Politicas Educacionais - Compl PDF
Politicas Educacionais - Compl PDF
Politicas Educacionais - Compl PDF
2017
Copyright © UNIASSELVI 2017
Elaboração:
Prof.ª Mônica Maria Baruffi
379
B295p Baruffi; Mônica Maria
Políticas educacionais / Mônica Maria Baruffi:
UNIASSELVI, 2017.
200 p. : il.
ISBN 978-85-515-0054-5
Ótimo estudo!
III
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades
em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
IV
Sumário
UNIDADE 1 – AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO ....................................................... 1
V
2 PROGRAMAS DO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA
EDUCAÇÃO .......................................................................................................................................... 129
3 OS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO NACIONAL ................................................................. 132
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 136
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 137
VI
UNIDADE 1
AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA
EDUCAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada tópico você
encontrará atividades que o ajudarão a refletir e fixar os conteúdos abordados.
Assista ao vídeo
desta unidade.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Vamos à leitura!
A esta pergunta pensamos que sua resposta possa estar relacionada a uma
visão prática do dia a dia, mas como? Existem outras formas de visualizarmos as
políticas públicas? Vejamos!
Desta forma, falar em políticas públicas para alguns é o mesmo que ser
utópico, pois elas não surtem efeitos desejáveis. Sim, vivemos uma realidade
delicada e repleta de problemas, os quais precisam ser passados a limpo. Mesmo
que muitos não acreditem, já se deixaram levar pelo descrédito da política, mesmo
assim são necessários movimentos que reformulem todo o sistema em que o Estado
se encontra, para assim determinarmos as ações e os programas para a melhoria e
estabilidade das áreas de segurança pública, saúde, educação, dentre outras.
Afinal, o que são essas políticas públicas? Vamos buscar respostas em nosso
dia a dia.
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TÓPICO 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
forte influência na Grécia Antiga, onde a palavra política tem seu berço, onde
filósofos como Aristóteles e Platão foram os precursores desta ciência. Cabe,
aqui, perguntarmos: política é uma ciência? Sim, a política é uma ciência, a qual
“determina quais são as ciências necessárias nas cidades, quais as que cada cidadão
deve aprender” (ABBAGNANO, 2000, p. 773).
Como afirma Santos (2012, p. 5): “Políticas públicas são ações geradas na
esfera do Estado e que têm como objetivo atingir a sociedade como um todo ou
partes dela”.
Fica claro que a política, segundo Santos (2012, p. 2), “[...] sempre está
ligada ao exercício do poder em sociedade, seja em nível individual, quando se
trata das ações de comando, seja em nível coletivo, quando um grupo (ou toda
sociedade) exerce o controle das relações de poder em uma sociedade”. De acordo
com o mesmo autor, podemos perceber que, independentemente do nível, seja
individual ou coletivo, a política está presente e vem acompanhada de outra
palavra, que é o poder.
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
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TÓPICO 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Dessa forma, nós, cidadãos, necessitamos nos organizar em nossa rua, através
de associação de bairros, para assim ir em busca de soluções para os problemas
que envolvem nossa comunidade. Sabemos das dificuldades financeiras que as
instituições governamentais passam, principalmente as municipais, são inúmeras.
[...] os recursos para atender a todas as demandas da sociedade e seus
diversos grupos (a SCO) são limitados ou escassos. Como consequência,
os bens e serviços públicos desejados pelos diversos indivíduos
se transformam em motivo de disputa. Assim, para aumentar as
possibilidades de êxito na competição, indivíduos que têm os mesmos
objetivos tendem a se unir, formando grupos.
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Estes embates ocorrem devido ao que nos apresenta Caldas (2008, p. 6),
quando diz que: “as sociedades contemporâneas se caracterizam por sua diver
sidade, tanto em termos de idade, religião, etnia, língua, renda, profissão, como
de ideias, valores, interesses e aspirações” e acabam também tendo sua maneira
de pensar e agir com relação a determinadas situações. Para alguns, ações como a
melhoria da pracinha do bairro não é condizente com os seus interesses e preferem
que as melhorias sejam realizadas em outros setores. Para que não ocorram embates
mais fervorosos é preciso o diálogo e a organização. Quem são os atores que criam
essas Políticas Públicas? Qual é a logística desse processo?
No processo de discussão, criação e execução das Políticas Públicas,
encontramos basicamente dois tipos de atores: os ‘estatais’ (oriundos do
Governo ou do Estado) e os ‘privados’ (oriundos da Sociedade Civil).
Os atores estatais são aqueles que exercem funções públicas no Estado,
tendo sido eleitos pela sociedade para um cargo por tempo determinado
(os políticos), ou atuando de forma permanente, como os servidores
públicos (que operam a burocracia) (CALDAS, 2008, p. 8).
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TÓPICO 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Os atores privados (sociedade civil) são os que não possuem ligação direta
com o setor administrativo do Estado. São eles:
• A imprensa.
• Os centros de pesquisa.
• Os grupos de pressão, os grupos de interesse e os lobbies.
• As Associações da Sociedade Civil Organizada (SCO).
• As entidades de representação empresarial.
• Os sindicatos patronais.
• Os sindicatos de trabalhadores.
• Outras entidades representativas da Sociedade Civil Organizada
(SCO) (CALDAS, 2008, p. 9).
Além dos que foram apresentados acima, existem outros atores, como os
que fazem parte da área do turismo, da cultura, que também são da área privada e
podem fazer parte desse processo.
Com o que foi apresentado até o momento, sabemos quem são os atores
do processo. Cabe agora determinarmos os caminhos, os estágios ou fases que são
necessários seguir para a formulação até a execução das Políticas Públicas.
Cabe ressaltar que estas fases possuem uma ligação, elas estão somente
apresentadas separadamente para melhor compreensão do processo.
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
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TÓPICO 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
A avaliação, em sua estrutura, mostra aos gestores quais as ações que foram
bem desenvolvidas e as que deixaram lacunas. Dessa forma, a avaliação acaba
sendo uma ferramenta de aprendizado e dando aos administradores respostas das
ações ali empregadas.
De maneira geral, o processo de avaliação de uma política leva em
conta seus impactos e as funções cumpridas pela política. Além
disso, busca determinar sua relevância, analisar a eficiência, eficácia e
sustentabilidade das ações desenvolvidas, bem como servir como um
meio de aprendizado para os atores públicos (CALDAS, 2008, p. 19).
Você deve estar se perguntando: para que eu necessito saber sobre estas questões?
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Nosso país, o Brasil, possui sua Constituição, por ser um Estado Democrático,
e nessa constituição estão elencados todos os segmentos que formam a estrutura
governamental. A Constituição Brasileira foi promulgada em 5 de outubro de 1988
“fruto da convocação da Assembleia Nacional Constituinte pela Emenda nº 26, de
17.11.1985, e de sua posterior aprovação por essa mesma Assembleia (MACHADO;
CUNHA, 2016, p. 23).
Assim, deverão ser seguidas as regras, sob “pena de, não o fazendo, ser
considerada inconstitucional, justificando sua exclusão do ordenamento jurídico”
(MACHADO; CUNHA, 2016, p. 3).
Estado Democrático, que deve ser seguido, conseguindo assim manter a ordem e
o progresso de um país.
AUTOATIVIDADE
Vamos realizar uma parada para reflexão. Você, acadêmico, em algum momento
buscou informações sobre como é nossa Constituição? Deixe sua observação
nessas poucas linhas. Se a reposta for afirmativa ou se for negativa, deixe sua
justificativa.
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Neste título encontramos oito capítulos, sendo eles dispostos na seguinte ordem:
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
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TÓPICO 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
NOTA
CF – Constituição Federal
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TÓPICO 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Esta nova redação, dentre outras já ocorridas, “demonstra que o legislador não
sabe como valorizar o profissional do ensino” (MACHADO; CUNHA, 2016, p. 1085).
A nova redação do inciso substitui a expressão ‘profissionais do ensino’
por ‘profissionais da educação’, que possui um sentido mais amplo,
já que não só trata do magistério, mas de todos os profissionais de
educação escolar pública. O novo texto também prevê que a valorização
se aplica aos profissionais do ensino privado, mesmo que as garantias
especificadas não os alcancem. Além disso, pela leitura do inciso sob
comento, todos esses profissionais deverão contar com remuneração
condigna aos objetivos de sua profissão, bem como condições adequadas
de trabalho (MACHADO; CUNHA, 2016, p. 1085).
