS............................. 70
2.4. SIMETRIA ........................................................................................................................... 72
2.4.1. RECONHECER E REPRESENTAR EIXOS DE SIMETRIA DE REFLEXÃO,
TRANSLAÇÃO E ROTAÇÃO..................................................................................................... 72
APRESENTAÇÃO DO EIXO 3: GRANDEZAS E MEDIDAS ...................................................... 73
EIXO 3. GRANDEZAS E MEDIDAS .......................................................................................... 81
3.1. SISTEMA MONETÁRIO...................................................................................................... 81
3.1.1. RESOLVER PROBLEMAS COM CONCEITOS DO SISTEMA MONETÁRIO
BRASILEIRO ............................................................................................................................. 81
3.2. ESTUDO DAS DIFERENTES GRANDEZAS E FORMAS DE MEDIDAS ........................... 83
3.2.1. RECONHECER E RELACIONAR MEDIDAS SIGNIFICATIVAS DE DIFERENTES
GRANDEZAS............................................................................................................................. 83
APRESENTAÇÃO DO EIXO 4: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO ......................................... 88
EIXO 4. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO.............................................................................. 93
4.1. INTERPRETAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DE DADOS...................................................... 93
4.1.1. REPRESENTAR DADOS INTERPRETANDO AS INFORMAÇÕES DE DIFERENTES
FORMAS.................................................................................................................................... 93
4.2. PROBABILIDADES E MEDIDAS ESTATÍSTICAS .............................................................. 96
4.2.1. RECONHECER E APLICAR OS CONCEITOS DE PROBABILIDADE E MEDIDAS
ESTATÍSTICAS ......................................................................................................................... 96
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E ANEXOS ....................................................................... 98
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
A nova política curricular de Sobral nasceu da percepção das autoridades educacionais
locais (Seduc-Sobral) de que a capacidade pedagógica instalada no Município, construída com
esmero ao longo das últimas décadas a ponto de tornar-se referência nacional, poderia levar
seus alunos a patamares muito mais altos de aprendizagem.
O processo de escrita do documento teve início com um diagnóstico de expectativas
sobre o futuro da educação escolar sobralense com variados atores relevantes locais. A partir
dele, foi elaborado o primeiro componente da nova proposta de estrutura curricular - o quadro
de critérios orientadores - conjunto de princípios que embasam a produção de um documento
curricular e que representam:
– Objetivos da educação escolar do município
– Perfil de alunos que se pretende formar
– Visão de futuro para a educação
Os princípios que a rede de ensino de Sobral priorizou são os seguintes:
1. Alcançar Excelência Acadêmica,
2. Garantir a equidade,
3. Promover o pleno desenvolvimento da pessoa,
4. Formar cidadãos críticos, éticos e bem-sucedidos profissionalmente.
Os princípios 1 e 2 são considerados como resultantes da vida acadêmica escolar,
prioridade absoluta e responsabilidade inescapável das escolas da rede. Os princípios 3 e 4
podem também ser materializados a partir da vida do aluno em comunidade, em ambiente
institucionalizado ou não, e em atividades educacionais suplementares à escola. Cabe à rede
municipal de ensino monitorar individualmente esses aspectos do desenvolvimento dos alunos,
prover oportunidades e ambiente propício para seu desenvolvimento dentro das escolas e
coordenar atividades suplementares ao contexto escolar que as estimulem.
A missão da rede escolar do Município pode ser escrita com base no detalhamento de
cada um dos princípios, conforme quadro resumo a seguir.
4
INTRODUÇÃO
8
CONCEPÇÃO DA DISCIPLINA
raciocínio específicas. Estabelecer relações entre objetos, fatos e conceitos, generalizar, prever,
projetar e abstrair são exemplos dessas habilidades a serem desenvolvidas em sala de aula.
Como ciência, a Matemática favorece a organização do pensamento, do saber e da
aprendizagem. Por meio de sua linguagem e metodologia específicas, ela permite formular,
descrever e confirmar hipóteses de um fenômeno; possibilita criar e transformar a percepção da
realidade e da ação humana, dando-lhes novos significados; tem caráter formativo, possibilitando
ao aluno interpretar a função das definições e demonstrações para a construção de novos
conceitos, para a validação das intuições e para dar sentido às variadas técnicas aplicadas em
resolução de problemas; está em permanente transformação influenciada por contingências
históricas e sociais; e representa um recorte de alguns caminhos que podem ser percorridos na
rede do conhecimento escolar.
Sob esse enfoque, a Matemática pode ser interpretada como um dos mapas do
conhecimento, um mapa formado por rotas com a função de orientar e articular os possíveis
caminhos que podem ser percorridos pelo professor e pelos alunos no estudo de um tema, para
que eles próprios não deixem de ter uma direção. Não deve ter um fim em si; ao contrário, deve
representar um dos meios, um dos veículos para o processo de formação do homem.
A Matemática é um amplo conjunto de conhecimentos voltados para a resolução de
problemas. Inicialmente, é importante ressaltar que essa concepção engloba as anteriores, visto
que a possibilidade de resolução de problemas por meio da Matemática está relacionada ao fato
dela ser um sistema de representação da realidade e de ser uma ciência.
A Matemática favorece a resolução de problemas formulados no seu próprio interior, bem
como no interior de outras áreas do conhecimento, tendo um caráter instrumental, ou seja, ela
representa uma ferramenta que serve para o tratamento de questões do cotidiano e para muitas
tarefas específicas em quase todas as atividades humanas. Desse modo, é papel do professor
apresentar a multiplicidade de situações em que a Matemática pode ser aplicada, não ficando
restrita à resolução de exercícios repetitivos, questões específicas ou com aplicações distantes
do contexto do aluno.
Organização do documento
Objetivando uma melhor compreensão desse processo de produção, o documento foi
dividido em algumas partes (quadro resumo, perfil de entrada e saída e apresentação dos eixos
com o detalhamento das habilidades) para melhor visualização. Vale ressaltar que cada eixo será
especificado mais detalhadamente nas seções a seguir, mas a proposta se estrutura a partir de
quatro eixos centrais que buscam atender os objetivos apresentados anteriormente, sendo eles:
Números e Álgebra, Espaço e Forma, Grandezas e Medidas e Tratamento da Informação.
QUADRO RESUMO GERAL
11
PERFIL DE ENTRADA E SAÍDA ENTRE AS ETAPAS
EIXO 1. NÚMEROS E ÁLGEBRA
1.3. PORCENTAGEM
1.3.1. INTERPRETAR O CONCEITO DE PORCENTAGEM E APLICAR NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
PERFIL DE ENTRADA DO 1º ANO – EFI PERFIL DE ENTRADA DO 6º ANO - EFI PERFIL DE SAÍDA DO 9º ANO - EFII
Não existem expectativas para esse subeixo na Relacionam porcentagem com a escrita decimal e Resolvem problemas envolvendo porcentagem e
entrada do EFI. (Começa no 3º ano) fracionária. juros simples.
Calculam a porcentagem e resolvem problemas
em diferentes situações.
2.3. ÂNGULOS
2.3.1. RECONHECER, CLASSIFICAR, MEDIR E CONSTRUIR ÂNGULOS.
PERFIL DE ENTRADA DO 1º ANO – EFI PERFIL DE ENTRADA DO 6º ANO - EFI PERFIL DE SAÍDA DO 9º ANO - EFII
Não existem expectativas para esse subeixo na Identificam ângulos em figuras planas e objetos do Classificam e reconhecem outras propriedades
entrada do EFI. (Começa no 4º ano) cotidiano. dos ângulos, relacionando-os com suas operações
Reconhecem ângulos (reto, raso, agudo e obtuso) de submúltiplos de grau.
em figuras planas e associada ao giro. Reconhecem ângulos formados por duas retas
paralelas cortadas por uma transversal.
PERFIL DE ENTRADA E SAÍDA ENTRE AS ETAPAS
EIXO 2. ESPAÇO E FORMA
2.4. SIMETRIAS
2.4.1. RECONHECER E REPRESENTAR EIXOS DE SIMETRIA REFLEXÃO, TRANSLAÇÃO E ROTAÇÃO
PERFIL DE ENTRADA DO 1º ANO – EFI PERFIL DE ENTRADA DO 6º ANO - EFI PERFIL DE SAÍDA DO 9º ANO - EFII
Não existem expectativas para esse subeixo na Localizam eixo de simetria em objetos. Associam figuras com um ou mais eixos de
entrada do EFI. (Começa no 3º ano) Identificam eixo de simetria traçado em figuras. simetria.
Identificam figuras com um ou mais eixos de Reconhecem e constroem figuras obtidas por
simetria. simetria de translação.
Reconhecem e constroem figuras obtidas por
simetria de rotação.
Reconhecem simetria no sólido de revolução.
PERFIL DE ENTRADA E SAÍDA ENTRE AS ETAPAS
EIXO 3. GRANDEZAS E MEDIDAS
3.2. ESTUDO DAS DIFERENTES GRANDEZAS E FORMAS DE MEDIDAS - PADRONIZADAS E NÃO PADRONIZADAS
3.2.1. RECONHECER MEDIÇÕES SIGNIFICATIVAS DE QUANTIDADES, ESCOLHENDO UNIDADES DE MEDIDA APROPRIADAS.
PERFIL DE ENTRADA DO 1º ANO – EFI PERFIL DE ENTRADA DO 6º ANO - EFI PERFIL DE SAÍDA DO 9º ANO - EFII
Compreendem noções de grandezas e medidas Relacionam medidas de tempo. Calculam o comprimento de uma circunferência e
em contexto significativo. Relacionam unidades de medida de comprimento de um arco da circunferência.
(km, m, dm, cm e mm) e calculam perímetro de Calculam perímetro e área de figuras planas.
figuras planas. Calculam volume de prisma, cilindro e de
Relacionam unidades de medida de massa (kg, g, pirâmide.
mg e t).
Relacionam unidades de medida de capacidade (l
e ml).
Reconhecem medidas de superfície e calculam
área de figuras planas.
Conceituam a grandeza volume de objetos
tridimensionais e calculam volume e cubos e
paralelepípedos.
Reconhecem temperatura como grandeza,
identificando instrumento e unidade de medida.
4.1. INTERPRETAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DE DADOS - TABELAS E GRÁFICOS
4.1.1. REPRESENTAR DADOS INTERPRETANDO AS INFORMAÇÕES DE DIFERENTES FORMAS.
PERFIL DE ENTRADA DO 1º ANO – EFI PERFIL DE ENTRADA DO 6º ANO - EFI PERFIL DE SAÍDA DO 9º ANO - EFII
Coletam, comparam e interpretam conjuntos de Analisam o agrupamento de dados e constroem
Interpretam processos simples para coleta de dados. tabelas de frequências, utilizando intervalos de
informação. Constroem tabelas, gráficos de colunas e de classes.
Interpretam dados apresentados em tabelas e barras duplas e gráfico de setores, a partir dos Avaliam gráfico para apresentação de dados,
gráficos (com supervisão para ganhar autonomia). dados coletados. destacando aspectos como as medidas de
Analisam informações apresentadas em tabelas tendência central.
de dupla entrada e em gráficos de colunas, de
barras duplas, de linhas e de setores.
18
APRESENTAÇÃO DO EIXO 1: NÚMEROS E ÁLGEBRA
APRESENTAÇÃO DO EIXO
Número e Álgebra são desenvolvidos juntos, uma vez que cada um enriquece o estudo do
outro. Os estudantes aplicam o sentido de número e estratégias para contagem e representação
de números. Exploram a magnitude e propriedades dos números e aplicam uma variedade de
estratégias para cálculo e interpretam a conexão entre as operações. Reconhecem padrões e
entendem os conceitos de variável e função. Constroem sua compreensão do sistema numérico
para descrever relações e formular generalizações. Reconhecem equivalência e resolvem
equações e desigualdades. Aplicam suas habilidades numéricas e algébricas para realizar
investigações, resolver problemas e comunicar seu raciocínio.
No decorrer do Ensino Fundamental, é possível construir a base do conhecimento
numérico considerando resumidamente os seguintes aspectos:
- Senso Numérico e Sistema de Numeração Decimal
O trabalho relacionado ao desenvolvimento do senso numérico visa fundamentalmente à
ampliação da noção de número que já faz parte do conhecimento do aluno. De fato, mesmo
antes de ingressar na escola, o aluno percebe e convive com números nas mais variadas
situações: números de sua casa ou apartamento, telefone, placas de carro ou de trânsito,
relógios, etc. É importante propiciar experiências, situações e problematizações para que todo
esse conhecimento numérico familiar tenha sentido para o aluno.
É fundamental dar significado às sequências numéricas; analisar as hipóteses de escrita
numérica que os alunos possuem; verificar a relação que eles estabelecem entre uma
quantidade e a sua representação. Em outras palavras, isso significa possibilitar ao aluno
interpretar e utilizar com confiança informações numéricas presentes nas mais variadas
situações do cotidiano e em instrumentos de comunicação (gráficos, televisão, jornal, etc.).
Para o desenvolvimento e a ampliação do senso numérico, as atividades devem ser
elaboradas tendo em vista avaliar a exploração da utilização do número (aspecto funcional) em
situações do cotidiano; conhecer e analisar diferentes representações gráficas; resolver
problemas que envolvam as quatro operações; utilizar estimativa e procedimentos de contagem.
Vale ressaltar a importância da utilização de textos informativos em sala de aula que
contenham dados e informações numéricas. Esse tipo de texto possibilita a exploração de
números relacionados a resultados de medições de diferentes grandezas, auxilia a identificação
19
APRESENTAÇÃO DO EIXO 1: NÚMEROS E ÁLGEBRA
de outras funções do número, bem como permite a exploração da habilidade de estimativa da
ordem de grandeza desses números.
Para o trabalho com Sistema de Numeração Decimal em sala de aula, pode prever as
habilidades sendo desenvolvidas com a realização de atividades que contempla a utilização de
materiais manipulativos, como o material dourado e o ábaco de pinos, visando à compreensão
das características do sistema de numeração decimal. Algumas situações estão expressas
abaixo:
- a base do nosso sistema de numeração é decimal (base 10). As trocas são realizadas a
cada agrupamento de 10 unidades;
- existem dez algarismos para registrar qualquer quantidade: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9;
- o símbolo 0 (zero) serve para indicar ausência de quantidades;
- o valor de um algarismo é determinado pela posição que ele ocupa num número;
- princípio aditivo: o número 382 pode ser escrito como 300 + 80 + 2;
- princípio multiplicativo: o número 382 pode ser escrito como 3 x 100 + 8 x 10 + 2 x 1.
O estudo dessas características associado ao trabalho com o senso numérico, significados
das operações, cálculo mental e estimativa, uso da calculadora, forma um suporte para que o
aluno adquira condições de representar quantidades e resolvem significativamente os
procedimentos de cálculo.
Espera-se uma ampliação dessas noções por meio de atividades que permitam o
estabelecimento de relações numéricas mais elaboradas.
A primeira noção é aquela que se refere às funções dos números – quantificação,
codificação, medição e localização. Essa noção pode ser revista, por exemplo, a partir da leitura
de textos informativos nos quais os alunos identificam diferentes significados para os valores
numéricos. Após a interpretação de cada número no contexto no qual está inserido, os alunos
podem ainda classificar os números do texto registrando numa tabela conforme os seus
significados.
