Apostila de Biologia - Impacto PDF
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2 12 28 38
Sistema
Noções de Evolução Vírus Cárdio-Vascular II
Ficha 2
4 16 30 40
Poríferos e Evolução Viroses Hematologia
Ficha 4 Ficha 3
6 20 32 42
Platelmintos Introdução à Estudo do Reino Sistema Reprodutor
e Nematelmintos Genética Monera Feminino
8 22 34 44
Helmintíases Genética Bacterioses Sistema Reprodutor
Ficha 5
10 24 36 46
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01 nte
Características: Invertebrados e Fic
01 a
h
VERTEBRADOS
Os reinos da natureza
n Deste os tempos de Aristóteles os seres vivos eram agrupados em dois reinos: Vegetal e Animal. Com o desenvolvimento da Biologia,
e principalmente em decorrência dos estudos microscópicos, percebeu-se que apenas dois reinos não eram suficientes para englobar
toda a diversidade da vida em nosso planeta.
n O biólogo alemão Ernst Haeckel (1837 – 1919) propôs, em 1899, a criação de dois novos reinos, Protista e Monera, para incluir os
organismos estruturalmente mais simples do que animais e vegetais. Em 1969 o biólogo R. H. Whittaker sugeriu que os fungos, tradi-
cionalmente classificados no reino Vegetal, fossem separados em um reino à parte, denominado Fungo ou Fungi.
Vírus
vírus da varíola vírus da herpes simples vírus da gripe vírus do tabaco
n Os vírus não são incluídos em nenhum dos cinco reinos. Não
apresentam células, sendo constituídos por uma ou poucas
moléculas de ácido nucléico, que pode ser DNA ou RNA, en-
voltas por moléculas de proteínas. Os vírus são parasitas in-
tracelulares obrigatórios, que atacam células de animais, de
plantas, de fungos ou de bactérias. Quando fora da célula hos-
pedeira, os vírus são completamente inertes e não se reprodu-
zem. No interior da célula apropriada, porém, um vírus pode
originar centenas de novos vírus idênticos.
vírus da parolidite Bacterófago Adenovírus Vírus do polioma
Reino Monera
Reino Protista
Cílios
Pseudópodo
Flagelo
2 n BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br
Reino Fungi
Célula
n O reino Fungi inclui seres eucariontes, unicelulares ou multi-
celulares, que se assemelham às algas na organização e na re-
produção, mas que diferem delas por serem heterótrofos.
Em alguns sistemas de classificação os fungos são incluídos en-
tre os protistas. A tendência moderna, porém, é classificá-los
em um reino separado.
As plantas têm cé- Caule próprias desse grupo: substituição da notocorda pela coluna
lulas diferenciadas, vertebral; aperfeiçoamento do sistema muscular segmentado
que formam tecidos
e agrupamento dos tecidos nervosos e dos órgãos sensitivos
corporais bem defi-
nidos. Musgos, sa-
Tecio vasculares
mais complexos na extremidade anterior do corpo. Com essas
mambaias, pinheiros
Parênquima
características, os vertebrados tornaram-se o maior e o mais
e plantas frutíferas
Tecido de revestimento
importante grupo dentre os cordados.
são os principais gru- n Constituem um grupo bastante diversificado representado
pos que compõem o
Raiz
por sete classes distintas: Cyclostomata (lampreias e feiticei-
reino Vegetal. ras), Chondrichthyes (raias e tubarões), Osteichthyes (peixes
ósseos), Amphibia (anfíbios), Reptilia (répteis), Aves (aves) e
Mammalia (mamíferos).
Reino AnimaL n Essas classes podem ser agrupadas com base em determi-
nadas características
n O reino Animal reúne os animais, seres eucariontes, multicelulares e Características
heterótrofos. Os animais apresentam células bem diferenciadas, que n Os vertebrados possuem um endoesqueleto ósseo ou de
formam tecidos e órgãos corporais bem distintos. Esse reino inclui cartilagem, o que lhes permite atingir um porte físico maior.
desde animais simples, como as esponjas, até animais complexos, n O nome vertebrado vem em decorrência da presença de
como os mamíferos, grupo ao qual pertencemos. uma coluna vertebral, que sustenta o corpo e protege a medu-
la espinhal, além de um crânio, que protege o encéfalo.
Invertebrados. n A notocorda está presente na maioria dos vertebrados so-
n Representantes: Moscas,lagostas,abelhas,borboletas, etc... mente no embrião.
Características principais n Presença dos anexos embrionários que ajudam na sobrevi-
n O grupo dos invertebrados inclui 97% de toda a espécie animal. vência do embrião, são eles:
n Uma característica comum a todos os invertebrados é a au- - saco vitelínico: é uma reserva nutritiva.
sência da espinha dorsal - âmnion: líquido que protege o embrião contra a desidrata-
• formação multicelular e ausência de parede celular. ção. Está presente somente nos embriões que se desenvolvem
• com exceção das esponjas, possuem tecidos como resultado fora da água.
de sua organização celular - alantóide: armazena excretas e auxilia na respiração.
• sua reprodução geralmente é sexuada (gametas masculinos - córion: bolsa que envolve os outros anexos.
e femininos se combinam para formar um novo organismo) - Placenta: responsável pela nutrição, respiração e produção
n De forma geral, podemos dizer que a grande maioria dos de hormônios da gravidez.
invertebrados é capaz de se locomover. Contudo, as esponjas n Em relação à temperatura corporal, os vertebrados podem
somente realizam esta tarefa quando elas ainda são bem jo- ser classificados em distintas categorias.
vens e pequenas. Já as lagostas e os insetos são capazes de se n Quanto à fonte de calor:
movimentar durante toda sua existência. - Endotérmicos: a temperatura do corpo é mantida por ca-
lor produzido pelo metabolismo interno do animal. Ex.: aves e
Vertebrados. mamíferos.
n Representantes: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. - Ecototérmicos: a temperatura do corpo depende de fontes
n São cerca de 50 mil espécies, formando o maior e mais com- externas de calor (energia solar). Ex.: peixes, anfíbios e répteis.
plexo grupo dos cordados. A diversidade da forma e tamanho Quanto a variação de temperatura:
é muito grande. - Homeotérmicos: a temperatura do corpo é mantida cons-
n Habitat: todos os ambientes. tante independentemente da temperatura do ambiente. Ex.:
n Os vertebrados apresentam-se como um grupo de corda- aves e mamíferos.
dos que desenvolveu métodos mais ativos de obtenção de - Pecilotérmicos: a temperatura do corpo varia de acordo com
alimento. Isso é conseqüência da maioria das características a temperatura do ambiente. Ex.: peixes, anfíbios e répteis.
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Noções de Embriologia e Fic
02 a
h
ZOOLOGIA
AQUISIÇÔES EVOLUTIVAS DOS ANIMAIS
Ectoderma Endoderma
n Para o vestibular você deve saber de algumas aquisições
evolutivas que ocorrem nos animais. Estas aquisições vão ori-
ginar várias estruturas que são de fundamental importância
na hora de classificarmos os animais dentro dos filos. Eis as
DIBLÁSTICO
mais importantes.
1. Arquêntero e Blastóporo
n Arquêntero: Também chamado de intestino primitivo do
embrião. Forma-se durante o processo de gástrula no de-
Arquêntero
senvolvimento embrionário. Neste caso parte do embrião
Blastoderma
dobra-se para o interior da blastocela; esta vai se reduzindo Mersoderma
progressivamente e uma nova cavidade surge em seu lugar,
Endoderma
o arquêntero. O arquêntero originará a cavidade digestiva no
Ectoderma
animal adulto.
A abertura do arquêntero para o meio externo, o blastóporo,
dependendo do grupo de animais origina a boca ou o ânus. TRIBLÁSTICO
2. Protostômios e Deuterostômios
n Protostômios: São animais nos quais o blastóporo vai ori- celoma
ginar a boca (do grego protos = primeiro, primitivo; stoma = Arquêntero
boca). Ex: Platelmintos, nematelmintos, anelídeos, moluscos
e artrópodes. 4. Acelomados, pseudocelomados e celomados.
n Deuterostômios: São animais nos quais o blastóporo vai n O aparecimento do terceiro folheto embrionário (mesoderma)
originar o ânus (do grego deuteros = posterior). Ex: Equino- possibilitou aumentar a complexidade estrutural dos animais,
dermos e Cordados. originando novos órgãos. Todavia, um corpo preenchido por te-
Boca
cido mesodérmico maciço, como ocorre nos vermes platelmin-
tos atuais, não se revelou muito vantajoso, pois todas as células
tem de estar perto da cavidade digestiva para receber alimento e
também perto do exterior para receber gás oxigênio.
Protostômios
n Com exceção dos platelmintos, todos os outros animais tri-
blásticos desenvolveram cavidades corporais que garantiram
a circulação de substâncias nutritivas e gás oxigênio entre as
células. Assim, de acordo com a presença e o tipo de cavidade
Blastópo Ânus corporal, os animais foram divididos em acelomados, pseu-
Boca docelomados e celomados.
4.1. Acelomados: Neles todos os espaços do corpo situados
entre a camada externa (derivada do ectoderma), e a camada
mais interna (derivada do endoderma), são preenchidos por
tecidos derivados do mesoderma. Ex: Platelmintos.
Deuterostômios
4.2. Pseudocelomados: Apresentam a cavidade corporal apenas
parcialmente revestida pelo mesoderma. Ex: Nematelmintos.
4.3. Celomados: Nos animais adultos o celoma formará a
cavidade geral do corpo, situada entre a epiderme e o tubo
Blastópo digestório e que aloja diversos órgãos. O celoma é totalmente
Ânus revestido (internamente e externamente) pelo mesoderma. Ex:
Esquema da origem da boca e do ânus a partir do blastóporo Anelídeos, moluscos, artrópodes, equinodermos e cordados.
3. Diblásticos e Triblásticos
a) Diblásticos: São animais que apresentam dois folhetos
germinativos ou embrionários (ectoderma e endoderma). Ex:
Celenterados.
b) Triblásticos: São a animais que apresentam três folhetos
Acelomado
germinativos (ectoderma, mesoderma e endoderma). Ex: Dos
platelmintos aos cordados.
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PSEUDOCELOMADO CELOMADO
Pseudoceloma Celoma
5. Esquizocelomados e Enterocelomados.
a) Esquizocelomados: São animais cujo celoma se forma a partir de fendas internas surgidas nas massas mesodérmicas do
embrião.
Ex: Moluscos e anelídeos.
b) Enterocelomados: São animais cujo celoma se forma a partir de bolsas que brotam do teto do arquêntero.
Ex: Equinodermos e Cordados.
ESQUIZOCELOMADO ENTEROCELOMADO
Evaginação
do
arquêntero
Teloblastos
Segmentados
Pseudoceloma Segmentados
Pseudocelomados
Acelomados
Esquizocelomados Enterocelomados
Celomados
Simetrial Simetrial
Radial Bilateral
Celoma
ANCESTRAL PROTISTA
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PORÍFEROS
Fic
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03 a
e Celenterados
1. Filo Porífera (Espongiários).
n O filo Porífera é constituído por animais pluricelulares que apre- das chamadas pinacócitos, que servem para proteção e reves-
sentam poros na parede do corpo. Eles são predominantemente timento de uma esponja.
marinhos (minoria em água doce), sendo encontrados desde o n Camada média (mesênquima ou mesogléia): é constituída
nível das praias até uma profundidade de 6 mil metros. As suas por um material gelatinoso que é a mesogléia, onde se encon-
células possuem um certo grau de independência e não se orga- tram as seguintes estruturas.
nizam em tecidos. n Amebócitos: são células responsáveis pela distribuição do
alimento e formação de outras células.
