AGUIAR, Jórissa. Uma Crítica Marxista Ao Movimento Giro Decolonial Na AL

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VIII Colóquio Internacional Marx e Engels

Uma crítica marxista ao movimento giro “decolonial”

na América Latina

Jórissa Danilla N. Aguiar1

GT 3 - Marxismo e ciências humanas

A colonização e o pensamento europeu foram cruciais à difusão de uma


influência intelectual e um colonialismo cultural que, junto com a propriedade privada,
marcaram nossa formação econômico-social. Em contrapartida, assistimos atualmente
ao protagonismo de movimentos sociais que retomam as lutas pela autonomia das
etnias, pela libertação nacional, pelo socialismo e pela democracia junto a uma demanda
por descolonização pela via democrática. Na esteira dessa reflexão, parte da teoria
social e da teoria política latino-americana e seus representantes vêm reivindicando um
“giro decolonial”, uma demanda que surge pela expansão da teoria pós-colonial e o
estudo do “sujeito subalterno”, tendo como base a heterogeneidade e que – num sentido
gramisciano – segundo Galastri (2014, p. 3), se estende aos conceitos abstratos de
“proletariado” e “campesinato”, insuficientes para se “compreender em toda sua
natureza e diversidade as lutas de classe na Itália” da época, conforme acontece hoje na
América Latina.
Ganham força no subcontinente na década de 1990, sendo marcante o
lançamento da obra “Colonialidad y modernidad-racionalidad”, do peruano Aníbal
Quijano, como consequência da expansão de outras duas teorias que emergem em
decorrência das relações centro periferia, a teoria sistema mundo e a teoria pós-colonial.
Neste trabalho, fundamentalmente a pós-colonialidade é recuperada em uma dimensão
crítica e política, sem ocultar a permanência do processo de divisão do trabalho que
polariza o mundo dentro de uma lógica capitalista. Temos como objetivo principal
apresentar a validade do esforço dos autores que impulsionaram o movimento “giro
1
Doutoranda em Ciências Sociais – Universidade Federal de Campina Grande/UFCG e pesquisadora do
grupo de estudos PRÁXIS – Estado e lutas sociais na América Latina – UFCG/CNPq.
decolonial” como forma de resgatar e estimular o pensamento e a teoria crítica latino-
americana, contudo, problematizamos a rejeição da teoria marxista por grande parte
desses intelectuais, que, neste sentido, desconsideram a universalidade do capitalismo e
da luta de classes, bem como o trato – mesmo condicionado historicamente – da questão
da raça e da colonialidade pelo marxismo 2.
Assim, nos apoiamos na teoria marxista, sem subordina-la às questões étnicas e
raciais que encobrem a necessidade de se acabar com essa exploração através da luta
política entre classes, retomando as ideias do peruano J. C. Mariátegui, referência
primeira para a compreensão dos processos históricos e políticos do subcontinente, que
nos apresenta em suas obras o papel a ser desenvolvido pelos povos autóctones em
busca da revolução social, levando em consideração as especificidades latino-
americanas sem cair no essencialismo cultural. Desde uma perspectiva marxista,
entendemos que a dominação cultural e o colonialismo utilizam-se do pensamento
tradicional eurocentrista para estabelecer “uma configuração cultural e intersubjetiva
equivalente à articulação de todas as formas de controle do trabalho em torno do capital,
para estabelecer o capitalismo mundial” (Amadeo, 2009). Nesta direção, intencionamos
trazer a América Latina e a pós-colonialidade para este debate justamente pelo
colonialismo representar o lado obscuro da modernidade, compreendendo o papel
fundamental do subcontinente na progressiva monetarização do mercado mundial, no
controle dos abundantes recursos aqui encontrados por parte das nações européias e,
consequentemente, no desenvolvimento do capitalismo.

Teoria pós-colonial, estudos subalternos e a América Latina

Iniciando-se principalmente pelos estudos culturais, a teoria pós-colonial3 surge


como uma abordagem de análise das tensões resultantes entre a criação da ideia de
progressivo (ocidente) e atrasado (oriente), dando voz às periferias e a autores não mais
restritos ao pensamento europeu clássico. Destaca a cumplicidade da grande maioria da