A segunda ideia envolve o desenvolvimento da habilidade de estimativa, tanto de
resultados de contagem de quantidades contínuas e discretas, como estimativa de resultados de
operações. As atividades ganham um nível maior de complexidade se forem propostas questões
sobre a ordem de grandeza de um número e o significado de arredondamentos e aproximações
frequentes em textos informativos. De fato, a utilização de textos informativos em sala de aula
pode representar uma rica fonte de material para a exploração de números com muitas ordens,
principalmente, quando inseridos num contexto de análise sobre temas como reciclagem,
20
APRESENTAÇÃO DO EIXO 1: NÚMEROS E ÁLGEBRA
animais em extinção, desperdícios, promovendo ainda uma reflexão sobre responsabilidade e
cidadania.
Para que o aluno responda com compreensão às questões, ele deve ler corretamente os
números mencionados, interpretar a ordem de grandeza desses números para fazer um
possível arredondamento e comparar valores numéricos arredondados. Outra ideia diz respeito
à possibilidade de sistematização das características do sistema de numeração decimal por
meio, por exemplo de uma análise comparativa com outros sistemas de numeração.
- Operações e seus significados
Um dos objetivos em relação ao ensino das operações é favorecer a compreensão do
aluno sobre os diferentes significados ou ideias que cada operação comporta, pois isso
representa um suporte significativo para a compreensão dos algoritmos (técnicas operatórias) e
a resolução de problemas. Vejamos algumas dessas ideias que são expressas no documento e
são características de cada operação:
Adição - Ideia de juntar; ideia de acrescentar.
Subtração - Ideia de retirar ou subtrativa; Ideia de completar ou aditiva; ideia comparativa.
Multiplicação - Ideia de adição de parcelas iguais ou soma inteirada; ideia de
combinatória.
Salientamos três aspectos relacionados à ideia de adição de parcelas iguais da
multiplicação. O primeiro diz respeito à importância de não enfatizar a ideia de que a
multiplicação faz aumentar para evitar dificuldades com as multiplicações por zero e por 1. Por
exemplo, nas multiplicações 3 x 0 = 0 e 3 x 1 = 3, os resultados são iguais a um dos fatores.
Outra dificuldade seriam os casos de multiplicação do tipo 0,2 x 0,3 = 0,06, cujo resultado é
menor do que cada um dos fatores.
O segundo aspecto está relacionado à representação geométrica de uma adição de
parcelas iguais, em determinadas situações. Estamos nos referindo à organização retangular.
Esse modelo favorece o trabalho com as propriedades comutativa e distributiva da multiplicação
bem como permite o cálculo de área. Para esse trabalho é interessante o uso de papel
quadriculado.
O terceiro aspecto exige um maior detalhamento, pois diz respeito ao trabalho com as
tabuadas. Esse trabalho segue duas orientações didáticas: a compreensão do processo de
construção das tabuadas e a memorização dos resultados. Quanto ao modo de construção das
tabuadas, ele é didaticamente dividido em três etapas: na primeira, o aluno percebe as
regularidades e os ritmos próprios de cada sequência; na segunda, o aluno compara resultados
21
APRESENTAÇÃO DO EIXO 1: NÚMEROS E ÁLGEBRA
de tabuadas identificando semelhanças e diferenças entre eles e, por fim, na terceira etapa, o
aluno aplica as regularidades observadas em procedimentos de cálculo.
A próxima etapa é a aplicação dessa relação em procedimentos de cálculo. A intervenção
do professor nesse momento é fundamental para auxiliar os alunos a fazerem as “pontes” na
aprendizagem.
Quanto ao modo de memorização das tabuadas, levamos em consideração a natureza
factual do conteúdo e elaboramos uma série de atividades que facilitam a fixação dos
resultados. Sugerimos que essas atividades, com variados tipos de jogos, brincadeiras,
desafios, sejam elaboradas pelo professor de forma sistemática a partir do segundo ano. Em
síntese, os objetivos do trabalho com as tabuadas são:
- Criar condições para o estabelecimento de relações numéricas por meio das
propriedades das operações;
- Promover a investigação e a exploração de regularidades em sequências numéricas;
- Ampliar a capacidade de desenvolvimento de procedimentos de cálculo mental, por meio
da aplicação das regularidades e relações observadas entre os resultados das tabuadas;
- Ampliar a capacidade de desenvolvimento da habilidade de estimativa de quantidade e de
resultados de operações;
- Favorecer a análise no processo de resolução de problemas e permitir a fixação dos
resultados das tabuadas tendo em vista a agilidade nos cálculos.
Alguns comentários são importantes quanto à ideia de combinatória para o processo de
multiplicação. Muitas vezes, o procedimento utilizado pelos alunos para determinar o número de
combinações possível é o cálculo de uma adição. Nesse caso, 3 + 2 = 5, que não é a resposta
correta. Outros alunos ainda podem fazer desenhos ou listagens desorganizadas das possíveis
combinações.
O objetivo é levar os alunos a desenvolver formas de organização das informações
apresentadas e procedimentos de contagem, de forma que seja possível determinar e
apresentar o número exato de possibilidades de combinação entre os vários elementos de cada
situação. Para tal, o aluno é levado a construir tabelas de dupla entrada ou árvores de
possibilidades
Resumidamente, a organização das informações apresentadas nesta situação sob a forma
de uma tabela, por exemplo, permite identificar de forma exata quais e quantas são as
combinações possíveis. A determinação de quantas são as combinações possíveis pode ser
22
APRESENTAÇÃO DO EIXO 1: NÚMEROS E ÁLGEBRA
feita pela contagem, uma a uma, das combinações a partir da tabela ou, ainda, por uma escrita
multiplicativa: 3 x 2 ou 2 x 3.
Divisão - Ideia de repartição ou distribuição equitativa; Ideia de medida.
Quanto a ideia de medida consiste em identificar o número de agrupamentos, determinar
“quanto cabe”. É importante não enfatizar a ideia de que a divisão faz diminuir, pois isso não se
aplica às divisões por 1 e em alguns casos de divisão entre números decimais.
- Cálculo Mental e Estimativa
Grande parte dos cálculos presentes em situações da vida diária é realizado utilizando-se
procedimentos mentais, diferentes das estratégias e técnicas operatórias ensinadas na escola.
Nesse sentido, as atividades com cálculo mental e estimativa ampliam a possibilidade de
desenvolvimento de habilidades fundamentais na formação do aluno nessa etapa de ensino. O
desenvolvimento de estratégias de cálculo mental devem ser fruto de descobertas pessoais de
cálculo e da troca de ideias entre os alunos para que eles sintam a necessidade de calcular
mentalmente e de estimar.
A partir desse trabalho, a apresentação de técnicas operatórias convencionais cede
espaço para a criação de procedimentos de cálculo criados pelos próprios alunos. Dessa, a
exigência de exatidão de respostas compartilha espaço com as respostas aproximadas.
A estimativa certamente favorece e auxilia a compreensão do próprio resultado exato.
Assim, por exemplo, se o aluno efetuar 200 – 47 fazendo uma aproximação do subtraendo para
50, ele terá condições de prever a ordem de grandeza do resultado da operação mais
facilmente. Após a operação, a estimativa também é útil, pois o aluno verifica, avalia e julga se o
resultado é razoável.
As estratégias ou procedimentos escolhidos valem-se ainda do que denominamos suporte
ou base para a compreensão do cálculo: ideias subtrativa e aditiva da subtração (quanto falta);
valor posicional dos algarismos num número; decomposição de números; aproximação de
números para dezenas ou centenas exatas mais próximas; aplicação das regularidades das
tabuadas, etc.
É importante que o aluno tenha domínio das ideias para fazer a escolha e resolver o
problema da forma que preferir: por desenho; representando na reta numerada; fazendo uma
adição, etc. No momento de socialização das estratégias apresentadas pelos alunos, o processo
pode chamar a atenção para uma delas, fazendo referência, e descrevendo a forma.
Nessa perspectiva, destacamos algumas atribuições do educador: investigar os
procedimentos de cálculo que os alunos já possuem, favorecendo a troca de opiniões e
sugestões dos alunos; incentivar a criação de novos procedimentos pessoais de cálculos;
23
APRESENTAÇÃO DO EIXO 1: NÚMEROS E ÁLGEBRA
avaliar os diferentes caminhos percorridos pelo aluno na elaboração de um procedimento;
incentivar a busca de várias soluções ou respostas em situações que não exigem resultados
exatos; estimular a reflexão, descrição e verbalização dos procedimentos usados para a
realização de determinados cálculos. De forma explícita no documento, estão as habilidades
esperadas para o desenvolvimento de cada um desses conceitos, mas cabe no planejamento
prever essas situações e estratégias que são fundamentais para a aprendizagem e
compreensão das ideias.
- Técnicas operatórias
A partir de situações-problema envolvidas em jogos, brincadeiras e textos informativos, o
aluno pode, de maneira informal, resolver os diversos cálculos propostos, sem a necessidade de
uma “conta armada”. O aluno pode utilizar: desenhos, respostas sob a forma de um texto escrito
ou até mesmo por meio de um procedimento mental. É comum, durante certo tempo, os alunos
utilizarem diferentes registros das situações propostas. Cabe ao professor investir na
comparação entre esses diferentes registros.
A necessidade de resultados exatos e o cálculo com números grandes certamente exigem
outros procedimentos além do cálculo mental, da estimativa e das aproximações. É necessário o
uso de técnicas operatórias com compreensão, o que envolve: as regras de agrupamento e de
trocas do sistema de numeração decimal; a identificação do valor dos algarismos no número
(valor posicional); as propriedades e as ideias de cada operação.
Apesar de uma sequência explicita das habilidades ao longo do segmento e dentro de
cada ano escolar em específico, será importante utilizar como orientação pela construção dos
algoritmos de cada operação a partir da compreensão, o que justifica o trabalho com o sistema
de numeração decimal e com as ideias das operações como base para as construções
significativas das técnicas operatórias. Em síntese nessa fase escolar, cabe apresentar as
diferentes formas de operar as técnicas de operações, sendo o mais importante para o
aprendizado a forma lógica para fazer o processo e sua explicação.
- Potências e Raízes Quadradas de Números Naturais
Como contexto para apresentação e discussão da noção de potência, as atividades sobre
problemas de contagem envolvendo multiplicações sucessivas de fatores iguais passa a ser
uma opção para o trabalho. É importante também que os alunos identifiquem as potências como
recurso da linguagem matemática quando usadas para reduzir uma escrita numérica; outra
possibilidade é pedir que os alunos descubram grandezas cujas medidas, por serem
representadas por valores elevados, sejam expressas da mesma forma, com potências de 10.
24
APRESENTAÇÃO DO EIXO 1: NÚMEROS E ÁLGEBRA
No que se refere à compreensão dos resultados das potências de expoente 1 ou zero, elas
podem ser extraídas de tabelas pela observação de regularidades. Por fim, a ampliação do
estudo das potências com a exploração de suas propriedades. Para o trabalho com o conceito
de radiciação, pode-se fazer uma relação direta com a potenciação.
- Múltiplos e Divisores de Números Naturais
A importância do estudo dos múltiplos e divisores de um número natural justifica-se por
três aspectos que estão relacionados entre si. O primeiro diz respeito à ampliação das ideias
sobre multiplicação e divisão, especialmente sobre a relação entre essas ideias. Nesse sentido,
é fundamental a discussão das relações descritas pelas expressões múltiplo de, divisor de e
divisível por.
O segundo aspecto tem relação com o estudo de frações, principalmente na compreensão
das propriedades das frações equivalentes. A continuidade desse estudo, iniciado no EFI, bem
como o desenvolvimento da habilidade de generalização, possibilitará o cálculo entre frações
com denominadores diferentes de forma mais significativa. Em outras palavras, queremos evitar
nesse momento a formação e a aplicação de regras operatórias desnecessárias e/ou
incompreensíveis.
O terceiro aspecto do estudo de múltiplos e divisores refere-se à oportunidade de
identificação de padrões e de regularidades por meio da análise e observação de sequências de
números ou figuras.
- Números Racionais Positivos – Representação Fracionária e Decimal
O estudo das frações desenvolvido nos anos iniciais enfatizou, essencialmente, a ideia de
parte-todo de uma fração. Atividades envolvendo a representação de frações (em modelos
contínuos e discretos de quantidades), comparação e ordenação de frações bem como cálculo
de frações de quantidades.
Inicialmente, pode ser feita a ampliação do estudo das frações no início do segmento do
EFII, podendo adotar um caminho histórico ou um estudo de outras ideias relacionadas ao
conceito de fração como a ideia de resultado de uma divisão e a ideia de razão. O conceito de
frações equivalentes também deve ser ampliado. Ainda o apoio da representação gráfica
(desenhos) se faz necessário, mas espera-se que o aluno aplique os conceitos de múltiplos e de
divisores na determinação de uma fração equivalente a uma dada fração, bem como para
simplificação de frações.
O estudo das frações será proposto de forma gradual até os últimos anos do EFII. Aponta-
se duas razões para essa abordagem: o estudo das representações fracionárias se justifica,
principalmente, em função de outros conteúdos matemáticos pertinentes a serem trabalhados
25
APRESENTAÇÃO DO EIXO 1: NÚMEROS E ÁLGEBRA
posteriormente, tais como proporções, equações e cálculos algébricos; além disso, a utilização
dos números racionais no contexto diário é mais efetiva na forma decimal, principalmente
sobretudo no que se refere às operações com esses números.
A representação dos números por meio de desenhos, do uso de papel quadriculado e da
reta numérica pode constituir um recurso significativo para o trabalho da representação desse
conhecimento. Em especial, a construção de retas numéricas em papel milimetrado pode
facilitar a compreensão da ordenação de números decimais com duas casas decimais.
- Relacionando Frações, Decimais e Porcentagem
A exploração do conceito de porcentagem é feita de forma intuitiva no EFI, tendo em vista,
dentre outros aspectos, a presença de expressões envolvendo percentuais em muitas situações
do cotidiano. A identificação de números percentuais em textos informativos, em propagandas e
anúncios, etc. entre outros meios, pode ser um caminho inicial para a retomada desse conceito.
Outra possibilidade é a criação de problemas pelos próprios alunos que envolvam o cálculo de
algumas porcentagens também já estudadas.
Seja qual for o viés inicial da abordagem, o conceitual (significado da porcentagem) ou o
procedimental (cálculo de porcentagens) é fundamental o estabelecimento de relações entre a
escrita fracionária e a escrita decimal.
- Operações com Números Racionais Positivos Escritos na Forma Fracionária e
Decimal: Adição e Subtração
Até o final do EFI foram trabalhadas as operações de adição e subtração de frações com
denominadores iguais, e adição e subtração de decimais até a ordem dos milésimos. Para o
EFII há uma ampliação dessas operações considerando frações com denominadores diferentes.
Em geral, os alunos nessa etapa do conhecimento sabem adicionar e subtrair números decimais
(racionais positivos escritos na forma decimal), tendo em vista as variadas experiências com
situações envolvendo cálculos com valores do sistema monetário. Dessa forma, o contexto para
as aplicações de cálculos na resolução de problemas ganha novas possibilidades de
abordagem, tendo em vista as indicações de medidas de diferentes grandezas.
- Operações com Números Racionais Positivos Escritos na Forma Decimal:
Multiplicação e Divisão
As operações entre racionais, representados na forma decimal, são muito mais usuais e de
mais fácil compreensão por parte dos alunos. Assim, as operações de multiplicação e de divisão
envolvendo a representação fracionária serão trabalhadas posteriormente.