1.1. Características gerais. n Espículas calçárias ou silicosas: são estruturas que fazem a
n São animais sésseis; sustentação do corpo do animal.
n O habitat é preferencialmente marinho; n Rede de esponjina ou fibra de esponjina: estrutura que
n Elevada capacidade de regeneração (amebócitos); ajuda na sustentação do animal.
n Digestão exclusivamente intracelular; n Camada interna: é constituída por células flageladas cha-
n Diblásticos; madas coanócitos cuja função é a digestão intracelular.
n Acelomados;
n Protostômios; 1.3. Classificação
n Simetria Radial; n Os poríferos são classificados de acordo com o trajeto de
n Por não apresentarem órgãos, os poríferos foram incluídos circulação da água no interior da sua estrutura:
no Reino Parazoa, enquanto os outros animais estão incluídos a) Áscon: O tipo áscon é o mais simples. A parede é fina e
no Eumetazoa; possui poros inalantes que se abrem diretamente na espon-
n Não apresentando órgãos, não haverá a formação dos siste- giocela. Esta é revestida por coanócitos.
mas, logo estes animais são destituídos de sistemas. b) Sícon: Nas esponjas do tipo sícon, a parede do corpo é for-
mada por projeções em forma de dedos. A água penetra pelas
1.2. Aspectos anatômicos e fisiológicos dos poríferos. camadas radiais, indo para a espongiocela. Os canais radiais
n Sua forma lembra um vaso fixo a um substrato geralmente são revestidos internamente por coanócitos.
rochoso. Na extremidade superior apresenta um grande ori- c) Lêucon: No tipo lêucon, a parede do corpo é mais espessa
fício chamado ósculo, que dá acesso a uma grande cavidade e percorrida por um complicado sistema de canais. Há canais
central chamada átrio ou espongiocele. inalantes e exalantes e, entre eles, câmaras revestidas por co-
anócitos. A água penetra pelos canais inalantes, passa por câ-
ESQUEMA DO CORTE DE UMA ESPONJA EVIDENCIANO AS CÉLULAS maras vibráteis e vai à espongiocela pelos canais exalantes.
Áscon Sícon Lêucon
Ósculo
ósculo Coanócito
flagelados
Coanócito Poros
pinacócito flagelados
Poro
Câmaras
vibráteis
espículas Poros
Átrio
porócito coanócito
1.4. Reprodução das esponjas.
flagelo
1.4.1. Reprodução assexuada:
Pode ser de 3 tipos:
fluxo da a) Regeneração: Os poríferos possuem grande poder de re-
água generar partes perdidas do corpo. Qualquer parte cortada de
uma esponja tem a capacidade de se tornar uma nova esponja
amebócito
completa.
b) Brotamento: Consiste na formação de um broto a partir da
partículas de
alimento
esponja-mãe. Os brotos podem se separar, constituindo novos
núcleo
animais.
c) Gemulação: É um processo realizado pelas espécies de água
Possui a parede do corpo dividido em três camadas: doce e alguns marinhos. Consiste na produção de gêmulas,
n Camada externa (Epiderme): é formada por células achata- um grupo de amebóides que são envolvidos por uma mem-
brana grossa e resistente.
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1.4.2. Reprodução Sexuada:
n Quando a reprodução é sexuada, observa-se que a maioria das esponjas
é hermafrodita (monóicas), embora existam espécies com sexos separados
(espécies dióicas), não há gônadas para a formação de gametas, sendo
estes originados pelos amebócitos. A fecundação (interna) e as primeiras
fases do desenvolvimento embrionário ocorrem no interior do organismo
materno, de onde origina-se uma larva denominada anfiblástula, que sai
pelo ósculo e fixa-se ao substrato, originando uma nova esponja. Como há
estágio larval entre o zigoto e o adulto, diz-se que as esponjas apresentam
desenvolvimento indireto.
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01 nte
PLATELMINTOS
Fic
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04 a
e Nematelmintos
1. Filo Platyhelminthes (Platelmintos)
n Este filo reúne vermes que apresentam o corpo achatado responsáveis pela produção de muco. Na porção ventral, há
no sentido dorso-ventral. São os primeiros animais da escala cílios que permitem o deslizamento do animal. Logo abaixo
zoológica a apresentar 3 folhetos embrionários durante o seu da epiderme existem células musculares dispostas no sentido
desenvolvimento e simetria bilateral. circular, longitudinal e transversal. A ação desse conjunto de
músculos permitem o animal movimentar-se nos diversos
1.1. Características gerais. sentidos.
n São triblásticos;
n São acelomados; b) Sistema digestivo: Presente do tipo incompleto, pois
n São protostômios; há somente uma abertura: o ânus. O intestino é altamente
n Possuem simetria bilateral; ramificado.
n Podem ser de vida livre ou parasita.
c) Sistema excretor: Presente. As excretas são eliminadas
1.2. Classificação e diversidade dos platelmintos. por células especializadas denominadas células-flama ou
Existem aproximadamente 13 mil espécies de platelmintos di- solenócitos.
vididas em 3 grupos: turbelários, trematóideos e cestóideos.
n Classe Turbellaria: Reúne os platelmintos de vida livre. Os d) Sistema nervoso: Presente, do tipo centralizado. É
turbelários têm como representante as planárias que podem constituído por dois gânglios cerebrais, localizados na região
ser aquáticas ou terrestres. Apresentam grande capacidade anterior de onde partem dois cordões nervosos ventrais.
regenerativa. e) Sistema respiratório: Ausente. As trocas gasosas ocorrem
n Classe Trematoda: Esta classe é constituída por espécies por difusão.
parasitas. Alguns são ectoparasitas, outros são endoparasitas.
Tem como representante o esquistossomo, causador da es-
Tubo digestório
quistossomose.
n Classe Cestoda: Reúne 2 mil espécies de vermes conheci- Faringe
das como tênias ou solitárias. Possuem na região da cabeça Boca
ventosas que servem para aderir ao intestino do hospedeiro.
O corpo é constituído por um conjunto de unidades denomi-
nadas proglótides. A cada instante, novas proglótides estão
sendo produzidas. Esquema do sistema digestório
incompleto da planária
n As proglótides localizadas próximo da cabeça são chamadas
proglótides jovens e são imaturas. As localizadas na porção
medial são chamadas adultas e já são maduras sexualmente.
As proglótides situadas mais distantes da cabeça são chama- Células-flama
das proglótides grávidas, pois estão ricas em ovos e são conti-
nuamente eliminadas junto com as fezes do hospedeiro. Poros excretores
Canal excretor
Classe Turbellaria Classe Trematoda Classe Cestoda
(planária) (esquistossomo) (tênia)
Ventosas
Escoléx
Ocelo Proglótides
maduras
Face dorsal
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2. Filo Nemathelminthes (Nematelmintos ou nematódeos)
n Os nematódeos (do grego nematos, ’filamento’, e eidos, 2.2. Aspectos anatômicos e fisiológicos dos
‘semelhante’) são todos cilíndricos e alongados. Com o nematelmintos.
corpo não segmentado e revestido de cutícula resistente
e quitinosa, são animais de simetria bilateral, triblásticos, a) Tegumento.
porém pseudocelomados, isto é, a cavidade do corpo não n O corpo desses vermes é coberto por uma cutícula protetora
é “totalmente” revestida por folhetos mesodérmicos. Essa muito resistente, produzida pela epiderme, composta
cavidade é limitada, por um lado, por músculos (de origem principalmente de colágeno. Essa cutícula protege contra as
mesodérmica), mas, por outro lado, ela é limitada pela parede enzimas produzidas pelo sistema digestivo do organismo
do tubo digestivo (de origem endodérmica). Logo, nestes hospedeiro. A epiderme é composta por uma camada de
animais, não existe um celoma verdadeiro, e sim um “falso células simples.
celoma” ou pseudoceloma. Os nematelmintos são os únicos
pseudocelomados na escala animal.
b) Sistema muscular.
Tubo
digestivo
n A musculatura dos nematódeos é composta por uma
Cavidade corporal
(pseudoceloma)
única camada de células que se distribui longitudinalmente
pelo corpo. Essa musculatura lisa é responsável pelos
movimentos desses animais. Provocam flexões dorso ventrais.
A movimentação também vai depender da elasticidade da
cutícula e do esqueleto hidrostático, líquido presente no
pseudoceloma.
c) Sistema digestivo.
Boca
d) Sistema circulatório.
e) Sistema excretor.
Pseudoceloma
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01 nte
HELMINTÍASES
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05 a
Parasitologia platelmíntica
1. Teníase
n A teníase é uma doença causada pela fase adulta de um verme chamado tênia (taenia solium e taenia saginata) quando esta
se aloja no intestino humano através da ingestão de derivados de porco e boi mal cozidos que contenham cistos do verme.
Estes cistos formam a popular solitária que pode chegar a três metros de comprimento dentro do organismo humano. Seu
corpo é formado por anéis e estes podem armazenar até 80.000 ovos cada um. Os ovos liberados pelas fezes contaminam o
solo e a água que transmite aos animais e esses passam para o homem.
A verminose por muitas vezes não se manifesta, porém pode apresentar alterações do apetite, diarréia, enjôo, insônia, perda de
peso, irritação, dor abdominal, fadiga e fraqueza.
O tratamento consiste na ingestão de um anti-helmíntico associado ou não a vermicidas. Para o tratamento caseiro utiliza-se
até hoje o chá de sementes de abóbora.
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3. Ascaridíase
n A ascaridíase é uma verminose provocada pelo verme Ascaris lumbricoides, conhecido como lombriga. A contaminação ocorre quan-
do um indivíduo ingere alimentos contaminados com ovos do verme.
n Ao entrar no organismo, o ovo eclode e libera a larva no intestino delgado, passa pela mucosa até chegar ao intestino grosso aonde
chega à maturidade, com aproximadamente 40 cm.
n Normalmente a ascaridíase não apresenta sintomas, mas podem ocorrer dores abdominais, náuseas, vômitos, aumento dos sons
intestinais, falta de apetite, palidez e emagrecimento. O diagnóstico é feito através do exame de fezes que, se contaminado, apresenta
os ovos do verme.
n O tratamento utiliza medicamentos específicos contra vermes. É recomendável a repetição do tratamento após uma semana para
matar larvas restantes.
4. Ancilostomose ou ancilostomíase.
Casca
n A ancilostomose, também conhecida como amarelão, é provocada
Embrião
pelo Necator americanus e Ancylostoma duodenalis, espécies de ver-
mes parasitas nematódes. As fêmeas liberam ovos no intestino del-
gado, que são expulsos pelas fezes e eclodem entre cinco e dez dias,
tornando-se larvas infectantes. Formas larvais de lombriga
migram do pulmão e
n O nome popular amarelão deve-se a cor amarelada apresentada traqueia e são engolidos
pela pessoa infectada, decorrente da anemia que o verme provoca no Ingestão de água ou
alimentos contaminados
hospedeiro ao sugar seu sangue. por ovos de lombriga
5. Filariose ou elefantíase.
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02 nte
EVOLUÇÃO
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01 a
A origem da vida
Q
uando o Homem começou a se dar conta dos seres vivos que o rodeavam, tornou-se necessário explicar o aparecimento destes, bem
como o seu próprio aparecimento. Foi então que surgiram algumas teorias cujo objetivo era explicar o surgimento e desenvolvimento
das espécies vivas, conheça a seguir as principais teorias de origem da vida:
Então pode ele (Sir Thomas Browne) duvidar se do queijo ou da madeira se originam vermes; ou se besouros e vespas das fezes das va-
cas; ou se borboletas, lagostas, gafanhotos, ostras, lesmas, enguias, e etc, são procriadas da matéria putrefeita, que está apta a receber
a forma de criatura para a qual ela é por poder formativo transformada. Questionar isso é questionar a razão, senso e experiência. Se
ele duvida que vá ao Egito, e lá ele irá encontrar campos cheios de camundongos, prole da lama do Nilo, para a grande calamidade dos
habitantes.
n O médico belga J. B. Van Helmont, que posteriormente foi responsável por grandes experimentos sobre fisiologia vegetal, chegou
a prescrever uma “receita” para a produção espontânea de camundongos em 21 dias. Segundo ele, bastava que se jogasse, num canto
qualquer, uma camisa suja (o princípio ativo estaria no suor da camisa) e sementes de trigo para que dali a 21 dias fosse constatada a
geração espontânea.
n Essas conclusões errôneas se devem a falta de metodologia apropriada, limitando variáveis que pudessem trazer resultados falsos -
como por exemplo, impedir que ratos já formados tivessem acesso à “receita” que supunha-se produzir ratos - aliada ao pressuposto
de que a geração espontânea era mesmo possível.