2
Sobre este ponto conferir, Marx e Engels ([1946]1973) e Marx ([1867] 2003).
3
Como um movimento político e intelectual interdisciplinar, teve como primeiros interlocutores Albert
Memmi, com “Retrato do colonizado precedido de retrato do colonizador”, de 1947, Aimé Cesárie, com o
livro “Discursos sobre o colonialismo”, de 1950, e o mais conhecido Franz Fanon, com “Os condenados
da terra”, de 19683. Porém, foi com “Orientalismo”, do palestino Edward Said, lançado em 1978, que se
propagou o questionamento do pensamento ocidental, desvendando também suas faces políticas e
ideológicas.
cultura ocidental com as atitudes e valores ideológicos da expansão capitalista bem
como as implicações desse processo no saber. Contextualizando história, cultura e
realidade socieconômica, refletindo a partir de experiências concretas, foi com a difusão
do livro “Orientalismo” ([1978] 2007) de Edward Said que se pôde falar em teoria pós-
colonial para além do mundo universitário anglo-saxão.
Oriente e ocidente seriam duas entidades geográficas que refletiriam uma à
outra, geralmente dominadas e impregnadas de doutrinas de superioridade europeia,
onde dominação, consenso e hegemonia estariam em jogo (Said, 2007). A teoria pós-
colonial se expande para além das fronteiras da Índia principalmente com os escritos e
pesquisas de Gayatri Spivak, conhecida como a primeira tradutora de Derrida e por seu
trabalho de base pós-estruturalista, partindo de uma crítica aos intelectuais ocidentais,
fundamentalmente Deleuze e Foucault, para “refletir sob a prática discursiva do
intelectual pós-colonial” (Spivak, 2010, p. 12). Sua obra “Poder o subalterno falar?”,
carrega no título uma ambivalência por partir da autocrítica do papel do intelectual
como cúmplice do processo de colonização, questionando a permissão e a capacidade
que o sujeito subalterno teria de falar, de se fazer entender, aludindo à questão da
representação.
Neste contexto se firmou na década de 70, composto em sua maioria por
pensadores do sul-asiático, o Grupo de Estudos Subalternos, tendo como dirigente
Ranajit Guha, historiador indiano de origem marxista. Na América Latina, duas décadas
mais tarde, lança-se um Manifesto Inaugural do Grupo Latino-americano de Estudos
Subalternos, inserindo o subcontinente no debate pós-colonial (Ballestrin, 2012). Os
autores deste Manifesto inaugural ressaltam que:
Ranajit Guha nos há inspirado a fundar un proyecto similar dedicado al
estudio del subalterno en América Latina (...) los procesos de
redemocratización, las nuevas dinámicas creadas por el efecto de los mass
media y el nuevo orden económico transnacional: todos estos son procesos
que invitan a buscar nuevas formas de pensar y de actuar políticamente.
(Manifesto, 1998, p. 70 apud Ballestrin, 2012).

O grupo discorria sobre as sociedades plurais, inferiorizadas pelo pensamento


europeu e exotizada em contraste com as sociedades “desenvolvidas”, porém, com uma
perspectiva crítica e divergente, um de seus principais membros, o intelectual argentino
Walter Mignolo funda em 1998 o Grupo Modernidade/Colonialidade e desagrega o
grupo anterior, alegando que os estudos subalternos não rompem de maneira suficiente
com os autores eurocêntricos (Mignolo, 2007). Compõem principalmente o grupo
Modernidade/Colonialidade, além de Mignolo: Edgardo Lander (venezuelano), Arthuro
Escobar (colombiano), Enrique Dussel (argentino), Fernando Coronil (venezuelano),
Immanuel Wallerstein (estadunidense) e Aníbal Quijano (peruano). Edgardo Lander
organiza a principal coletânea publicada pelo grupo, “Colonialidade do saber:
eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas”, lançada em 2000 em
Buenos Aires e em português pela CLACSO em 2005. Vários desses autores já haviam
desenvolvido teorias a serem problematizadas, como a análise da perspectiva de
sistema-mundo4 apresentada por Immanuel Wallerstein, onde o autor se questiona se
“são as classes as únicas unidades operativas na arena social e política”, estando mais
próximo conclusivamente das análises de Weber, apontando as classes como apenas
mais um aspecto da tríade classe, grupos de status e partidos, deixando por fora a
premissa marxista de que a história mundial é a história da luta de classes (Wallerstein,
1979, p. 8).