A partir da ideia que os alunos já possuem da multiplicação como uma adição de parcelas
iguais pode ser trabalhada a multiplicação de números naturais por decimais positivos. A divisão
26
APRESENTAÇÃO DO EIXO 1: NÚMEROS E ÁLGEBRA
entre naturais resultando num quociente decimal também fornece pistas ao professor sobre a
compreensão da ordem de grandeza dos números pelos alunos, bem como sobre a
compreensão das regras e trocas do sistema de numeração decimal. Uma ampliação dos
algoritmos da multiplicação e divisão de decimais por decimais está proposta também para os
anos seguintes do EFII.
- Números Racionais Negativos
Sabemos que mesmo antes do EFII os alunos estão frequentemente em contato com
situações que envolvem números negativos por meio de publicações, notícias de jornal,
conversas com colegas e familiares. Temperaturas negativas, pontos perdidos, saldo negativo
de gols, saldos bancários negativos, são apenas alguns exemplos dessas situações. Partindo
dessas justificativas iniciais relacionadas ao uso social dos números negativos, a decisão de
apresentá-los a partir do 6º ano para os alunos e continuar o estudo nos anos seguintes permite
que os alunos ampliem o leque de significados de seu senso numérico.
Ao trabalhar com números racionais, é fundamental que os alunos construam significados
para valores negativos. Isso significa perceber que os números negativos são menores do que
os positivos e que os números negativos representam realidades que precisam de referência,
como é o exemplo do zero das temperaturas. Nesses casos, a representação dos números
inteiros na reta numérica é imprescindível.
- Razões e Proporções
A ideia de que uma fração pode representar a razão entre dois números a e b. Ao retomar
essa ideia relacionando-a com o conceito de proporção, é importante considerar que as razões
podem ser determinadas de duas maneiras diferentes.
Uma ideia especialmente importante no trabalho com o conceito de razão é a noção de
escala. Além de outros aspectos relacionados a essa ideia, é fundamental esclarecer
inicialmente as notações das escalas. Vale chamar a atenção para as situações envolvendo
proporções diretas ou inversas. Nesses casos, o cálculo de algum dos termos da proporção não
deve ser realizado de forma mecânica, apenas pela aplicação do procedimento conhecido como
“multiplicação em cruz”. Para isso, é fundamental a valorização do raciocínio proporcional do
tipo “se dobra uma delas, dobra a outra também” ou “ao multiplicar uma delas por três, a outra
será dividida por três”, raciocínio esse, que leva à escrita de frações equivalentes. De qualquer
forma, caso os alunos generalizem, por meio de discussões coletivas, o procedimento de
“multiplicação em cruz”, não o consideramos um impeditivo para sua aplicação na resolução de
um problema.
27
APRESENTAÇÃO DO EIXO 1: NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números Inteiros
O trabalho com os números inteiros positivos ou negativos é iniciado e busca um foco nos
aspectos estritamente conceituais. Nos próximos anos o objetivo é retomar as explorações já
feitas e sistematizar as operações de adição e subtração. Nesse sentido, explorar temas como o
das temperaturas acima e abaixo de zero, ou os fusos horários. Ressalta-se a importância da
construção do significado da operação de multiplicação entre números inteiros, de modo que os
alunos interpretem especialmente o resultado da multiplicação entre dois números negativos
como sendo um número positivo. Completando o estudo das operações com números inteiros, é
interessante ampliar os significados dos conceitos de potenciação e raiz quadrada, iniciados
nesse segmento.
- Números Racionais
As operações, especialmente adição e subtração, podem ser resolvidas a partir dos
conhecimentos que os alunos já possuem sobre equivalência e mínimo múltiplo comum. A
proposta é o estudo das operações de divisão e multiplicação entre dois racionais escritos na
forma decimal. Inicialmente, para a compreensão desses algoritmos, sugerimos algumas
relações que podem ser estabelecidas com os números apresentados: transformação da escrita
dos números decimais para fracionários; determinação de frações equivalentes; cálculo das
operações entre inteiros ou entre frações.
Especialmente, no caso da divisão entre decimais é fundamental a comparação e a
discussão sobre os procedimentos utilizados na divisão entre inteiros. Requer atenção para a
estimativa da ordem de grandeza do quociente a partir de arredondamentos e aproximações do
dividendo e do divisor.
- Números Reais
Estabelecendo relações entre o cálculo da raiz quadrada e a potenciação, é possível
comentar sobre os quadrados perfeitos e sobre os resultados racionais ou irracionais que
podemos obter nesse tipo de cálculo.
É importante que os alunos percebam que há raízes quadradas que podem ser calculadas
apenas aproximadamente, e que a precisão dessa aproximação dependerá de critérios pré-
estabelecidos. Nesse sentido, é fundamental a estimativa do resultado da raiz quadrada de
algum número, seja esse resultado racional ou irracional. A calculadora, nesse caso, poderá ser
um instrumento importante para apenas agilizar os cálculos e para que os alunos percebam que
um número irracional tem expansão decimal infinita e não periódica.
Tendo em vista a ideia da existência dos números irracionais, o próximo passo é a
construção dos números reais a partir da reunião entre racionais e irracionais. Nessa
28
APRESENTAÇÃO DO EIXO 1: NÚMEROS E ÁLGEBRA
construção, pode-se mostrar a evolução dos conjuntos numéricos – naturais, inteiros, racionais,
irracionais, reais – associada à superação da dificuldade de realização das operações em cada
um deles.
Chamamos a atenção para dois aspectos do trabalho com os números reais sendo o
primeiro deles aquele que diz respeito à apresentação, intuitiva, do número π, e o segundo a
apresentação do teorema de Pitágoras.
As propriedades das potências podem ser trabalhadas desde muito cedo e poderão, a
partir desse momento do conhecimento, passar por um processo de formalização. Dessa forma,
a sugestão é ampliar pelas potências de 10 seguidas, pela notação científica e pelas potências
de expoentes inteiros negativos. Em qualquer um dos casos é importante utilizar tabelas de
potências para estimular conclusões e generalizações, além de apresentar a ideia da notação
científica como uma maneira de representar números racionais de ordem elevada ou de
pequena ordem.
O estudo dos radicais nos anos finais e, simultaneamente, das potências de expoente
racional, sugerimos inicialmente a apresentação de raízes de qualquer índice – quadrada,
cúbica, quarta, etc. – relacionando a escrita do número na forma de radical à forma de potência
de expoente fracionário.
Um aspecto importante do trabalho com os números reais, ou especificamente com os
números irracionais, é a localização geométrica de alguns desses números na reta real.
- Álgebra
A proposta para o trabalho com Álgebra se dá pela observação e busca de regularidades
em sequências numéricas e geométricas; construção do conceito de variável; identificação e
determinação de generalizações; compreensão e utilização da linguagem simbólica para
representar a dependência entre algum par de grandezas. Trata-se, dessa maneira, de inverter
o processo tradicional de ensino da álgebra que apresenta, inicialmente, as incógnitas e então
utilizá-las na tradução de situações problema para a linguagem formal.
Paralelamente ao trabalho com equações do 1º grau é fundamental comparar e diferenciar
os conceitos de variável e de incógnita. A proposta é que a resolução de equações seja feita
com base nas propriedades das equivalências das equações. Isso será feito a partir das
operações de adição, subtração, multiplicação e divisão de valores aos dois termos da
igualdade.
A apresentação e resolução de inequações devem levar em conta, dentre outros aspectos,
o universo numérico em que serão resolvidas. Para a resolução de sistemas de equações de
29
APRESENTAÇÃO DO EIXO 1: NÚMEROS E ÁLGEBRA
duas variáveis é importante discutir problemas em que seja necessário escrever duas equações
para a resolução, uma vez que estes envolvem duas incógnitas.
É fundamental que os alunos percebam que o valor de uma das incógnitas numa das
equações é o mesmo valor dessa incógnita na outra equação. Por isso, o método de
substituição para a resolução de sistemas é uma estratégia importante contemplada na
proposta. Outros procedimentos, bem como a determinação da solução gráfica, serão
analisados nos anos finais do EFII.
A orientação geral para a retomada e ampliação do trabalho com álgebra se efetiva a partir
da observação de regularidades em padrões numéricos e/ou geométricos para, em seguida,
conceber generalizações e formalizações. No entanto, é necessário que elabore propostas mais
complexas visando à compreensão de que uma expressão algébrica traduz uma determinada
relação entre duas ou mais grandezas, relação essa que é base para a construção da ideia de
função.
A partir desse objetivo, um estudo aplicado de monômios e polinômios que mostre a
relação existente entre as expressões algébricas e o significado que podemos atribuir às suas
variáveis, relacionando-as a cálculos geométricos e a grandezas próximas da realidade do
aluno.
Para a exploração das operações com polinômios e, em seguida, dos produtos notáveis,
problematizações sobre o cálculo de áreas e perímetros de polígonos ou sólidos passam a fazer
uma conexão e contexto interessante para a construção desse conhecimento.
Os casos de fatoração são realizados tendo em vista a aplicação na simplificação de
frações algébricas ou na resolução de equações. A determinação do fator comum permite que
os alunos resolvam equações de 2º grau usando a condição de que, quando o produto de dois
termos é nulo, pelo menos um dos termos é nulo.
Da mesma forma, os demais casos de fatoração, diferença de quadrados, agrupamento e
trinômio quadrado perfeito, podem ser relacionados com a resolução de equações ou a
simplificação de frações algébricas.
As equações de 1º grau propostas podem ser classificadas em equações simples e
equações fracionárias. Com relação às equações simples, deverão ser resolvidas a partir da
aplicação das propriedades das igualdades, dando assim, continuidade ao trabalho iniciado nas
fases anteriores (início do EFII). As equações fracionárias precisam ser estudadas
conjuntamente às frações algébricas, uma vez que em muitas delas serão necessárias
simplificações e reduções de denominadores.
30
APRESENTAÇÃO DO EIXO 1: NÚMEROS E ÁLGEBRA
A introdução dos sistemas de duas equações de 1º grau é feita a partir de situações-
problema que reflitam a necessidade de escrever duas equações. Paralelamente à resolução de
sistemas é possível apresentar a representação das equações no sistema cartesiano. Isso
permitirá obter uma solução gráfica e, ainda apresentar formalmente o método da substituição
para a resolução do sistema.
A resolução de equações de 2º grau pode ser realizada na etapa final do EFII, pelos
procedimentos de fatoração. Em seguida, com o objetivo de apresentar a fórmula de Báskara, é
importante que os alunos resolvam equações de 2º grau “completando quadrados”, isto é,
adicionando valores aos dois termos da igualdade, de modo que seja possível fatorar o trinômio
quadrado perfeito.
O estudo dos sistemas de equações de 2º grau precisa levar em conta dois aspectos. O
primeiro é a proposição de situações- problema que exijam a construção e resolução de um
sistema de equações. O segundo aspecto é a consideração de sistemas em que não seja
necessária a aplicação de nenhum artifício de cálculo, e que possam ser resolvidos unicamente
pelo procedimento de substituição.
A análise da forma como duas grandezas se relacionam é a síntese do estudo das
funções, que teve início nos anos iniciais com o reconhecimento de regularidades numéricas. A
continuidade com a escrita de expressões associadas a essas regularidades, e por fim, volta-se
para o estudo de funções polinomiais.
31
PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 1. NÚMEROS E ÁLGEBRA
34
PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 1. NÚMEROS E ÁLGEBRA
f) determinando ordem entre dois números usando f) identificando a localização de números naturais
os sinais > (maior que) e < (menor que); de até nove algarismos na reta numérica.
g) identificando a localização de números naturais 3 – Aplicar as regras de troca do sistema de
de até seis algarismos na reta numérica. numeração decimal
3 – Aplicar as regras de troca do sistema de a) identificando o grupo de 10 centenas de milhar
numeração decimal como 1 unidade do milhão;
a) identificando o grupo de 10 centenas como 1 b) identificando o grupo de 10 unidades de milhão
unidade de milhar; como 1 dezena de milhão;
b) identificando o grupo de 10 unidades de milhar c) identificando o grupo de 10 dezenas de milhão
como 1 dezena de milhar; como 1 centena de milhão;
c) identificando o grupo de 10 dezenas de milhar d) relacionando centena de milhão/dezena de
como 1 centena de milhar; milhão/unidade de milhão/centena de milhar/
d) relacionando centena de milhar/dezena de dezena de milhar/unidade de milhar/centena/
milhar/unidade de milhar/centena/dezena/ dezena/unidade.
unidade. 4 - Reconhecer as ordens e fazer a
4- Reconhecer as ordens e fazer a composição composição e decomposição dos números de
e decomposição dos números de até seis até nove algarismos
algarismos a) nomeando as nove primeiras ordens do sistema
a) nomeando as seis primeiras ordens do sistema de numeração decimal;
de numeração decimal; b) identificando a posição das nove primeiras
b) identificando a posição das seis primeiras ordens do sistema de numeração decimal em um
ordens do sistema de numeração decimal em um número de até nove algarismos;
número de seis algarismos; c) indicando as ordens que compõem as três
c) indicando as ordens que compõem as duas primeiras classes;
primeiras classes; d) determinando o valor absoluto e relativo dos
d) determinando o valor absoluto e relativo dos algarismos em números de até nove ordens;
algarismos em números de até seis ordens; e) compondo números naturais considerando as
e) compondo números naturais de até seis suas diversas ordens e a soma de valores
algarismos considerando as suas diversas ordens relativos dos seus algarismos;
e a soma de valores relativos dos seus f) decompondo números naturais considerando as
algarismos; suas diversas ordens e na soma de valores
f) decompondo números naturais de até seis relativos dos seus algarismos;
algarismos considerando as suas diversas ordens g) identificando a composição e a decomposição
e na soma de valores relativos dos seus de números naturais em sua forma polinomial;
algarismos; h) identificando diferentes decomposições de um
g) identificando a composição e a decomposição número.
35
PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 1. NÚMEROS E ÁLGEBRA
de números naturais em sua forma polinomial;
h) identificando diferentes decomposições de um
número;
i) realizando aproximações (arredondamentos) de
números para a dezena, ou para a centena, ou
para o milhar próximos;
j) reconhecendo situações em que o
arredondamento de números pode ser usado.
5 – Representar números ordinais acima de 99º
a) identificando números ordinais acima de 99º;
b) lendo números ordinais acima de 99º;
c) escrevendo números ordinais acima de 99º;
d) comparando números ordinais a partir de suas
características (crescente, decrescente, maior,
menor, etc.).
6 – Reconhecer o sistema de numeração
romano
a) identificando os algarismos do sistema romano
e seus respectivos valores;
b) lendo números utilizados no sistema de
numeração romano;
c) escrevendo números utilizando o sistema de
numeração romano;
d) identificando as situações em que os números
romanos são utilizados atualmente.