12 n BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br
2. Teoria da Biogênese
n Teoria baseada na origem de um ser vivo apenas oriundo ção espontânea, uma “fonte de vida” dotada de um “princípio
de outro ser vivo. No século XVII, a teoria da biogênese co- ativo” organizador; a fonte de vida eram seres vivos (moscas)
meçou a ganhar adeptos gerando o debate entre os cientistas que já existiam. O papel da carne era somente constituir um
acerca da origem da vida. A idéia central da biogênese, a de meio adequado ao desenvolvimento das larvas, fornecendo-
que “um ser vivo só pode surgir de outro preexistente”, entrou Ihes o alimento necessário.
em conflito com a geração espontânea provocando calorosas
discussões entre os defensores de ambos os lados. Entre os
defensores da biogênese estavam os médicos Francesco Redi,
Louis Pasteur o pesquisador Lázaro Spalazani e a favor da ge-
ração espontânea o naturalista John Needham.
2.3. Lázaro Spallanzani: Em 1770, o italiano Lazaro Spallan- via destruído todos os micróbios existentes, dando-lhes a
zani repetiu as experiências de Needhem. A diferença no oportunidade de proliferar novamente. Needham, porém,
seu procedimento foi a de ferver os líquidos durante uma responde às críticas de Spallanzani com um argumen-
hora, não se limitando a aquecê-los; em seguida os tubos to aparentemente muito forte. O aquecimento excessivo,
foram fechados hermeticamente. Líquidos assim tratados segundo Needham, havia destruído o princípio ativo; sem
mantiveram-se estéreis, isto é, sem vida, indefinidamente. princípio ativo, não Poderia ocorrer a geração espontânea.
Desta forma, Spallanzani demonstrava que os resultados É interessante notar que o próprio Spallanzani não soube
de Needham não comprovavam a geração espontânea: refutar esse argumento, ficando as idéias da abiogênese
pelo fato de aquecer por pouco tempo, Needham não ha- consolidadas.
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3. Outras Hipóteses Sobre A Origem Da Vida:
n Com a aceitação da biogênese, surgiu a seguinte questão: Se isso, acredita-se que os heterótrofos anaeróbios foram os
os organismos são gerados a partir de outros, corno se originou o primeiros seres vivos da Terra. E essa é a Hipótese Hetero-
primeiro organismo? Há pelo menos três hipóteses propostas para trófica.
responder à pergunta sobre a origem dos seres vivos na Terra:
3.5. Teoria dos Coacervados: Em 1922, o bioquímico russo
3.1. Criacionismo: Essa é a mais antiga de todas as hipóteses Alexander Ivanovich Oparin (1894-1980) propôs a teoria da
sobre a origem da vida e tem forte cunho religioso, sendo até origem precoce da vida na história da Terra, ou melhor, a ori-
hoje aceita por fiéis de várias religiões. De acordo com esse gem da vida por evolução química. Ele admitiu que a atmos-
pensamento a vida foi criada a partir de uma divindade. fera primitiva do planeta era muito diferente da atual: ela não
continha oxigênio, exatamente o inverso da atual. A atmosfe-
3.2. Hipótese Cosmozoária ou Panspermia Cósmica: Svante ra primitiva era formada por gases simples como gás hidrogê-
August Arrhenius (1859-1927), físico sueco, foi o principal de- nio (H2) amôia (NH3), metano (CH4) e vapor de água (H2O). O
fensor da idéia de panspermia cósmica. Essa hipótese supõe vapor de água liberado pelas erupções vulcânicas se acumu-
que a Terra teria sido “contaminada”, em tempos remotos, por lava nas regiões altas e frias da atmosfera, onde retornava ao
microrganismos oriundos do espaço, denominados cosmo- estado líquido e voltava ao solo sob forma de chuvas. Durante
zoários. Transportados, por exemplo, por meteoros, esses mi- milhares de anos, as condições primitivas do planeta favore-
crorganismos teriam atingido nosso planeta e, encontrando ceram o surgimento de violentas tempestades e de chuvas
condições favoráveis de sobrevivência, proliferaram, consti- torrenciais que esfriaram as rochas quentes da crosta terres-
tuindo a fonte de vida na Terra. tre. Ao mesmo tempo, durante milhares de anos, os gases
presentes na, atmosfera primitiva foram bombardeados pelos
3.3. Hipótese Autotrófica: Alguns estudiosos sugeriram que raios ultravioletas e por descargas elétricas, cuja energia, as-
os primeiros seres vivos já eram auto-suficientes, capazes de sociada ao calor das erupções vulcânicas, propiciara a gera-
fabricar seu próprio alimento. ção de moléculas orgânicas simples como hidrocarbonetos e
aminoácidos. Essas moléculas simples foram arrastadas pelas
3.4. Hipótese Heterotrófica: A imensidão de matéria orgâni- chuvas para os mares e lagos, onde reagiram e formaram mo-
ca nos oceanos primitivos favoreceu os organismos que se léculas complexas como as proteínas e os ácidos nucléicos,
alimentavam diretamente dela. O mecanismo mais elementar compostos essenciais ao início da vida na Terra. Mais tarde o
de obtenção de energia por meio de substâncias orgânicas cientista John B. S. Haldane (1892-1964), baseado nas idéias
é a fermentação, que produz energia e gás carbônico (CO2). de Oparin, admitiu que as moléculas de proteínas acumula-
das durante milhares de anos nos mares primitivos criaram
A fermentação é feita por seres heterótrofos anaeróbios, que
as condições necessárias para a formação das primeiras cé-
não produzem seus alimentos e não utilizam oxigênio. Por
lulas. As proteínas teriam se associado às moléculas de água
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e formaram massas gelatinosas denominadas coacervados. Os coacervados não são seres vivos, mas uma primitiva
organização das substâncias orgânicas em um sistema isolado do meio (protobionte). Apesar de isolados, eles podiam
trocar substâncias com o meio externo, havendo em seu interior possibilidade de ocorrerem inúmeras reações químicas.
Não se sabe como a primeira célula surgiu, mas pode-se supor que, se é possível a formação de um sistema organizado
como o dos coacervados, podem ter surgido sistemas equivalentes com algumas diferenças: envoltos por uma mem-
brana especial e contendo em seu interior várias moléculas, entre elas os ácidos nucléicos. Com a presença dos ácidos
nucléicos, essas formas teriam adquirido a capacidade de reprodução e regulação das reações químicas internas. Nesse
momento, teriam surgido os primeiros seres vivos que, apesar de primitivos, eram capazes de se reproduzir originando
seres semelhantes a eles.
4. Experimento de Miller
5. Experimento de Fox:
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02 nte
EVOLUÇÃO
Fic
h
02 a
A origem da vida
EVOLUCIONISMO
1. Fixismo: durante boa parte da história, o pensamento predominan te da humanidade foi o fixismo, isto é, o de que a vida
existente nunca evoluiu, pois, da mesma forma que foi criada, permanece fixa até os dias de hoje.
2. Evolucionismo: também conhecida por teoria transformista, surgiu no século XIX se baseia na evolução, ou seja, o processo através
no qual ocorrem as mudanças ou transformações nos seres vivos ao longo do tempo, dando origem a espécies novas.
3. Evidências da Evolução: há um grande número de evidências acumuladas que mostra que a evolução realmente ocorreu e
continua ocorrendo. Essas evidências são: a anatomia comparada; a embriologia comparada e os registros fósseis.
3.1 Anatomia comparada: ao analisar as diferentes espécies, podemos observar que estas apresentam estruturas semelhantes
ou membros com a mesma função. A observação destes caracteres veio apoiar as idéias evolucionistas, pois este fato demonstra
uma origem comum de diferentes espécies. As principais evidências da anatomia comparada que auxiliam no estudo da evolu-
ção são: a homologia; a analogia e os órgãos vestigiais.
16 n BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br
presentes em todos os seres vivos desde que eles surgiram na Terra. Modificações nessas moléculas foram fundamentais no
processo da evolução e permitiram a grande diversificação dos seres vivos. Assim, comparando as seqüências de bases nitro-
genadas do DNA ou do RNA, ou comparando as proteínas de diferentes espécies de seres vivos, podemos estabelecer o grau
de proximidade entre essas espécies. Isso significa que podemos estabelecer o grau de parentesco evolutivo entre elas. Quanto
maior for a semelhança nas seqüências das bases nitrogenadas dos ácidos nucléicos, ou quanto maior a semelhança entre as
proteínas dessas espécies, maior será a proximidade evolutiva entre elas.
uer in-
d o fó s sil qualq mpos
ra te
conside e viveram em
o s f ó s seis: é o s q u d o s fósseis
is t r n is m u d o
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3.4 R resença de o rg a do e s t ermos
a p im p o rtância e d e conhec tos,
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Teorias Evolutivas
Várias teorias surgiram para explicar a evolução, destacando-se, entre elas, as teorias de Lamarck e de Darwin. Atualmente, foi
formulada a Teoria sintética da evolução, também denominada Neodarwinismo, que incorpora os conceitos modernos da gené-
tica, ás idéias essenciais de Darwin sobre seleção natural.
4.1 Lamarckismo: Jean-Baptiste de Monet, cavaleiro de Lamarck é considerado o verdadeiro fundador do evolucionismo. La-
marck foi quem primeiro sugeriu uma teoria de evolução fundamentada, que explicava o modo de alteração das espécies. Assim,
ao contrário dos seus contemporâneos, que se limitavam a defender as idéias evolucionistas, Lamarck desenvolveu um estudo
acerca do modo como funciona a evolução. A teoria resultante de tal estudo chama-se Lamarckismo. Lamarck estabeleceu três
leis para explicar a evolução: A lei da busca da perfeição, A lei do uso e do desuso; a lei da herança dos caracteres adquiridos.
• Lei da busca da perfeição: variações do meio ambiente levam o indivíduo a sentir necessidade de se adaptar.
• Lei do uso ou desuso: O uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que estas se desenvolvam, e o desuso
faz com que se atrofiem.
• Lei da transmissão das características adquiridas: alterações provocadas em determinadas características do organismo, pelo
uso e desuso, são transmitidas aos descendentes. germinativas, não sendo, dessa forma, hereditárias.
camento
As girafas ancestrais provav Finalmente o contínuo esti
elmente Pelo fato de esticarem sempre o orig em as girafas
tinham pescoços curtos. Par do pescoço deu
a alcançar pescoço para atingir a folhagem das ais. Por tan to, pelo uso ou desuso
a folhagem das árvores de atu
que se árvores, o pescoço alongou-se. Essa acterísticas
alimentavam. tinham que esti e pela transmissão das car
car o caracteristica adquirida era transmitida uirid as hou ve a evo luçã o.
pescoço. adq
aos seus descententes.
4.2 Darwinismo: Charles Darwin e Alfred Wallace desenvolveram uma teoria evolutiva que é a base da moderna teoria sintética:
a teoria da seleção natural. Segundo Darwin e Wallace, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de so-
brevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são,
portanto, selecionados para aquele ambiente. Os princípios básicos das idéias de Darwin podem ser resumidos no seguinte modo:
• Cada população tem tendência a crescer exponencialmente se verificarem condições ótimas no ambiente. Isto leva a uma
superprodução de descendentes.
• Como o ambiente não comporta todos os descendentes, ocorrerá uma luta pela sobrevivência entre os indivíduos da popu-
lação sobrevivendo apenas alguns, os mais aptos.
• Qualquer população é caracterizada pela existência de grande variabilidade entre os indivíduos que a ela pertencem.
