CAPÍTULO 5 - Ir Faustina Filha Amante Da Mãe de Deus - ZAGNA - Letra - em - 20
CAPÍTULO 5 - Ir Faustina Filha Amante Da Mãe de Deus - ZAGNA - Letra - em - 20
CAPÍTULO 5 - Ir Faustina Filha Amante Da Mãe de Deus - ZAGNA - Letra - em - 20
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Deus, desde toda a eternidade, predestinou à Santíssima Virgem para ser a Mãe do
Verbo encarnado e a corredentora do gênero humano. A Virgem concebeu Jesus em seu
seio por obra do Espírito Santo. Acompanha o seu Filho durante 30 anos de sua vida
oculta. Está presente em Canaã da Galileia. A pedido de sua Mãe, Jesus faz o primeiro
milagre, através do qual “manifestou sua glória e seus discípulos acreditaram nele” (Jo.
2,11).
Ela está ao pé da cruz, na qual o seu Filho morre para a redenção do homem.
Acompanha os apóstolos no Pentecostes, o dia em que nasce formalmente a Igreja
católica. Elevada ao céu, ajuda-nos desde ali intercedendo diante de Deus por nós.
A Virgem Santíssima não é uma lembrança histórica. Ela vive junto a seu Filho
ressuscitado. Ela preocupa-se sempre com a Igreja peregrina. As suas aparições em
Lourdes, Fátima e outros lugares, falam-nos disso. Quando Jesus recomenda à Ir.
Faustina a missão de atuar como a mensageira de sua divina misericórdia, além do seu
apoio, entrega-lhe sua própria Mãe para que a auxilie no desempenho dessa tarefa.
Expressa a Ir. Faustina: “Solenidade da Imaculada Conceição. Antes da santa
comunhão vi a Mãe Santíssima em beleza inconcebível. Sorrindo para mim, disse-me:
Minha filha, por recomendação de Deus, devo ser tua Mãe de maneira exclusiva e
especial, mas desejo que também tu sejas minha filha especial” (Nº 1414).
A proteção da mãe de Deus enche o coração de Ir. Faustina de paz e gozo
“Desde esses dias vivo sob o manto virginal da Mãe de Deus; ela me defende e instrui.
Estou tranquila junto ao seu Imaculado Coração, e porque sou tão fraca e inexperiente,
reclino-me como uma criança em seu Coração” (Nº 1097).
Ir. Faustina pede com todo fervor à Santíssima Virgem que acenda no seu coração o
amor ardente com o qual ela amou o seu Divino Filho. “1º de maio de 1937. Hoje senti a
proximidade de minha mãe, da Mãe celestial. Embora antes de cada comunhão eu peça
com fervor a Nossa Senhora que me ajude na preparação da minha alma para a vinda de
seu Filho, e sinta a sua proteção sobre mim, peço-lhe muito que se digne acender em mim
o fogo do amor a Deus de que estava inflamado o seu Coração no momento da
Encarnação do Verbo Divino” (Nº 1114). A Virgem pede a Ir. Faustina que leve a
mensagem aos sacerdotes de que ela é sua Mãe que permanentemente intercede por
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eles diante de Deus. “Visão de Nossa Senhora. Vi Nossa Senhora em grande claridade e
vestida de branco, cingida por um cinto de ouro, e havia pequenas estrelinhas também de
ouro por toda a vestimenta, e as mangas estavam enfeitadas com triângulos de ouro.
Tinha um leve manto azul-safira, na cabeça trazia um leve véu transparente, os cabelos
soltos, lindamente penteados, e uma coroa de ouro que tinha cruzinhas nas pontas. Na
mão esquerda segurava o Menino Jesus. Uma Nossa Senhora assim eu ainda não tinha
visto. Então olhou para mim bondosamente e disse: ‘Sou Nossa Senhora dos sacerdotes’.
Então colocou Jesus no chão, ergueu a mão direita para o céu e disse: ‘Ó Deus, abençoai
a Polônia, abençoai os sacerdotes’. E novamente me disse: ‘Conta o que viste aos
sacerdotes. Resolvi que contaria na primeira vez que me encontrasse com o Frei, mas eu
mesma não posso compreender nada dessa visão” (Nº 1585).
São João, depois de viver três anos junto a Jesus, o Verbo feito Homem, afirma: “Deus
é amor” (Jo 1; Ap 4,8). E quando o amor de Deus dirige-se ao pecador, chama-se
misericórdia.