36
PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 1. NÚMEROS E ÁLGEBRA
38
PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 1. NÚMEROS E ÁLGEBRA
2 – Resolver situações-problemas que 1000; subtração, multiplicação e divisão
envolvam os diferentes significados da f) solucionando problemas que envolvem mais de a) efetuando cálculos envolvendo as quatro
multiplicação ou divisão uma operação; operações com números de qualquer ordem;
a) determinando os resultados dos fatos g) usando a multiplicação como prova de b) solucionando problemas de maneira fluente
fundamentais da multiplicação e da divisão na verificação da divisão; envolvendo as quatro operações, com números de
forma horizontal; h) realizando cálculos, a partir estratégias como qualquer ordem;
b) calculando multiplicações com ou sem reserva, estimativa, arredondamento de números e cálculo c) reconhecendo as diferentes estratégias de
em que o multiplicador é um número de até dois mental. resolução: estimativas, decomposição,
algarismos; 3 – Reconhecer múltiplos e divisores de um composição e arredondamento de números;
c) calculando multiplicação abreviada por 10, 100 número d) descrevendo o processo de resolução dos
e 1.000; a) determinando os múltiplos de um número; problemas.
d) calculando divisões exatas em que o dividendo b) determinando múltiplos comuns a dois 4 – Conceituar e efetuar cálculos com
é um número de dois ou mais algarismos e o números; potenciação
divisor é um número de um ou dois algarismos; c) determinando divisores de um número; a) conhecendo os significados da potenciação;
e) calculando divisões com resto em que o divisor d) identificando os critérios de divisibilidade por 2, b) fazendo a leitura de potências;
é um número de um ou dois algarismos; 5, 10; c) aplicando as propriedades da potenciação:
f) calculando divisão abreviada por 10, 100 e e) determinando números divisíveis por 2, 5 e 10; produto e quociente de potências de mesma base
1.000; f) identificando números primos e compostos até e potência de potência; produto de potências de
g) relacionando multiplicação e divisão como 100. mesmo expoente;
operações inversas; d) efetuando cálculos com potenciação;
h) solucionando problemas que envolvem mais de e) resolvendo expressões numéricas com
uma operação; potenciação;
i) realizando cálculos, a partir de estratégias como f) analisando o que acontece nas potências
estimativa, arredondamento de números e cálculo quando o expoente é um ou zero.
mental. 5 – Conceituar e calcular raiz quadrada de um
número exato
a) conhecendo os significados da radiciação;
b) interpretando a radiciação como uma operação
inversa da potenciação;
c) investigando números quadrados (25, 36, 49,
81 etc.) para desenvolver a notação de raiz
quadrada;
d) efetuando cálculo de raiz quadrada exata;
e) resolvendo expressões numéricas com
potenciação e radiciação.
39
PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 1. NÚMEROS E ÁLGEBRA
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PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 1. NÚMEROS E ÁLGEBRA
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PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 1. NÚMEROS E ÁLGEBRA
1.2. NÚMEROS E OPERAÇÕES
1.2.3. REPRESENTAR, CALCULAR E RESOLVER PROBLEMAS COM NÚMEROS INTEIROS
1º ANO 2º ANO 3º ANO
Não existem habilidades para esse subeixo nesse Não existem habilidades para esse subeixo nesse Não existem habilidades para esse subeixo nesse
ano. (Começa no 6º ano) ano. (Começa no 6º ano) ano. (Começa no 6º ano)
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PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 1. NÚMEROS E ÁLGEBRA
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PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 1. NÚMEROS E ÁLGEBRA
1.2. NÚMEROS E OPERAÇÕES
1.2.4. REPRESENTAR, CALCULAR E RESOLVER PROBLEMAS COM NÚMEROS REAIS
1º ANO 2º ANO 3º ANO
Não existem habilidades para esse subeixo nesse Não existem habilidades para esse subeixo nesse Não existem habilidades para esse subeixo nesse
ano. (Começa no 8º ano) ano. (Começa no 8º ano) ano. (Começa no 8º ano)
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PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 1. NÚMEROS E ÁLGEBRA
1.3. PORCENTAGEM
1.3.1. INTERPRETAR O CONCEITO DE PORCENTAGEM E APLICAR NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
1º ANO 2º ANO 3º ANO
Não existem habilidades para esse subeixo nesse 1 – Ler e estabelecer relação entre 50% com a 1 – Ler e estabelecer relação entre 50% com a
ano. (Começa no 2º ano) ideia de metade e 100% com o todo metade e 25% com um quarto de um todo
a) reconhecendo porcentagens no contexto diário a) reconhecendo porcentagens no contexto diário
(100% e 50%); (100%, 50% e 25%);
b) identificando a representação gráfica de uma b) identificando a representação gráfica de uma
porcentagem (100% e 50%); porcentagem (100%, 50% e 25%);
c) representando graficamente ou por meio de c) representando graficamente ou por meio de
imagens uma porcentagem (100% e 50%); imagens uma porcentagem (100%, 50% e 25%);
d) utilizando simbologia correta de porcentagem d) utilizando simbologia correta de porcentagem
(%). (%).
48
PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 1. NÚMEROS E ÁLGEBRA
7º ANO 8º ANO 9º ANO
1 – Resolver problemas com porcentagem e Nesse ano é esperado que o aluno já tenha Nesse ano é esperado que o aluno já tenha
juros simples desenvolvido as habilidades relacionadas à essa desenvolvido as habilidades relacionadas à essa
a) estabelecendo relação entre fração, número expectativa. expectativa.
decimal e porcentagem;
b) abordando os conceitos relacionados ao
sistema monetário: lucro, acréscimos e descontos;
c) relacionando situações que se aplica o conceito
de juros simples;
d) solucionando problemas que envolvem juros
simples.
49
PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 1. NÚMEROS E ÁLGEBRA
1.4. RAZÃO E PROPORÇÃO
1.4.1. RECONHECER OS CONCEITOS DE RAZÃO E PROPORÇÃO NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
1º ANO 2º ANO 3º ANO
Não existem habilidades para esse subeixo nesse Não existem habilidades para esse subeixo nesse Não existem habilidades para esse subeixo nesse
ano. (Começa no 6º ano) ano. (Começa no 6º ano) ano. (Começa no 6º ano)
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PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 1. NÚMEROS E ÁLGEBRA
1.5. PADRÕES E CÁLCULOS ALGÉBRICOS
1.5.1. RECONHECER PADRÕES E RESOLVER PROBLEMAS COM CÁLCULO ALGÉBRICO
1º ANO 2º ANO 3º ANO
1 – Identificar padrões numéricos formados 1 – Identificar padrões numéricos formados 1 – Identificar padrões e regularidades nos
pelo processo de contagem por uma sequência fatos fundamentais da adição e subtração
a) utilizando padrões de valor posicional (unidades a) investigando características de padrões de a) representando um problema dado em palavras
e dezenas) para generalizar a sequência numérica números resultantes pelo princípio da adição de 2 por uma sentença matemática;
e determinar o próximo número; em 2, 5 em 5 ou 10 em 10; b) escrevendo um problema em palavras para
b) investigando padrões existentes no sistema b) descrevendo padrões criados pela contagem; representar uma sentença matemática;
numérico, tais como a ocorrência e um dígito c) completando a sequência numérica com os c) organizando os fatos fundamentais da adição e
particular nos números até 100. elementos faltantes. da subtração em tabelas de acordo com um
padrão;
d) reconhecendo regularidades nas tabelas dos
fatos fundamentais e utilizá-las ao determinar
seus resultados;
e) utilizando sentenças numéricas equivalentes
que envolvem adição e subtração para encontrar
quantidades desconhecidas.
53
APRESENTAÇÃO DO EIXO 2: ESPAÇO E FORMA
APRESENTAÇÃO DO EIXO
Com foco nas noções geométricas, esse eixo contribui diretamente para a aprendizagem
dos números e medidas, bem como estimula na observação, percepção das semelhanças e
diferenças e identificação de regularidades. Os estudantes desenvolvem uma compreensão
crescentemente sofisticada de tamanho, forma, posição relativa e movimento de figuras
bidimensionais e de objetos tridimensionais no espaço. Investigam propriedades e aplicam sua
compreensão a respeito delas para definir, comparar e construir figuras e objetos. Aprendem a
desenvolver argumentos geométricos.
Além disso, se esse trabalho for feito a partir da exploração dos objetos do mundo físico, de
obras de arte, pinturas, desenhos, esculturas e artesanato, ele permitirá ao aluno estabelecer
conexões entre a Matemática e outras áreas do conhecimento.
Um dos objetivos da Geometria no Ensino Fundamental é despertar no aluno a
curiosidade, o interesse e a percepção para um mundo pleno de formas, modelos e movimentos,
permitindo-lhe a descrição da realidade de modo mais organizado. De forma geral, os alunos já
ingressam na escola com algumas noções intuitivas de espaço e de medição. Cabe à escola e ao
professor estimular essas noções por meio de um conjunto rico de experiências e atividades.
O aprendizado da Geometria envolve investigação, experimentação, exploração,
representação de objetos do cotidiano do aluno bem como de outros materiais físicos. Assim, a
medida que os alunos exploram, constroem, classificam, descrevem e representam objetos e
modelos, estão desenvolvendo habilidades essenciais do pensamento geométrico: percepção,
construção, representação e concepção. Com atividades sensoriais como a observação e a
manipulação, os alunos desenvolvem a percepção de formas geométricas e suas propriedades. A
construção se dará a partir de formas idealizadas, como planificações de sólidos geométricos. As
atividades que permitem ao aluno criar uma imagem mental sobre o objeto ou o desenho
desenvolvem a representação.
Por fim, o momento e a possibilidade de criar e conceber ideias indica o desenvolvimento
da concepção. Outras habilidades que são desenvolvidas a partir das atividades de geometria
são habilidades visuais, verbais, de desenho, lógicas e aplicadas. As habilidades verbais serão
exploradas com o desenvolvimento da linguagem, possibilitando-se a justificativa de escolhas e
respostas, a verbalização e a utilização da escrita como forma de descrever e analisar as noções
estudadas. O desenvolvimento das habilidades de desenho favorece a expressão de ideias e
54
APRESENTAÇÃO DO EIXO 2: ESPAÇO E FORMA
relações geométricas, uma vez que capacita o aluno a fazer desenhos e diagramas. As
habilidades lógicas estão relacionadas à capacidade do aluno em conjecturar, deduzir, analisar,
formular um argumento e verificar sua validade para a aplicação em outros problemas.
Finalmente, é através do desenvolvimento das habilidades aplicadas que o aluno será capaz de
relacionar noções geométricas com ideias numéricas e de medidas, além de descrever e explicar
fenômenos em diferentes áreas em que apareçam ideias geométricas.
Apenas por uma questão de organização didática, as atividades de Geometria seguem
duas vias norteadoras: desenvolvimento do senso espacial e familiarização com formas e
propriedades geométricas simples. Evidentemente, essas duas vias se complementam e se
relacionam nas atividades desenvolvidas.
Na via relativa ao desenvolvimento do senso espacial, as atividades visam:
• à organização do esquema corporal por meio do conhecimento, pelo aluno, do seu próprio
corpo, do desenvolvimento da lateralidade, da coordenação visomotora, etc. A construção
do espaço pela criança envolve inicialmente conhecimento, domínio e organização de seu
esquema corporal. Os gestos e movimentos auxiliam o desenvolvimento da percepção do
espaço. Assim, o espaço egocêntrico inicial da criança é substituído aos poucos por outro,
quando ela começa a perceber as relações do seu corpo com o mundo exterior;
• à exploração e orientação do espaço pelo estabelecimento de algumas relações:
vizinhança (perto / longe / próximo); posição (direita / esquerda – acima / abaixo / entre / ao
lado); direção e sentido (para frente / para trás – para a direita / para a esquerda – para
cima / para baixo – no mesmo sentido / em sentido diferente – meia-volta / volta inteira);
• à movimentação, organização e representação do espaço, como, por exemplo, pela
construção e comparação de caminhos, realização de movimentos gráficos em itinerários,
representação da trajetória de um movimento.
No que diz respeito à familiarização com formas e propriedades geométricas simples,
as atividades visam ao reconhecimento, comparação, classificação, descrição, reprodução e
construção de formas geométricas planas e espaciais, além do estabelecimento de relações entre
os elementos dessas formas. A proposta é partir do conhecimento intuitivo do aluno em relação
às formas por meio de atividades que envolvam inicialmente percepção, observação e
manipulação, além de despertar a atenção para certas propriedades e relações geométricas que
serão aprofundadas e sistematizadas ao longo de cada ano.
Nesse processo, as formas geométricas são vistas inicialmente pelo aluno como um todo,
sem o reconhecimento de elementos ou propriedades (visualização). Nesse nível, o aluno
reconhece visualmente, por exemplo, quadrados num conjunto de várias figuras. Aos poucos, a
55
APRESENTAÇÃO DO EIXO 2: ESPAÇO E FORMA
partir de observações e experimentações, o aluno começa a identificar as características e
reconhecer propriedades das figuras (análise), como, por exemplo, a percepção de que os lados
do quadrado têm a mesma medida.
A seguir são expressos alguns comentários sobre a diversidade de atividades envolvendo
materiais manipulativos e outros recursos para o estudo de formas geométricas.
56
APRESENTAÇÃO DO EIXO 2: ESPAÇO E FORMA
uma mesma distância um do outro, formando uma malha quadriculada. Esse material é
acompanhado por elásticos com os quais os alunos representam diferentes formas
geométricas. O geoplano permite ainda a exploração de algumas características das
figuras planas, de noções de área, de perímetro, de paralelismo, de perpendicularismo,
etc.
- Desenvolvimento da noção Espacial
Ter percepção espacial e o sentido de orientação, bem como saber representar o espaço,
por exemplo, por meio de mapas, croquis e plantas, são habilidades muito importantes no nosso
dia-a-dia. Para que isso ocorra é preciso explorar conhecimentos geométricos em diferentes
situações de mapeamento e orientação, que partem de referências pré-estabelecidas, mas que
podem ser modificadas.
- Exploração de Formas Planas e Espaciais
Para o trabalho com Geometria nessa etapa, é importante retomar, de início,
especialmente, os conhecimentos que os alunos trazem dos anos anteriores sobre figuras planas
e espaciais. Nesse sentido, é fundamental que os alunos manipulem poliedros e corpos redondos
e que, na possibilidade de planificá-los, reconheçam as possíveis regularidades dos polígonos
das faces – no caso dos poliedros – ou dos círculos – no caso do cilindro e do cone. Assim, além
de observarem os elementos dos poliedros – faces, vértices, arestas – será possível caracterizar
os elementos importantes dos polígonos, especialmente lados e diagonais, e ainda reconhecê-los
não apenas nas planificações, mas também nos sólidos de origem.
- Conceito de Ângulo
O estudo do conceito de ângulo como giro é iniciado no EFI, tendo em vista a possibilidade
de conexão com o conceito de fração como parte de um inteiro. Até o final do EFI os alunos
simulam giros, por exemplo, de ½ de volta, ¼ de volta, volta completa, com o próprio corpo,
construindo assim uma ideia intuitiva de ângulos de 180°, 90° e 360°. No EFII, essa exploração
pode ser revista e ampliada com frações equivalentes.
Até o final do EFI também foi feita a relação entre giros e ângulos, e estabelecida à
associação entre o giro de ¼ de volta com o ângulo reto. Portanto no EFII, este trabalho deverá
ser ampliado com novas relações conceituais, por exemplo, reconhecer e construir ângulos de
90o, maiores que 90o (obtusos) e menores que 90o (agudos), a partir de dobraduras.
Com essas dobraduras, os alunos podem identificar ângulos retos em objetos de sua
classe, como superfícies de livros, e tampos de carteiras, etc., bem como desenhar, contornando
os cantos e usando a régua, alguns ângulos retos no caderno. A mesma proposta pode ser feita
57
APRESENTAÇÃO DO EIXO 2: ESPAÇO E FORMA
para identificação de ângulos maiores e menores do que o reto. Outra relação importante a ser
identificada pelos alunos é entre o comprimento dos lados e a medida do ângulo (interno).
