Eu e Minha Casa Serviremos Ao Senhor (Text)

Fazer download em rtf, pdf ou txt
Fazer download em rtf, pdf ou txt
Você está na página 1de 7

Eu e minha casa serviremos ao Senhor

Cedo da manhã ouve­se o murmúrio vindo do quarto:

­ Não quero ir à igreja. Lá ninguém gosta de mim!

­ Não é verdade. Tenta consolar a voz feminina cheia de jeito e de razão.

­ É verdade sim, o professor da Escola Dominical não gosta de mim, as crianças 
não gostam de mim, os jovens nem sabem que eu existo e parece que os adultos 
também me ignoram.

­ Ânimo! Já está na hora, sua roupa está pronta, vista­se e vamos!
­ Não, me dê dois motivos para eu ir para a igreja…
­ Primeiro, você já tem 40 anos. Segundo, você é o pregador!

Mesmo   aparentemente   maduros,   queremos   satisfazer   os   nossos   próprios 


desejos. Queremos ficar um pouco mais na cama. Isto é justificável, afinal, somos 
humanos, temos sangue quente correndo em nossas veias. Quando o homem está 
perdido, toda uma família se perde, é natural isto acontecer. Eu vi isto acontecer na 
minha casa até que Jesus entrou, aí entrou um homem de verdade lá em casa e 
mudou meu pai. Quando Ele mudou meu pai, mudou a vida da família, mudou a 
minha vida e mudou a vida de muitas outras pessoas porque um dia Ele mudou um 
homem, meu pai.

Eu e minha família vamos ao shopping, eu e minha família vamos ao parque, 
eu e minha família vamos à praia, minha esposa e filhos vão à casa da minha sogra, 
minha esposa vai à igreja, minha esposa ora sozinha. O homem tem que parar de 
ser um promotor de eventos na família. O homem tem que conduzir sua família à 
oração, criar seus filhos e ser um exemplo a seguir.

A Família em Oração

Tenho   visto   minha   esposa   orar,   muitas   vezes   quando   já   tarde   vou   para   o 
quarto e até gostaria de conversar com ela, ela está orando. Eu sei que ela ora por 
mim. Que motivos você dá para sua esposa orar por você? Tem esposa que entra 
em  oração   quando   o   marido   recebe   o   salário,  quando   vê   a   fatura   do   cartão   de 
crédito chegar, quando o marido sai por um instante de casa. Sua esposa admira 
você e seu ministério pessoal? Você tem um ministério pessoal, uma decisão boa já 
tomada? Conduzir a família à oração é um papel de cada homem que se entregou a 
Deus. Qual é a oração que sua esposa faz por você?

O homem também deve orar com a esposa. Um ministério pessoal é a esposa: 
"Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo 
consideração   para   com   a   vossa   mulher   como   parte   mais   frágil,   tratai­a   com 
dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que 
não se interrompam as vossas orações" (1 Pe 3:7). Eu, como evangelista, tenho 
vários fracassos no evangelismo. O tempo que tenho mais sucesso é quando oro 
com  minha   esposa,  eu  não   sei  o   que   é, um  mistério,   mas  funciona,  Deus   sabe 
porque funciona.

Gostei muito de uma ilustração dada pelo irmão Shebas que comparou nossa 
vida   familiar   como   sendo   uma   viagem   de   automóvel.   Pisamos   no   acelerador   e 
vamos a toda velocidade que o 'veículo família' nos permite ir. Mal damos atenção à 
nossa esposa sentada à nossa destra e só falta para alguns grudar um adesivo 
dizendo:   "Não   converse   com   o   motorista".   Olhamos   pelo   retrovisor   os   filhos 
sentados no banco de trás do 'veículo família' seguindo a nossa velocidade, e os 
levamos   para   onde   nós,   que   estamos   no   controle,   queremos.   Nem   sempre 
perguntamos a vontade deles. Afinal temos boas justificativas. É para o bem estar 
de  todos   e  estamos  fazendo  de   tudo   para   conduzir   e  chegar   no   destino   o  mais 
rápido   possível.   Se   o   seu   veículo   família   caísse   de   um   penhasco,   você   estaria 
salvo?

Um ônibus desgovernado caiu ribanceira abaixo. No ônibus, além do motorista, 
estava um pregador e outras pessoas. Na outra vida o motorista foi para o céu e o 
pregador foi condenado. O pregador não conformado com isso foi tirar satisfação. 
Questionou o setor responsável:

­ Por que eu, um pregador, fui condenado e aquele motorista que dormiu no volante 
matando várias pessoas foi salvo?

