Metas e Estrategias Pme-Natal 2015-2025
Metas e Estrategias Pme-Natal 2015-2025
Metas e Estrategias Pme-Natal 2015-2025
EM ELABORAÇÃO
CARLOS EDUARDO NUNES ALVES
Prefeito da Cidade do Natal
COORDENADORA
Sírlia Fernandes de Lira Bezerra
EQUIPE TÉCNICA DE SISTEMATIZAÇÃO
Denise Cortez Fernandes
João Maria Oliveira
Jorge Eduardo Dantas Araujo
Margarete Ferreira do Vale de Sousa
Rosângela Maria de Holanda Angelim Nogueira
Thaysa Barbosa Mendonça Camargo
Natal, 2015.
DIAGNÓSTICO – PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO NATAL (2015-2025)
APRESENTAÇÃO
Por fim, vale reforçar que é imprescindível à elaboração, acompanhamento e avaliação dos
Planos Municipais de Educação atender a três condições básicas: o alinhamento entre as metas e
estratégias dos Planos de Educação Estadual e Municipal com o Plano Nacional de Educação; o
estabelecimento de articulações institucionais e a participação social.
DIAGNÓSTICO – PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO NATAL (2015-2025)
METAS E ESTRATÉGIAS
O Plano Municipal de Educação deve estabelecer metas e estratégias para todos os níveis,
etapas e modalidades da educação básica e superior, dialogando com as instituições e autoridades
responsáveis pela sua execução.
As propostas contidas no Plano são pautadas na legislação que dá suporte a política
educacional e nas condições humanas, materiais e financeiras disponíveis. Necessita, portanto, ser
elaborado em consonância com o Plano Nacional de Educação e o Plano Estadual de Educação e, ao
mesmo tempo, garantir a identidade e autonomia do Município.
O objetivo da publicação do PME 2015-2025 é garantir transparência e universalização aos
cidadãos. Assim, é de suma relevância a participação da sociedade, tanto na conferência pública
que ocorrerá no dia 25/06/2015, às 8h30 no Centro Municipal de Referência em Educação (Cemure),
ou por e-mail ([email protected]), de modo a garantir o envolvimento de todos os
interessados na definição dos rumos da educação do Município para o próximo decênio. Ao final
deste documento disponibilizamos um formulário para o envio de observações e sugestões, até um
dia após a data da conferência.
Meta 1
Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco)
anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo,
50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência do PNE.
Estratégias: 3
1.1) estabelecer em regime de colaboração entre a União, o estado e o município mecanismos que
definam padrões de qualidade, com base nos parâmetros nacionais, para atendimento na educação
infantil pública;
1.2) firmar parcerias interinstitucionais e sociedade civil objetivando oferecer atendimento de
qualidade na educação infantil;
1.3) garantir que ao final da vigência deste PME a diferença entre as taxas de frequência na
educação infantil das crianças de até 3 (três) anos, oriundas do quinto de renda familiar per
capita mais elevado e as do quinto de renda familiar per capita mais baixo, seja inferior a 10% (dez
por cento);
1.4) estabelecer no segundo ano de vigência do PME, normas, procedimentos e prazos para
definição de mecanismos de consulta pública da demanda das famílias por creches;
1.5) construir e reestruturar unidades escolares públicas de educação infantil municipal e federal,
respeitando as normas de acessibilidade, em regime de colaboração entre a União, o Estado e o
Município, programa nacional de construção e reestruturação de escolas, bem como a aquisição de
equipamentos de acordo com a faixa etária;
1.6) considerar as especificidades da educação infantil na organização das redes escolares,
garantindo o atendimento da criança de 0 (zero) a 5 (cinco) anos em estabelecimentos que atendam
os parâmetros nacionais de qualidade e a articulação com a etapa escolar seguinte;
1.7) contemplar, até o final de vigência do PME, bibliotecas e brinquedotecas em todas as unidades
de ensino que atendem a educação infantil;
DIAGNÓSTICO – PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO NATAL (2015-2025)
1.8) criar comissão de avaliação da educação infantil para estabelecer critérios de aferição da
infraestrutura física, quadro de pessoal, condições de gestão, a proposta e os recursos pedagógicos,
situação de acessibilidade, entre outros indicadores relevantes;
1.9) implantar, até o segundo ano de vigência deste PME, avaliação da educação infantil, a ser
realizada a cada 2 (dois) anos, com base em parâmetros nacionais de qualidade, a fim de aferir a
infraestrutura física, o quadro de pessoal, as condições de gestão, a proposta e os recursos
pedagógicos, a situação de acessibilidade, entre outros indicadores relevantes;
1.10) estimular a articulação entre programas de pós-graduação, núcleos de pesquisa e cursos de
formação para profissionais da educação, de modo a garantir a elaboração de currículos e propostas
pedagógicas que incorporem os avanços de pesquisas ligadas ao ensino e aprendizagem e às teorias
educacionais no atendimento da população de 0 (zero) a 5 (cinco) anos;
1.11) fomentar programas de orientação e apoio às famílias, fortalecendo vínculos por meio da
articulação das áreas de educação, assistência social, saúde e proteção à infância, com foco no
desenvolvimento integral das crianças de até 3 (três) anos de idade;
1.12) articular uma discussão reflexiva entre os profissionais da educação infantil e dos anos iniciais
do ensino fundamental considerando as especificidades da infância;
1.13) fortalecer e assegurar o acompanhamento do acesso e da permanência das crianças na
Educação Infantil, em especial dos beneficiários de programas de transferência de renda, em
colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à
infância;
1.14) promover a busca ativa de crianças em idade correspondente à educação infantil, em parceria 4
com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, preservando o direito de
opção da família em relação às crianças de até 3 (três) anos;
1.15) o município, com a colaboração da União e do estado, realizará e publicará, a cada ano,
levantamento da demanda manifesta por educação infantil em creches e pré-escolas, como forma
de planejar e verificar o atendimento;
1.16) estimular a Educação infantil de tempo integral para todas as crianças de 0 (zero) a 3 (três)
anos, conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil;
1.17) fomentar políticas que possibilitam o acesso à educação infantil em tempo integral, para as
crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos, com infraestrutura adequada para atender a esta demanda,
conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
Meta 2:
Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14
(quatorze) anos e garantir no mínimo 85% (oitenta e cinco por cento) dos alunos concluam essa
etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência do PNE (2014-2024).