Além de uma possível retomada do conceito de ângulo, a partir da ideia de giro, pode-se
explorar outras ideias, tais como os ângulos de elevação, que em geral costumam apresentar um
grau de complexidade maior, coerente no entanto com a possibilidade de compreensão dos
alunos nos anos iniciais do EFII.
O trabalho com a classificação de ângulos em opostos pelo vértice, ângulos adjacentes,
ângulos complementares ou suplementares e ainda a apresentação dos ângulos formados por
retas paralelas cortadas por transversal. Esse estudo possibilitará a caracterização dos ângulos
nos quadriláteros, especialmente nos trapézios e paralelogramos seguido da demonstração de
algumas propriedades geométricas.
De fato, um dos objetivos gerais do eixo Espaço e Forma é, partindo de situações
experimentais e contextualizadas, mostrar aos alunos a necessidade e a importância da
demonstração de determinadas proposições, a fim de legitimar hipóteses ou validar conjecturas.
As atividades poderão estar voltadas para a identificação e nomeação de pares de ângulos:
alternos internos, externos, correspondentes ou colaterais.
A utilização de dobraduras e de instrumentos de desenho para construções geométricas
poderá auxiliar na verificação e justificativa das relações de congruência entre pares de ângulos
opostos pelo vértice ou entre alguns dos pares de ângulos determinados por paralelas cortadas
por transversal. Podemos, nesse momento, fazer a primeira demonstração, de que ângulos
opostos pelo vértice têm a mesma medida, e deixar que os alunos percebam, intuitivamente, as
relações entre os demais pares de ângulos.
- Polígonos
De forma experimental, portanto sem a necessidade de demonstrações, propomos que no
início do EFII, os alunos já verifiquem a soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo
(180o) e, a partir disso, a soma dos ângulos internos de um quadrilátero (360o). A utilização de
dobraduras e recortes é uma estratégia simples e que permite essas verificações, além de auxiliar
na compreensão dos conceitos de ângulos complementares e suplementares, sejam eles ângulos
adjacentes ou não.
No estudo dos polígonos, é importante a classificação destes em polígonos regulares e
irregulares. Nesse caso, além das construções que podem ser feitas em malha quadriculada,
também é possível lançar mão da tecnologia (Megalogo, Geogebra, Minecraft Educacional etc.),
que permite ao aluno a utilização de uma linguagem de programação ao mesmo tempo em que
estimula as ideias de movimentação e localização no plano.
58
APRESENTAÇÃO DO EIXO 2: ESPAÇO E FORMA
Para que seja possível sistematizar o cálculo da área de triângulos é necessário trabalhar
as alturas de dos triângulos, mostrando a existência das três alturas e ainda o fato de que nem
sempre a altura estará localizada na região interna do triângulo. É interessante traçar alturas dos
triângulos desenhados em malha quadriculada e, depois desenhá-las utilizando régua e
esquadro.
Após as construções dos conhecimentos anteriores, as medidas dos ângulos internos os
polígonos regulares são a base para a discussão sobre a possibilidade ou não da completa
pavimentação de uma superfície. A resposta a essas questões reflete a possibilidade de que o
trabalho com mosaicos e pavimentação, que se iniciou nos anos anteriores, poderá, a partir
desse momento, ser complementado com a produção de arranjos mais ricos e criativos. Partindo
da representação de polígonos em malhas quadriculadas, pode-se explorar conceitos de
proporcionalidade nas ampliações ou reduções de figuras. Nesse caso, é necessário ressaltar a
conservação da forma do polígono, indicando a congruência dos ângulos internos, enquanto as
medidas dos lados, de um a outro polígono, respeitam determinada proporcionalidade. Esse
tratamento pode ser o embrião de um trabalho detalhado sobre semelhança a ser realizado nos
anos seguintes.
A determinação de alturas de paralelogramos e trapézios pode ser feita de forma
semelhante à usada para os triângulos. É importante variar a posição dos quadriláteros na malha.
A partir da discussão sobre a existência dos números irracionais pode-se fazer a apresentação do
teorema de Pitágoras. Reforça nesse momento a importância dessa relação, tendo em vista a
ampliação da rede de conceitos sobre os triângulos.
- Classificação de Triângulos
O objetivo principal do estudo dos triângulos é a identificação e classificação dos triângulos
conforme as medidas dos lados ou dos ângulos.
A construção de pares de retas paralelas ou perpendiculares, fora da malha quadriculada,
pode ser feita com a ajuda de material de desenho – régua, transferidor e esquadro – embora não
seja ainda necessário formalizar qualquer processo. É interessante deixar que os alunos
descubram caminhos para problemas do tipo “traçar a perpendicular à reta, por um ponto
determinado, fora ou dentro da reta”, ou “traçar a paralela à reta, por um ponto fora dela”, para ao
final, socializar as resoluções. Os sistemas de coordenadas, presentes em brincadeiras ou jogos
como batalha naval ou palavras cruzadas, são, em geral, conhecidos dos alunos. Assim,
podemos estimular a representação de figuras planas em sistemas de coordenadas construídos
em malhas quadriculadas ou em folhas sem pauta.
- Triângulos e Simetria
59
APRESENTAÇÃO DO EIXO 2: ESPAÇO E FORMA
Um dos conceitos desse eixo para um trabalho mais aprofundado nesse segmento é a
congruência de triângulos, cujo desenvolvimento pode ser encaminhado a partir do estudo das
simetrias.
Para isso, será necessário retomar a simetria axial (de reflexão) e a simetria de translação,
para então iniciar o estudo da simetria de rotação. Chama-se a atenção para o fato de que a
construção desse conceito depende da compreensão da isometria da transformação realizada,
havendo possíveis variações de direção e sentido. Outro ponto importante do trabalho com a
simetria é reconhecer que existem figuras que possuem simultaneamente simetria central e axial.
Voltando à relação entre simetria e congruência de triângulos, espera-se que os alunos
reconheçam que, realizando transformações isométricas, poderão, por exemplo, sobrepor um
triângulo a outro e verificar a congruência entre eles.
- Semelhanças
O conceito de semelhança não é restrito à Matemática e está presente em nosso cotidiano.
Há semelhança entre uma mesma imagem fotografada sob distâncias diferentes; semelhança
entre duas plantas baixas de uma mesma casa quando desenhadas sob escalas diferentes;
semelhança ainda entre as partes do corpo das pessoas. Assim, explorar o conceito de
semelhança nos mais diversos casos amplia a teia de relações que os alunos podem formar
sobre o conceito.
Para começar o estudo das semelhanças entre formas geométricas sugere-se rever os
procedimentos de ampliação e redução de figuras, vistos nos anos anteriores. Esse trabalho pode
ser feito associando-se outros conceitos, como áreas e perímetros de polígonos, ou ainda as
porcentagens.
Após algumas atividades envolvendo ampliações e reduções, pode-se sistematizar o
conceito de semelhança entre polígonos, através da análise de congruência de ângulos e
proporcionalidade de lados. Em seguida, a partir do teorema fundamental da proporcionalidade –,
essencial para o estudo da semelhança –, discute-se a proporcionalidade observada entre pares
de segmentos. A atividade seguinte envolve o conceito de semelhança de triângulos.
Somente após esse trabalho conceitual e experimental sobre o conceito de semelhança é
que se recomenda a apresentação sistemática dos casos de semelhança de triângulos e suas
aplicações na resolução dos mais diversos tipos de situações-problema. Outra abordagem que se
pode fazer, paralelamente aos casos de semelhança de triângulos, consiste no estudo da
homotetia. Por ser uma transformação não-isométrica, a homotetia permite que os alunos
avaliem, inclusive experimentalmente, com o uso de régua e compasso, as semelhanças entre
60
APRESENTAÇÃO DO EIXO 2: ESPAÇO E FORMA
polígonos ampliados ou reduzidos de acordo com razões de homotetia que eles próprios poderão
estabelecer.
- Triângulos Retângulos
Uma consequência fundamental do estudo da semelhança de triângulos é o estudo das
relações métricas no triângulo retângulo, que pode ser iniciado a partir da análise de algumas
proporções envolvendo triângulos semelhantes de qualquer natureza. Desenvolver intensamente
atividades que proporcionem a manipulação desses conceitos poderá levar os alunos a
retomarem os conhecimentos trabalhados nos anos anteriores, mas que poderá agora ser
novamente nomeada e demonstrada de outra maneira. Trata-se da relação conhecida como
teorema de Pitágoras, que nos anos finais do EFII foi verificada através de soma de áreas de
quadrados e que agora surgirá como uma aplicação da semelhança entre dois triângulos
retângulos.
- Círculo e Circunferência
A circunferência e o círculo, seus elementos e suas representações em sistemas de
coordenadas a partir do conhecimento do centro e do raio são retomados no início de EFII.
Com relação ao trabalho com setores circulares, será importante desenhá-los a partir de
ângulos centrais, utilizando, para tanto, compasso, régua e transferidor. É importante ressaltar
que o desenho de setores pode estar associado às construções de gráficos estatísticos, além de
preparar para o cálculo de áreas de círculos e de setores. Por fim, associando os ângulos centrais
aos polígonos, os alunos poderão construir polígonos inscritos em circunferências, partindo da
divisão do ângulo de 360º em partes iguais.
Nos anos que seguem, é fundamental reconhecer e nomear as posições relativas entre
duas circunferências e entre retas e circunferências, e, para isso, sugere-se ampliar os
conhecimentos com o uso de um software de geometria dinâmica (Geogebra).
- Formas Espaciais
A exploração de formas espaciais, poliedros e corpos redondos, poderão ser ampliados no
EFII, considerando-se os seguintes objetivos: identificação das características dos sólidos quanto
ao número de faces, arestas e vértices; relação entre esses elementos nos poliedros por meio da
relação de Euler; identificação e construção de planificações dos poliedros; reconhecimento dos
polígonos das faces, dos polígonos que formam as faces opostas e das figuras que formam as
bases de alguns sólidos. Em especial, chamamos a atenção para o trabalho de representação
dos poliedros, (por exemplo: em malha quadriculada ou pontilhada).
A proposta é de uma sistematização do estudo das pirâmides. Um dos focos do trabalho
com a geometria espacial nessa etapa do ensino é o da representação de formas tridimensionais
61
APRESENTAÇÃO DO EIXO 2: ESPAÇO E FORMA
com o objetivo de desenvolver a percepção espacial e de codificar e decodificar tais
representações. Nesse sentido, propomos a exploração de vistas e cortes de sólidos geométricos
e a representação dos mesmos em malhas quadriculadas, pontilhadas ou triangulares.
Tendo em vista a possibilidade de conexão entre Matemática, Arte e História é possível
elaborar atividades de representação de sólidos em perspectiva. Seguindo uma orientação
interdisciplinar, podemos ressaltar a importância que o desenho em perspectiva desempenhou
não apenas na Arte do Renascimento, mas também em todo o processo de construção de
conhecimentos técnicos desse período. Além disso, esse estudo possibilita aos alunos a
observação e análise de desenhos, pinturas, e fotografias para conhecer a origem da técnica e o
contexto histórico em que apareceu. No final do EFII o estudo das formas geométricas espaciais
pode ser feito de forma lúdica e experimental, a partir da exploração dos corpos redondos, com a
ideia de sólidos de revolução.
- Noções de Trigonometria
A proposta para o final do EFII é de um estudo inicial das razões trigonométricas que serão
retomadas no próximo segmento de ensino (Ensino Médio). O objetivo é explorar as ideias de
seno, cosseno e tangente, de forma contextualizada e experimental, para resolver problemas que
envolvam distâncias difíceis de serem determinadas.
Para que os alunos possam construir as ideias das razões trigonométricas, sugere-se que,
retomando o estudo da semelhança, desenhem triângulos retângulos com algumas medidas
determinadas de ângulos internos, meçam os lados, obtenham os valores das razões para duas
ou três medidas de ângulos, mesmo sem nomeá-las no início, e utilizem os resultados obtidos na
resolução de algumas situações-problema. Atividades para essa etapa pode estimular que os
alunos utilizem calculadoras para que as divisões trabalhosas não desviem sua atenção dos
aspectos mais importantes, momento importante para explorar também essa tecnologia para o
ensino.
62
PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 2. ESPAÇO E FORMA
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PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 2. ESPAÇO E FORMA
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PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 2. ESPAÇO E FORMA
2.2. FORMAS GEOMÉTRICAS PLANAS E ESPACIAIS
2.2.1. RECONHECER E CLASSIFICAR FIGURAS PLANAS E ESPACIAIS
1º ANO 2º ANO 3º ANO
1 – Identificar e nomear as figuras geométricas 1 – Identificar, nomear e comparar as figuras 1 – Identificar, nomear e comparar as figuras
planas geométricas planas geométricas planas
a) reconhecendo as figuras planas em desenhos, a) reconhecendo as figuras planas em a) reconhecendo figuras planas: quadrado,
superfícies de objetos e elementos da natureza; representações como desenhos, fotos, pinturas e retângulo, triângulo, círculo, losango,
b) reconhecendo as figuras planas: quadrado, gravuras; paralelogramo e trapézio;
retângulo, triângulo e círculo; b) reconhecendo as figuras planas: quadrado, b) reconhecendo número de lados e vértices de
c) representando as figuras planas por meio de retângulo, triângulo, círculo e losango; figuras geométricas planas;
recortes, dobraduras, desenho livre. c) representando figuras planas por meio de c) reconhecendo quadrado, retângulo, triângulo,
2 – Identificar e nomear as figuras geométricas recortes, dobraduras, desenho livre e malha losango, paralelogramo e trapézio, quanto ao
espaciais quadriculada; número de lados e vértices;
a) reconhecendo as figuras geométricas d) relacionando as figuras planas apontando suas d) compondo uma figura plana utilizando outras;
espaciais: cubo, esfera e paralelepípedo; semelhanças e diferenças. e) decompondo figuras planas em outras por meio
b) reconhecendo os objetos do mundo físico, 2 – Identificar e nomear as figuras geométricas de recortes.
comparando-os com figuras geométricas espaciais 2 – Identificar, caracterizar e comparar as
espaciais. a) reconhecendo figuras geométricas espaciais: figuras geométricas espaciais
cubo, esfera, paralelepípedo, pirâmide, cilindro, a) reconhecendo as figuras geométricas
cone e esfera; espaciais: cubo, paralelepípedo, pirâmide, cilindro,
b) reconhecendo objetos do mundo físico, cone e esfera;
comparando-os com figuras geométricas b) identificando alguns elementos das formas
espaciais; tridimensionais: faces, arestas, base, vértices;
c) apontando as características das figuras c) comparando cubos, paralelepípedos e
tridimensionais como: formas arredondadas ou pirâmides de acordo com o número de faces,
pontuadas, possibilidade de rolar ou não e outras. vértices e arestas.
3 – Identificar planificações de figuras
geométricas espaciais
a) reconhecendo as planificações do cubo,
paralelepípedo, pirâmide, cone e cilindro;
b) construindo figuras tridimensionais a partir de
suas planificações;
c) reconhecendo o quadrado e o retângulo nas
faces do cubo e do paralelepípedo, o triângulo nas
faces da pirâmide e o círculo nas bases do cone e
do cilindro.