Diz o Senhor à Ir. Faustina: “Escreve: Tudo que existe está encerrado no interior
da minha misericórdia, mais profundamente que o filho no seio da mãe. Quanta dor
me causa a falta de confiança em minha bondade. Os pecados que me ferem mais
dolorosamente são os de desconfiança” (Nº 1076).
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Evidentemente, a lei da caridade nos obriga a estender a mão, primeiro, à pessoa que
está morrendo de frio. Isso implica, por um lado, o maior direito da pessoa que morre de
frio, de ser ajudada antes que a pessoa que só sofre frio. Quanto maior é a miséria do
pecador, com maior prontidão Nosso Senhor irá em sua ajuda.
6. Os mais pecadores têm mais direito à divina misericórdia
Em casa obra das minhas mãos, diz Nosso Senhor à Ir. Faustina, está confirmada
a minha misericórdia. Quem confia em minha misericórdia não perecerá, porque
todas as suas causas são minhas, e os inimigos são desbaratados aos pés do meu
escabelo” (Nº 723).
E depois expressa Nosso Senhor: “Ponham a esperança na minha misericórdia os
maiores pecadores. Eles têm mais direito que outros à confiança no abismo da
minha misericórdia. Minha filha, escreve sobre a minha misericórdia para as almas
mais atribuladas. Causam-me prazer as almas que recorrem à minha misericórdia.
A almas assim concedo mais graças do que desejam. Não posso castigar, ainda que
seja o maior pecador, se recorre à minha compaixão, mas justifico-o na minha
inconcebível e inescrutável misericórdia. Escreve: antes de vir como juiz imparcial,
abro a porta da minha misericórdia. Quem não quiser passar pela porta da
misericórdia, terá que passar pela porta da minha justiça” (Nº 1146).
Para compenetrar-nos mais profundamente desta consoladora afirmação de Nosso
Senhor, devemos ter presente:
Do precedente exposto, lógica e necessariamente deriva que não há pecado nem
pecados, que não possam ser perdoados, se o pecador se arrepender.
Jamais deve extinguir-se na alma do pecador a esperança de ser perdoado. A divina
misericórdia só espera que o pecador diga: “Senhor, perdoai-me”, para acolhê-lo em seus
braços. Fala-nos o Senhor: Digo-vos que, de igual modo, haverá mais alegria no céu por
um só pecador que se arrependa, do que por noventa e nove justos que não tenham
necessidade de arrependimento (Lc 15,7).
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Escreve a Ir. Faustina: “Hoje fiz retiro de um dia. Então ouvi uma voz na alma: São
palavras dirigidas a ti. Faze tudo que estiver ao teu alcance na obra da minha
misericórdia. Desejo que seja dada honra à minha misericórdia. Estou dando à
humanidade a última tábua de salvação, isto é, que se refugie na minha misericórdia”
(Nº 998).
8. A chaga do Coração de Jesus, fonte da infinita misericórdia
“De todas as minhas chagas, como de fonte, corre a misericórdia para as almas,
mas a chaga do meu Coração é uma fonte de inescrutável misericórdia; dessa fonte
jorram grandes graças para as almas. Queimam-me as chamas da compaixão,
desejo derramá-las nas almas dos homens. Fala a todo o mundo da minha
misericórdia” (Nº 1190).
A cruz é o altar onde se consuma o sacrifício do Filho de Deus. Deus feito Homem,
agoniza na cruz. De seu lado jorra um fio de sangue, que se transforma num rio imenso
que banha a humanidade inteira. Mata a morte, apaga o pecado, enxerta a vida de Deus
nas almas.
9. O pecador arrependido presta maior glória à paixão de Cristo
“Diz Nosso Senhor: Quando o pecador recorrer à minha misericórdia presta-me a
maior glória e é a honra da minha paixão. Quando a alma glorifica a minha bondade,
então o demônio treme diante dela e foge até o fundo do inferno” (Nº 378).
