Acelerador Eletronico

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O acelerador eletrônico

Os sistemas drive by wire ("guiado/controlado por fio") vão tomando espaço de mecanismos e
sistemas hidráulicos complexos. Com o lançamento do motor fire 1.3 16 V, a fiat esbanja
tecnologia e traz ao mercado nacional o primeiro veículo da categoria com acelerador
eletrônico. Nesta edição conheceremos o princípio básico de funcionamento desse sistema.
A eletrônica vem sendo cada vez mais incorporada aos sistemas automotivos. Em um futuro
bem próximo, sistemas consagrados como os de freios e a direção hidráulica darão lugar a
dispositivos eletro-mecânicos. O acelerador eletrônico é um exemplo real dessa tendência.

Desenvolvido para a fórmula 1, vem tomando espaço nas ruas equipando caminhões, pick-up´s
( como a nacional dodge dakota turbo diesel ), veículos importados ( como o audi tt copé e o
alfa romeo 156 ) e a família pálio 1.3 16 V; fabricados no brasil.

Com o acelerador eletrônico é abolido o cabo que transmite o movimento do pedal do


acelerador à borboleta de aceleração. Sensores ( potenciômetros ) existentes no pedal
transmitem a solicitação de aceleração a uma central eletrônica ( na família fire é a mesma
central do sistema de injeção ) que comanda o movimento da borboleta de aceleração.

O acelerador eletrônico é formado basicamente por:

- Sensor de posição do pedal do acelerador: Está localizado junto ao


pedal do acelerador. É constituído por dois potenciômetros internos
independentes que traduzem a posição de acionamento do pedal em
sinal elétrico, enviando-o a unidade de comando eletrônico - UCE. Caso
um dos potenciômetros venha a falhar, o acelerador funcionará
normalmente, mas será gravado um código de defeito correspondente
na memória da UCE e a lâmpada do sistema de injeção ficará acesa.
Porém, se a falha ocorrer simultaneamente nos 2 potenciômetros a
marcha lenta permanecerá estável mas o acelerador deixará de
funcionar (não irá "responder") e a UCE não gravará o defeito (lâmpada
da injeção apagada).

- Sensor duplo de posição da borboleta de aceleração: Está localizado internamente ( na


tampa lateral ) ao corpo de borboleta. Informa a UCE a correta posição da borboleta de
aceleração. Caso a UCE perca esta referência de posicionamento, adota o procedimento de
cut off de segurança. Nesta condição a rotação do motor não ultrapassa de 2200 RPM com o
pedal do acelerador acionado.
- Motor da borboleta de aceleração: Está localizado internamente ao corpo de borboleta. È
controlado pela UCE em função da solicitação do acelerador e do sinal do sensor duplo de
posição da borboleta. Se for desconectado da UCE a marcha lenta fica instável, o acelerador
não funciona e a lâmpada da injeção fica acessa continuamente.

Unidade de comando eletrônico - UCE: Está localizada acima do corpo de borboleta. Além de
controlar a mistura ar/combustível, o avanço de ignição, o ventilador de arrefecimento, monitora
e controla o acionamento do acelerador eletrônico.
Como vantagens do sistema eletrônico de controle da aceleração do motor podem ser citadas:

- Aceleração mais agradável ( suave ), sem o desconforto dos "trancos" nas acelerações
rápidas e desacelerações bruscas.

- Maior precisão na transmissão do movimento do pedal para a borboleta de aceleração.

- Baixa manutenção (não necessita de ajuste mecânico).

Dica
Procedimento de ajuste básico (família pálio com motor fire).

Toda a vez que é desconectada a UCE ou a bateria do veículo, faz-se necessária a


realização desse procedimento para a recuperação da referência da posição da borboleta
de aceleração.

Com a temperatura do motor entre 5 e 95 ºC e a temperatura do ar entre 5 e 50 ºC, ligar a


ignição sem dar partida e aguardar aproximadamente 45 segundos.

Durante esse período (após 40 Segundos) pode-se ouvir um "estalo" no corpo de


borboleta Isso indica que o ajuste foi realizado.

Finalizando a apresentação
Já sabemos que o acelerador eletrônico é composto pelos seguintes
componentes:
- Sensor de posição do pedal: Conjunto de 2 potenciômetros que ficam junto ao pedal do
acelerador.

- Unidade de comando eletrônico - UCE: Central que monitora a posição do pedal e controla
a borboleta de aceleração.

- Sensor duplo de posição da borboleta: Sensor instalado no corpo de borboleta que fornece
à UCE o correto posicionamento angular da borboleta de aceleração. Sem esta referência a
rotação do motor fica limitada a 2200 RPM.

- Motor do acelerador: Motor elétrico instalado no corpo de borboleta que, sob comandos da
UCE, atua diretamente sobre a borboleta de aceleração.
Teste do motor do acelerador
O teste do motor do acelerador (borboleta motorizada) deve ser efetuado quando não se
observa o acionamento da borboleta de aceleração. Quando o acelerador eletrônico estiver
inoperante. Vale lembrar que com a chave de ignição ligada (motor parado) pode-se facilmente
escutar o "zunido" característico de alimentação do motor do acelerador.

Atenção!!
Efetuar os testes obedecendo a seqüência. Antes, efetuar o Teste de Carga da Bateria.

1º Teste (teste de alimentação do motor do acelerador - terminal 4)

- Ligar a ignição sem dar partida.

- Selecionar o multímetro na escala volts (VDC).

- Medir a voltagem no fio preto e marrom do sensor ligado ao terminal 4 do conector do


corpo de borboleta.

- A tensão deve estar entre 1,00 e 1,50 volts VDC.

- Dar partida no motor.

- Em marcha lenta, com o motor aquecido, a tensão deve estar entre 11,50 e 12,50 volts
VDC.
A tensão varia de acordo com o indicado?

Sim Não

Verificar mau contato e fio


interrompido (ou descascado) entre
o terminal 4 do conector do corpo
de borboleta e os terminais 28 e 60
do conector da UCE (lado do
veículo).
Fazer os testes do sensor duplo de
posição da borboleta (vide dica 1) e
Faça o 2º teste
do sensor de posição do pedal do
acelerador (vide dica 2). Se tudo
estiver ok e o problema persistir,
fazer o teste de alimentação da
UCE.
Se a alimentação da UCE estiver ok
e o defeito ainda persistir, substitua
a UCE.
2º Teste (teste de alimentação do motor do acelerador - terminal 1)

- Com a ignição ligada (sem dar partida).

- Conectar o analisador de polaridade no fio marrom do sensor ligado ao terminal 1 do


conector do corpo de borboleta.

- Deve haver polaridade negativa.

- Dar partida no motor.

- Em marcha lenta, com o motor aquecido, deve haver polaridade positiva.


O sino sinal varia corretamente?

Sim Não

Verificar mau contato e fio interrompido


Com a chave de ignição ligada, verificar se a (ou descascado) entre o terminal 1 do
borboleta de aceleração está respondendo à conector do corpo de borboleta e os
solicitação de aceleração. Caso esteja, terminais 11 e 43 do conector da UCE
conclui-se que o conjunto do acelerador (lado do veículo).
eletônico está ok. Se tudo estiver ok e o problema
Porém, se o acelerador eletrônico não estiver persistir, fazer o teste de alimentação
respondendo, conclui-se que há falha no da UCE.
motor do acelerador e deve ser substituido o Se a alimentação da UCE estiver ok e
corpo da borboleta de aceleração. o defeito ainda persistir, substitua a
UCE.
Pedropower

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