Caracterização Microestrutural e Comportamento Mecânico Da Liga Inconel 718
Caracterização Microestrutural e Comportamento Mecânico Da Liga Inconel 718
Caracterização Microestrutural e Comportamento Mecânico Da Liga Inconel 718
CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL E
COMPORTAMENTO MECÂNICO DA LIGA INCONEL 718
APLICADA EM TEMPERATURAS ELEVADAS
EQUIPE:
JAN VATAVUK
GISELE SZILAGYI
ABNER CABRAL NETO
VALTER BARRAGAN NETO
CLOVIS DE OLIVEIRA JUNIOR
BRUNNO LAZZARINI FREDERICO
SÉRGIO CIAMPOLINI NOGUEIRA DE LIMA
NELSON BATISTA DE LIMA
MARIANO CASTAGNET
CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL E COMPORTAMENTO
MECÂNICO DA LIGA INCONEL 718 APLICADA EM TEMPERATURAS
ELEVADAS
1 INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A teoria mecânica necessária para projetar turbinas de aviões a jato já era conhecida
desde o início do século XX; porém, àquela época, ainda não se conheciam materiais que
pudessem preencher todos os requisitos de resistência à corrosão e ao amolecimento,
causados por condições muito agressivas de operação, em altas temperaturas, associadas
a esse tipo de aplicação [16].
O desenvolvimento das chamadas superligas de níquel, de cobalto e de ferro começou
nos Estados Unidos da América nos anos 30. Porém, ao longo dos anos as superligas de
níquel tornaram-se as mais utilizadas. Além das turbinas de jatos, as superligas de níquel
encontram aplicações variadas em altas temperaturas, como em motores de foguetes e
veículos espaciais em geral, reatores nucleares, submarinos, usinas termoelétricas e
equipamentos petroquímicos. Entretanto, a principal aplicação dessas ligas continua sendo
seu uso em turbinas aeronáuticas [16].
Outros materiais como ligas de cromo e de outros metais de mais alto ponto de fusão e
cerâmicos refratários tem sido estudados como possíveis alternativas ao uso das superligas
de níquel. Porém, até o momento, não foi encontrada nesses materiais uma melhor
combinação de propriedades requeridas para esse tipo de aplicação do que aquela que é
atualmente obtida com as superligas à base de níquel [17]. As propriedades mecânicas
importantes no desenvolvimento e caracterização de superligas são: resistência à fluência,
resistência às fadigas térmica e mecânica, estabilidade estrutural, e resistência à corrosão e
de oxidação a quente [18]. As superligas à base de Ni, como já mencionado anteriormente,
são empregadas principalmente em serviços submetidos a altas temperaturas e à corrosão,
sendo sua rigidez próxima a do aço, além de sua altíssima resistência mecânica sob altas
temperaturas [19].
A principal exigência mecânica para tal serviço é a alta resistência à fluência. O
mecanismo da fluência está relacionado ao movimento termicamente ativado das
discordâncias (defeitos cristalinos lineares) através da rede cristalina. Os principais
requisitos para alta resistência à fluência são: (i) uma matriz que possua um alto valor de
módulo de elasticidade e (ii) uma baixa taxa de difusão em temperaturas elevadas. As
superligas de níquel normalmente contêm elementos como cromo, cobalto, ferro,
molibdênio, tungstênio e nióbio. O efeito destes elementos solutos é o fortalecimento da
matriz que depende da diferença de tamanho do níquel e do soluto com a finalidade de
conter o movimento das discordâncias. Geralmente, as superligas apresentam grande
variedade de elementos químicos, podendo chegar a ter até 12 elementos químicos na sua
composição. Esses elementos exercem funções quase que específicas no material. Por
isso, as superligas estão entre os materiais de engenharia mais complexos já desenvolvidos
e estudados pelo homem [20].
O endurecimento destas ligas pode ser aumentado pela formação de carbetos e
também pela dissolução de alguns elementos na matriz (endurecimento por solução sólida).
A capacidade de endurecimento dessas ligas austeníticas de níquel, de cobalto e de ferro as
tornam adequadas para aplicações em turbinas aeronáuticas e motores de foguetes, que
exigem alta resistência mecânica em médias e altas temperaturas. As fases indesejáveis
podem ser observadas devido à variação na composição, processamento ou exposição à
alta temperatura. Incluída neste grupo estão às fases delta (δ), fase sigma (σ), fase Laves,
fase eta (η). Nitretos e boretos podem estar presentes em algumas ligas [21].
A estrutura cristalina da matriz austenítica das superligas de níquel é a cúbica de faces
centradas CFC (γ). Como já foi comprovado, apresenta grande capacidade de manter
resistência à tração, à ruptura e boas propriedades de fluência em temperaturas muito mais
altas do que as ligas de matriz cúbica de corpo centrado (CCC). Isso se deve a vários
fatores, incluindo o excelente módulo de elasticidade e a alta difusividade que os elementos
secundários possuem nesse tipo de matriz. É de grande importância à alta solubilidade de
muitos elementos de liga na matriz austenítica e a capacidade de controle da precipitação
de fases intermetálicas, como a gama linha (conhecida como: γ’ - (Ni 3 (Al, Ti)), distribuídos
uniformemente no material, que lhes conferem alta resistência mecânica. Os átomos de
alumínio ou titânio ocupam os vértices do cubo enquanto que os átomos de níquel ocupam o
centro das faces (figura 1). Os teores de (Al + Ti) são geralmente elevados nas superligas à
base de níquel, pois esses elementos ao se combinarem com o níquel formam a fase γ’ [16].
fase γ fase γ’
Trata-se de uma fase intermetálica ordenada CFC (cúbica de faces centradas) do tipo
L1 2 de composição Ni 3 (Al, Ti) (figuras 2 e 3), responsável pela elevada resistência mecânica
das superligas em altas temperaturas [23]. A fase γ’ geralmente ocupa em torno de 60% do
volume da matriz, ou seja, dependendo da temperatura, é a fase majoritária em termos de
volume nas superligas. As propriedades mecânicas das superligas estão intrinsecamente
ligadas ao tamanho, morfologia e distribuição de γ’ ao longo da matriz Por isso, muitos
estudos foram desenvolvidos visando entender a relação entre a precipitação de γ’ e as
propriedades mecânicas das superligas [23].
Figura 2: Diagrama de equilíbrio de fases Titânio / Níquel, evidenciando a fase Ni 3 Ti (fase γ’)
[24].
γ’ primário
γ’ secundário
A fase σ é uma fase tetragonal intermetálica, do tipo TCP, dura, que se forma com uma
composição variada. Várias morfologias podem ser encontradas, algumas das quais são
bastante prejudiciais para as propriedades das ligas de Ni, por exemplo, na forma de placas
ou em contornos de grão. Na forma de placas pode levar à formação de trincas. Quando
assume a forma de precipitados globulares intragranulares, aumenta a resistência à fluência
[27]. Em decorrência de sua grande diversidade de composição química e da natureza da
composição, às vezes se torna difícil sua identificação por ataque. A técnica que melhor a
identificaria seria a difração de raios-X de extração de resíduos [26].
Em baixas temperaturas, o material com presença de fase sigma pode fraturar
fragilmente, embora o escoamento não seja afetado. Em temperaturas elevadas, a formação
da fase sigma é prejudicial pela perda de elementos de liga da matriz, provocando uma
diminuição da resistência do material, além da possibilidade de uma fratura preferencial ao
longo das placas de fase sigma, resultando em redução prematura da vida do material [16].
A fase de Laves é uma fase TCP, com estrutura cristalina do tipo MgZn 2 intermetálica
com composição tipo A 2 B. Exemplos típicos de fase Laves incluem Fe 2 Ti, Fe 2 Nb e Fe 2 Mo,
mas sua fórmula geral é (Fe,Cr,Mn,Si) 2 (Mo,Ti,Nb) [26]. São mais comuns em ligas à base
de Fe-Ni como partículas grosseiras intergranulares. Contudo, também podem ocorrer
precipitados intergranulares. O Si e o Nb promovem a formação de fases de Laves no
Inconel 718. Uma quantidade excessiva de fases de Laves prejudica a ductilidade em baixa
temperatura. Contudo as propriedades de fluência não são afetadas [26].
A fase μ é uma fase romboédrica (trigonal) intermetálica, TCP com estrutura do tipo
W 6 Fe 7 . Em geral, tem pouca influência sobre as propriedades. A fase μ precipita-se de
forma grosseira e irregularmente na forma de placas de Widmanstätten. Sua fórmula geral é
(Fe, Co)(MoW) 6 . O Ni pode substituir parte do Fe ou do Co [26]. Entretanto, não apenas a
resistência mecânica/dureza é importante em aplicações em turbinas. A ductilidade nas
condições de serviço também é importante, e a maioria das superligas apresenta boa
ductilidade. As superligas em geral apresentam também boa resistência ao impacto, à
fadiga de alto e de baixo ciclo e à fadiga térmica [29].
A superliga à base de níquel (Inconel 718) é uma das mais importantes superligas de
níquel, sendo utilizada com muita frequência em projetos que requerem materiais com
elevada resistência mecânica, boa resistência à fadiga e à fluência, boa resistência à
corrosão e capacidade de operar continuamente em elevadas temperaturas. O Inconel 718,
à base de níquel, geralmente contém de 5,3 a 5,5%Nb, que é responsável pela formação da
fase intermetálica γ'’ (Ni 3 Nb) garantindo a estabilidade microestrutural e elevada resistência
à fluência [30].
Trabalhos de Chen, Kawagoisihi e Nisitani estudam a taxa de crescimento da corrosão
por fadiga e vida útil do Inconel 718 em diversas temperaturas, enfatizando aplicações
industriais Os autores mencionam que, mesmo que o Inconel seja considerado resistente
em altas temperaturas, para tensões repetidas em condições ambientais específicas pode
causar outros comportamentos no crescimento de trincas e que esses problemas deveriam
ser estudados futuramente [31].
3.2 Ensaio de Fluência
Estágios de Fluência
Estágio I
Ocorre um encruamento que diminui a velocidade de fluência no material. O
escorregamento das discordâncias (deformação plástica) é impedido por barreiras
(empilhamento de discordâncias, precipitados, etc.) que surgem no decorrer do tempo.
Portanto, quando se aplica uma tensão no metal em uma dada temperatura, as
discordâncias são primeiramente impedidas de escorregar por pequenas barreiras. Depois,
por ativação térmica, elas conseguem vencer as barreiras, porém encontram novas
barreiras maiores que só serão vencidas após tempos mais longos. Além disso, ainda
ocorrem processos de recuperação devido à escalagem de discordâncias e alguns
escorregamentos com desvio, principalmente quando a temperatura for suficientemente alta.
A recuperação, neste estágio, é pequena, uma vez que o fator controlador deste estágio é o
mecanismo de interseção das discordâncias com as barreiras [34, 35].
Estágio II
O processo de recuperação é suficientemente rápido para contrabalançar o
encruamento. A recuperação significa a libertação de discordâncias dos obstáculos ou
barreiras (empilhamento de discordâncias, precipitados, etc.), por meio de escalagem ou
escorregamento com desvio. A escalagem de discordâncias requer uma maior energia de
ativação, e é o processo controlador da velocidade de fluência e depende da temperatura;
quanto maior for a temperatura, maior será a recuperação e, portanto, mais curto será o
estágio II. Em temperaturas muito altas, o estágio II é mais curto, atingindo mais rápido o
estágio III. A escalagem de discordâncias é feita por absorção e emissão de lacunas. A
energia de ativação para esse processo é, portanto, a de difusão de lacunas. Dessa forma,
quanto maior for a energia de ativação, mais resistente o material será à fluência, pois para
haver a escalagem será necessário vencer uma barreira energética maior. Finalmente, tem-
se outra contribuição importante, porém não predominante, para os processos de
deformação, que é o escorregamento de contornos de grão. Esse escorregamento também
pode criar lacunas que facilitam a escalagem de discordâncias. O escorregamento é um
processo de cisalhamento que ocorre na direção dos contornos de grão, sendo que está
relacionado com o aumento da temperatura e com tensões baixas. O fenômeno acontece
intermitentemente com o tempo, fazendo com que a deformação não seja uniforme ao longo
do contorno. A precipitação de partículas duras nos contornos de grão e a acomodação
desses contornos em novas posições diminuem a velocidade de escorregamento. Quanto
menor for o tamanho do grão de um metal ou liga, maior será a área dos contornos.
Portanto, um refino dos grãos pode ser prejudicial à resistência à fluência, ou seja, o inverso
observado na resistência à temperatura ambiente [34, 35].
Estágio III
Este estágio é caracterizado por uma grande movimentação das discordâncias,
ocorrendo mais acentuadamente a estricção do corpo de prova ensaiado em tração. Ocorre
também a nítida formação contínua de microtrincas no material. Essas microtrincas provêm
de fenômenos de deformação localizados nos contornos de grão, ocasionando fratura
intergranular. Em situações de altas tensões e temperaturas mais baixas, ocorrem pontos
triplos formados onde três contornos de grão se encontram. O escorregamento dos
contornos de grão resulta em tensões diversas suficientemente altas, que provocam o início
de trincas. No caso de tensões baixas e temperaturas altas, formam-se pequenas
microcavidades (orifícios) nos contornos de grão na direção normal à tensão externa
aplicada, que crescem e coalescem devido à concentração de lacunas. Quando em altas
temperaturas ou se ocorrer a migração de contornos de grãos para alívio de tensões,
também pode ocorrer o aparecimento de fraturas transgranular (no interior dos grãos). Em
certos casos, também pode ocorrer fratura transgranular em temperaturas relativamente
baixas e em velocidades de fluência altas, analogamente às fraturas dúcteis comuns [34,
35].
A importância técnica do fenômeno de fratura por fluência tornou-se evidente a partir da
metade do século XX, sendo reconhecida como um dos maiores problemas da área
industrial devido ao crescente nível de exigência das condições de operação empregadas
em usinas de geração de energia, instalações químicas e em componentes estruturais
desenvolvidos junto às indústrias aeroespaciais. Dessa maneira, os estudos dos materiais
usados nesses componentes exigem, cada vez mais, sofisticações tecnológicas,
aprimoramentos nos ensaios experimentais (destrutivos e não-destrutivos), e uma constante
busca de uma vasta base de dados. Tais bases, associadas a métodos matemáticos e
computacionais, podem conduzir a um melhor entendimento de todos os fenômenos
estruturais que podem ocorrer nos materiais, quando, por exemplo, submetidos a tensões
em regimes de temperaturas elevadas [34, 35].
Em condições reais de serviço, os componentes de uma forma geral operam em regime
complexo de tensão e temperatura, sendo projetados para tempos de serviços da ordem de
10.000 a 250.000 horas. Entretanto, para estudos laboratoriais, os ensaios de fluência são
realizados por períodos mais curtos de tempo. Surge, portanto, a necessidade de emprego
de técnicas de extrapolação dos resultados obtidos para situações reais de [34, 35]. No caso
específico dos metais, a complexidade metalúrgica de muitas ligas comerciais exige um
conhecimento exato dos micromecanismos que controlam o processo de fluência, tanto para
a elaboração de equações constitutivas, quanto para as técnicas de extrapolação
atualmente utilizadas [33].
Os métodos mais comuns de avaliação de comportamento de um sólido cristalino em
altas temperaturas envolvem, geralmente, procedimentos gráficos e analíticos, por meio de
análises estatísticas ou pela elaboração de equações empíricas simples que relacionam a
deformação ou a taxa de fluência em tensão e temperatura constantes. Por esses
procedimentos, e pela forma como os dados geralmente são apresentados, é comum a
perda de uma gama de informações sobre o fenômeno, resumindo-se aos valores de taxa
mínima, tempo de ruptura e deformação correspondente à fratura final. De forma
preponderante, isso resulta na perda de informações relativas às regiões primária e terciária,
que dominam o comportamento em muitas ligas metálicas em engenharia (REIS, 2005).
Em muitos projetos, a taxa mínima de fluência é encarada como o parâmetro mais
representativo do comportamento. Entretanto, quando determinado percentual de
deformação torna-se um fator que limita a vida em determinadas condições, a fluência
primária, normalmente negligenciada, passa a exercer um papel fundamental. Da mesma
forma, no caso de parâmetros como deformação ou tempo correspondentes à fratura sejam
fortes limitantes da vida, o estágio terciário, que prevalece em muitas ligas de aplicação em
engenharia, deve ser considerado devido a sua relevante importância [34, 35]. Os critérios
de seleção, especificamente para componentes estruturais aeronáuticos, envolvem a
relação custo/benefício e a eficiência estrutural, que requerem estruturas mais leves,
geralmente abrangendo um grupo de ligas à base de titânio, alumínio e magnésio [34, 35].
O comportamento dos materiais metálicos em altas temperaturas está intimamente
relacionado com a presença de imperfeições cristalinas, devido à maior mobilidade atômica
e, consequentemente, aos processos que envolvem fenômenos de difusão. Temperaturas
elevadas aumentam a capacidade de movimentação de discordâncias e podem ativar outros
mecanismos responsáveis pelo processo de deformação, como a possibilidade de operação
de novos sistemas de escorregamento e a deformação localizada ao longo dos contornos
granulares. As condições ambientais, a exemplo dos meios agressivos, exercem uma forte
influência na grande maioria das ligas, principalmente quando conjugadas com processos
que envolvem a instabilidade metalúrgica, conduzindo um componente estrutural a uma
possível falha de forma prematura [34, 35].
A natureza da oxidação pode exercer uma influência importante sobre as propriedades
em temperaturas elevadas. Uma camada fina de óxido normalmente conduzirá a um
aumento na resistência mecânica, mas a penetração intergranular do óxido geralmente
implica em um decréscimo no tempo de ruptura por fluência e fratura intergranular. A vida
em serviço de um material é bastante reduzida quando este deve operar em atmosfera de
combustão de gases quentes ou em meios corrosivos [35]. Mecanismos associados a
desgastes e erosão contribuem fortemente para a aceleração dos processos de fluência.
Neste contexto, os tratamentos superficiais previsto têm como objetivo otimizar a resistência
superficial e, conseqüentemente, aumentar a vida em fluência [36].
4 MATERIAIS E MÉTODOS
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 15: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora e envelhecido
a 620°C/8 horas.
Figura 16: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora e envelhecido
a 620°C/20 horas.
Figura 17: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora e envelhecido
a 620°C/20 horas.
Figura 18: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora e envelhecido
a 620°C/24 horas.
Figura 19: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora e envelhecido
a 620°C/24 horas.
Figura 20: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora e envelhecido
a 620°C/48 horas.
Figura 21: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora e envelhecido
a 620°C/48 horas.
Figura 22: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora e envelhecido
a 720°C/10 horas.
Figura 23: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora e envelhecido
a 720°C/10 horas.
Figura 24: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora e envelhecido
a 720°C/16 horas.
Figura 25: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora e envelhecido
a 720°C/16 horas.
Figura 26: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora e envelhecido
a 720°C/24 horas.
Figura 27: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora e envelhecido
a 720°C/24 horas.
Figura 28: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora e envelhecido
a 720°C/48 horas.
Figura 29: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora e envelhecido
a 720°C/48 horas.
Figura 30: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora.
Figura 33: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora e envelhecido
a 720°C/48 horas.
Figura 34: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora e envelhecido
a 620°C/48 horas.
Figura 35: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1095°C/1 hora e envelhecido
a 620°C/48 horas.
400
350
300
Dureza Vickers [HV]
250
200
150
100
50
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo de Envelhecimento [h]
450
400
350
300
Dureza Vickers [HV]
250
200
150
100
50
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
Tempo de Envelhecimento [h]
Figura 41: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1000°C/1 hora e submetido a
duplo envelhecimento a 750°C/8h+650°C/8h.
Figura 42: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1000°C/1 hora e submetido a
duplo envelhecimento a 720°C/8h+650°C/8h.
Figura 43: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 1000°C/1 hora e submetido a
duplo envelhecimento a 720°C/8h+650°C/8h.
Figura 44: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 900°C/1 hora.
Figura 47: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 900°C/1 hora e submetido a
duplo envelhecimento a 750°C/8h+650°C/8h.
Figura 48: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 900°C/1 hora e submetido a
duplo envelhecimento a 720°C/8h+650°C/8h.
Figura 49: Microestrutura da liga de Inconel 718 solubilizado a 900°C/1 hora e submetido a
duplo envelhecimento a 720°C/8h+650°C/8h.
Nas figuras 50 a 54 são apresentadas as curvas tensão-deformação obtidas em ensaios
de tração em temperaturas de 600 a 850°C e velocidades de deformação de 2,2x105s-1 (0,1
mm/min) a 2,2x10-3s-1 (5 mm/min). As curvas foram dispostas em vários gráficos visando
facilitar o entendimento do comportamento mecânico do Inconel 718, na condição como
recebido, submetido a ensaios de tração em diferentes condições de temperatura e
velocidade de deformação. Na figura 50 são mostradas as curvas tensão-deformação
obtidas em ensaios de tração nas temperaturas de 600, 650, 700, 750, 800 e 850°C e
velocidade de deformação de 2,2x10-4s-1 (0,5 mm/min). Nota-se nesta figura que os gráficos
apresentam um comportamento elástico similar. O início da deformação plástica apresenta
uma variação pequena na faixa de temperaturas de ensaio de 600 a 800°C. Somente a
850°C nota-se uma queda acentuada na tensão de início da deformação plástica.
A tabela 3 apresenta os valores relativos ao limite de escoamento (σ ε ), limite de
resistência (σ máx ), alongamento percentual (A) em função da temperatura de ensaio. Pode
ser observado que o limite de resistência diminui com o aumento da temperatura, este
comportamento é esperado na liga de Inconel 718, devido à degradação dos carbonetos a
temperaturas acima de 650ºC. Os valores de limite de escoamento apresentam os maiores
valores nos ensaios de tração a 700 e 750ºC. Este fato pode ser decorrente de nesta faixa
de temperaturas ocorrer a precipitação da fase γ”, principal responsável pelo endurecimento
desta liga. Nota-se também que a 600 ºC a região de deformação plástica da curva tensão-
deformação apresenta uma significativa oscilação, provavelmente decorrente da interação
entre as discordâncias e os precipitados γ’ em formação em temperaturas próximas a esta.
1200
1000
800 Temperatura
de Ensaio
Tensão [MPa]
600 C
600 650 C
700 C
750 C
400 800 C
850 C
200
0
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40
Deformação [mm/mm]
1000
800
Tensão [MPa]
Velocidade de Deformação
-5 -1
600 4,4x10 s (0,1 mm/min)
-4 -1
2,2x10 s (0,5 mm/min)
-3 -1
2,2x10 s (5 mm/min)
400
200
0
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40
Deformação [mm/mm]
900
800
700
600
Tensão [MPa]
500
100
0
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16
Deformação [mm/mm]
700
600
Tensão [MPa]
500
400
300
200
100
0
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14
Deformação [mm/mm]
600
Velocidade de Deformação
-4 -1
2,2x10 s (0,5 mm/min)
-3 -1
500 2,2x10 s (5 mm/min)
400
Tensão [MPa]
300
200
100
0
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35
Deformação [mm/mm]
0,08
625 MPa
700 MPa
0,06 750 MPa
deformação [mm/mm]
0,04
0,02
0,00
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
tempo [h]
Figura 56: Curvas de fluência obtidas para a liga Inconel 718 em temperaturas de 700oC, e
cargas de 625, 700 e 750 MPa (material como recebido).
Tabela 4: Dados de fluência a 650°C.
σ tp ε· s tf εf RA
(MPa) (h) (1/h) (h) (mm/mm) (%)
700 16 0,00013 ------- ---------- -----
750 6 0,00032 92,7 0,06036 5,57
814 0,25 0,00616 4 0,06120 6,23
(111) fcc
600
(220) fcc
400 (200) fcc
200
0
0 20 40 60 80 100
2 Teta [graus]
Figura 67: Difratogramas de raios-X do Inconel 718 sem tratamento de implantação PIII.
1600
(111) fcc
Intensidade de Raios-X [cps]
1400
1200
1000
800
600
(200) fcc
400
(111) m-phase
(200) m-phase
200 (220) fcc
0
0 20 40 60 80 100
2 Teta [graus]
(b)
Figura 68: Difratogramas de raios-X do Inconel 718 submetido a implantação por três horas.
5. CONCLUSÕES
- O tempo para atingir o máximo valor de dureza no envelhecimento a 620 e 720°C foi
aproximadamente 6 h. O valor de dureza do pico de dureza da amostra envelhecida a 620°C
(≈250 HV) está abaixo do máximo obtido no Inconel 718 envelhecido a 720°C (≈400HV),
devido provavelmente ao precipitado formado (620°C-γ’ e 720°C-γ”).
- A implantação do Inconel 718 desloca o pico (111) de 43,5° para 39° e o pico (200) de
50,7° para 45,2°. A diferença no deslocamento das posições dos picos (111) e (200) é
atribuída à menor densidade atômica do plano (200), resultando uma expansão maior do
reticulado. A expansão do reticulado cfc devido à implantação foi aproximadamente 11%.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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