Depoimentos para A História Ditadura Paraná PDF
Depoimentos para A História Ditadura Paraná PDF
Depoimentos para A História Ditadura Paraná PDF
para a História
A Resistência à
Ditadura Militar no Paraná
Antônio Narciso Pires de Oliveira
Fábio Bacila Sahd
Silvia Calciolari
Depoimentos
para a História
A Resistência à
Ditadura Militar no Paraná
Realização:
Coordenação:
Curitiba
2014
Depoimentos para a História – A Resistência à Ditadura Militar no Paraná
O presente projeto foi apresentado no ano de 2012 à III Chamada Pública do Projeto Marcas da Memória, da
Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, e selecionado por Comitê independente para fomento. A realização
do projeto objetiva atender as missões legais da Comissão de Anistia de promover o direito à reparação, memória e
verdade, permitindo que a sociedade civil e os anistiados políticos concretizem seus projetos de memória. Por essa
razão, as opiniões e dados contidos na publicação são de responsabilidade de seus organizadores e autores, e não
traduzem opiniões do Governo Federal, exceto quando expresso em contrário.
ISBN 978-85-85820-74-9
1. Depoimentos - História. 2. Ditadura militar - Paraná. 3. Ditadura militar - Resistência -
Paraná. 3. DHPaz - Sociedade Direitos Humanos. I. Shad, Fábio Bacila. II. Calciolari, Silvia. III. Título.
CDD 981.062
9
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ilia-debate.html
ade-livre-de-bras
.br/2013/03/tv-cid
antannaeainfocom.blogspot.com
Foto: http://chicos
Foto de Evandro Teixeira. http://nuncamaisde.wordpress.com/
Soldados n
Depoimentos para a História
PRESIDENTE:
Paulo Abrão
Paulo Abrão é Secretário Nacional de Justiça do Brasil. Presidente
do Comitê Nacional para Refugiados, do Comitê Nacional para o Enfren-
tamento ao Trafico de Pessoas e da Comissão de Anistia do Ministério da
Justiça que promove processos de reparação e memória para as vítimas
da ditadura militar de 1964-1985. Diretor do Programa de Cooperação
Internacional para o desenvolvimento da Justiça de Transição no Brasil
com o PNUD. Integrou o Grupo de Trabalho que elaborou a Lei que institui
a Comissão Nacional da Verdade no Brasil. Juiz integrante do Tribunal
Internacional para a Justiça Restaurativa em El Salvador. Membro di-
retor da Coalização Internacional de Sitio de Consciência e presidente
do Grupo de Peritos contra a Lavagem de Dinheiro da Organização dos
Estados Americanos. Atualmente coordena o comitê de implantação do
Memorial da Anistia Política no Brasil. Possui doutorado em Direito pela
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e é professor do Curso
de Mestrado e Doutorado em Direito da Universidade Pablo de Olavide
(Espanha). Possui publicações publicadas em revistas e obras em língua
portuguesa, inglesa, alemã, italiana e espanhol.
VICE-PRESIDENTES:
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CONSELHEIROS:
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
Carol Proner
Conselheira desde 14 de setembro de 2012, nascida em 14 de julho
de 1974 em Curitiba/PR. Advogada, doutora em Direito Internacional
pela Universidade Pablo de Olavide de Sevilha (Espanha), Professora de
Direito Internacional da Universidad Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
Co-Diretora do Programa Máster-Doutorado Oficial da União Européia,
Derechos Humanos, Interculturalidad y Desarrollo - Universidade Pablo
de Olavide/ Univesidad Internacional da Andaluzia. Concluiu estudos de
Pós-Doutorado na École de Hautes Etudes de Paris (França). É autora
de artigos e livros sobre direitos humanos e justiça de transição.
Cristiano Paixão
Conselheiro desde 1º de fevereiro de 2012. Nascido na cida-
de de Brasília, em 19 de novembro de 1968, é mestre em Teoria e
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Mário Albuquerque
Conselheiro desde 22 de outubro de 2009. Nascido em For-
taleza/CE, em 21 de novembro de 1948. É membro da Associação
Anistia 64/68. Atualmente preside a Comissão Especial de Anistia
Wanda Sidou do Estado do Ceará.
Nilmário Miranda
Conselheiro desde 1º de fevereiro de 2012. Nascido em Belo
Horizonte/ MG, em 11 de agosto de 1947, é Jornalista e mestre em
Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
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Marcas da Memória:
Um projeto de memória e reparação
coletiva para o Brasil
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Apresentação
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Paulo Abrão
Secretário Nacional de Justiça e Presidente da
Comissão de Anistia do Ministério da Justiça
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Prefácio
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Foto: http://terceiroeca.blogspot.com.br/2012/10/continuacao-ditadura-no-brasil-resumo.html
Foto: http://www.blogdacomunicacao.com.br/wp-content/uploads/2014/03/ditadura-brasil.jpg
Semana da Pátria.
Os Generais ditadores.
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1
Quadro de Siglas na página 47.
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MASSACRE DE
MEDIANEIRA
Em 13 de Julho de
1974, seis militantes da
Vanguarda Popular Re-
volucionária (VPR) foram
atraídos para uma embos-
cada e assassinados no
município de Medianeira
no Paraná, constituindo-se
num dos episódios mais
nebulosos, até hoje, entre
todos os casos de mortes
e desaparecimentos polí-
ticos ocorridos no Brasil,
durante a ditadura militar.
