Livro Inovacao PDF
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Livro Inovacao PDF
Ricardo Bonacorci
2ª edição: 2011
ISBN: 978-85-63093-17-2
2011
Impresso no Brasil/ Printed in Brazil
Márcio Abraham
SUMÁRIO
11
Explosão da Inovação
o que oferecemos
satisfação do cliente =
o que o cliente espera
12
A Inovação e as Necessidades Mutáveis
13
Explosão da Inovação
14
A Inovação e as Necessidades Mutáveis
eles será menor. Para isso, eles também terão que inovar siste-
maticamente. Certamente, devemos analisar Inovação sob essa
ótica. O que fazemos de diferente que fará com que, num de-
terminado instante, nosso cliente receba algo melhor e mude
sua expectativa?
Vamos discutir esses conceitos à luz de um novo exemplo
prático. Roberto, um homem de aproximadamente 40 anos, de-
cide presentear o seu filho de 10 anos com um violão. Afinal,
ele sempre acreditou que conhecer música e saber tocar um
instrumento poderia ajudar muito no desenvolvimento social
e artístico do menino Ronaldo. Consideremos dois cenários:
Cenário 1 - Roberto entra em duas lojas parecidas que
lhe oferecem exatamente o mesmo produto. Ambos os vende-
dores o tratam bem, apresentam exatamente o mesmo preço
e dizem que se houver uma proposta melhor no mercado eles
certamente vão cobrir, porque não são de perder negócio.
Cenário 2 - Roberto entra na primeira loja com as ca-
racterísticas acima. Depois, entra em outra loja em que o ven-
dedor, além de oferecer o produto nas mesmas condições da
outra loja, também lhe oferece um mês de aulas gratuitas de
violão.
No primeiro cenário, Roberto terá que optar por uma loja
com base em algum critério subjetivo. Por exemplo, pode ter
gostado mais do primeiro vendedor, ou pelo fato de já estar na
segunda loja, comprar o produto naquele momento, evitando
retornar à primeira. Por fim, poderia tentar negociar algum
desconto que justificasse a sua decisão. No segundo cenário,
pelo mesmo preço, uma loja lhe ofereceu algo a mais. Em ter-
mos da fórmula da satisfação do cliente, a segunda loja ofereceu
mais que a primeira e, com esse diferencial, deveria incentivar
uma decisão de compra em seu favor.
De forma prática, no momento em que a segunda loja
apresenta a promoção que inclui as aulas de violão, a expec-
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Explosão da Inovação
16
A Inovação e as Necessidades Mutáveis
17
Explosão da Inovação
18
A Inovação e as Necessidades Mutáveis
19
Explosão da Inovação
20
A Inovação e as Necessidades Mutáveis
Dimensões da Inovação
MUDANÇA
Incremental Radical
nos negócios
Instalação de
Melhoria
um processo de
contínua dos
manufatura com
processos
tecnologia
internos
inovadora
IMPACTO
nos clientes
desenvolvimento lançamento de
Externos
de um novo um produto
produto para revolucionário e
uma linha inexistente no
existente mercado
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Explosão da Inovação
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A Inovação e as Necessidades Mutáveis
23
Explosão da Inovação
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A Inovação e as Necessidades Mutáveis
25
Explosão da Inovação
26
A Inovação e as Necessidades Mutáveis
27
Capítulo 2
29
Explosão da Inovação
30
MODELO DA EXPLOSÃO DA INOVAÇÃO
31
Explosão da Inovação
Combustível
Comburente Calor
32
MODELO DA EXPLOSÃO DA INOVAÇÃO
Fórmula da Explosão
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Explosão da Inovação
Combustível
Capacidade
Interna
ambiente Ideia
Inovador Criativa
Comburente Calor
34
MODELO DA EXPLOSÃO DA INOVAÇÃO
35
Explosão da Inovação
36
Capítulo 3
O Ambiente Externo
como Comburente da Inovação
37
Explosão da Inovação
38
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
39
Explosão da Inovação
40
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
41
Explosão da Inovação
42
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
43
Explosão da Inovação
44
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
45
Explosão da Inovação
46
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
Tipos de Ambientes
x
ambiente não Inovador não estimula à Inovação
47
Explosão da Inovação
48
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
49
Explosão da Inovação
50
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
51
Explosão da Inovação
Tipos de Ambientes
Teoria
ambiente ambiente
não Inovador Inovador
Infinitos ambientes
Prática
52
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
Competição
Recursos
Instabilidade
Acesso à Informação
Ruptura
Evolução
53
