Resumo Executivo Plano Metropolitano
Resumo Executivo Plano Metropolitano
Resumo Executivo Plano Metropolitano
RMRJ
02 | Modelar a Metrópole
prefácio
A palavra do Governador
Um senso de propósito
para a metrópole
Apesar de existir de fato há décadas, a Região Metropolitana do Rio de
Janeiro nunca dispôs de um senso de propósito. Uma espécie de fermento
das circunstâncias a fez crescer contínua e desordenadamente. Esforços
meritórios de planos setoriais ou mesmo de planos diretores das cidades que
a compõem tentaram orientar tal modelo de desenvolvimento. Não foram
felizes. Pior, em alguns casos propuseram mais do mesmo, consagrando
como resultado um território com excessiva concentração de oportunidades
no núcleo principal, abraçado por um entorno fraturado por desigualdades
sociais, urbanísticas e econômicas.
Como, o que, onde e quando mudar? Para responder a estes desafios o Plano
Estratégico de Desenvolvimento Urbano Integrado, inédito, agora entregue,
teve seu foco na sociedade metropolitana, assumindo em primeiro lugar que
só teremos uma metrópole justa, equitativa e sustentável na exata medida
em que cravarmos prioridade permanente na promoção da coesão sócio-
territorial. Nos mais de 300 polígonos identificados pelo plano, onde vivem
perto de 2,7 milhões de cidadãos metropolitanos, estão concentradas as
mais notáveis carências sociais, urbanísticas e econômicas e são também os
locais com os mais altos índices de violência.
04 | Modelar a Metrópole
prefácio
Fazer dos trilhos a trilha do desenvolvimento urbano mais hídricos é a fórmula apontada no plano para que no curto
coeso e denso, aperfeiçoando contínua e cumulativamente e médio prazo se possam obter resultados positivos na
os serviços de transporte interligando, em rede, o núcleo despoluição e consequente aproveitamento mais nobre
e as principais centralidades metropolitanas propostas, é desse patrimônio natural e simbólico, tão maltratado pelo
outra estratégia importante. Compreendendo, entretanto, modelo de desenvolvimento adotado. Voltar-se de frente
que o adensamento imobiliário ao longo desses corredores para a Baía, com projetos de orlas em Caxias, São Gonçalo e
e, sobretudo, ao redor das estações mais dinâmicas, Magé, são olhares que o Plano orienta e incentiva.
acompanhados de estímulos à diversificação dos usos e
integração com outros modais, são políticas indispensáveis ao Mas é imprescindível, neste esforço de marcar encontro
desenvolvimento desta estratégia, tanto quanto as melhorias com o futuro e chegar lá de fato, que se consiga retomar a
operacionais tecnológicas do sistema de transporte em si. governança da região para garantir o desenvolvimento mais
harmônico e igualitário da metrópole. Ele se dará, no que é de
Juntando as duas diretrizes acima o plano ainda prevê a fato estruturante, mediante políticas de estado, e não deste
implantação de estruturas de mobilidade transversais, ou daquele governo; otimizar ao máximo os recursos para
rompendo de vez com a lógica radial, matriz do a consecução dos programas de ação prioritária indicados
desenvolvimento territorial metropolitano e estimulador, no plano e assegurar ambiente de concertação política capaz
inclusive, do espraiamento da área urbana. Ir de Nova Iguaçu de fazer os ajustes e alinhamentos necessários ao longo da
a Caxias, ou a Campo Grande, sem precisar passar pelo Rio implantação de cada uma das ações previstas.
antes, é exemplo deste desejo de conectividade entre as
principais centralidades. Esta metrópole tem tudo para não ser socialmente tão
desigual, urbanisticamente tão injusta e economicamente
Reinventar as Baías, Lagoas e Rios da região são estratégias tão concentradora. Basta que um pacto, ao redor de um
que propõem devolver à população metropolitana os senso de propósito obtido por amplas e vigorosas consultas
cursos e espelhos d’água que tanto a caracterizam e, em à população, seja firmado pela sociedade metropolitana
alguns casos, até foram responsáveis pelo seu povoamento. e formado em um guia para um futuro de paz, coesão,
Implantar cinturões sanitários às margens destes corpos oportunidade para todos e em todos os cantos da metrópole.
Vicente Loureiro
Diretor Executivo
Grupo Executivo de Gestão Metropolitana
Câmara Metropolitana de Integração Governamental
Jaime Lerner
Jaime Lerner
06 | Modelar a Metrópole
prefácio
Willy Müller
Essa foi uma das experiências mais gratificantes da minha vida, entre outros
motivos, por ter sido coordenador desta extraordinária equipe.
Willy Müller
08 | Modelar a Metrópole
ÍNDICE
PREFÁCIO
A palavra do Governador Luiz Fernando Pezão 03
Um senso de propósito para a metrópole - Vicente Loureiro 04
Jaime Lerner 06
Willy Müller 07
APRESENTAÇÃO 10
ANTECEDENTES 14
Palavras que sintetizam dois anos de trabalho que procurou trazer à luz a
premência, a pertinência, a oportunidade de se colocar no âmago da reflexão
e do debate sobre os caminhos de desenvolvimento futuro do Rio de Janeiro
a dimensão metropolitana, e as questões relativas ao seu planejamento, sua
gestão, e à colaboração intermunicipal.
¹ Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado - PDUI, segundo a denominação do Estatuto da Metrópole; na RMRJ se denominou Plano Estratégico de
Desenvolvimento Urbano Integrado PEDUI, doravante chamado de Plano Metropolitano ou pelo apelido “Modelar a Metrópole”.
12 | Modelar a Metrópole
apresentação Apresentação
Com o firme propósito de fazer frente aos desafios impostos por uma
histórica ocupação desordenada e incompatível com a dignidade dos
seus habitantes, e diante da necessidade urgente de qualificação e de
redução das desigualdades do território metropolitano, o Executivo
estadual instituiu, em agosto de 2014, a Câmara Metropolitana de
Integração Governamental, com a finalidade de estabelecer as
condições de governança para os assuntos de interesse comum
metropolitano, e elaborar e implementar Plano Metropolitano,
observadas as estratégias adequadas ao alcance de uma organização
territorial mais equânime e justa.
O processo de constituição das regiões metropolitanas extinta por iniciativa do Executivo estadual.
no Brasil, a definição das funções públicas de interesse
comum, e o exercício de seu respectivo planejamento A partir da extinção da FUNDREM, estabeleceu-se um
e gestão, conforme os parágrafos anteriores permitem hiato no exercício de um planejamento integrado e
vislumbrar, é um tema de absoluta premência, mas articulador de intervenções no Rio de Janeiro. Desde
ainda em construção no contexto nacional. Remonta então, nenhum outro órgão com a responsabilidade
à institucionalização das nove primeiras regiões específica pelo planejamento do território
metropolitanas, em 1973; às alterações introduzidas metropolitano foi constituído.
pela Carta Constitucional de 1988, quando a atribuição
de sua criação passa da União para os Estados; Transcorrem assim vinte e cinco anos para que o
para chegar aos aperfeiçoamentos presentemente planejamento da metrópole assumisse novamente
proporcionados pelo Estatuto da Metrópole. proeminência na agenda do executivo estadual.
Retoma-se, em 2014, o debate sobre o exercício das
Nesse contexto cabe destacar também que a, partir dos funções públicas de interesse comum, que pressupõe
anos 2000, com a promulgação do Estatuto da Cidade o ordenamento do território metropolitano, cujo
(Lei nº 10.257/2001), a criação do Ministério das Cidades processo de crescimento e expansão, somado aos
(2003), a aprovação da Lei dos Consórcios Públicos investimentos em infraestrutura, deverá estar
(Lei nº 11.107/2005) e a Campanha Plano Diretor submetido a critérios e orientação compartilhados.
Participativo (2005-2006), o tema metropolitano voltou
à cena, pois os problemas de muitos municípios no Refere-se, ainda, aos serviços de saneamento,
país já não podiam mais ser resolvidos isoladamente. incluída a destinação dos resíduos sólidos, a meso
e a macrodrenagem das águas pluviais, além do
A Região Metropolitana do Rio de Janeiro foi instituída tratamento de água e esgoto e o acesso universal à água
em 1974 pela Lei Complementar nº. 20. No ano potável, essenciais à vida, concorrem decisivamente
seguinte, o governo do estado criou a Fundação para para a manutenção da saúde, minimizam custos
o Desenvolvimento da Região Metropolitana do Rio de operacionais e garantem a sustentabilidade do
Janeiro – FUNDREM. Durante os seus quinze anos de território metropolitano, em largo espectro.
existência, a Fundação, além de promover convênios
de assistência técnica para a elaboração dos planos Uma terceira função pública de interesse comum,
diretores em todos os municípios da RMRJ, se pautou corresponde à mobilidade urbana, exercida por
por coordenar programas e projetos de interesse intermédio de modais de alta e média capacidade,
local, bem como por viabilizar estudos e pesquisas onde o transporte coletivo por metrô, trens, barcas,
pertinentes ao equacionamento dos problemas da BRT e VLT são os que melhor respondem à escala
região. Os recorrentes conflitos de competência metropolitana.
entre a instituição e as administrações municipais,
no entanto, acabaram por desgastar o órgão que, a A quarta função diz respeito às ações de resiliência
partir da redemocratização do país e da conquista aos impactos, previsíveis e recorrentes, ocasionados
de maior autonomia conferida ao poder local, foi por atividades antrópicas e pelos efeitos adversos das
gradativamente perdendo poder político. Em 1989, mudanças climáticas. A peculiaridade geográfica do
apesar de sua relevante trajetória, a FUNDREM foi território metropolitano, localizado em recôncavo²
² O termo recôncavo é originalmente usado para designar o conjunto de terras, em forma de arco, situado em torno de qualquer baía. O Recôncavo baiano é
exemplo notável desse tipo de estruturação físico-geográfica.
16 | Modelar a Metrópole
antecedentes Antecedentes
1975 Às demais, vem juntar-se uma quinta e última função, que proporciona
Fundrem
maior agilidade à consecução das que a antecedem, tornando-se
imperativa a implantação de serviços de comunicação digital, que
1988 ao permitir a articulação de dados e informações, asseguram uma
Nova Constituição
maior eficiência à governança do território metropolitano, inclusive
2001 ao atendimento às demandas locais da população. Cabe destacar
Estatuto da Cidade
que dessas cinco funções principais derivam os eixos temáticos
estruturantes para o desenvolvimento do Plano Metropolitano. O
2003 trabalho do consórcio Quanta-Lerner, de acordo com o Termo de
Ministério das Cidades
Referência lançado pelo Governo do Estado, com o respaldo do
2005 Banco Mundial, foi pautado por três eixos principais (Reconfiguração
Lei dos Consórcios Públicos
e Campanha Plano Diretor Espacial e Centralidades; Expansão Econômica; Valorização do
Participativo
Patrimônio Natural e Cultural) e três eixos setoriais (Mobilidade;
2013 Habitação e Equipamentos Sociais; Saneamento e Resiliência
ADI n°1.842/2013 do STF
Ambiental). A natureza flexível da metodologia participativa permitiu,
2014 no decorrer dos estudos, incorporar um novo eixo, transversal aos
Câmara Metropolitana do
Rio de Janeiro demais, que foi o de Gestão Pública.
2015
Estatuto da Metrópole Paralelamente, e também visando o cumprimento das cinco funções
mencionadas, fez-se necessária a realização de um minucioso
2016 levantamento aerofotogramétrico, o que permitiu a construção de
Plano Estratégico de
Desenvolvimento Urbano uma cartografia própria da RMRJ, com as mesmas especificações
Integrado da RMRJ
técnicas da existente para a cidade do Rio de Janeiro. Esse trabalho
proporcionou a montagem do primeiro mapa metropolitano,
produzido pela Câmara Metropolitana de Integração Governamental
Setembro | 2015 e divulgado em agosto de 2017, onde se vê com nitidez a formação
Lançamento de Projeto. Anúncio do Consórcio Quanta-
Lerner como vencedor da concorrência internacional do geográfica da RMRJ, além dos tipos de ocupação mais expressivos
Banco Mundial para elaborar o Plano Estratégico.
que incidem sobre o seu território.