10. O sacramento da confissão, prova permanente da divina misericórdia
“Hoje disse-me o Senhor: Filha, quando te aproximas da confissão, dessa fonte da
minha misericórdia, sempre desce na tua alma o meu sangue e a água que saiu do
meu Coração, e enobrece a tua alma. Cada vez que te aproximares da santa
confissão, mergulha toda na minha misericórdia com grande confiança, para que eu
possa derramar na tua alma a abundância da minha graça. Quando te aproximas da
confissão, deve saber que Eu mesmo espero por ti no confessionário. Oculto-me
apenas no sacerdote, mas eu mesmo atuo na alma. Aí a miséria da alma encontra-se
com o Deus de misericórdia. Dize às almas que dessa fonte de misericórdia elas
acolhem graças somente com o vaso da confiança. Se a sua confiança for grande, a
minha generosidade não terá limites. As torrentes da minha alma inundam as almas
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Escreve a Ir. Faustina: “Quando perguntei a Nosso Senhor como pode suportar tantos
delitos e crimes e não os castigar, respondeu-me o Senhor: Para castiga-los tenho a
eternidade, e agora prolongo-lhes o tempo de misericórdia, mas ai deles se não
conhecerem o tempo da minha visitação. Minha filha, secretária da minha
misericórdia, não apenas estás obrigada a escrever e divulgar a minha misericórdia,
mas também a pedir a graça, para que também eles bendigam a minha misericórdia”
(Nº 1160).
Em última instância, a vida do homem é um permanente aproximar-se da morte. De
fato, quanto mais nos afastamos do dia de nosso nascimento, mais nos aproximamos do
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dia de nossa morte. Jesus prolonga os dias do pecador para facilitar-lhe o arrependimento.
O tempo foge. Aproveitemo-lo para recorrer à divina misericórdia que está a nossa espera.
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Diz o Senhor: “Eu sou a própria misericórdia para a alma contrita. A maior miséria
da alma não me inflama de ira, mas o meu Coração se comove por ela com grande
misericórdia” (Nº 1739).
Com toda razão, afirma a Ir. Faustina: “Não compreendo como se pode não confiar
naquele que tudo pode; com ele tudo, e sem ele nada” (Nº 358).
Quais as características que deve ter a nossa confiança em Deus?
Ir. Faustina responde a esta pergunta: “Com a confiança e a simplicidade de uma
criança entrego-me hoje, Senhor Jesus, meu Mestre. Deixo-vos inteira liberdade na
direção de minha alma. Guiai-me pelos caminhos que escolherdes, eu não vou querer
entendê-los. Seguir-vos-ei confiante. Vosso misericordioso Coração tudo pode” (Nº 228).
Com a confiança com que deixa-se levar a criança da mão de sua mãe, deixemo-nos
conduzir pela divina misericórdia para os caminhos que ela nos levar.
medida que se dá, aumenta. A alma que confiar em minha misericórdia é a mais
feliz, porque eu mesmo cuido dela” (Nº 1273).
2. Quem confiar na divina misericórdia não perecerá
Escreve a Ir. Faustina: Hoje ouvi estas palavras: “As graças que te concedo não são
apenas para ti, mas para um grande número de almas... E no teu coração está
continuamente a minha morada; apesar da tua miséria, uno-me contigo e, afastando
a tua miséria, dou-te a minha misericórdia; em cada alma realizo a obra da
misericórdia, e quanto maior o pecador, tanto maiores direitos tem a minha
misericórdia. Em cada obra das minhas mãos está confirmada a minha misericórdia.
Quem confia em minha misericórdia não perecerá, porque todas as suas causas são
minhas, e os inimigos serão desbaratados aos pés do meu escabelo” (Nº 723).
3. Confiar em Deus é indispensável para superar os sofrimentos da vida e não
cair jamais na desesperança
A esse respeito, diz-nos a Ir. Faustina: “Compreendo as almas que sofrem contra a
esperança, pois senti em mim mesma esse fogo. Contudo, Deus não permite sofrer além
das forças. Muitas vezes vivi com a esperança contra a esperança e levei a minha
esperança até a plena confiança em Deus. Faça-se em mim o que ele decidiu desde os
séculos” (Nº 386).
Aonde devemos recorrer para reforçar a nossa confiança em Deus, sobretudo nos
momentos de dores físicas?
Responde-nos a Ir. Faustina: “Nos mais pesados tormentos, fixo o olhar da minha alma
em Jesus crucificado; não espero ajuda dos homens, mas ponho a minha confiança em
Deus; em sua inescrutável misericórdia está toda a minha esperança” (Nº 681).