­ Bem, começou o anjo na resposta ­ É que quando você pregava, fazia todo mundo 
dormir. Quando aquele homem dirigia, fazia todo mundo orar.

Quando você está conduzindo sua família, qual é a oração que você recebe 
deles? Quando você dirige a sua família, sua esposa, à sua direita, fica pisando no 
freio?   Os   filhos   ficam   chateados   e   apreensivos   no   banco   de   trás?   Que   tipo   de 
motoristas somos da nossa família? A oração é de medo ou de agradecimento? 
Que motivos você dá para a sua esposa orar?

Esquecemos constantemente o valor de uma mulher idônea. Queremos mais 
submissão do que idoneidade. Claro que a Bíblia fala sobre a submissão, mas se 
você quer ter uma esposa submissa, você tem que ser o tipo de marido que anima a 
esposa e filhos serem submissos. A submissão da esposa depende mais da atitude 
do marido. Você ora por sua esposa? Qual foi a última vez que você orou por sua 
esposa. Um dia minha esposa me fez esta pergunta: "Você ora por mim?". A partir 
de   então,   eu   faço   questão   de   orar   por   ela,   não   só   por   ela   mas   por   meu   filho 
também. Acredito que quando ela me perguntou isso ela estava dizendo: "Eu oro 
por você. E você, ora por mim?". Falta ainda orarmos mais juntos.

Para ter uma esposa submissa o marido precisa ter uma vida comum no lar. Eu 
e   minha   casa   serviremos   ao   Senhor.   Lavar   louça,   arrumar   a   casa,   cuidar   das 
crianças, trocar fraldas, se esforçar por ela, isto é servir ao Senhor. Tratar a esposa 
com consideração. O homem deve tratar a mulher como mulher e não como trata 
um homem semelhante. Ela é a parte mais frágil, mais bela. A esposa é o que o 
marido faz dela.

A   mesma   passagem   que   prega   a   submissão   da   mulher,   prega   o   papel   do 


homem: "As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; 
porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, 
sendo este mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, 
assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido. Maridos, amai 
vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, 
para   que   a   santificasse,   tendo­a   purificado   por   meio   da   lavagem   de   água   pela 
palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem 
coisa semelhante, porém santa e sem defeito" (Ef 5:22­27). 

Notemos bem que a passagem diz claramente: "Maridos, amai vossa mulher". 
Amor é incondicional, não está ligada à beleza, riqueza ou simpatia. Você quer uma 
esposa pura, gloriosa, sem mácula, ruga ou coisa semelhante, uma esposa santa e 
sem defeito? Depende de você, marido! Você é o líder, você é o cabeça, você que 
está   à   frente   da   sua   esposa.   A   submissão   da   esposa   não   é   a   autoridade   ou 
autoritarismo do marido, mas ao amor do marido. Porque Jesus ama tanto a igreja, 
este é o exemplo a ser seguido e o único aceitável, e se entregou por ela, é que a 
igreja é submissa à Ele. Como o marido se entrega por sua esposa? Lavando louça, 
trocando fraldas e vivendo toda a vida comum do lar, trabalhando no lugar dela. Dê 
a atenção que sua esposa precisa, vá na velocidade que ela precisa e também seus 
filhos. Mas o mais importante nesta relação é marido e mulher, nunca coloque os 
filhos na frente da esposa. Sem uma esposa e um marido não existem filhos.

Precisamos salvar nossa esposa, elas estão dependendo da nossa atitude de 
maridos mais do que da atitude de mulheres. Isto está baseado na decisão, de uma 
vez por todas para dizer: "Eu e minha casa serviremos ao Senhor". A igreja é santa, 
pura e sem defeito, porque Jesus se entregou por ela. Jesus não tem amante, Ele 
cuida de uma só igreja e a ela Ele se dedica. Cristo merece, por isto, toda glória. 
Temos receio em receber glória, mas por que? Jesus merece a glória por seu amor 
pela igreja, o marido deve ser merecedor de glória por seu amor à sua esposa e 
filhos.

Conta­se que um rei prendeu toda a família de um duque e o interrogou para saber 
o que ele daria se o livrasse da prisão. Ele respondeu:
­ Eu estou pronto a dar metade do meu ducado.
Então o rei lhe questionou se libertasse seus filhos. Ele respondeu:
­ Eu dou outra metade do meu ducado.
Sabendo o rei que já não restava mais nada, perguntou:
­ E o que você vai me dar para eu libertar sua esposa?
­ Eu dou a mim mesmo, a minha própria vida.
Por esta resposta, o rei impressionado libertou o duque e sua família e liberou todo 
o seu ducado.

