Manual Do Pregador Ético PDF
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PCA-EDIÇÕES |1
Sumário
Apresentação...................................................................................... 3
A Homilética no Auxílio do Pregador.................................................. 4
Eloquência e retórica ........................................................................ 12
A Importância da Pregação .............................................................. 16
O Pregador e os Diferentes Tipos de Sermões ................................. 18
A Hermenêutica no Auxílio do Pregador .......................................... 29
O pregador e o Decoro no púlpito.................................................... 34
Obreiros éticos ................................................................................. 38
A ética no culto a Deus no templo ................................................... 45
Cargos Ministeriais ........................................................................... 51
O Pregador e a Comunicação Eficiente ............................................ 68
O Pregador e o Estudo da Bíblia ....................................................... 74
O Pregador e a Visão Geral da Bíblia ................................................ 77
Fatores que comprometem a pregação cristã ................................. 84
Dicas para Uma Pregação Eficaz ....................................................... 91
Sábios Conselhos para os Jovens Pregadores .................................. 94
O Pregador e a Bênção Apostólica ................................................... 96
Conclusão ......................................................................................... 99
Bibliografia ...................................................................................... 100
PCA-EDIÇÕES |3
Apresentação
Este sucinto manual auxilia a todos que desejam pregar
o evangelho de Jesus Cristo de forma inteligível e
organizada.
A Homilética no Auxílio do
Pregador
I. DEFININDO A HOMILÉTICA
1. Definições
2. As divisões da homilética
a) homilética fundamental
b) homilética material
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c) homilética formal
3. O conteúdo da homilética
1. A origem da homilética
2. O objetivo da homilética
3. A importância da homilética
4. homilética e a eloquência
Eloquência e retórica
Ligadas à oratória, aparecem dois outros termos muito
relacionados entre si, mas distintos quanto ao
significado: eloquência e retórica.
1. ELOQUÊNCIA
Eloquência é um termo derivado do latim eloquentia, que
significa: ―elegância no falar‖, ―falar bem‖, ―garantir o
sucesso de sua comunicação‖, ―capacidade de
convencer‖.
3. RETÓRICA
A Importância da Pregação
1. Pregar é a tarefa principal da Igreja
O Pregador e os Diferentes
Tipos de Sermões
Nesta oportunidade conheceremos as principais
classificações dos sermões e conheceremos a estrutura
(as partes que compêm o sermão) do sermão. Serão
abordadas também, as diferentes formas de se
apresentar um sermão.
I. A CLASSIFICAÇÃO DOS SERMÕES
1. Definição geral
Há muitos tipos de sermões e vários meios de classificá-
los. Alguns mestres de oratória classificam os sermões de
acordo com o conteúdo ou assunto; outros, segundo a
estrutura, e ainda outros quanto ao método usado na
dissertação da mensagem.
2. A natureza do título
A natureza do título pode ser declarativa, interrogativa,
afirmativa ou exclamativa.
Biblicamente falando, pode ser apresentado este gráfico
assim:
• Declarativa
"O que Deus não pode fazer" (curiosidade) - Tito 1.2.
• Interrogativa
"Onde está Jesus?" (vontade de conhecer) - Mateus 2.2.
• Afirmativa
"Jesus foi e voltará" (a evidência e a certeza) - João
14.3.
• Exclamativa
"Para mim o viver é Cristo!" (determinação) – Filipenses
1.21.
A definição do título é um dos últimos itens a serem
elaborados na mensagem.
C. O TEMA
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1. A síntese do assunto
O tema é a segunda parte do sermão e vem depois do
título, pela ordem correta. É a síntese do assunto em
discussão. Vem de uma raiz grega "théma" que significa
ponho, coloco, guardo, deposito, trazendo assim a ideia
de algo que está dentro, ou no meio de alguma coisa.
Dentro do sermão (em síntese) é exatamente esta
aposição do tema. Sua posição técnica no sermão
encontra-se entre o título e o texto.
D. O TEXTO
1. Definição do texto
O texto, ou a porção, refere-se à passagem bíblica em
síntese ou no seu todo, usado pelo pregador para
fundamentação do sermão.