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TÓPICO 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Ainda tratando da Seção I, vamos nos ater ao artigo 207, que assim trata:
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
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TÓPICO 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Outro fator a ser ressaltado é que para existir este movimento possuímos
dois documentos principais que abarcam a educação básica, que são: a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, Lei nº 9.394 de 20.12.1996, e o Plano
Nacional de Educação – PNE, Lei nº 10.172/2001, ambos regidos pela Constituição
da República Federativa do Brasil. Conforme Abrão (2016, p. 1089):
De acordo com a Classificação Internacional Normatizadora da Educação
(International Standard Classification of Education – Isced), a educação básica
inclui: (1) a educação primária, ou seja, o primeiro estágio da educação
básica, correspondente à aprendizagem básica da leitura, da escrita e
das operações matemáticas simples; e (2) o ensino secundário inferior,
isto é, o segundo estágio do processo de escolarização, correspondente à
consolidação da leitura e da escrita e às aprendizagens básicas na área da
língua materna, história e compreensão do meio social e natural envolvente.
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Frente ao exposto, podemos perceber que para o PNE, este tema é sua
“menina dos olhos”, pois a formação da criança ocorre desde os primeiros momentos
de sua vida, e quando entra na educação formal, os profissionais da educação
devem organizar-se determinando objetivos que auxiliem no desenvolvimento
global da criança, possibilitando uma sequência educativa de qualidade.
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TÓPICO 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
NOTA
EC – Emenda Constitucional
Com relação a esse inciso, podemos perceber que as crianças que completam
seis anos no ano letivo deverão ser matriculadas no Ensino Fundamental, dando
continuidade ao processo educacional voltado à alfabetização e letramento.
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
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TÓPICO 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
DICAS
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
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TÓPICO 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Desta forma, o artigo 211, como declara Abrão (2016, p. 1097), “[...] deve
ser interpretado em consonância com o disposto no art. 23 da Carta Magna, que
prevê a fixação de normas para cooperação entre União, Estados, Distrito Federal
e Municípios, com vistas ao equilíbrio do desenvolvimento e ao bem-estar em
âmbito nacional”.
Ao tratarmos deste artigo, podemos nos ater ao que ocorre em nossos estados
e municípios. Como profissional da educação e como cidadão, podemos observar
se os recursos públicos estão sendo realmente aplicados na esfera educacional.
Cabe a cada membro formador da sociedade buscar informações relativas a esta
aplicação, pois é de extrema necessidade ter as condições necessárias para o
funcionamento e desenvolvimento dos trabalhos pedagógicos na escola.
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TÓPICO 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
O parágrafo segundo trata de uma regra não obrigatória, pois o Poder Público
poderá apoiar ações relativas a atividades universitárias de pesquisa, de extensão e
de estímulo e fomento à inovação. Tudo isso dependerá de verbas orçamentárias.
Por último, trataremos do artigo 214, que busca estabelecer o plano nacional
de educação, o qual será melhor analisado nas próximas unidades.
Com estes dados podemos perceber que o Plano Nacional de Educação tem
como base buscar solucionar e, se assim não for possível, diminuir as diferenças e o
pessimismo existente com as questões educacionais. É determinante que todos os
profissionais da educação tenham conhecimento deste documento, participem de
sua elaboração, que ocorre a cada dez anos, e verifiquem se os objetivos já propostos
foram ou estão sendo conquistados. Participar é uma das palavras-chave para cada
um de nós, profissionais da educação.
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
AUTOATIVIDADE
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TÓPICO 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
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TÓPICO 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
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RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• “Políticas Públicas são ações geradas na esfera do Estado e que têm como
objetivo atingir a sociedade como um todo ou partes dela” (SANTOS, 2014, p. 5).
34
• Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
35
AUTOATIVIDADE
PORQUE
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Por meio da atuação de seus representantes nos Poderes Executivos e
Legislativo, no decorrer do século XX, passou a ser garantido no Brasil o direito
de acesso à educação, inclusive aos jovens e adultos que já estavam fora da
idade escolar.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
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38
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Após a leitura do Tópico 1, podemos dar continuidade a nossos estudos,
pois estamos aptos a compreender como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
foi elaborada e de onde partiu sua fundamentação.
Veremos também, neste Tópico 2, a relação que a LDB possui com o Sistema
Educacional, suas mediações e a necessidade de sua presença neste sistema.
Então, vamos continuar nosso processo de construção e, por que não dizer,
de reconstrução do conhecimento relativo às leis que regem a Educação brasileira!
Devemos ter bem claro, caro acadêmico, que este movimento, que ainda
ocorre e se faz necessário, não foi fácil, pois todo movimento relacionado à
construção de novas regras leva, em muitos momentos, ao embate, em que a maneira
de pensar de um não condiz com a forma de pensar do outro, criando inúmeras
possibilidades de conflitos que devem ser ao final levados a um denominador
comum. Como afirma Carneiro (2015, p. 27), “as disposições normativas do país no
campo educacional são heterogêneas e nem sempre harmônicas e congruentes”.
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
NOTA
Observe que a LDB também possui sua caminhada histórica, e vamos nos
ater a ela neste momento.
Com estes eixos, podemos perceber que a Educação Brasileira passa a ter
um movimento linear em sua estruturação.
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TÓPICO 2 | A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO DE 1996
A terceira LDB foi a Lei 9.394/1996. Esta lei também teve sua construção
complicada, pois possui em sua base a passagem de vários governos e, conforme
Carneiro (2015, p. 37), “[...] marcados por fortes contradições ideológicas, sua
tramitação foi longa, conflitiva, intensa, detalhista e ambientada em contextos de
correlações de forças ora emancipatórias, ora paralisantes”.
Diante deste quadro, muitos anos foram necessários para sua construção
e desconstrução, pois com as mudanças de governo, mudavam-se as formas de
compreender as políticas públicas envolvendo a educação.
A discussão e tramitação da Lei 9.394/1996 no Congresso Nacional
prolongaram-se, [...], pois passou por várias relatorias, teve vários
substitutivos, ziguezagueou da Câmara para o Senado e vice-versa
em ritmo de fluxo legislativo variado, submetida a movimentações
burocráticas e de técnica legislativa que traduziam, com esforços
ora explícitos, ora camuflados, um percurso tortuoso de conflitos
ideológicos e de interesses contraditórios (CARNEIRO, 2015, p. 38).
Com isso, a construção desta nova Lei foi determinante no que diz respeito
à busca do diálogo, pois “há de se reconhecer que o tempo ensinou o que ainda não
se aprendera com o tempo: a estratégia das Conciliações abertas, na feliz expressão
do sociólogo e deputado federal Florestan Fernandes” (CARNEIRO, 2015, p. 38).
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
BLOCO DOIS
• Educação escolar: compreensão, organização e oferta.
• Diretrizes e Parâmetros Curriculares para a educação básica.
• Componentes estruturantes da universidade, funções e sistemas de articulação.
• Modalidades de articulação entre os vários níveis de ensino.
• Estrutura e Funcionamento dos Sistemas de Ensino.
• Saberes formais e não formais dentro dos currículos em operação.
• Educação escolar para a diversidade e manejos de políticas educacionais para a inclusão social.
• Organização das modalidades de ensino, com destaque para a Educação de Jovens e Adultos,
Educação Especial, Educação Profissional e Educação Indígena.
BLOCO TRÊS
• Oferta de educação escolar e regime de colaboração.
• Formas de organização, estrutura e funcionamento de todos os níveis e modalidades de ensino.
• “Refaces” da Educação Superior, novas tipologias de curso e indissociabilidade das funções de
ensino, pesquisa e extensão.
• Educação Profissional e Mercado de Trabalho.
• Reestruturação do esquema de cursos de formação de professores.
• Reposicionamento do estado em relação à rede Federal de Instituições de Ensino Técnico.
• Criação de Universidades especializadas por campo de saber.
• Credenciamento de instituições de Educação a Distância.
• Sistema Nacional de Avaliação.
FONTE: CARNEIRO, Moaci Alves. LDB fácil: Leitura crítica e compreensiva artigo a artigo (2015, p.
39-40).
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TÓPICO 2 | A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO DE 1996
DICAS
A Lei 9.934/96 pode ser encontrada em sua escola ou no site do Ministério da Educação:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12907:legislacoes&
catid=70:legislacoes>, consulte.
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Caro acadêmico, para alguns, o que vimos até o momento pode ser
determinado como algo dispensável, mas não o é, pois estes movimentos históricos
vivenciados na construção tanto da Constituição como da Lei de Diretrizes e
Bases devem ser vistos como “radiografias vivas dos antagonismos da sociedade
brasileira e, sobretudo, como expressões de significações do passado e de matéria-
prima para ressignificações no futuro, dentro de uma visão reinterpretada de novas
possibilidades do Brasil como sociedade democrática” (CARNEIRO, 2015, p. 43).