Estratégias:
2.1) promover a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola em colaboração com os órgãos
que compõem a rede de proteção à criança e ao adolescente, bem como o acompanhamento e o
monitoramento do acesso e da permanência na escola;
2.2) monitorar o acesso, a permanência e o aproveitamento escolar dos beneficiários de programas
de transferência de renda, bem como o controle das situações de discriminação, preconceito e
violência na escola, visando ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso escolar dos
DIAGNÓSTICO – PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO NATAL (2015-2025)
Meta 3:
Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17
(dezessete) anos e elevar, até o final de vigência do PNE (2024), a taxa líquida de matrícula do ensino
médio para 85% (oitenta e cinco) por cento.
Estratégias:
3.1) colaborar com a busca ativa da população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos fora da escola,
em articulação com os serviços de assistência social, saúde e proteção à adolescência e à juventude;
3.2) fomentar, em parceria com o Estado e a União, programas de educação e de cultura para a
população na faixa etária de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos que esteja fora da escola ou com 5
defasagem idade-série, com vistas a regularizar seu percurso escolar;
3.3) acompanhar e incentivar o desenvolvimento do ensino médio no Município de Natal, em
conformidade com as respectivas metas e estratégias dos Planos Nacional e Estadual de Educação;
3.4) acompanhar e monitorar o acesso e a permanência dos jovens beneficiários (as) de programas
de transferência de renda, no ensino médio, quanto ao aproveitamento escolar, interação com o
coletivo e frequência.
Meta 4
Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento (transtorno do espectro autista) e altas habilidades ou superdotação, o
acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede
regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos
multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados, nos termos do
Art. 208, inciso III, da Constituição Federal, do Art. 24 do Decreto nº 6.949/2009, e Art. 8º do Decreto
nº 7.611/2011.
Estratégias:
4.1) garantir a oferta de educação inclusiva, vedada a exclusão do ensino regular sob alegação de
deficiência, e promovida a articulação pedagógica entre o ensino regular e o atendimento
educacional especializado;
4.2) contribuir para a contabilização das matrículas dos estudantes da educação regular da rede
pública que recebem atendimento educacional especializado, sem prejuízo do cômputo dessas
DIAGNÓSTICO – PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO NATAL (2015-2025)
Meta 5
Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3o (terceiro) ano do ensino fundamental.
Estratégias
5.1) estruturar, no âmbito dos sistemas públicos de educação, os processos pedagógicos de
alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental, articulando-os com as estratégias
desenvolvidas na pré-escola, com a qualificação e valorização dos professores alfabetizadores e com
o apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças;
5.2) desenvolver, no âmbito das secretarias de educação, até o segundo ano de vigência deste Plano,
sistema de acompanhamento das práticas pedagógicas na pré-escola e de avaliação do letramento,
alfabetização e numeramento no ciclo de alfabetização do ensino fundamental das escolas públicas,
considerando as especificidades de cada etapa da escolarização;
5.3) disponibilizar, para as escolas públicas do município, tecnologias educacionais e práticas
pedagógicas inovadoras que favoreçam a alfabetização e a melhoria do fluxo escolar, assegurada a
diversidade de métodos e propostas, bem como o acompanhamento dos resultados nas escolas em
que forem aplicadas;
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5.4) garantir, até o último ano de vigência deste Plano, que 100% dos alunos matriculados no
terceiro ano do ensino fundamental das escolas públicas estejam alfabetizados e no mínimo 80%
atinja a proficiência adequada (níveis 3 e 4) nos resultados da Avaliação Nacional da Alfabetização
(Ana);
5.5) garantir, no âmbito dos sistemas públicos de educação, a aplicabilidade dos recursos, ações e
programas disponibilizados pelo Governo Federal e Ministério da Educação voltados para a
formação de professores e melhoria do ciclo de alfabetização no ensino fundamental.
Meta 6
Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas
públicas e Centros Municipais de Educação Infantil, de forma a atender a, no mínimo, 25% (vinte e
cinco por cento) dos alunos, até o final da vigência deste Plano.
