Resumo Microbiologia Clínica - 2º Bimestre
Resumo Microbiologia Clínica - 2º Bimestre
Resumo Microbiologia Clínica - 2º Bimestre
INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO: *motivo consulta urgência, *grande causa de absenteísmo do trabalho.
Fatores predisponentes: tabagismo, alterações da consciência, alcoolismo, desnutrição, deformidades do tórax,
corpo estranho, idade avançada e diabetes.
*Nariz, seios paranasais, ouvido médio (otite), orofaringe (garganta) – 95% viral/3% estreptocócia/ 2% outras
Trato Respiratório Superior: *pulmões
Residentes Comuns: S.viridans, Neisserua spp., Corinebactérias, Bacteróides, Cocos anaeróbios, bacilos
fusiformes, Candida albicans, S. mutans, H. Influenzae. > 50% pessoas
Residentes ocasionais: S. pyogenes, S. pneumoniae e N. meningitidis. <10% pessoas
PATOLOGIAS:
Resfriado Comum: causado por vírus, Clamydia ou Micoplasma – causa coriza, faringite, cefaleia, febre, mal-estar,
espirros e tosse. *Incubação: 1-5 dias
Otite média: usualmente purulenta, causa febre, cefaleia, vômitos, otalgia, otorréia, déficit de audição ou
equilíbrio. Causada por S.pneumoniae e H.influenzae. *Incidência cai após 6 anos de idade.
Sinusites Agudas: oclusão do óstio, causa dor, febre, rinorréia purulenta, epistaxe. Causada por e H.influenzae e
S.pneumoniae. Diagnóstico: exame físico, Rx de face, cultura intranasal ou punção sinusal.
Faringoamigdalite: em 80% dos casos é viral; quando bacteriana é causada por Streptococcus pyogenes e S.
aureus. Sinais (característicos de S. pyogenes): mais comum em idade > 3 anos, início súbito, causa odinofagia
(dor para engolir), dor de garganta, linfoadenomegalia cervical, hiperemia com ou sem exudato na orofaringe,
petéquia, adenomegalia, rush, erupção escarlatiniforme, febre maior de 38°.
*Ágar sangue se usa em microaerofilia.
S. pyogenes:
S. aureus:
grupo A de Lancefield.
Cultura: beta-hemolítico e colônias pequenas e redondas. Catalase positiva.
Meio: ágar sangue de carneiro e atmosfera de microaerofilia Coagulase positiva.
– semeadura por esgotamento com incisões. Beta hemólise em ágar sangue. *pigmento
Gram: cocos gram +, isolados, aos pares ou em cadeia. amarelo / dourado
Resistentes a Co-Trimoxazol. Coco gram positivo agrupado em forma de cacho.
Catalase negativa (diferencia strepto de staplylo). Resistente a bacitracina
Pyr Test positivo.
Sensível à bacitracina. *antibiótico para identificação
Difteria: causada por Corynebacterium diphtheriae; causa febre baixa, dor de garganta, tosse, fadiga, asfixia e
falência de órgãos devido às toxinas. *forma pseudomembrana branca, formação pescoço se touro causa asfixia.
Corynebacterium diphtheriae:
Cultura feita em ágar sangue, ACT, Loffler. específicos.
Bacilos gram positivos, curtos a longos, ligeiramente curvos, com GRANULAÇÕES METACROMÁTICAS na forma de
‘V’ ou paliçada.
Laudo: “Não foram observados bacilos com granulações metacromáticas”. / “Presença de bacilos com granulações
metacromaticas sugestivos de Corynobacterium diphtheriae.
Angina de Vincent (associação simbiótica): causa lesões necróticas e é mais comum em adolescentes e adultos.
Causada por uma associação simbiótica entre Fusobacterium nucleatum e Borrelia ou Treponema. O diagnóstico
é por Gram associação fuso-espiralar. “Presença de associação fuso-espiralar”.
Epiglotite: tem início súbito e causa toxemia, palidez e insuficiência respiratória. Causada por H. influenzae tipo B,
H. parainfluenzae, S.aureus, S. pneumoniae. O diagnóstico é feito com secreções do TRS.
Nº 1 em pneumonias
Trato Respiratório Inferior: comunitárias
Infecções e Patógenos mais frequentes bronquite aguda e crônica (vírus, H. influenzae, S. pneumoniae, Moraxella
catarrhalis); abcessos pulmonares (bactérias anaeróbicas); pneumonia (S.pneumoniae, H. influenzae, Moraxella
catarrhalis, S. aureus e BGN); Tuberculose Pulmonar (Mycobacterium tuberculosis e MAC).