Assim apresenta-se:
Título I – Da educação
Título II – Dos princípios e fins da educação nacional
Título III – Do direito à educação e do dever de educar
Título IV – Da organização da educação nacional
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TÓPICO 2 | A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO DE 1996
Título I
Da Educação
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem
na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de
ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade
civil e nas manifestações culturais.
§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve,
predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à
prática social (BRASIL, 1996, grifo do original).
Podemos observar que este artigo não trata somente da educação formal,
mas da que ocorre também fora das universidades e das escolas (informal), como
nos espaços da família, no trabalho, nas organizações sociais, nas associações, nos
sindicatos, entre outros.
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Estes conceitos retratam o que nós, educadores, das mais diversas áreas
necessitamos saber, e distinguir o que significa o mundo do trabalho de mercado
do trabalho.
Título II
Dos Princípios e Fins da Educação Nacional
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1996,
grifo do original).
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TÓPICO 2 | A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO DE 1996
Título III
Do Direito à Educação e do Dever de Educar
Este título é formado por quatro artigos, art. 4º, 5º, 6º e 7º que tratam
dos deveres e responsabilidades do Estado e da sociedade civil, no que tange à
educação escolar. Podemos perceber que o artigo 4º sofreu mudanças através da
Lei 12.796/2013, que amplia os níveis de educação escolar básica como gratuita
e obrigatória, sendo assim delineados: Educação Infantil da Pré-escola, o Ensino
Fundamental e o Ensino Médio.
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Cabe salientar que a organização do Ensino Médio tem como foco, conforme
o art. 26, da Res. nº 04/2010-CNE, apresentado por Carneiro (2015, p. 105):
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TÓPICO 2 | A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO DE 1996
Cabe aqui uma reflexão: frente a estas finalidades podemos nos ater ao que
realmente está sendo realizado em nossas escolas. Em sua visão, o Ensino Médio
possui estas ações ou fins em nosso cotidiano pedagógico? Estamos realizando
estes movimentos para chegarmos a estes fins?
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Com relação aos sujeitos da Educação Especial, a LDB possui seu olhar para
o atendimento educacional especializado a três grupos, que são: os alunos com
deficiência, os alunos com transtornos globais do desenvolvimento e os alunos
com altas habilidades.
TUROS
ESTUDOS FU
Título IV
Da Organização da Educação Nacional
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TÓPICO 2 | A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO DE 1996
51
UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
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TÓPICO 2 | A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO DE 1996
Visto isso, vamos utilizar as palavras de Santos (2012, p. 38), que se refere
aos demais artigos deste título IV:
No que alude aos sistemas de ensino, os arts. 14 e 15 atribuem-lhes a
responsabilidade de promover a gestão democrática do público, além
de assegurar autonomia administrativa e pedagógica às unidades que
os compõem.
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Título V
Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino
Capítulo I
Da Composição dos Níveis Escolares
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TÓPICO 2 | A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO DE 1996
NOTA
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
“Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não
tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na
idade própria” (BRASIL, 1996).
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TÓPICO 2 | A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO DE 1996
Com este artigo podemos determinar que grande parte das matrículas do
EJA se encontram na rede pública, e o EJA tem a função de viabilizar e estimular o
acesso destes educandos à educação de qualidade e mediante ações integradoras.
Outro fator a ser observado diz respeito ao art. 38, relativo à avaliação
destes indivíduos. Que assim prescreve:
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos,
que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando
ao prosseguimento de estudos em caráter regular.
§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:
I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de
quinze anos;
II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito
anos.
§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por
meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
o tempo reservado aos exames finais, quando forem oferecidos. Trata ainda este
artigo de questões relativas ao oferecimento de cursos de qualidade tanto no período
diurno como noturno. Elenca-se também a obrigatoriedade da frequência de alunos e
professores às aulas como mecanismo de controle institucional.
NOTA
58
TÓPICO 2 | A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO DE 1996
59
UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta lei, a
modalidade de educação escolar oferecida, preferencialmente, na rede regular de
ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento
e altas habilidades ou superdotação (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
(BRASIL, 1996). Quem são os “educandos portadores de necessidades especiais?”.
Conforme Carneiro (2015, p. 610-611), assim fica delineado:
60
TÓPICO 2 | A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO DE 1996
TUROS
ESTUDOS FU
O Artigo 60 trata das questões relativas aos órgãos normativos dos sistemas
de ensino referentes à educação especial na esfera privada “sem fins lucrativos,
especializadas, e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio
técnico e financeiro pelo poder público” (BRASIL, 1996).
61
UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Título VI
Dos Profissionais da Educação
Este título IV é composto por seis artigos, art. 61 a 67. Estes artigos buscam
definir quem são os profissionais da educação. Também é tratado de sua formação
profissional (BRASIL, 1996).
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TÓPICO 2 | A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO DE 1996
Título VII
Dos Recursos Financeiros
Esse título é formado por nove artigos, os quais vão do art. 68 ao 77, dando
ênfase aos recursos destinados à educação.
Este cálculo será realizado ao final de cada ano letivo pela União e será
repassado observando as questões relativas às variações regionais no custo dos
produtos e nas variadas modalidades de ensino.
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Título VIII
Das Disposições Gerais
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TÓPICO 2 | A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO DE 1996
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UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Cabe ressaltar, acadêmico, que a partir do sexto módulo você realizará seus
estágios. Observe que eles são de extrema importância, dando a você a possibilidade de
vislumbrar e colocar à prova todos os ensinamentos já construídos e apreender novos.
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TÓPICO 2 | A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO DE 1996
NOTA
Título IX
Das Disposições Transitórias
Este título é composto por seis artigos que vão do art. 87 ao art. 92. Conforme
Santos (2012, p. 54), “nele estão definidas ações legais com abrangência futura, e a
partir dele, é possível perceber que a atual LDB revoga todas as Leis de Diretrizes
e Bases anteriores”.
Com estas palavras, podemos parar para refletir um pouco: será que foi
conquistada a educação universal para nossa população, conforme apresentado
em artigos anteriores? Como fechamento deste título da LDB, citamos Carneiro
(2015, p. 799), o qual diz que:
67
UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Caro acadêmico, talvez você esteja se sentindo cansado com essa leitura,
mas é necessária para que nos sintamos instigados a modificar o quadro que se
apresenta na nossa realidade educacional.
68
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• No ano de 1971 surge a nossa segunda Lei de Diretrizes e Bases, a Lei nº 5.692/71,
a qual recebeu o nome oficial de Lei da Reforma do Ensino de 1° e 2º Graus.
• A LDB é vista como “a maior de todas as políticas públicas regulatórias, pois sua
estrutura define as relações, os acordos e os conflitos que podem se desenrolar
no âmbito da educação brasileira” (SANTOS, 2012, p. 30).
• Deveres do Estado: este título é formado por quatro artigos, art. 4º, 5º, 6º e 7º,
que tratam dos deveres e responsabilidades do Estado e da sociedade civil no
que tange à educação escolar.
• Organização da Educação Nacional: este título vai do art. 8º ao art. 20, que trata
da organização da educação nacional, apresentando as competências de cada
nível da federação, sendo eles: União, Estados, Distrito Federal e municípios.
Ressalta-se que neste momento da organização da educação nacional todos
os segmentos, União, Estados e Municípios devem buscar um trabalho de
colaboração que auxilie na aplicação das políticas públicas.
• Dos Profissionais da Educação: este título IV é composto por seis artigos, art.
61 a 67. Esses artigos buscam definir quem são os profissionais da educação.
Também é tratado de sua formação profissional.
• Dos Recursos Financeiros: esse título é formado por nove artigos, os quais vão
do art. 68 ao 77, dando ênfase aos recursos destinados à educação.
69
• Das Disposições Gerais: neste título estão apresentados os artigos 78 a 86, que
tratam sobre a regulação específica relativa a questões que abarcam desde a
educação indígena, educação de jovens e adultos (EJA) chegando à educação a
distância.
• O Título IX – Das Disposições Transitórias é composto por seis artigos que vão
do art. 87 ao art. 92. Conforme Santos (2012, p. 54), “nele estão definidas ações
legais com abrangência futura, e a partir dele é possível perceber que a atual
LDB revoga todas as Leis de Diretrizes e Bases anteriores”.
70
AUTOATIVIDADE
71
I. A inclusão educacional expressa um paradigma fundamentado na concepção
de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores
indissociáveis.
II. A educação inclusiva prevê o acesso, a participação e a aprendizagem
dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação nas escolas regulares.