Estratégias:
6.1) promover, com o apoio da União, a oferta de educação básica pública em tempo integral, por
meio de atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, inclusive culturais e
esportivas, de forma que o tempo de permanência dos alunos na escola, ou sob sua
responsabilidade, passe a ser igual ou superior a 7 (sete) horas diárias durante todo o ano letivo,
com a ampliação progressiva da jornada de professores em uma única escola;
6.2) redimensionar, em regime de colaboração entre Município, Estado e União, a oferta de escolas
da Educação Básica de acordo com a demanda, para execução de programas de construção ou
reforma de escolas com padrão arquitetônico e de aquisição de mobiliário adequado para o 8
atendimento em tempo integral, prioritariamente em comunidades com crianças e adolescentes
em situação de vulnerabilidade social;
6.3) colaborar com a União para institucionalizar e manter programa de ampliação e reestruturação
das escolas públicas, por meio da instalação de quadras poliesportivas, laboratórios, inclusive de
informática, espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios,
banheiros e outros equipamentos;
6.4) pactuar com a União para institucionalização e manutenção de programa de ampliação e
reestruturação das escolas públicas, por meio da instalação de quadras poliesportivas, laboratórios,
inclusive de informática, espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas,
refeitórios, banheiros e outros equipamentos;
6.5) assegurar o uso material didático específico e a formação de recursos humanos para a educação
em tempo integral;
6.6) estabelecer parcerias com órgãos e instituições para uso de diferentes espaços educativos,
culturais e esportivos, centros comunitários, bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, cinemas,
planetários e demais equipamentos públicos para o atendimento dos alunos da educação básica da
rede pública, com matrícula em tempo integral;
6.7) aplicar e monitorar a concessão de gratuidade de que trata o art. 13 da Lei nº 12.101, de 27 de
novembro de 2009, em atividades de ampliação da jornada escolar de alunos das escolas da rede
pública de educação básica, de forma concomitante e em articulação com a rede pública de ensino;
6.8) garantir a educação em tempo integral para os alunos da educação especial na faixa etária de
4 (quatro) a 17 (dezessete) anos, assegurando atendimento educacional especializado
complementar e suplementar ofertado em salas de recursos multifuncionais da própria escola ou
em instituições especializadas;
DIAGNÓSTICO – PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO NATAL (2015-2025)
6.9) adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos alunos na escola, direcionando a
expansão da jornada para o efetivo trabalho escolar, combinado com atividades recreativas,
esportivas e culturais.
Meta 7:
Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo
escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias locais para o Ideb:
IDEB 2015 2017 2019 2021
Anos iniciais ensino fundamental 4,5 4,8 5,1 5,4
Anos iniciais ensino fundamental 4,1 4,3 4,6 4,9
Ensino Médio 3,5 3,9 4,2 4,4
Estratégias:
7.1) pactuar entre a União, o Estado e o Município, no âmbito da instância permanente de que trata
o § 5º do Art. 7º, da Lei nº 13.005/2014, a implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento que configurarão a base curricular nacional comum da educação básica, em todas
as suas etapas e modalidades;
7.2) atualizar os referenciais curriculares da educação básica, em consonância com a base nacional
comum, em até dois anos após a publicação desta pelo Conselho Nacional de Educação, e assegurar
a inclusão de conteúdos sobre aspectos históricos, geográficos, econômicos e culturais do Estado
do Rio Grande do Norte e do Município de Natal; 9
7.3) assegurar, no âmbito dos sistemas públicos de educação básica, que:
a) no quinto ano de vigência do PNE que, no mínimo, 60% (sessenta por cento) dos alunos do ensino
fundamental e do ensino médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos
direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo e, no mínimo, 40%
(quarenta por cento) o nível desejável;
b) no último ano de vigência do PNE, 85% (oitenta e cinco por cento) dos estudantes do ensino
fundamental e ensino médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos
direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 70% (setenta por
cento), pelo menos, o nível desejável;
7.4) elaborar e implementar indicadores de avaliação institucional nos sistemas de ensino,
contemplando os processos, práticas e recursos pedagógicos, a formação continuada dos
profissionais da educação, a gestão democrática, as condições de infraestrutura das escolas e outras
dimensões relevantes, conforme as especificidades de cada etapa e modalidade da educação básica;
7.5) elaborar e executar, com a colaboração técnica e financeira do Governo Federal, os planos de
ações baseados nos indicadores de avaliação institucional necessários ao alcance das metas e
respectivas estratégias de qualidade para a educação básica pública;
7.6) reduzir em 90% (noventa por cento) a reprovação e o abandono das escolas públicas,
promovendo a melhoria do fluxo escolar e a redução da distorção idade-série, com o apoio técnico
das secretarias de educação para o desenvolvimento de ações e projetos escolares de intervenção
pedagógica;
7.7) assegurar, no âmbito das escolas públicas do município, os períodos de recuperação escolar ao
longo do ano letivo para os alunos com baixo rendimento e/ou baixa frequência em cumprimento
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aos Artigos 29, 30, 32 e 33 da Resolução nº 7/2010 do Conselho Nacional de Educação, que trata
das Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos;
7.8) reduzir em 50% (cinquenta por cento) a diferença entre as escolas com o menor Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e a média municipal, garantindo equidade da
aprendizagem e a melhoria da educação básica pública;
7.9) utilizar tecnologias e práticas pedagógicas inovadoras para a educação básica pública em todas
as etapas e modalidades, que assegurem a melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, com
resultados comprovados mediante avaliação nas escolas em que forem aplicadas;
7.10) utilizar tecnologias educacionais que combinem, de maneira articulada, a organização do
tempo e das atividades didáticas entre a escola e o ambiente comunitário, respeitando as
especificidades do educando, da educação especial e valorizando as práticas culturais afro-brasileira
e indígena;
7.11) assegurar material didático-pedagógico, às escolas públicas do município, que atenda as
especificidades de cada etapa e modalidade da educação básica;
7.12) assegurar, até o quinto ano de vigência deste Plano, no âmbito dos sistemas de ensino,
mediante apoio financeiro da União, as condições necessárias para utilização pedagógica das
tecnologias da informação e da comunicação em 100% (cem por cento) das escolas públicas de
ensino fundamental e médio, mediante o acesso à rede mundial de computadores em banda larga
