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Manual de instruções para

transformadores a seco Geafol

Transformador n° 10100016814001
1. TRANSPORTE, DESCARGA E ARMAZENAMENTO

1.1 TRANSPORTE E DESCARGA

O transformador a seco é despachado da fábrica em embalagem adequada para sua


proteção.

O transformador é entregue na fabrica sobre veiculo de transporte onde a sua fixação e


amarração é competência do transportador. O transformador deve ser transportado com
todo o cuidado que uma carga volumosa e valiosa merece.

Deverão ser seguidas as marcação orientativas de local de içamento indicados na


embalagem. A embalagem pode ser erguida através de cabos ou correntes, ou utilizando
empilhadeira adequada ao peso e volume a ser erguido.

O içamento do transporte deve ser feito somente pelos olhais próprios e devem ser
utilizados os quatro olhais simultaneamente.

Havendo instruções especiais para a descarga, estas serão fornecidas no embarque.

Após descarga, e não havendo armazenagem, a embalagem deve ser desfeita em


ambiente coberto. Esta operação deve ser realizada com cuidado para não haver impactos
no transformador, principalmente nas bobinas.

Caso sejam constados danos durante o transporte, deve-se, imediatamente, notificar o


transportador, o vendedor ou a SIEMENS, para os devidos esclarecimentos e providências
que deverão ser tomadas.

É conveniente não retirar a proteção de plástico até que o transformador esteja em seu
lugar definitivo, e prestes a ser energizado. Necessitando deslocar o transformador já fora
de sua embalagem, pode-se fazê-lo utilizando as bases de arraste ou rodas e os olhais para
içamento e arraste.

Para direcionar o transformador, fazer esforço somente sobre as vigas de prensagens do


núcleo ou base.

O transformador, fora de sua embalagem, pode ser transportado com empilhadeira, desde
que os garfos sejam corretamente assentados em sua base.

1.2 ARMAZENAGEM

O transformador a seco pode ser armazenado por tempo indefinido sem alterar suas
características de isolação. A armazenagem pode ser tanto na embalagem original de
fabrica, como também, o transformador já instalado em seu lugar definitivo.

Estando prevista armazenagem, é aconselhável que permaneça em sua embalagem


original de fabrica, se esta estiver em boas condições. Sempre, porem, deve estar em lugar
abrigado da chuva, e da radiação solar direta.

Se a armazenagem prevista for com o transformador assentado em seu lugar de instalação


definitivo, como ocorre por exemplo em unidades de reserva, aconselhamos que
permaneça com a proteção de plástico para evitar deposição desnecessária de sujeira, bem
como seja providenciada proteção contra eventuais impactos.

Após o período de armazenagem, onde não é necessário prever nada mais do que o acima
descrito (não há necessidade de dispositivos de aquecimentos), o transformador a seco
pode ser energizado seguindo as respectivas instruções, sem haver a necessidade de uma
secagem previa dos enrolamentos, visto não absorverem umidade.
2. INSTALAÇÃO E ENERGIZAÇÃO

2.1 INSTALAÇÃO

O transformador a seco é previsto, normalmente, para instalação até 1.000 m acima do nível do
mar. Casos diferentes estão indicados na placa de identificação.

Local
O ambiente de instalação deve ser um local abrigado. O transformador a seco não deve ser
exposto a gotejamento e nem a raios solares diretos. A radiação ultra violeta, existente no
espectro solar, é danosa à resina, decompondo-a em um processo lento. A umidade do ar não
afeta os transformadores a seco, que são portanto apropriados a resistirem ao clima exterior (não
confundir com intempérie).

Quando o transformador estiver em seu lugar definitivo de instalação deve-se verificar se está
apoiado no piso por igual, nos 4 cantos de sua base, para assegurar a sua boa estabilidade e
evitar deformações.

Ligação dos terminais

Os terminais de alta tensão do transformador a seco são em cobre.