• Os indivíduos que apresentam características que lhes conferem vantagem competitiva num determinado ambiente são
mantidas por seleção, ocorrendo assim uma sobrevivência e reprodução diferenciais. Os que não apresentam vantagem são
eliminados ou apresentam menor número de descendentes.
• A sobrevivência e reprodução diferenciais conduzem a uma gradual alteração nas características da população.
18 n BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br
As girafas ancestrais provavelmente s de
enas as girafa
apresentavam pescoços de Finalmente, ap ram à
comprimentos variáveis. As varia
A competição e a seleção natural levaram
sc oç os lon gos sobrevive
pe leção
ções à sobrevivência dos descendentes de rtanto, pela se
eram hereditárias.
pescoços longos, uma vez que estes competição. Po olu çã o.
u a ev
conseguirão alimentar-se melhor do que natural ocorre
as girafas de pescoço curto.
4.3 Neodarwinismo: Versão atual da teoria da evolução de Darwin, que incorpora os conhecimentos atuais da Ge-
nética, reconhecendo ainda a seleção natural como o principal fator da evolução. No século XX, a teoria darwinista
foi sendo adaptada a partir de descobertas da Genética. Essa nova teoria, chamada de Sintética ou neodarwinista, é
a base da moderna Biologia. A explicação sobe a hereditariedade das características dos indivíduos deve-se a Gregor
Mendel (1822-1884), em 1865, mas sua divulgação só ocorre no século XX. Darwin desconhecia as pesquisas de Men-
del. A síntese das duas teorias foi feita nos anos 30 e 40. Os pontos importantes são:
• Além disso, existem fatores que atuam sobre a variabilidade genética já estabelecida: seleção natural, migração e
oscilação genética.
Variabilidade Adaptação
Recombinação
gênica
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02 nte
EVOLUÇÃO
Fic
h
03 a
Na irradiação, espécies de uma mesma origem diferenciam-se de acordo com os ambientes em que vivem adquirindo ca-
racterísticas bastante diversas. Já na convergência adaptativa, ou evolução convergente, os organismos de origens diferentes,
que vivem no mesmo ambiente há muito tempo, sendo submetidos a pressões de seleção semelhantes, acabem por se parecer.
Aqui, a semelhança não é sinal de parentesco; ela resulta da ação da seleção natural sobre espécies de origens diferentes. É
evidente que os animais aquáticos que tenham a forma de seu corpo adaptada à natação serão selecionados favoravelmente,
não importando quais sejam seus ancestrais. A forma do corpo das baleias e dos tubarões, por exemplo, é bastante semelhan-
te; afinal, ambos, são animais adaptados à natação. A baleia, no entanto, é um mamífero homeotermo e respira por pulmões,
sendo evolutivamente bastante distanciada dos tubarões, que são peixes cartilaginosos, respirando por brânquias e são hete-
rotermos.
Algumas plantas de deserto do grupo das cactáceas e das euforbiáceas, apesar de sua origem diversa, desenvolveram estru-
turas semelhantes: caules carnosos, tecido armazenador de água e espinhos protetores. A morfologia de suas flores, contudo,
é um testemunho claro de suas diferentes origens.
Irradiação adaptativa:
Uma população ou uma espécie que vive em certa área tende a dis-
persar-se, ocupando o maior número de hábitats possível. Como as con-
dições ambientais são diferentes em cada habitat, a seleção natural faz
com que esses grupos, ao longo do tempo, se diferenciem bastante um
do outro, já que cada um deles se adapta a um ambiente diferente. Dessa
maneira, uma única espécie pode dar origem a uma grande variedade de
espécies, cada qual adaptada a certo conjunto de condições de vida. A
essa diversificação de formas, originadas de uma espécie única, chama-
mos irradiação adaptativa.
20 n BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br
ESPECIAÇÃO (A FORMAÇÃO DE NOVAS ESPÉCIES)
Origem das espécies troca de genes entre os indivíduos. É bem possível que algu-
Em Biologia, as espécies são os tipos de organismos exis- mas espécies tenham evoluído dessa maneira, uniformemen-
tentes. Ninguém tem muita dúvida, por exemplo, em dizer te, modificando-se ao longo dos anos até se transformar em
que gatos e cachorros são organismos de “tipos” diferentes, especies novas. Em outra situação, a partir de uma espécie
e que, portanto constituem duas espécies. O critério que se ancestral podem às vezes surgi duas novas espécies.
usa, aqui, é basicamente a aparência do organismo, suas ca- Uma população original, bastante homogênea em termos
racterísticas físicas. Em outras palavras, sua morfologia. Todo genéticos (A), se divide em dois grupos, separados por uma
sistema de classificação de Lineu era baseado essencialmente barreira geográfica qualquer, como uma montanha ou um rio
na morfologia, e esse continuou durante muito tempo a ser (B). Suponha que essa barreira, num certo instante se torne
critério fundamental na classificação biológica. Ainda hoje os intransponível para os indivíduos desses dois grupos, que fi-
caracteres morfológicos são muito usados para caracterizar cam, assim, isolados geograficamente e impedidos de se cru-
uma espécie. zar. Durante muito tempo, os dois grupos são submetidos a
A utilização do critério morfológico, no entanto, pode apre- diferentes pressões de seleção natural, já que eles vivem em
sentar algumas dificuldades. Por exemplo, existem diversos ambientes diversos; assim, os genes selecionados numa das
grupos de aves quase idênticas em termos morfológicos e que, populações não o serão. Mais ainda os genes novos que sur-
por esse critério, seriam classificados como seres da mesma gem numa população não são transmitidos para a outra, já
espécie. Esses grupos, porém, esses organismos nunca se aca- que as populações não se encontram. Com o decorrer dos
salaram na natureza. Isso por que, na época da reprodução, os anos, a composição gênica desses dois grupos torna-se cada
machos executam uma dança nupcial, com uma serie de mo- vez mais diferenciada, e os indivíduos divergem do ponto de
vimentos que incluem passos e batimentos das asas, que têm vista morfológico, cada vez mais. Essas duas populações pas-
o efeito de “convidar” a fêmea o acasalamento. Ocorre que os sam a constituir o que chamamos de raças geográficas (C) e,
machos de espécies diferentes têm uma dança ligeiramente quando se diferenciam ainda mais, formam as subespécies. Se
diferente. As fêmeas, capazes de perceber as pequenas dife- colocadas em contato, no entanto, o cruzamento entre indiví-
renças no padrão dos movimentos rejeitam todos os machos duos de raças diferentes ainda será possível.
“estranhos”, acasalando-se exclusivamente com machos de Imagine, porém, uma situação em que as subespécies te-
sua própria espécie. Nesse exemplo, as duas espécies, embora nham ficado isoladas geograficamente por um período muito
muito semelhantes morfologicamente, estão isoladas por uma longo, e sua diferenciação tenha se tornado tão grande que
diferença de comportamento na hora da reprodução. os indivíduos são agora incapazes de se cruzar, caso se encon-
A espécie é uma população, ou um grupo de populações, trem. O que se estabeleceu foi o que chamamos de isolamen-
cujos componentes têm a capacidade de se cruzar na natu- to reprodutivo; trata-se agora de duas espécies diferentes (D),
reza, produzindo descendentes férteis. Esses componentes, que a partir desse momento evoluirão separadamente.
no entanto, não são capazes de se cruzar com os de outra Cada uma das espécies recém-formadas, por sua vez, pode
espécie. Em outros termos, pode-se dizer que espécie bioló- sofrer um ciclo semelhante, fragmentar-se em raças geográfi-
gica é um grupo de indivíduos entre os quais pode ocorrer, cas, subespécies, e finalmente originar espécies novas.
na natureza, um fluxo de genes. “Um trabalhador brasileiro
População A
que more na cidade de São Paulo tem pouca probabilidade Isolamento geográfico,
de se “cruzar” com uma camponesa de uma aldeia na China. mutações, recombinações
População gênicas e seleção natural
Caso fossem colocados em contato, no entanto, poderiam ter ancestral diferenciais
descendentes férteis, o que os caracteriza como seres da mes-
ma espécie”. Contrariamente, homens e gorilas, mesmo que População B
vivam na mesma região, continuam sendo de espécies dife-
rentes, pois é possível haver cruzamento entre eles. Raça ou subespécie A
Isolamento geográfico,
Especiação mutações, recombinações Espécie A
gênicas e seleção natural Isolamento reprodutivo
O conceito de espécie baseado na capacidade de cruza- diferenciais Eespécie B
mento é importante em evolução, por que nos permite com-
preender a forma como surgem essas espécies novas. Raça ou subespécie B
Imagine, por exemplo, que ao longo da evolução de uma Fruto de rabanete, de couve, de seus híbridos diplóide e
espécie aparecesse algum mecanismo que impedisse, de for- tetraplóide e suas dotações cromossômicas
ma definitiva, um livre fluxo de genes entre duas populações:
isso seria o suficiente para que ocorresse o fenômeno de es-
peciação, ou seja, o surgimento de novas espécies. Está claro
que o conceito de espécie baseado na reprodução tem limi-
tações. Imagine, por exemplo, um organismo cuja reprodu-
ção seja normalmente assexuada, como as bactérias e alguns
protistas. Nesses casos, o conceito de espécie terá de depen-
der de outros critérios, como as características morfológicas e
bioquímicas.
Os mecanismos de especiação
Suponhamos a existência, numa determinada região, de
uma população mais ou menos homogênea. No decorrer do
tempo, o ambiente muda, e a seleção natural ajusta a nova
população às novas situações, escolhendo os genótipos mais
adaptados. Essa população se modifica no decorrer do tempo
como um todo, de forma homogênea, já que ocorre a livre
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02 nte
Introdução à Fic
04 a
h
GENÉTICA
CONCEITOS IMPORTANTES DE GENÉTICA
• Cromossomos alossomos ou heterossomos ou sexuais: Gene recessivo: é aquele que geralmente se manifesta ape-
são aqueles que diferem nos dois sexos, sendo responsáveis nas quando em dose dupla. É representado, geralmente, por
por características que se distribuem diferencialmente no ho- letras minúsculas.
mem e na mulher Ex.: a é recessivo em relação a A.
Ex.: Daltonismo, hemofilia, hipertricose auricular).
• Genótipo: é o patrimônio genético de um indivíduo. É o con-
junto de genes de um indivíduo. Homozigoto: é aquele indivíduo que apresenta genes alelos
iguais para uma dada característica.
Ex.: AA, BB, aa, bb.
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O CROMOSSOMO
Ex.: V___ x vv
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Fre
02 nte
Genética Fic
05 a
h
LEIS DE MENDEL
Probabilidade
Em Genética, muitas vezes é necessário estimar matema- Resolução: Vimos que a probabilidade de se obter a face “1”
ticamente quantas vezes determinado caráter tem a possibili- é dada pelo quociente da divisão do número de faces “1” que
dade de aparecer. A probabilidade (P) de um evento acontecer o dado possui pelo número total de faces existentes (6). Logo:
é dada pela relação entre o número de eventos desejados e o P (face 1)= 1/6. Da mesma maneira, a probabilidade de se ob
número de eventos possíveis. ter a face “6” será igual a 1/6. Como a ocorrência de uma ou
outra face (face “1” ou “6”) “satisfaz” o problema, somam-se as
Número de eventos desejados (n) probabilidades isoladas. Assim:
Probabilidade (P) =
Número de eventos possíveis (N) P= 1/6+1/6 = 2/6 = 1/3
1.2 Eventos Independentes ou regra do “E”: A probabilidade
Ex: Qual a probabilidade de no lançamento de um dado cair da ocorrência simultânea de dois ou mais eventos independentes
voltada para cima a face “3”? ou não-exclusivos é igual ao produto das probabilidades iso
Resolução: O número de faces existentes em um dado é 6; ladas desses eventos. Eventos independentes são aqueles em
dessas 6 faces apenas uma exibe a face “3”. Logo: que a ocorrência de um não impede a ocorrência do outro.