Explosão da Inovação
Competição
Isolamento Rivalidade
Recursos
abundância Escassez
Instabilidade
Estabilidade Turbulência
Acesso à Informação
Restrito Irrestrito
Ruptura
Continuidade Revolução
Evolução
Estagnação progresso
54
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
3.4.1 Competição
55
Explosão da Inovação
Elemento C – Competição
Isolamento Rivalidade
56
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
57
Explosão da Inovação
58
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
3.4.2 Recursos
59
Explosão da Inovação
Elemento R – Recursos
abundância Escassez
60
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
61
Explosão da Inovação
62
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
63
Explosão da Inovação
3.4.3 Instabilidade
64
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
Elemento I – Instabilidade
Estabilidade Turbulência
65
Explosão da Inovação
66
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
67
Explosão da Inovação
68
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
69
Explosão da Inovação
Restrito Irrestrito
70
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
71
Explosão da Inovação
3.4.5 Ruptura
72
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
73
Explosão da Inovação
Elemento R – Ruptura
Continuidade Revolução
74
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
75
Explosão da Inovação
3.4.6 Evolução
76
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
77
Explosão da Inovação
Elemento E – Evolução
Estagnação progresso
78
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
79
Explosão da Inovação
80
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
Competição
Isolamento Rivalidade
Recursos
abundância Escassez
Instabilidade
Estabilidade Turbulência
Acesso à Informação
Restrito Irrestrito
Ruptura
Continuidade Revolução
Evolução
Estagnação progresso
81
Explosão da Inovação
82
O AMBIENTE EXTERNO COMO COMBURENTE DA INOVAÇÃO
Diagnóstico CRIARE
(Comburente – Ambiente Externo)
83
Explosão da Inovação
Gráfico do Comburente
E R
R I
84
Capítulo 4
A Capacidade Interna
como Combustível da Inovação
85
Explosão da Inovação
86
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
Afinal de contas, quantas vezes você teve uma boa ideia, mas
não a colocou em prática ou não soube viabilizá-la? Pense.
Provavelmente, várias vezes. Uma grande ideia criativa é algo
fundamental para a Inovação, mas não é tudo. É necessário
que a pessoa ou a empresa tenha capacidade para “pegar” essa
ideia e torná-la real. Ela precisa transformar algo que está no
plano conceitual, trazendo-o para o mundo concreto. A essa
competência, que pode ser inata ou desenvolvida por pessoas
e empresas, damos o nome de “capacidade interna”. É ela que
desenvolverá a Inovação.
87
Explosão da Inovação
88
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
89
Explosão da Inovação
90
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
91
Explosão da Inovação
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A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
Tipos de Empresas
x
Empresa não Inovadora não promove à Inovação
93
Explosão da Inovação
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A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
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Explosão da Inovação
96
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
97
Explosão da Inovação
98
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
99
Explosão da Inovação
Tipos de Empresas
Teoria
Empresa Empresa
não Inovadora Inovadora
Infinitas Empresas
Prática
100
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
Motivação
Autonomia
Conhecimento
Capital
Sistema
101
Explosão da Inovação
Motivação
desmotivado Motivado
Autonomia
dependente Independente
Conhecimento
Ignorância sabedoria
Capital
limitado Ilimitado
Sistema
Mecanicista orgânico
102
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
4.4.1 Motivação
103
Explosão da Inovação
Elemento M – Motivação
desmotivado Motivado
104
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
105
Explosão da Inovação
106
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
107
Explosão da Inovação
4.4.2 Autonomia
108
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
Elemento A – Autonomia
dependente Independente
109
Explosão da Inovação
110
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
111
Explosão da Inovação
112
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
113
Explosão da Inovação
4.4.3 Conhecimento
114