Os terminais de baixa tensão são em alumínio de liga especial para garantir qualidades mecânicas
recomendáveis à boa conexão (excepcionalmente em aplicações especiais, esses terminais são
em cobre).
A conexão em alumínio, porém, requer alguns cuidados simples que são:

a. Preparação da superfície

Antes de realizar qualquer ligação ou conexão, as superfícies de alumínio devem ser


limpas, a fim de retirar a fina camada de óxido que se cria espontaneamente ao contato
com o ar, e que é péssima condutora. A remoção desta camada de óxido pode ser feita com
escova de aço, lixa fina (150), raspagem, etc.
É importante que esta operação seja feita com rapidez, e imediatamente após, esta
superfície deve ser untada com inibidor adequado (vaselina neutra, por exemplo).

b. Conexão alumínio - alumínio

Os terminais do transformador já estando devidamente preparado e o barramento a ser


conectado a ele sendo de alumínio, deve ser tratado da mesma maneira.

c. Conexão alumínio - cobre

Superfície do condutor de alumínio nu: limpar


Superfície do condutor de cobre:
a) Cobre nu: limpar
b) Cobre com recobrimento de prata, estanho ou níquel:
Alternativas:
1) Remover o recobrimento: Limpar. ou
2) Limpar/Colocar placa de cobre nu. ou
3) Limpar/Colocar placa de Cupal
Após a limpeza das superfícies, untar com inibidor.
d. Material empregado para a conexão

Todas as peças: parafuso, porcas, arruelas lisas e de pressão e arruelas cônicas, devem ser
protegidas contra corrosão (galvanizadas, cadmiadas, etc.)
Deve-se preferir, devido às melhores características de elasticidade, parafusos e porcas de
aço e não de ferro doce.
Para transmitir a pressão da cabeça do parafuso para uma superfície de contato muito
maior, deve-se utilizar arruelas que não sofram deformações permanente. Além disso,
deve-se usar elementos elásticos em ambos os lados das peças a serem conectadas para
acompanhar as variações de volume devido às oscilações de temperatura, que com isto
garantem uma pressão mínima para uma boa conexão. Estas duas condições são
satisfeitas com o uso de arruelas cônicas.

e. Pressão do contato

Os parafusos devem, de preferencia, ser apertados com um dinamômetro ou chave


limitadora de torque.
Com isto se obtém uma distribuição uniforme de pressão contato.

Para equalizar eventuais acomodações, recomenda-se realizar um reaperto dos parafusos


após algumas semanas de uso. No reaperto o momento aplicado sobre a porca não deve
ser maior do que a montagem.

Não havendo possibilidade do emprego do dinamômetro, recomenda-se o uso de chaves de


boca comum.
Qualquer tipo de chave que tenham o cabo mais comprido só deve ser usada com a força
de aperto menor.

Momentos recomendados:

Parafusos (classe 8.8) M8 M10 M12 M16


Momentos de aperto em Nm 20 40 75 140

OBS.: Recomenda-se pintar com verniz apropriado ou enfaixar com fita isolante toda a
conexão, principalmente nas linhas de junção dos materiais para evitar a ação da umidade.

Ventilação

Os transformadores devem ser ventilados suficientemente, para dissipar o calor gerado pelas
perdas, e assegurar a potencial nominal constante. Com temperatura ambiente superior a 40°C
reduz-se a potência do transformador, em aproximadamente 4,0% para cada 5°C de acréscimo de
temperatura ambiente.

Para uma ventilação natural apropriada é necessário prever aberturas suficientes para que
possam circular cerca de 2,5 m; de ar por minuto, por kW de perdas o que assegura dissipação
destas perdas.

Para que este ar refrigeração possa cumprir sua finalidade, é importante que as aberturas de
entrada de ar sejam localizadas na parte inferior, a fim de que o ar possa percorrer os canais de
refrigeração do transformador.
Igualmente importante, são os afastamentos das paredes para as bobinas, o que ocorre por duas
razões:

a) Atender a ventilação
b) Assegurar afastamento dielétricos necessários
Afastamento mínimos em torno de transformadores a seco

Tensão máxima do
equipamento (kV) Nível de Impulso Afastamentos mínimos (mm)
ABNT (kV)
A B C
7,2 40 60 * 50
60 90 * 50
15 95 160 * 80
110 200 * 100
24,2 125 220 * 120
150 280 * 160

OBS.: * Os Valores da colunas B serão iguais aos da coluna A, se neste lado houver
painel de mudança de taps, ou de religação. Caso contrario considerar os afastamentos
como em C.