P = 1/6 Ex. Qual a de no Lançamento simultâneo de um dado e uma
moeda, qual a probabilidade de sair “cara” e a face “5”?
1.1 Eventos mutuamente exclusivos ou regra do “ou”: Resolução: Observe que se trata de eventos independentes,
Eventos mutuamente exclusivos são aqueles em que a uma vez que a ocorrência de “cara” na moeda não impede
ocorrência de um impede a ocorrência do outro. Nesses casos, que surja a face “5” no dado. Como a moeda tem duas faces
quando se deseja determinar a probabilidade de ocorrência (“cara” e “coroa”), a probabilidade de sair “cara” é de 1/2; por
de tais eventos, promove-se a soma dos acontecimentos outro lado, a probabilidade de sair a face “5” no dado é de 1/6.
isolados. Aplicando-se a regra da multiplicação dos eventos isolados,
Ex: No lançando de um dado, qual a probabilidade de se obter temos:
a face “1” ou a face “6”? P = ½ x 1/6 = 1/12
1ª Lei de Mendel
As leis básicas da heredit ariedade começaram a ser atenção que merecia. A teoria mendeliana foi redescober-
desvendadas pelo monge agostiniano Gregor Mendel ta em 1900 por três botânicos, o holandês Hugo de Vries,
(1822-1884), em um mosteiro da cidade de Brünn, na o alemão Karl Correns e o austríaco Erich Von Tschermak,
Áustria (hoje Brno, na República Tcheca). O relatório de que trabalharam independentemente, marcando o início
suas pesquisas foi publicado em 1866, mas não recebeu a da moderna Genética.
Experimentos de Mendel
O sucesso nos experimentos de Mendel deve-se principalmente autofecundação e, portanto, o desenvolvimento de linha-
ao material utilizado na pesquisa e a interpretação estatística dos gens puras.
resultados. b) Método Experimental: Mendel cruzava plantas que
a) Material: Mendel usou em seus experimentos a ervi- pertenciam a linhagens que ele chamava de puras. Essas li-
lha-de-cheiro (Pisum sativum) e analisou cuidadosamente nhagens eram aquelas que produziam descendentes com
os descendentes de cada cruzamento. A ervilhas-de-cheiro, características que não variavam de uma geração para ou-
utilizadas por Mendel em seus trabalhos, apresentam várias tra. Mendel cruzou plantas puras de ervilha que produziam
características que favorecem a pesquisa genética. Entre essas sementes lisas com plantas puras que produziam sementes
características, podemos considerar: rugosas. Essas plantas, que deram início à experimentação,
• É de fácil cultivo e se reproduz de maneira relativamente constituíram a geração de pais ou geração parental (geração
rápida, o que permite a análise de várias gerações em tempo P). Os descendentes dessa geração P constituíram a primeira
comparativamente pequeno. geração de filhos (geração F1). Mendel observou que na ge-
• Apresentava certas características (7 foram analisadas por ração F1 desse cruzamento todos os indivíduos produziram
Mendel) com variedades bem definidas, sem formas inter- sementes lisas, ou seja, a variedade rugosa não apareceu. A
mediárias. Mendel considerou sete dentre essas caracte seguir, Mendel deixou ocorrer a autofecundação das plantas
rísticas, sendo que cada uma delas apresentava duas varie- de F1 e constatou que a 2ª geração de filhos ou F2 era formada
dades distintas. por cerca de 75% das sementes lisas e 25% de rugosas, o que
• Possui flores hermafroditas, o que facilita a ocorrência de dá uma proporção de 3 sementes lisas para 1 rugosa.
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c) Conclusão: Mendel explicou os resultados, formulan
do algumas hipóteses:
• Cada característica é determinada por um par de
fatores hereditários (genes), sendo que, nas linhagens
puras os fatores são iguais. No caso, semente lisa (LL) e
semente rugosa (RR) da geração parental.
• Esses fatores se separam na formação dos gametas,
encontrando-se ao acaso no momento da fecundação
• Mendel chamou de variedade dominante aquela que
se manifestava na geração F1 e de recessiva aquela que
permanecia “escondida” em F1, só reaparecendo na
geração F2 e com menos freqüência.
• Na geração F2 sempre ocorre a proporção de três
indivíduos com a característica dominante para cada
indivíduo com característica recessiva (proporção 3:1).
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Enunciado da 1ª Lei de Mendel
Também chamada de Lei da pureza dos gametas ou Princípio da segregação dos fatores, a 1ª lei de Mendel afirma que “As
células somáticas contêm fatores aos pares, específicos para um determinado caráter; esses pares de fatores separam-se du-
rante a formação dos gametas, de maneira que cada um dos gametas contém apenas um fator de cada par”.
Obs. Como na 1ª lei de Mendel é analisado apenas um caráter por vez, ela também pode ser denominada Monoibridismo.
Proposta por Thomas Morgan e colaboradores, afirma que os genes para uma mesma característica estão localizados nos
mesmos loci nos cromossomos homólogos.
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Quadrado de Punnett:
Para facilitar a verificação dos genótipos dos descendentes e as suas proporções, o cientista norte-americano R. C. Punnett
idealizou um diagrama. No quadrado de Punnett, os gametas de um genitor são distribuídos nas linhas e os do outro são co-
locados nas colunas. A combinação de linhas e colunas dá a proporção entre genótipos dos possíveis descendentes.
Genealogias:
Também denominadas árvores genealógicas, Heredogramas ou Pedigrees, as genealogias são os métodos mais usado para
o estudo do tipo de herança de um caráter hereditário em uma determinada família.
a) Simbologia: As genealogias apresentam uma série de símbolos, os indivíduos de uma família. Os símbolos indicam o grau de
parentesco, o sexo, a geração, a ordem de nascimento, a presença de um caráter afetado por determinada anomalia, etc.
• Inicialmente, devemos observar se a característica aparece tanto nos indivíduos masculinos quanto nos femininos (herança
autossômica e não herança sexual). Se aparecer mais num tipo, pode se tratar de herança situada em cromossomos sexuais,
conseqüentemente os cálculos serão diferentes.
• Posteriormente devemos fazer a determinação da dominância ou recessividade entre os alelos. Para concluir se um fenó-
tipo é condicionado por um alelo dominante ou recessivo, devem-se pesquisar, no heredograma, casais em que ambos os
indivíduos são fenotipicamente iguais e têm descendente com fenótipo diferente do seu. O filho com fenótipo diferente dos
pais terá fenótipo e recessivo e os pais fenótipos dominantes e heterozigotos.
• Mais tarde, faz-se a localização dos homozigotos recessivos. Uma vez determinados o alelo dominante e o recessivo,
localizam-se os homozigotos recessivos: apenas eles (e todos eles!) manifestam o fenótipo recessivo.
• Por último faz-se a determinação dos demais genótipos. Podem-se determinar os genótipos, se não de todos, pelo menos
de uma parte dos indivíduos, considerando-se que um homozigoto recessivo recebe um alelo recessivo de cada um dos pais
e que transmite o alelo recessivo para todos os seus descendentes.
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03 nte
TAXONOMIA
Fic
h
01 a
Em 1735, o botânico e médico sueco Carl cientifica e evitando confusões geradas pela existência de no-
Von Linné (1707 - 1778; Lineu em português) mes populares diferentes para a mesma espécie. Estabeleceu
estabeleceu a espécie como unidade básica ainda a nomenclatura binominal (ou binomial) para a espécie,
de classificação,reunindo os seres vivos em ou seja, o nome de uma espécie é formado sempre por duas
cinco grupos taxonômicos: reino, classe, or- palavras, a primeira indica o gênero e a segunda, o termo ou
dem, gênero e espécie - e propôs uma hierar- epíteto específico (o epíteto, palavra que qualifica algo, costu-
quia de semelhança entre eles. Depois, outros ma ser um adjetivo, como sapiens, que quer dizer sábio, ou um
pesquisadores acrescentaram dois grupos: filo nome de pessoas latinizado). Por exem-
(para animais) ou divisão (para vegetais e fun- plo, o leão e a onça pintada
gos) e família. são classifica-
Espécies muito parecidas podem ser reunidas no grupo dos no gênero
gênero; neste o grau de semelhança é menor que na espécie. Panthera, mas
Gêneros afins formam famílias e estas compõem ordens, o leão perten-
que se reúnem em classes. Os filos ou as divisões são com- ce à espécie
postos por classes semelhantes. Os diversos filos ou divisões Panthera leo
são reunidos em reinos. e a onça, à es-
Lineu propôs também o uso de palavras latinas para de- pécie Panthera
nominar os organismos, unificando mundialmente a linguagem onca.
e Lineu,
notar qu
Convém os natu-
maioria d , acei-
como a oca
e sua ép
ralistas d is ta, isto é
,
v a a te oria fix é c ie s
Por causa da complexidade de certos grupos, foi necessário estabelecer grupos
ta esp
a que as intermediários: sub e supergêneros, sub e superfamílias, sub e supeordens, etc.
acreditav m . A idade de
íra
não evolu eria di-
o lu ç ã o s omente s culo
ev no sé
e aceita À medida que se afasta da espécie em direção ao reino, o grau de semelhança é menor
vulgada e c em anos
a d e, portanto menor o grau de parentesco entre os organismos de cada grupo.
XIX, cerc o trabalh
o de
is , c o m
dep o turalista
h a rl e s D arwin (na
C ).
09 - 1882
inglês 18 Regras Internacionais de Nomenclatura
Para que a classificação fosse uniforme, foi convencionada uma uma subespécie (populações da mesma espécie geograficamente
série de regras que devem ser seguidas por todos os cientistas; isoladas, que podem, no futuro, formar novas espécies) é trinomi-
vejamos algumas: nal (trinomial): Ex. Crotalus terrificus terrificus (cascavel brasileira),
1ª- Todos os nomes científicos devem ser escritos em latim; se de- Crotatus terrificus durissus (cascavel da Venezuela, Colômbia e
rivarem de outra língua, América Central).
deverão ser latinizados. 5ª- A designação do subgênero aparece entre o gênero e o termo es-
2ª- Os termos que indicam gênero até reino devem ter inicial pecífico, entre parênteses, com inicial maiúscula: Aedes(Stegomya)
maiúscula; o gênero é sublinhado ou aegypti (mosquito que transmite os agentes causadores da febre
escrito em itálico. amarela e da dengue).
3ª- A espécie é binominal, escrito em itálico ou sublinhado: Homo sa- 6ª- O nome das famílias dos animais recebe o sufixo idae e o da
piens (ser humano), Felis domesticus (gato subfamília, inae: Felidae, Felinae, etc. nas plantas, utiliza-se, em
doméstico), Musca domestica (mosca). geral, a terminação aceae para a família (Rosaceae, família da ro-
O primeiro termo indica o gênero seira e da macieira) e ales para a ordem (Coniferales, ordem do
e o segundo, o termo especí- pinheiro, da sequóia, etc.)
fico, escrito com inicial minús-
cula (se representar uma ho- Se o autor da descrição de uma espécie for mencionado, seu
menagem a alguém importan- nome (por extenso ou abreviado) deve aparecer em seguida ao ter-
te do país onde foi descrita mo específico sem pontuação; a data em que ele descreveu essa
a espécie, aceita-se o uso espécie vem após seu nome, precedida de uma virgula ou entre
da inicial maiúscula). parênteses: Trypanosoma cruzi Chagas, 1909 (protozoário que pro-
4ª- A nomenclatura de voca a doença de Chagas).
28 n BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br
Quando uma espécie é transferida de um gênero para outro ou muda-se o gênero, o nome do autor da primeira classificação é colocado entre
parênteses. Em 1758, Lineu classificou uma espécie de formiga como Formica sexdens; em 1804, o cientista dinamarquês Johan Christian
Fabricius (1743-1808) transferiu-a para o gênero Atta. Podemos, então, escrever: Atta sexdens (Linnaeus, 1758) Fabricius, 1804.
