Comentário Da I e II Meditações Metafísicas - Descartes
Comentário Da I e II Meditações Metafísicas - Descartes
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INTRODUÇÃO DA II MEDITAÇÃO DE RENÉ DESCARTES, DA NATUREZA
DO ESPÍRITO HUMANO, E DE COMO ELE É MAIS FÁCIL DE CONHECER
DO QUE O CORPO.
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são duvidosas e o critério que ele utiliza para falsear qualquer conhecimento é esse: a
dúvida. Descartes toma como falso tudo aquilo que pode ser objeto de dúvida, já que
seu propósito é encontrar propriamente algo indubitável e, portanto, verdadeiro todas as
vezes que for enunciado.
A visão que Descartes têm sobre os sentidos é que eles podem levar ao engano,
isso porque, os sentidos já o enganaram uma vez e assim acabaram se tornando algo
duvidoso. Mas Descartes não descarta a possibilidade de os sentidos mostrarem coisas
que não se pode duvidar. O problema para Descartes é que os sentidos nem sempre
acertam e por isso ele não ver como fonte segura.
Descartes argumenta que os sentidos podem enganar, dizendo que ele já foi
enganado várias vezes enquanto dormia, parecia estar vivendo na realidade e tudo não
passava de um sonho e logo não conseguia fazer uma distinção nítida do que era vigília
e sono. Por esse motivo, ele passa a duvidar de tudo, e para ele, tudo não passa de falsas
ilusões.
Descartes faz um exercício de tratar Deus como uma fábula, neste caso, uma
verdade em forma de ficção. Essas perguntas não são respondidas de imediato, mas a
intenção de Descartes aqui é de levantar essa questão de um Deus enganador, ardiloso,
para mais a frente apresentar o gênio maligno que induz as pessoas ao erro.
Descartes termina sua primeira meditação metafísica dizendo, que recebeu
opiniões como crenças verdadeiras, mas que não há nenhuma que não possa duvidar,
logo é falso de acordo com seu método filosófico, ao ponto de ele supor a não existência
de um Deus verdadeiro e dono de toda fonte da verdade, mas um Deus do gênio
maligno que trabalha para enganar.
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provocará sua imaginação para saber se é mais alguma coisa. Também diz que não é:
uma reunião de membros, chamada de corpo humano, um ar tênue, um vento, um sopro,
um vapor e após isso, verifica e está seguro em dizer que ele é alguma coisa.
Ao final de sua segunda meditação metafísica, Descartes analisa o corpo
particular da cera retirada da colmeia com a intenção de compreender os corpos que
tocamos e vemos. Ele diz que ela ainda mantem sua originalidade, seu cheiro, sua cor,
figura e grandeza, mesmo depois de retirada da colmeia. Essa cera é submetida a um
experimento, ela é aproximada do fogo e passa por diversas modificações, seu odor se
vai, sua cor se modifica, sua forma é alterada, sua grandeza é aumentada e ao final,
Descartes afirma que a cera permanece a mesma. Sua justificativa é que a cera é apenas
um corpo que devido ao processo que passou teve sua forma modificada e os sentidos
não são capazes de modifica-la. Descartes diz que conhecemos os corpos pela faculdade
do pensamento e não pela imaginação, nem pelos sentidos, nem por visão ou tato.
Descartes conclui dizendo que, o que é mais fácil de conhecer é o seu espírito.
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