de alta velocidade;
7.13) prover, durante a vigência deste Plano, mediante apoio financeiro da União, 100% (cem por
cento) das escolas públicas com equipamentos e recursos tecnológicos digitais para a utilização 10
pedagógica, assegurando as condições necessárias para a universalização das bibliotecas digitais
escolares com acervo diversificado que contemple as especificidades de cada etapa e modalidade
da educação básica;
7.14) assegurar material didático-escolar, fardamento, transporte, alimentação e assistência à
saúde a todos os alunos das escolas públicas da educação básica, mediante recursos do município
e repasses do Governo Federal, de acordo com os programas existentes;
7.15) promover, em regime de colaboração entre União, estado e município, a articulação das
políticas e programas da área da educação para o município de Natal, com outras áreas/setores
como: esporte, cultura, saúde, assistência social, a fim de garantir a oferta regular de atividades
para a livre fruição dos alunos nos diversos espaços educativos;
7.16) oferecer, no âmbito das escolas do município de Natal, atividades extracurriculares de
incentivo aos estudantes e de estímulo a habilidades, mediante certames, concursos e eventos
locais e o incentivo à participação em âmbito estadual e nacional;
7.17) promover, no âmbito das escolas do município de Natal, atividades de desenvolvimento e
estímulo a habilidades esportivas, interligadas a um plano de disseminação do desporto educacional
e desenvolvimento esportivo local e o incentivo à participação em eventos âmbito estadual e
nacional;
7.18) promover políticas de proteção aos estudantes que vivenciam situações de discriminação,
preconceitos e violências, práticas irregulares de exploração do trabalho, consumo de drogas,
gravidez precoce, junto às famílias e em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e
proteção à infância, adolescência e à juventude;
7.19) garantir, no âmbito dos sistemas de ensino, mediante apoio técnico e financeiro do Governo
Federal e de parcerias interinstitucionais e intersetoriais, políticas de combate à violência nas
DIAGNÓSTICO – PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO NATAL (2015-2025)
Meta 8:
Elevar a escolaridade média da população de Natal de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo
a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo até 2024, para os 25% (vinte e cinco por cento)
mais pobres, e igualar escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Estratégias:
8.1) implementar programas de educação de jovens e adultos para os segmentos populacionais
considerados na meta que estejam fora da escola e com defasagem idade-série, associados a outras
estratégias que garantam a continuidade da escolarização, após a alfabetização inicial;
8.2) oferecer e ampliar programas e tecnologias de apoio pedagógico para os segmentos
populacionais considerados na meta, por meio de acompanhamento pedagógico, estudos de
recuperação e progressão parcial;
8.3) garantir o acesso gratuito a exames de certificação de conclusão dos ensinos fundamental e
médio de acordo com as exigências determinadas em Lei;
8.4) realizar chamadas públicas, semestralmente, para Educação de Jovens e Adultos, promovendo-
se busca ativa em regime de colaboração entre entes federados e em parceria com organizações da
sociedade civil;
8.5) expandir, em colaboração com os entes federados, o atendimento da Educação de Jovens e
Adultos nas etapas do ensino fundamental e médio, nos estabelecimentos penais do município às
pessoas privadas de liberdade, assegurando formação específica aos educadores que atuam nesses
espaços; 12
8.6) flexibilizar a organização do trabalho pedagógico, incluindo a adequação do calendário escolar,
de acordo com as especificidades da população da educação de jovens e adultos.
Meta 9:
Elevar a taxa de alfabetização da população do município de Natal com 15 (quinze) anos ou mais,
para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2018 e, até 2024, erradicar o
analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.
Estratégias:
9.1) promover, em parceria com os entes federados e organizações da sociedade civil, a busca ativa
de jovens e adultos fora da escola que não tiveram acesso à educação básica na idade própria,
assegurando a oferta de ensino gratuito para essa população;
9.2) implementar programas de alfabetização para jovens e adultos, no intuito de aperfeiçoar as
competências leitoras e escritoras e assegurar a continuidade da escolarização básica;
9.3) realizar avaliação, por meio de exames específicos, que permita aferir o grau de alfabetização
de jovens e adultos com mais de 15 (quinze) anos de idade;
9.4) expandir, em colaboração com os entes federados, o atendimento a alfabetização na Educação
de Jovens e Adultos, nos estabelecimentos penais do município às pessoas privadas de liberdade,
assegurando formação específica aos educadores que atuam nesses espaços.
DIAGNÓSTICO – PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO NATAL (2015-2025)
Meta 10:
Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas da educação de jovens e adultos,
nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.
Estratégias:
10.1) implementar políticas de educação de jovens e adultos, articuladas com as redes de ensino,
voltadas à conclusão do ensino fundamental e à formação profissional inicial, de forma a estimular
a conclusão da educação básica;
10.2) fomentar a expansão das matrículas na educação de jovens e adultos, articulada à formação
profissional inicial e continuada dos estudantes, objetivando a elevação do nível de escolaridade do
trabalhador, de acordo com a demanda;
10.3) fomentar cursos em parceria com as instituições que trabalham com a educação de jovens e
adultos integrada à educação profissional, de acordo com as características e especificidades do
público;
10.5) assegurar a diversificação curricular da educação de jovens e adultos, estabelecendo inter-
relações entre teoria e prática, nos eixos do trabalho, ciência, tecnologia, cultura e cidadania
articulados à formação básica e a preparação para o mundo do trabalho;
10.6) oferecer formação inicial e continuada para trabalhadores articulada à educação de jovens e
adultos, em regime de colaboração e com apoio de entidades de formação profissional, vinculadas
ao sistema sindical, de entidades sem fins lucrativos, de atendimento à pessoa com deficiência, com
atuação exclusiva nesta modalidade de ensino;
13
10.8) acompanhar e apoiar o Programa Nacional de Assistência ao Estudante – PNAE e programas
municipais que contribuam para garantir acesso, permanência, aprendizagem e conclusão dos
estudos na educação de jovens e adultos articulada à educação profissional;
10.9) participar da expansão da oferta de educação de jovens e adultos articulada à educação
profissional, de modo a atender às pessoas privadas de liberdade nos estabelecimentos penais,
assegurando a interação com as cadeias econômicas necessárias ao público;
10.10) implementar a educação de jovens e adultos, utilizando a modalidade de educação a
distância, com condições técnicas adequadas e atualizadas.