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PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 2. ESPAÇO E FORMA
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PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 2. ESPAÇO E FORMA
d) identificando figuras planas nas faces e bases c) identificando o diâmetro como segmento de reta a) interpretando a diferença entre círculo e
das figuras tridimensionais; que une dois pontos da circunferência passando circunferência;
e) identificando as três dimensões: comprimento, pelo ponto central; b) identificando os elementos de uma
largura e altura em um paralelepípedo e cubo. d) identificando a medida do diâmetro como o circunferência;
dobro da medida do raio. c) utilizando compasso para fazer a construção da
4 – Caracterizar e comparar poliedros circunferência.
a) classificando figuras tridimensionais em 4 – Reconhecer a planificação e caracterizar
poliedros e corpos redondos; sólidos geométricos
b) classificando poliedros em prismas e pirâmides; a) classificando formas espaciais quanto às suas
c) comparando e representando prismas e características: faces, vértices e arestas;
pirâmides; b) classificando os poliedros em prismas e
d) identificando o número de faces, vértices e pirâmides;
arestas de prismas e pirâmides; c) relacionando os sólidos geométricos com suas
e) distinguindo as três dimensões de um poliedro: planificações.
comprimento, largura e altura.
5 – Relacionar as figuras tridimensionais a
suas planificações
a) construindo figuras tridimensionais a partir de
suas planificações;
b) associando uma planificação à figura
tridimensional que lhe deu origem.
69
PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 2. ESPAÇO E FORMA
2.3. ÂNGULOS
2.3.1. RECONHECER, CLASSIFICAR, MEDIR E CONSTRUIR ÂNGULOS
1º ANO 2º ANO 3º ANO
Não existem habilidades para esse subeixo nesse Não existem habilidades para esse subeixo nesse Não existem habilidades para esse subeixo nesse
ano. (Começa no 4º ano) ano. (Começa no 4º ano) ano. (Começa no 4º ano)
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PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 2. ESPAÇO E FORMA
7º ANO 8º ANO 9º ANO
1 – Reconhecer outras propriedades dos 1 – Reconhecer os ângulos formados por duas Nesse ano é esperado que o aluno já tenha
ângulos, relacionando-os com suas operações retas paralelas cortadas por uma transversal desenvolvido as habilidades relacionadas à essa
de submúltiplos de grau a) aplicando o conceito de bissetriz de um ângulo expectativa.
a) medindo e construindo diferentes ângulos; para construí-la com régua e compasso;
b) classificando os ângulos como adjacentes, b) construindo ângulos congruentes a um ângulo
complementares e suplementares; dado;
c) definindo ângulos opostos pelo vértice e c) identificando os ângulos formados por duas
ângulos formados por duas retas paralelas retas paralelas cortadas por uma transversal:
cortadas por uma transversal; alternos, colaterais, correspondentes;
d) relacionando os ângulos suplementares, d) relacionando os ângulos formados por duas
complementares e opostos pelo vértice com retas paralelas cortadas por uma transversal.
ângulos internos e externos de polígonos;
e) realizando as transformações de unidades de
grau e seus submúltiplos: minuto e segundo;
f) realizando as operações com medidas de
ângulos.
71
PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 2. ESPAÇO E FORMA
2.4. SIMETRIA
2.4.1. RECONHECER E REPRESENTAR EIXOS DE SIMETRIA DE REFLEXÃO, TRANSLAÇÃO E ROTAÇÃO
1º ANO 2º ANO 3º ANO
Não existem habilidades para esse subeixo nesse Não existem habilidades para esse subeixo nesse 1 – Localizar o eixo de simetria em objetos
ano. (Começa no 3º ano) ano. (Começa no 3º ano) a) identificando a relação entre o conceito de
simetria e os objetos do mundo físico;
b) criando formas simétricas a partir de
dobraduras e recortes;
c) identificando o eixo de simetria por meio em
dobraduras, recortes e malha quadriculada.
72
APRESENTAÇÃO DO EIXO 3: GRANDEZAS E MEDIDAS
APRESENTAÇÃO DO EIXO
Esse eixo se integra com a ideia de proporcionalidade e escala dando um maior foco na
realização de medições significativas de quantidades e escolhendo unidades de medida
apropriadas. Os estudantes interpretam esses conceitos fundamentais permitindo uma
construção de uma base de entendimento entre unidades e cálculo de medidas como áreas,
volumes entre outras. Sugere-se uma abordagem e conexão direta com o eixo de Espaço e
Forma, que oferece todo o contexto para o trabalho, sendo também um eixo interessante para
uma abordagem histórica.
Assim como desde cedo as crianças têm contato com formas e modelos geométricos, elas
também vivenciam variadas experiências intuitivas com medidas. Nesse sentido, e ampliando o
quadro de noções informais, o aluno dos anos iniciais deve ser levado a desenvolver habilidades
essenciais relacionadas ao processo de medição, como comparar, ordenar, estimar, fazer
previsões, etc. Ao longo dos anos o estudo de diferentes grandezas (tempo, comprimento,
superfície, massa, capacidade, volume) vai se tornando cada vez mais elaborado e
sistematizado.
Trabalhar o conceito de medir é muito mais que a simples utilização de instrumentos. Medir
significa comparar grandezas em objetos de mesma natureza. Aos poucos, o procedimento de
comparação é feito diretamente com o uso de uma unidade de medida de mesma natureza que a
do objeto a ser medido: medimos comprimento com outro comprimento, superfícies com outras,
etc. Assim, é possível salientar três aspectos fundamentais do processo de medição: escolher um
objeto para servir de unidade de medida; comparar essa unidade com o objeto, verificando
quantas unidades de medida “cabem” no objeto; expressar o resultado da medição por um
número seguido da unidade de medida escolhida.
Em relação à unidade de medida, os alunos devem perceber que a escolha inicial é
completamente arbitrária. Naturalmente, por razões sociais, pela necessidade de comunicação
entre as pessoas, é necessário o estabelecimento de um sistema unificado de padrão de
medidas. Pela mesma razão e para apresentar o resultado de medidas com precisão, são criados
instrumentos de medida.
Outro aspecto fundamental relacionado ao ensino de Medidas é a possibilidade de sua
conexão com Números. O estudo de frações e números decimais pode ser apresentado
naturalmente por meio de atividades com Medidas.
73
APRESENTAÇÃO DO EIXO 3: GRANDEZAS E MEDIDAS
No decorrer do Ensino Fundamental, é possível explorar várias grandezas considerando
resumidamente os seguintes aspectos:
- Sistema Monetário
O estudo do sistema monetário favorece a compreensão das regras do sistema de
numeração decimal devido às possibilidades de troca entre notas e moedas considerando seus
valores e à comparação e ordenação de quantidades expressas por valores; favorece ainda a
familiarização do aluno com a notação decimal, bem como o desenvolvimento de habilidades
relacionadas ao senso numérico.
Esse estudo do sistema monetário é ampliado possibilitando a compreensão de conversões
de outros sistemas monetários e resolução de problemas mais complexos. É um momento
propício para se trabalhar elementos da matemática financeira, utilizando-se de projetos para
melhor contextualizar esses conceitos.
- Medida de tempo
Até o final da primeira etapa do Ensino Fundamental, os alunos realizaram essencialmente
atividades sobre leitura e interpretação de calendário mensal e anual; relação entre diferentes
unidades de medida; estimativa de medida de tempo; leitura de horas em relógios de ponteiro e
digital. A proposta, a partir dessa fase, é que essas ideias sejam revistas por meio de propostas
de resolução de problemas.
Além disso, um trabalho mais específico com as unidades de medidas de intervalos de
tempo, especialmente hora, minuto e segundo. Isso pode ser justificado e, ao mesmo tempo,
orientado, sob dois aspectos. O primeiro, diz respeito à importância dos alunos trabalharem com
um sistema de medida no qual uma determinada unidade (inteiro) é dividida em 60 partes, e não
em 10 ou em 100, como ocorre nos sistemas de unidade de medida que conhecem até então. De
outro modo, é possível, nesse caso, estabelecer uma correspondência com a base do sistema de
medida de ângulos, estudo proposto a partir do Ensino Fundamental II. O segundo aspecto que
justifica um trabalho com as unidades de medida de tempo é, de fato, um exercício de
conhecimento de mundo, ou de outra maneira, de interpretação e tratamento de informações
presentes no cotidiano do aluno. Mesmo considerando a possibilidade de certa dificuldade dos
alunos para a compreensão e interpretação de medidas de tempo que envolva frações de
segundo, essas unidades são comuns em várias situações do cotidiano.
- Medida de comprimento
Pela escolha de unidades de comparação não padronizadas (passos, palmos);
determinação de uma unidade padronizada de medição (metro e submúltiplos); utilização de
diferentes instrumentos de medida de comprimento, em especial a régua; determinação do
74
APRESENTAÇÃO DO EIXO 3: GRANDEZAS E MEDIDAS
perímetro de uma figura; identificação de relações entre unidades de medida de comprimento
(metro, decímetro, centímetro e milímetro); resolução de problemas que envolvam medidas de
comprimento.
As expectativas apresentadas para o trabalho com medida de comprimento até o final do
Ensino Fundamental I são: identificação da unidade padrão de medida de comprimento, o metro;
relação entre diferentes unidades de medida de comprimento (m, cm, dm, mm e km);
interpretação e adequação das unidades de medida a uma determinada situação de medição;
aplicação de procedimentos de estimativa para a determinação de resultados de medida de
comprimento; determinação do perímetro de uma figura.
Além da exploração das unidades do sistema métrico decimal, outras unidades de medida
de comprimento podem ser apresentadas. Refere-se àquelas utilizadas em vários contextos
próximos dos alunos, como, por exemplo, as polegadas. Essa unidade é utilizada nas medidas de
telas de monitores, nas medidas de diâmetros de encanamentos, nas ferramentas, etc.
- Medida de superfície
Sobre o trabalho com medida de superfície, os alunos vivenciam algumas experiências de
pavimentação de uma região com unidades não padronizadas, bem como comparação da medida
de superfícies; resolução de problemas que envolvam medida de superfície.
Esse deve ser o ponto de partida no Ensino Fundamental II. A elaboração de atividades que
permitam ao aluno reconhecer unidades adequadas para medir superfícies; identificar a unidade
padrão (m2); escolher unidades apropriadas para indicar resultados de medição; estimar
superfícies; calcular áreas de uma região por diferentes procedimentos. Vale destacar de forma
um pouco mais detalhada esse último objetivo.
Inicialmente, o cálculo de áreas poderá ser feito pela contagem de unidades de medida (não
padronizadas) contidas numa determinada figura. Como decorrência desse trabalho, e
considerando a representação de figuras em malhas quadriculadas (cada quadradinho da malha
corresponde a uma unidade de medida de superfície), é possível generalizar, por exemplo, o
procedimento de cálculo de área do quadrado e do retângulo através da multiplicação entre as
medidas de seus lados. Após a construção do significado da unidade padrão m2, é possível
expressar o resultado de regiões quadradas e retangulares com essas unidades.
A área de triângulos e de paralelogramos não retângulos poderá ser obtida pela composição
em retângulos, uma vez que o conceito de altura, envolvido na fórmula de cálculo da área, será
estudado nos anos seguintes. Vale destacar que o cálculo da área não deve se restringir às
figuras poligonais mais comuns (quadrados, retângulos, triângulos e paralelogramos). Considera-
se fundamental para a construção do conceito de medida de superfície que o aluno resolva
75
APRESENTAÇÃO DO EIXO 3: GRANDEZAS E MEDIDAS
situações problema que envolva o cálculo de áreas de polígonos irregulares por decomposição
em quadrados e retângulos.
Outra exploração importante para a compreensão do conceito de medida de superfície é o
cálculo de área de regiões não poligonais. Pode-se solicitar que os alunos calculem, por exemplo,
a área de uma região fictícia a partir do desenho do mapa de uma região em uma malha
quadriculada. Contado o número de unidades internas e também o de unidades externas à figura,
os alunos podem calcular a média aritmética entre esses dois valores e concluir que esse
resultado é a área estimada da figura, na unidade da malha.
- Medida de Comprimento e de Superfície
Inicialmente, é proposto que a partir dessa etapa de ensino sejam feitas algumas
atividades relacionadas à adequação da unidade padrão em relação ao que está sendo medido,
bem como arredondamentos e aproximações de resultados de medida.
Um dos temas centrais do trabalho com medidas é a sistematização do cálculo de área de
algumas figuras planas. A revisão do procedimento de cálculo de áreas de quadrados e
retângulos e composições e decomposições de figuras. Para sistematizar o cálculo da área de
triângulos, poderá partir do conhecimento sobre altura de triângulo e composição de figuras em
malha quadriculada.
Para avançar o trabalho com medida de comprimento, a proposta parte para a realização
de atividades que envolvem perímetro e equivalência de perímetros. As equivalências podem,
primeiramente, ser identificadas em malha quadriculada ou triangular e depois trabalhadas em
figuras quaisquer. Nesse momento, é fundamental sistematizar as relações entre perímetro e
área de figuras planas: duas figuras podem ter perímetros iguais e áreas diferentes; perímetros
diferentes e áreas iguais; perímetros e áreas diferentes; perímetros e áreas iguais.
No que diz respeito à medida de superfície, é proposta a sistematização do cálculo da área
do paralelogramo. As demais áreas, de trapézios e losangos, podem ser também sistematizadas
a partir da representação em malhas quadriculadas. É também interessante trabalhar com o
perpendicularismo das diagonais do losango e, a partir disso, deduzir uma fórmula para a sua
área.
Para o trabalho com medida de comprimento e de superfície nos anos finais do Ensino
Fundamental II, é preciso considerar que boa parte do estudo dos polígonos, tratados no eixo de
Espaço e Forma, está diretamente associada às medidas de comprimento, especialmente se
considerarmos que os alunos já conhecem os números reais, irracionais ou não, e os vêem surgir
frequentemente nas medidas obtidas a partir da aplicação das relações métricas ou
trigonométricas. Dessa forma, espera-se que não pareça estranho ao aluno que um triângulo
76
APRESENTAÇÃO DO EIXO 3: GRANDEZAS E MEDIDAS
equilátero, cujas medidas dos lados sejam expressas por números inteiros, como 6 cm, por
exemplo, tenha medida de altura expressa pelo número irracional. Este é, portanto, o momento
adequado para calcular medidas de apótemas de polígonos regulares (quadrado, triângulo
equilátero, hexágono).
Será também nessa fase o momento apropriado para a formalização completa do cálculo
das áreas dos quadriláteros e do círculo. Sugere-se rever com os alunos os procedimentos
utilizados para o cálculo de áreas: cálculo de áreas aproximadas de figuras desenhadas na malha
quadriculada; decomposição da figura e, finalmente, a obtenção das fórmulas de cálculo e sua
aplicação na resolução de situações problema.
Seguindo esse encaminhamento, o cálculo de áreas de polígonos decompostos em outros,
cujas áreas podem ser calculadas pelas fórmulas obtidas, e, ainda, pela aplicação das relações
métricas estudadas. Esse é um momento oportuno para a conexão entre Grandezas e Medidas e
conceitos da geometria plana estudados, contemplados como proposta no eixo Espaço e Forma.