“Embora o caminho esteja tão cheio de espinhos, não tenho medo de seguir adiante;
ainda que me cubra uma tempestade de perseguições, ainda que se afastem os amigos,
ainda que tudo conspire contra mim e ainda que o horizonte escureça, ainda que comece
a rugir a tempestade e eu sinta que estou sozinha e tenho que enfrentar tudo, com toda
tranquilidade, confio em vossa misericórdia, ó meu Deus, e não se decepcionará a minha
esperança” (Nº 1195).
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Jesus não só dignou-se revelar a sua infinita misericórdia através da Ir. Faustina, mas
também nos anunciou os meios pertinentes para alcançá-la, garantindo a eficácia desses
com a sua palavra. A seguir, proporcionaremos uma breve descrição dos ditos meios e
indicaremos as promessas do Senhor ligadas a cada um deles. O que nos resta a fazer é
dobrar os joelhos e mergulharmos na divina misericórdia, através desse meios.
OS MEIOS
I. A imagem
Entre os meios para alcançar à divina misericórdia, o Senhor entrega-nos a imagem,
sob a invocação “Jesus, eu confio em vós”.
a) A sua origem
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Essa fonte é o sangue e a água que emanam do Coração de Jesus para lavar-nos de
nossos pecados. Que esta fonte de misericórdia esteja sempre aberta para que
recorramos a ela, sobretudo nos momentos difíceis de nossa vida; especialmente
devemos recorrer para pedir ajuda a fim de limpar a nossa alma se o pecado a corroer.
Que, a exemplo de Jesus, devamos ter uma grande misericórdia para com os nossos
irmãos.
d) O olhar de Nosso Senhor
Afirma a Ir. Faustina: “Em determinado momento, disse-me Jesus: O olhar dessa
imagem é como o olhar na cruz” (Nº 326). Ao contemplar a imagem, abramos a nossa
alma ao olhar de Jesus, cheio de amor, para que ele a purifique e a encha de confiança na
infinita misericórdia divina.
e) As promessas de Jesus àqueles que venerarem esta imagem
Em 22 de fevereiro de 1931, Jesus revela a Ir. Faustina: “Prometo que a alma que
venerar esta imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na terra, a vitória sobre
os inimigos e, especialmente, na hora da morte. Eu próprio a defenderei como
minha glória” (Nº 48).
Em outra ocasião, disse Nosso Senhor à Ir. Faustina:
“Ofereço aos homens um recipiente com o qual devem ir buscar graças na fonte
da misericórdia. O recipiente é a própria imagem com a inscrição: ‘Jesus, eu confio
em vós’ ” (Nº 327).
II. O terço
1. Modo de rezá-lo
a) Antes de começar, reza-se o pai-nosso, a ave-maria e o credo.
b) Depois, diz-se:
Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
como era no princípio, agora e sempre,
pelos séculos dos séculos. Amém.
c) Em cada uma das contas que separam as dez ave-marias, reza-se:
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Eterno Pai, eu vos ofereço o corpo e sengue, alma e divindade de vosso bem-
amado Filho e Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e os do
mundo inteiro.
d) Ao passar as contas das dezenas, diz-se: Pela sua dolorosa paixão, tende
misericórdia de nós e do mundo inteiro.
e) No fim: Santo Deus, Santo Forte, Santo Imortal, tende piedade de nós e do mundo
inteiro. (Três vezes)
Foi o próprio Jesus que ensinou à Ir. Faustina a fórmula do terço.
“No dia seguinte, quando entrei na nossa capela, ouvi interiormente estas palavras:
Toda vez que entrar na capela, reza logo essa oração que te ensinei ontem. Quando
rezei essa oração, ouvi na alma estas palavras: Essa oração é para aplacar a minha ira;
recitá-la-ás por nove dias por meio do terço do rosário, da seguinte maneira:
primeiro rezarás um pai-nosso e ave-maria e o credo; em seguida, nas contas do pai
nosso, dirás as seguintes palavras: Eterno Pai, eu vos ofereço o corpo e o sangue,
alma e divindade de vosso diletíssimo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, em
expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro. Nas contas da ave-maria
rezarás as seguintes palavras: pela sua dolorosa paixão, tende misericórdia de nós
e do mundo inteiro. No fim rezarás três vezes estas palavras; Deus Santo, Deus
Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro” (Nº 476).
2. Nosso Senhor promete graças extraordinárias àqueles que rezarem o terço
a) “Promessa do Senhor: As almas que rezarem este terço serão envolvidas pela
minha misericórdia em sua vida, e especialmente na hora da morte” (Nº 754).
b) Nosso Senhor promete outorgar tudo que lhe pedirmos através desta oração.