2016
Início do Plano. Constituição de Comitês e Conselho, Em seu conjunto, delineia-se uma ação pública que transcende o
Oficinas e processo participativo, Diagnóstico e Visão de
Futuro. limite de Política de Governo para se alçar a Política de Estado, que é
2017 a envergadura necessária para o trato consistente e sustentável das
Elaboração do Plano. Câmara Metropolitana lança a funções públicas na esfera metropolitana.
nova Cartografia da RMRJ. Definição de Cenários e
Programas de Ações Prioritárias
2018
Conclusão do Plano. Após processo participativo, o
PDUI/RMRJ foi entregue.
20 | Modelar a Metrópole
antecedentes A construção participativa do plano estratégico
Conferëncia Metropolitana
Fotografia : André Gomes de Melo
Conferëncia Metropolitana
Fotografia : André Gomes de Melo
22 | Modelar a Metrópole
antecedentes A construção participativa do plano estratégico
26 | Modelar a Metrópole
a metrópole que temos Panorama geral
28 | Modelar a Metrópole
a metrópole que temos Panorama geral
O desenho de um exuberante anfiteatro que abraça praticamente todo o território, formado pela Serra do
Mar, um recôncavo penetrado por duas baías – Guanabara e Sepetiba - algumas serras e um conjunto de
morros internos.
32 | Modelar a Metrópole
a metrópole que temos A formação da RMRJ e sua base ambiental
Dinâmica econômica e
populacional
Em termos econômicos, a RMRJ é a segunda maior área metropolitana
e o segundo polo econômico do Brasil e de todo o Hemisfério Sul,
com um Produto Interno Bruto (PIB) da ordem de R$ 405 bilhões, que
representam cerca de 64% do PIB total do Estado do Rio de Janeiro.
34 | Modelar a Metrópole
a metrópole que temos Dinâmica Econômica e Populacional
Municípios da RMRJ
Fonte: Consórcio Quanta | Lerner (2018)
A tabela abaixo, especificando a área de cada município e o número de seus habitantes, permite aferir a relação entre a
população e a superfície do território e, perceber, ainda, as diversas formas de ocupação do espaço territorial metropolitano.
36 | Modelar a Metrópole
a metrópole que temos Dinâmica Econômica e Populacional
A expansão da metrópole
e as demandas por vida,
trabalho e mobilidade
A dinâmica populacional da metrópole se materializa no espaço
construído. Com um estoque de moradias que atingiu 4 milhões
de unidades em 2010, e que cresce numa média de 70 mil unidades
ano, a metrópole fluminense expressa, de forma aguda, a síntese do
quadro de grandes desigualdades socioespaciais que caracteriza a
urbanização brasileira. A RMRJ é marcada pela existência de pequenas
ilhas de moradias de alto padrão, dotadas de toda infraestrutura
necessária, em áreas litorâneas ou próximas das centralidades
regionais e sub-regionais, circundadas por espaços habitacionais
de baixa qualidade que, ante a fragilidade ou mesmo total ausência
do planejamento e controle do poder público, se expandem célere,
extensiva e desorganizadamente para a periferia da região, distante
dos centros de ofertas de trabalho. Números possivelmente
conservadores, indicam que a velocidade de crescimento da mancha
de ocupação metropolitana se dá a uma média de 32 km² ao ano –
quase o equivalente á área de um município como São João de Meriti
-, dificultando a oferta de infraestrutura e serviços e aumentando
seus custos de manutenção. Ainda assim, verifica-se um déficit de
moradias da ordem de 390 mil unidades, concentrado nas faixas de
menor renda; um pouco mais de meio milhão de unidades situadas
em aglomerados subnormais, que se multiplicam e verticalizam em
terrenos impróprios e com frequência apresentando riscos; e elevada
precariedade urbanística (por exemplo, ruas sem identificação e/ou
sem pavimentação, drenagem, pavimentação, calçadas, esgotos a céu
aberto) que atinge mais de 1 milhão de habitações.
38 | Modelar a Metrópole
a metrópole que temos A expansão da metrópole e as demandas
40 | Modelar a Metrópole
a metrópole que temos A expansão da metrópole e as demandas
Densidade Habitacional na RM
Fonte: Câmara Metropolitana de Integração Governamental
42 | Modelar a Metrópole
a metrópole que temos A expansão da metrópole e as demandas
Mas, na medida em que esse raio avança, a cada 10 Avançando na compreensão dessas fragilidades
km, percebe-se a queda do padrão da infraestrutura sócio-territoriais no cenário da metrópole, buscou-
instalada, da qualidade do transporte e dos se inspiração a Carta de Bairros e Zonas de Interesse
equipamentos sociais ofertados, ao mesmo tempo em Prioritário de Lisboa para selecionar um conjunto de
que a densidade também se reduz. O que se constata variáveis que nos ajudassem a localizar e quantificar
é o progressivo aumento do nível dos problemas os espaços que precisam receber a atenção urgente e
verificados, que se soma ao declínio de densidade, prioritária do estado na construção das ações do Plano,
quanto maior for o afastamento do núcleo inicial. que nas etapas das propostas foram destacadas como
Quando, então, se atinge distâncias mais expressivas, zonas de coesão sócio-territorial. Foram selecionados
de 40 a 50 km, a densidade torna-se também mais para tal três índices de grande reconhecimento e
rarefeita, e a fragilidade dos serviços de infraestrutura amplitude: o Índice de Vulnerabilidade Social do
acompanha essa trajetória descendente. Essas áreas IPEA; o Índice de Tipologia Intraurbana do IBGE, e o
são aquelas mesmas que receberam maior número de Índice de Desenvolvimento Humano do PNUD, cada
assentamentos precários nas últimas duas décadas e qual com um conjunto abrangente de indicadores que
onde o processo de expansão da mancha urbana mais cobrem, dentro de suas particularidades, questões
se acentuou, como se pode averiguar na ilustração de infraestrutura, características socioeconômicas e
anterior. É importante verificar, no diagrama, que de escolaridade, saúde e longevidade. Para cada um
entre os 20 e 40 km acham-se concentrados os desse índices verificou-se a espacialidade dos piores
maiores desafios, os maiores passivos urbanísticos e indicadores (condições de vida, desenvolvimento
ambientais e, porque não dizer também, os sociais e humano, vulnerabilidade social) que, sobrepostos,
econômicos, do território metropolitano. revelaram o quadro de precariedade em que vivem
quase 2,7 milhões de pessoas – cerca de 23% da
Verifica-se que, para a construção de uma metrópole população da metrópole - em uma área próxima a 40
socialmente justa e economicamente sustentável, o foco mil hectares (quarenta mil campos de futebol). São
das políticas públicas deve se dirigir, prioritariamente, áreas em que a violência, o tráfico, as milícias dão o tom
para as duas calotas que se desenham a partir dos 20 do cotidiano, ao invés da oferta de educação, saúde,
km do Largo da Carioca, alcançando os 40 km, que transporte, lazer. E também onde os custos marginais
correspondem a Zona Oeste e o extremo oeste do da precarização urbana – ligações clandestinas de
Rio de Janeiro, onde se situa a Baixada Fluminense, luz, água, de serviços de tv a cabo, por exemplo – se
o fundo da Baía da Guanabara, Magé e Guapimirim verificam com maior intensidade. Realidades todas
e, ainda, parte considerável do leste metropolitano, que precisam ser ponderadas no justo equacionamento
composto por São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Niterói. A dos custos de produção e reprodução da metrópole.
ilustração mencionada evidencia, de forma clara, esses
desafios elencados. Cabe ainda mencionar o papel que A delimitação desses territórios vulneráveis
os eixos viários de desenvolvimento, tais como o Arco explicita um cenário de históricas desigualdades
Metropolitano, a Avenida Brasil e a BR 101, assumem a ser reconhecido e enfrentado pelos governos e
nas áreas de concentração de atividades econômicas pela sociedade metropolitana. Paralelamente à
consagradas no território da RMRJ, que, como tal, concentração de investimentos, tanto quantitativos
carecem de estímulo e de tratamento compatível com quanto qualitativos no núcleo, em detrimento
sua relevância. do conjunto da metrópole ao longo do tempo, a
configuração do território metropolitano segue um Alguns números que ilustram essa realidade, enquanto
padrão de ocupação e expansão urbana resultante no município do Rio o índice de pessoas vivendo com
da contínua exclusão da população de baixa renda meio salário mínimo é de 20,9%, na Baixada Fluminense
de áreas centrais da cidade em direção às periferias ele se aproxima dos 34%. Nas favelas de Vigário Geral
e franjas urbanas. Combinados, esses movimentos e do Complexo do Alemão, são de 43,6% e 39,8%,
históricos e políticos resultam em extensas áreas respectivamente, o percentual dos moradores que
periféricas ocupadas pela população de baixa renda a vivem com até meio salário mínimo. A faceta da renda,
partir de processos informais de loteamento de terras contudo, é apenas uma das variáveis que ilustram os
e autoconstrução de moradias. O mesmo se verifica nas contrastes da metrópole, e mesmo os contrastes não
encostas de morros das áreas centrais, configurando são homogêneos. Embora as áreas vulneráveis da RM
um contexto de proximidade territorial e distância possuam deficiências sistêmicas em comum, elas
social, expresso, por exemplo, pelas favelas localizadas guardam também especificidades e revelam camadas
na Zona Sul. mais sutis de desigualdade, nos níveis inframunicipais
e locais, apontando para a existência de um território
significativamente heterogêneo a ser trabalhado.
44 | Modelar a Metrópole
a metrópole que temos O panorama da gestão pública e da governança metropolitana
O panorama da gestão
pública e da governança
metropolitana
Chega-se assim ao crucial aspecto da gestão pública e da governança
metropolitana, fundamentais para que o plano possa prosperar; para
que a consecução das diretrizes, estratégias e objetivos propostos
efetivamente se façam cumprir.