A retomada do estudo das medidas ligadas ao círculo e circunferência, como comprimentos
de circunferências, arcos de circunferência, áreas de círculos, pelos seguintes motivos: o primeiro
é a necessidade de formalizar o cálculo do comprimento da circunferência e da área do círculo,
que já foi explorado intuitivamente nos anos anteriores, o segundo aspecto é a construção
frequente de gráficos de setores, o que depende, de certa forma, da compreensão desses
elementos citados, por fim, o terceiro aspecto importante é o estudo do cilindro, que exigirá o
cálculo da área de círculos.
- Medida de massa
Um dos aspectos importantes do trabalho com a medida de massa é a aplicação de
procedimentos de estimativas de massas desconhecidas, utilizando unidades de medida mais
apropriadas em cada situação. Partindo desse objetivo, o professor poderá solicitar, por exemplo,
que os alunos listem nomes de objetos que considerem pesados e outros que considerem leves,
escrevendo ao lado de cada nome uma possível medida da massa. Em seguida, os alunos
podem organizar a lista de acordo com uma ordem, crescente ou decrescente, dos valores
estimados das massas dos objetos. Por fim, os alunos comparam os resultados de medidas
estimados com os valores exatos obtidos a partir de leituras.
Em geral, o trabalho com medida de massa proporciona uma discussão sobre a diferença
entre a massa e o peso de um corpo. Consideramos que se, de um lado, ela não pode ser
evitada, por outro lado, essa discussão não deve ser levada à exaustão no início dessa fase do
Ensino Fundamental. A definição de massa de um corpo mais aceita atualmente diz respeito à
sua inércia, isto é, à capacidade do corpo em conservar seu estado de movimento. Assim, o
77
APRESENTAÇÃO DO EIXO 3: GRANDEZAS E MEDIDAS
corpo de maior massa dentre dois, será aquele que exigir maior esforço para ser movimentado a
partir do repouso ou, quando em movimento, exigir maior esforço para ser parado.
A clássica definição de massa como “massa é a quantidade de matéria de um corpo”
esbarra em dificuldades conceituais relacionadas ao conceito de densidade e também em
conceitos próprios da química, e, por isso, é importante evitá-la. Um caminho para a discussão é
planejar algumas situações que já fazem parte do conhecimento informal dos alunos e que
relacionam os conceitos de massa e de peso. Uma dessas situações é o caso dos astronautas
que foram à Lua e, sem que tenham ficado mais magros, pareciam, pelas imagens vistas daqui
da Terra, mais leves, saltitantes, menos presos pela gravidade.
- Medida de Capacidade e de Volume
Partindo da exploração informal que foi feita na etapa anterior sobre o conceito de
capacidade, uma ampliação do estudo desse conceito, agora de forma mais sistemática,
salientando dois aspectos. O primeiro é a importância, como em todo trabalho de exploração de
grandezas, da exploração da habilidade de estimativa de resultados de medição. De fato, estimar
capacidades em situações do cotidiano é uma oportunidade para o aluno refletir sobre a ordem
de grandeza dos números, comparar e estabelecer diferenças entre grandezas, comparar e
decidir sobre a unidade de medida mais adequada para uma determinada medição, dentre outros
aspectos. O segundo aspecto diz respeito à estreita relação entre os conceitos de capacidade e
de volume.
A próxima etapa é a construção do significado da unidade cm3. Os materiais concretos
(como o Material Dourado) poderão ser utilizados para esse trabalho de construção mais abstrata
(ex.: verificar com a régua a medida das arestas do cubinho, e discutir o significado da unidade 1
cm3 - 1centímetro cúbico – 1cm3 – é o volume de um cubo de 1cm de aresta). Os cubinhos
podem ser usados para a construção de empilhamentos e, considerando o cm3 como unidade de
medida, os alunos podem dar continuidade na elaboração desse conhecimento, calculando o
volume de suas próprias construções.
O volume de prismas retangulares pode ser determinado inicialmente por contagem de
cubinhos (considerados como unidades de medida de volume). Pelo fato de, no início do Ensino
Fundamental II, não ter uma proposta do estudo da altura dos sólidos, a determinação da medida
de volume de outros sólidos, como, por exemplo, prisma de base não retangular também será
feita apenas por contagem de cubinhos.
O procedimento utilizado para a construção do significado da unidade cm3 poderá ser
aplicado também para as demais unidades, dm3 e m3. Por fim, vale ressaltar que o trabalho com
medidas, deverá estar relacionado à possibilidade do aluno ler, escrever e relacionar os números
78
APRESENTAÇÃO DO EIXO 3: GRANDEZAS E MEDIDAS
racionais escritos na forma decimal ou fracionária com os resultados de medidas. Assim, a
ampliação dos conceitos relativos a cada grandeza e a relação com a representação dos
números racionais deve ser o foco de trabalho nessa fase. As atividades que exploram
conversões de unidades, operações com medidas ou, ainda, o uso de procedimentos de cálculo,
podem ser propostas num contexto de resolução de problemas e que envolva situações do
cotidiano do aluno. Um trabalho mais formal, inclusive com a descoberta e aplicação de fórmulas
para a determinação de resultado de medições, será proposto para após a compreensão do
conceito.
Vale ressaltar que a abordagem metodológica para o tratamento dos conteúdos relativos ao
eixo de Grandezas e Medidas passa a ser fundamental a elaboração de atividades que permitam
a relação com conteúdos do eixo de Números, como os números racionais, e com conteúdos do
eixo Espaço e Forma, envolvendo formas geométricas. As atividades devem ainda possibilitar a
problematização de temas relacionados ao cotidiano do aluno tendo em vista o desenvolvimento
de uma postura cada vez mais crítica diante de situações de nossa realidade.
O objetivo principal do trabalho com Grandezas e Medidas ao final do Ensino Fundamental é
a generalização e sistematização dos conceitos estudados. Um exemplo disso é a utilização de
fórmulas e conversões entre unidades de medida de diferentes grandezas (comprimento,
superfície, capacidade, volume, tempo e massa), além da aplicação de métodos empíricos com
unidades não padronizadas ou mesmo métodos de aproximação.
O cálculo do volume de prismas retangulares pode ser sistematizado, a partir de cubos
tomados como unidade de medida. Para medir o volume de um prisma retangular com medidas
de arestas 6 cm, 4 cm e 5 cm, o aluno pode ser estimulado a pensar em camadas de cubos de 1
cm de aresta, até chegar a uma sistematização do cálculo do volume desse sólido. Isso também
pode ser feito de forma experimental, lançando mão do Material Dourado, como o aluno já deve
ter feito nos anos anteriores. Após a sistematização do cálculo de volume do prisma retangular
pelo produto das medidas das arestas, é possível calcular o volume de outros sólidos, por
decomposição.
Também é interessante explorar, de forma empírica, o volume de objetos com formas
diversas e, ao mesmo tempo, estabelecer relações entre volume e capacidade. Para os anos que
se seguem, é proposta uma revisão do cálculo do volume do prisma retangular por meio da
multiplicação entre a medida da área da base e sua altura, a partir de situações mais complexas
do que as propostas dos anos anteriores.
Ainda é proposto que ocorra uma revisão de algumas planificações de prismas, feitas em
anos anteriores como ponto de partida para a discussão e formalização do cálculo do volume de
79
APRESENTAÇÃO DO EIXO 3: GRANDEZAS E MEDIDAS
prismas retos a partir do produto da área da base pela altura, sendo a base um retângulo, um
triângulo ou um hexágono regular. Considerando a planificação de cilindros, existe a possibilidade
da formalização do cálculo do volume como o produto da área da base pela altura. Apesar de não
ser necessária a formalização do cálculo do volume de pirâmides ou cones, que poderá ser feita
no Ensino Médio, poderá se avançar para esses aspectos.
No final do Ensino Fundamental, é possível fazer a verificação empírica, mesmo sem
nenhuma precisão, da equivalência de volumes de prismas que tenham a mesma área da base e
mesma altura. Estender a forma de calcular o volume de um prisma, pelo produto da área da
base pela altura, para o cálculo de volume de cilindro é uma consequência natural do trabalho.
A partir disso, é possível sugerir atividades que relacionem volumes de um prisma e um
cilindro, ou de dois cilindros.
- Medida de temperatura
O trabalho com as medidas de temperatura deve estar associado às estimativas de valores
de temperatura próximos da realidade dos alunos, escritos unicamente em graus Celsius. Não se
justifica, neste momento, apresentar nenhuma outra escala de medida como, por exemplo, Kelvin
ou Fahrenheit e, muito menos, discutir em profundidade o conceito de temperatura. Esse conceito
poderá ser trabalhado junto com os conteúdos relativos a números. As medidas de temperatura
revelam um contexto para a apresentação dos números inteiros negativos no EFII.
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PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 3. GRANDEZAS E MEDIDAS
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PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 3. GRANDEZAS E MEDIDAS
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PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 3. GRANDEZAS E MEDIDAS
3.2. ESTUDO DAS DIFERENTES GRANDEZAS E FORMAS DE MEDIDAS
3.2.1. RECONHECER E RELACIONAR MEDIDAS SIGNIFICATIVAS DE DIFERENTES GRANDEZAS
1º ANO 2º ANO 3º ANO
1 - Relacionar medidas de tempo 1 - Relacionar medidas de tempo 1 - Relacionar medidas de tempo
a) estabelecendo relações de ordem temporal; a) lendo um calendário mensal e anual; a) lendo e representando horas e minutos em
b) associando atividades do cotidiano ao período b) identificando períodos (ano/mês, mês/dia; relógios digital e analógico;
do dia; semana/dia); b) reconhecendo sequências de diferentes
c) reconhecendo o caráter cíclico de certas c) estabelecendo relações entre unidades de representações de horas (24h, 0h etc.);
atividades e fenômenos; medida de tempo: ano/mês, mês/dia, semana/dia; c) estabelecendo relações entre unidades de
d) utilizando diferentes termos de relações d) lendo e registrando horas exatas ou com fração medida de tempo: ano/mês, mês/dia, semana/dia;
temporais: antes, entre, depois, ontem, hoje, de 30 minutos em relógios digital e analógico; dias/horas, horas/minutos;
amanhã, agora, já, pouco tempo, muito tempo, ao e) usando o relógio analógico para marcar tempo d) estabelecendo relação entre o horário de início
mesmo tempo, depressa e devagar; e medição de tempo gasto nas atividades e término de um evento ou acontecimento.
e) identificando calendário e relógio como forma cotidianas; 2 – Relacionar unidades de medida de
de registro de tempo; e) comparando horários apresentados em relógio comprimento (m e cm)
f) lendo horas exatas em relógio digital; digital e analógico. a) identificando o metro e o centímetro (m e cm)
g) reconhecendo a sequência dos dias da semana 2 – Relacionar medidas de comprimento em como unidades padronizadas de medidas de
e meses do ano, nomeando-os corretamente; situações práticas do cotidiano comprimento;
h) utilizando calendário para fazer relação entre a) reconhecendo o uso das medidas de b) estabelecendo relação entre metro e centímetro
datas e períodos de tempo. comprimento em situações práticas do cotidiano; (1 m = 100 cm);
2 – Comparar medidas de comprimento não b) identificando o metro como unidade c) identificando instrumentos de medida de
padronizadas padronizada de comprimento; comprimento: régua, trena e fita métrica;
a) utilizando conceitos de comprimento: mesmo c) medindo comprimento e distância de diferentes d) resolvendo problemas com diferentes unidades
tamanho, curto/comprido, alto/baixo/mediano; formas (palmo, pé, passo, barbante, palito ou de medidas de comprimento.
b) medindo comprimento de objetos com unidades outros objetos do cotidiano); 3 – Relacionar unidades de medida de massa
de medidas não padronizadas; d) comparando resultados de diferentes medições (g e kg)
c) relacionando e ordenando resultados de realizadas. a) identificando o quilograma e o grama (g e kg)
medições de comprimento: mais alto, mais baixo, 3 – Relacionar medidas de massa em como unidades padronizadas de medidas de
mais curto, mais comprido e mesmo tamanho. situações práticas do cotidiano massa;
3 – Comparar medidas de massa não a) reconhecendo o uso das medidas de massa em b) estabelecendo relação entre quilograma e
padronizadas situações práticas do cotidiano; grama (1 kg = 1000 g);
a) utilizando conceitos de massa (leve e pesado); b) identificando o quilograma como unidade c) resolvendo problemas com unidades de
b) medindo massa de objetos com unidades padronizada de medida de massa; medidas de massa.
medidas não padronizadas; c) identificando diferentes tipos de balança como
c) relacionando e ordenando resultados de instrumentos para medição de massa. 4 – Relacionar unidades de medida de
medições de massa: pesado e leve. 4 – Relacionar medidas de capacidade em capacidade (l e ml)
83
PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 3. GRANDEZAS E MEDIDAS
4 – Comparar medidas de capacidade não situações práticas do cotidiano a) identificando o litro e mililitro (l e ml) como
padronizadas a) reconhecendo o uso das medidas de unidades padronizadas de capacidade;
a) utilizando conceitos de capacidade: cheio e capacidade em situações práticas do cotidiano; b) estabelecendo relação entre litro e mililitro (1 l =
vazio; b) identificando o litro como unidade padronizada 1000 ml);
b) medindo capacidade de objetos com unidades de medida de capacidade. c) resolvendo problemas com unidades de
de medidas não padronizadas; medidas de capacidade;
d) relacionando e ordenando resultados de d) utilizando unidades de medida convencionais
medições de capacidade: cheio e vazio. ou não para estimar a medida de grandezas.
84
PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 3. GRANDEZAS E MEDIDAS
f) identificando perímetro como a soma das unidades de medidas padronizadas; diferentes regiões planas;
medidas dos lados de uma figura; f) resolvendo situações-problema que envolvem b) calculando perímetro de regiões planas com
g) calculando o perímetro de figuras planas, cálculo de perímetro de figuras planas. unidades de medidas diferentes;
representadas em malha quadriculada. 3 – Relacionar unidades de medida de massa c) resolvendo problema que envolva cálculo de
3 – Relacionar unidades de medida de massa (kg, g, mg e t) perímetro de regiões planas.