FONTE:
Reprodução do livro “Direito à Memória e à
Verdade” editado pela Comissão Especial
sobre Mortos e Desaparecidos – 2007
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Homenagem Especial
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QUADRO DE SIGLAS
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http://www.memoriasreveladas.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1379&sid=5
50
Sumário
51
Depoimentos para a História
Adélia Lopes Salamene .......................... 159 David Pereira de Vasconcelos ............... 197
Adolpho Mariano da Costa .................... 160 Délio Nunes César ................................. 199
Ana Beatriz Fortes ................................. 169 Ebrahim Gonçalves D.Oliveira ............... 208
Antonio Acir Breda ................................. 170 Edesio Franco Passos ........................... 208
Antonio Albino Ramos de Oliveira ......... 171 Edezina de Lima Oliveira ....................... 210
Antônio Narciso Pires de Oliveira .......... 173 Elisabeth Franco Fortes ......................... 211
Danilo Schuab Mattozo ......................... 194 Ildeu Manso Vieira Junior ....................... 231
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João Bonifácio Cabral Junior .................. 236 Marcelo Oikawa ..................................... 271
João Elias de Oliveira ............................. 236 Marco Antonio Fabiani ........................... 272
João Olivir Gabardo ............................... 238 Maria Aparecida Arruda ......................... 273
José Antonio Trindade ........................... 241 Mário Luiz Antonello .............................. 277
José dos Reis Garcia .............................. 243 Matsuko Mori Barbosa ............................ 278
José Ferreira Lopes ............................... 244 Maurício Requião de Mello e Silva ......... 279
José Maria Correia ................................ 248 Neide de Azevedo Lima ......................... 283
Judite Barboza Trindade ......................... 250 Neusa Pires Cerveira ............................. 284
Laércio Souto Maior ............................... 253 Olanda Brauza de Castro Esteves ......... 287
Lauro Consentino Filho .......................... 254 Osiris Boscardim Pinto ........................... 288
Leonardo Henrique dos Santos ............. 257 Osvaldo Macedo .................................... 291
Luiz Donadon Leal ................................. 263 Pe. Orivaldo Robles ............................... 297
Luiz Edson Fachin ................................. 263 Pedro Agostineti Preto ........................... 297
Luiz Fernando Esteche .......................... 264 Pedro Paulo Perroni da Silva ................. 298
Luiz Henrique Bona Turra ....................... 266 Ramires Pozza ...................................... 300
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Reinoldo da Silva Atem .......................... 302 Valdir Izidoro Silveira .............................. 315
Romeu Bertol ......................................... 306 Victor Horácio de Souza Costa .............. 319
Rosi Vilas Boas ...................................... 307 Vitor Moreschi Filho ............................... 320
1968 - Toma
da da reito
derrubada b ria
usto Suplic
y
Fonte: Foto do acervo de Narciso Pires
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Capítulo 1:
A ditadura civil-militar
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
1
FERREIRA, Jorge (A). O governo Goulart e o golpe civil-militar de 1964. In: ______;
DELGADO, Lucilia de Almeida Neves. O Brasil Republicano: o tempo da experiência
democrática. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
2
FERREIRA, Jorge (B). Crises da República: 1954, 1955 e 1961. In: ______; DELGADO,
Lucilia de Almeida Neves. O Brasil Republicano: o tempo da experiência democrática. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
3
NEGRO, Antonio Luigi; DA SILVA, Fernando Teixeira. Trabalhadores, sindicatos e política
(1945-1964). In: FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucilia de Almeida. O Brasil Republicano:
o tempo da experiência democrática. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. p. 85-86.
4
SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Crise da ditadura militar e o processo de abertura
política no Brasil, 1974-1985. In: FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucilia de Almeida Neves.
O Brasil republicano: o tempo da ditadura: regime militar e movimentos sociais em fins do
século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. p. 249; 254; 260.
5
MOREIRA, Vânia Maria Losada. Os anos JK: industrialização e modelo oligárquico de
desenvolvimento rural. In: FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucilia de Almeida. O Brasil Republicano:
o tempo da experiência democrática. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. p. 180.
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6
FERREIRA (B), op. cit., p. 401.
7
RIDENTI, Marcelo. O fantasma da revolução brasileira. 2ª edição. São Paulo: Editora
UNESP, 2010. p. 27-39.
8
DIAS, Reginaldo B. Sob o signo da revolução. a experiência da AP no Paraná. 1. ed.
Maringá: Eduem, 2003. v. 1. p. 150-160.
9
ESTADO DO PARANÁ. Comissão Especial de Indenização. Processo nº 209, datado de 10
de fev. de 1998 (p. 3 do arquivo digital).
10
RIDENTI, Marcelo., op. cit., p. 102.
11
RIDENTI, Marcelo, op. cit., p. 27-39.
12
RIDENTI, Marcelo, op. cit., p. 102.
13
RIDENTI, Marcelo, op. cit., p. 27-39.
14
FOLHA DE SÃO PAULO. 80.000 universitários entram em greve. 4 de maio de 1977. In:
DEAP. Pasta DOPS: Movimento de Emancipação do Proletariado, nº 1389, Topografia: 165.
15
SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Crise da ditadura militar e o processo de abertura
política no Brasil, 1974-1985. In: Crises da República: 1954, 1955 e 1961. In: ______;
DELGADO, Lucilia de Almeida Neves. O Brasil Republicano: o tempo da experiência
democrática. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
16
NAPOLITANO, Marcos. 1964: história do regime militar brasileiro. São Paulo: Contexto, 2014.
17
HELLER, Milton. op., cit., p. 538.
18
ESTADO DO PARANÁ. Comissão Especial de Indenização. Processo nº 209, datado de 10 de
fev. de 1998 (p. 10 do arquivo digital).
19
HELLER, Milton Ivan. Resistência democrática: a repressão no Paraná. Curitiba: Secretaria
de Cultura do Estado do Paraná, 1988. p. 353.
20
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE ARQUIVO PÚBLICO (DEAP-PR). Pasta DOPS: “Centro
Popular de Curitiba” [CPC/PR], nº212, Topografia: 24.
21
DEAP. Pasta DOPS: ficha individual de Milton Ivan Heller, nº 06.872.
22
HELLER, Milton I., op. cit., p. 60-79.
23
Tristão de Athayde. A luta pelo direito. Jornal do Brasil. 5 de janeiro de 1978. Apud Roberto
Martins. Anistia: tema atual. Folha de Londrina. Caderno 3, 16 de julho de 1978. p. 6.
24
Ainda que, inicialmente, a posição oficial de Geisel tenha sido afirmar que o governo não cogitava
“distensão”, nem a revogação do AI-5, muito menos a Anistia, a partir de 1975 o movimento
pela Anistia paulatinamente se transforma em fator de mobilização popular, deixando de
ser uma simples reivindicação. Então, começam a surgir e se organizar nacionalmente as
primeiras organizações e movimentos, como o Movimento Feminino pela Anistia, e se difundir
jornais ligados ao tema e à defesa dos Direitos Humanos. Não é por acaso que, o primeiro
boletim informativo do Comitê Londrinense pela Anistia e Direitos Humanos (CLADH) termina
com os seguintes dizeres: “Pela Anistia, pelos Direitos Humanos, pela Democracia”. Mas, é
a partir de 1977 que a luta pela Anistia ganha musculatura no Brasil e no exterior e passa
a tomar as ruas. Em países como Portugal, França, Suécia e Itália já atuavam comitês de
solidariedade às vítimas da violência política e pela Anistia geral no Brasil.