2. Dependendo da natureza do sermão
Dependendo da natureza do sermão, o texto pode sofrer
alterações no uso da pronúncia.
a) Sermão textual (o texto)
b) Sermão expositivo (a porção)
c) Sermão temático (a passagem)
d) Sermão ilativo (uma inferência)
e) Sermão extemporâneo (uma palavra)
f) Sermão para ocasiões especiais (uma frase)
E. A INTRODUÇÃO
A introdução é a parte inicial do corpo do sermão. É o
vestíbulo, ou a plataforma de acesso ao ponto central da
argumentação. O propósito da introdução é despertar a
atenção do povo e desadiar-lhe o pensamento de tal
modo que se interesse ativamente pelo assunto.
F. O CORPO DO SERMÃO
1. Definição
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3. As divisões do sermão
As divisões do sermão variam em número, dependendo
do conteúdo e da capacidade do pregador. Aconselha se
a limitação de pontos a um máximo de cinco numa série.
A memória tende a falhar, quando há mais de cinco
pontos num sermão. Testes psicológicos no campo da
educação revelaram que, quando há mais de cinco
pontos dentre os quais escolher, o discernimento fica
mais ou menos nebuloso e, por conseguinte, as escolhas
são menos confiáveis.
Sugere-se, portanto, para melhor compreensão do
significado do pensamento, nos sermões temáticos e
textuais, três divisões, e cinco para um sermão
expositivo. Também as divisões não devem ser páreas e,
sim, ímpares. É muito fácil para os ouvintes acompanhar
uma mensagem falada, quando as ideias principais estão
organizadas corretamente e proferidas com clareza, do
que quando elas não têm organização ou não se
relacionam.
À medida que o pregador anuncia as divisões e passa de
um ponto principal a outro, os ouvintes conseguem
identificar as divisões das partes entre si e discernir a
progressão da mensagem.
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G. A APLICAÇÃO DO SERMÃO
A aplicação do sermão deve ser de acordo com o tipo de
mensagem que pregamos. Definimos a aplicação como
sendo o apelo, ou melhor, posição correta, o convite
oferecido aos ouvintes. Esta parte é a penúltima peça do
sermão. Antecedendo assim a conclusão do discurso.
1. O objetivo da aplicação
O objetivo da aplicação no sermão visa o resultado
positivo daquilo que ministramos. Por exemplo: quando
pregamos a palavra da salvação aos pecadores, a
aplicação deve ser o convite (o apelo).
H. A CONCLUSÃO DO SERMÃO
A conclusão, como o próprio termo sugere, no sentido
técnico, é a última parte do sermão; no sentido
homiliasta, é uma síntese de todas as verdades que
foram ditas no sermão.
É o momento quando o pregador se obriga a fazer uma
síntese de tudo o que disse, não só para destacar e fazer
lembrar as verdades principais, mas para ajudar os
ouvintes a se beneficiarem da mensagem. Por essa
razão, ela deve ser breve.
a) Ler o sermão
Esta maneira de apresentar um discurso tem grande
valor e não deixa de ser válida na oratória, quando se
trata dum discurso pronunciado numa assembleia, num
parlamento, num fórum, em solenidades públicas ou
privadas. Entretanto, tratando-se de homilia sagrada,
torna-se monótono e cansativo. A leitura, por mais bem
feita, não transmite empolgação e vibração nos ouvintes.
b) Recitar o sermão
Este método de se apresentar o sermão pode trazer
vantagem e desvantagem para o pregador.
c) Falar de improviso
Neste sentido, devemos ter em mente dois pontos
importantes:
2. A versatilidade de Paulo
Parece que, segundo a luz do contexto parafraseante, o
apóstolo Paulo valia-se do método mais apropriado para
o momento. Então ele diz:
a) Sermão lido
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A Hermenêutica no Auxílio do
Pregador
1. DEFININDO HERMENÊUTICA
As duas subcategorias
A Hermenêutica está dividida em duas subcategorias:
1) Hermenêutica geral
É o estudo das regras que regem a interpretação do
texto bíblico inteiro.
2) Hermenêutica especial
É o estudo das regras que se aplicam a gêneros
específicos como: parábolas, alegorias, tipos e profecias.
O pregador e o Decoro no
púlpito
Ao ocupar o púlpito, conscientize-se o obreiro de que
está num lugar santo; que dali ele vai orientar a
adoração e ministrar a santa Palavra de Deus; que todos
estão com a atenção voltada para ele. Por conseguinte,
deve portar-se com dignidade e reverência, para que
receba de Deus as bênçãos, e contribua para que outros
sejam abençoados, e também seja exemplo a todos.