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
115
Explosão da Inovação
116
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
Elemento C – Conhecimento
Ignorância sabedoria
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Explosão da Inovação
118
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
119
Explosão da Inovação
120
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
4.4.4 Capital
121
Explosão da Inovação
Elemento C – Capital
limitado Ilimitado
122
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
123
Explosão da Inovação
124
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
4.4.5 Sistema
125
Explosão da Inovação
126
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
Elemento S – Sistema
Mecanicista orgânico
127
Explosão da Inovação
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A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
129
Explosão da Inovação
130
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
Motivação
desmotivado Motivado
Autonomia
dependente Independente
Conhecimento
Ignorância sabedoria
Capital
limitado Ilimitado
Sistema
Mecanicista orgânico
131
Explosão da Inovação
Motivação
desmotivado Motivado
Autonomia
dependente Independente
Conhecimento
Ignorância sabedoria
Capital
limitado Ilimitado
Sistema
Mecanicista orgânico
132
A CAPACIDADE INTERNA COMO COMBUSTÍVEL DA INOVAÇÃO
Diagnóstico MACCS
Combustível – Capacidade Interna
Motivação
Autonomia
Conhecimento
Capital
Sistema
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Explosão da Inovação
Gráfico do Combustível
s a
C C
134
Capítulo 5
135
Explosão da Inovação
136
A Ideia criativa como faísca da inovação
137
Explosão da Inovação
138
A Ideia criativa como faísca da inovação
139
Explosão da Inovação
Hemisférios do Cérebro
LADO LADO
ESQUERDO DIREITO
lógico subjetivo
racional Emocional
palavras Imagens
números ritmo
detalhes Geral
vê a parte vê o todo
140
A Ideia criativa como faísca da inovação
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Explosão da Inovação
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A Ideia criativa como faísca da inovação
143
Explosão da Inovação
Tipos de Ideias
x
Ideia não criativa não gera Inovação
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A Ideia criativa como faísca da inovação
145
Explosão da Inovação
146
A Ideia criativa como faísca da inovação
Tipos de Ideias
Teoria
Ideia Ideia
não criativa criativa
Infinitas Ideias
Prática
147
Explosão da Inovação
Sentidos
Equipe
Transpiração
Estalo
Confiança
148
A Ideia criativa como faísca da inovação
149
Explosão da Inovação
Sentidos
anestésico sinestésico
Equipe
Homogênea Heterogênea
Transpiração
acomodação dedicação
Estalo
Bloqueio liberdade
Confiança
descrença crença
5.4.1 Sentidos
150
A Ideia criativa como faísca da inovação
151
Explosão da Inovação
Cotidiano
Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã
152
A Ideia criativa como faísca da inovação
Elemento S – Sentido
anestésico sinestésico
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Explosão da Inovação
154
A Ideia criativa como faísca da inovação
5.4.2 Equipe
155
Explosão da Inovação
Elemento E – Equipe
Homogêneo Heterogêneo
156
A Ideia criativa como faísca da inovação
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Explosão da Inovação
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A Ideia criativa como faísca da inovação
5.4.3 Transpiração
159
Explosão da Inovação
160
A Ideia criativa como faísca da inovação
Elemento T – Transpiração
acomodação dedicação
161
Explosão da Inovação
162
A Ideia criativa como faísca da inovação
5.4.4 Estalo
163
Explosão da Inovação
nos anos 1940), a Analogia (ter uma ideia a partir de uma pa-
lavra ou de um conceito aleatório), Box de Ideias (listagem
dos principais tópicos da ideia para que sejam explorados) e
Brainwriting (versão silenciosa do Brainstorming, na qual cada
pessoa escreve suas ideias e as passa para que outras pessoas
as complementem de forma escrita, buscando um nível maior
de detalhes).
Porém, aqui o que se avalia não é a técnica em si, mas os
elementos que estão à sua volta. Esses elementos constituem
uma forma que pode ser analisada sob uma determinada ótica.
Nesse caso, a análise é feita de acordo com a liberdade cria-
tiva que se pode ter, entendendo-se por liberdade criativa o
conjunto de opções que os participantes do grupo podem usar
para gerar as ideias. Historicamente, a criatividade é maior em
condições de maior liberdade de expressão, opinião, compor-
tamento e valores.
