Decreto Da Autorresponsabilidade
Decreto Da Autorresponsabilidade
Decreto Da Autorresponsabilidade
Escolho não deixar nas mãos de minha criança ferida a decisão do que e
quando comer, me alimentar. Sei que ela sente que açúcar, alcool e glúten vão
finalmente preencher seu vazio de não ter sido vista, ouvida e considerada. Já
compreendi que o que alimenta esse buraco é sentir plenamente minha dor,
tomando essa responsabilidade em minhas mãos, com pulso firme e de forma
amorosa. No entanto, escolho comer com prazer, desde que seja comer sabores
para comer sabores, e não para entorpecer o desespero da solidão.
Escolho não fazer sexo e dar meu corpo para receber segurança de
qualquer tipo, atenção ou aprovação. Essas são as necessidades infantis não
satisfeitas, e não são razão para fazer sexo. Compreendi que criança não faz
sexo e escolho fazê-lo para compartilhar de mim e de meu prazer, sem trocas
escusas e camufladas. Sexo é poder, energia vital e felicidade. Eu dou, sou,
estou e, assim também recebo de quem tem o mesmo tamanho que eu.
Vou para a Vida de mãos dadas com minha criança e sou a melhor mãe
que ela poderia ter. Aceito as dificuldades da vida e escolho crescer com elas.
Assim é.