Aula 32 - Lubrificação Industrial II
Aula 32 - Lubrificação Industrial II
Aula 32 - Lubrificação Industrial II
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Lubrificação industrial II
Organização da lubrificação
Uma lubrificação só poderá ser considerada correta quando o ponto
de lubrificação recebe o lubrificante certo, no volume adequado e no mo-
mento exato.
A simplicidade da frase acima é apenas aparente. Ela encerra toda a essência
da lubrificação.
De fato, o ponto só recebe lubrificante certo quando:
· a especificação de origem (fabricante) estiver correta;
· a qualidade do lubrificante for controlada;
· não houver erros de aplicação;
· o produto em uso for adequado;
· o sistema de manuseio, armazenagem e estocagem estiverem corretos.
O volume adequado só será alcançado se:
· o lubrificador (homem da lubrificação) estiver habilitado e capacitado;
· os sistemas centralizados estiverem corretamente projetados, mantidos
e regulados;
· os procedimentos de execução forem elaborados, implantados e obedecidos;
· houver uma inspeção regular e permanente nos reservatórios.
O momento exato será atingido quando: A U L A
· houver um programa para execução dos serviços de lubrificação;
·
·
os períodos previstos estiverem corretos;
as recomendações do fabricante estiverem corretas; 32
· a equipe de lubrificação estiver corretamente dimensionada;
· os sistemas centralizados estiverem corretamente regulados.
Uma máquina, em vez de durar vinte anos, irá se degradar em cinco anos.
Um mancal de um redutor previsto para durar dois anos será trocado em um ano.
Os dentes de engrenagens projetados para operarem durante determinado
período de tempo terá de ser substituído antecipadamente.
Por fim, acrescentamos que, embora não percebida por muitos, a lubrifica-
ção correta concorre, também, para a redução no consumo de energia
e na preservação dos recursos naturais.
A U L A Não estamos falando da energia que é economizada como conseqüência da
redução de atrito, mas da energia embutida, isto é, a energia inerente ao processo
Programa de lubrificação
Para maior facilidade, recomenda-se que tal levantamento seja efetuado por
setores da empresa, especificando-se sempre todos os equipamentos instalados,
de maneira que eles possam ser identificados de maneira inequívoca.
Uma vez concluído este primeiro passo, deve-se verificar quais os equipa-
mentos cujos manuais do fabricante estão disponíveis e quais os tipos e marcas
de lubrificantes para eles recomendados.
De posse dos dados anteriores, deve-se elaborar um plano de lubrificação A U L A
para cada equipamento, em que ele deve ser identificado. E ainda mencionar
todos os seus pontos de lubrificação, métodos a empregar, produtos recomenda-
dos e periodicidade da lubrificação. 32
Para facilitar aos operários encarregados da lubrificação e minimizar
a possibilidade de erros nas tarefas de lubrificação (aplicação de produtos
indevidos), sugere-se identificar, nas máquinas, todos os pontos de lubrificação
com um símbolo correspondente ao do produto a ser nele aplicado. Há várias
maneiras de se estabelecer tais códigos, sendo prática a utilização de cores
e figuras geométricas para facilitar a tarefa de identificação.
Observação
Observação: V = vermelho
Esses códigos, por sua vez, seriam pintados, nas respectivas cores,
nos diferentes pontos de lubrificação do equipamento.
A U L A Acompanhamento e controle
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Visando racionalizar o uso dos óleos e graxas lubrificantes, sempre que
é elaborado um programa geral de lubrificação procura-se reduzir ao máximo
a quantidade de produtos recomendados.
No que se refere ao controle, podem ser elaboradas fichas para cada seção
da empresa, nas quais serão mencionados os respectivos equipamentos
e anotados dados como: freqüência de lubrificação, quantidade de lubrifi-
cantes a aplicar etc.
Tais fichas são distribuídas aos operários encarregados da execução da
lubrificação e devem ser devolvidas com as anotações devidas.