Pneumonia: causa tosse, febre, dispneia, dor torácica, expectoração (hemoptoico, mucoide, purulenta), sintomas
sistêmicos, confusão mental e sinais de sepse. Se ocorre num período maior que 48 horas após o internamento é
Nosocomial (fatores de risco: procedimentos invasivos, déficits imunes e uso prévio de antibióticos).
Diagnóstico das ITRI: avaliação macroscópica (escarro, LP e BAL), avaliação microscópica (gram, Ziehl-Neelsen e
Auramina) e Cultura para LP, BAL e Escarro (AS + ACh + MacConkey; atmosfera de microaerofilia; para BAAR usar
Lowenstein-jansen). Na análise do catarro o Gram é obrigatório para classificação; o ACh recupera Haemophilus; o AS
recupera tudo – não seletivo e classifica hemólise.
ESCARRO cultura deve ser realizada em AS+ACh em ambiente de microaerofilia ou em MacConkey em ambiente
aeróbio; valorizar presença de muco, presença de sangue e saliva (não serve para diagnóstico de pneumonia, mas
serve para TB). Cultura por esgotamento.
Avaliação: presença de muco (+1); Polimorfonucleares: <10 (0) / 11-25 (+1) / >26 (+2); células epiteliais: 10 – 25 (-1)
/ >26 (-2). Índices inferiores ou iguais a zero indicam ausência de processo infeccioso ou amostra inadequada. A
amostra pode ser considerada inadequada, também, quando há mais de 1 célula epitelial para cada 10 leucócitos
ou quando há mais de 10 células epiteliais com predomínio sobre os leucócitos (solicitar nova amostra –
provavelmente saliva).
Observar presença de: CGP aos pares e encapsulados (S. pneumoniae só causa pneumonia se for encapsulado), CBGN (BGN
pleomórficos - Haemophilus), DPGN (intra e/ou extra - Moraxella), BGN encapsulados (Klebsiela) ou não encapsulados
(Enterobactérias), CGP em cachos (Aureus) e células leveduriformes (atentar para qualidade da amostra; lembrar que pseudo-
hifa é forma invasiva de C. albicans).
Resultados:
Microbiota normal oral: Neisseria sp.; S. viridans; Corynebacterium sp.; Staphylococcus coagulase negativa – em pacientes
normais não costumam ser significativas, mas convém investigar se for cultura monobacteriana e em grande quantidade.
ATT:
EB:
Streptococcus pneumoniae:
Haemophilus spp.:
Cocobacilo Gram negativo, pequeno, pleomórfico (muda de forma) e não formador de esporos.
Bactéria exigente – precisa de fator X, V ou XV no meio de cultura para crescer.
Satelitismo: S.aureus, Neisseria e Pseudomonas secretam fator V e podem auxiliar na crescimento.
Meios de cultura: ACh, AS Suplementado, Ágar Levinthal, meios seletivos (ACh com vancomicina e
bacitracina).
Diferenciar H. influenza (cresce somente na presença de fatores V e X) e H. parainfluenza (não
necessita de fator X).
Moraxella catarrhalis:
Cultura em AS ou ACh.
Diplococos Gram-Negativos, intracelulares e extracelulares.
Assacarolítica, DNAse positiva.
Oxidase positiva.
Catalase positiva.
Colônias secas (friáveis), frágeis e bem características.
Não faz antibiograma, mas se pode fazer uma beta lactamase.
Bacilos curvos ou retos, com grande quantidade de lipídios nas paredes celulares (ácido nicólico).
Álcool-Ácido Resistentes (BAAR). descoloração
Estritamente aeróbios.
Tuberculose depende do hospedeiro – em pessoas normais e sem histórico anterior, pode ser limitada e sem
sintomas clássicos. contagiosa de fácil transmissão maioria de nós é imune (minoria desenvolve a doença)
baixa virulência
Existem muitos tipos diferentes de Mycobacterium que podem causar TB clássica, doença cavitária crônica,
doença cutânea, doença em conjuntiva, osteomelite e endocardite, doença em pele e nervos periféricos. M.
tuberculosis e M. bovis
Transmissão: via aérea por perdigotos – resistência do bacilo ao dessecamento, disseminação mais comum em
aglomerações, depende do nº de bacilos inalados.