“Minha filha, estimula as almas a rezarem esse terço que te dei. Pela recitação
desse terço agrada-me dar tudo que me pedem. Quando o recitarem os pecadores
empedernidos, encherei suas almas de paz, e a hora da sua morte será feliz.
Escreve isto para as almas atribuladas: Quando a alma vê e reconhece a gravidade
dos seus pecados, quando se desvenda diante dos olhos da sua alma todo o
abismo da miséria em que mergulhou, que não desespere, mas que se lance com
confiança nos braços da minha misericórdia, como uma criança nos abraços da
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estimada mãe. Essas almas têm primazia no meu Coração compassivo, ela têm
primazia à minha misericórdia. Dize que nenhuma alma que tenha recorrido a minha
misericórdia se decepcionou nem ficou envergonhada. Tenho predileção especial
pela alma que tem confiança na minha bondade. Escreve que, quando recitarem
esse terço junto aos agonizantes, eu me colocarei entre o Pai e a alma agonizante
não como justo juiz, mas como salvador misericordioso” (Nº 1541).
c) A recitação do terço pelo moribundo ou as pessoas que o acompanharem, faz com
que Jesus defenda o moribundo como a sua própria glória.
“Quando entrei no meu quarto, ouvi estas palavras: Defendo toda alma que recitar
esse terço na hora da morte como a minha glória, ou quando outros o recitarem
junto a um agonizante; eles conseguem a mesma indulgencia. Quando recitam esse
terço junto a um agonizante, aplaca-se a ira divina, uma inconcebível misericórdia
envolve a alma e abrem-se as entranhas da minha misericórdia, pela dolorosa
paixão de meu Filho. Oh!, se todos conhecessem como é grande a misericórdia do
Senhor; e como nós todos precisamos dessa misericórdia, especialmente nessa
hora decisiva” (Nº 811).
d) As pessoas que recitam o terço, além de receber graças imensas, fazem jorrar a
divina misericórdia sobre o mundo inteiro.
“Então ouvi uma voz enquanto recitava esse terço: Oh!, que grandes graças
concederei às almas que recitarem este terço; o interior da minha misericórdia se
comove por aqueles que recitam este terço. Anota essas palavras, minha filha, fala
ao mundo da minha misericórdia, que toda a humanidade conheça a minha
inconcebível misericórdia. Este é o sinal para os últimos tempos: depois dele virá o
dia da justiça. Enquanto é tempo, recorram à fonte da minha misericórdia, tirem
proveito do sangue e da água que jorraram para eles. Oh!, almas humanas, onde
vos escondereis no dia da ira de Deus? Recorrei agora à fonte da divina
misericórdia. Oh!, que grande número de almas estou vendo. Elas glorificarão a
divina misericórdia e cantarão o cântico de glória pelos séculos” (Nº 848).
e) A recitação do terço salva o pecador moribundo.
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“Quando entrei por um momento na capela, disse-me o Senhor: Minha filha, ajuda-
me a salvar um pecador agonizante; reza por ele esse terço que te ensinei. Quando
comecei a recitar esse terço, vi esse agonizante em terríveis tormentos e lutas. Defendia-o
o Anjo da Guarda, mas estava como que impotente diante da enormidade da miséria
dessa alma. Toda uma multidão de demônios estava esperando por essa alma. No
entanto, durante a recitação do terço, vi a Jesus da forma como está pintado nessa
imagem. Esses raios que saíam do Coração de Jesus envolveram o enfermo, e as forças
do mal fugiram em pânico. O enfermo exalou tranquilamente o último suspiro. Quando
voltei a mim, compreendi como esse terço é importante para os agonizantes: ele aplaca a
ira de Deus” (Nº 1565).
3. Qual a disposição de espírito para rezar o terço a fim de obter o que Jesus promete-
nos? Antes de mais nada, devemos rezar o terço com espírito de plena confiança.
A base da nossa confiança devem ser as promessas que consideramos no item
precedente a respeito de nossa meditação sobre a recitação do terço.
Deus não pode deixar de cumprir a palavra dada.
A obtenção das graças solicitadas depende do grau de confiança que depositarmos na
palavra de Deus. A confiança deve ser acompanhada da constância na recitação do terço.
Não devemos deixar de rezar até não obter o que solicitamos.