III. O atendimento educacional especializado tem como função identificar,
elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as
barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades
específicas.
IV. O movimento mundial pela inclusão educacional é uma carta de intenções
que prevê, a partir da próxima década, ações políticas de atendimento
educacional especializado, que deve ocorrer em salas de aula diferenciadas, na
mesma escola.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 2
72
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Após a análise da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, podemos
determinar que esta abarca todas as ações e políticas públicas educacionais que são
necessárias ao desenvolvimento e à busca de uma educação universal. Com isso,
passaremos agora a tratar dos documentos que abarcam as metas e estratégias
para auxiliar no desenvolvimento destas ações.
73
UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
NOTA
O Plano Decenal de Educação para Todos foi apresentado pelo governo brasileiro
em Nova Delhi, num encontro promovido pela Unicef e pelo Banco Mundial e que reuniu os nove
países mais populosos do Terceiro Mundo – Tailândia, Brasil, México, Índia, Paquistão, Bangladesh,
Egito, Nigéria e Indonésia – que, juntos, possuem mais da metade da população mundial.
74
TÓPICO 3 | A EDUCAÇÃO BRASILEIRA, SUA ORGANIZAÇÃO E RELAÇÃO COM AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS
DICAS
75
UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
76
TÓPICO 3 | A EDUCAÇÃO BRASILEIRA, SUA ORGANIZAÇÃO E RELAÇÃO COM AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS
77
UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Meta 6: oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação
básica.
Anos iniciais do ensino fundamental 4,6 4,9 5,2 5,5 5,7 6,0
Anos finais do ensino fundamental 3,9 4,4 4,7 5,0 5,2 5,5
Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até
2015 e erradicar, até o final da década, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa
de analfabetismo funcional até o final da década.
Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na
forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no
ensino médio.
Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida
para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.
Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios, que todos os professores da educação básica possuam formação
específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento
em que atuam.
Meta 16: formar 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica em nível
de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua
área de atuação.
78
TÓPICO 3 | A EDUCAÇÃO BRASILEIRA, SUA ORGANIZAÇÃO E RELAÇÃO COM AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS
Meta 18: implantar, no prazo de dois anos, planos de carreira para os profissionais da
educação em todos os sistemas de ensino.
Meta 19: garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada
a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.
DICAS
79
UNIDADE 1 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
Tudo isso para conseguirmos quiçá, num futuro bem próximo, alcançarmos
algumas das metas propostas no Plano que hora temos e no que está sendo
construído para o próximo decênio.
Vimos nesta unidade muitas informações, que são importantes para sermos
profissionais da educação competentes.
80
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
Assista ao vídeo de
resolução desta questão
82
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada tópico você en-
contrará atividades que o ajudarão a refletir e fixar os conteúdos abordados.
Assista ao vídeo
desta unidade.
83
84
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, nesta unidade, trataremos de questões relativas à revolução
informacional, à globalização e à exclusão social ocorrida pela globalização,
trataremos ainda da organização das instituições que formam o Sistema Nacional
de Educação, o que cada uma possui como responsabilidade.
Qual sua ideia sobre isso? Vamos ler estas páginas e verificaremos se o que
você pensa condiz com a realidade em que vivemos e que buscamos!
Boa leitura!
85
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
filtros em muitas situações. Tudo isso vem acompanhado de uma palavra que se
ouve muito, a tal da globalização.
86
TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
NOTA
Com relação ao Banco Mundial, podemos dizer que ele foi “criado a
partir das necessidades advindas após a Segunda Guerra Mundial, quando os
países devastados pela guerra sentiram a necessidade de buscar seu crescimento
econômico” (SILVA; FERRONATO; BARUFFI, 2014, p. 88).
O Banco Mundial faz parte da vida dos brasileiros, pois não nos são
estranhas as seguintes siglas: “FMI – Fundo Monetário Internacional, o qual
permanece presente em nossa vida econômica e o BIRD – Banco Internacional
para Reconstrução e Desenvolvimento, que foram criados pelo Banco Mundial,
em 1944, no estado de New Hampshire” (BUENO; FIGUEIREDO, 2012, p. 2), com
o objetivo de reconstrução e desenvolvimento dos países do sul.
Ainda, de acordo com Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 42), “[...] alguns
analistas críticos do neoliberalismo identificam três de seus traços distintivos:
mudanças nos processos de produção associadas a avanços científicos e
tecnológicos, superioridade do livre funcionamento do mercado na regulação da
economia e redução do papel do Estado”.
88
TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Art. 2 Expandir o enfoque: lutar pela satisfação das necessidades básicas de aprendizagem
para todos exige mais do que a ratificação do compromisso pela educação básica. É
necessário um enfoque abrangente, capaz de ir além dos níveis atuais de recursos, das
estruturas institucionais; dos currículos e dos sistemas convencionais de ensino, para
construir sobre a base do que há de melhor nas práticas correntes.
89
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Art. 9 Mobilizar os recursos: para que as necessidades básicas de aprendizagem para todos
sejam satisfeitas mediante ações de alcance muito mais amplo, será essencial mobilizar
atuais e novos recursos financeiros e humanos, públicos, privados ou voluntários. Todos
os membros da sociedade têm uma contribuição a dar, lembrando sempre que o tempo, a
energia e os recursos dirigidos à educação básica constituem, certamente, o investimento
mais importante que se pode fazer no povo e no futuro de um país. [...]
90
TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
FONTE: UNESCO. Declaração mundial sobre educação para todos: satisfação das
necessidades básicas de aprendizagem. Jomtien,1990. Disponível: <http://unesdoc.unesco.org/
images/0008/000862/086291por.pdf>. Acessado em: 31 jul. 2016.
UNI
91
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
NOTA
Observe, caro acadêmico, que estas ações, entre outras, estão interligadas
a ações e tendências internacionais, “sobretudo do Banco Mundial e do Fundo
Monetário Internacional (FMI)” (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 44). No
entanto, segundo Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 45-46):
As políticas e diretrizes educacionais dos últimos vinte anos, com raras
exceções, não têm sido capazes de romper a tensão entre intenções
declaradas e medidas efetivas. Por um lado, estabelecem-se políticas
educativas que expressam intenções de ampliação da margem de
autonomia e de participação das escolas e dos professores, por outro,
verifica-se a parcimônia do governo nos investimentos, impedindo a
efetivação de medidas cada vez mais necessárias a favor, por exemplo,
dos salários, da carreira e da formação do professorado, com a alegação
de que o enxugamento do Estado requer redução de despesas e do déficit
público, o que acaba imprimindo uma lógica contábil e economicista ao
sistema de ensino.
92
TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
AUTOATIVIDADE
Acadêmico, o que dialogamos até aqui pode não fazer muito sentido, mas
observe que nesta perspectiva nosso país está buscando, muitas vezes por caminhos
tortuosos, diminuir as desigualdades sociais e estamos diretamente ligados à
globalização. Não podemos deixar de compreender que os acontecimentos no
mundo afetam diretamente a educação, de várias formas, sendo as principais
assim pontuadas por Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 62):
a) Exigem novo tipo de trabalhador, mais flexível e polivalente, o que
provoca certa valorização da educação formadora de novas habilidades
cognitivas e competências sociais e pessoais.
b) Levam o capitalismo a estabelecer, para a escola, finalidades mais
compatíveis com os interesses do mercado.
c) Modificam os objetivos e as prioridades da escola.
d) Produzem modificações nos interesses, necessidades e valores
escolares.
e) Forçam a escola a mudar suas práticas por causa do avanço tecnológico
dos meios de comunicação e da introdução da informática.
f) Induz em alterações na atitude do professor e no trabalho docente,
uma vez que os meios de comunicação e os demais recursos tecnológicos
são muito motivadores.
93
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
4 REVOLUÇÃO INFORMACIONAL
E acrescenta que:
Com maior ou menor acesso, no entanto, as novas tecnologias da
informação e os diferentes meios de comunicação – por exemplo, o
rádio, o jornal, a revista, a televisão, o computador, o telefone, o fax
94
TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Cabe ressaltar que esta revolução informacional está em nosso meio e não
sairá dele, pois com a globalização está sendo construída através de materiais, de
serviços, saberes e habilidades. (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012). E estas
construções determinam o nível de desenvolvimento e de monopolização do
pensamento. Para tanto, faz-se necessária uma verificação nas informações que
circulam no espaço público, pois estas podem, conforme Libâneo, Oliveira e Toschi
(2012, p. 80), exercer “um papel de entretenimento e doutrinação das massas”.