Meta 11:
Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da
oferta, sendo no mínimo 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.
Estratégias:
11.1) orientar os alunos concluintes do ensino fundamental acerca dos processos seletivos para
ingresso nos cursos de formação profissional técnica de nível médio na forma integrada.
11.2) acompanhar a educação profissional, no âmbito do Município, apoiando as ações de formação
do corpo discente, técnico e pedagógico em parceira com as instituições de educação profissional.
11.3) incentivar parcerias, com instituições públicas e privadas, para estágio e aprendizagem dos
estudantes da educação profissional no mercado de trabalho;
11.4) considerar a economia e as demandas do mercado de trabalho do Município na oferta de
cursos para a educação profissional;
DIAGNÓSTICO – PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO NATAL (2015-2025)
11.5) assegurar assento no Fórum Estadual de Educação Profissional, que será criado conforme
disposto no Plano Estadual de Educação;
11.6) apoiar a oferta de educação profissional na modalidade de Educação a Distância – EaD;
Meta 12:
Elevar a taxa bruta de matrícula no ensino superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida
para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos,
assegurada a qualidade da oferta e expansão para, no mínimo, 40% (quarenta por cento) das novas
matrículas, no segmento público, até o final de vigência do PNE.
Estratégias:
12.1) ampliar as vagas na educação superior, mediante a articulação das Instituições de Educação
Superior (IES) públicas e privadas, a partir da vigência deste Plano Municipal de Educação;
12.2) fomentar a oferta de vagas na educação superior pública e gratuita, para suprir,
prioritariamente, o déficit de profissionais em áreas específicas da educação básica, conforme
demanda do município de Natal, mediante colaboração com as Instituições de Educação Superior
(IES);
12.3) promover a ampliação da participação proporcional das populações indígenas e quilombolas
na educação superior, em relação a acesso, permanência, conclusão e formação de profissionais
para atuação dessas populações;
12.4) acompanhar o cumprimento da legislação referente às condições de acessibilidade e
mobilidade nas Instituições de Educação Superior (IES); 14
12.5) criar mecanismos para ocupar as vagas ociosas em cada período letivo na educação superior
pública;
12.6) fomentar, expandir e promover a qualidade da educação superior, especialmente nas
Instituições de Educação Superior (IES) públicas;
12.7) participar de programas e ações, oferecidos pelo Governo Federal, de incentivo à mobilidade
estudantil e docente em cursos de graduação e pós-graduação nas instituições públicas, em âmbito
nacional e internacional, tendo em vista o enriquecimento da formação em nível superior;
12.8) garantir mecanismos de permanência dos estudantes nos cursos de graduação, mediante o
monitoramento da evasão e reprovação, no âmbito das Instituições de Educação Superior (IES) em
articulação com os conselhos de educação, a partir do segundo ano de vigência deste plano;
12.8) fomentar a elevação do padrão de qualidade nas Instituições de Educação Superior (IES),
direcionando sua atividade, de modo que realizem, efetivamente, pesquisa institucionalizada,
articulada a programas de pós-graduação stricto-sensu, a partir da vigência do Plano Municipal de
Educação;
12.9) garantir a integração entre graduação e pós-graduação em todas as áreas de conhecimento,
valorizando a articulação, entre ensino, pesquisa e extensão na formação de professor;
12.10) democratizar o acesso e a permanência de estudantes dos segmentos menos favorecidos da
sociedade nos cursos de graduação, assegurando a adoção de uma política de quotas referente a,
no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das vagas das IES públicas do Município.
DIAGNÓSTICO – PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO NATAL (2015-2025)
Meta 13:
Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo
docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e
cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.
Estratégias:
13.1) fomentar processo contínuo de autoavaliação das instituições de educação superior, com a
participação das comissões próprias de avaliação e a aplicação de instrumentos que orientem as
dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a qualificação e a dedicação do corpo docente;
13.2) elevar, gradualmente, a taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais nas
universidades públicas, de modo a atingir 90% (noventa por cento) e, nas instituições privadas, 75%
(setenta e cinco por cento), em 2020, e fomentar a melhoria dos resultados de aprendizagem, de
modo que, em 5 (cinco) anos, pelo menos 60% (sessenta por cento) dos estudantes apresentem
desempenho positivo igual ou superior a 60% (sessenta por cento) no Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes - ENADE e, no último ano de vigência, pelo menos 75% (setenta e cinco
por cento) dos estudantes obtenham desempenho positivo igual ou superior a 75% (setenta e cinco
por cento) nesse exame, em cada área de formação profissional;
13.3) promover, no âmbito das IES, a formação inicial e continuada dos profissionais técnico-
administrativos da educação superior;
13.4) promover a melhoria da qualidade dos cursos de pedagogia e licenciaturas, integrando-os às
demandas e necessidades das redes de educação básica, de modo a permitir aos graduandos a
aquisição das qualificações necessárias a conduzir o processo pedagógico de seus futuros alunos, 15
combinando formação geral e específicas com a prática didática, além da educação para as relações
étnico-raciais, a diversidade e as necessidades das pessoas com deficiência.
Meta 14:
Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a
titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.