Tenhamos sempre presentes as palavras de Nosso Senhor: Eu digo-vos: Pedi e se
vos dará, buscai e achareis; batei e se vos abrirá. Porque todo aquele que pede, recebe;
aquele que busca, acha, e àquele que bate, abrir-se-lhe-á (Lc 11,9-10).
Somente a sabedoria infinita sabe quando convém que a nossa oração seja ouvida. A
plena confiança e a permanente constância, com certeza farão que Deus outorgue-nos o
que lhe pedirmos, no momento que mais convenha à glória de Deus e à salvação de
nossa alma.
Dirigindo-se á Ir. Faustina, disse o Senhor: por ele (o terço) conseguirás tudo, se o
que pedires estiver de acordo com a minha vontade (Nº 1731).
A nossa recitação do terço deve ser acompanhada, na medida de nossas
possibilidades, de algum ato de misericórdia para com o nosso próximo, seja na forma de
palavra, de serviço espiritual ou material.
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Essa última exigência dizemos da própria fórmula do terço, que abrange “os que rezam
e o mundo inteiro”.
III. A novena
Nosso Senhor pede à Ir. Faustina que a festa da Misericórdia seja precedida pela
recitação da novena, e indica as intenções pelas quais deve ser realizada.
“Jesus me manda fazer uma novena antes da festa da Misericórdia, e hoje devo
começa-la, pedindo a conversão do mundo inteiro e o conhecimento da divina
misericórdia: Desejo que toda alma glorifique a minha bondade. Desejo a confiança
das minhas criaturas; exorta as almas a uma grande confiança na minha
inconcebível misericórdia. Que não tenha medo de se aproximar de mim a alma
fraca, pecadora e, ainda que tenha mais pecados do que areia na terra, tudo ficará
submerso no abismo da minha misericórdia” (Nº 1059).
Embora seja verdade que a recitação da novena está ligada à festa da Misericórdia, é
altamente recomendável fazê-la durante todo o tempo.
A divina misericórdia, de acordo como foi revelado por Nosso Senhor através da Ir.
Faustina, abrange a humanidade inteira.
As múltiplas intenções que estão incluídas na novena, devem-se ao desejo de
estendê-la a todos, particularmente às pessoas mais necessitadas da ajuda de Deus.
A recitação da novena abrange a humanidade inteira, os sacerdotes e religiosos, os
fiéis e almas devotas, os pagãos, hereges e cismáticos, as crianças, os adoradores da
divina misericórdia, as almas do purgatório, as almas tíbias.
Quando concorremos com as nossas preces ao triunfo da divina misericórdia em
outras almas, nos fazemos merecedores da promessa de Jesus.
Disse Jesus à Ir. Faustina: “Desejo que durante estes nove dias tu conduzas as
almas à fonte da minha misericórdia, a fim de que recebam força e alívio e todas as
graças de que necessitam nas dificuldades da vida, especialmente na hora da
morte. Em cada dia conduzirás ao meu Coração um grupo diferente de almas e as
mergulharás no oceano da minha misericórdia. Eu conduzirei todas essas almas à
casa de meu Pai. Realizarás esta tarefa nesta vida e na futura. Por minha parte, nada
negarei a nenhuma daquelas almas que tu conduzirás à fonte da minha
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misericórdia. Cada dia pedirás a meu Pai, pela minha amarga paixão, graças para
essas almas” (Nº 1209).
NOVENA À DIVINA MISERICÓRDIA
Primeiro dia
Imploremos a divina misericórdia para toda a humanidade e, especialmente, para os
pecadores.
Ó Jesus misericordioso, cujos principais privilégios são a misericórdia e o perdão, não
olheis para os nossos pecados, mas para a esperança que temos em vossa infinita
bondade; tomai-nos todos sob a proteção de vosso misericordioso Coração e não rejeiteis
ninguém. Vos rogamos pelo amor que vos une ao Pai e ao Espírito Santo, na unidade da
santíssima e incompreensível Trindade.
E vós, ó eterno Pai, olhai com olhos de misericórdia toda a humanidade e, em
particular, os vossos pobres filhos, cuja única esperança é o misericordioso Coração de
vosso Filho e nosso Senhor Jesus Cristo. Pelos méritos de sua dolorosa paixão, jorrai
sobre nós a vossa misericórdia, a fim de que glorifiquemos a vossa bondade e a vossa
onipotência por todos os séculos. Amém.