Têm prioridade os nomes apresentados em primeiro lugar de 1758 (data da décima edição do livro de Lineu, na qual ele apresentou
uma revisão de suas regras) para cá se os autores os publicarem em revistas científicas seguindo todas as regras; é necessário também
que na publicação conste uma descrição do animal. Assim, se um pesquisador, por acidente, descrever um animal já classificado, preva-
lecerá o nome inicial. Essa regra é conhecida como lei da prioridade.
EXEMPLO DE CLASSIFICAÇÃO
Todas as raças de gatos domésticos são capazes de cruzar entre si e produzir descendentes férteis. Por isso pertencem a es-
pécie Felis domesticus, que faz parte do mesmo gênero do gato selvagem (Felis silvestris). O gênero Phantera (leão, onça tigre)
e outros semelhantes compõe a família Felidae. Esta apresenta uma série de semelhanças com as famílias Canidae (cão, lobo),
Ursidae (urso), Hyaenidae (hiena), Mustelidae (quati), Viverridae (mangusto) e outras, formando a ordem Carnívora.
Com as ordens Primates (ser humano, macaco), Edentata (tatu, tamanduá), Rodentia (rato), Chiroptera (morcego) e outras,
a ordem Carnivora forma a classe Mammalia que, com as classes Aves, Reptilia, Amphibia, de peixes e outras, forma o filo
Chordata. Este e os outros filos de animais compõem o reino Animalia.
Liger
Canção da classificação
Lineu definiu num distante passado que a espécie que eu estudei formava um
binômio.
À um tempo atrás, pensou em nos dizer: Que olhando a estrutura, os seres
agrupou.
Classificou à sua maneira; sublinha a tempo a espécie inteira. Latinizarei para
que eu possa sim unificar os nomes, os termos. Espécie quem viu gênero tem
mais traços famílias eu não agrupei de modo errôneo. Das ordens
se faz a classe pra dizer: que filos quando se agrupam, um reino se formou
Música original:........Cap. Inicial, a sua maneira Bardoto
Autor: Prof. Rinaldo Barral
www.portalimpacto.com.br n BIOLOGIA 29
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03 nte
VÍRUS
Fic
h
02 a
O Vírus é uma partícula basicamente protéica que pode infectar organismos vivos. Vírus
são parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que eles somente se re-
produzem pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução
celular. O termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam eucarion-
tes (organismos cujas células têm carioteca), enquanto o termo bacteriófago ou
fago é utilizado para descrever aqueles que infectam procariontes (domínios
bactéria e archaea).Hoje sabemos que algumas formas de câncer — aguns
tipos de leucemia, por exemplo — podem ser causadas por vírus.
Como é desprovido de estrutura celular, o vírus não é nem procarionte nem
eucarionte, vindo daí a dificuldade em classificá-lo.
parasi-
c té ri as. Como
que a s b a anismos,
u ra: s menores v a riados org
Es t r u t
u cem v e z e
s nos m a is formados
v ír u s são dez o m causar doença e m . O s vírus são m, em
O s de no ho m ue conté
élulas, po inclusive ômero) q NA ou
tas das c fo re m , a (c a p s o D
q u e reino la d e proteín e p ode ser s
seja d e a cá p s u cléico , q u is todos o
s ic a m e n te por um u la d e ácido nu a s d o s vírus, po
ba molé c xclus iv
or, uma rísticas e cléicos. presos
seu interi u m a d a s caracte d o is ácidos nu e glicídios
E s ta é p re o s li p íd io s
RNA. têm sem m també
m
res vivos apresenta
outros se m p le x o s
mais co
Os vírus
u la .
à cáps
de
ns tipos
Reprodução e h o je que algu m e g a lo-
Sabe-s m o o cit o
c o
vírus de
DN A B inic m ia
u s d a hepatite da
O vírus não pussui as en- vírus e o
v ír uanto ain
zimas encarregadas da dupli- s e d e RNA enq o q u e a
a sínte mod
cação do ácido nucléico nem o s e fo rm ando, de d o is ti p os
estão tém os
equipamento necessário para viral con
partícula
nucléic so
a síntese de novas cápsulas. de ácidos
Por isso, é um parasita intra- com
celular obrigatório, ou seja, ele ele a cada divi-
só pode multiplicar-se no interior de uma célula são da célula
viva. Um dos vírus mais estudados é o bacteriófago ou fago, bacteriana,
que ataca bactérias, reproduzindo-se em seu interior. É impor- que mantém o
tante observar que, para a sua reprodução, o vírus utiliza todo seu metabolis-
o equipamento metabólico da bactéria. mo normal. O
A diferença está nas ordens recebidas por tal equipamento que vírus que se encontra assim, inativo, é chamado pró-fago e não
são dadas pelo DNA do vírus e não pelo da bactéria.Cada célula destrói a bactéria. Esse ciclo é chamado ciclo lisogênico
bacteriana infectada pode liberar centenas de novos vírus, que po- A qualquer momento, porém, o pró-fago pode transformar-se
dem atacar outras células, recomeçando o ciclo. Assim, o vírus do num fago virulento e causar a destruição da célula, caracteri-
resfriado invade apenas as células das mucosas das vias respira- zando um ciclo lítico. Essa mudança, chamada indução, pode
tórias superiores (nariz, faringe etc), onde se multiplica. ser produzida por raios ultravioleta e substâncias químicas que
O DNAdo vírus só comanda o metabolismo bacteriano se inibir o DNA causem mutações, ou então através de uma conjugação na qual
da bactéria. Mas isso nem sempre acontece. Muitas vezes, o DNA o pró-fago passe para o citoplasma de uma outra bactéria e nela
do vírus simplesmente se liga ao DNA da bactéria, reproduzindo-se consiga inibir o DNA.
30 n BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br
As defesas contra os vírus
Os antibióticos não têm efeito contra o vírus, mas nosso organismo possui defesas naturais, representadas pelos anticorpos e pelo inter-
feron, uma proteína que protege o corpo especificamente contra o vírus.
A produção de anticorpos confere proteção ao organismo por tempo variável, até mesmo por toda a vida, o que explica por que certas
doenças virulentas são de difícil reincidência. Os repetidos ataques de gripe e resfriado são explicados pelo fato de que tais vírus se encon-
tram espalhados de forma ampla pelo mundo. Como eles sofrem mutações periodicamente, existe sempre um novo tipo de vírus contra o
qual a população ainda não está imunizada.
Entre as defesas artificiais, as vacinas e o soro costumam fornecer boa proteção. Além disso, através da engenharia genética, o interfe-
ron já vem sendo fabricado.
contém
írus que
e tr o v ír us são v R N A as-
R
ia s im ples de a,
uma ca d e se revers ia simple
s e ex-
a à tr a nscripta N A is d e c a d e
socia d
produz D vira RNA das.
ima que al. íc u las sub g m entos de c é lu las infecta e um
uma enz o RNA vir Pa r t sculo s s e
núcleo d a s xílio d
m molde es: Minú lojam no itar do au
te n d o c o Viróid q u e s e a
s por n e c e s s
se multip
lica
es unidas s viróide sóide só
tremidad e re m d o d o v ir u in a d o tipo
ir u s ó id es: Dif is to é , o RNA te p o r d eterm
V gar, eame n
se propa simultan
vírus para stiver infectada tes à inati
va-
se a célu
la e
fe c ta n te s resisten e á c id os
u s . e p ro te ínas in d a m p ro teínas
de v ír léculas d gra
: São mo lmente de
Príons e n to s q ue norma
rocedim
ção por p
ic o s .
nuclé
Refrão
Transcriptase reversa (o vírus vai liberar) e produz o
DNA; (que o núcleo vai penetrar), a integrase do zero
(nada) vai misturar.(bis)
As pessoas se convencem que o linfócito escapou. Po-
rém estão doentes; sua proteção acabou; ah, o médico
disse: você descuidou.
Está no cromossomo e comanda a transcri-
ção Chegando no citoplasma é dono de uma Bibliografia:
tradução Há, o médico disse: você descuidou TRABULSI, Luís R. Microbiologia médica
Amabis, José M. Biologia dos organismos
Letra: Prof. Rinaldo Barral; Melodia: Coração pirata(Roupa nova) Linhares, Sérgio e Gewandsznajder, F.Biologia
Hoje
www.portalimpacto.com.br n BIOLOGIA 31
Fre
03 nte
VIROSES
Fic
h
03 a
O HPV está presente em mais de 90% dos casos de câncer do colo do útero, cujos
fatores de risco são:
baixas condições sócio-econômicas
início precoce da atividade sexual
multiplicidade de parceiros sexuais
tabagismo (diretamente relacionados à quantidade de cigarros fumados)
higiene íntima inadequada
Fonte: Instituto Nacional do Câncer
giões
umas re or-
Em alg o o N
as com
geográfic o , a inci-
sileir
deste bra ncer de colo
câ
dência de mais alta do
ú te ro é a
do o-se
estimand
mundo, 40 mil Higiene é a melhor forma de prevenção contra o câncer de pênis
torno de
que em erão
desenvolv A),
mulheres s il. ncer (INC
nça no B
ra
c io nal do Câ m u-
esta doe d o o Institu to N a
entre 10
e 1 2
S e g u n a m a ta
enç
, essa do
Exame de Papanicolau no Brasil . mulheres
que
rd ia 80% das
lheres po m q u e c â n c e r já
s q u is a s aponta s in to m as do
Pe com
o médico vançado.
O O exame preventivo do câncer do colo do útero (exame de Pa- procuram n ç a e m estágio a
panicolaou) consiste na coleta de material citológico do colo do útero, a do e
possuem
sendo coletada uma amostra da parte externa (ectocérvice) e outra da
parte interna (endocérvice). Para a coleta do material, é introduzido um Câncer d
espéculo vaginal e procede-se à escamação ou esfoliação da super- e pênis
O cânce
fície externa e interna do colo através de uma espátula de r que ating
condições d e o pênis
e higiene ín está muito
madeira e de uma escovinha endocervical. A mento do p tima do indiv ligado às
repúcio (fim íduo, sendo
fim de garantir a eficácia dos resultados, a ose) um fato o estreita-
r predispon
mulher deve evitar relações sexuais, Epidemiolo ente.
uso de duchas ou medicamentos gia
O cân
vaginais e anticoncepcionais lo- cer de pên
cidência em is é um tum
indivíduos or raro, com
cais nas 48 horas anteriores ao muito emb a partir do maior in-
ora tumore s 50 anos
exame. Além disto, o exame encontrado s malignos de idade,
s em indivíd do pênis p
não deve ser feito no período baixas con uos jovens. ossam ser
dições sóci Está relaci
menstrual, pois a presença higiene íntim o-econômic onado às
a e a indivíd as e de inst
de sangue pode alterar o o tumor re uos não circ rução, à m
presenta 2 uncidados. á
resultado. no homem % de todo No Brasil,
, sendo m s os casos
e Nordeste ais freqüe de câncer
do que na nte nas re
regiões de s regiões giões Nort
maior incid Sul e Sud e
casos de câ ência, o câ este. Nas
ncer de pró ncer de pên
stata e de b is supera o
exiga. s
Fonte: INCA;
InstitutoNac
ional do Cân
cer
32 n BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br
Herpes
Transmissão: contato direto com o portador. Os agentes etioló- permanece no organismo e pode
gicos do herpes simples são o Human herpesvirus 1(HHV-1) e o provocar novas lesões.
Human herpesvirus 2(HHV-2); 90% das primo-infecções são ina- Os fatores capazes de desencade-
parentes. O primeiro contato com o vírus do herpes simples tipo 1 ar as recidivas, tirar o vírus da latên-
ocorre na faixa de seis meses a três anos de idade e o vírus é trans- cia são: infecções das vias aéreas,
mitido principalmente por contato com saliva. O herpes simples tipo doenças que são acompanhadas de
2 é adquirido geralmente na fase de adolescência, coincidindo com febre alta (pneumonia, sinosites...),
o início das atividades sexuais, pois é transmitido principalmente raios solares, traumatismo, mestru-
durante o intercurso sexual. Manifestações clínicas mais frequentes ação, estress físico e emocional. As
do HHV-1: Gengivoestomatite herpética, erupção variceliforme de causas predisponentes são as que
Kaposi e ceratoconjuntivite. diminuem a resistência do paciente.