Estratégias:
14.1) expandir a oferta de cursos de pós-graduação stricto sensu, utilizando inclusive metodologias,
recursos e tecnologias de educação a distância;
14.2) articular agências oficiais de fomento, com vistas a expandir o financiamento da pós-
graduação stricto sensu nas diversas áreas de conhecimento, inclusive com a ampliação do
financiamento de bolsas para pós-graduação (Capes, CNPq, Fundect, entre outros) e estudantil por
meio do Fies e da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (Fapern);
14.3) criar mecanismos para favorecer o acesso das populações indígenas e quilombolas a
programas de mestrado e doutorado, de forma a reduzir as desigualdades étnico-raciais e regionais;
14.4) estimular a expansão de programa de acervo digital de referências bibliográficas e do Portal
de Periódicos da Capes para os cursos de pós-graduação, assegurada a acessibilidade às pessoas
com deficiência;
14.5) articular programas, projetos e ações que objetivem à internacionalização da pesquisa e da
pós-graduação brasileiras, incentivando a atuação em rede e o fortalecimento de grupos de
pesquisa, na vigência deste PME;
DIAGNÓSTICO – PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO NATAL (2015-2025)
Meta 15:
Garantir, em regime de colaboração entre a União, o Estado e o Município, no prazo de 1 (um) ano
de vigência deste PME, política de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos
I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394/1996, assegurado que todos os professores da educação
básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de
conhecimento em que atuam.
Estratégias:
15.1) apoiar a reforma curricular dos cursos de licenciatura e estimular a renovação pedagógica, de
forma a assegurar o foco no aprendizado do estudante, incorporando as modernas tecnologias de
informação e comunicação, observando as diretrizes oriundas do Conselho Nacional de Educação;
15.2) articular as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação dos profissionais da
educação, visando ao trabalho sistemático de articulação entre a formação acadêmica e as
demandas da educação básica; 16
15.3) estabelecer parcerias com as IES públicas para a oferta de cursos e programas especiais na
educação superior de forma a assegurar a formação específica, aos docentes e profissionais da
educação em efetivo exercício, nas respectivas áreas de atuação;
15.4) ampliar e garantir as políticas e programas de formação inicial e continuada dos profissionais
da educação nas diversas áreas do ensino formal, contemplando a educação especial, meio
ambiente e cidadania, diversidade e orientação sexual, a partir do segundo ano de vigência deste
Plano;
15.5) desenvolver uma política de formação continuada, sem prejuízo da jornada escolar dos alunos,
para os profissionais da educação básica, contemplando as especificidades de cada etapa e
modalidade, em articulação com o contexto de atuação na escola, mediante diagnóstico das
necessidades de formação de profissionais da educação, em parceria com as IES;
15.6) fomentar a criação de um comitê gestor municipal de formação de professores, na perspectiva
de acompanhar e avaliar a política nacional de formação dos profissionais da educação, a partir de
um ano de vigência deste plano.
15.7) criar cursos de formação continuada à distância, incorporando as modernas tecnologias de
informação e comunicação, sob a responsabilidade dos sistemas estaduais e municipais de
educação básica, em articulação com órgãos formadores – Instituto Kennedy, UFRN e UERN – com
o apoio técnico e financeiro do MEC;
15.8) promover e garantir, por meio da regulação, supervisão e avaliação das instituições públicas
federais e estaduais de educação superior, as normas e diretrizes curriculares de cursos de
licenciaturas, estimulando a renovação pedagógica, assegurando o foco na aprendizagem do
estudante, observando as diretrizes oriundas do Conselho Nacional de Educação e as Diretrizes
Curriculares Nacionais, durante a vigência deste PME;
DIAGNÓSTICO – PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO NATAL (2015-2025)
15.9) articular teoria, práticas educativas e estágios nos cursos de formação em nível médio e
superior dos profissionais da educação, possibilitando o trabalho sistemático de relação entre a
formação acadêmica e as demandas da educação básica;
15.10) garantir a oferta e o acesso de cursos técnicos de nível médio e tecnológicos superior,
implementados pela SEEC/RN e IFRN, destinados à formação, nas respectivas áreas de atuação dos
profissionais de educação de outros segmentos que não os do magistério;
15.11) qualificar os profissionais da educação, professores, pessoal de apoio, tradutores intérpretes
de Libras, guias-intérpretes para surdos-cegos e professores de Libras; para atender à demanda do
processo de escolarização dos estudantes da educação especial, garantindo a Atendimento
Educacional Especializado (AEE);
15.12) fortalecer a formação dos professores das escolas públicas de educação básica, para a
desenvolver os projetos escolares de leitura em cumprimento ao disposto no Plano Nacional do
Livro e Leitura, na Política Estadual de Promoção da Leitura Literária nas Escolas Públicas do Estado
do Rio Grande do Norte e Política Municipal de Promoção da Leitura Literária nas Escolas Públicas
do Município do Natal;
15.13) garantir, por meio do regime de colaboração entre União, estados e municípios, que até
2.020, 100% (cem por cento) dos professores da educação básica, em todas as etapas e
modalidades, tenham formação em nível superior, obtida em curso de licenciatura plena;
15.14) fomentar e valorizar a participação dos profissionais da educação em eventos científicos e
culturais, a divulgação de práticas inovadoras e de pesquisas desenvolvidas na rede escolar ou em
instituições de educação superior, que privilegiem os processos de ensino com repercussão na
melhoria da aprendizagem dos estudantes, estimulando, ainda, a possibilidade de replicar
17
experiências exitosas.
Meta 16:
Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica,
até o último ano de vigência do PNE, e garantir a todos os profissionais da educação básica formação
continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações
dos sistemas de ensino.