1. Apresentação pessoal.
O pregador deve apresentar-se bem vestido (sem
exagerada preocupação com a indumentária), barbeado,
cabelos feitos, sapatos limpos.
2. Ao assentar-se.
Quando assentar-se atrás do púlpito, sempre após rápida
oração individual ou pessoal, seja discreto, a fim de dar
exemplo a fiéis e infiéis.
4. Evite:
• assentar-se de maneira deselegante: pernas abertas,
braços estendidos para os lados, curvado, pernas
cruzadas com joelhos elevados;
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1. Perfeição Espiritual
O pregador tem que ser uma pessoa de fé.
2. Perfil Moral
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3. Perfil Intelectual
A pessoa que abraça a carreira de pregador deve estar
bem consciente de que escolheu uma função intelectual.
Ele irá trabalhar mais com o cérebro do que com as
mãos.
4. Perfil Psicológico
O pregador tem que ser uma pessoa equilibrada mental e
emocionalmente.
5. Perfil Físico
A expressão física do pregador ajuda muito na entrega
do sermão.
6. Perfil Sonoro
A voz é essencial para o sucesso do pregador. Portanto
pronuncie corretamente as palavras, com firmeza e
clareza.
Obreiros éticos
I. CONCEITUAÇÃO E DEFINIÇÕES
2. Origem da palavra
Ética vem do grego, ethos, que significa ―costume‖,
―disposição‖, ―hábito‖. No latim, vem de mos (mores),
com o sentido de vontade, costume, uso, regra.
3. Definição
Ética é, na prática, a conduta ideal e reta esperada de
cada indivíduo. Na teoria, é o estudo dos deveres do
indivíduo, isolado ou em grupo, visando a exata
conceituação do que é certo e do que é errado.
4. Ética Cristã
Ética Cristã é o conjunto de regras de conduta, para o
cristão, tendo por fundamento a Palavra de Deus. É
também chamada de Teologia Moral. Para nós, crentes
em Jesus, o certo e o errado devem ter como base a
Bíblia Sagrada, a nossa ―regra de fé e prática‖.
O termo ética, no grego ethos, aparece várias vezes no
Novo Testamento, significando conduta, comportamento,
porte e compostura (habituais).
para que os que vivem não vivam mais para si, mas para
aquele que por eles morreu e ressuscitou‖ (2 Co 5.15; Ef
2.10).
1. Antinomismo
Esse ensino errôneo é humanista e secular. Tudo
depende das pessoas, e das circunstâncias. O filósofo
incrédulo e existencialista Jean Paul Sartre, um dos seus
promotores, afirma que o homem é plenamente livre.
Num dos seus textos, ele escreve: ―Eu sou minha
liberdade; eu sou minha própria lei‖.
a) Posicionamento cristão
Esta teoria não serve para o cristão. Nela, o homem se
faz seu próprio deus. A Bíblia diz: ―Há caminho que ao
homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos
da morte‖ (Pv 14.12). ―De tudo o que se tem ouvido, o
fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos;
porque este é o dever de todo homem‖ (Ec 12.13). O
antinomismo é relativista, isto é, cada um age como
quiser. É o que ocorria com o povo de Israel quando
estava desviado, sem líder e sem pastor (Jz 17.6 e
21.25).
2. Generalismo
Essa falsa doutrina prega que devem haver normas
gerais de conduta, mas não universais. A conduta de
alguém para ser chamada de certa ou errada depende de
seus resultados. É o que ensinava, no século XV, o
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a) Posicionamento cristão
O generalismo não se coaduna com a ética cristã, pois,
para o crente em Jesus, não são os fins, nem os meios,
que indicam se uma conduta ou ação é certa ou errada.
A Palavra de Deus é que é a regra absoluta que define se
um ato é certo ou errado. Ela tem aplicação universal. O
dever de todo homem é temer a Deus e guardar seus
mandamentos (Ec 12.13). A Palavra de Deus não muda
de acordo com as circunstâncias, os meios ou os
resultados. Deus vela para a cumprir (Jr 1.12b; Mc
13.31).