Giro Decolonial e a problematização dos conceitos raça e classe

De acordo com Mignolo (2007), o movimento decolonial estaria em marcha


desde o momento em que se propõe uma ruptura entre a pós-modernidade e a pós-
colonialidade como se pensava no Grupo Modernidade/Colonialidade (M/C). Luciana
Ballestrin nos indica que o pensamento decolonial trata de uma elaboração posterior ao
que Mignolo teria elaborado como Pensamento Fronteiriço (2012, p. 16):
El pensamiento fronterizo, desde la perspectiva de la subalternidad colonial,
es um pensamiento que no puede ignorar el pensamiento de la modernidad,
pero que no puede tampoco subyugarse a él, aunque tal pensamiento
moderno sea de izquierda o progresista. El pensamiento fronterizo es el
pensamiento que afirma el espacio donde el pensamiento fue negado por el
pensamiento de la modernidad, de izquerda o de derecha.
(Idem, 2003, p. 52).

No contexto da globalização, os conceitos de classe, raça e gênero ascendem


como fundamentais para a formação e renovação analítica apontada como necessária às
ciências sociais pelo grupo M/C. Contudo, muitas vezes os próprios membros do grupo
compreendem o marxismo como um pensamento homogêneo e eurocêntrico, onde
poucos de seus seguidores, “a respeito de Mariátegui e Gramsci, salvariam o marxismo

4
Para atender os objetivos desse trabalho e por delimitação de espaço, simplificamos a noção de sistema-
mundo, definida aqui como a interdependência econômica entre regiões que são politicamente e
culturalmente distintas, na fase da globalização.
periférico” (Mignolo, 2007). O último autor argentino, por exemplo, afirma que seria
necessária uma fratura com o marxismo, algo que teria sido realizado por Mariátegui
que o fez ao promover seu encontro com o legado colonial nos Andes. Trata-se de uma
afirmação que vai de encontro ao pensamento mariateguiano, visto que o intelectual e
militante peruano afirmava em várias de suas obras o não rompimento e a não
subordinação do marxismo à questão indígena, exaltando a necessidade da luta de
classes, da consciência de classe e de um partido para se chegar à revolução socialista.
O sociólogo peruano Aníbal Quijano (2005) indica que concomitante à expansão
capitalista, a ideia de raça conferiu legitimidade às relações de dominação impostas
através da conquista de nossos povos, particularmente. Assim, antes da colonização da
América Latina não se usava a definição “raça”, as diferenças de classe estavam
delimitadas economicamente e também por meio de outras subjetividades. Utilizando-se
fundamentalmente da dominação cultural e da exclusão de indígenas e outras
denominações raciais, Quijano nos aponta que o conceito de “colonialidade no poder”
exprime essa nova forma de legitimação das relações de dominação, como divisão racial
do trabalho, e a difusão de um aparato educacional uno, europeizado, que legitimariam
nossa dependência financeira e intelectual. Isto significou a validação das antigas ideias
e práticas de relações de superioridade/inferioridade numa perspectiva moderna, ainda
segundo o autor. O debate crítico acerca da colonialidade no poder nos dá pistas para
esclarecer que a raça – ou a recuperação das identidades na América Latina (índios,
negros e mestiços) e a redefinição de outras – não pode ser entendida como único
instrumento de dominação.
A colonialidade do poder se debruça sobre as relações de colonialidade nas
esferas econômica e política, destacando que essa subordinação não se findou com o
desmantelamento do colonialismo clássico, e frisando a estrutura de controle do
trabalho, estabelecida pela colonização, em um padrão de controle global de recursos e
produtos (Quijano, 2005, p. 231). Com isso, Quijano anuncia sua dupla pretensão:
denunciar a continuidade das formas coloniais de dominação via cultura e pelas
estruturas do sistema-mundo capitalista moderno/colonial; e por outro lado, a
necessidade da atualização desse debate, que prolonga processos que teriam sido
superados na modernidade.
Mariátegui e a análise da formação econômico-social latino-americana

Sobre o debate, José Carlos Mariátegui expõe que a visão dominante de mundo
se impôs entre os processos civilizatórios diversos não só através da presença cultural,
mas também através exploração dos povos nas relações de produção. Adianta, ainda,
que:
O advento da República não transforma substancialmente a economia do
país. Produz-se uma simples mudança de classes: o governo dos
latifundiários, encomenderos e profissionais crioulos sucede o governo
cortesão da nobreza espanhola. A aristocracia mestiça empolga o poder, sem
nenhuma concepção econômica, sem nenhuma visão política. Para os quatro
milhões de índios, o movimento de emancipação em relação à metrópole
passa despercebido. Seu estado de servidão persiste desde a conquista até
nossos dias (...) A nova classe governante, ávida e sedenta de riquezas,
dedica-se a ampliar seus latifúndios à custa das terras pertencentes à
comunidade indígena, até chegar a fazê-las desaparecer em alguns
departamentos. (2011, p. 142)