Estratégias:
16.1) implementar, em articulação com o MEC e IES, a oferta de cursos de especialização presenciais
e/ou à distância e stricto sensu voltados para a formação docente nas diferentes áreas de ensino;
16.2) garantir formação continuada, presencial ou à distância aos profissionais da educação,
oferecendo-lhes cursos de aperfeiçoamento, em todas as áreas de ensino, inclusive nas novas
tecnologias da informação e da comunicação e tecnologias assistivas na vigência do Plano Nacional
de Educação, durante a vigência deste Plano;
16.3) fomentar, em articulação com as IES, a ampliação da oferta de cursos de pós-graduação nas
diferentes áreas do magistério, voltados para as políticas e práticas educacionais, a partir da vigência
deste Plano;
16.4). Realizar, com a colaboração dos entes federados, a formação continuada dos professores e
profissionais da educação para o atendimento educacional especializado e a inclusão dos alunos da
educação especial no ensino regular.
DIAGNÓSTICO – PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO NATAL (2015-2025)
16.5) garantir aos profissionais da educação licenciamento remunerado, sem prejuízo das suas
promoções na carreira, conforme os planos do magistério municipal e estadual, para cursos de pós-
graduação (mestrado e doutorado), a partir do primeiro ano de vigência deste Plano;
16.7) implementar, nos sistemas de ensino, a formação inicial e/ou continuada do pessoal técnico,
administrativo, apoio e integrantes de conselhos municipais, em articulação com o MEC e
instituições superiores;
16.8) garantir a formação inicial e continuada em nível médio para 50% do pessoal técnico e
administrativo, e, em nível superior, até a metade do prazo de vigência do PNE, estendendo-se os
outros 50% até o seu prazo final;
16.9) proporcionar aos gestores municipais a participação em cursos de formação continuada em
parceria com o MEC e IES, a partir do primeiro ano de vigência deste Plano.
Meta 17:
Valorizar os profissionais do magistério público do Município de forma a equiparar seu vencimento
básico ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de
vigência deste PME.
Estratégias:
17.1) reconhecer a importância da carreira dos profissionais da educação e desenvolver ações que
visem à equiparação salarial com outras carreiras profissionais de formação equivalente;
17.2) viabilizar estudos relativos aos recursos orçamentários próprios do Fundeb e outras fontes
para a valorização salarial, com ganhos reais, para além das reposições de perdas remuneratórias e 18
inflacionárias e busca da meta de equiparação e de superação em 10% da média salarial de outros
profissionais de mesmo nível de escolaridade e carga horária, para acompanhamento da atualização
progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da
educação básica, até o final deste Plano;
17.3) criar, até o final do primeiro ano de vigência deste Plano, fórum permanente, com
representação de Instituições do magistério público do município, para acompanhamento da
atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público
da educação básica, por meio de indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios -
PNAD, periodicamente divulgados pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
IBGE;
17.4) realizar a revisão salarial anual dos vencimentos ou salários iniciais e das remunerações da
carreira, na data-base, de modo a preservar o poder aquisitivo dos educadores, nos termos do inciso
X do artigo 37 da Constituição Federal e na Lei Municipal nº 6.425/2013;
17.5) implementar, gradualmente, segundo critérios de cada sistema de ensino público uma jornada
de trabalho de tempo integral para os titulares de cargo efetivo, cumprida em um único
estabelecimento escolar;
17.6) garantir o cumprimento do Plano de Cargos, Carreira, Remuneração e de Valorização do
Magistério da educação básica da rede municipal de ensino do Município de Natal/RN, assegurando
a participação da categoria por meio do sindicato na reformulação e/ou atualização, durante a
vigência do PME;
17.7) manter e aperfeiçoar o sistema de avaliação de desempenho e qualificação dos profissionais
da educação, garantindo o cumprimento do dispositivo do Plano de Cargos, Carreira e
Remuneração e Estatuto do Magistério.
DIAGNÓSTICO – PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO NATAL (2015-2025)
Meta 18:
Assegurar e revisar no prazo de dois anos, os Planos de Carreira para os profissionais da educação
do Município, tomando como referência o piso salarial profissional, definido nos termos do inciso
VIII do Art. 206 da Constituição Federal.
Estratégias:
18.1) realizar, no primeiro ano de vigência deste plano, o censo de todos os profissionais do
magistério e da educação (docentes, apoio pedagógico e administrativo), com publicização e
encaminhamentos de tomadas de decisões baseadas no resultado do referido Censo;
18.2) fortalecer o Sistema Municipal de Ensino, buscando atingir em 90% de servidores nomeados
em cargos de provimento efetivo, em exercício na rede pública de Educação Básica, alcançado o
quadro de profissionais do magistério até o terceiro ano de vigência deste Plano e os profissionais
da educação durante a vigência do plano municipal de educação;
18.3) aderir a prova nacional de concurso para os profissionais do magistério da educação básica
pública, cujos resultados possam ser utilizados pelo Município, para a admissão desses profissionais;
18.4) assegurar a realização periódica de concurso público para provimento de vagas do município
de Natal, com a implantação gradual do cumprimento da jornada de trabalho em um único
estabelecimento escolar;
18.5) revisar, no prazo de dois anos, a partir da aprovação desta Lei, o Plano Cargos, Carreiras e
Remuneração dos profissionais do magistério Público da Rede Municipal definido nas leis
complementares nº. 058/2004 e nº 114/2010, nos termos do inciso V do art. 206 da Constituição
Federal;
19
Meta 19:
Garantir em legislação específica, para a efetivação da gestão democrática da educação no
Município, o compromisso com o acesso, a permanência e o êxito na aprendizagem do estudante,
associada a critérios técnicos de mérito e desempenho, prevendo recursos e apoio técnico da União
no prazo de 1 (um) ano após a aprovação deste Plano.