Pai-nosso, ave-maria e glória.
Segundo dia
Rezemos pelos sacerdotes e os religiosos através dos quais desce a divina
misericórdia sobre a humanidade.
Ó misericordioso Jesus, fonte de todo bem, aumentai a graça nas almas dos
sacerdotes e religiosos, a fim de que possam cumprir com dignidade e frutos seus deveres
em vossa vinha. Fazei que eles, com a palavra e o exemplo, conduzam todos os homens a
honrar a vossa divina misericórdia.
E vós, ó Eterno Pai, olhai com olhos de misericórdia todos aqueles que trabalham em
vossa vinha, as almas dos sacerdotes, dos religiosos e das religiosas que são objetos da
predileção especial de vosso Filho e nosso Senhor Jesus Cristo. Protegei-os com a força
de vossa bênção e outorgai-lhes vossa luz, de forma que cheios de zelo, conduzam os
fiéis pelo caminho da salvação e lhes transmitam a vossa misericórdia. Amém.
Pai-nosso, ave-maria e glória.
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Terceiro dia
Rezemos por todos os fiéis e as almas devotas.
Ó misericordioso Jesus, que jorrais sobre todos os homens abundantes graças
procedentes do tesouro da divina misericórdia, acolhei todos os fiéis cristãos sob a
proteção de vosso misericordioso Coração e não rejeiteis ninguém. Vos rogamos pelo
amor que vos une com o Pai e o Espírito Santo na unidade da santa e misteriosa Trindade.
E vós, ó eterno Pai, olhai com olhos de misericórdia as almas de vossos fiéis e, pela
dolorosa paixão de vosso Filho, dai-lhes vossa bênção, sustentando-os com a vossa
constante proteção. Fazei que jamais percam o vosso amor e o tesouro da santa fé, mas
que exaltem a vossa divina misericórdia, juntamente com o exército de anjos e santos.
Amém.
Pai-nosso, ave-maria e glória.
Quarto dia
Rezemos pelos pagãos e os infiéis que ainda não conhecem a divina misericórdia.
Ó misericordioso Jesus, que sois a luz do mundo, acolhei sob a proteção de vosso
Coração misericordioso as almas dos pagãos e dos infiéis que ainda não vos conhecem.
Fazei com que um raio de vossa graça os ilumine, a fim de que, juntamente conosco,
também eles exaltem as maravilhas de vossa misericórdia por toda a eternidade.
E vós, ó eterno Pai, olhai com olhos de misericórdia as almas dos pagãos e dos infiéis
que ainda não conhecem o Coração misericordioso de vosso Filho e nosso Senhor Jesus
Cristo. Iluminai-as com a luz do santo evangelho, para que compreendam a felicidade de
amar-vos e exaltar a vossa misericórdia por toda a eternidade. Amém.
Pai-nosso, ave-maria e glória.
Quinto dia
Rezemos pelos hereges e os cismáticos.
Ó misericordioso Jesus, que sois a bondade mesma e não rejeitais vossa luz àquele
que, confiando em vós, implora-a, tomai sob a proteção de vosso Coração misericordioso
as almas dos hereges e os cismáticos, e atraí-os com a luz de vossa graça ao seio da
santa Igreja, a fim de que, juntamente conosco, exaltem a vossa misericórdia libertadora
por toda a eternidade.
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Ó eterno Pai, olhai com olhos de misericórdia as almas daqueles que estão afastados
da verdadeira fé e vivem no erro; por terem abusado de vossas graças, perderam este
tesouro, obstinando-se em seus erros. Não olheis, Senhor, para sua malícia, lembrai o
amor de vosso Filho e a sua dolorosa paixão, na qual com tanto fervor vos pedia: “... que
todos sejam um, como nós” (Jo 17,11). Fazei que estas almas voltem logo para a santa
unidade, para que, juntamente conosco, glorifiquem a vossa misericórdia pelos séculos
dos séculos. Amém.
Pai-nosso, ave-maria e glória.
Sexto dia
Rezemos pelas crianças e as almas que se tornaram semelhantes a elas.
Ó misericordioso Jesus, vós que dissestes: “Aprendei de mim, que sou manso e
humilde de coração”, acolhei sob a proteção de vosso misericordioso Coração, as almas
das crianças e daqueles, mansos e humildes, que assemelham-se a elas. Floresçam
diante do Pai celestial como flores perfumadas que alegram o céu. Fazei com que estas
almas permaneçam firmes em vosso Coração e exaltem a vossa misericórdia por toda a
eternidade.