Tratamento: 6 meses multiterapia com mais antibióticos.
TUBERCULOSE PRIMÁRIA resposta imunológica não consegue conter a multiplicação do bacilo ->
hipercrescimento e resposta infamatória severa -> dano. Pode se manifestar até cinco anos após o contágio.
Sintomas: perda de peso lenta e progressiva, perda de energia, falta de apetite, febre baixa, tosse crônica e
sudorese noturna. crescimento muito lento: 1-2-4...
TB RESISTENTE A DROGAS interrupção do tratamento pode levar à seleção de cepas resistentes. Em pacientes
nunca tratados pode haver mutação espontânea. tratamento complicado e lento.
Bacilo Calmette-Guérin: pode prevenir formas mais graves da doença, principalmente em crianças. Não protege
necessariamente da manifestação pulmonar. Cepa bovina não virulenta pelo prolongado cultivo ‘in vitro’.
Diagnóstico: clínico, baciloscopia (em coloração de Ziehl-Neelsen – bacilos em globias granulosos, íntegros e
fragmentados) e teste de Mantoux (reação para detecção de anticorpos).
Amostras: escarro (mais utilizado) (3 – 5 amostras em dias consecutivos), lavado gástrico, urina, líquor, lavado
brônquico e tecido.
COLETA DE ESCARRO:
Primeira amostra da manhã, após assepsia – desprezar primeiro jato e coletar TODA a micção no frasco.
Coletar por três dias consecutivos – enviar amostras diariamente ao laboratório.
Solicitação de BAAR na urina deve ser acompanhada de cultura (baixa sensibilidade).
Coleta deve seguir as mesmas regras das culturas urinárias em geral.
Centrifugar urina e processar sedimento.
BAAR tem habilidade em reter corantes tratados pelos calor e em soluções ácidas. As colorações mais usadas
são Ziehl-Neelsen; Ziehl-Gabbet-Kinyon (a frio) e Auramina- (fluorescência).
CULTURA: o tempo de geração é de 24 horas, pode levar até 8 semanas para crescer ‘in vitro’, colônias irregulares
que “picam” o meio sólido, de difícil remoção e que não se dispersam facilmente em água. Em sítios estéreis a
inoculação é direta; em outros sítios a descontaminação é obrigatória (liquefação – descontaminação –
neutralização – centrifugação 3.000rpm). Meios de cultura são baseados em ovo (Lowenstein-Jensen, Petragnani).
INTERPRETAÇÃO:
Negativo: ausência de crescimento em 60 dias. NEGATIVO: só se
(+): 20 a 100 colônias. libera após 60 dias
(++): colônias separadas (mais de 100). (8 semanas)
(+++): colônias confluentes.
Cultura semi quantitativa
Mulheres:
Inserir espéculo na vagina; retirar excesso de muco cervical com SWAB; girar por alguns segundos; colocar
imediatamente em meio de transporte ou enviar ao laboratório.
Secreção anal: inserir SWAB no canal anal e fazer movimentos circulares lado a lado. Enviar imediatamente ao LAC.
DIAGNÓSTICO:
Homens: bacterioscopia (OBRIGATÓRIO) / cultura em ACh + MacConkey ou Thayer-Martin para Mycoplasma e
Ureaplasma (quando o médico pedir) / Antibiograma. BGN- Candida, Trichomonas vaginalis.
Haemophilus ducreyi ou bacilo de ducreyi: causa cancro mole, no Gram aparecem cocobacilos gram negativos,
cultura em AS ou ACh – não necessita fator V. Pleumorficos: Coco bacilo G- (cresce em ágar sangue)
Neisseria gonorrhoeae: gonococo, diplococos Gram negativos no citoplasma de células inflamatórias – cultura
em meio seletivo de Thayer-Martin. (intra e extra leucocitário) (purulenta/abundante)
Gram de raspado uretral com leucócitos e ausência de bactérias pode ser Clamydia trachomatis (não tem
peptidoglicano, não se cora no GRAM / Urina de 1º jato ou secreção uretral) / Ureaplasma / Mycoplasma.
Disgnóstico por ELISA, IFI, PCR. Treponema pallidum
Mulheres: bacterioscopia / exame direto à fresco / cultura em ACh + EMB/MacConkey pu Thayer-Martin para
Mycoplasma / Antibiograma.
Vaginite: Trichomonas vaginalis; Candida spp. (mais comum); BGN. infecção na mucosa vaginal.