Manifestações clínicas mais frequentes do HHV-2: Vulvovagi- Na maioria dos casos, não se con-
nite herpética e meningoencefalite segue identificar o fator desencade-
Sintomas: pequenas vesículas cheias de líquido que, quando ante. É mais freqüente em adultos e
arrebentam, formam feridas nas mucosas ou na pele, com mais em crianças na faixa etária de 1 a 6
frequência nos lábios (herpes simples) ou na região genital (her- anos, podendo estar associado ao
pes genital). Embora as feridas cicatrizem em poucos dias, o vírus período da erupção dentária.
O agente etiológico pertence à família Flaviviridae, gênero O agente etiológico pertence à família Flaviviridae, gênero
flvivirus, espécie Dengue vírus e a transmissão ocorre atravé flvivirus, espécie Yellow fever virus. Transmissão:
da picada do mosquito Aedes aegypti. Sintomas: febre alta, pela picada do mosquito Aedes aegypti
dores musculares, articulares, na cabeça e nos olhos, (pequeno e de cor escura, que vive nas
inflamação na garganta e sangramento na boca e regiões urbanas e tem hábitos diurnos) e
no nariz; podem surgir, ainda, manchas avermel- do mosquito Haemagogus (no
hadas na pele, semelhantes às do sarampo. Cer- campo). O vírus penetra na pele
ca de uma semana depois, essas manifestações atraves da picada do artrópode
começam a desaparecer. Em pessoas sub-nutri- infectado e dissemina para os
das e debilitadas, a doença pode levar à morte. linfonodos locais, onde ocorre a
Na dengue hemorrágica, provocada por outro tipo multiplicação primária. A partir dos linfonodos,
de vírus, os sintomas se agravam e as pessoas devem o vírus penetra na circulação sanguínea e se
permanecer em observação no hospital. Prevenção: localiza no baço, no fígado, no rin, na medula
como o mosquito põe seus ovos em águas paradas óssea e nos gânglios linfáticos. Sintomas:
e limpas, caixas-d’água, poços e cisternas devem febre, vómito, dor no estômago e lesões do fígado, o que
estar sempre cobertos. A água de vasos de plantas deve ser torna a pele amarelada (icterícia). A morte pode resultar de
trocada com frequência e deve-se impedir o acúmulo de obje- lesões necróticas no fígado e nos rins.
tos que retenham água, como pneus, latas, garrafas, etc. O período de incubação é de três a seis dias Preven-
O período de incubação varia de 02 a 15 dias. ção: combate ao mosquito e vacinação.
MONERA
Reino Monera
Os organismos do
e co- gênero Rickettsia e
e tipos d
Formas s Mycoplasma são bac-
bactéria
lônias e térias pequenas (0,2 a
1 micrômero), de es-
trutura mais simples,
resultante de uma
adaptação à vida pa-
rasitária, uma vez que
ambos são parasitas
intracelulares. Provo-
cam doenças a ani-
mais, inclusive no ho-
mem: a Rickettsia cau-
sa o tifo exantemático
e o micoplasma, uma
forma de pneumonia.
Por isso, os micoplas-
mas receberam a de-
nominação de PPLO
(pleuropneumonia like
organisms, em inglês).
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Nutrição
A maioria das bactérias é heterotrófica por absorção, retirando moléculas orgânicas já digeridas do ambiente ou se seres
vivos que parasitam. As outras bactérias são autotróficas por fotossíntese ou por quimiossíntese.O esquema abaixo mostra a
equação da fotossíntese:
As bactérias que fazem quimiossíntese utilizam a energia química em vez de energia luminosa para a síntese das suas cadeias
de carbono. A energia química utilizada é proveniente de reações químicas de oxidação de compostos minerais.
Certas bactérias do solo, por exemplo, oxidam a amônia, formando nitritos (bactérias nitrosas); outras oxidam o nitrito, for-
mando nitratos (bactérias nítricas). Essas bactérias são importantes no ciclo do nitrogênio, fornecendo o nitrato absorvido pelos
vegetais, como mostra o esquema:
RESPIRAÇÃO E EXCREÇÃO
Quanto à respiração, as bactérias podem ser aeróbias ou anaeróbias. As bactérias anaeróbias podem ser facultativas ou
estritas (obrigatórias) .
As bactérias anaeróbias facultativas são assim chamadas porque tanto podem fazer respiração aeróbia – quando o ambiente
tiver oxigênio – como respiração anaeróbia – caso falte esse gás.
As anaeróbias obrigatórias não possuem as enzimas adequadas para o aproveitamento do oxigênio e morrem na presença
desse gás, como é o caso do bacilo do tétano. A fermentação das bactérias é usada na indústria para a produção de iogurtes,
coalhadas, queijos (lactobacilos) e vinagre (acetobacter), entre outros.
Finalmente, as excreções são eliminadas para o exterior, por difusão, através da membrana e da parede celular.
REPRODUÇÃO
www.portalimpacto.com.br n BIOLOGIA 35
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03 nte
BACTERIOSES
Fic
h
05 a
Figura 1 Figura 2
Sífilis. É causada pelo Treponema palli-
dum (espiroqueta), transmitido, geralmente,
por contato sexual (pode passar também
da mãe para o feto pela placenta). Um sinal
característico da doença é o aparecimento,
próximo aos órgãos sexuais, de uma ferida
de bordas endurecidas, indolor (o”cancro
duro”), que regride mesmo sem tratamen-
to. Entretanto, isso não significa que o in-
divíduo esteja curado, sendo absolutamen-
te necessários diagnóstico e tratamento
médicos. Sem tratamento, a doença pode
apresentar sérias consequências e compro-
meter diversos órgãos e o sistema nervoso,
provocando paralisia progressiva e morte.
- Cancro
Figura 1 bra.
da pálpe
primário
Tuberculose. Principal causa de mortes no final do século XIX e início do século XX, segue sendo a
- Sífilis
infecção mais importante causadora de mortes em adultos no mundo por um único agente infeccioso. Figura 2
a
Um dos mais significativos e completos estudos sobre a tuberculose foi realizado pelo alemão Robert secundári
Koch (1843-1910).
Em 1927, Arlindo de Assis aplicava pela primeira vez a BCG oral em recém nascidos
Causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis), compromete, em geral, os pulmões. O doente
apresenta tosse persistente, emagrecimento, febre, fadiga e, nos casos mais avançados, hemoptise (expectoração com sangue). As medidas
preventivas incluem vacinação das crianças - a vacina é a BCG (bacilo de Calmet Guérin) - e melhorias dos padrões de vida das populações
mais pobres. A infecção ocorre através de partículas infectantes e o tratamento é feito com antibióticos. Estima-se que 1,7 bilhão de
pessoas estejam infectadas pelo Mycobacterium tuberculosis, sendo esta doença responsável por cerca de 7% de todas as mortes ocorridas
na terra. No Brasil, anualmente ocorrem cerca de 5.000 mortes por tuberculose
Hanseníase (lepra) Em 1873, quando se acreditava ser a lepra uma punição divina,a doença da alma, o castigo do pecado, o cientista
norueguês Gerhard Henrik Amauer Hansen associou o microorganismo Mycobacterium leprae com a doença humana, a partir de biópsias
de lesões cutâneas.
Causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae), causa lesões na pele, nas mucosas e nos nervos (o doente apresenta falta de sen-
sibilidade na pele). Quando o tratamento é feito a tempo, a recuperação é total. A bactéria afeta predominantemente a pele, as vias aéreas
superiores, o sistema nervoso periférico e os olhos, podendo levar à cegueira.
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A lepra tuberculóide é caracterizada por lesões cutâneas e nervosas
localizadas e limitadas, com período de incubação variando entre dois a cinco
anos.A lepra lepromatosa apresenta lesões generalizadas com uma carga
multibacilar de 10 10 bacilos por grama de tecido, com período de incubação
variando entre oito e doze anos.
Leptospirose. Doença causada pela Leptospira interrogans, transmitida por água, alimentos e objetos contaminados por urina de ratos,
cães e outros animais portadores da bactéria. O doente apresenta febre alta, calafrios, dores de cabeça, musculares e articulares. No ho-
mem, a penetração pode ocorrer através da pele lesada ou de abrasões invisíveis a olho nu de membranas mucosas como da conjuntiva
e oro-nasofaringe. É necessário atendimento médico para evitar complicações renais e hepáticas.
Cólera- É causada por Vibrio cholerae. A bactéria se multiplica no intestino delgado e produz uma toxina que induz as células intestinais
a liberar água e sais. A perda de líquido, em forma de vômito e, principalmente, de diarréia, pode chegar de 12 a 20 litros em um só dia,
levando ao colapso dos órgãos e, com frquência, à morte. Adquire-se a bactéria pela ingestão de água ou de alimentos contaminados
com fezes de portadores. Como prevenção deve-se evitar alimentos preparados sem condições higiênicas adequadas e a ingestão de
água não potável. O tratamento é feito com antibióticos específicos.
1884, o bioquímico dinamarquês Hans Christhian Gram (1853-1938) descobriu que bactérias destruídas de uma camada de lipídios
associados a polissacarídeos na parede celular absorvem o corante violeta de genciana. Bactérias que possuem tal camada não absorvem
esse corante.
Esse processo, chamado coloração de Gram, é usado para classificar as bactérias em Gram-positivas ou Gram-negativas, conforme
absorvam ou não o corante. Essa classificação é importante, pois as bactérias Gram-positivas são mais sensíveis à penicilina e à sulfa.
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Fre
04 nte
SISTEMA
Fic
01 ha
CARDIO-VASCULAR ୂ Veia cava superior e veia cava inferior — são duas veias
grandes e grossas que chegam ao coração pelo lado di-
reito e desembocam no átrio direito. Elas recebem sangue
01. CONSTITUIÇÃO
- venoso de todo o corpo, através de diversos ramos: veia
2 átrios(direito e esquerdo) renal (rins), veia hepática (fígado) etc.
Coração - 4 cavidades ୂ Veias pulmonares — são quatro veias de calibre médio.
2 ventrículos (direito e esquerdo) Chegam ao coração pelo lado esquerdo, trazendo sangue
{
arterial dos pulmões ao átrio esquerdo.
Veias Vênulas ୂ Artéria pulmonar — é um vaso grosso que sai do ven-
trículo direito e se ramica em duas. Transporta sangue
Vasos Sangüíneos Capilares venoso do coração para os pulmões.
ୂ Artéria aorta — é um vaso grande e grosso. Sai do ven-
Artérias Arteríolas trículo esquerdo e leva sangue arterial à todo o corpo. A
partir do coração, se ramica e se espalha por todos os ór-
{
-Venoso (desoxigenado): rico em O2 e pobre em CO2 gãos do corpo, recebendo nomes diferentes: artéria renal
Sangue (rins), artéria hepática (fígado), coronárias (miocárdio), ca-
Arterial (oxigenado): rico em O2 e pobre em CO2 rótidas (cabeça); subclávias (braços), gástrica (estômago),
pancreática (pâncreas), mesentérícas (intestinos), esplêni-
Vasos
Vaso
os Linfáticos ମ Linfa ca (baço), pudendas (órgãos genitais) e ilíacas (membros
inferiores).