25 MARTINS, Roberto. Anistia: tema atual. Folha de Londrina. Caderno 3, 16 de julho de
1978. p. 7.
26 Folha de Londrina. Bispo de Apucarana: “Que a morte do estudante seja semente da
paz”. 12 de agosto de 1978.
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Capítulo 2:
As organizações
políticas no Paraná
O processo de mobilização e
definição das estratégias de luta
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Política Operária
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As vanguardas revolucionárias:
VPR e VAR-Palmares
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formar o PT, PTB e PDT. Com a saída dos últimos grupos de esquerda
já após a ditadura – com exceção do MR-8 -, prevaleceram os eme-
debistas com tendências moderadas e direitistas. Um balanço final
mostra que o MDB, ao longo de sua existência e na falta de outra
opção institucional, abrigou e serviu como canal de expressão de
diferentes segmentos das esquerdas e de democratas radicais, sendo
um laboratório de militantes, organizações políticas e movimentos
sociais ciosos por manifestar sua oposição ao regime e popularizar
suas propostas e lideranças49.
Quanto à atuação do MDB no Paraná, é de extrema valia o
depoimento e as obras de Sylvio Sebastiani, que atuou ativamente no
partido, em vários momentos como dirigente, desde sua gênese até
o final. Lembra ele que, juntamente com o então Deputado Federal
Miguel Buffara – ambos vinculados ao extinto PTB - começaram a
articular o MDB tão logo o regime anunciou o bipartidarismo. “Uma
grande parte dos deputados estaduais e federais que eram do PTB
foi para a Arena, foram apoiar a ditadura, e outra parte ficou de fato
no MDB, apoiando o MDB, colocando-se como oposição ao governo
ditatorial”50. Na visão de Sebastiani, no Paraná, enquanto aqueles
que mudaram de lado o teriam feito por medo ou por “interesses
financeiros e gosto pelo poder”, a minoria que integrou o MDB fora
motivada pela “recondução do país aos trilhos da Democracia”. Além
de uma parcela do PTB um grupo do PDC – no qual se destaca José
Richa que viria a ser governador do Estado, eleito em 1982.
A fragmentação de trabalhistas e democratas entre a Arena e
o MDB debilitou sobremaneira o partido nas primeiras eleições es-
taduais e municipais. Mas, se eleitoralmente esses resultados foram
insatisfatórios, politicamente foram passos iniciais fundamentais
para sedimentar o partido no Estado, sobretudo a partir da bancada
de deputados estaduais e dos esforços de Buffara, Sylvio Sebastiani,
Sebastião Rodrigues (Pato Branco) e Olivir Gabardo (Londrina). No
pleito municipal de 1968, “houve um leve crescimento do MDB”,
inclusive com a eleição de alguns prefeitos, quando foram superadas
várias dificuldades. Entre elas, a indisponibilidade de candidatos
para concorrer na legenda contrária à ditadura e as pressões do
regime que levavam a desistências e impedimentos de candidaturas
ou a intervenções duvidosas nos resultados, como nas eleições mu-
nicipais de Curitiba, em 1968, e nas estaduais de 1974.
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Trabalhadores em luta
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1
RIDENTI, Marcelo. op. cit., p. 63-65.
2
RIDENTI, Marcelo. op. cit., 27-39; 63-65.
3
RIDENTI, Marcelo. op. cit., 27-39.
4
RIDENTI, Marcelo. op. cit., 39-49.
5
RIDENTI, Marcelo. op. cit., 39-49.
6
RIDENTI, Marcelo. op. cit., 39-49.
7
RIDENTI, Marcelo. op. cit., 39-49.
8
RIDENTI, Marcelo. op. cit., 50-59.
9
RIDENTI, Marcelo., op. cit., 50-59.
10
RIDENTI, Marcelo., op. cit., 27; 46.
11
RIDENTI, Marcelo., op. cit., 28-29.
12
ESTADO DO PARANÁ. Comissão Especial. Processo nº 209, 10 de fev. de 1998 (p. 3 do
arquivo digital).
13
Quem quiser levantar mais informações sobre o PCB, há uma listagem extensa dos
membros do partido no período populista e começo da ditadura, na pasta 1505b, número
de tombo 181, referente ao PCdoB. Constam ainda nessa pasta informações sobre a
possível estada de Ernesto Che Guevara no Paraná (p. 143).
14
DEAP. Arquivo DOPS/PR. Pasta nº 1.465. apud: BRUNELO, Leandro. Universos opostos:
o embate político entre os militantes do PCB e a DOPS/PR durante o regime militar.
Histórica – revista eletrônica. Edição 34, janeiro de 2009. Disponível em: <http://www.
historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao34/materia04/>. Acesso em 8
jan. de 2014.
15
DEAP. Pasta DOPS: “Partido Comunista Brasileiro”, nº1490a. Os seguintes nomes foram
associados ao partido pela repressão: Aparecido Moralejo, Hiram Ramos de Oliveira, João
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Batista Tezza, Dilma Maria Pereira Lara, Marilda Kobachuk, Laélio de Andrade, Edgard
Schatzmann, Bruno, Jafet, Sobrinho e Serrano, “Carlinhos” (codinome), “Paulo”, “Lucas”,
o ex-combatente da república espanhola contra Franco “Nogueira” (Luis Lopez Rey) e
“Jacob (israelita), que tinha gráfica”, afora certa “gente operária das bases de Vila Guairá,
Wenceslau Brás, Portão, Vila Hauer, Vila Pinto, Fazendinha, Vila São Paulo, Santos
Andrade, etc.”.
16
DEAP. DOPS: Informe 60/73, pasta 1.466a.
17
Dentre os vários presos na referida operação estavam Osíris Boscardim e Pedro
Agostinete Preto, ambos de Apucarana, Francisco Luiz de França, Narciso Pires, Honório
Delgado Rúbio, Luís Gonzaga Ferreira (presidente do MDB de Londrina), João Alberto
Einecke, Mário Gonçalves Siqueira, Eujácio de Almeida e Paulo Simeão (sindicalistas
em Paranaguá), Osvaldo Alves (Mandaguari), Ildeu Manso Vieira, Nilton Abel de Lima
(vereador do MDB em Paranaguá), Genecy de Souza Guimarães (Vereador do MDB em
Londrina), Lenine Passos (vereador em Guarapuava).
18
DEAP. Pasta DOPS: “Partido Comunista do Brasil”, nº 1507, número de tombo, 181, p. 24-26.