O consumo é controlado, quando possível, por equipamento. Em geral, para
métodos de lubrificação manual (almotolia, pistola de graxa, copos graxeiros,
copos conta-gotas etc.), fica difícil o controle de consumo por equipamento.
Recomenda-se, nesse caso, considerar o consumo por seção, dividi-lo pelo
número de pontos lubrificados, obtendo-se então um consumo médio por ponto
de lubrificação, que multiplicado pelo número de pontos a lubrificar do equipa-
mento, fornece o seu consumo médio no período de tempo considerado.
Esse consumo deve ser dimensionado de acordo com o porte de cada empresa.
32 Para graxas, que em geral são em número reduzido e cujo consumo é muito
menor que o de óleos, recomenda-se o emprego de bombas apropriadas, man-
tendo-se o tambor sempre bem fechado.
Acessórios de lubrificação
Os principais acessórios utilizados em lubrificação são os seguintes:
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O lubrificador
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Exercício 1
Podemos considerar que uma lubrificação está correta quando a máquina
receber:
a) ( ) o lubrificante correto, com média viscosidade e baixa fluidez;
b) ( ) o lubrificante mais aditivado, com alta fluidez e baixa viscosidade;
c) ( ) o lubrificante correto, no volume correto e no momento adequado;
d) ( ) o lubrificante de origem parafínica com a viscosidade ideal;
e) ( ) o lubrificante de melhor qualidade e de origem naftênica com alta
viscosidade.
Exercício 2
As falhas de lubrificação em máquinas podem provocar:
a) ( ) desgaste nos componentes afetando a vida útil deles;
b) ( ) a eliminação das forças de atrito com aumento de potência;
c) ( ) vibrações harmônicas nos componentes, que passam a trabalhar
melhor;
d) ( ) aumento na velocidade dos componentes móveis;
e) ( ) apenas rachaduras nos cabeçotes, correias e eixos.
Exercício 3
Uma lubrificação organizada apresenta as seguintes vantagens:
a) ( ) aumenta o consumo de energia e diminui a vida útil da máquina;
b) ( ) reduz o consumo de energia, reduz os custos, reduz o consumo de
lubrificantes e aumenta a vida útil da máquina;
c) ( ) reduz o consumo de energia, reduz os custos, aumenta o consumo
de lubrificantes e aumenta a vida útil da máquina;
d) ( ) aumenta o consumo de energia, reduz os custos, reduz o consumo
de lubrificantes e mantém a vida útil da máquina;
e) ( ) reduz o consumo de energia, aumenta os custos, reduz o consumo
de lubrificantes e prolonga a vida útil da máquina.
Exercício 4
A primeira providência a ser executada ao se instalar um programa de
lubrificação é:
a) ( ) colocar lubrificantes altamente viscosos em todos os componentes
de todas as máquinas;
b) ( ) ficar um mês sem lubrificar as máquinas que estão em serviço
e lubrificar somente aquelas que estão paradas para manutenção;
c) ( ) trocar os lubrificantes de todas as máquinas que estão em serviço e
lubrificar, somente com graxa, aquelas paradas para manutenção;
d) ( ) fazer um levantamento cuidadoso das máquinas para avaliar suas
reais condições;
e) ( ) importar óleos e graxas da Europa, pois não se pode confiar nos
produtos comercializados pelas empresas instaladas no País.
Exercício 5
A estocagem e a armazenagem de óleos lubrificantes exigem alguns cuida-
dos. Entre esses cuidados, deve-se evitar:
a) ( ) a presença de graxas, pois elas reagem com os óleos e formam piche;
b) ( ) locais arejados, pois o ar oxida todos os óleos com grande rapidez;
c) ( ) locais com temperatura ao redor de 22°C, que pode degradar os óleos;
d) ( ) tambores deitados ou de pé, pois o ideal é mantê-los pendurados;
e) ( ) a presença de água, pois esta é contaminante.