(kg, g e t) a) identificando o quilograma, o grama, o 3 – Relacionar medidas de superfície e
a) identificando a tonelada como unidade miligrama e a tonelada como unidade padronizada resolver problemas envolvendo área de figuras
padronizada de medida de massa; de medida de massa; planas
b) diferenciando o significado dos termos: c) lendo e escrevendo medidas de massa com os a) identificando o metro quadrado com seus
conteúdo, peso drenado, peso líquido, peso bruto símbolos específicos e com uso de vírgula (forma múltiplos e submúltiplos como unidades de
e tara; decimal); medidas de superfície;
c) lendo e escrevendo medidas de massa com os d) estabelecendo equivalência entre as unidades b) realizando conversões entre o metro quadrado
símbolos específicos sem uso de vírgula; de medidas (kg/g, g/mg, t/kg); e seus múltiplos e submúltiplos;
d) estabelecendo equivalência entre as unidades e) resolvendo problemas com unidades de medida c) calculando área de figuras planas por
de medidas (kg/g, t/kg); de massa, realizando transformação. decomposição e com a utilização das fórmulas
e) resolvendo problemas com unidades de medida 4 – Relacionar unidades de medida de apropriadas;
de massa realizando transformação; capacidade (l e ml) d) calculando área de triângulo e paralelogramo
f) utilizando balanças e outros instrumentos de a) lendo e escrevendo medidas de capacidade por composição em retângulos;
medição de massa. com os símbolos específicos com uso de vírgula e) calculando áreas de quadrado, retângulo,
4 – Relacionar unidades de medida de (forma decimal); triângulo, paralelogramo, trapézio e losango com a
capacidade (l e ml) b) estabelecendo equivalência entre l/ml e ml/l; utilização das fórmulas;
a) lendo e escrevendo medidas de capacidade c) resolvendo situações-problemas com unidades f) calculando área de polígonos irregulares por
com os símbolos específicos sem uso de vírgula; de medidas de capacidade. decomposição em quadrados e retângulos;
b) estabelecendo equivalência entre l e ml; 5 – Reconhecer medidas de superfície e g) resolvendo problemas que envolvem cálculo de
c) resolvendo situações-problemas com unidades calcular área de figuras planas área de figuras planas.
de medidas de capacidade. a) identificando o quilômetro quadrado, o metro 4 – Relacionar medidas de volume
quadrado, o decímetro quadrado e o centímetro a) identificando o metro cúbico com seus múltiplos
. quadrado como unidades padronizadas de medida e submúltiplos como unidades de medidas de
de superfície; volume;
b) identificando superfície como objeto a ser b) realizando conversões entre o metro cúbico e
medido e área como grandeza e medida de seus múltiplos e submúltiplos;
superfície; c) relacionando as principais unidades de medida
d) estabelecendo equivalências (are, hectare e de volume (cm3, dm3 e m3) e de capacidade (l);
alqueire); d) calculando o volume de cubo e paralelepípedo;
e) calculando áreas de figuras planas, e) resolvendo problemas que envolvem o volume
representadas em malhas quadriculadas ou não; de cubo e paralelepípedo.
85
PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 3. GRANDEZAS E MEDIDAS
f) resolvendo problemas com cálculo de área de
quadrados e retângulos;
g) apontando a conservação ou modificação de
medidas dos lados, do perímetro, da área em
ampliação e /ou redução de figuras poligonais
usando malhas quadriculadas.
6 – Conceituar a grandeza volume
a) identificando o metro cúbico e o decímetro
cúbico como unidades padronizadas de medida
de volume;
b) utilizando símbolos das unidades de medidas
de volume;
c) estabelecendo equivalências entre 1m3 e 1000
ml, 1 dm3 e 1 l;
d) calculando volume de cubos e paralelepípedos
por meio de empilhamento de cubos;
e) resolvendo problemas que envolvem cálculo de
volume.
7 – Reconhecer temperatura como grandeza
a) identificando diferentes tipos de termômetros
como instrumento de medidas para temperatura;
b) identificando graus Celsius como unidade de
medida de temperatura;
c) lendo temperatura em graus Celsius em
diferentes instrumentos de medidas (termômetros
digitais e de mercúrio);
d) resolvendo problemas com medida de
temperatura.
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APRESENTAÇÃO DO EIXO 4: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
APRESENTAÇÃO DO EIXO
88
APRESENTAÇÃO DO EIXO 4: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Gráfico de barras
Esse tipo de gráfico permite apresentar, por exemplo, o número de votos para um produto
ou um candidato; o número de vezes que um fenômeno ou fato ocorre, etc.
Geralmente é utilizado quando os dados da pesquisa são discretos (dados enumeráveis,
que podemos contar um a um; por exemplo, o número de meninas e meninos da sala, o número
de livros lidos durante o ano, etc.). As barras que formam esse gráfico podem ser dispostas
horizontal ou verticalmente, permitindo uma fácil comparação entre os dados. As variáveis
pesquisadas podem ser numéricas ou quantitativas (número de sapatos, número de irmãos) e
não-numéricas ou qualitativas (sorvete preferido, esporte predileto). Alguns exemplos de temas
que permitem a construção de gráficos de barras: programas de televisão predileto, fruta
preferida, profissão dos pais, números de pessoas que moram em casa.
- Gráfico de linha
Esse tipo de gráfico é utilizado quando as variáveis da pesquisa são contínuas (estatura e
temperatura, por exemplo). Ele representa a variação de uma quantidade ao longo de um período
de tempo, identificando aumento ou diminuição de valores numéricos da informação pesquisada.
Exemplos de temas que permitem a construção de gráficos de linha: crescimento de uma
planta num período de tempo; notas de um aluno durante um semestre; variação da temperatura
média do ambiente durante uma semana.
- Gráfico de setores
Esse tipo de gráfico é outra forma de representação do gráfico de barras. Optamos por ele
quando queremos evidenciar tendências percentuais e não apenas os totais absolutos
pesquisados. Os gráficos de setores têm a característica de comunicar visualmente e de forma
muito concisa as preferências ou escolhas de uma população, explicitando o percentual de votos.
Esse tipo de gráfico é representado por um círculo que corresponde a 100% dos dados da
pesquisa, devendo cada categoria pesquisada corresponder percentualmente a uma parte do
círculo.
Para compreensão e interpretação cada vez mais crítica e significativa de fatos ou
informações, procuramos desenvolver as habilidades de ler e escrever sobre gráficos.
Seguindo esse objetivo, as questões propostas para o aluno se baseiam em três níveis de
compreensão:
1º) Leitura de dados – nesse nível o aluno faz uma leitura direta dos dados, dos fatos
explicitados no título ou nos eixos do gráfico.
89
APRESENTAÇÃO DO EIXO 4: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
2º) Leitura entre os dados – as questões, nesse nível, possibilitam ao aluno relacionar e
integrar os dados do gráfico, identificando possíveis relações matemáticas. As inferências são
feitas baseadas nos dados explicitamente apresentados pelo gráfico.
3º) Leitura além dos dados – nesse nível as questões permitem desenvolver no aluno as
habilidades de fazer estimativa, previsão e inferência. A partir de questionamentos, os alunos são
influenciados a fazer outras investigações e identificar possíveis erros em conclusões obtidas por
amostras não representativas de uma população.
A proposta é fazer análises de resultados de experimentos estatísticos simples, além de
ampliar os aspectos já estudados. Por tratar de conteúdos matemáticos que de fato aproximam o
aluno do seu cotidiano, instrumentalizando-o para a compreensão da realidade econômica e
social em que vive, os conteúdos relativos a esse bloco merecem uma atenção especial.
Encerrando a abordagem do Bloco Tratamento da Informação sugerimos um trabalho de
sistematização dos conceitos estudados, e visando promover uma maior conscientização dos
alunos, e tomada de decisão para que tomem posição quanto a condutas socialmente esperadas
de cidadãos de uma comunidade.
- Conceitos da Pesquisa Estatística: Amostra, População e Aleatoriedade
Um conceito importante a ser discutido nessa etapa do conhecimento é o da aleatoriedade,
sem a necessidade de formalização no trabalho com probabilidade é o da aleatoriedade.
Exemplos sobre lançamentos de moedas e cálculos sobre a probabilidade de ocorrência de cada
um dos eventos (cara ou coroa). Problematizações sobre esses exemplos permitem concluir que
o resultado da probabilidade, obtido teoricamente, não determina, de modo geral, a previsão de
resultados em lançamentos futuros. A discussão sobre a aleatoriedade desse tipo de experimento
mostra que o resultado teórico se aproxima do resultado obtido experimentalmente quando a
frequência de lançamentos aumenta muito. Ao trabalhar com atividades que exploram amostras
selecionadas de alguma população, condição elementar em um levantamento estatístico,
relacionamos o cálculo proporcional à porcentagem e à média aritmética.
- Medidas de Tendência Central
Desde do EFI os alunos vêm participando de atividades envolvendo levantamentos
estatísticos com todas as etapas descritivas: coleta de dados, organização dos dados e
apresentação de dados em gráficos e tabelas. Trata-se, nos anos finais do EFII, de iniciar um
processo de análise dos dados obtidos, considerando as medidas de tendência central, média,
mediana e moda.
- Estabelecendo Relações entre Razão, Proporção, Porcentagem, Probabilidade e
Estatística
90
APRESENTAÇÃO DO EIXO 4: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Apresentamos o cálculo percentual nas expectativas do Bloco Tratamento da Informação
com o objetivo de relacioná-lo diretamente ao cálculo das frequências porcentuais de
distribuições, representadas em tabelas, e também à noção de probabilidade que começa a ser
explorada nessa etapa do conhecimento. Todavia, a decisão por esse encaminhamento didático
não deve evitar que as porcentagens sejam também discutidas em outros contextos como, por
exemplo, nos casos mais comuns de compra e venda, descontos ou aumentos, etc. Ressaltamos
que a possibilidade de trabalhar com o cálculo percentual simultaneamente ao estudo da
proporcionalidade e das probabilidades é significativa para o estabelecimento de relações entre
conceitos e, portanto, enriquecedora no trabalho em sala de aula.
Podemos apresentar o cálculo da frequência percentual por meio de uma atividade de
pesquisa sobre alguma preferência dos alunos assunto de interesse dos alunos, como a música,
por exemplo. Os dados coletados podem ser organizados numa tabela, registradas as
frequências absolutas e as frequências percentuais.
Na perspectiva de associar o cálculo percentual ao conceito de probabilidade, o passo
inicial é representar a chance de ocorrência de algum evento por meio de uma razão entre a
frequência daquilo que se deseja que ocorra e a frequência daquilo que pode ocorrer. Em
seguida, escrever essa razão na forma de uma porcentagem utilizando nessa escrita a
equivalência entre duas frações.
É conveniente retomar e ampliar os conceitos de razão, proporção e porcentagem, uma
vez que serão feitas relações entre esses conceitos e outros a serem apresentados durante o
trabalho. Para evitar a utilização de contextos já analisados nos anos anteriores, propomos que
as atividades para exploração do conceito de razão envolvam duas grandezas de naturezas
diferentes e que revelem índices relativos a temas de interesse social, como, por exemplo, renda
per capita, consumo de água por residência.
Agindo dessa forma, além da retomada dos conceitos já mencionados, é possível
promover discussões sobre valores médios (valores de tendência central). Considerando a
importância da análise de índices estatísticos para a interpretação de questões sociais, os alunos
podem identificar índices e fazer estimativas a partir de dados de tabelas, de revistas, jornais ou
internet.
Quanto à exploração de atividades que envolvem o cálculo percentual, com a utilização de
contextos relacionados às transações financeiras. Essa abordagem, no interior do bloco
Tratamento da Informação permite o estabelecimento de relações entre alguns índices
estatísticos e algumas razões que os alunos poderão estabelecer como, por exemplo, custo por
metro quadrado, aumento percentual mensal, crescimento anual da dívida, inflação mensal, etc.
91
APRESENTAÇÃO DO EIXO 4: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Nesse trabalho, alguns termos utilizados frequentemente na mídia, como, por exemplo, juros,
lucro, inflação, descontos, taxa de financiamento, entre outros.
O estudo de probabilidades deve ser complementado com a análise de algumas situações
em que a construção de árvores de possibilidades seja uma estratégia para a resolução de
problemas envolvendo raciocínio combinatório. Essa estratégia apresenta, de forma organizada,
o número de casos possíveis em determinado experimento aleatório. Há muitos casos possíveis
para essa análise, como, por exemplo, o lançamento de duas 2 ou 3 moedas, a formação de
anagramas de palavras, a formação de filas com diferentes pessoas, etc.
Para os anos finais, outro conteúdo que poderá ser retomado e ampliado refere-se à
proporcionalidade direta ou inversa entre duas ou mais de duas grandezas. Abordar mais uma
vez a proporcionalidade direta, faz sentido especialmente quando podemos imaginar a variedade
de relações que os alunos poderão estabelecer entre este conteúdo e alguns outros, como, por
exemplo, semelhança de triângulos, teorema de Tales e funções.
92
PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 4. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
4.1. INTERPRETAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DE DADOS
4.1.1. REPRESENTAR DADOS INTERPRETANDO AS INFORMAÇÕES DE DIFERENTES FORMAS
1º ANO 2º ANO 3º ANO
1 – Coletar dados a partir de questões simples 1 – Coletar dados a partir de questões simples 1 – Coletar dados com duas variáveis
em situações cotidianas e relevantes a) organizando os dados coletados em categorias;
a) utilizando procedimentos de pesquisa com a) utilizando tabelas previamente construídas ou b) registrando os dados coletados em tabelas e
perguntas e respostas; materiais concretos para coletar dados e ordená- em gráficos de coluna e de barras simples;
b) colhendo as respostas de questões simples los; c) interpretando os dados registrados em tabelas
relacionadas à situações do cotidiano (conjunto de b) identificando uma questão de interesse com e gráficos;
nomes, datas de aniversário, etc.); base em uma variável (mês de aniversário, dias d) comunicando os dados obtidos na pesquisa.
c) utilizando tabelas previamente prontas para da semana etc.); 2 – Analisar informações apresentadas em
registro. c) colhendo e classificando dados relevantes para tabelas de dupla entrada e em gráficos de
2 – Analisar informações apresentadas em uma questão; colunas e de barras simples
tabelas simples e gráficos de colunas d) representando dados utilizando a) lendo informações apresentadas em tabelas de
a) lendo informações apresentadas em tabelas correspondência um a um; dupla entrada e em gráficos de coluna e de barras
simples e em gráficos de coluna; e) preenchendo dados em tabelas simples e em simples;
b) interpretando informações apresentadas em gráfico pictórico; b) interpretando informações apresentadas em
tabelas simples e em gráficos de coluna. f) preenchendo gráfico de coluna em malha tabelas de dupla entrada e em gráficos de coluna
quadriculada. e de barras simples;
2 – Analisar informações apresentadas em c) resolvendo problemas com as informações
tabelas de dupla entrada e em gráficos de apresentadas nas tabelas e nos gráficos de
colunas colunas e de barras simples.
a) lendo informações apresentadas em tabelas de
dupla entrada e em gráficos de colunas;
b) interpretando informações apresentadas em
tabelas de dupla entrada e em gráficos de
colunas.
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PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 4. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
94
PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 4. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
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PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 4. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
4.2. PROBABILIDADES E MEDIDAS ESTATÍSTICAS
4.2.1. RECONHECER E APLICAR OS CONCEITOS DE PROBABILIDADE E MEDIDAS ESTATÍSTICAS
1º ANO 2º ANO 3º ANO
1 – Identificar resultados a partir de eventos 1 – Identificar atividades práticas e eventos 1 – Identificar atividades práticas e eventos
familiares que envolvem a existência ou não cotidianos que envolvem decisões cotidianos que envolvem decisões
de acontecimentos a) classificando eventos cotidianos de acordo com a) classificando eventos cotidianos de acordo com
a) descrevendo eventos familiares com uso da a sua ocorrência; a sua ocorrência;
linguagem cotidiana (acontecerá, não acontecerá b) descrevendo resultados como prováveis ou b) descrevendo resultados como prováveis ou
ou pode acontecer); improváveis; improváveis;
b) reconhecendo que alguns eventos são certos c) reconhecendo os eventos como certos ou c) reconhecendo os eventos como certos ou
ou impossíveis. impossíveis. impossíveis;
d) determinando o número de possibilidades de
um evento por contagem.
96
PROGRESSÃO DAS EXPECTATIVAS EM HABILIDADES
EIXO 4. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
97
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E ANEXOS
Foram selecionadas algumas indicações bibliográficas que podem contribuir com novas
ideias e questões sobre os temas apresentados nessa proposta curricular. Certamente, há muitas
outras referências significativas que vão ao encontro da visão de educação e de ensino de
Matemática da Rede Municipal de Sobral.
LISTA DE COLABORADORES
101