19
HELLER, Milton I. op., cit., p. 523.
20
HELLER, Milton I. op., cit., p. 549-555.
21
RIDENTI, Marcelo. op., cit., p. 48.
22
Foram presos no Paraná como membros da organização (não que todos tivessem
vinculação orgânica com ela): Olien Lustoza de Moraes, Arno André GIesen, Letímio
Vieira, Galdino Moisés de Oliveira, Carlos Frederico Marés de Souza Filho, Rosa Maria
Viana de Castro, Déa Silvia Pereira, Alberto Gentili Filhos, Miriam de Carvalho, Pedro
Amâncio Silva, Deisi Deffune, Licinio Lima, Tadeu Moacir Lima, Nésio Jaques Pereira,
Beluce Belucci, Geraldo Majella Soares Vermelho, José Aparecido Sforni, Juvêncio Batista
dos Santos, Ramires Moacir Pozza, Cetimio Vieira Zagabria, Pedro da Silva Polon, Sirley
Batista, Diva Ribeiro Lima, Nelson Sorotiuk, Deonisia Zimowski, Norival Trautwein, Hilária
Zimowski, Elizabete Suga, José Tarcisio Pires Trindade e Edmilson Correa.
23
HELLER, Milton I. op., cit.
24
VECHIA, Renato da Silva Della. Origem e evolução do Partido Comunista Brasileiro
Revolucionário (1967-1973). Dissertação de mestrado defendida, junto ao programa de
pós-graduação em Ciências Políticas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Porto Alegre: agosto de 2005.
25
CAMURÇA, Marcelo Ayres; REIS, Daniel Aarão. O Movimento Revolucionário 8 de Outubro
(MR-8). Da Luta Armada contra a ditadura à luta eleitoral no PMDB. In: FERREIRA, Jorge;
REIS, Daniel Aarão (org.). Revolução e Democracia (1964-...). Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2007. p. 135-137.
26
RIDENTI, Marcelo. op., cit.
27
Em uma dessas pastas sobre o PCdoB nos anos 1980, consta a composição do Comitê
Regional, destacando-se: Campana (contatos políticos), Télia Negrão Simon (propaganda
e responsável pelo Movimento Contra a Carestia), Vitor Moreschi (movimento estudantil),
Zenir Teixeira (setor sudoeste), Denise Camargo e Vicente de Paulo Palhares. Em Curitiba,
o Comitê Municipal contaria com José Benedito Pires Trindade, Marco Antônio Socorro
Marques Bessa, Antônio Benedito Siqueira, Mário Pereira Leal, Silvestre Aparecido Duarte
e Hélio Gonçalves Cajé. José Carlos da Silva, Mário Donizete Rocon e Manoel Valdemar
Barbosa Filho seriam responsáveis pelo jornal “Tribuna da Luta Operária”. Assistindo
Moreschi no setor estudantil estariam Munir (letra ilegível) Teixeira de Almeida, Walter Flele
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Depoimentos para a História
Cavallini Menechino, Luiz Henrique Bona Turra, Alexandre Zamboni, Pedro Luiz Longo,
Geraldo Serathiuk e Tosca Zamboni. João Muniz dos Santos e Hélio Gonçalves Cajé
seriam responsáveis pelas associações de bairros. Por terem participado de cursos ou
sido convocados para congressos e encontros, em 1982, figuram ainda na ficha do DOPS
os seguintes nomes: Jussara Regina Branco, Jorge Modesto de Assis Pereira da Silva,
Zenair Maria Costa, Sandra Berenice Ferrari, Joseli Maria Araujo, Denilton Carlos Gaio,
Aurora Gonçalves Laroca, Eunice Col, Angelo Col, Irani e Gladis “de tal”, Alceu Sperança,
Demócrito P. Morgado, Beatriz “de tal”, Carlos Roberto Santos, Carlos Campana, Vera
Lúcia dos Santos, Rodrigo Dias, Vanda Santos, Antônio Cesar, Roberto Carlos e Isabel
Cristina Prazeres de Andrade Silva, Marco e Fernando Bitencourt do Amaral, Antônio
Guerra Costa, Carlos Roberto e Celso Augusto Bittencourt, Goretti Brito Simoneti, Paulo
Adolfo Matoso Nitsche, Fábio Caldas e Auda de Mesquita, Márcio José de Almeida, Jorge
Grerory, Maria Aparecida Arruda Vencia, Márcia Regina Andrade, Maria Cristina Marco
Colonezi, Michel Deolindo, Maria Auxiliadora Zanin, Matsuko Mori, Jairo “de tal” e Silmara
“de tal”. Outros nomes e apelidos aparecem em um informe do dia dezoito de maio de
1982, como “Fusca” (Donizete), Rosilei (Rosi) Vilas Boas Duarte, Marta Duarte, Carlos
Molina, Luiz Leme, e tantos outros. DEAP. Pasta DOPS: “Partido Comunista do Brasil”,
nº1505c, Topografia: 181.
28
Em vários informes da mesma pasta (nº1505c, Topografia: 181), aparecem de forma
discriminada as cidades dos militantes, como Maringá, Adrianópolis, Toledo, Guarapuava,
Prudentópolis, Cascavel, Céu Azul, Cambé, Palmas, Ponta Grossa, Jacarezinho, Pato
Branco, Paranavaí, Umuarama, Campo Mourão, Foz do Iguaçu e Londrina. Quanto às
entidades e empresas citadas, destacam-se o DCE da UFPR e UCP (ou PUC), APP,
CEU, CEUC, Banco do Brasil, secretaria de educação, sindicatos, associações de bairro,
diretórios acadêmicos, grêmios estudantis e a UPE. São registrados médicos, professores,
operários, mas na maior parte estudantes.
29
DEAP. Pasta DOPS: “Partido Comunista do Brasil”, nº1507, Topografia: 181. Sobre
a atuação do PCdoB no Paraná a partir do final dos anos 1970, ver entre outros os
depoimentos de Fábio Campana, Denise de Camargo, Carlos Molina, Manoel Barbosa,
Matsuko Mori e Silvestre Duarte.
30
RIDENTI, Marcelo. op., cit.
31
Fichas individuais da DOPS apontam que, um grupo formado em Maringá teria se alinhado
ao POC. Contudo, depoimentos colhidos ao longo do projeto (Laércio Souto Maior, José
Sforni) negam essa questão, apontando que a vinculação foi como PCBR e não POC. Já
membros de Apucarana, que transitaram por Maringá, uniram-se ao POC ou a POLOP.