Os valores acima indicados são mínimos. Deve-se adicionar a eles valores de segurança
conforme o ambiente, que pode variar de + 30 mm até aproximadamente o dobro.
2.2 ENERGIZAÇÃO

A energização é um procedimento simples, porém, é de fundamental importância que seja


efetuada por um profissional qualificado.

Recomendamos atentar para os seguintes pontos abaixo:

• Confirmar se os dados da placa de identificação são os das tensões previstas. Em caso


de paralelismo, observar as condições em que se realiza.

• Verificar se todas as conexões da alta tensão e baixa tensão foram feitas de forma
correta, e se os cabos ou barramentos estão devidamente apoiados, bem como a correta
instalação dos elementos flexíveis, para não haver esforços sobre os terminais.

• As ligações no painel de mudança de derivações devem estar firmes e na mesma


posição nas três fases.

• Observar que os terminais moldados na resina não devem ser apertados em exagero.
De outro lado, os parafusos devem, ter aperto suficiente para assegurar bom contato
elétrico;

• Verificar se não existe nenhum corpo estranho entre as bobinas e núcleo, como porcas,
arruelas, etc.;

• O transformador deve estar solidamente aterrado. A fim de se evitar possíveis correntes


de circulação na malha de aterramento, apenas um ponto de conexão ao terra se faz
necessário;

• Retirar eventuais acúmulos de poeira, passando um pano ou ar comprimido.

Após estas verificações, recomenda-se realizar o ensaio de Resistência do Isolamento com o


auxílio de um megôhmetro.

Sugere-se a utilização de um megôhmetro na faixa de 5000 VDC.

Os valores medidos não devem ser inferiores a 1.000 MΩ entre enrolamento de baixa tensão para
com a massa e 5.000 MΩ entre os enrolamentos de alta tensão para com a baixa tensão;

Feito os procedimentos acima, pode-se energizar o transformador, primeiro em vazio, e em


seguida aplicando-lhe carga.
3. MANUTENÇÃO

Os transformadores a seco são em essência, livres de manutenção.

A manutenção preventiva se resume em verificações periódicas, a cada 6 meses, por exemplo


• Inspeção visual geral
• Limpeza geral
• Retirada de pó
• Limpeza das entradas/saídas de ar de refrigeração
• Verificação de funcionamento do circuito de proteção
• Verificação da pressão nos contados dos terminais, painel de comutação
• Medição com meggohmetro

(*) Considera-se 6 meses como período médio normal, sujeito a alteração conforme as condições
especificas do transformador.

MÉTODO 1

Aplicar ar comprimido livre de óleo e água, com pressão máxima de 5 atm. Esta operação visa a
retirada de poeira depositada que não aderiu a superfície, portanto com relativa facilidade de
remoção. Aplicar o ar comprimido também nos canais de ventilação entre bobina e núcleo.

MÉTODO 2

Remover as impurezas das bobinas, núcleo e ferragens com um pano embebido em benzina.

MÉTODO 3

Remover as impurezas das bobinas, núcleo e ferragens com um pano embebido em água com
pequena adição de álcool.
Utilizar o método 1, 2 ou 3 conforme tipo de sujeira a ser removida.

MÉTODO 4

Dar acabamento esfregando com um pano seco.

EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE LIMPEZA DESCRITOS ACIMA:

DEPOSIÇÕES COM MÉTODO A SER APLICADO


Óleos 2+3
Grafite 1
Pó metálico 1+4
Salinidade 3+4
Pó seco 1+4
Pó úmido 3+4

O transformador depois de seco esta em condições de ser energizado. Por mera precaução
convém fazer medições com meggohmetro para ter certeza absoluta de que durante o processo
realizado não houve alteração ou dano ao transformador.