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05. TIPOS DE CIRCULAÇÃO HUMANA 06. O TRABALHO CARDÍACO
ୂ Pequena circulação / Circulação pulmonar: é o percurso A contração do miocárdio é chamada de sístole (o cora-
do sangue do ventrículo direito até os pulmões (hemato- ção expulsa o sangue) enquanto que o seu relaxamento é cha-
se), através da artéria pulmonar, e dos pulmões até o átrio mado de diástole (o coração enche de sangue). A sístole de-
esquerdo, através das veias pulmonares. termina uma pressão no sistema arterial chamada de pressão
sistólica(máxima), que é de mais ou menos 120 mmHg. Na
diástole(pressão diastólica ou mínima) a pressão é de mais ou
CORAÇÃO न PULMÕES न CORAÇÃO
menos 80 mmHg. Dizemos então, que em condições normais
(Hematose)
(normotensão arterial), a pressão arterial deve ser de 120 por
80 mmHg. No homem adulto em repouso a frequência cardíaca
ୂ Grande circulação/Circulação sistemica: é o percurso do (batimentos do coração) é de 70 a 80 minuto batimentos por
sangue do ventrículo esquerdo até todo o organismo (Efei- mínuto(bpm).
to Böhr), através da artéria aorta e de seus ramos e dos
diversos órgãos até o átrio direito, através das veias cavas.
07. REGULAÇÃO DA FUNÇÃO CARDÍACA
CORAÇÃO न CORPO न CORAÇÃO O coração é uma bomba hidráulica que deve funcionar con-
(Efeito Böhr) tinuamente, durante toda a vida, mas também ajustar-se às so-
licitações do organismo quanto a um maior ou menor uxo de
PEQUENA CIRCULAÇÃO sangue. Inicialmente devemos lembrar que ele é um orgão capaz
de se auto-estimular para garantir a contração, o que é chamado
automatismo cardiáco. A melhor prova disso é que, cortando-se
toda sua inervação, ele continua a se contrair, além das bras
musculares estriadas, caracteristicas do miocárdio, o coração
tem um tipo especial de bras nervosas, que se agrupam em
regiões bem determinadas. A primeira massa de bras nervo-
sas condutoras ca na base da veia cava superior e constitui o
nódulo sino-atrial(S.A.) ou nódulo sinusal que é o marca-passo
cardiáco; iniciando o estímulo para a contração. Daí os impulsos
vão para o nódulo atrio-ventricular (A.V.) atingem o feixe de His,
situado entre os ventriculos, chegando às bras de Purkinge. O
impulso se propaga com grande rapidez, determinando a con-
tração total do miocárdio, que caracteriza a sístole ventricular.
GRANDE CIRCULAÇÃO
Marcapasso Desbrilador
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Fre
04 nte
SISTEMA
Fic
02 ha
CARDIO-VASCULAR II OBSERVAÇÃO: PS - PD
* 120 / 80 mm Hg
TRABALHO CARDÍACO * 140 / 60 mm Hg
* 130 / 70 mm Hg
Movimentos do Coração:
AUTOMATISMO CARDÍACO
{
SÍSTOLE (Condução elétrica do coração)
Miocárdio
DIÁSTOLE
à DOS
CONTRAÇÃO
Esvaziamento dos
DESFIBRILADORES
VENTRÍCULOS
ventrículos
Enchimento dos átrios
FREQUÊNCIA CARDÍACA
Obs:
{ -Hipertensão arterial: ଭ PA
-Hipotensão arterial: ଯ PA
-Normotensão
- arterial:
rter
rt
terial:
l:
40 n BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br
CIRCULAÇÃO NOS VERTEBRADOS ANFÍBIO RÉPTIL
DUPLA
CIRCULAÇÃO
INCOMPLETA
CROCODILIANOS - AVES
- Circulação Aberta: Sangue circula no coração, vasos sangüí- MAMÍFEROS
neos e em lacunas.
DUPLA
CIRCULAÇÃO
COMPLETA
PEIXE
SIMPLES
CIRCULAÇÃO
COMPLETA
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04 nte
HEMATOLOGIA
Fic
h
03 a
O estudo do sangue
TECIDO SANGUINEO
O sangue é um tecido fluido, no qual as células ou elemen- corpos. Por serem células capazes de deformação, os leucócitos
tos figurados estão contidas num líquido denominado plas- podem atravessar as paredes dos vasos capilares (diapedese) e
ma. Há três tipos básicos de células: as hemácias, os leucóci- se deslocar no tecido conjuntivo através de movimento ame-
tos e as plaquetas (fragmentos de células). bóide, por emissão de pseudópodos.
ELEMENTOS
FIGURADOS
Granulócitos
• Glóbulos
vermelhos
PLASMA
• Glóbulos
• 92% água brancos
• 7% de • Plaquetas
proteínas
e sódio
• 1% outras Neutrófilo Eosinófilo Basófilo
substâncias ENDOTÉLIO
dissolvidas
Agranulócitos
a) Plasma
Contém aproximadamente 90% de água. Nele estão dissolvi-
das proteínas como a albumina, as globulinas e o fibrinogênio.
Além disso, encontram-se no plasma: aminoácidos, açúcares
e lipídios simples, substâncias resultantes da digestão, que
são distribuídas às células. Por outro lado, também se encon-
tram presentes materiais da excreção nitrogenada, como uréia,
ácido úrico e creatinina, removidos dos tecidos. Da compo-
sição do plasma fazem parte ainda vitaminas, hormônios e Linfócito
sais minerais. diapedese
fagocitose
b) Hemácias/eritrócitos/glóbulos vermelhos
São Células discóides bicôncavas e anucleadas nos mamí-
feros. Há aproximadamente 5.000.000 de hemácias por mm3
de sangue humano. Elas contêm uma alta taxa do pigmento pseudópode
hemoglobina(cor vermelha do sangue), que tem uma grande
afinidade pelo oxigênio. Um pigmento eficiente no transporte Saída de um leocócito do sangue (diapedese) e
Monócito fagocitose de micróbios invasores
de O2 deve ter duas propriedades básicas:
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São fragmentos de células da medula óssea, ricos em subs-
tâncias promotoras da coagulação sangüínea. As plaquetas, em
certas circunstâncias, liberam tromboplastina, que desencadeia A circulação linfática
uma série de reações. Estas culminam com a transformação do
fibrinogênio, solúvel, em fibrina, proteína insolúvel. A fibrina Anemia → diminuição do núm
ero de hemácias
forma uma rede que aprisiona as células sangüíneas, consti- (menos de 4.000.000)
tuindo em conjunto o coágulo. A coagulação é um processo
importante, já que é através dele que hemorragias são bloque- Leucopenia → diminuição do núm
ero de leucócitos
adas. Nos hemofílicos faltam uma das substâncias relacionadas (menos de 4.000): viroses.
à coagulação, interrompendo-se assim a cadeia de reações que
levam à formação de fibrina. Leucocitose → Aumento do núm
ero de leucócitos
(mais de 10.000): Bacterioses
Leucemia → Aumento exagerado de
Processo de coagulação leucócitos anor-
mais (mais de 50.000)
adenoide fluído
intersticial linfonodos do corpo
tonsila preauricular
capilar occipital
linfático do mento submandibular
cervicais
paraesternais
timo
capilar axilares
nódulos sanguineo
linfáticos
cubitais
baço células dos tecidos vaso
linfático
apêndice
das poplitéias
massa de linfócitos
vasos linfáticos e macrófagos
nódulo linfático
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Fre
04 nte
Sistema Reprodutor Fic
04 a
h
FEMININO
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Conjunto de órgãos destinados a produção de gameta (óvu- lado do baixo ventre (fossa ilíaca direita e esquerda). São res-
lo), produção de hormônios, fecundação, acomodação, desen- ponsáveis pela produção do óvulo e de hormônios sexuais fe-
volvimento e expulsão do feto. mininos (estrógeno e progesterona). São glândulas mistas ou
anfícrinas.
1. Constituição: a) Partes: cada ovário é constituído por duas camadas: córtex;
É constituído pêlos órgãos reprodutores e estruturas anexas. medula.
a) Órgãos Reprodutores: Ovário – Tuba Uterina - Útero - Vagina. • Córtex: camada externa responsável pela formação do
óvulo.
ovário tuba uterina • Medula: camada interna responsável pela produção dos hor-
útero mônios ovarianos (estrógeno e progesterona).
Observações:
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3. L.H. (Hormônio Luteinizante): elaborado pela hipófise, Se houver fecundação
determinando:
• Rompimento do foliculo de Graaf e a liberação do ovócito II, 1. O córion produz a gonadotrofi
na coriônica (HCG)
fenômeno chamado de ovulação. que mantém a taxa de progesterona
alta.
• Desenvolvimento do corpo amarelo (corpo Lúteo) e a produ-
ção por este do hormônio progesterona. 2. A partir da 12ª semana, a placenta
passa a produzir
progesterona até o final da gravidez
.
4. Progesterona: produzida pelos ovários (corpo amarelo),
determina: TUBA UTERINA(oviduto, trom
pa de Falópio): ór-
• Preparação da camada interna do útero (endométrio) para gão reprodutor responsável pelo
fenômeno da fe-
receber o ovo (zigoto). cundação, que ocorre em seu terç
o distal, superior ou
• Paralização da produção de FSH pela hipófise. externo.
Artéria uterina
Maturação dos órgãos
Sistema
reprodutores; preparação
reprodutor
Ovário do útero para a gravidez. mioma
Completa a preparação
da mucosa uterina
Útero
(endométrio) e a mantém
Progesterona preparada para a gravidez.
útero
Estimula o desenvolvimento
Mamas
das mamas.
Trompa de Falópio
catéter
mioma
Ovário útero intramural
bexiga urinária
ureta
mioma
subsaroso
clitóris
mioma
mioma
submucoso
ânus vagina pediculado
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Fre
04 nte
Sistema Reprodutor Fic
05 a
h
MASCULINO
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
O sistema reprodutor masculino humano compreende os ór- testículo, em comunicação direta com os túbulos seminiferos.
gãos genitais externos (genitália externa) e órgãos localizados Os espermatozóides recém-formados passam para o epidídi-
no interior do corpo. A genitália externa é formada pelo pênis e mo. onde terminam sua maturação e ficam armazenados até
pelo saco escrotal. Os órgãos reprodutores internos são os tes- sua eliminação durante o ato sexual.
tículos, epididimos, canais deferentes, canal ejaculador e pênis
(uretra) e as glândulas acessórias: vesículas seminais, próstata e Vasos deferentes (canais deferentes; dutos espermáticos)
glândulas bulbouretrais (Cowper).
Os vasos (ou canais) deferentes são dois tubos musculosos
que partem dos epidídimos e sobem para o abdome, contor-
nando a bexiga urinaria. Sob a bexiga, os vasos deferentes pro-
Bexiga urinária
venientes de cada testículo se fundem em um tubo único, o
duto ejaculador, que desemboca na uretra.
Vesícula seminal
Vesículas seminais
Próstata
Canal ejaculador As vesículas seminais são duas glândulas, localizadas atrás
e sob a bexiga urinária. Elas produzem um líquido nutritivo,
Glândula de Cowper o fluido seminal, que contém o açúcar frutose e cuja função é
nutrir os espermatozóides. A secreção das vesículas seminais é
Canal deferente lançada no duto ejaculatório e constitui cerca de 60% do vo-
Pênis (uretra) lume total do fluido eliminado durante o ato sexual. A vesícula
seminal também secreta prostaglandinas.
Epidídimo
Próstata
Testículos
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Ejaculação
Ereção
No clímax do ato sexual, o sêm
en (esper- os ca-
ma), constituído: espermatozóides
e pelas Enchimento de sangue nos tecid
secreções das glândulas acessóri vernosos do pênis
as (líquido
seminal, líquido prostático e líqu
ido bul-
buretral), é expulso do corpo por
meio de
contrações rítmicas da parede
dos dutos
espermáticos. A eliminação dos espe
rmato-
zóides é chamada ejaculação.
Observação:
• A Hipófise faz o controle horm
onal no
homem através da produção de
2 (dois)
hormônios que agem nos testículo
s: F.S.H.
e L.H. (I.C.S.H.).
Testosterona
vesícula seminal
ureter
epidídimo
bexiga urinária
canal
deferente
canais
seminíferos
testículo
corpo
cavernoso
FSH
LH
ureta
corpo esponjoso
próstata epidídimo
glândula de Cowper
testículo
Líquido seminal
Sêmen
Líquido prostático
Líquido bulbo-uretal
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