Em relação ao microfone:
Por exemplo: Abel e Caim (Gn 4), Judas e Maria (Jo 12) e
Ló e Abraão (Gn 18). O assunto que vou abordar
relaciona-se com o melhoramento do culto divino: sua
ordem, decência, reverência e espiritualidade,
especialmente no templo.
Cargos Ministeriais
I. OBREIRO E MINISTÉRIO
O VERDADEIRO PASTOR
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1. O pastor Jesus.
Na Primeira e Segunda Vinda Jesus é descrito como
pastor. Paradoxalmente, o Cordeiro "deveria os
apascentar [literalmente ser o pastor deles], e deveria
guiá-los às fontes das águas da vida (Ap 7.17). Ele irá
reger [literalmente pastorear] todas as nações com a
vara de ferro (Ap 12.5; 19,15). Esse último conceito
aplica-se bem aos dominadores (2.26-27).
PAULO E PASTORES
PEDRO E OS PASTORES
O Pregador e a Comunicação
Eficiente
CONCEITUAÇÃO DE COMUNICAÇÃO
Do latim communicatio, de communis = comum. Ação
de tornar algo comum a muitos.
É o estabelecimento de uma corrente de pensamento ou
mensagem, dirigida de um indivíduo a outro, com o fim
de informar, persuadir ou divertir.
HISTÓRICO
Desde os tempos mais remotos, o homem procurou
comunicar-se com seus semelhantes; e o fez não só na
época em que viveu, mas também deixando informações
a seus posteriores.
MECANISMO
As telecomunicações emprestaram termos de seu próprio
uso. E, assim, a comunicação apresenta como elementos
básicos:
a) EMISSOR - o que transmite a mensagem.
b) RECEPTOR - o que recebe a mensagem.
c) CANAL - o meio de comunicação.
d) MENSAGEM - o fato que se relata.
TIPOS:
A proliferação de tipos de mensagens é imensa, mas
pode-se agrupá-las em:
Primeira - COMUNICAÇÃO VERBAL - Aquela em que a
palavra é o meio usado para canalizar a mensagem.
REQUISITOS DA MENSAGEM
Escrituras
A forma mais concisa é, simplesmente, ―as Escrituras‖
(Mt 21.42 – chamada ―esta Escritura‖ em Mc 12,10, a
passagem paralela; Mt 22.29; Lc 24.32; Jo 5.39).
2- A Escritura (At 8.32; Gl 3.22).
3- As Santas Escrituras (Rm 1.2; 2 Tm 3.15).
4- As outras Escrituras (2 Pe 3,16).
3. Idiomas da Bíblia
O Antigo Testamento foi escrito em hebraico, com
exceção de algumas passagens em aramaico encontradas
em Esdras 4.8-6.18; 7,12-26; Jeremias 10.11; Daniel 2.4-
7.28.
Texto da Escritura
A Bíblia foi escrita durante um período de
aproximadamente 1500 anos. Os cinco livros de Moisés
podem ser datados de 1400 a.C. e o último livro do Novo
Testamento, o Apocalipse, de 90 d.C.
Livros da lei
Os cinco livros de Moisés, isto é, Gênesis, Êxodo,
Levítico, Números e Deuteronômio.
Livros históricos
De Josué até o livro de Ester, isto é, 12 livros.
Livros poéticos
São cinco — Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e
Cantares de Salomão.
Livros proféticos
São 17 — Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e
Daniel (chamados profetas maiores) e os restantes 12
livros, de Oséias até Malaquias (chamados profetas
menores).
César Cézar reitera que não existe nada que pregue mais
alto do que uma vida vivida segundo a vontade do
Senhor, cheia de testemunho, repleta de experiências
que enriqueçam até o mais indouto ouvinte.
O Pregador e a Bênção
Apostólica
No final do culto, o ministrante pode proferir a bênção
descrita em Números 6.24-26 ao invés da conhecidíssima
Bênção Apostólica, descrita em 2 Coríntios 13.13?
O que biblicamente norteia esta prática?
1
Nota. Jornal Mensageiro da Paz, Novembro de 2017, Página 17.
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Conclusão
Vimos, através dos estudos deste manual, ensinamentos
de grande relevância para que os pregadores e
pregadoras do Evangelho exerçam o ministério da
pregação com ética e de maneira eficaz. Evitando com
isso, críticas desnecessárias.
P C A - E D I Ç Õ E S | 100
Bibliografia