E vós, ó eterno Pai, olhai com olhos de misericórdia as crianças e as almas mansas e
humildes, que são mais semelhantes a vosso amado Filho e que, com o perfume de suas
virtudes, alegram o vosso trono. Vos rogamos, pelo gozo que elas vos dão, que nos
outorgueis vossa bênção, espalhando-a pelo mundo inteiro, para exaltar assim a vossa
misericórdia por toda a eternidade. Amém.
Pai-nosso, ave-maria e glória.
Sétimo dia
Rezemos por aqueles que adoram a divina misericórdia e propagam a confiança nela,
sendo como vivos reflexos do piedosíssimo Coração de Jesus.
Ó Jesus misericordioso, o vosso Coração cheio de compaixão, é o amor mesmo.
Acolhei sob a proteção de vosso misericordioso Coração as almas que se dedicaram
particularmente à adoração da divina misericórdia, exaltando as suas grandezas. Ajudai as
almas que tomam todas as suas forças da divina graça e que, unidas a vós, na dor e na
prova, desejam carregar sobre os seus ombros fracos, o peso enorme do mal que tem
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E vós, ó eterno Pai, olhai com olhos de misericórdia as almas tíbias, que no Getsêmani
arrancaram do piedoso Coração de vosso Filho, a dolorosa lamentação: “... afasta de mim
este cálice”. Pela amarga paixão de vosso amado Filho e nosso Senhor Jesus, e pela sua
agonia na cruz, vos rogamos que as inflameis com novo zelo por vossa glória e derrameis
em seus corações o verdadeiro amor, para que fazendo obras de misericórdia aqui na
terra, possam exaltar a vossa divina misericórdia por toda a eternidade. Amém.
Pai-nosso, ave-maria e glória.
IV. A festa
A festa da Divina Misericórdia foi estabelecida por expresso desejo do Senhor:
Desejo que o primeiro domingo depois da Páscoa seja a festa da Misericórdia (Nº
299).
1. As promessas de Nosso Senhor àqueles que participarem da festa da Divina
Misericórdia
Diz a Ir. Faustina: “Em determinado momento, ouvi estas palavras: Minha filha, fala a
todo o mundo da minha inconcebível misericórdia. Desejo que a festa da
Misericórdia seja um refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os
pecadores. Nesse dia estarão abertas as entranhas da minha misericórdia,
derramando todo um mar de graças nas almas que se aproximarem da fonte da
minha misericórdia. A alma que se confessar e comungar, alcançará o perdão das
culpas e castigos; nesse dia estarão abertas todas as comportas divinas, pelas
quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de mim,
ainda que seus pecados sejam como o escarlate. A minha misericórdia é tão grande
que por toda a eternidade não a aprofundará nenhuma mente, nem humana, nem
angélica. Tudo que existe saiu das entranhas da minha misericórdia. Toda alma
refletirá em relação a mim por toda a eternidade todo o meu amor e a minha
misericórdia. A festa da Misericórdia saiu das minhas entranhas. Desejo que seja
celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa. A humanidade não
terá paz enquanto não se voltar à fonte da minha misericórdia” (Nº 699).
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“Pede ao meu servo fiel que nesse dia fale ao mundo todo dessa minha grande
misericórdia, que quem nesse dia se aproximar da fonte da vida, esse alcançará o
perdão total das faltas e dos castigos.
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Três horas da tarde: “Jesus, dando uma grande brado, disse: Pai, em tuas mãos
entrego o meu espírito, e dizendo isto, expirou” (Lc 23,46).
Neste instante, o sangue de Cristo brota da cruz, tornando-se num rio que imunda a
humanidade e lava-a de seus pecados. É a hora de adoração à divina misericórdia.
O próprio Jesus dignou-se indicar à Ir. Faustina:
“As três horas da tarde implora a minha misericórdia, especialmente para os
pecadores, e ao menos por um breve momento, reflete sobre a minha paixão e,
acima de tudo, sobre o abandono em que me encontrei no momento da agonia. É
uma hora de grande misericórdia para o mundo inteiro. Permitirei que penetres na
minha tristeza mortal; nessa hora não negarei nada à alma que me pedir em nome
da minha paixão” (Nº 1320).
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