Vaginose: anaeróbios, Gardnerella vaginalis (cocobacilos gram-variáveis, supracitoplasmáticos, clue cell, oxidase
– e catalase -), Mycoplasma hominis, Mobilluncus spp. (bacilos curvos, GN ou variáveis, supracitoplasmáticos).
Cervicite: Neisseriae gonorrhoeae (diplococos gram negativos no citoplasma de células inflamatórias), Clamydia
trachomatis (bacilos gram negativos, LPS específico do gênero).
DSTs por vírus HPV (papiloma vírus) altamente transmissivel), Herpes Simples, HIV, Hepatite B e C (rara 2-4% -
transmissão sexual). Diagnóstico por imunoensaio enzimático, captura híbrida e PCR.
DOSAGENS BIOQUÍMICAS:
1) GLICOSE: glicorraquia – dosagem sérica realizada no mínimo duas horas antes da punção lombar e analisada
logo (glicólise muito acelerada no LCR) / hipoglicorraquia – avaliar em conjunto com contagem total e específica
de células. Hipoglicorraquia + aumento de leucócitos (predomínio de PMN) meningite bacteriana.
Glicorraquia normal + aumento de leucócitos meningite ou meningocefalite virótica.
4) PROTEÍNAS: meningite e hemorragias que lesam a BHE são as causas mais comuns de aumento. Porém,
isoladamente, esse parâmetro não serve para avaliar quadro meníngeo. Nos acidentes de punção e
sangramento intenso se subtrai 1 mg de proteína para cada 1200 hemácias contadas. 15-45 mg/dL
5) PROTEÍNA C REATIVA: parâmetro de distinção entre quadros de processos virais (menos de 6,0 mg/l) e
bacterianos parcialmente tratados (mais de 6,0 mg/l).
6) LACTATO: acima de 25 mg/dL em meningites bacterianas, tuberculósicas e fúngica antes de haver queda de
glicorraquia. Permanece elevada com início do tratamento, mas cai quando ele é eficaz (marcador de evolução
no tratamento). LCR xantocrômico ou hemorrágico pode resultar em falsa elevação. Não deve ser usado
isoladamente para diagnóstico de meningite bacteriana.
Exame Microscópico: Gram, Ziehl-Neelsen, tinta da china (para esfregaço – uma gota).
Cultura: ACh suplementado, Ágar Thayer-Martin, Ágar Sabouraud, Ágar Lowenstein-Jensen.
Incubação: 48 horas em microaerofilia.
Testes de Látex: kits que detectam: Streptococcus pneumoniae, Meningococcus A, B, C, Y e W135, Haemophilus influenzae B,
Escherichia coli K1, Streptococcus Grupo B de Lancefild.
Principais causadores: bactérias, vírus, fungos, helmintos, outros.
MENINGITES: processo infamatório do espaço subaracnóideo e das membranas leptomeníngeas que envolvem o encéfalo e a
medula espinhal. LCR é a melhor amostra para pesquisa diagnóstica.
BACTERIANAS sintomas: vômitos, rigidez de nuca, febre (>39°C), alterações no SNC, pode ocorrer bacteremia
prévia ou pós.
Pleocitose, podendo chegar a 100.000 p/mm3
CRIANÇAS:
_ Média de 200 - 1.500 p/mm3
_ Streptococcus pneumoniae (Pneumococo)
_ Predomínio de PMN > 90 %
_ Neisseria meningitidis (Meningococo)
_ Haemophilus influenza Uso prévio de antibacterianos: pode mascarar
NEONATOS: a citologia específica, dando resultados
_ Streptococcus grupo B de Lancefild inconclusivos.
_ Escherichia coli cepa K1 _ Na virada para cura, a citologia inverte e cria
_ Listeria monocytogenes um predomínio de LMN
_ Streptococcus grupo D de Lancefild _ Glicorraquia baixa (por + ou - 3 dias)
_ Nocardia _ Proteinorraquia aumenta ( 40 - 100 md/dl) =
_ Candida albicans diminui quando a pleocitose cai.
_ Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter sp. (crianças expostas) _ Proteína C Reativa aumenta (> 6.0 mg/L)
ADULTOS:
reagente
_ Neisseria meningitidis (Meningococo)
_ Streptococcus pneumoniae (Pneumococo) _ Látex positivo para bactérias
_ Haemophilus influenza _ Lactato elevado (> 22,0 mg/dl)
Glicose reduz / lactato aumenta.