46 | Modelar a Metrópole
a metrópole que temos O panorama da gestão pública e da governança metropolitana
Formação Acadêmica do Gestor Municipal encarregado de Planejamento Urbano na Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Fonte: Consórcio Quanta | Lerner (2018)
DIAGNÓSTICO METROPOLITANO
48 | Modelar a Metrópole
a metrópole que temos Síntese do Diagnóstico Metropolitano
• Desigualdade intrarregional - municípios periféricos • Ampliação da mancha urbana, cerca de 30 km2 por
muito dependentes dos mais centrais (Rio e Niterói), e ano;
pouco conectados entre si;
• Produção de moradia social recente não integrada
• Ciclo vicioso que precisa ser rompido, em função da à dinâmica urbana, suas oportunidades de trabalho,
oferta de empregos e de melhores serviços públicos, as serviços públicos e infraestrutura;
demandas de transporte são majoritariamente para o
Centro do Rio de Janeiro; • Demanda por simplificação de normas, procedimentos
e assistência técnica para produção habitacional;
• Privilégios para o transporte individual, que se torna
mais rápido que o coletivo; •Ausência ou descontinuidade nas fontes de
financiamento para políticas habitacionais;
• Cobrança excessiva ao usuário de transporte público,
necessidade de mais formas de financiamento para o • Ausência de planejamento para situações específicas:
sistema; idosos, imóveis históricos, moradia no centro;
• Cerca de 700 mil unidades habitacionais com algum • Elevado consumo de água per capita e desigualdade
tipo de inadequação (infraestrutura, fundiária, outras); na distribuição de água disponível;
50 | Modelar a Metrópole
a metrópole que temos Síntese do Diagnóstico Metropolitano
• Cobertura da coleta de Resíduos Sólidos Urbanos • Municípios e estado agem para atender interesses
alcança índices maiores que 90%; próprios, ao invés de atuar em conjunto pela RMRJ;
• Lixões de Belford Roxo, Guapimirim, Cachoeiras de • Falta de eficiência e transparência na gestão pública,
Macacu, Itaboraí, Tanguá, Rio Bonito e Maricá não gastos sem planejamento ou base técnica;
apresentam processos de remediação;
• Baixa qualificação do funcionalismo público
• Somente 7 municípios metropolitanos ( Japeri, Magé, (especialmente em municípios menores);
Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu e Rio de
Janeiro) possuem coleta seletiva; • Quadro fiscal do estado e dos municípios não permite
a realização de investimentos necessários;
• Há concentração de inundações no Rio de Janeiro
(canais do Mangue e do Cunha), Baixada Fluminense • Municípios com grande dependência das
(rios Iguaçu-Sarapuí, Estrela e canal de Magé) e São transferências intergovernamentais; necessidade de
Gonçalo (rios Alcântara, Imboaçu e Guaxindiba); ampliação de receitas;
52 | Modelar a Metrópole
a metrópole que temos As cinco macrorregiões para o planejamento
Logística, polos e zonas Pesquisa, inovação, Adensamento, com- Centro de serviços Desenvolvimento rural,
de processamento tecnologia e serviços pactação, integração e urbanos do leste segurança hídrica e
industrial complexos qualificação urbana metropolitano e cadeia alimentar
Petroquímica
O novo desenho da
metrópole
Da investigação conduzida para a construção da Visão de Futuro há
que se desvelar o “desenho” dessa metrópole, a estrutura integrada de
vida, trabalho e mobilidade que irá nortear o seu desenvolvimento nas
próximas décadas. Esse exercício requer múltiplas lentes de análise,
que simultaneamente absorve uma leitura territorial, com suas
múltiplas abordagens e a pauta dos seis eixos estratégicos do trabalho
- Reconfiguração Espacial e Centralidades, Expansão Econômica,
Valorização do Patrimônio Natural e Cultural, Mobilidade, Habitação
e Equipamentos Sociais, Saneamento e Resiliência Ambiental, mais o
eixo transversal de Gestão Pública que foi agregado.
56 | Modelar a Metrópole
a metrópole que queremos O novo desenho da metrópole
³ A configuração e as tendências das centralidades urbanas da RMRJ são de extrema importância para a compreensão da evolução da Região. O referido estudo,
realizado pelo Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade, desenvolveu um Índice de Centralidade para avaliar essas relações, analisando cinco componentes:
densidade de emprego, densidade de empresas, densidade de deslocamentos, densidade de matrículas e diversidade da atividade econômica. As centralidades
são, portanto, áreas de alta concentração de atividade econômica, intensa circulação de pessoas e diversidade econômica.
58 | Modelar a Metrópole
a metrópole que queremos O novo desenho da metrópole
60 | Modelar a Metrópole
a metrópole que queremos O novo desenho da metrópole
62 | Modelar a Metrópole
a metrópole que queremos O novo desenho da metrópole
64 | Modelar a Metrópole
a metrópole que queremos A visão de futuro e a pauta dos eixos estratégicos
66 | Modelar a Metrópole
a metrópole que queremos A visão de futuro e a pauta dos eixos estratégicos
68 | Modelar a Metrópole
a metrópole que queremos A visão de futuro e a pauta dos eixos estratégicos
Em síntese, em uma itemização bastante objetiva, precária da Região Metropolitana do Rio de Janeiro,
a metrópole que queremos tem como propósitos evitando a substituição de áreas rurais da periferia por
norteadores da visão de futuro os seguintes pontos- assentamentos precários, direcionando o crescimento
chave, os quais servirão para subsidiar os Programas urbano para áreas da região metropolitana dotadas de
de Ações Prioritárias do Plano, tais como: infraestrutura e sistemas de transporte, promovendo a
ocupação de vazios urbanos e o adensamento dessas áreas;
1. Implantação de um modelo de desenvolvimento que
busque promover a distribuição espacial das atividades
produtivas e a inclusão econômica da população de 6. Implantação de infraestrutura de mobilidade capaz
baixa renda, a fim de alcançar maior coesão social e de assegurar transversalidade e conectar centralidades
equilíbrio territorial na Região Metropolitana do Rio de uma mesma região e sua vizinhança, incluindo
de Janeiro; projetos multifuncionais na Baixada Fluminense e Leste
Metropolitano, bem como, ampliar os investimentos em
2. Consolidação de uma rede de centralidades transporte coletivo e ativo em detrimento de grandes
urbanas capaz de assegurar a polinucleação da obras viárias e transporte individual motorizado;
Região Metropolitana do Rio de Janeiro, valorizando
a periferia, superando a extrema concentração de
atividades econômicas e equipamentos públicos no 7. Produção de unidades habitacionais capazes
hipercentro, reduzindo as desigualdades territoriais; de suprir o déficit habitacional quantitativo e
qualitativo existentes, a serem localizadas em áreas
que já possuam infraestrutura e equipamentos,
3. Promoção das potencialidades econômicas de e promoção da regularização urbanística e
todo território metropolitano, valorizando a cadeia fundiária de assentamentos precários (loteamentos
produtiva do óleo e gás; os ativos turísticos relativos irregulares, aglomerados subnormais, conjunto
ao patrimônio natural, cultural e histórico; a economia habitacionais degradados, entre outros);
criativa; os investimentos provenientes da saúde;
entre outros ativos, de forma a gerar desenvolvimento
em toda Região Metropolitana do Rio de Janeiro; 8. Implantação de infraestrutura e aprimoramento da
gestão do saneamento ambiental, de forma a garantir
abastecimento de água regular em toda Região
4. Distribuição mais equânime e equilibrada Metropolitana do Rio de Janeiro, coleta e tratamento
dos equipamentos de saúde, educação, cultura, de esgoto sanitário (considerando o sistema de tempo
lazer, segurança e de oportunidades de emprego seco), implementação de infraestrutura de manejo de
e renda, hoje concentrados no município águas pluviais, coleta e destinação adequada de todos os
sede da região metropolitana, evitando o resíduos sólidos, privilegiando os projetos integrados
deslocamento da população em busca de trabalho e e as medidas presididas pelo viés da sustentabilidade;
atendimento social, combatendo as deseconomias
causadas pela hipercentralidade da região;
9. Valorização do ambiente natural da Região
Metropolitana do Rio de Janeiro, alcançando a
5. Contenção da expansão urbana espraiada e despoluição dos recursos hídricos, incluindo
70 | Modelar a Metrópole
a metrópole que queremos Pontos-chave da visão de futuro
Os objetivos metropolitanos
Despontaram também, considerando-se de forma importante as contribuições do processo de construção
participativa, a síntese dos seguintes Objetivos Metropolitanos.
1.1. Adensar cadeias produtivas existentes (petróleo e gás, e pesquisa, desenvolvimento e inovação)
1.2. Diversificar a base econômica
FORTALECIMENTO E DIVERSIFICAÇÃO DA BASE 1.3. Estruturar uma política metropolitana de desenvolvimento econômico integrado
OM-1
ECONÔMICA
1.4. Alinhar a produção com os modelos de desenvolvimento sustentável
1.5. Produzir internamente novas tecnologias (em especial as ligadas ao complexo da saúde e ao desenvolvimento sustentável)
2.2. Criar uma política de qualificação da mão-de-obra (em especial de pesquisa, desenvolvimento e inovação, e produção)
GERAÇÃO DE EMPREGOS E ATIVIDADES 2.3. Reduzir a desigualdade de renda na Metrópole por meio da redução do desequilíbrio na oferta de emprego versus local
2.6. Aumentar a produção agrícola, contribuindo para a geração de renda e para a segurança alimentar da Metrópole
74 | Modelar a Metrópole
a metrópole que queremos Os objetivos metropolitanos
9.1. Consolidar a divisão modal existente, com prioridade ao transporte público e não motorizado
REORIENTAÇÃO DO USO DO TRANSPORTE 9.2. Ampliar a integração modal por meio de rotas de pedestres e ciclistas
OM-9
INDIVIDUAL MOTORIZADO 9.3. Ampliar investimentos em transporte de baixa e média capacidade
9.4. Reduzir emissões de poluentes
10.1. Melhorar a segurança dos deslocamentos
MELHORIA DA QUALIDADE DOS
OM-10 10.2. Proporcionar possibilidade de acesso por todos da sociedade
DESLOCAMENTOS
10.3. Estimular a utilização de modos de transportes ativos
11.1. Aprimorar os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, buscando a universalização
11.2. Reduzir perdas do sistema de abastecimento de água, e incentivar o uso sustentável da água com redução do consumo
11.3. Reduzir o déficit previsto para o setor de abastecimento de água, buscando novos mananciais
CRIAÇÃO DE CONDIÇÕES PARA UM
11.4. Melhorar a cobertura de distribuição da rede de esgotamento sanitário, buscando soluções para o efetivo funcionamento
SANEAMENTO AMBIENTAL AMPLO E A
de suas redes e evitando lançamentos não previstos cruzados com as redes de drenagem
OM-11 INTEGRAÇÃO DE AMBIENTE NATURAL E
11.5. Melhorar a qualidade ambiental do corpo hídrico receptor, em complementação ao controle do processo de tratamento,
CONSTRUÍDO, COM FOCO EM SUA
por meio do fomento de medidas que controlem o produto final do tratamento de esgoto
REVITALIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO 11.6. Evitar inundações, aprimorando o Sistema de Manejo de Águas Pluviais, integrando soluções de drenagem aos espaços
livres, criando oportunidades de incremento de biodiversidade e revitalização urbana
11.7. Garantir o correto funcionamento do sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, com destinação final
adequada
11.8. Integrar o ambiente natural e construído da Metrópole, priorizando soluções multisetoriais
12.1. Combater a insegurança hídrica da Metrópole
12.2. Reduzir a geração de resíduos sólidos e aumentar a quantidade de atividades de reciclagem
ALCANÇAR RESILIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE 12.3. Solucionar falhas dos sistemas de esgotamento já implantados
OM-12
AMBIENTAL 12.4. Proteger e viabilizar áreas com Potenciais Ambientais
12.5. Possuir estrutura capaz de controlar os riscos pertinentes à Resiliência Ambiental
12.6. Gerar conectividade dos fragmentos ambientais
GARANTIR A INTEGRIDADE E A COEXISTÊNCIA 13.1. Identificar e reconhecer os bens patrimoniais da Metrópole, e os gerir de maneira integrada
OM-13 DOS BENS DO PATRIMÔNIO NATURAL E 13.2. Conscientizar a população sobre a importância dos bens patrimoniais, papel de cada geração enquanto fiel depositária
CULTURAL DA RMRJ do patrimônio
CONCILIAR AS DINÂMICAS PERTINENTES AO 14.1. Tornar os elementos do Patrimônio Natural e Cultural referências para o planejamento e ordenamento territorial
PLENO DESENVOLVIMENTO METROPOLITANO E metropolitano
OM-14 AS CONDIÇÕES DE PRESERVAÇÃO E
VALORIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO NATURAL E 14.2. Atribuir valor econômico aos bens patrimoniais edificados
CULTURAL 14.3. Valorar e valorizar potencial econômico de ativos naturais e culturais metropolitanos
PROMOÇÃO DA UTILIZAÇÃO DOS BENS DO 15.1. Desenvolver socioeconomicamente comunidades tradicionais, com o uso de bens patrimoniais para este fim
OM-15 PATRIMÔNIO NATURAL E CULTURAL PELA
15.2. Tornar os bens patrimoniais parte do cotidiano das pessoas
POPULAÇÃO DA RMRJ
16.1. Instituir governança formal metropolitana
16.2. Fortalecer o órgão metropolitano
DESENVOLVIMENTO DE REDE COLABORATIVA 16.3. Gerar capacidade de planejamento integrado metropolitana
OM-16
ENTRE OS MUNICÍPIOS DA RMRJ
16.4. Alinhar o PDUI com programas de investimento municipais, estaduais e federais
16.5. Integrar as diretrizes metropolitanas e os instrumentos de planejamento urbano e de políticas setoriais das esferas
federal, estadual e municipais
17.1. Promover bases sustentáveis para alavancagem de recursos financeiros e sua utilização eficiente
MELHORIA DA AUTONOMIA (FISCAL E GESTÃO)
OM-17 17.2. Garantir equidade nas decisões que os municípios tomem em âmbito metropolitano
DE CADA MUNICÍPIO DA RMRJ
17.3. Prover capacidade de planejamento para cada município da metrópole
AMPLIAR A QUALIDADE DE VIDA PARA O 18.1. Prestar melhores serviços à população
OM-18
CIDADÃO METROPOLITANO 18.2. Ampliar a adoção de políticas públicas integradas e a eficiência do gasto público
RETROCESSO
= RETROCESSO CRESCIMENTO OU
RETROCESSO INICIAL
QUALIDADE DOS
GASTOS
ALTO
DESNECESSÁRIO
(INERCIA)
RETROCESSO
=
POSSÍVEL
RETROCESSO
MANTÉM O
CRESCIMENTO OU
BOM, MANTENDO
QUALIDADE DOS
ÓTIMO, COM CUSTO
ALTO
DESNECESSÁRIO
Há que se destacar que em um primeiro momento, as perspectivas
RETROCESSO INICIAL GASTOS
RETROCESSO
= RETROCESSO CRESCIMENTO OU
RETROCESSO INICIAL
(INERCIA)
QUALIDADE DOS
GASTOS
ALTO
DESNECESSÁRIO conhecimentos e aglutinar forças, em um ambiente efetivo de
-
RECESSÃO COM
MAIOR BRECHA DE
ALGUMAS PERDAS DE
QUALIDADE E DE
MELHORIAS, COM
DESECONOMIAS E
INEFICIÊNCIA, COM
INCHAÇOS integração e suporte mútuo. Assim, em um cenário de curto
DESIGUALDADE OPORTUNIDADES CUSTOS INDESEJÁVEIS
DESNECESSÁRIOS
prazo no qual os recursos financeiros disponíveis são limitados,
Cenário Longo Prazo o fortalecimento da governança, que requer sobretudo recursos
Fonte: Consórcio Quanta | Lerner humanos, de planejamento e de gestão, pode ser o alicerce da ação
inicial.