O valor medido não deve ser inferior a 1.000 MΩ entre enrolamento de baixa tensão e massa e
nem inferior a 5.000 MΩ, entre enrolamento de alta tensão e baixa tensão, quando usado o
meggohmetro de 5000 VDC.
ANORMALIDADES - Eventuais anormalidades no funcionamento do transformador podem ser
analisadas conforme segue:

ITEM ANORMALIDADES CAUSA PROVÁVEL CORREÇÃO


1 Sobreaquecimento nos terminais AT, Mal contato Limpeza das áreas de contatos
BT e pontos de conexão e painel de Apertar porcas/parafusos.
comutação
2 Sobreaquecimento do transformador Sobrecarga acima do previsto Diminuir Carga
Aumentar a circulação de
refrigeração
Circulação de ar de refrigeração Limpar canais de ar de refrigeração
insuficiente do transformador
Verificar dutos / aberturas para
circulação de ar de refrigeração,
quanto ao dimensionamento e
obstrução
Temperatura do ar de refrigeração Diminuir a carga
acima da temperatura prevista Aumentar a circulação de ar
refrigeração
3 Atuação do relé de proteção (alarme Sobreaquecimento transformador Vide item sobreaquecimento do
e/ou desligamento) transformador
Falta de tensão de alimentação do Verificar tensão de alimentação no
relé relé
Verificar funcionamento correto do
relé e fiação
4 Descarga entre terminais AT Redução da resistividade superficial Limpeza geral, com remoção dos
do material isolante por existência corpos estranhos depositados na
Descarga entre AT e massa de corpos estranhos superfície
Descarga entre AT/BT Destruição do material isolante Substituição ou reparo da peça
devido a sobretensões, danificada
sobreaquecimento ou esforços
Descarga entre BT/massa mecânicos acima do previsto
5 Ruído excessivo Tensão mais elevada que a prevista Verificar a tensão correta e ajustar
ao Tap mais adequado
Assentamento não uniforme da base Verificar correto assentamento
do transformador
Ressonância com superfícies ao Verificar a existência de superfícies
redor do equipamento metálicas (painéis, armários, dutos,
portas, etc.) soltas com
possibilidade de vibração
Ressonâncias transmitidas pelas Instalação de elementos flexíveis
ligações entre os terminais do transformador
e os condutores da instalação
TUQ 5.6.029

Certificado de Garantia
Observadas as condições constantes abaixo deste
certificado, a SIEMENS LTDA, pelo período expresso na
Nota Fiscal, garante contra defeitos de materiais e/ou de
fabricação, o equipamento com n° de série 10100016855001
conforme características constantes no Certificado de Ensaio
anexo.

1. São condições para a garantia:

a) que os transformadores sejam instalados de acordo com as exigências técnicas das


concessionárias de energia elétrica e observância das normas brasileiras específicas, inclusive
aquelas referentes à proteções contra sobrecarga, curto-circuito, sobretensões de descargas
atmosféricas (raios) e ventilação;
b) que a SIEMENS seja notificada imediatamente, por escrito, dos defeitos ocorridos, e que, os
mesmos, sejam posteriormente comprovados pela SIEMENS como defeitos de fabricação;
c) observar todas as recomendações do Manual de Instruções que acompanha a presente
garantia.

2. A garantia não cobre defeitos ocasionados por:

a) acidentes de transporte;
b) operação ou manutenção inadequados;
c) negligência, imprudência ou imperícia;
d) dolo;
e) reparos e alterações efetuadas por técnicos não autorizados;
f) descargas atmosféricas (raios);
g) caso fortuitos força maior;
h) acondicionamento ou armazenagem em locais inadequados.

3. A presente garantia limita-se, exclusivamente, ao equipamento fornecido pela SIEMENS, não


implicando em responsabilidade por perdas ou danos, diretos ou indiretos, lucros cessantes ou
quaisquer outros tipos de indenização decorrentes de eventuais defeitos, inclusive despesas com
transporte.

4. A reparação, modificação ou substituição de peças durante o período de garantia não implicará


em prorrogação desse período.

5. A garantia ficará suspensa, expirando-se dentro dos prazos estipulados neste “Certificado de
Garantia”, se o cliente deixar de cumprir com quaisquer uma de suas obrigações, em especial, se
não cumprir as condições de pagamento estabelecidas no contrato.

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