GRAM LCR (deve ser processado imediatamente): essencial, rápido, tem boa especificidade e serve para diagnóstico
presuntivo do gênero bacteriano. Quando mostrar mais de 10 5 bactérias por ml de LCR não centrifugado é positivo.
O uso de antibacteriano pode diminuir em 10% a especificidade da bacterioscopia e em 75% a sensibilidade da
cultura.
CULTURA: AS, ACh, Ágar Thayer-Martin (Neisseria) . MacConkey em neonatos e crianças. Tioglicolato em anaeróbios.
Ágar sangue de carneiro AS Pneumococo
Ágar chocolate ACh Haemophylys
MENINGITES FÚNGICAS: inalação de Cryptococcus neoformans (uréase +), coloniza primeiramente pulmões e
depois invade pulmões e depois invade corrente sanguínea e migra para outros órgãos. Pode ter início brusco
(cefaleia, vômito, febre, alterações visuais e rigidez de nuca) e insidioso (cefaleia, alterações e confusão mental,
distúrbios de personalidade e memória).
Diagnóstico: pleocitose com predomínio de LMN, aumento de proteínas, diminuição da glicose. Realizado a
fresco, gram, tinta da china e cultura. Testes imunológicos podem auxiliar. Látex para Cryptococus neoformans
MENINGITES VIRAIS: LCR terá aspecto turvo ou ligeiramente turvo; média de 50 – 450 leucócitos por mm 3 (mas
pode chegar até 3500); predomínio de LMN; na fase aguda há predomínio de PMN; glicorraquia normal a
levemente reduzida; proteinorraquia normal a levemente aumentada; proteína C reativa normal. Pode se
realizar isolamento do vírus, sorologia ou PCR. monócito, linfócito / polimorfinucleares (65%)
Diagnóstico: Nesses casos a baciloscopia é pouco sensível; rara positividade. Deve ser realizada cultura em todas
as amostras suspeitas (alta sensibilidade) – meio de Lowenstein-Jensen (sem contaminação). Também pode ser
feito teste de ELISA (Mycobacterium tuberculosis) e ADA (excelente sensibilidade).
AGENTES MICROBIANOS
Beta-lactâmicos: possuem anel beta-lactâmico em sua molécula. Podem ser:
PENICILINAS: meia vida curta e rápida eliminação pelo fígado, atóxicas em doses habituais; podem causar
hipersensibilidade; pode ocorrer toxicidade hepática e medular pelas penicilinas semi-sintéticas.
Penicilina G: espectro restrito, raramente primeira escolha; escolha para sífilis, leptospirose, endocardite por
S.viridans; tétano, antraz, erisipela. Benzetacil.
Aminopenicilinas: associadas ou não a inibidores de beta-lactamases; semi-sintéticas com maior espectro; eficazes
contra Gram-negativos.
Reações Adversas drogas relativamente seguras, cujos efeitos colaterais mais comuns são hipersensibilidades.
CEFALOSPORINAS: espectro contra gram-positivos e negativos; podem ser de 1ª geração (ativos contra
estafilococos, uso oral e parenteral); 2ª geração (uso oral e parenteral, maior espectro para gram-negativas, incluindo
E.coli e Klebsiella spp.); 3ª geração (aumenta espectro gram-negativos, menos eficientes para gram-positivos;
atividade pobre contra anaeróbios; uso parenteral); 4ª geração (amplo espectro para gram-negativos e melhor
espectro para gram-positivos; resistentes a degradação por beta-lactamases; uso via parenteral).
Reações Adversas drogas seguras, mas podem causar tromboflebites (em administração IV), hipersensibilidade,
nefrotoxicidade, depressão da medual óssea, intolerância ao álcool, hipoprotombinemia e diarréia.
CARBAPENENS: uso exclusivo hospitalar; ativos contra gram-positivos, negativos e anaeróbios; não é eficaz
contra MRSA; necessitam de ajuste renal; resistentes a degradação por beta-lactamases cromossômicas induzíveis;
via parenteral.
Reações Adversas hipersensibilidade, náuseas, vômitos, diarréia, leucopenia e elevação de enzimas hepáticas.
MONOBACTÂMICOS: menor n° de reações cruzadas; age somente contra gram-negativos; é melhor que
cefalosporina de 3ª geração para Pseudomonas, mas pior que carbapenêmicos.