76 | Modelar a Metrópole
a metrópole que queremos A construção de cenários
Transporte - Macrorrede
Fonte: Consórcio Quanta | Lerner (2018)
78 | Modelar a Metrópole
a metrópole que queremos A metrópole que queremos
Ambientes naturais
Fonte: Consórcio Quanta | Lerner (2018)
Centralidades
Fonte: Consórcio Quanta | Lerner (2018)
Visão de Futuro
Fonte: Consórcio Quanta | Lerner (2018)
80 | Modelar a Metrópole
a metrópole que queremos A metrópole que queremos
Alvaro Siza
Como dito, são mais de 130 iniciativas, organizadas nos seis Programas de
Ações Prioritárias, todos atrelados ao território a partir das Macrorregiões de
Planejamento definidas. Esse conjunto de ações alimenta e é alimentado pela
estratégia de Reconfiguração Espacial Metropolitana e suas Macrozonas e Zonas
de Interesse Metropolitano, cada qual com um conteúdo específico. Há, ainda,
todo um roteiro delineado para a implantação do Plano, composto por estratégias,
instrumentos, programas complementares e próximos passos.
Assim, serão destacadas algumas das propostas mais emblemáticas, de forte apelo
simbólico, caráter multisetorial e grande abrangência territorial, recordando que
estão disponíveis para consulta no site do modelar a metrópole os documentos
completos que apontam o conjunto das ações propostas no Plano Metropolitano.
Cabe recordar que, também na priorização das ações, a participação da sociedade
civil, pode meio das Conferências, foi complementar às definições do nível técnico.
Os Programas de Ações Prioritárias estão conectados aos eixos estruturantes e
transversal do trabalho, os quais formaram o quadro analítico do Plano. Estão
organizados em seis vertentes, quais sejam: Programa Governar a Metrópole;
Programa Metrópole Inteligente’; Programa Metrópole Sustentável; Programa
Equilibrar a Metrópole; e Programa Baía Reinventada. Cada um deles destaca seu
respectivo conjunto de áreas de atuação e ações definidas.
• Logística e indústria
• Pesquisa e inovação
• Economia criativa
• Patrimônio Cultural
• Patrimônio Ambiental
• Turismo e cultura
84 | Modelar a Metrópole
a metrópole que faremos Uma Estrutura Urbana Polinucleada
municípios de Nilópolis, Mesquita, São João do Meriti atividades econômicas; revisar planos setoriais das
e Belford Roxo. Na Macrozona Leste da metrópole, áreas sociais como saúde e educação para promover
propõe-se o fortalecimento e articulação entre as a descentralização de equipamentos; disponibilizar
centralidades de Niterói e São Gonçalo/Alcântara, áreas públicas para implantação de equipamentos
num primeiro momento, mas também com Itaboraí, sociais e projetos habitacionais; promover projetos
eixo fortemente dependente da implantação da Linha habitacionais de interesse social e de mercado popular
3 do Metrô. Ainda na região Leste da metrópole, o nas centralidades urbanas; promover a utilização
apoio à centralidade de Maricá visa oferecer suporte de vazios urbanos, com apoio de instrumentos dos
ao acentuado crescimento dessa porção do território Estatutos da Cidade e das Metrópoles; apoiar a
metropolitano. As centralidades de Magé e Jardim implantação de projetos de transporte coletivo e eixos
Primavera teriam como principal função articular transversais que favoreçam a conexão das centralidades
as áreas urbanas localizadas na porção Noroeste e apoiadas pelo Plano e os bairros vizinhos; apoiar a
Norte do território metropolitano, bem como servir valorização e requalificação do sistema ferroviário,
de apoio às proposições relacionadas à valorização da das estações ferroviárias e de seu entorno urbano.
Baía de Guanabara nessa região. As centralidades de
Queimados, Seropédica e Itaguaí, por sua vez, cumprem Espera-se como resultado da polinucleação urbana da
um papel estruturador no limite da Macrozona Oeste. metrópole a redução das desigualdades territoriais na
Região Metropolitana e a redução da dependência dos
Visando o fortalecimento das centralidades municípios em relação ao Centro do Rio de Janeiro
selecionadas, o Plano propõe dotar as centralidades e da necessidade dos deslocamentos em direção ao
de melhores condições urbanas, com especial atenção Hipercentro, tanto em número de viagens como em
para: (i) geração de oportunidades de emprego e renda distância percorridas, principalmente pela população
e ampliação de negócios e distribuição de tributos; (ii) de menor renda. A oferta de equipamentos sociais, por
implantação de infraestrutura urbana e qualificação exemplo, deverá reduzir significativamente o elevado
urbanística; (iii) implantação de equipamentos sociais percentual de deslocamentos intermunicipais para
de média e alta complexidade, nas áreas de saúde, estudo e serviços de saúde que, conforme aponta
educação, cultura e lazer; (iv) ampliação da densidade o diagnóstico da RMRJ, alcançam cerca de 50% das
urbana e habitacional; (v) estímulo à diversificação de viagens realizadas diariamente pelos trens urbanos.
usos do solo (habitação, comércio, serviços e unidades Espera-se que a polinucleação promova inclusão
produtivas) e de extratos de renda da população; (vi) econômica e social de um expressivo contingente
ampliação da articulação de centralidades vizinhas populacional da Região Metropolitana, ampliando as
entre si, com seu entorno imediato e com a sua região. possibilidades de acesso a oportunidades de emprego
e renda.
A fim de viabilizar o fortalecimento das centralidades
selecionadas, o Plano inclui ações que tratam, por É importante sublinhar que, apesar de não constar no
exemplo, de promover a revisão e o alinhamento grupo de centralidades a serem fortalecidas, o PDUI
de Planos Diretores Municipais com as diretrizes reconhece a importância histórica e econômica do
metropolitanas; promover incentivos fiscais e o apoio Centro do Rio de Janeiro e suas articulações com a
ao empreendedorismo para desenvolvimento de Zona Sul (do município do Rio), Zona Leste (Niterói),
86 | Modelar a Metrópole
a metrópole que faremos Uma Estrutura Urbana Polinucleada
Mapa de centralidades
Fonte: Consórcio Quanta | Lerner (2018)
B | Os Trilhos e Trilhas da
Metrópole
O Plano Metropolitano reconhece os Trilhos e Trilhas da Região
Metropolitana, que conduziram a ocupação do território,
especialmente os eixos ferroviários nas Zonas Norte e Oeste da
metrópole, formados pelos trens suburbanos, posteriormente
complementados pelas linhas do metrô, mas também os eixos
rodoviários, destacando-se os mais importantes, a Avenida Brasil,
que se prolonga no lado Leste metropolitano pela Rodovia Mário
Covas, e as rodovias Washington Luiz e Presidente Dutra. Esses
eixos estruturantes são predominantemente radiais e se dirigem
para a região central, onde há maior concentração de emprego
e renda. Mais recentemente, foram implantados novos eixos
orientados para a região da Barra da Tijuca, também localizada na
Macrozona Hipercentro, onde há maior dinâmica imobiliária, de
comercio e de serviços, o que inclui a Linha Amarela, destinada
ao uso de automóveis, e as vias de BRT Transoeste, Transcarioca e
Transolímpica, além do Metrô Linha 4. Nos últimos anos, foi ainda
construído o Arco Metropolitano, cujo principal papel é favorecer o
transporte e a logística.
88 | Modelar a Metrópole
a metrópole que faremos Os Trilhos e Trilhas da Metrópole
90 | Modelar a Metrópole
a metrópole que faremos Os Trilhos e Trilhas da Metrópole
Trem Suburbano - Estações e Entorno Comercial Trem Suburbano - Estações e Entorno Comercial
Fonte: Consórcio Quanta | Lerner (2018) Fonte: Consórcio Quanta | Lerner (2018)
92 | Modelar a Metrópole
a metrópole que faremos Os Trilhos e Trilhas da Metrópole
Entorno da Estação Belford Roxo e D. de Caxias Trem Suburbano - Estações e Entorno Comercial
Fonte: Consórcio Quanta | Lerner (2018) Fonte: Consórcio Quanta | Lerner (2018)
94 | Modelar a Metrópole
a metrópole que faremos Os Trilhos e Trilhas da Metrópole
Adensar e diversificar.