95
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
96
TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
cultural e uma resistência por parte dos docentes em sua aplicação, ocorrendo assim, o
aceleramento da crise de identidade dos professores.
Para Esteve (1999 apud ALONSO, 2008, s.p.) “a situação dos professores diante
das mudanças que ocorrem na escola é comparável a um grupo de atores que trajam as
vestimentas de determinado tempo e que, sem nenhum aviso anterior mudam-lhes os
cenários e as falas”. Quando Esteve apresenta essa mudança repentina no cenário desse
grupo de atores que precisa mudar toda sua apresentação sem um aviso prévio e sem
a devida preparação podemos verificar o que ocorreu na prática diária do professor ao
serem introduzidos nas escolas os recursos tecnológicos para serem utilizados pelos
docentes antes mesmo do sistema educacional promover curso de aperfeiçoamento
profissional para a utilização desses recursos tecnológicos na prática pedagógica.
A renovação na prática docente pode ser constatada, não pelo uso puro e
simples desses recursos tecnológicos em seu cotidiano, mas, a partir do momento em
que esses equipamentos modifiquem de forma significativa o olhar do professor diante
de sua prática, suas concepções de educação, seus modelos de ensino-aprendizagem.
Para Sacristán (1999, p. 74) “o professor é responsável pela modelação da prática, mas
esta é a intersecção de diferentes contextos”.
Segundo Kenski (2008, p. 45), “a maioria das tecnologias é utilizada como auxiliar
no processo educativo”. Não só o computador e a internet, como outros recursos que
foram introduzidos na prática do docente em sala de aula, movimentaram a educação
e provocaram novas mediações entre a abordagem do professor, o entendimento do
docente e o conhecimento veiculado.
97
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Bourdieu afirma que “os hábitos são princípios geradores de práticas distintas
e distintivas” (BOURDIEU, 2007, p. 22), logo, compreende-se que existe subentendida
na docência uma proporção silenciosa da ação pedagógica. Por vez, quando interrogam
os professores sobre por que desenvolvem sua prática dessa maneira e, por que, ao
enfrentar determinadas situações, agiram desta forma, geralmente a resposta está
relacionada às crenças daquele profissional, essa realidade segundo o autor, “constrói
o espaço social, essa realidade invisível, que não podemos mostrar nem tocar e que
organiza as práticas e as representações dos agentes” (BOURDIEU, 2007, p. 22). Por essa
razão é muito difícil modificar o conteúdo da prática pedagógica nos docentes.
Refletindo acerca dessa questão, Sacristán (1999, p. 71) afirma que “[...] a prática
educativa não é uma ação que deriva de um conhecimento prévio, como acontece com
certas engenharias modernas, mas sim, uma atividade que gera cultura intelectual em
paralelo com sua existência [...]”. Nessa ótica, entende que o docente, ao desenvolver
sua prática, pensa, reflete sobre seu trabalho e que, ao confrontar com os problemas
da sala de aula, busca utilizar-se dos conhecimentos adquiridos, (re) elaborando-os de
forma criativa, no enfrentamento dos problemas, que surgem na sala de aula.
98
TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Nesse aspecto, Sacristán (1999, p. 79) afirma que “o ofício de quem ensina consiste
basicamente na disponibilidade e utilização, em determinadas situações, de esquemas
práticos para conduzir a ação”. O autor ressalta que na jornada escolar o professor
necessita estar preparado para enfrentar determinadas situações problemáticas, as quais
demandam uma tomada de decisões, aguçando o desenvolvimento do pensamento e
da ação do docente sobre sua prática.
FONTE: Disponível em: <http://dmd2.webfactional.com/media/anais/AS-NOVAS-TECNOLOGIAS-
NA-EDUCACAO-DESAFIOS-ATUAIS-PARA-A-PRATICA-DOCENTE.pdf>. Acesso em: 7 ago. 2016.
99
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Frente ao exposto, vamos nos ater aos Artigos 205 e 206 da Constituição
Federal (BRASIL, 1988), que busca uma educação que é direito de todos e dever do
Estado e da família, além do desenvolvimento pleno do indivíduo, tornando ele
apto para o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho.
Nos Artigos 22, 23 e 24, temos as finalidades que a educação básica possui
para desenvolver os educandos; também apresentam sua organização que poderá
ser em séries anuais, períodos, ciclos, observando a idade dos grupos e sua
organização. Ainda no Artigo 24 da LDB/96 apresenta-se a organização do ensino
fundamental e médio observando regras como:
I – a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas
por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o
tempo reservado aos exames finais, quando houver;
II – a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do
ensino fundamental, pode ser feita:
Vamos tratar do dispositivo I, que trata da carga horária mínima. Com isso,
podemos determinar que a ampliação da carga horária mínima de 720 horas para
101
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
800 horas anuais e de 180 para 200 dias letivos foi um grande avanço para nosso
país, pois conforme Carneiro (2015, p. 306), “o Brasil renuncia à incômoda posição
de país que, embora signatário do Estatuto Universal dos Direitos Humanos de
1948, exibia um dos mais reduzidos tempos de permanência do aluno na escola”.
Ainda conforme Carneiro (2015, p. 306):
O ganho é inestimável. [...] se o sistema de ensino houver adotado o
Ensino Fundamental de nove anos, o ganho será maior, passando para
um acréscimo de 1.440 horas. Ao final do Ensino Médio terá 240 horas
adicionais de estudo, o que equivale a dois meses extras de escolaridade.
Ao término dos estudos correspondentes ao ciclo da educação básica, o
aluno terá tido uma ampliação de carga horária, entre o Fundamental e
o Médio, de cerca de 1.640 horas, o equivalente a dois anos adicionais de
estudo. Um avanço espetacular da escola básica brasileira.
102
TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
103
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
• “é de responsabilidade da escola;
• deve estar disciplinado no regimento escolar;
• obedece a normas gerais de cada sistema de ensino” (CARNEIRO, 2015, p. 312).
Esta frequência é utilizada não por acaso, mas para que seja realizada a
distribuição dos recursos pelo Fundeb, pois conforme o Artigo 9º, da Lei 11.494,
que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB: “Para os fins da
distribuição dos recursos de que trata esta lei serão consideradas exclusivamente
as matrículas presenciais efetivas, conforme os dados apurados no censo escolar
mais atualizado [...]” (BRASIL, 2007).
NOTA
Cabe aqui uma ressalva, e que Carneiro (2015, p. 353) apresenta com
propriedade, no que diz respeito à organização da educação infantil relativo à
creche e pré-escola:
Creche e pré-escola não são depósitos de crianças nem hospedagem-
dia, tampouco espaços para as crianças permanecerem algumas horas
ao longo do dia, enquanto os pais realizam suas jornadas de trabalho.
Pelo contrário, são ambientes apropriados, equipados adequadamente,
potencializados no conjunto dos meios disponíveis e, sobretudo, com
pessoal docente e de apoio técnico devidamente qualificado, portanto,
com formação especializada, para trabalhar com as crianças da faixa
etária legal indicada, tendo em vista o seu desenvolvimento integral no
entrelaçamento dos aspectos físico, psicológico, social e lúdico-cultural.
105
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
106
TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
107
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Neste ciclo escolar, exige-se do professor que tenha clareza sobre os níveis
de interseção entre as atividades (procedimentos) vinculado ao campo
dos conhecimentos sistematizados, dos saberes metodologizados.
Educar é uma gama de processos articulados, vinculados à esfera do
saber-ser. Tem, portanto, a ver com conformidades comportamentais,
hábitos, relações intersubjetivas e desempenho social. Formar, por fim,
é trabalhar competências, objetivando a inserção adequada do sujeito
em atividades sociais, laborais e situacionais precisas. Vincula-se ao
campo do saber-fazer.
108
TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
109
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Língua Portuguesa
Língua Materna, para populações indígenas
Língua Estrangeira Moderna
Educação Física
Artes
110
TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
ÁREA DE MATEMÁTICA
111
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
E
IMPORTANT
Outro ponto a ser ressaltado do Artigo 32 é relativo ao inciso 6º, que trata
dos símbolos nacionais e hinos. Esses possuem um valor histórico inestimável e
traduzem o sentimento que une a nação e desponta a soberania de nosso país.
112
TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
113
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Para que esta ideia de escola em tempo integral venha a ser adotada com
profundidade e força, são necessárias muitas mudanças estruturais e pedagógicas,
as quais já estão escassas na educação realizada nas quatro horas apresentadas na
lei. Para tanto, conforme Carneiro (2015, p. 416 – 417):
O que ocorre, de fato, é que os custos adicionais do modelo são
recorrentes e inafastáveis. O MEC calcula a necessidade de um
investimento da ordem de R$ 3,8 bilhões para viabilizar a meta do Plano
Nacional de Educação de oferecer educação em tempo integral em, no
mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25%
dos alunos da Educação Básica.