Conclui-se que, apesar de alguns terem essa participação também no POC, a organização
autônoma de Maringá se fundiu com o PCBR, o que pode ter gerado imprecisões nos
apontamentos da repressão.
32
DEAP. Pasta DOPS: “Partido Operário Comunista - POC”, nº 1521, número de tombo 184.
p. 16 (arquivo digital).
33
Antônio Edson Urban, Claudemir Onofre Feltrin, Cristina Maria Sliwiani, Edson José
Feltrin, Gilberto Bueno Coelho, Josué de Godoi, Manoel César Motta, Nelson Pietrobom
de Souza Gomes, Regina Maria Sliwiani, Reinoldo da Silva Atem, Suely Muniz e Valdeci
Pedro Feltrin. Foram condenados a dois anos de prisão Elisa Tielo Yonezo, Geraldo
Majela Soares Vermelho, José Valdir Feltrin, o casal que estava no exílio Pedro Ivo
Furtado e Teresa Daise Urban (ou Furtado) e Regina da Graça Simbalista Gonçalves. O
encarregado do IPM do POC foi o major Francisco de Assis Pinheiro Dias, comandante da
5ª Companhia da Polícia do Exército.
136
Resistência à ditadura Militar no Paraná
34
CHAGAS, Fábio André G. das. As teses de “Jamil” e a luta armada dos anos 1960-70
no Brasil. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais. Vol. 1, nº 2. Dez. de 2009.
Disponível em: <http://www.cedema.org/uploads/Teses_de_Jamil.pdf>. Acesso em 19
dez. 2013.
35
RIDENTI, Marcelo. O fantasma da revolução brasileira. 2ª edição. São Paulo: Editora
UNESP, 2010.
36
DEAP. Pasta DOPS: “V.A.R.-Palmares”, nº 2361, topografia: 269. p. 82-84.
37
RIDENTI, Marcelo. op., cit.
38
DIAS, Reginaldo B. Sob o signo da revolução. a experiência da AP no Paraná. 1. ed.
Maringá: Eduem, 2003. v. 1. p. 128-130.
39
Os membros da AP envolvidos nos esforços para reorganizar o ME e a própria AP,
mencionados no Inquérito Policial 12/71, foram além dos dirigentes Clair da Flora Martins,
Bernadete Zanetti Sá Brito e Paulo de Albuquerque de Sá Brito, Celerino Carriconde,
Derlei Catarina de Luca, Elba Gilda Ravaglio, Isamu Ito (“China”), José Carlos Zanetti,
José Ferreira Lopes, Luiz Alberto Amaral Manfredini, Vera Regina Weisheimer Manfredini,
Zélia de Oliveira Passos e Divo Guizoni.
40
Sobre a política de integração da AP no Paraná, em Maringá, esse processo gerou
importante fruto com a deflagração de uma greve em outubro de 1968, com repercussão
nacional. Para lá, no final de 1967, foram deslocados Edésio e Zélia Passos para se
integrarem junto os trabalhadores e organizá-los. No mesmo ano, Divo Guizoni e Celerino
Carriconde foram trasladados para Santa Catarina, seguidos de Paulo Gustavo, que em
meados de 1968 foi novamente removido para desempenhar tarefas organizativas junto
à direção nacional da AP. “Zequinha” (José Ferreira Lopes), inicialmente, desempenhou
função próxima a de Paulo Gustavo, sendo retirado de Curitiba e realocado em São Paulo
para reorganizar a AP, depois seguindo para Minas e Bahia. José Carlos Zanetti, Luiz
Manfredini e sua esposa Vera Regina tiveram itinerário semelhante, indo da capital do
estado para o Norte, São Paulo e Bahia.
41
MARCELINO, Walmor. Contribuição à história da Ação Popular no Paraná. Curitiba: Quem
de Direito, 2005. p. 43.
42
DIAS, Reginaldo B. op., cit. A coordenação do CR-2, que passou a abranger todos os
estados do sul, foi reestruturada, contando com Rubens Leal Ivo (este por pouco tempo),
José Fidelis Augusto Sarno e Catarina Meloni.
43
O Inquérito Policial 11/71 indiciou Afonso Noimam, Arnon Holanda Cavalcante, Carmem
Regina Bot, Catarina Meloni, Delci Gonçalves Paula, Eliani de Araújo, Geraldo R. C. Vaz
Silva, Gildo Macedo Lacerda, Gildo Scalco, Ivo Tonet, Maria das Graças Ferreira, Osvaldo
Calzavara, Paulo de Souza, Paulo Tarso B. Faria e seu irmão Sérgio Barreto Faria, Pedro
Airton Zimmermann, Roberto Ribas Lange, Ruy João Staub e Yurico Tatamiya.
44
RIDENTI, Marcelo. op., cit.
45
JUSTIÇA MILITAR. Anexo III – sentença processo nº 226. Disponível em: <http://pt.scribd.com/
doc/165581591/a%E2%82%AC%C5%93GRUPO-DE-ONZEa%E2%82%AC%C2%9D-
NO-SUDOESTE-PR>. Acesso em 28 jan. 2014.
46
Mais informações sobre essa atuação dos sargentos podem ser encontradas no livro:
HELLER, Milton Ivan. Walmor Weiss: o prisioneiro da cela 310. Curitiba: Instituto Memória
Editora, 2011.
47
RIDENTI, Marcelo. op., cit.; DIAS, Reginaldo B. op. cit., p. 130.
48
Mesmo assim essa atuação e contribuição do PCB ao MDB foi bastante débil, haja vista
137
Depoimentos para a História
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Capítulo 3
Da doutrina de Segurança
Nacional à abertura política
A repressão e as violações de
Direitos Humanos no Paraná
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Depoimentos para a História
1
NAPOLITANO, Marcos. 1964: história do regime militar brasileiro. São Paulo: Contexto,
2014. p. 10.
2
NAPOLITANO, Marcos., op. cit., p. 11.
3
DEAP. Pasta DOPS: Movimento de Emancipação do Proletariado, nº 1389, Topografia: 165.