Acessibilidade, paisagismo,
96 | Modelar a Metrópole
a metrópole que faremos Coesão Socioterritorial
de Qualificação, que aponta para uma extensa mancha está prevista a implantação de um conjunto de obras
onde os indicadores urbanísticos são mais precários e serviços que inclui: um sistema de macrodrenagem
que os do núcleo central da metrópole e sua região e recuperação de diques contínuos ao longo do
costeira, indicando a necessidade de investimentos em rio Sarapuí, para evitar enchentes na região; a
infraestrutura urbana e social. implantação de parques fluviais e áreas de lazer em
áreas inundáveis; a implantação de sistema viário e de
O favorecimento das regiões periféricas da metrópole conectividade da região, unindo a BR 040 à Via Light;
passa então pela implantação de melhorias na a implantação de um sistema de transporte coletivo
infraestrutura urbana, compreendendo serviços de de média capacidade, integrando as localidades da
saneamento, drenagem, pavimentação, áreas de lazer, região e a Baia de Guanabara, de maneira integrada
parques lineares, arborização, redes de fibra ótica, aos meios de transporte já existentes, em especial os
energia elétrica, qualificação dos meios de transporte ramais ferroviários; a urbanização de assentamentos
existentes, principalmente as ferrovias, e implantação precários e construção de moradias de interesse
de novos modais de média e alta capacidade, social para reassentamento de famílias de baixa renda
privilegiando as conexões transversais da metrópole. na própria região; projetos de cunho imobiliário e
Compreende ainda a implantação de equipamentos e comercial visando o aproveitamento da valorização da
serviços sociais, de média e alta complexidade e de alta região, baseado na metodologia de T.O.D. – Transporte
qualidade, principalmente nas áreas educação, saúde, Orientado ao Desenvolvimento; e a valorização das
cultura, esporte e lazer, favorecendo a população centralidades urbanas da região, como Gramacho
das regiões periféricas da metrópole, qualificando o (Estação Ferroviária), Vilar dos Teles, Belford Roxo,
ambiente urbano. São João de Meriti, Edson Passos, Nilópolis, Mesquita e
Jardim Primavera.
98 | Modelar a Metrópole
a metrópole que faremos Valorização da Baixada Fluminense e do Leste Metropol.
3 2
4
5 6
lazer/identidade/pertencimento/esporte/
saúde
Canal Extravasor - Perfil esquemático
Fonte: Consórcio Quanta | Lerner (2018)
E | Produção de Moradias e
Contenção do Espraiamento
Urbano
Apesar de promover investimentos na periferia metropolitana, o Plano
busca conter a expansão da mancha urbana, que tem se ampliado
de forma veloz e significativa. Reitera-se que este acréscimo se dá,
na maioria das vezes, por meio de ocupações irregulares, em áreas
sem infraestrutura urbana e social, muitas delas em terrenos com
fragilidade ou restrição ambiental, sujeitas a inundações frequentes
que expõem a população a uma série de riscos. Esse crescimento
urbano desenfreado coloca uma demanda por infraestrutura que
os municípios não conseguem atender, mas, ao mesmo tempo,
permitem que ocorra sem utilizar a sua autoridade para controlar
o uso e ocupação do solo. A ocupação informal da periferia também
avança e consome áreas que poderiam ser utilizadas para a produção
rural e a valorização ambiental da metrópole.
da taxa de crescimento demográfico a demanda por Para o PDUI, a promoção de melhorias na qualidade
novas moradias na Região, nos próximos vinte anos, da moradia da Região Metropolitana passa também
alcançara cerca de 1 milhão de unidades, sendo por investimentos na infraestrutura e nos serviços
que dessas, mais da terça parte corresponderá à urbanos, abrangendo os aspectos do saneamento
moradias com renda domiciliar de até 2 SM, para básico, garantindo o abastecimento de água e a
qual é imprescindível o apoio direto dos programas segurança hídrica da metrópole, a coleta e o tratamento
governamentais.O acelerado aumento da proporção de esgoto sanitário, a coleta e destinação adequada de
de idosos na população também requer que parte resíduos sólidos, a implantação de obras de drenagem
da oferta habitacional contemple as necessidades que evitem enchentes em áreas urbanas, a implantação
especiais dessa faixa. de praças, parques e áreas de lazer, a arborização de
vias e espaços públicos, a valorização do transporte
Assim, o Plano estimula várias formas de produção ativo (bicicletas e caminhadas), enfim, as condições do
habitacional abrangendo a moradia de mercado para entorno habitacional que garantam maior qualidade
baixa renda, para reassentamento de famílias de de vida para os cidadãos. Inclui-se aqui a ampliação
áreas de risco, moradias para aluguel social, moradias da resiliência da população, particularmente nas áreas
adaptadas para idosos, projetos de autogestão com de baixada, cada vez mais sujeitas aos rigores das
assistência técnica, projetos em imóveis históricos, intempéries, impostos pelas mudanças climáticas. As
na região do centro da metrópole, projeto no entorno propostas de produção de moradias e de regularização
de estações ferroviárias e centralidades da periferia de assentamentos precários são apresentadas no
metropolitana, entre outras iniciativas. Programa Habitar a Metrópole.
Os territórios que circundam os fundos da Baía infraestrutura a ser implantada na baía de Guanabara
de Guanabara deverão ser beneficiados com a também estimulará a utilização das águas para
valorização das Unidades de Conservação Ambiental marinas e a prática de esportes náuticos, lembrando
ali localizadas, especialmente a Estação Ecológica da que esse esplendoroso espelho dágua tem sido cenário
Guanabara (ESEC), as Áreas de Proteção Ambiental de regatas internacionais de iatismo.e que,.em clubes
(APAs) de Guapimirim e Suruí, entre outras unidades instalados em sua orla surgiram campeões mundiais
de conservação municipais, considerando ainda a dessa modalidade esportiva.
ampliação da área preservada ambientalmente, ao
incluir a criação do Parque Ambiental de Guapimirim. A Baía de Sepetiba também participa desse contexto,
A valorização ambiental também se dará por meio da buscando uma estratégia que conjugue de forma
implantação de corredores e mosaicos ambientais que equilibrada seu potencial ambiental e cênico com
deverão promover a conexão das baías com outros a ampliação das atividades econômicas e as demais
ecossistemas, se estendendo até a Serra do Mar. possibilidades de ocupação do território no seu
entorno. A proposta aqui se alicerça, portanto, no
As ações de cunho ambiental valorizam a paisagem equacionamento do resguardo das áreas de fragilidade
do entorno da baia de Guanabara e Sepetiba e se ambiental - manguezais e restinga de Marambaia,
complementam com a recuperação do patrimônio na permanência da escala urbana e social das ilhas
histórico existente nessa região, principalmente nos da Madeira e de Itacuruçá, na requalificação das
municípios de Magé e São Gonçalo. O Plano prevê praias de Sepetiba e Guaratiba, e no desenvolvimento
investimentos para a valorização das Paisagens disciplinado das atividades portuárias e dinâmicas
Culturais de Guia de Pacobaíba, Piedade, Suruí, Estrela afetas.
e Vila de Inhomirim, que contam com um expressivo
acervo e deverão potencializar atividades turísticas A valorização – ou reinvenção – da Baía de Guanabara
e econômicas, beneficiando a população local. Prevê tem ainda como objetivo a “construção de frentes
também ações para valorizar todo sistema insular, urbanas voltadas para as linhas d’água, com a criação
especialmente as ilhas de Paquetá e Brocoió. de cenários e ocupações urbanas que fomentem
um sentimento de pertencimento por parte da
A recuperação do patrimônio inclui os piers e população e contribuam para a criação de roteiros
atracadouros históricos de Pacobaíba e Piedade, e se turísticos e de transporte; para a permanência de
soma à valorização de outros patrimônios existentes, comunidades e atividades econômicas tradicionais;
incluindo aqueles utilizados por comunidades para a requalificação de antigas áreas e bairros; e
tradicionais de pescadores, que também deverão para a implantação de “acupunturas” – recuperação
receber atenção e prioridade. Consta no Plano a de praias, criação de waterfronts e parques, entre
implantação de novas infraestruturas que ofereçam outras iniciativas.Duas regiões do entorno da Baía
suporte à criação de linhas de transporte aquaviário, a de Guanabara são especialmente tratadas para se
serem definidas em consonância com o setor privado. tornarem waterfronts, as orlas de Duque de Caxias,
Essa é uma das formas de valorizar a Baía de Guanabara, junto a Gramacho, e a de São Gonçalo, em Itaoca,
possibilitar a integração entre municípios da Região frentes associadas aos Eixos Transversais do Rio
Metropolitana e promover turismo intrametropolitano, Sarapuí (Baixada Fluminense) e do Rio Alcântara
nacional e internacional, incluindo rotas turísticas (Leste Metropolitano). E ainda, dentro da leitura das
associadas ao patrimônio histórico e cultural. A Paisagens Culturais, conceito chave para a valorização
Baía da Guanabara
Fotografia: Érika Poleto
Baía de Sepetiba
02
01
03
04
05
01 Ilha de Itacuruçá
02 Ilha da Madeira
03 Praia de Sepetiba
04 Pedra de Guaratiba
05 Restinga
Porto
14
15
16
17
Estação Guia de Pacobaiba, Pacobaíba, Magé
Fotografia : Isabel Sanchez
Grabén da Guanabara
Fotografia: Felipe Guerra
Macrodrenagem e Resiliência:
Trilha Transcarioca
Fonte: Trilha Transcarioca (2018)
Cavas de Seropédica:
Cavas De Seropédica
Fonte: Consórcio Quanta | Lerner (2018)
1
01 Estrada Rio-São Paulo 09 Fundos de Vale
2
02 UFRJ-Campus Rural 10 Captação de água p/ 4
3
Indústria
03 Captação Rio Guandu
05 Parque Urbano 9
06 Conexão Cavas
07 Bairro Jardins
10
08 Parque Rio Guandu 8
Cavas De Seropédica
Fonte: Consórcio Quanta | Lerner (2018)
J | Governar a Metrópole
A preocupação com a gestão pública levou o Plano a incluir um
conjunto de propostas e ações visando viabilizar uma Governança
Metropolitana formalmente instituída em Lei Complementar estadual,
cabendo promover o fortalecimento do órgão metropolitano que vier
a ser criado e construir uma capacidade de planejamento integrado.
Aperfeiçoar continuamente essa Governança Metropolitana
necessitará do comprometimento de todos os agentes políticos com
esquemas eficientes de compartilhamento de decisões e iniciativas.
A reconfiguração espacial
metropolitana
O Plano Metropolitano foi pensado em uma perspectiva que prevê
a reconfiguração espacial de todo o território, considerando todo
o cabedal de conhecimento acumulado nos passos anteriores da
elaboração do Plano. Tal reconfiguração é a síntese das aspirações
e desafios identificados materializada no território, considerando a
leitura realizada para as Macrorregiões de Planejamento (MDP Oeste,
Hipercentro, Norte, Nordeste e Leste). Além das MDPs, compõem
essa estratégia a Proposta de Reconfiguração Espacial, o Programa
de Ações Prioritárias, o Macrozoneamento Metropolitano, e as Zonas
de Interesse Metropolitano, que são apresentadas resumidamente a
seguir.
O macrozoneamento metropolitano
As Zonas de Interesse
Metropolitano
Visando a implementação das suas iniciativas, programas e ações, o
Plano Metropolitano estabeleceu Zonas de Interesse Metropolitano
- ZIMs que visam sinalizar, para todos os agentes e instituições, a
importância dessas áreas para o exercício das funções públicas de
interesse comum da metrópole, que devem superar os interesses
locais. Avalia-se que para alcançar os resultados pretendidos no
Plano, é imprescindível o apoio de todos os atores metropolitanos,
em especial os representantes dos municípios. A criação das ZIMs
abre uma oportunidade para a atuação conjunta dos agentes públicos
e privados para o alcance de uma real cidadania metropolitana.
Tabela Geral das ZIM's mais relevantes, e estão vinculadas a uma ou mais ações que tratam
ZIM A1 - Cavas de Seropédica da implementação de propostas integradas, pretendidas para
ZIM A2 - Manancial Guapiaçú aquele território. Seguem suas vocações respectivas e abrangem
ZIM A3 - Sistema Insular da Baía de importantes estruturas ferroviárias, rodoviárias, e portuárias,
Guanabara âncoras econômicas, áreas de grande relevância ambiental, vazios
ZIM A4 - Orla da Baia de Guanabara urbanos expressivos e áreas vocacionadas à recuperação ambiental.