114
TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
E nos níveis de ensino, nos deparamos com a Seção IV que trata do Ensino
Médio. Já iniciamos algumas falas referentes a este nível, mas vamos através dos
Artigos 35 e 36 determinar a finalidade do Ensino Médio:
Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração
mínima de três anos, terá como finalidades:
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos
no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando,
115
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Relativo ao Artigo 35, suas finalidades estão atreladas uma a outra, pois
têm-se no Ensino Médio a continuidade dos estudos (currículo) focados em:
capacidades afetivas, cognitivas, relativas à identidade, valorização do corpo e da
vida, como também o domínio de linguagens, a construção do pensamento lógico,
participação ativa no que tange à cidadania, valorização da pluralidade cultural e
patrimônio sociocultural de nosso país, meio ambiente.
116
TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Inciso I: estimular...
Inciso III: incentivar...
Inciso IV: promover...
Inciso V: suscitar...
Inciso VI: estimular...
Inciso VII: promover...
117
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
118
TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
[...] Quanto aos exames supletivos, a idade mínima para a inscrição e realização
de exames de conclusão do Ensino Fundamental é de 15 (quinze) anos completos, e para
os de conclusão do Ensino Médio é a de 18 (dezoito) anos completos. Para a aplicação
desses exames, o órgão normativo dos sistemas de educação deve manifestar-se
previamente, além de acompanhar os seus resultados. A certificação do conhecimento
e das experiências avaliados por meio de exames para verificação de competências e
habilidades é objeto de diretrizes específicas a serem emitidas pelo órgão normativo
competente, tendo em vista a complexidade, a singularidade e a diversidade contextual
dos sujeitos a que se destinam tais exames.
119
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
A LDB, no Artigo 60, prevê que os órgãos normativos dos sistemas de ensino
estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos,
especializadas e com atuação exclusiva em Educação Especial, para fins de apoio
técnico e financeiro pelo poder público e, no seu parágrafo único, estabelece que o
poder público ampliará o atendimento aos estudantes com necessidades especiais na
120
TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
121
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
122
TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Por sua vez, tem projeto pedagógico próprio, por escola ou por povo indígena,
tendo por base as Diretrizes Curriculares Nacionais referentes a cada etapa da Educação
Básica; as características próprias das escolas indígenas, em respeito à especificidade
étnico-cultural de cada povo ou comunidade; as realidades sociolinguísticas, em cada
situação; os conteúdos curriculares especificamente indígenas e os modos próprios de
constituição do saber e da cultura indígena; e a participação da respectiva comunidade
ou povo indígena.
123
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
[...] Não há, ainda, Diretrizes Curriculares específicas para esta modalidade.
Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas, deve ser reconhecida e
valorizada sua diversidade cultural.
Caro acadêmico, vamos nos ater aos Programas que são desenvolvidos
pelo Ministério da Educação para que tanto os níveis de ensino e as modalidades
possam ter funcionalidade.
124
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
125
AUTOATIVIDADE
126
III. O direito à informação diferencia-se dos direitos sociais, uma vez que esses
estão focados nas relações entre os indivíduos e, aqueles, na relação entre o
indivíduo e o conhecimento.
IV. O maior problema de acesso digital no Brasil está na deficitária tecnologia
existente em território nacional, muito aquém da disponível na maior parte
dos países do primeiro mundo.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 2
127
128
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, serão tratados assuntos relativos aos programas desenvolvidos
pelo Ministério da Educação, dando assim possibilidade de crescimento e
desenvolvimento das políticas públicas na área educacional.
129
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
130
TÓPICO 2 | AS INSTITUIÇÕES FORMADORAS DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO
• Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE): foi criado em 1995, tendo como
objetivo “além de melhorar a qualidade do ensino fundamental, envolver a
comunidade escolar a fim de otimizar a aplicação dos recursos” (LIBÂNEO;
OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 395). Este programa tem como funcionalidade
a transferência de valores às escolas públicas da educação básica das redes
estaduais e municipais, onde haja mais de 20 alunos, e também para escolas de
educação especial mantidas por ONGs – Organizações Não Governamentais.
Estes valores podem ser utilizados na obtenção de:
materiais permanentes e de consumo, para manutenção e conservação
do prédio escolar, para capacitação e aperfeiçoamento de profissionais
da educação, para avaliação de aprendizagem, para implementação
de projetos pedagógicos e para desenvolvimento de atividades
educacionais diversas, que visem colaborar na melhoria do atendimento
das necessidades básicas de funcionamento das escolas (LIBÂNEO;
OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 395).
131
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Com estes programas podemos perceber que cabe a cada Estado, Município,
organizar-se para fazer parte destes programas, auxiliando e conseguindo
melhorias para seus alunos e profissionais da educação. Assim, aos governantes
cabe sistematizar seu trabalho e procurar determinar quais as políticas públicas
que são necessárias a sua realidade local ou regional.
132
TÓPICO 2 | AS INSTITUIÇÕES FORMADORAS DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO
Para que o estudante seja bolsista do Prouni, ele deverá possuir os seguintes
requisitos, conforme se apresentado pelo Ministério da Educação (2016c, s.p.):
133
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Cabe salientar que este instrumento poderá ser utilizado por todos os entes
federados (estados, municípios) para a avaliação dos participantes no ingresso da
carreira docente. Conforme Silva, Ferronato e Baruffi (2014, p. 170):
Muitas são as informações, [...] mas cabe salientar que para que essa
máquina chamada educação obtenha êxito, é preciso que todas as
engrenagens estejam bem encaixadas em seus objetivos e ações, as
quais buscam a qualidade da educação e qualificação do profissional
da educação.
134
TÓPICO 2 | AS INSTITUIÇÕES FORMADORAS DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO
135
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O FNDE é “um fundo que tem como principal objetivo fornecer as condições
concretas para o desenvolvimento de ações, planos e programas destinados a
subsidiar instituições e sistemas de ensino (especialmente em despesas, como as
envolvidas em construção de escolas, fornecimento de merenda escolar, entre
outras)” (SANTOS, 2012, p. 70).
• Enem – Exame Nacional do Ensino Médio. Este programa foi criado em 1998,
tendo como objetivo avaliar o desempenho do estudante ao fim do ensino médio.
• Prouni – Programa Universidade para Todos. Este programa foi criado através
da Lei nº 11.096 de 13 de janeiro de 2005. Esta lei concede aos estudantes
brasileiros que não possuem nível superior bolsas de estudo total ou parcial, de
50%, em instituições privadas de educação superior e de graduação.
136
AUTOATIVIDADE
137
III. Se for mantida para os próximos anos a taxa de crescimento do IDEB
apresentada no triênio 2007-2009, a Escola Y conseguirá atingir, em 2012, a
meta estabelecida pelo PDE para o Brasil.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 3
138
UNIDADE 2
TÓPICO 3
A ORGANIZAÇÃO E GESTÃO
ESCOLAR COLETIVA
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, trataremos de algo que nos é relativamente conhecido, mas
que nos dá diversas possibilidades de respostas. Qual o conceito de organização e
gestão? Elas cabem dentro do sistema educacional? Qual a função social da escola
pública? Quais os objetivos da escola e as práticas de organização e gestão?
139
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Cabe salientar que para termos uma escola com organização e gestão
democrática, é necessário compreendermos que são necessárias escolhas tanto
nos meios, como recursos que assegurem a realização dos objetivos. Além disso,
é necessário existir um acompanhamento e coordenação que determinem à
articulação a integração de todas as atividades e das pessoas que atuam nas escolas,
em prol do alcance de seus objetivos.
Cabe salientar, ainda, conforme Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 412), que
da definição de organização e gestão são retiradas duas implicações importantes.
São elas:
A primeira é que as formas de organização e gestão são sempre meios,
nunca fins, embora muitas vezes, erradamente, meios sejam tratados
como fins; os meios existem para alcançar determinados fins que lhes
são subordinados. A segunda é que, conceitualmente, a gestão faz parte
da organização, mas aparece junto com ela por duas razões: a) a escola
é uma organização em que tanto seus objetivos e resultados quanto
seus processos e meios são relacionados com a formação humana,
ganhando relevância, portanto, o fortalecimento das relações sociais,
culturais e afetivas que nela tem lugar; b) as instituições escolares, por
prevalecer nelas o elemento humano, precisam ser democraticamente
administradas, de modo que todos os seus integrantes canalizem
esforços para a realização de objetivos educacionais, acentuando-se a
necessidade da gestão participativa e da gestão da participação.