4
Em todo o período da ditadura, as delegacias de Ordem Política e Social (DOPS)
exerceram destacado papel de acúmulo e processamento das informações e repressão,
150
Resistência à ditadura Militar no Paraná
possibilitando a onda de prisões tão logo o golpe civil-militar foi desfechado. Atuando
desde a “Era Vargas”, a instituição cresceu durante o período populista, diversificando sua
atuação e iniciando cooperações internacionais. Mesmo antes do golpe, já desempenhava
suas atividades com desenvoltura e autonomia nos estados, acompanhando os passos
e fichando elementos nacionalistas, democratas convictos e as esquerdas. Desde seus
primeiros anos, a DOPS concentrou suas atenções nas atividades do PCB, debruçando-se
posteriormente sobre – além do partidão - os vários partidos e movimentos de esquerda,
surgidos durante a ditadura. Vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública, sua
função era localizar e prender pessoas consideradas perigosas pelo governo.
5
HELLER, Milton Ivan. op.cit., p. 48; 55.
6
Os IPMs – utilizados durante toda a ditadura - encontravam respaldo “legal” no artigo
oitavo do primeiro ato institucional, que estabelecia que inquéritos e processos seriam
instaurados para apurar a responsabilidade dos cidadãos em crimes contra o Estado, seu
patrimônio e a ordem política e social, como a promoção de distúrbio da ordem, subversão
e guerra revolucionária. Os IPMs foram utilizados para casos individuais e coletivos, e
atingiram milhares de cidadãos.
7
Para citar alguns casos, o juiz Aldo Fernandes teve seus direitos políticos cassados já nos
primeiros dias da ditadura, sendo logo aposentado compulsoriamente. Outro que perdeu
seus direitos políticos foi Walter Alberto Pécoits, importante figura política do sudoeste do
Paraná, envolvido na Revolta dos Posseiros (lutas entre posseiros, companhias de terra e
o governo). O ex-deputado constituinte, José Rodrigues Vieira Netto, também foi afastado
de sua cátedra de direito civil na UFPR, ainda em 1964. Régines Prochmann também foi
desligado de sua função de médico residente da UFPR, em 1964. Amílcar Gigante foi
outra pessoa vitima de expurgos, mas em um período posterior. Foi proibido de lecionar
em 1969, já na vigência do AI-5. FÓRUM PARANAENSE DE RESGATE DA VERDADE,
MEMÓRIA E JUSTIÇA. Disponível em: <http://www.forumverdade.ufpr.br/?p=3484>.
Acesso em 31 jan. 2014.
8
HELLER, Milton., op., cit., p. 370.
9
MACHADO, Angela Alves. Minicongresso de Curitiba: da prisão à liberdade. Comunicação
individual realizada no IX Encontro Regional de História da ANPUH-PR, junho de
2004. Disponível em: <http://www.pr.anpuh.org/resources/anpuhpr/anais/ixencontro/
comunicacao-individual/AngelaAMachado.htm>. Acesso em 8 jan. 2014. Junto com as
duas estudantes mencionadas, foram condenados: Antônio João Manfio, Vitório Sorotiuk,
Charles Chapion Jr., Mauro Daisson Otero Goulart, Dacio Villar, Celso Mauro Paciornik,
Berto Luiz Curvo, Helio Urnau, Marco Apolo dos Santos Silva, João Bonifácio Cabral Jr.,
“Iran Vieira Dias” (nome fictício), Marco Antônio Nascimento Pereira e Mario Oba.Quanto
aos artigos do decreto-lei nº314 nos quais esses estudantes foram enquadrados:
Art. 23. Praticar atos destinados a provocar guerra revolucionária ou subversiva:
Art. 36. Fundar ou manter, sem permissão legal, organizações de tipo militar, seja qual fôr
o motivo ou pretexto, assim como tentar reorganizar partido político cujo registro tenha
sido cassado ou fazer funcionar partido sem o respectivo registro ou, ainda associação
dissolvida legalmente, ou cujo funcionamento tenha sido suspenso [UNE]:
Art. 38. Constitui, também, propaganda subversiva, quando importe em ameaça ou
atentado à segurança nacional:
I - a publicação ou divulgação de notícias ou declaração;
Il - a distribuição de jornal, boletim ou panfleto;
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Depoimentos para a História
Referências bibliográficas
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Depoimentos para a História
Fontes
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Depoimentos para a História
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Capítulo 4:
Depoimentos de militantes
que atuaram no Paraná
contra a Ditadura
157
Depoimentos para a História
ACIR MACEDO
Idade – 69 anos
Profissão –Aposentado
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
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Depoimentos para a História
Idade – 77 anos
Profissão – Advogado
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161
Depoimentos para a História
162
Resistência à ditadura Militar no Paraná
ALEXANDRE ZAMBONI
Idade – 52 anos
Profissão – Engenheiro Agrônomo
163
Depoimentos para a História
ALUÍSIO DELIGA
Idade – 67 anos
Profissão – Aposentado
164
Resistência à ditadura Militar no Paraná
165
Depoimentos para a História
ÁLVARO DIAS
Idade – 69 anos
Profissão - Professor
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
ALZIMARA BACELLAR
Idade – 56 anos
Profissão – Servidora Pública
167
Depoimentos para a História
AMADEU FELIPE
Idade – 78 anos
Profissão – Miliar Reformado
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Depoimentos para a História
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
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Depoimentos para a História
havia muito por lutar fosse pela libertação dos presos políticos, pelas
Diretas para presidente, a Constituinte ou em apoio aos movimentos
sociais que se intensificavam. Depois dessa prisão de dois anos, Narciso
chegou a ser detido mais quatro vezes. No final dos anos 70 e início
dos 80 se integra ao MR-8 com atuação dentro do PMDB, junto com
Fajardo, Alzimara Bacellar, Gilberto Fonseca, os irmãos Ildeu e Julio
Manso Vieira, Marlene Zannin, Luiz Gonzaga e outros.
Em 1985 cria a Sociedade de Direitos Humanos para a Paz
e dez anos depois, em 1995, funda o Grupo Tortura Nunca Mais
do Paraná, nos quais milita até os dias de hoje. Coerente com os
seus sonhos de juventude, continua, após 46 anos de luta a ser um
militante dos Direitos Humanos, comprometido com a construção
de um mundo mais justo, igualitário e fraterno.