ZIM A5 - Margem dos Rios para
implantação de Cinturão Sanitário As Zonas de Interesse Metropolitano servem para sublinhar
ZIM A6 - Lagoas e suas margens para o interesse metropolitano no desenvolvimento de ações em
implantação de Cinturão Sanitário determinadas porções territoriais. Podem envolver um ou mais
municípios, mas, ressalta-se que, nos territórios delimitados como
ZIM E1 - Arco Metropolitano
ZIMs, pretende-se que o interesse metropolitano prevaleça sobre as
ZIM E2 - Avenida Brasil / Rodovia Mário
proposições locais e se sobreponha às demais zonas urbanísticas,
Covas
ZIM E3 - Zona de Interesse Econômico quer sejam municipais ou mesmo de caráter metropolitano.
Elas também pressupõem a possibilidade de aplicação compartilhada
Itaguaí/Santa Cruz
ZIM E4 - Zona de Interesse Econômico dos instrumentos urbanísticos previstos no Estatuto das Cidades (Lei
Seropédica Federal 10.257/2001), de forma articulada com os municípios, ou no
ZIM E5 - Zona de Interesse Econômico formato interfederativo, conforme preconiza o Estatuto da Metrópole
Queimados (Lei Federal 13.089/2015), como um dos instrumentos a ser utilizado
ZIM E6 - Zona de Interesse Econômico no seu desenvolvimento integrado de determinados territórios.
Duque de Caxias
ZIM E7 - Zona de Interesse Econômico
Itaboraí Nas ZIMs delineadas prevê-se, de maneira articulada com os
ZIM E8 - Zona de Interesse Econômico
municípios, que poderá ser adotado um zoneamento urbanístico
Polo Intermodal de Queimados
específico, com objetivo de apoiar projetos de desenvolvimento
ZIM U1 - Eixo Transversal Sarapuí
ZIM U2 - Orla de Caxias territorial, de maneira a viabilizar ações contempladas no Plano, a
ZIM U3 - Eixo Transversal Alcântara exemplo dos projetos integrados, onde se prevê a captura de mais
ZIM U4 - Orla de Itaoca valia por meio de operações urbanas consorciadas.
ZIM U5 - Eixos de Adensamento Urbano
e Habitacional As ZIMs são áreas onde é estratégico que a decisão sobre o território
ZIM U6 - Eixo Santa Cruz - Itaguaí sempre seja tomada por mais de um ente federativo, em especial
ZIM U7 - Gericinó
por mais de um município. Por isso, elementos como áreas e
ZIM U8 - Cidade dos Meninos
ZIM U9 - Área da Pavuna eixos de conexão metropolitana são importantes, pois dar a eles o
ZIM U10 - Pontos Nodais mesmo “tratamento urbanístico” de recuperação contribui para a
ZIM U11- Central do Brasil harmonização do território ao evitar a competição ou a ampliação
das desigualdades.
Zonas de Interesse Metropolitano (ZIM)
Fonte: Consórcio Quanta | Lerner (2018)
A implementação do plano
O desenvolvimento não é uma simples questão de aumento de oferta de bens ou de acumulação de capital, possui ele
um sentido, é um conjunto de respostas a um projeto de autotransformação de uma coletividade humana; quando o
projeto social prioriza a efetiva melhoria das condições de vida dessa população, o crescimento se metamorfoseia em
desenvolvimento.
Celso Furtado
ainda um conjunto de Programas Complementares nos vir a ser paulatinamente capacitados, de tal forma
campos da comunicação, capacitação e monitoramento que todos os municípios venham a dispor de equipes
e avaliação. técnicas treinadas para a boa resolução dos desafios
na direção da implementação do Plano Metropolitano.
Na frente da Comunicação, que tem por objetivos de
curto prazo fomentar a conscientização dos atores Por fim, na frente de Monitoramento e Avaliação
sociais de que metrópole é essa em que vivem; (M&A), destacamos três objetivos: criar o Sistema de
despertar o sentimento de pertencimento a essa Informações Metropolitanas, que terá a atribuição da
região para que o planejamento urbano se dê, de coleta, tratamento e armazenamento de informações
fato, com a participação e o engajamento dos atores físico-territoriais, demográficas, econômico-
sociais; e proporcionar transparência e visibilidade ao financeiras, urbanísticas, sociais, culturais e
processo de implementação do Plano Metropolitano. ambientais, para subsidiar o planejamento e a
Assim, o Programa de Comunicação Social do Plano execução dos interesses metropolitanos; e constituir
Metropolitano abraça as premissas da defesa da um núcleo/equipe permanente de M&A na Agência
metrópole, do diálogo permanente, do engajamento dos Metropolitana e três, possibilitar e promover o
atores, da transparência do processo, da informação controle social, com participação de representantes
aberta e da equalização da mensagem. da sociedade. Deverá ser desenvolvido o Plano de
Monitoramento e Avaliação, Modelo de M&A de
A Capacitação é estratégia fundamental no processo de Implementação de Processos, Resultados e Impactos,
implementação do Plano Metropolitano, a qual reunirá tal como regulamentado pela American Evaluation
atores e contextos diversos, devendo ocorrer de modo Association (AEA), que visa monitorar e avaliar o que
contínuo. Seu público alvo prioritário são servidores foi diagnosticado e planejado. Tal monitoramento será
públicos municipais e estaduais que atuam em gestão implementado e acompanhado na linha do tempo, por
institucional, e os representantes dos diversos setores meio de indicadores e suas respectivas metas de curto,
que integrarão o Conselho Consultivo da Governança médio e longo prazo, com foco no alcance de resultados
Metropolitana. No curto prazo, seus principais objetivos e de impactos.
são identificar os recursos humanos disponíveis e
encaminhá-los para cursos alinhados com os Programas Configura-se assim, no somatório de todas essas
de Ações Prioritária; e identificar os contingentes importantes frentes de trabalho, um arcabouço
que vão precisar de apoio adicional para completar robusto para garantir a implementação de forma
pelo menos o ensino formal de 1º grau e, em seguida, sustentada e sustentável, consistente, transparente e
serem direcionados a cursos complementares, de tipo participativa, fazendo do PDUI um instrumento efetivo
profissionalizante ou não. Já no médio e longo prazos, o para a transformação da realidade metropolitana: mais
foco estará no compartilhamento de servidores de alto do que um plano estratégico, um processo sólido e
nível de capacitação, para a constituição de consórcios responsável de planejamento e gestão da metrópole
públicos, segundo temas que demandem esse tipo de fluminense.
capacitação especializada. Outros servidores poderão
foi crucial durante o processo de elaboração do Plano, Vindo ao encontro do que prevaleceu ao longo de
se aproprie amplamente do seu conteúdo e internalize todo o processo, assim se expressa Ítalo Calvino, em
seu papel como cidadão metropolitano no apoio e Cidades Invisíveis:
no monitoramento das ações do plano, entendendo
que por vezes, no processo de priorização, ações Marco Polo descreve uma ponte, pedra por pedra.
que não necessariamente beneficiem diretamente - Mas qual é a pedra que sustenta a ponte? -
seu município ou mesmo o seu cotidiano, são mais pergunta Kublai Khan.
importantes e necessárias para a melhoria da qualidade - A ponte não é sustentada por esta ou aquela pedra,
de vida da metrópole como um todo. responde Marco – mas pela curva do arco que elas
formam.
Pensar que todos os desafios aqui expostos serão Kublai Khan permanece em silêncio refletindo,
solucionados e todas as oportunidades desenvolvidas depois acrescenta:
até 2040 pode parecer inexequível, dada a situação - Por que falar das pedras? Só o arco interessa.
financeira e institucional, não somente do Governo - Sem as pedras o arco não existe.
do Estado, mas de muitos dos municípios da Região
Metropolitana do Rio de Janeiro. Entretanto, isso não A articulação das pedras, lado a lado, configurando
impede que todos os responsáveis pela gestão desse uma curva que desenha um arco, composto em
território comecem a realizar sua parte, revendo seus seu berço pelos objetivos do Plano Estratégico de
instrumentos de arrecadação e reestruturando as Desenvolvimento Urbano da Região Metropolitana
contas públicas, a partir do compromisso da boa gestão do Rio de Janeiro, que ora compartilhamos com a
vinculada ao uso adequado do recursos coletivos com sociedade fluminense, estimulou a criatividade e
foco no planejamento, monitoramento e avaliação das inovação, construindo uma ponte solidária entre
políticas a serem implementadas, em um trabalho de cidadãos e cidadãs e a sua metrópole. Estamos certos
parceria intra e intergovernamental, bem como com o que o longo caminho até agora trilhado, ao gerar um
setor produtivo e a sociedade civil. sentimento de mútua responsabilidade, permitiu, e
permitirá, percorrer as etapas que ainda restam por
O sonho aqui delineado é grandioso, mas certamente não vencer.
é uma quimera. Efetivar a governança metropolitana,
ampliar o diálogo e garantir a participação dos gestores Já dizia Winston Churchill que o pessimista vê
públicos locais permitirá que o que sempre pareceu dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê
impossível seja colocado ao alcance da sociedade oportunidade em cada dificuldade. A história, de tempos
metropolitana. Os primeiros passos para 2040 já foram em tempos, nos coloca pontos onde há possibilidades
dados. O Plano está pronto para ser debatido na futura de inflexão. A Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Governança Metropolitana na Assembleia Legislativa talvez esteja em um desses momentos, momento
do Estado, transformando-se em instrumento legal esse que não lhe é inédito, posto que circunstâncias
para guiar as iniciativas no território da RMRJ; para históricas já obrigaram sua reinvenção. Já se tem uma
ser abraçado não somente pelos governantes, mas por trajetória a seguir.
toda a sociedade, cuja melhoria da qualidade de vida é
a principal razão de ser deste trabalho.
BRASIL. Agenda 21. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 1997.