Podemos determinar, dessa forma, que a escola, para que possa ser uma
instituição com desenvolvimento de seus objetivos, necessita de organização e
gestão democrática.
Caro acadêmico, falamos até o momento muito sobre as leis que determinam
o funcionamento do sistema de educação de nosso país. A escola é um destes
140
TÓPICO 3 | A ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR COLETIVA
141
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Com isso, a escola nos mais variados momentos históricos, passa por essas
ações e busca formar pessoas críticas, que desenvolvam seu senso crítico e agucem
sua curiosidade com o novo, com o diferente.
Conforme o livro Conselhos Escolares, a escola “[...] tem como função social
formar o cidadão, isto é, construir conhecimentos, atitudes e valores que tornem o
estudante solidário, crítico, ético e participativo” (BRASIL, 2004, p. 17).
Ainda no que diz respeito à função da escola, não lhe é atribuída a ideia
de empresa, pois conforme Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 132), “a escola não
é empresa. O aluno não é cliente da escola, mas parte dela. É sujeito que aprende,
que constrói seu saber, que direciona seu projeto de vida”. Com isso, podemos
observar que a função da escola é a formação humana.
142
TÓPICO 3 | A ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR COLETIVA
Cabe salientar que de nada adiantará grandes mudanças no que diz respeito
à organização e gestão escolar se não forem observados elementos essenciais como
a aprendizagem de qualidade, pois sem ela, continuaremos mantendo baixos
rendimentos escolares.
143
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
AUTOATIVIDADE
Podemos concluir que a escola, para obter seus objetivos, necessita ser
organizada e administrada para a obtenção da qualidade da aprendizagem dos alunos.
144
TÓPICO 3 | A ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR COLETIVA
Com isso, observa-se que para existir uma melhoria das práticas de gestão
e de sua organização é necessário que se tenha como foco o processo de ensino,
observando os meios utilizados pela escola em função dos seus objetivos. A
participação coletiva também é determinante para o êxito desse processo. E isso
será tratado com maior cuidado na próxima unidade.
145
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Organização e gestão são termos que estão associados, em sua grande maioria,
com a ideia de “administração, governo, provisão de condições de funcionamento
de determinada instituição social” (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p.
411). Estas instituições sociais podem ser família, empresa, escola, órgão público,
entidades sindicais, culturais, científicas, dentre outras, para que possam chegar
aos objetivos previstos.
146
AUTOATIVIDADE
147
3 (ENADE, 2011) “Não há uma forma única, nem um único modelo de
educação; a escola não é o único lugar onde ela acontece e talvez nem seja o
melhor. O ensino escolar não é sua única prática e o professor profissional
não é seu único praticante”.
FONTE: BRANDÃO, C. R. O que é educação. 33. ed. São Paulo: Brasiliense, 1995. p. 9.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
148
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada tópico você en-
contrará atividades que o ajudarão a refletir e fixar os conteúdos abordados.
Assista ao vídeo
desta unidade.
149
150
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Relativo à gestão, podemos determinar que “[...] é, pois, a atividade pela qual
são mobilizados meios e procedimentos para atingir os objetivos da organização,
envolvendo, basicamente, os aspectos gerenciais e técnico-administrativos”
(LIBÂNEO, 2012, p. 438).
151
UNIDADE 3 | A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR JUNTO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS
152
TÓPICO 1 | A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR JUNTO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS
objetivos. Precisamente para tornar esse núcleo mais eficaz, existe outro
conjunto de meios: as atividades de planejamento (incluindo o projeto
político-pedagógico curricular e os planos de ensino), de organização e
gestão e de avaliação.
Com isso, podemos determinar que a escola também possui sua estrutura
organizacional. Ela apresenta-se neste diagrama:
FONTE: A autora
Com isso, podemos perceber que o gestor, ao buscar este cargo, necessita
compreender que a estrutura administrativa de uma escola perpassa por diversos
momentos e não se restringe ao administrativo. Observe o que nos relata Candido
(1953 apud DIAS, 2004, p. 220) “A estrutura total de uma escola é, todavia, algo
mais amplo, compreendendo não apenas as relações ordenadas conscientemente,
mas ainda todas as que derivam da sua existência enquanto grupo social”.
Esta gestão democrática aqui apresentada nos abre uma grande margem
de possibilidades, ela não se encontra somente numa questão organizacional, mas
sim, busca romper com uma estrutura tradicional, em que somente um manda.
Esta gestão democrática retrata a participação e o envolvimento da comunidade
escolar e de uma visão de gestão voltada para o saber ouvir, observar, analisar,
compreender, dialogar, reformular e possibilitar as mais diversas mudanças para
a obtenção de resultados condizentes com as necessidades da escola. De acordo
com Baruffi (2014, p. 153):
Muitos são os desafios que permeiam o trabalho do gestor/administrador
escolar, mas cabe ao mesmo demonstrar, através da liderança, da
articulação, da razão e da emoção, construir uma administração voltada
para uma escola onde se busca formar sujeitos historicamente críticos,
que refletem e constroem seus conhecimentos.
154
TÓPICO 1 | A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR JUNTO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS
Com isso, acadêmico, todo profissional da educação deveria passar por este
cargo, para verificar como é estafante e enriquecedor para sua vida profissional e
pessoal. Para muitos colocar-se no lugar do outro se torna algo que faz pensar e
verificar que não adianta mantermos uma postura de dono do poder, mas sim,
aberto a novas possibilidades e enfrentamentos.
Este artigo nos apresenta a caminhada que você está realizando. Ao final
de seu curso de Pedagogia terá o direito de trabalhar nas áreas citadas no artigo.
155
UNIDADE 3 | A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR JUNTO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS
Assim apresenta-se:
I. Participar efetivamente da elaboração da proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino.
II. Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica
elaborada.
III. Zelar pela aprendizagem dos alunos.
IV. Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor
rendimento.
V. Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento nacional.
VI. Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias
e a comunidade (BRASIL, 1996, s.p.).
156
TÓPICO 1 | A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR JUNTO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS
Os alunos devem ser vistos como “a menina dos olhos” da escola (BARUFFI,
2014, p. 157). São eles que determinam a existência da instituição educacional. A
escola é o espaço, no qual, este aluno vai, em sua grande maioria, na busca de
novos conhecimentos e aprimoramento.
2.5 COLABORADORES
Estes também fazem parte da estrutura escola, pois sem eles não estaria
preparada para receber ninguém. São os agentes de serviços gerais também
chamados, em muitas regiões do Brasil, como serventes.
157
UNIDADE 3 | A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR JUNTO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS
E
IMPORTANT
158
TÓPICO 1 | A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR JUNTO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS
E
IMPORTANT
Com isso, você deve ter percebido que a cultura organizacional permeia
todo o processo estrutural da escola, seja no aspecto formal ou no informal.
Observe que, se analisarmos com cuidado, cada escola possui uma maneira
própria de se posicionar frente aos acontecimentos surgidos no dia a dia. Assim,
de acordo com Libâneo (2012, p. 441):
Essa cultura, porém, pode ser modificada pelas pessoas, pode ser
discutida, avaliada, planejada, num rumo que responda mais perto aos
interesses e às aspirações da equipe escolar, o que justifica a formulação
conjunta do projeto-pedagógico – curricular, a gestão participativa, a
construção de uma comunidade de aprendizagem.
159
UNIDADE 3 | A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR JUNTO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS
Tudo isso é de estrema importância e acarreta desafios que não podem ser
determinados ou vivenciados somente pelo gestor escolar, mas sim por todos os
membros da escola, pois de acordo com Libâneo (2012, p. 444):
161
RESUMO DO TÓPICO 1
• Para que os objetivos educacionais possam ser alcançados, observa-se que se faz
necessário observar as exigências econômicas, políticas, sociais e culturais que
são determinantes diante da sociedade em que a escola esteja inserida.
162
AUTOATIVIDADE
163
IV. Planejar ações descentralizando poderes, para realizar uma gestão focada
nos diferentes aspectos da aprendizagem e nas questões macroestruturais
da sociedade.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
164
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Podemos determinar que tudo o que vimos até o momento nos remete
à busca de uma gestão democrática-participativa, que busca a valorização e
participação da comunidade escolar em todos os momentos que sejam necessárias
tomadas de decisões e “concebe a docência como trabalho interativo e aposta
na construção coletiva dos objetivos e do funcionamento da escola, por meio da
dinâmica intersubjetiva, do diálogo, do consenso” (LIBÂNEO, 2012, p. 469).