Sem deixar de lado a análise de classe, tampouco as particularidades do


subcontinente e das formas de organização social, política e econômica dos povos
autóctones, Mariátegui esmiúça em suas obras como verdadeiramente se deu a
subordinação indígena à colonização europeia. Clarifica a questão cultural, a relação
intrínseca do índio com a terra e a natureza, mas não subordina a diferenciação de
“raças” em relação à necessidade apontada por ele de construir uma organização
econômica coletiva, que viria a transformar-se numa “hegemonia da classe proletária”,
em termos marxistas em meio ao desenvolvimento da colonização como necessidade de
expansão do capitalismo (Ibid., p. 144).
Também não atribuiu a alguma burguesia nacional latino-americana a tarefa de
uma revolução de qualquer tipo, burguesa, nacionalista, apoiado nos preceitos marxistas
e influenciado pelo debate na época e em consonância com os quatro congressos da
Internacional Cominista IC. Foi exatamente no IV Congresso da IC que foram
aprovadas também as “Teses gerais sobre a questão do Oriente” que diziam que a frente
única proletária seria aplicável aos países imperialistas, enquanto a frente única
antiimperialista seria adequada aos demais. Carvalho e Aguiar (2013, p. 15) apontam
que “a agudização da crise política e econômica pós-guerra levava a uma intensificação
da luta contra o jugo imperialista nos países coloniais e semicoloniais”. E acrescentam:
O progresso constante das forças produtivas autóctones nas colônias
encontra-se em contradição irredutível com os interesses do
capitalismo mundial, pois a essência do imperialismo implica a
utilização da diferença de nível existente no desenvolvimento das
forças produtivas dos diversos setores da economia mundial, com o
objetivo de assegurar a totalidade da mais-valia monopolizada (Los
Cuatro Primeros Congresos De La Internacional Comunista, 1973, p.
224, tradução livre, apud Carvalho e Aguiar, 2013, p. 111).

Ainda para as autoras “os diferentes movimentos nacionalistas revolucionários


expressavam diversos níveis de transição, nas colônias e semicolônias, entre correlações
feudais, feudais-patriarcais e capitalistas” (Ibid. p. 111, 112). No capítulo nevrálgico dos
“Sete ensaios da realidade peruanas” de título “O problema da terra”, Mariátegui
apontou a estreiteza da relação que o homem índio possui com a terra e a natureza,
demonstrando que foi através dessa relação e de sua expropriação que se produziam as
relações de exploração no trabalho, essa sim, condição fundante para a desigualdade e
que determinou as particularidades da formação econômico social do Peru e da América
Latina. A articulação entre a teoria e a prática revolucionária e o vivo testemunho
histórico foram o terreno onde se desenvolveu sua convicção no marxismo.
O movimento “giro decolonial” pode ser comparado ao essencialismo latino-
americano que caracterizou o marxismo no subcontinente na década de 30,
principalmente por tratar da fragmentação política que propõe uma classificação social
baseada na questão das raças como “a” luta e não como parte da luta de classes. Desde
um translado de instituições feudais para um continente que não era feudal, a latino-
america tem sido alvo da imposição de uma modernização inconsistente, a um tipo de
evolucionismo que dissemina não mais que a igualdade legal e civil para pessoas
desiguais dentro do processo de reprodução capitalista. Se faz fundamental despertar
nos espaços de debate temos caros quando se trata de América Latina como
descolonização, autonomia e plurinacionalidade, retomando os estudos do processo de
dominação e reprodução do subdesenvolvimento, recusando o europeísmo e
dependentismo intelectual que permeiam a comunidade acadêmica hegemônica e que
são tão úteis à estabilidade burguesa.
A globalização, que agora não é mais só econômica, mas também ideológica e
cultural, é característica, necessária e específica do modo de produção capitalista num
estágio “moderno”. O desligamento da análise de classe em nada contribui para que se
interrompa o processo de colonialidade. A organização colonial do mundo conforma
esse processo, e é na explicação e superação desse colonialismo que pautamos os
debates com os autores aqui enunciados, com reflexos na cultura e na política. É preciso
explicar via luta de classes, como somente a teoria marxista propôs, a quem serviu a
colonização, a escravidão, se não aos interesses de expansão do capitalismo.

Referências

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