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
ARNO A. GIELSEN
Idade – 68 anos
Profissão – Advogado
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Depoimentos para a História
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
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Depoimentos para a História
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
CARLOS MOLINA
Idade – 54 anos
Profissão – Servidor Público
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Depoimentos para a História
CARMEN RIBEIRO
Idade – 63 anos
Profissão – Socióloga
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
CESAR T. KOHATSU
Idade – 58 anos
Profissão – Médico
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Depoimentos para a História
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
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Depoimentos para a História
CLAUDEMIR FELTRIN
Idade – 67 anos
Profissão - Professor
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
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Depoimentos para a História
CLAUDIO RIBEIRO
Idade – 70 anos
Profissão – Advogado
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Depoimentos para a História
CLETO TAMANINI
Idade – 65 anos
Profissão - Professor
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Depoimentos para a História
CLÓVIS MARTINS
Idade – 52 anos
Profissão - Advogado
DÁCIO VILLAR
Idade – 69 anos
Profissão - Economista
192
Resistência à ditadura Militar no Paraná
DANIEL FARIA
Idade – 59 anos
Profissão – Professor, Compositor e Poeta
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Depoimentos para a História
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DEMÉTRIA FILIPPIDIS
Idade – 59 anos
Profissão – Produtora Cultural
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
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Depoimentos para a História
e MDB, coisa rara para a época. Filiado ao MDB, mas inscrito para
disputar pela Arena, Deni conseguiu cumprir o mandato sem ser
incomodado pelos militares.
A carreira política de Deni continuou com: a eleição para dois
mandatos de deputado estadual (1974 a 1982) e um para deputado
federal (1993) e a nomeação para secretário dos transportes no governo
José Richa (1983 a 1986) e, novamente, entre 1995 e 1996, e se-
cretário da agricultura nos governos Jaime Lerner (2002), além de
ministro do desenvolvimento urbano e meio-ambiente do presidente
José Sarney (1986 e 1987) e diretor de assuntos institucionais da
Copel (de 1996 a 2002).
Em seu depoimento, Deni destaca que no exercício de suas
funções públicas sempre apoiou os perseguidos e cassados pela
ditadura, como Hermógenes Lavoisier e o próprio Walter Pecoits.
“Fazíamos uma oposição moderada, pacífica à ditadura, e muitas
vezes fomos criticados pela esquerda”, ressalta.
Embora tenha pertencido ao grupo fundador do MDB, chamado
de autêntico, Deni seguiu Euclides Scalco, Terezinha Scalco, José
Richa e Nelton Friedrich e participou da fundação do PSDB, em 1988.
“Era uma proposta viável para o país, com bandeiras legítimas como
a reforma política, a reforma tributária. Mas a aprovação da reeleição
foi uma maldição para o PSDB e para o país, elegendo sempre o mais
ruim”, lamenta. Para ele, que abandonou a política e vive um autoexí-
lio, “a elite política não sabia das necessidades do povo e fracassou”.
DENISE DE CAMARGO
Idade – 62 anos
Profissão – Professora
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
DIMAS FLORIANI
Idade – 63 anos
Profissão - Professor
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Depoimentos para a História
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
mãos Faria, Nelson Seratiuk, entre tantos outros. “No fim, o Eduardo
Stots, que era da POLOP, acabou entrando na clandestinidade. Aí eu
fiquei sozinho”. Isolado, em Janeiro de 1972, Dimas decidiu se exilar
no Chile, passando antes pela Argentina. “No Chile, fomos morar em
uma pensão onde havia morado o Geraldo Vandré, um ano antes”.
Mas a situação no exílio era tensa e no dia do golpe contra Allende,
Dimas e sua esposa conseguiram abrigo na casa de um boliviano.
Após permanecer semanas na Embaixada do Panamá, com mais
de trezentas pessoas de toda a América Latina, tendo que muitas
vezes dormir em pé, o casal seguiu para a Bélgica, onde permaneceu
exilado por sete anos.
DINO ZAMBENEDETTI
Idade – 85
Profissão – professor e sindicalista
205
Depoimentos para a História
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
DORIVAL RODRIGUES
Idade – 60 anos
Profissão – Médico Veterinário
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Depoimentos para a História
,
EBRAHIM GONÇALVES D OLIVEIRA
Idade – 81 anos
Profissão – Aposentado
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Depoimentos para a História
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
EDSON GRADIA
Idade – 73 anos
Profissão – Dentista
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Depoimentos para a História
ELZA CORREIA
Idade – 66 anos
Profissão – Professora
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
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Depoimentos para a História
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
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Depoimentos para a História
EUCLIDES SCALCO
Idade – 81 anos
Profissão – Farmacêutico
216
Resistência à ditadura Militar no Paraná
FÁBIO CAMPANA
Idade – 66 anos
Profissão – Jornalista
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Depoimentos para a História
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
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Depoimentos para a História
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
GENESIO NATIVIDADE
Idade – 56 anos
Profissão - Advogado
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Depoimentos para a História
GERALDO SERATHIUK
Idade – 57 anos
Profissão - Advogado
GERNOTE KIRINUS
Idade – 65 anos
Profissão – Teólogo
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
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Depoimentos para a História
GILBERTO MARTIN
Idade – 55 anos
Profissão - Médico
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Depoimentos para a História
GILBERTO SILVEIRA
Idade – 66 anos
Profissão - Aposentado
HAMILTON FARIA
Idade – 65 anos
Profissão – Poeta e Professor Universitário
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
HASIEL PEREIRA
Idade – 65 anos
Profissão – Assessor Parlamentar
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HÉLIO DUQUE
Idade – 71 anos
Profissão - Economista
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
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Depoimentos para a História
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Depoimentos para a História
IVO PUGNALONI
Idade – 60 anos
Profissão – Engenheiro Elétrico
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Depoimentos para a História
JAIR TEIXEIRA
Idade – 58 anos
Profissão – Promotor de Eventos
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
JAIRO DE CARVALHO
Idade – 54 anos
Profissão - Professor
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Depoimentos para a História
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
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Depoimentos para a História
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
JORGE HADDAD
Idade – 85 anos
Profissão - Advogado
JORGE MANIKA
Idade – 53 anos
Profissão - Professor
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Depoimentos para a História
JORGE MODESTO
Idade – 56 anos
Profissão - Servidor Judiciário
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Depoimentos para a História
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Depoimentos para a História
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Depoimentos para a História
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
JOSÉ KANAWATE
Idade – 74 anos
Profissão - Aposentado
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JOSÉ SFORNI
Idade – 65 anos
Profissão - Economista
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Depoimentos para a História
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
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Depoimentos para a História
JULIO COVELLO
Idade – 62 anos
Profissão - Jornalista
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
JULIO MANSO
Idade – 52 anos
Profissão - Professor
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Depoimentos para a História
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
de uma organização, que ainda não tinha nome, mas era o MR-8”,
lembra Lauro. A proposta era montar uma guerrilha na fronteira.