Estratégias:
19.1) fortalecer a gestão democrática em 100% (cem por cento) das unidades de ensino, por meio
das eleições diretas dos gestores, conforme prevê a lei complementar municipal nº 147/2015, bem
como ampliar a ação dos conselhos de acompanhamento e controle social, responsáveis pela
fiscalização, orientação e assessoramento ao poder executivo;
19.2) fortalecer as instâncias colegiadas nos espaços educativos como forma de garantir a gestão
democrática, a participação popular e o controle social;
19.3) promover a colaboração entre os órgãos normativos dos sistemas de ensino, fortalecendo o
relacionamento entre o conselho estadual e municipal de educação.
19.4) criar espaços de interlocução e pactuação, interinstitucional e intersetorial, entre os entes
federativos para definição de políticas a serem priorizadas, implantadas e consolidadas na educação
do Município;
19.5) criar um espaço de interlocução, onde os envolvidos possam definir quais as políticas, planos,
programas, projetos que serão priorizados em nível estadual e municipal em consonância com a
política federal do MEC, objetivando, ainda, acompanhar as ações da educação escolar com a
finalidade de desenvolver propostas pedagógicas para a melhoria dos indicadores educacionais do
Município;
19.6) assegurar condições, durante a vigência do plano, para a efetivação da gestão democrática
nas escolas públicas do Município, promovendo o fortalecimento dos conselhos do FUNDEB, CAE e
DIAGNÓSTICO – PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO NATAL (2015-2025)
Meta 20
Ampliar o investimento em educação pública de forma a atingir, no mínimo, 7% (sete por cento) do
Produto Interno Bruto - PIB do País no 5º (quinto) ano de vigência da Lei nº 13.005/2014, e o
equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.
Estratégias
20.1) Identificar e garantir fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos os
níveis, etapas e modalidades da educação básica, observando-se as políticas de colaboração entre
os entes federados, em especial as decorrentes do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias e do § 1º do art. 75 da Lei nº 9.394/1996, que tratam da capacidade de atendimento e
DIAGNÓSTICO – PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO NATAL (2015-2025)
do esforço fiscal de cada ente federado, com vistas a atender suas demandas educacionais à luz do
padrão de qualidade nacional;
20.2) garantir o investimento na educação pública de no mínimo 3% (três por cento) do PIB
municipal até o 5º (quinto) ano de vigência do Plano, ampliando gradativamente para 5% (cinco por
cento) até o prazo final deste PME, em conformidade com o crescimento econômico do município,
do Estado do RN e do País;
20.3) assegurar na forma de lei específica, a aplicação da parcela de participação da compensação
financeira oriunda da exploração de petróleo e gás natural e de outros recursos, na manutenção e
desenvolvimento do ensino, em acréscimo aos recursos vinculados, com a finalidade de
cumprimento da meta prevista na Constituição Federal (art. 212 e inciso VI do caput do art. 214);
20.4) estabelecer, mediante legislação, que 100% dos recursos repassados ao município pela União
provenientes do pré-sal e royalties, referentes ao petróleo e a produção mineral, sejam aplicados
na educação;
20.5) assegurar a manutenção do percentual mínimo de 30% de recursos do Orçamento Municipal
destinados à Educação, conforme instituído pela Lei Municipal nº 5.650/2005;
20.6) assegurar a aplicação integral dos recursos destinados à Manutenção e Desenvolvimento do
Ensino (MDE) e a execução de todas as metas e estratégias contempladas neste Plano;
20.7) fortalecer mecanismos e instrumentos que assegurem, nos termos do parágrafo único do art.
48 da Lei Complementar nº 101/2000, a transparência e o controle social na utilização dos recursos
públicos aplicados em educação, especialmente a realização de audiências públicas, a criação de
portais eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros de conselhos de 21
acompanhamento e controle social do Fundeb, com a colaboração entre o Ministério da Educação,
a Secretaria de Educação do Estado e do Tribunal de Contas do Estado;
20.8) vincular o investimento público municipal ao Custo Aluno-Qualidade inicial - CAQi,
referenciado no conjunto de padrões mínimos estabelecidos na legislação educacional, cujo
financiamento será calculado com base nos respectivos insumos indispensáveis ao processo de
ensino-aprendizagem, reajustado progressivamente até a implementação plena do Custo Aluno
Qualidade – CAQ, após metodologia formulada pelo Ministério da Educação – MEC;
20.9) definir critérios para distribuição dos recursos adicionais dirigidos à educação que considerem:
a equalização das oportunidades educacionais, a vulnerabilidade socioeconômica, o compromisso
técnico e a gestão do sistema municipal de ensino;
20.10) garantir, por meio de colaboração entre entes federados, maior aporte de recursos
financeiros necessários ao acesso e permanência dos estudantes das escolas públicas no Município;
20.11) Instituir e implementar Lei Municipal de Responsabilidade Educacional, em consonância com
a legislação nacional equivalente no prazo de um ano após sua homologação pela União,
objetivando a responsabilização dos gestores e professores, considerando a gestão dos recursos
públicos e a qualidade dos dispêndios;
20.12) alinhar as metas do PME aos instrumentos orçamentários do município;
20.13) articular com o Estado e os demais municípios, alteração da Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF) retirando as despesas com os profissionais da educação (remuneração) pagas com dotação
financeira advinda do Fundeb, do somatório do total gasto com pessoal.
DIAGNÓSTICO – PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO NATAL (2015-2025)
Observações e Sugestões
Meta nº Estratégia nº
Proposta de redação:
Meta nº Estratégia nº
Proposta de redação:
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Meta nº Estratégia nº
Proposta de redação:
Meta nº Estratégia nº
Proposta de redação: