Revista Adultos 4° Trimestre de 2018

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AULA 6

ALCALOIDES
TROPÂNICOS

Prof. (a): Larissa Trigueiros

UNINABUCO - PAULISTA – PE
2018.2
INTRODUÇÃO
Anel pirrolidínico;
Estrutura bicíclica: tropano
Anel piperidínico.

Pirrolidina Piperidina Tropano


INTRODUÇÃO
Orientação da hidroxila em C3: formação de dois isômeros

Configuração α: tropanol Configuração β:


(tropina) pseudotropanol
(pseudotropina)
INTRODUÇÃO
Derivados do tropanol: tipo atropina (família Solanaceae)
- Inibem a ação da acetilcolina;
- Substâncias muscarínicas ou bloqueadores de receptores
muscarínicos colinérgicos.

Derivados do pseudotropanol: tipo cocaína (família


Erythroxylaceae)
- Ação anestésica local  ligação reversível aos canais de
sódio  inibição do potencial de ação e transmissão da dor.
USO HISTÓRICO
Beladona (Atropa belladonna): “planta da
sombra da noite”
Usada em envenenamentos

Época medieval: uso alucinógeno Beladona (Atropa


belladonna)

Trombeteira
Estramônio (Datura Meimendro (Hyoscyanus (Brugmasia Mandrágora (Mandragora
stramonium) niger) suaveolens) officinarum)
USO HISTÓRICO
Império Inca: nobreza considerava a folha da coca como
um presente do deus Sol

Coca (Erythroxylum coca)


BIOSÍNTESE
Formação do anel pirrolidínico: descarboxilação da arginina
e ornitina

Formação do segundo anel: duas hipóteses


1. Condensação do anel pirrolidínico com o acetoacetato;
2. Condensação do anel pirrolidínico com o 2-manolil-coA.

As hipóteses não se anulam  evolução independente da biossíntese de


alcaloides tropânicos em Solanaceae e Erythroxylaceae
BIOSÍNTESE
ADC = arginina-
descarboxilase;

ODC = ornitina-
descarboxilase;

PMT = putrescina-N-
metiltransferase

MPO = N-metil-
putrescina
DISTRIBUIÇÃO E PAPEL FISIOLÓGICO
Mais de 200 alcaloides tropânicos
Solanaceae, Erythroxylaceae, Convolvulaceae,
Dioscoreaceae

Datura Brugmansia
DISTRIBUIÇÃO E PAPEL FISIOLÓGICO
Escala comercial: hiosciamina e escopolamina
- Atropa;
- Datura;
- Duboisia;
Hiosciamina
- Hyoscyamus.

Escopolamina
DISTRIBUIÇÃO E PAPEL FISIOLÓGICO
Hiosciamina e escopolamina: importante para alguns
insetos

Presença de
alcaloides
tropânicos

Trombeteira (Brugmasia
suaveolens)
DISTRIBUIÇÃO E PAPEL FISIOLÓGICO
Atenção: o gênero Solanum NÃO tem alcaloides tropânicos

Batata-inglesa (Solanum tuberosum)

Tomate (Solanum lycospersicum)


Berinjela (Solanum melongena)
DISTRIBUIÇÃO E PAPEL FISIOLÓGICO
Gênero Erythroxylum: cerca de 200 espécies
Cocaína: Erythroxylum coca e E. novogranatense

E. coca
Cocaína

Alteração qualitativa e quantitativa

Variedade da planta e estágio de desenvolvimento


E. novogranatense das folhas
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Importância terapêutica atual (Solanaceae): atropina e
escopolamina S-hiosciamina

Atropina
- Mistura racêmica: (RS)-hiosciamina;
- Parece não existir na planta fresca;
- Colheita, secagem e extração: (S)-
hiosciamina  atropina.

Ainda é obtida por


fontes naturais R-hiosciamina
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Importância terapêutica atual (Solanaceae): atropina e
escopolamina S-hiosciamina

Atropina
- Forma de base livre:
- Cristais incolores;
- Baixa solubilidade em água;
- Solúvel em etanol e clorofórmio;
- Caráter alcalino (pH 9,5);
- Empregada, principalmente, na forma de
sulfato. R-hiosciamina
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Importância terapêutica atual (Solanaceae): atropina e
escopolamina
Escopolamina
- Forma de base livre:
- Líquido viscoso, solúvel em água;
- Mono-hidrato cristalino: ponto de fusão a
59 °C;
- Especialidades farmacêuticas: bromidrato
e butilbrometo.
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Importância terapêutica atual (Erythrolyxaceae): cocaína
Cocaína
- Não é obtida diretamente da folha da coca;
- Dificuldade na separação dos componentes; Ecgonina

- Base extraída: hidrólise  ecgonina;


- Esterificação + benzolilação = (R)-cocaína;

- Sal mais utilizado: cloridrato;


- Pó cristalino branco, inodoro, sabor amargo,
seguida de reação anestésica na língua.
Cocaína
MÉTODOS DE EXTRAÇÃO
Comportamento análogo a maioria dos alcaloides
Bases livres Sais
Solúveis em solventes apolares Solúveis em solventes polares

Combinados com ácidos fracos nos vegetais


Solúvel em água

Extração com fluido supercrítico: finalidades forenses


(extração de cocaína)
CARACTERIZAÇÃO E DOSEAMENTO
Caracterização: reações de precipitação comuns a
alcaloides
Dragendorff, Mayer, Bertrand, Bourchardat/Wagner

Reação de Dragendorff Reação de Mayer

Reação de Wagner Reação de Bertrand


CARACTERIZAÇÃO E DOSEAMENTO
Reações colorimétricas: Vitali e Gerrard
Atropina, (S)-hiosciamina ou (S)-escopolamina

Droga vegetal + ácido nítrico (HNO3) resíduo + KOH em


etanol = coloração púrpura  vermelha-escura  incolor

Reações colorimétricas: Vitali e Morin


Atropina, (S)-hiosciamina ou (S)-escopolamina

Droga vegetal + ácido nítrico (HNO3) resíduo + acetona +


solução alcalina = coloração rósea a violeta-escuro
CARACTERIZAÇÃO E DOSEAMENTO
Reações colorimétricas
Cocaína

Droga + tiocianato de cobalto [Co(SNC)2] coloração azul

Prova de odor
Cocaína

Droga + KOH metanólico  evaporação do metanol  odor


agradável
CARACTERIZAÇÃO E DOSEAMENTO
Caracterização: outras formas
- CCD;
- CLAE;
- Eletroforese capilar.

Doseamento: titulometria
- Alcalinizante: base fraca, hidróxido de amônio (NH4OH);
- Base forte causa hidrólise de alcaloides tropânicos.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Inibição da acetilcolina
Efetores autônomos inervados por nervos pós-ganglionares
colinérgicos;

Musculatura lisa;
Agentes muscarínicos  pouco efeito sobre a acetilcolina 
altas doses de alcaloides tropânicos para produzir um bloqueio

Efeitos no SNC
Doses usuais: ações antimuscarínicas centrais;

Doses altas ou tóxicas: estimulação seguida por depressão.


PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Atropina S-hiosciamina

- Rapidamente absorvida pelo intestino;


- Aplicação tópica em mucosas: rápida
transferência para circulação;
- Pele intacta: absorção limitada;
- Excretada na urina nas 12h primeiras
horas após a aplicação.

R-hiosciamina
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Atropina S-hiosciamina

- Atividade farmacológica dependente


da dose

0,5 mg
- Diminuição dos batimentos cardíacos;
- Secura na boca;
- Inibição do suor.

1,0 mg
- Aceleração cardíaca;
- Secura na boca mais evidente;
- Ligeira dilatação da pupila. R-hiosciamina
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Atropina S-hiosciamina

- Atividade farmacológica dependente


da dose

2,0 mg
- Taquicardia e palpitação;
- Secura na boca evidente;
- Pupila dilatada e visão turva.

5,0 mg
- Sintomas anteriores acentuados;
- Dificuldade na fala e deglutição;
- Cefaleia e fadiga;
- Pele seca e quente; R-hiosciamina
- Dificuldade na micção e peristaltismo reduzido.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Atropina S-hiosciamina

- Atividade farmacológica dependente


da dose

10,0 mg ou mais
- Sintomas anteriores acentuados;
- Pulso rápido e fraco;
- Íris praticamente obliterada;
- Alucinação, delírio e coma.

R-hiosciamina
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Atropina X Escopolamina

- Ação mais potente no coração, - Ação mais potente sobre a íris e


intestinos e músculos glândulas secretoras;
bronquiolares;
- SNC: depressão
- SNC (doses clínicas): não
deprime
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Interesse em substâncias antimuscarínicas
Estômago e intestino: agentes antiespasmódicos e tratamento
de úlcera péptica

Secreção salivar: sensível à inibição  boca seca 


dificuldade na fala e deglutição

Não são mais utilizados para o tratamento da úlcera péptica devido aos
efeitos adversos

Efeitos no SNC: tratamento da doença de Parkinson


DROGAS VEGETAIS
Beladona – Atropa belladonna (Solanaceae)
Farmacógeno: folhas, flores, frutos

- Planta mágica usada para cerimônias


e envenenamentos;
- Origem do nome:
- Atropos: divindade grega encarregada de
cortar o fio da vida;
- “Bella donna”: efeito midriático 
intensifica o brilho nos olhos  mulheres
mais atraentes
DROGAS VEGETAIS
Beladona – Atropa belladonna (Solanaceae)
Farmacógeno: folhas, flores, frutos

- FB 5: teor mínimo de 0,3% de


alcaloides totais
- Expressos como hiosciamina;
- 3% de caules da planta com diâmetro Phytolacca americana
superior a 5 mm;
- Amostra não deve apresentar fragmentos
de Phytolacca americana e Ailanthus
altissima.
Ailanthus altissima
DROGAS VEGETAIS
Beladona – Atropa belladonna (Solanaceae)
Farmacógeno: folhas, flores, frutos

- Dados químicos:
- Folhas: 0,3 a 0,5% de alcaloides;
- Flavonoides, taninos, cumarinas... S-hiosciamina

- Relação hiosciamina-escopolamina: 20:1


- Folhas pobres em escopolamina;
- Raízes: maior porcentagem de
hiosciamina.
DROGAS VEGETAIS
Beladona – Atropa belladonna (Solanaceae)
Farmacógeno: folhas, flores, frutos

- Dados farmacológicos e toxicológicos:


- Ação antiespasmódica na musculatura lisa
do trato gastrointestinal, vesícula biliar e
bexiga;
- Diminui as secreções;
- Ação estimulante do SNC: doses elevadas
podem levar ao coma.
DROGAS VEGETAIS
Beladona – Atropa belladonna (Solanaceae)
Farmacógeno: folhas, flores, frutos

- Dados farmacológicos e toxicológicos:


- Ingestão acidental de medicamentos para
asma: alucinações;
- Intoxicações graves: ingestão acidental
dos frutos  3 a 4 frutos são
considerados letais para crianças.
DROGAS VEGETAIS
Beladona – Atropa belladonna (Solanaceae)
Farmacógeno: folhas, flores, frutos

- Efeitos adversos e precauções de uso:


- NÃO devem ser utilizadas na forma
caseira, apenas industrializada;
- Contraindicações: pacientes com
taquicardia, arritmias, glaucoma, edema
de pulmão, estenose gastrointestinal...
DROGAS VEGETAIS
Beladona – Atropa belladonna (Solanaceae)
Farmacógeno: folhas, flores, frutos

- Efeitos adversos e precauções de uso:


- Interações medicamentosas

Antidepressivos tricíclicos
Potencializa a ação
Amantadina
anticolinérgica
Quinidina

Betanecol Redução da eficácia


DROGAS VEGETAIS
Estramônio – Datura stramonium (Solanaceae)
Farmacógeno: folhas

- Planta eventualmente usada como


ornamental
- Regiões Nordeste, Centro-oeste, Sul
e Sudeste.
DROGAS VEGETAIS
Estramônio – Datura stramonium (Solanaceae)
Farmacógeno: folhas

- Dados químicos:
- Proporção hiosciamina:escopolamina 
2:1
- 0,2 a 0,6% de alcaloides tropânicos;
- Sementes: 0,2%;
- Óleo fixo: 15 a 30%;
- Outros componentes: taninos,
flavonoides (rutina), cumarinas.
DROGAS VEGETAIS
Estramônio – Datura stramonium (Solanaceae)
Farmacógeno: folhas

- Dados farmacológicos e toxicológicos:


- Uso popular: asma (não recomendado);
- Ações semelhantes às da Beladona;
- Intoxicação acidental na poda: látex pode
provocar midríase;
- Intoxicações de animais.
DROGAS VEGETAIS
Trombeteira – Brugmansia suaveolens (Solanaceae)
Farmacógeno: folhas

- RDC 26/2014: lista de plantas que não


podem ser utilizadas em produtos
fitoterápicos tradicionais;
- Uso alucinógeno;
- Dados químicos:
- Alcaloides tropânicos: 0,4 a 0,6%;
- Outros componentes: óleos voláteis (canferol).
DROGAS VEGETAIS
Trombeteira – Brugmansia suaveolens (Solanaceae)
Farmacógeno: folhas

- Dados farmacológicos e toxicológicos:


- Teor de escopolamina > hiosciamina;
- Efeitos similares aos da Beldona;
- Intoxicações acidentais: uso ornamental.
DROGAS VEGETAIS
Meimendro – Hyoscyamus niger (Solanaceae)
Farmacógeno: folhas e flores

- Uso antigo: relatos desde a Babilônia;


- Contra dores no trato gastrointestinal;

- Dados químicos:
- Relação hiosciamina:escopolamina: 1,2:1
- Outros componentes: lignoides, witanolídeos
(esteroides), taninos, flavonoides (rutina).
DROGAS VEGETAIS
Meimendro – Hyoscyamus niger (Solanaceae)
Farmacógeno: folhas e flores

- Dados farmacológicos e toxicológicos:


- Semelhante à beladona, porém mais tênue;
- Intoxicações menos frequentes: odor e
consistência desagradáveis;

- Interações medicamentosas:
- Potencialização de antidepressivos tricíclicos,
amantadina, quinidina, anti-histamínicos...
DROGAS VEGETAIS
Coca – Erythroxylum coca e E. novogranatense
(Erythroxylaceae)
Farmacógeno: folhas

- Região andina: longa tradição de uso


indígena
- Utilização religiosa pelos Incas;

- Folhas mascadas ou ingeridas na forma de


chá por turistas;
- Ação estimulante leve  alívio da fadiga/
suportar grandes altitudes.
DROGAS VEGETAIS
Coca – Erythroxylum coca e E. novogranatense
(Erythroxylaceae)

- Cultivo: zonas montanhosas dos Andes;


- ↑ índice pluviométrico, clima ameno, solo
rico em minerais;
- Folhas: 0,3 a 0,6% de cocaína;

Erythroxylum coca
DROGAS VEGETAIS
Coca – Erythroxylum coca e E. novogranatense
(Erythroxylaceae)

- Cultivo: zonas
Variedade ipadu (coca
montanhosas dos amazônica)
Andes;
- Nativos do Peru, Brasil
- ↑ índice pluviométrico, e Colômbia;
clima ameno, solo rico - Teor de 0,4% de
em minerais; cocaína.
Erythroxylum coca - Folhas: 0,3 a 0,6% de
cocaína;
DROGAS VEGETAIS
Coca – Erythroxylum coca e E. novogranatense
(Erythroxylaceae)

- Coca colombiana; Variedade truxillense


(coca de Trujillo)
- Locais mais baixos,
quentes e secos; - Condições de deserto;
- 1% de cocaína;
- Folhas: 0,6% de cocaína - Rica em salicilato de
metila  agradável em
bebidas
Erythroxylum novogranatense
DROGAS VEGETAIS
Coca – Erythroxylum coca e E. novogranatense
(Erythroxylaceae)
Farmacógeno: folhas

- Isolada por Niemann em 1860;


- Sabor amargo e insensibilidade na língua;

- Uso clínico: Sigmund Freud e Karl Koller


(século XIX);
- Até início do século XX, a Coca-Cola
continha cocaína.
Cocaína
DROGAS VEGETAIS
Coca – Erythroxylum coca e E. novogranatense
(Erythroxylaceae)
Farmacógeno: folhas

- Dados químicos:
- Coca nativa contém um teor muito baixo de
cocaína; E. coca

- 90% dos alcaloides encontrados correspondem


a cocaína.

E. novogranatense
DROGAS VEGETAIS
Coca – Erythroxylum coca e E. novogranatense
(Erythroxylaceae)
Farmacógeno: folhas

- Dados farmacológicos:
- Absorvida a partir de membranas e mucosas;
E. coca
- Meia-vida: aproximadamente, 1h;
- Forte estimulante do SNC  inibição do
transportador de dopamina  aumento da
noradrenalina e serotonina;
- Causa midríase e vasoconstrição periférica.
E. novogranatense
DROGAS VEGETAIS
Coca – Erythroxylum coca e E. novogranatense
(Erythroxylaceae)

- Dados farmacológicos:
- Inibe a recaptura de catecolaminas nas
terminações adrenérgicas  estímulo do SNC e
sistema cardiovascular; E. coca
- Dose de 50 mg, por via oral: alucinações e pode
provocar vômito;
- Rápido estímulo  depressão dos centros
medulares vitais  morte por insuficiência
respiratória.
E. novogranatense
DROGAS VEGETAIS
Coca – Erythroxylum coca e E. novogranatense
(Erythroxylaceae)

- Dados toxicológicos:
- Via endovenosa: pode causar morte imediata
- Ação tóxica direta sobre o músculo cardíaco;
E. coca
- Processos inflamatórios: ↑ da absorção;
- Pequenas quantidades são excretadas pela urina;
- Doses elevadas: paranoia, ansiedade, alucinações
visuais, auditivas e táteis.

E. novogranatense
DROGAS VEGETAIS
Coca – Erythroxylum coca e E. novogranatense
(Erythroxylaceae)

- Dados toxicológicos:
- Uso medicamentoso EXTREMAMENTE restrito:
- Cirurgias oftálmicas, de ouvido, nariz e
garganta. E. coca

E. novogranatense

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