“Eu era contra a luta armada”. Mesmo assim, aceitou esconder um
carregamento de armas no consultório, que alguém veio buscar dias
depois para jogar no rio próximo à cidade.
Tal ajuda fez com que fosse preso dois meses depois, em No-
vembro de 1969, uma vez que o Exército achou o armamento no rio
e expos o arsenal na rodoviária. Levado para Cascavel, Lauro em
seguida é transferido para Curitiba, permanecendo no Dops 30 dias,
incomunicável. Sem provas de seu envolvimento com a tentativa de
organização da guerrilha no Oeste do Paraná, Lauro é solto, após
sofrer ameaças dos agentes, de que deveria deixar o estado para a
segurança dele e de sua esposa.
Decide permanecer em Medianeira, “pois era o único dentista da
cidade”. Filia-se ao MDB e permanecesse no PMDB para em 82 partici-
par da campanha que elegeu José Richa governador. Convidado para
participar do governo como chefe da Odontologia, aceita e transfere-se
com a família para Curitiba. Até hoje continua trabalhando no Estado,
no Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Lábio Palatal (Afissur).
255
Depoimentos para a História
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
LÍDIA LUCASKI
Idade – 69 anos
Profissão – Ambientalista
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Depoimentos para a História
LÍGIA CARDIERI
Idade – 67 anos
Profissão – Socióloga
258
Resistência à ditadura Militar no Paraná
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Depoimentos para a História
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
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Depoimentos para a História
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Depoimentos para a História
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
LUIZ SALVADOR
Idade – 73 anos
Profissão – Advogado
MANOEL BARBOSA
Idade – 56 anos
Profissão – Advogado
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Depoimentos para a História
268
Resistência à ditadura Militar no Paraná
MANOEL DE ANDRADE
Idade – 73 anos
Profissão – Advogado e Poeta
269
Depoimentos para a História
MARCELO JUGEND
Idade – 61 anos
Profissão – Consultor
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Resistência à ditadura Militar no Paraná
MARCELO OIKAWA
Idade – 62 anos
Profissão – Jornalista
271
Depoimentos para a História
272
Resistência à ditadura Militar no Paraná
273
Depoimentos para a História
274
Resistência à ditadura Militar no Paraná
275
Depoimentos para a História
276
Resistência à ditadura Militar no Paraná
277
Depoimentos para a História
MARLENE ZANNIN
Idade – 58 anos
Profissão – Advogada Ambiental
278
Resistência à ditadura Militar no Paraná
279
Depoimentos para a História
280
Resistência à ditadura Militar no Paraná
MIGUEL COVELLO
Idade – 57 anos
Profissão – Inspetor de Saneamento
281
Depoimentos para a História
282
Resistência à ditadura Militar no Paraná
NELTON FRIEDRICH
Idade – 65 anos
Profissão – Advogado
283
Depoimentos para a História
284
Resistência à ditadura Militar no Paraná
285
Depoimentos para a História
NILSON MONTEIRO
Idade – 62 anos
Profissão – Jornalista
286
Resistência à ditadura Militar no Paraná
287
Depoimentos para a História
288
Resistência à ditadura Militar no Paraná
289
Depoimentos para a História
OSVALDO ALVES
Idade – 79 anos
Profissão – Médico
290
Resistência à ditadura Militar no Paraná
OSVALDO MACEDO
Idade – 72 anos
Profissão – Advogado
291
Depoimentos para a História
292
Resistência à ditadura Militar no Paraná
293
Depoimentos para a História
PAULO SÁ BRITO
Idade – 63 anos
Profissão – Engenheiro
294
Resistência à ditadura Militar no Paraná
PAULO SALAMUNI
Idade – 53 anos
Profissão – Advogado
295
Depoimentos para a História
PAULO URQUIZA
Idade – 61 anos
Profissão – Professor
296
Resistência à ditadura Militar no Paraná
297
Depoimentos para a História
298
Resistência à ditadura Militar no Paraná
PEDRO TONELLI
Idade – 63 anos
Profissão – Trabalhador rural
299
Depoimentos para a História
RAMIRES POZZA
Idade – 63 anos
Profissão – Empresário
300
Resistência à ditadura Militar no Paraná
301
Depoimentos para a História
302
Resistência à ditadura Militar no Paraná
303
Depoimentos para a História
304
Resistência à ditadura Militar no Paraná
RODOLFO MONGÉLOS
Idade – 84 anos
Profissão – Aposentado
305
Depoimentos para a História
ROMEU BERTOL
Idade – 68 anos
Profissão – Médico
306
Resistência à ditadura Militar no Paraná
307
Depoimentos para a História
SÉRGIO FARIA
Idade – 64 anos
Profissão – Professor
308
Resistência à ditadura Militar no Paraná
SILVESTRE DUARTE
Idade – 63 anos
Profissão – Jornalista
STENIO JACOB
Idade – 68 anos
Profissão – Administrador
309
Depoimentos para a História
SYLVIO SEBASTIANI
Idade – 84 anos
Profissão – Jornalista
310
Resistência à ditadura Militar no Paraná
TADEU FELISMINO
Idade – 58 anos
Profissão – Jornalista
311
Depoimentos para a História
312
Resistência à ditadura Militar no Paraná
TARCÍSIO TRINDADE
Idade – 62 anos
Profissão – Professor
313
Depoimentos para a História
TOSCA ZAMBONI
Idade – 54 anos
Profissão – Bióloga
314
Resistência à ditadura Militar no Paraná
315
Depoimentos para a História
VALÉRIA PROCHMANN
Idade – 49 anos
Profissão – Jornalista
316
Resistência à ditadura Militar no Paraná
VALMOR WEISS
Idade – 76 anos
Profissão – Empresário
317
Depoimentos para a História
318
Resistência à ditadura Militar no Paraná
319
Depoimentos para a História
VITÓRIA FARIA
Idade – 68 anos
Profissão – Professora
320
Resistência à ditadura Militar no Paraná
VITÓRIO SOROTIUK
Idade – 68 anos
Profissão – Advogado
321
Depoimentos para a História
WERNER FUCHS
Idade – 64 anos
Profissão – Pastor
322
Resistência à ditadura Militar no Paraná
WILSON PREVIDI
Idade – 81 anos
Profissão – Aposentado
323
Depoimentos para a História
324
Resistência à ditadura Militar no Paraná
ZENIR TEIXEIRA
Idade – 56 anos
Profissão – Professor
325
Foto: http://super.abril.com.br/jogo-ditadura-militar/