Só   vamos   conseguir   salvar   nossos   filhos   quando   salvarmos   nossos 


casamentos.

Não irritar aos filhos

Um homem desabafou comigo que quando seus filhos eram adolescentes e 
jovens,   ele   os   obrigava   irem   com   ele   para   a   igreja   de   uma   maneira   agressiva. 
Quando amadureceram mais e tomavam suas próprias decisões, decidiram não ir 
mais à igreja.

Hoje aquele homem já morreu e apenas uma filha, de 8 filhos que teve, ainda 
freqüenta a igreja. Nem a morte dele os convenceu, pois se a morte de Jesus não é 
suficiente, nada mais o será. Observamos na biografia de muitos ateus que os seus 
pais eram religiosos com fervor. Não devemos irritar nossos filhos antes devemos 
animá­los   a   serem   obedientes.   Devem   aprender   desde   cedo   que   vale   a   pena 
obedecer com prazer. Os pais são uma pequena 'imagem' de Deus. Se não formos 
felizes na tarefa de ajudar nossos filhos a nos obedecer como pais a quem vêem, 
como vamos ajudá­los a obedecerem a Deus a quem não vêem?

Eu   acredito   também   que   enquanto   os   filhos   estão   debaixo   do   nosso   amor 


precisamos   realmente   leva­los   ao   encontro   com   Jesus   através   da   freqüência   à 
igreja. Mas podemos irritar nossos filhos a tal ponto que não tenha ânimo de ir ao 
encontro de Jesus. Certa vez vi uma charge de um mendigo semi deitado na frente 
da   igreja   e   uma   mulher   que   vinha   até   ele   ralhando   com   ele   porque   estava   ali 
naquela   situação,   mal   cheiroso,   mal   vestido   na   frente   da   casa   de   Deus.   Um 
pensamento do mendigo dizia:
­ Se Deus está lá dentro, esta então, deve ser o diabo.

Às vezes este é o jeito que os filhos olham para os pais, agimos com nossos 
filhos assim porque irritamos tanto eles que eles não têm mais condições de entrar 
no reino de Deus. É melhor ter uma estratégia diferente. Randal contou sobre uma 
conversa ímpar que teve com seu pai quando ele estava errado e esperava uma 
correção. Seu pai entrou no seu quarto, sentou na sua cama e pediu perdão. Isto 
serviu mais do que vários bons sermões que ele já recebeu. A nossa estratégia com 
o tratamento com nossos filhos pode abrir a porta do reino para eles. Qual é a sua 
estratégia para salvar seus filhos? Deus não quer que sejamos pais religiosos e com 
filhos perdidos.

Lembremos   o   exemplo   de   Jó.   Sejamos   um   sacerdote   das   nossas   famílias: 


"Decorrido   o   turno   de   dias   de   seus   banquetes,   chamava   Jó   a   seus   filhos   e   os 
santificava; levantava­se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número 
de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra 
Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente" (Jó 1:5). Jó não esperava 
que os seus filhos tomassem uma atitude, a santificação dos filhos depende dos 
pais.   Minha  esposa   relatou  sobre  o   que  uma   irmã   disse   na  sua   palestras  sobre 
oração.   Ela   disse:   "Pais   de   joelhos,   filhos   em   pé".   Nós,   homens,   santificamos 
nossas esposas e filhos. Às vezes nós vamos dormir de madrugada, e não porque 
estivéssemos orando. Homens, sacerdotes da família, é nosso papel a santificação 
dos nossas famílias. Esta atitude, como Jó, deve ser continuamente.