Temos que ter bem claro que por estarmos tratando de gestão democrática
participativa, é necessário um processo que inclua neste movimento reuniões,
discussões, estudos de documentos para que possa ser levado à prática
posteriormente. Nada é realizado a “toque de caixa”, em qualquer momento, mas
sim com muito estudo, debate e busca de respostas que determinem o melhor
desenvolvimento da gestão escolar.
165
UNIDADE 3 | A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR JUNTO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS
O que isso tem a ver com as políticas educacionais? Tudo, pois em cada passo,
em cada movimento realizado na escola estamos nos utilizando de políticas públicas
educacionais, pois sem elas não seria possível vivermos em qualquer espaço. Para
tudo são necessárias regras, as quais determinam o bom andamento da instituição.
Podemos observar que cada palavra determina sua função, mas as mesmas
unidas fundem-se e constituem um documento que alicerça todo o trabalho e
filosofia da escola.
166
TÓPICO 2 | A APRENDIZAGEM E AS ÁREAS DE ATUAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E DA GESTÃO ESCOLAR
Conforme Libâneo (2012, p. 471): “Não basta ter o projeto; é preciso que
seja levado a efeito. As práticas de organização e de gestão executam o processo
organizacional para atender ao projeto”.
167
UNIDADE 3 | A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR JUNTO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS
É preciso que fique bem claro que para existir um processo de ensino e
aprendizagem eficaz, é necessário ter condições dignas para o aluno como os
demais membros da escola. A estrutura física é essencial para garantir condições
de funcionamento.
Lembra-se das setas que envolvem a figura da pirâmide? Pois bem, ela se
encaixa neste movimento. Cada um possui sua função, no entanto, deve-se evitar
a redução da estrutura organizacional e uma concepção estritamente funcional e
hierarquizada de gestão, subordinando o pedagógico ao administrativo, impedindo
a participação e a discussão e não levando em conta as ideias, valores e experiências
dos professores. Todos possuem o direito de dar sua opinião, auxiliando na gestão
democrática.
Com tudo isso, buscamos também retratar algo mais, dentro deste campo
chamado organização e gestão da escola, vamos tratar do currículo, mas antes uma
parada para refletir.
AUTOATIVIDADE
Como você acredita que deveria ser uma gestão democrática e participativa?
Isso é possível?
169
UNIDADE 3 | A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR JUNTO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS
Com esta lei, podemos observar que cada escola em cada região do país
possui a autonomia de realizar as modificações necessárias a partir da realidade
regional. Você poderia se perguntar: O que é currículo? Podemos dizer que
currículo é a organização dos conhecimentos escolares. Estes conhecimentos
podem ser desenvolvidos nas mais variadas maneiras, mas que estejam atreladas
aos documentos oficiais e ao que foi ou está sendo construído na escola – o PPP.
(Currículo é) o conjunto de conteúdos cognitivos e simbólicos (saberes,
competências, representações, tendências, valores) transmitidos (de
modo explícito ou implícito) nas práticas pedagógicas e nas situações
de escolarização, isto é, tudo aquilo a que poderíamos chamar de
dimensão cognitiva e cultural da educação escolar (FORQUIN, 1993
apud LIBÂNEO 2012, p. 489).
170
TÓPICO 2 | A APRENDIZAGEM E AS ÁREAS DE ATUAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E DA GESTÃO ESCOLAR
4 A FORMAÇÃO CONTINUADA
De acordo com a LDB (1996), em seu artigo 62, que trata da formação de
docentes:
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á
em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em
universidades e institutos superiores de educação, admitida, como
formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil
e nos 5 (cinco) primeiros anos do ensino fundamental, e oferecida em
nível médio na modalidade normal. (Redação dada pela Lei nº 12.796,
de 2013).
§ 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, em regime
de colaboração, deverão promover a formação inicial, a continuada e a
capacitação dos profissionais de magistério (Incluído pela Lei nº 12.056,
de 2009).
§ 2º A formação continuada e a capacitação dos profissionais de
magistério poderão utilizar recursos e tecnologias de educação a
distância (Incluído pela Lei nº 12.056, de 2009).
171
UNIDADE 3 | A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR JUNTO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS
O que ampara este curso de formação é a Lei nº 12.801, de 24 de abril de 2013.
Proinfantil: é um curso em nível médio, a distância, na modalidade
normal. Destina-se aos profissionais que atuam em sala de aula
da educação infantil, nas creches e pré-escolas das redes públicas,
municipais e estaduais, e da rede privada, sem fins lucrativos,
comunitárias, filantrópicas ou confessionais, conveniadas ou não, sem
a formação específica para o magistério.
O curso, com duração de dois anos, tem o objetivo de valorizar o
172
TÓPICO 2 | A APRENDIZAGEM E AS ÁREAS DE ATUAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E DA GESTÃO ESCOLAR
173
UNIDADE 3 | A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR JUNTO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS
174
RESUMO DO TÓPICO 2
175
AUTOATIVIDADE
176
3 O currículo, há muito tempo, deixou de ser apenas uma área meramente
técnica, voltada para questões relativas a procedimentos, técnicas e métodos.
Já se pode falar agora em uma tradição crítica do currículo, guiada por
questões sociológicas, políticas e epistemológicas.
FONTE: MOREIRA, A. F.; SILVA, T. T. (Org). Currículo, cultura e sociedade. 6. ed. Cortez, 2002,
p. 7-8 (com adaptações).
PORQUE
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
177
178
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
179
UNIDADE 3 | A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR JUNTO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS
Ela está interligada com a direção da escola, levando ao gestor seus desejos,
preocupações e tentando auxiliar no bem-estar dos demais alunos.
180
TÓPICO 3 | A GESTÃO PARTICIPATIVA CONTINUANDO A CONSTRUÇÃO E PLANEJAMENTO DE UMA ESCOLA DEMOCRÁTICA
A lei que ampara esta entidade é a Lei 7.398 de 4 de novembro de 1985, que
dispõe sobre a organização de entidades representativas dos estudantes de 1º e 2º
graus e dá outras providências.
• Unidade Executora.
• Caixa escolar.
• Associação de Pais e Mestres.
• Círculo de Pais e Mestres.
181
UNIDADE 3 | A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR JUNTO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS
182
TÓPICO 3 | A GESTÃO PARTICIPATIVA CONTINUANDO A CONSTRUÇÃO E PLANEJAMENTO DE UMA ESCOLA DEMOCRÁTICA
183
UNIDADE 3 | A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR JUNTO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS
É necessária sempre a busca! Que nos leve aquilo que a Constituição Federal
e a LDB/96 apregoam, que é o oferecimento de uma educação de qualidade.
Para você, deixamos nosso até logo, pois a caminhada será mantida, com os
demais cadernos que serão apresentados e que determinarão sua postura enquanto
PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO.
LEITURA COMPLEMENTAR
1 INTRODUÇÃO
186
TÓPICO 3 | A GESTÃO PARTICIPATIVA CONTINUANDO A CONSTRUÇÃO E PLANEJAMENTO DE UMA ESCOLA DEMOCRÁTICA
A LDB nº 9394/96 diz, no seu art. 12, que: "Os estabelecimentos de ensino,
respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão incumbência
de: I- Elaborar e executar sua proposta pedagógica".
188
TÓPICO 3 | A GESTÃO PARTICIPATIVA CONTINUANDO A CONSTRUÇÃO E PLANEJAMENTO DE UMA ESCOLA DEMOCRÁTICA
processos são públicos e por ser uma instituição social, criada e mantida
pela sociedade, a universidade (doravante me limitarei a ela) precisa
avaliar-se e tem o dever de se deixar avaliar para conhecer e aprimorar
a qualidade e os compromissos de sua inserção.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
189
UNIDADE 3 | A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR JUNTO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS
190
RESUMO DO TÓPICO 3
191
AUTOATIVIDADE
PORQUE
192
d) ( ) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, uma proposição
verdadeira.
e) ( ) Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 2
193
194
REFERÊNCIAS
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes,
2000.
195
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de
Educação – PNE e dá outras providências. Disponível em: <https://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm>. Acesso em: 25 nov. 2016.
DIAS, José Augusto. Educação Básica: políticas, legislação e gestão. São Paulo:
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LOPES, Noemia. O que é Projeto Político-Pedagógico (PPP). 2010. Disponível
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OLIVEIRA, Emanuelle. Projeto Político-Pedagógico. [s.d.]. Disponível em:
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SANTOS, Pablo Silva Machado Bispo dos. Guia prático da política educacional
no Brasil: ações, planos, programas e impactos. São Paulo: Cengage Learning,
2012.
199
ANOTAÇÕES
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