1998.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil 1988. Brasília: Senado Federal,
BRASIL. Estatuto da cidade: Lei n. 10.257 de 2001. Brasília: Câmara dos Deputados,
BRASIL. Estatuto das Metrópoles: Lei n. 13.089 de 2015. Brasília: Câmara dos Deputados,
BRASIL – STF – Acórdão ADI 1842 – Brasília: Supremo Tribunal Federal, 2014
Municipais – 2002/2012
Affonso Henriques Monnerat Alves da Cruz Leonardo da Cunha e Silva Espíndola Dias
Comitê Estadual
Alberto Fabrício Caruso Leonardo Daemon
Alberto Junqueira Letícia Borges Amado
Aline Freitas Silva Lúcia Léa Guimarães Tavares
André Aguiar Madlene Maria Provençano do Outeiro
André Corrêa Manoel Vieira
André Luiz Felisberto França Marcelo Hess
Angela Nobrega Fonti Márcio Muniz
Ângelo Monteiro Pinto Marcio Vieira Muniz
Antônio Gusmão Marco Antônio Vaz Capute
Arthur Vieira Bastos Marcos Antonio Santos
Áttila de Q França Marcos Thimoteo Dominguez
Augusto da Cunha Raupp Marcus de Almeida Lima
Bruno Costa Maria Angélica de Albuquerque Pinheiro
Castello Branco Maria da Conceição Gomes Lopes Ribeiro
Cesar J Campos Maria Georgina Muniz Washington
César Mastrangelo Maria Paula Martins
Cinthia Avellar Martins Maria Silvia Muylaert
Cláudia Uchôa Marlus Newton Oliveira
Delmo Ernesto Morani Mauricio Quintal
Delmo Pinho Mônica de Souza Araújo
Denise Rambaldi Nea Cristina Mariozz
Dina Lerner Nelson Teixeira
Edson Falcão Newton Leão Duarte
Elisabeth Mayumi Sone de Ribeiro Nílton Costa
Elizabeth Paiva Olga Campista
Eloísa Elena Torres Patricia Figueiredo de Castro
Eva Doris Rosental Paulo César Melo de Sá
Fabiana R. Gomes Paulo Henrique de Barros Maçulo
Fabio Odilon Alves Gomes Paulo Henrique Maçulo
Fernando Antônio Vecchi Alzuguir Paulo Vicente Guimarães
Flávia Teixeira Pedro Paulo Novellino do Rosário
Flávio de Carvalho Filho Pedro Spadale
Flavio Silveira Priscilla Formoso da Cunha
Francisco Dornelles Raul de Oliveira Teixeira
Guido Gelli Renato Bravo
Gustavo de Oliveira Barbosa Rodrigo Goulart de Oliveira Vieira
Haidine da Silva Barros Duarte Rodrigo Mascarenhas
Henrique Futuro Rodrigo Werner
Heraldo Magioli Mendes Rogério de Gama Azambuja
Ivoneide da Silva Verissimo Ronaldo Certan
Izabel C. Gonçalves Souza Amaral Ruy Garcia Marques
João Alberto Thadeu Cruz Galvani Sérgio Figueiró
João Batista Dias (i.m.) Sergio Marcolini
Jorge Cunha Sergio Muros
Jorge Gama de Barros Sidney Suzano de França Miranda Filho
Jorge Luiz Ferreira Briard Sílvia S do Amaral
José Beraldo Soares Stella Procópio da Rocha
José Fernando Moraes Alves Tatiana Vaz Carius
José Iran Peixoto Junior Thadeu Galvani
José Luis David Victor Zveibil
José Maria de Mesquita Jr. Wilson Duarte
Julio Mirilli Wilson F. Giozza
Larissa Ferreira da Costa
Entidades de Classe
Fórum de Acompanhamento
Universidades
Universidade Federal do Rio de Janeiro - Programa de Pós-Graduação em Urbanismo | Maria Helena Costa
Universidade Federal Fluminense - Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito (UFF-PPGSD) |
Priscila Grimberg
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro/GPNC | Rosangela Pereira de Sant´Anna
Movimentos Sociais
Especialistas Reponsáveis pelos Eixos Alberto Maia da Rocha Paranhos | Administração Pública
Estruturantes Paulo Canedo de Magalhães |Saneamento Básico
Ricardo Duarte Pontual | Habitação
Riley Rodrigues de Oliveira | Economia
Rômulo Dante Orrico Filho | Transportes
Taco Roorda | Planejamento do Território
Valéria Figueiredo Bechara Elias | Patrimônio Histórico e Cultural
Equipe Técnica Érika Poleto | Apoio em Valorização do Patrimônio Natural e Cultural e Fotografia
Fabiana Moro Martins | Apoio em Pesquisas
Felipe Guerra | Apoio em Arquitetura e Urbanismo
Fernando Antonio Canalli | Apoio em Arquitetura e Urbanismo
Francis Martins Miranda | Apoio Técnico em Saneamento
Gianna de Rossi | Apoio em Pesquisas
Guilherme Leiva | Apoio Técnico em Mobilidade
Guilherme Szczerbacki Besserman Vianna | Apoio Técnico em Economia
Helena Mendonça | Apoio Técnico em Participação e Mobilização
Ianic Bigate Lourenço | Apoio Técnico em Saneamento
Ígor Godeiro de Oliveira Maranhão | Apoio Técnico em Mobilidade
Ígor Pantoja | Apoio Técnico em Participação e Mobilização
Isabel Sanchez | Apoio em Valorização do Patrimônio Natural e Cultural
Jeniffer Cristina da Costa | Apoio em Desenho Técnico
João Antônio de S. e Silva | Apoio Técnico em Participação e Mobilização
José Brandão de Paiva Neto | Apoio Técnico em Mobilidade
Lucas Roni de Lacerda | Apoio em Desenvolvimento de Projetos
Maíra Sales Sousa | Assessoria Jurídica
Marcelo Gomes Miguez | Apoio Técnico em Saneamento
Marina Benício Baptistão Suhett |Apoio Técnico em Habitação
Marina Schulman | Apoio em Arquitetura e Urbanismo
Matheus Martins de Sousa | Apoio Técnico em Saneamento
Mila Lo Bianco | Apoio Técnico em Participação e Mobilização
Nicolau Costta | Apoio Técnico em Produção de Eventos
Osvaldo Moura Rezende | Apoio Técnico em Saneamento
Paulo Kawahara | Apoio em Desenvolvimento, Reconfiguração Espacial e Centralidades
Pedro Geaquinto | Apoio Técnico em Geo processamento
Renata Alves Moreira | Apoio Administrativo
Rodrigo Walker | Apoio Técnico em Produção de Eventos
METRÓPOLE INTELIGENTE
MI01 Incentivar ações para consolidar o Corredor Tecnológico da RMRJ, que concentra instalações de ensino, pesquisa, desenvolvimento e inovação
Adoção de legislação específica e desenvolvimento de Plano de Desenvolvimento Econômico e Social - PDES voltados a incentivar a instalação de
MI02
indústrias de cadeias produtivas de interesse da RMRJ
MI05 Criação de selo de procedência, a fim de incentivar o desenvolvimento sustentável, a agricultura urbana e a preservação do meio ambiente
MI07 Programas de bolsas de estudo relacionados a setores econômicos de maior valor agregado, através de parcerias com o setor produtivo
MI09 Gestão integrada do patrimônio cultural por meio da criação de um cadastro único para bens culturais
Criação de programas e a utilização de instrumentos urbanísticos com o objetivo de restaurar e preservar o patrimônio cultural, material e imaterial da
MI11
RMRJ
Ações institucionais visando a valorização e preservação do patrimônio natural, cultural e histórico da RMRJ a partir da criação de novas delimitações de
MI15
Paisagens Culturais e da definição de parâmetros para sua valorização
MI16 Criação a chancela da paisagem cultural brasileira para conjuntos relevantes da RMRJ
Qualificação de infraestruturas críticas (rodovia, ferrovia, portos, aeroportos e dutovias), ampliando as conexões por terra, elevando a capacidade de
MI18
circulação de mercadorias
Aumentar a oferta de áreas de apoio logístico, com a criação de retroáreas e outras melhorias para qualificação dessas estruturas logísticas, para reduzir
MI19
custos de armazenagem de cargas dentro do território metropolitano e aumentar a competitividade do setor
Ampliação da oferta de linhas de conexões internacionais marítimas e, especialmente, aéreas, para ganhar mercado como “portão” internacional de
MI20
negócios do Brasil
MI22 Incentivar a preservação dos atributos naturais, culturais, paisagísticos e biológicos da área Itaoca em São Gonçalo
Requalificação das estações do sistema ferroviário suburbano e a requalificação urbanística do seu entorno, valorizando a paisagem cultural e
MI24
paisagística
METRÓPOLE SUSTENTÁVEL
Uso dos mananciais das sub-bacias Guapi-Macacu e Guapiaçu, visando a produção agrícola, o desenvolvimento econômico e o abastecimento de água
MS02
potável para os habitantes do Leste Metropolitano no âmbito de um Plano de Desenvolvimento Regional
Implantação de cinturão sanitário (e rede de drenagem quando necessário) em locais sem rede de esgotamento sanitário como solução de transição para
MS03
um sistema separador absoluto, adotando uma estratégia de gradualismo
Implantação de cinturão sanitário em locais com sistema de separador absoluto atualmente descaracterizado, com interconexão entre esgoto e
MS04
drenagem, a fim de interceptar as redes de drenagem e encaminhar efluentes para tratamento antes da descarga no corpo receptor
MS05 Utilizar as Estações de Tratamento de Esgoto – ETEs existentes e avaliar a necessidade de implantação de novas ETEs
Criação e qualificação das Unidades de Conservação e elaboração dos planos de manejo das unidades de conservação, assim como a implantação dos
MS06
planos de manejo vigentes
MS07 Proteger áreas com fragilidade ambiental localizadas no entorno da mancha urbana da RMRJ
Elaboração e implementação de plano de gerenciamento costeiro e de zoneamento ecológico econômico para as baías da metrópole visando a
MS08
preservação ambiental
MS09 Implantação de uma rede de conectividade ambiental a partir da conexão dos fragmentos de vegetação existentes e da recomposição vegetal
MS10 Criação de novo mosaico de unidade de conservação na região de Niterói, Maricá e São Gonçalo
Incentivar a conexão de fragmentos de floresta por meio do apoio à criação de Reservas Particulares de Patrimônio Natural e outros meios de
MS11
preservação ambiental em propriedades rurais
MS14 Recuperação ambiental e utilização dos recursos hídricos das Cavas de Seropédica
Realização de estudo de locais com potencial para implantação de futuras Centrais de Tratamento de Resíduos Sólidos - CTR's e para a eliminação de
MS15
lixões
MS17 Reciclagem de resíduos da construção civil - RCC e a gestão articulada de municípios para RCCs
Atividades de conservação, reflorestamento, controle da poluição agrícola e industrial e saneamento básico para as bacias dos mananciais de recursos
MS18
hídricos da RMRJ
Promover monitoramento e avaliação e incentivar ações resilientes para os setores de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de manejo de
MS19
resíduos sólidos e de manejo de águas pluviais
MS21 Elaboração e implantação de plano específico de preservação e recuperação ambiental do sistema lagunar da RMRJ
MS23 Buscar iniciativas alternativas para aumentar disponibilidade hídrica para o abastecimento de água da RMRJ
MS24 Utilização de parte adicional do volume do Reservatório de Lajes como reserva estratégica
EQUILIBRAR A METRÓPOLE
EM01 Fortalecer centralidades urbanas propostas por meio da integração dos planos diretores e planos setoriais municipais com o PDUI
EM02 Investimentos em infraestrutura, qualificação urbanística e mobilidade nas centralidades a serem fortalecidas
EM04 Disponibilização de áreas para implantação de equipamentos públicos regionais em áreas de adensamento habitacional e áreas precárias
EM07 Eixo Transversal Alcântara - implantação de projeto multifuncional na bacia do Rio Alcântara e a mitigação das enchentes na região
EM08 Eixo Transversal Sarapuí - implantação de projeto multifuncional e a mitigação de inundações na Bacia dos Rios Iguaçu e Sarapuí
EM09 Utilizar a via Interbaixada, eixo transversal projetado junto ao rio Sarapuí, na Baixada Fluminense, para o transporte coletivo
Criação e/ou adequação de eixos transversais de articulação para o transporte coletivo junto as obras de qualificação urbana do Rio Alcântara, em São
EM10
Gonçalo
Incentivar a criação e/ou adequação de eixos transversais de articulação para o transporte coletivo e o transporte ativo - estabelecer a conexão de
EM11
centralidades a reforçar e seu entorno
EM12 Apoiar a implantação da Linha 3 do Metrô, Trecho 1, entre São Gonçalo e Niterói e, em uma segunda fase, o Trecho 2, entre São Gonçalo e Itaboraí
Incentivar a criação e/ou extensão de eixos de mobilidade, mesmo que radiais, com prioridade para implantação de transporte público e conectividade
EM13 de centralidades de uma mesma macrorregião de planejamento, expandindo linhas de metrô e implantando linhas de BRT, para otimizar a rede
existente, salvaguardando em projeto premissas de desestimulo ao transporte individual
Incentivar a adequação e a utilização do eixo ferroviário existente ao redor da Baía de Guanabara, bem como planejar a utilização do futuro Arco