Ainda   que   os   pais   falassem   a   língua   dos   anjos,   se   não   tiverem   coragem, 
firmeza e amor, nada ensinariam a seus filhos.
Ainda que os pais trabalhassem noite e dia, ensinassem todos os saberes e 
virtudes, mostrassem todos os caminhos, partilhassem toda sua história de vida e 
toda sua fé, se não tiverem a paciência, a sabedoria e o amor, nada deixariam a 
seus filhos.
Porque só o amor ensina, convence, amadurece, une, perdoa, cura, respeita, 
cria uma família.
O   amor   é   paciente   e   benigno   e   troca   fraldas,   faz   e   dá   mamadeiras   de 
madrugada, cuida de sarampo e catapora, leva à escola, busca na escola, espia a 
lição de casa, toma tabuada, procura insetos, vai ao parque, lava cachorro, conserta 
brinquedo, sustenta pé quebrado, enxuga lágrimas, arranca dente de leite, vai ao 
judô,   ao   balé   e   a   mil   festinhas   de   aniversário,   veste­se   de   Papai   Noel,   recebe 
diploma de todos os níveis, entende o primeiro amor, espera de madrugada, sofre 
no vestibular, cansa­se na faculdade, vibra no casamento, chora no nascimento do 
primeiro neto e de todos os outros...
Só o amor persevera e perdura. Só o amor constrói e sustenta uma família.

Pais devem ser guias espirituais que guiam sua família à oração, e não devem 
irritar aos seus filhos.

Josué e sua casa

Josué era um homem de fé. Muitos homens são como gafanhotos. A maioria 
dos homens ficam escondidos, retraídos: "Porém os homens que com ele tinham 
subido disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do 
que   nós.   E,   diante   dos   filhos   de   Israel,   infamaram   a   terra   que   haviam   espiado, 
dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra que devora os seus 
moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura. Também 
vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, 
aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus 
olhos"   (Nm   13:31­33).   Os   homens   gafanhotos   são   homens  pequenos,   têm  baixa 
auto­estima.   Pior,   influenciam   outros.   Isto   não   é   normal,   homens   têm   que   ter 
postura,   direção.   Todo   o   povo   foi   influenciado   pela   palavras   covardes   dos 
gafanhotos: "Levantou­se, pois, toda a congregação e gritou em voz alta; e o povo 
chorou aquela noite. Todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra 
Arão; e toda a congregação lhes disse: Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito 
ou mesmo neste deserto! E por que nos traz o SENHOR a esta terra, para cairmos 
à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos 
seria   melhor   voltarmos   para   o   Egito?   E   diziam   uns   aos   outros:   Levantemos   um 
capitão   e   voltemos   para   o   Egito"   (Nm   14:1­4).   Mas   os   verdadeiros   gigantes   se 
levantaram novamente dizendo: "Opa! Espera aí! Vamos possuir esta terra, sim! Eu 
tenho fé que podemos prevalecer" (Nm 14:30 ­ a paráfrase é minha).
E nós, somos homens de fé ou somos gafanhotos? Homens gafanhotos são 
pisado e são mortos em pouco tempo, devoram o que podem, porque vão morrer 
rápido. Devemos ser homens de fé. Poucos homens, com fé, removem montanhas, 
vencem nações.

Josué era um homem de decisão. A decisão de Josué é pública: "Agora, pois, 
temei ao SENHOR e servi­o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses 
aos quais serviram vossos pais dalém do Eufrates e no Egito e servi ao SENHOR. 
Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos 
deuses   a   quem   serviram   vossos   pais   que   estavam   dalém   do   Eufrates   ou   aos 
deuses   dos  amorreus   em   cuja   terra   habitais.   Eu   e   a   minha   casa   serviremos  ao 
SENHOR"  (Js  24:14, 15). Josué  não  via  motivo  para deixar  para  depois.  É  para 
chegar em casa e surpreender a família. "Quer que uma coisa fácil se torne difícil? 
Deixe   para   depois.   Deixe   para   amanhã".   Homens   de   decisão,   como   Josué, 
escolhem temer ao Senhor, ser íntegro, e escolhem o que é correto. A história dos 
nossos pais não precisa ser repetida, não precisa ser a nossa história.

Josué sendo um homem de fé e de decisão, influenciou toda a nação: "Serviu, 
pois, Israel ao SENHOR todos os dias de Josué e todos os dias dos anciãos que 
ainda sobreviveram por muito tempo depois de Josué e que sabiam todas as obras 
feitas pelo SENHOR a Israel" (Js 24:31). Por causa de um homem, as coisas podem 
mudar, por  causa  da  fé,  decisão,  temor  e  fidelidade  de  um  homem,  a  igreja   vai 
continuar   e   crescer.   A   sua   vizinhança   sabe   quem   é   você?   Conhecem   a   sua   fé, 
decisão, fidelidade? Josué era um líder da sua casa, ele não ficava esperando a 
atitude da sua esposa, seus filhos.

Eu e a minha casa, serviremos ao Senhor.

Você também pode gostar