EM14
Ferroviário para fins de passageiros, fortalecendo o transporte coletivo para locais beneficiados daquela região
EM15 Criar linhas de transporte público coletivo para ligação entre as centralidades urbanas a reforçar previstas no PDUI
EM16 Reorganização geral da rede transporte público de forma a aumentar sua eficiência
EM17 Linhas de transporte aquaviário na Baía de Guanabara para atender demandas locais e regionais
EM18 Criação de um órgão responsável pelo transporte público na RMRJ, como parte essencial da institucionalidade da governança metropolitana
EM20 Ocupação dos vazios urbanos, principalmente ao longo dos principais eixos de mobilidade
EM21 Criação de programas integrados de regularização urbanística e fundiária, associados a projetos sociais
EM22 Programas com foco em políticas públicas para o ensino fundamental em territórios com indicadores abaixo da média da RMRJ
EM23 Realização de programas educacionais e culturais que tenham como público alvo os jovens residentes dos territórios socialmente vulneráveis
Incentivar a criação de parques lineares fluviais nas áreas urbanas ao longo de áreas de preservação permanente, corpos hídricos e corredores de
EM24
mobilidade
EM26 Programas utilizando a estratégia de saúde da família, com o objetivo de promover a saúde através de atenção aos indivíduos como forma de prevenção
HABITAR A METRÓPOLE
HM01 Melhoria do abastecimento de água do sistema Imunana Laranjal e demais sistemas isolados de abastecimento de água da sua região de abrangência
HM02 Melhoria do abastecimento de água do Sistema Guandu e demais sistemas isolados de abastecimento da sua região de abrangência
HM03 Racionalização do uso da água potável por meio de amplo programa de conscientização e participação da população
HM04 Implantação de sistemas de coleta seletiva, bem como a destinação de resíduos sólidos para usinas e cooperativas de reciclagem
Adensamento urbano ao longo de eixos de mobilidade, das centralidades a serem reforçadas e dos pontos nodais, privilegiando áreas com infraestrutura
HM08
urbana
HM09 Mitigação de inundações em áreas urbanizadas por meio de implantação de infraestrutura de macrodrenagem
Mitigação de inundações em áreas urbanizadas por meio de implantação de infraestrutura de macrodrenagem e projetos multifuncionais associados a
HM10
estas intervenções
HM11 Estudos para mitigação de inundações em áreas urbanizadas nas Bacias dos Rios Macacu e Caceribu
HM15 Produção de habitação de interesse social por meio de programas de autogestão e de assistência técnica
HM16 Simplificação e compatibilização da legislação e das normas urbanísticas e edilícias municipais referentes ao uso e ocupação do solo
Produção de unidades HIS - habitação de interesse social (de 0 a 3 SM) e HMP - habitação de mercado popular (de 3 a 5 SM) em áreas prioritárias com
HM17
infraestrutura e diversificação de usos, seja em vazios urbanos ou localidades adensáveis
HM18 Produção de unidades HIS - habitação de interesse social - visando o reassentamento de famílias para mitigação de riscos
Produção de unidades de habitação de interesse social - HIS para atender demandas específicas identificadas como: HIS para locação social; HIS para
HM19
idosos, e HIS em imóveis históricos e/ou antigos sem uso ou conservação adequada
HM20 Criação de um cadastro de terras públicas e privadas vocacionadas para habitação de interesse social e implantação de equipamentos sociais
HM21 Criação de um sistema de informações habitacionais e de serviços sociais, articulado ao sistema de informações metropolitanas
Criação de políticas metropolitanas nos órgãos estaduais e municipais de habitação visando a atuação na produção de habitação e na urbanização de
HM22
áreas de especial interesse social
Requalificação dos trilhos de trem existentes e a implantação de estações de integração que sejam estratégicas para otimização do sistema de transporte
HM23
coletivo, promovendo o desenvolvimento local
HM24 Implantação de transportes ativos e de práticas relacionadas ao Desenvolvimento Orientado ao Transporte - TODs
Implantação e revitalização de espaços arborizados em vias urbanas e espaços públicos e privados, especialmente em áreas com grande densidade
HM26
habitacional e urbana
BAÍA REINVENTADA
Elaboração e implementação de plano de gerenciamento costeiro e de zoneamento ecológico econômico para a Baia de Guanabara visando a sua
BR01
preservação ambiental
Implantação de cinturão sanitário (e rede de drenagem quando necessário) em locais sem rede de esgotamento sanitário como solução de transição para
BR02
um sistema separador absoluto, adotando uma estratégia de gradualismo
Implantação de cinturão sanitário em locais com sistema de separador absoluto atualmente descaracterizado, com interconexão entre esgoto e
BR03
drenagem, a fim de interceptar as redes de drenagem e encaminhar efluentes para tratamento antes da descarga no corpo receptor
Implantação de cinturão interceptor na orla da Baía de Guanabara a fim de interceptar as linhas de drenagem da sua bacia hidrográfica, encaminhando
BR04
efluentes para tratamento
BR06 Articular a valorização e a revitalização da orla da Baía de Guanabara por meio de apoio aos municípios
BR07 Valorização das ocupações urbanas e comunidades tradicionais na orla da Baía de Guanabara, apoiando seu desenvolvimento econômico e social
BR08 Elaboração e implantação de projeto de valorização da Orla de Duque de Caxias e do Parque do Aterro de Gramacho
BR10 Criação de novos terminais pesqueiros públicos na Baía de Guanabara para pesca artesanal
BR11 Revisão do Projeto da Cidade da Pesca, visando sua atualização e compatibilização com o Projeto de Preservação de Itaoca
BR14 Linhas de transporte aquaviário na Baía da Guanabara para atender demandas locais e regionais
Incentivar a adequação e a utilização do eixo ferroviário existente ao redor da Baía da Guanabara, bem como planejar a utilização do futuro Arco
BR16
Ferroviário para fins de passageiros, fortalecendo o transporte coletivo para locais beneficiados daquela região
BR17 Utilizar as Estações de Tratamento de Esgoto - ETEs existentes e avaliar a necessidade de implantação de novas ETEs
BR19 Implantação de uma rede de conectividade ambiental a partir da conexão dos fragmentos de vegetação existentes e da recomposição vegetal
GOVERNAR A METRÓPOLE
GM02 Promover o fortalecimento da Agência Metropolitana e construir uma capacidade de planejamento integrado
GM03 Promover bases sustentáveis para a alavancagem de recursos financeiros e sua utilização eficiente
GM05 Promover a integração mais eficiente da sociedade civil organizada ao processo de planejamento metropolitano e municipal
GM06 Promover uma gestão de informação, através de um Sistema Unificado de Informação Metropolitana
Ações prioritárias escolhidas nas pré-conferências (em grifo, ações selecionadas na Primeira Conferência
Metropolitana)
METRÓPOLE INTELIGENTE
MI05 Criação de selo de procedência, a fim de incentivar o desenvolvimento sustentável, a agricultura urbana e a preservação do meio ambiente
Qualificação de infraestruturas críticas (rodovia, ferrovia, portos, aeroportos e dutovias), ampliando as conexões por terra, elevando a capacidade de
MI18
circulação de mercadorias
Incentivar a criação de parques históricos no entorno de bens do interesse do patrimônio com prioridade para o Parque Histórico Vila Iguassu, o Parque
MI23
Histórico de Queimados e o Parque Histórico do Convento São Boaventura
Incentivar a requalificação das estações do sistema ferroviário suburbano e a requalificação urbanística do seu entorno, valorizando a paisagem cultural e
MI24
paisagística
METRÓPOLE SUSTENTÁVEL
MS01 Incentivar o desenvolvimento sustentável do território periurbano da RMRJ - Arco Rural (Agroecológico)
Incentivar o uso do mananciais das sub-bacias Guapi-Macacu e Guapiaçu, visando a produção agrícola, o desenvolvimento econômico e o abastecimento de
MS02
água potável para os habitantes do Leste Metropolitano no âmbito de um Plano de Desenvolvimento Regional
Incentivar a implantação de redes de tempo seco em locais sem rede de esgotamento sanitário como solução de transição para um sistema separador
MS03
absoluto, adotando uma estratégia de gradualismo
MS05 Incentivar a utilização das Estações de Tratamento de Esgoto – ETEs existentes e avaliar a necessidade de implantação de novas ETEs
Apoiar a elaboração e implementação de plano de gerenciamento costeiro e de zoneamento ecológico econômico para as baías da metrópole visando a
MS08
preservação ambiental
Apoiar a realização de estudo de locais com potencial para implantação de futuras Centrais de Tratamento de Resíduos Sólidos - CTR's e para a eliminação de
MS15
lixões
Incentivar e apoiar atividades de conservação, reflorestamento, controle da poluição agrícola e industrial e saneamento básico para as bacias dos
MS18
mananciais de recursos hídricos da RMRJ
Promover monitoramento e avaliação e incentivar ações resilientes para os setores de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de manejo de
MS19
resíduos sólidos e de manejo de águas pluviais
EQUILIBRAR A METRÓPOLE
Incentivar o fortalecimento de centralidades urbanas propostas por meio da integração dos planos diretores e planos setoriais municipais com o PDUI,
EM01 considerando: Campo Grande, Niterói (segundo nível); Duque de Caxias, Madureira, Nova Iguaçu e São Gonçalo (terceiro nível); Itaboraí, Itaguaí, Magé,
Queimados, Maricá e Seropédica (quarto nível)
EM08 Eixo Transversal Sarapuí - incentivar a implantação de projeto multifuncional e a mitigação de inundações na Bacia dos Rios Iguaçu e Sarapuí
Estimular a utilização da via Interbaixada, eixo transversal projetado junto ao rio Sarapuí, na Baixada Fluminense, para o transporte coletivo, conectando
EM09
Nova Iguaçu e Duque de Caxias e demais municípios da Baixada Fluminense
EM12 Apoiar a implantação da Linha 3 do Metrô, Trecho 1, entre São Gonçalo e Niterói e, em uma segunda fase, o Trecho 2, entre São Gonçalo e Itaboraí
Incentivar a adequação e a utilização do eixo ferroviário existente ao redor da Baía de Guanabara, bem como planejar a utilização do futuro Arco
EM14
Ferroviário para fins de passageiros, fortalecendo o transporte coletivo para locais beneficiados daquela região
Apoiar a outorga da operação de linhas de transporte aquaviário na Baía de Guanabara para atender às demandas locais e regionais, a exemplo de Duque
EM17
de Caxias, Magé, São Gonçalo e Paquetá (Rio de Janeiro)
Incentivar a criação de programas integrados de regularização urbanística e fundiária, associados a projetos sociais, dirigidos a loteamentos
EM21 irregulares/ilegais e/ou assentamentos precários com baixos indicadores sociais e urbanos, localizados em regiões da periferia da metrópole, cujas
características ambientais e funcionais justifiquem essas intervenções
HABITAR A METRÓPOLE
HM04 Incentivar a implantação de sistemas de coleta seletiva, bem como a destinação de resíduos sólidos para usinas e cooperativas de reciclagem
HM08 Incentivar o adensamento urbano ao longo de eixos de mobilidade, centralidades a serem reforçadas e pontos nodais, em áreas com infraestrutura urbana
Incentivar a mitigação de inundações em áreas urbanizadas por meio de implantação de infraestrutura de macrodrenagem e projetos multifuncionais
HM10
associados a estas intervenções
HM13 Incentivar a urbanização e regularização fundiária em favelas
BAÍA REINVENTADA
BR08 Incentivar a elaboração e a implantação de projeto de valorização da Orla de Duque de Caxias e do Parque do Aterro de Gramacho
BR09 Incentivar o desenvolvimento e implantação de projeto de Valorização da Orla de Itaoca, São Gonçalo
GOVERNAR A METRÓPOLE
GM01 Articular a instituição de Governança formal na RMRJ
GM02 Promover o fortalecimento da Agência Metropolitana e construir uma capacidade de planejamento integrado