Na Idade Antiga, o povo que mais contribuiu cultural,
econômica e politicamente para o mundo ocidental foi a Grécia,
onde surgiram os pilares da civilização ocidental moderna. A
democracia, a filosofia, o teatro, o culto à beleza, a arquitetura,
a valorização da educação e a concepção dos jogos olímpicos
são alguns dos valores trazidos desse povo até os nossos dias.
Entretanto, o que mais marcou a cultura helênica foi a grande
liberdade concedida aos seus cidadãos (não estão sendo con-
siderados os não cidadãos, aqueles que não tinham direitos e
faziam trabalho escravo). Eles tinham completa liberdade reli-
giosa, sexual, filosófica, política e de expressão. Nesse ambien-
te, surgiram grandes pensadores, como Tales de Mileto, Anaxi-
mandro, Heráclito, Platão, Sócrates, Aristóteles e Heródoto. A
liberdade para o trabalho deles suscitou o surgimento de várias
ideias criativas que formaram o esqueleto cultural da sociedade.
É importante perceber que o conceito da liberdade liga-
se também ao ambiente externo ou até mesmo à capacidade
164
A Ideia criativa como faísca da inovação
Elemento E – Estalo
Bloqueio liberdade
165
Explosão da Inovação
166
A Ideia criativa como faísca da inovação
5.4.5 Confiança
167
Explosão da Inovação
que tão importante quanto esse fato era a forma como isso se
daria. Alimentar a violência contra os ingleses ou promover
uma guerra para a independência contrariava seus princípios
religiosos de agir sempre pela não violência e sua crença na
santidade de todos os seres vivos.
Mahatma Gandhi acreditava tão fortemente nos seus ide-
ais que permaneceu fiel a eles por toda a vida. Suas atitudes pa-
cíficas, como greve de fome, campanha da desobediência con-
tra o imposto do sal e o incentivo ao produto indiano, foram ao
longo dos anos desestabilizando o poder central inglês. Mes-
mo quando era preso (foi encarcerado inúmeras vezes), Gan-
dhi nunca usou a violência. Em 1947, após décadas de desgaste
por conta de suas atitudes truculentas e do contraste com a
imagem de dignidade e pureza do líder indiano, os ingleses
aceitaram conceder a independência à Índia. Assim, depois de
27 anos de luta silenciosa e pacífica, Gandhi conseguiu o que
sempre pregou.
Mas o que fez esse homem permanecer fiel à sua ideia
mesmo quando tudo à sua volta se contrapunha ao que ele pen-
sava? Sua convicção. Ao acreditar tão profundamente em seus
ideais, Gandhi conseguiu superar os obstáculos e as dificulda-
des que surgiram ao longo de tempo.
Quando alguém acredita completamente em uma ideia,
atinge a condição de Crença absoluta. Mas quando não acre-
dita nem um pouco em uma solução proposta, existe uma con-
dição de Descrença. As situações intermediárias entre essas
duas condições são demonstradas no eixo horizontal da figura
a seguir:
168
A Ideia criativa como faísca da inovação
Elemento C – Confiança
descrença crença
169
Explosão da Inovação
170
A Ideia criativa como faísca da inovação
171
Explosão da Inovação
172
A Ideia criativa como faísca da inovação
Sentidos
anestésico sinestésico
Equipe
Homogênea Heterogênea
Transpiração
acomodação dedicação
Estalo
Bloqueio liberdade
Confiança
descrença crença
Sentidos
anestésico sinestésico
Equipe
Homogênea Heterogênea
Transpiração
acomodação dedicação
Estalo
Bloqueio liberdade
Confiança
descrença crença
173
Explosão da Inovação
Diagnóstico SETEC
(Calor – Ideia Criativa)
Sentidos
Equipe
Transpiração
Estalo
Confiança
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A Ideia criativa como faísca da inovação
Gráfico do Calor
c E
E t
175
CONCLUSÃO
177
O grande objetivo desse livro é compartilhar o modelo
da Explosão da Inovação e demonstrar que produtos e ser-
viços inovadores surgem obrigatoriamente da junção das ca-
racterísticas do ambiente externo, da capacidade interna e da
geração de idéias criativas. Este é o grande desafio de empre-
sas, profissionais e empresários que trabalham com esse tema
e visam a sua promoção. Eles precisam compreender essas va-
riáveis, gerenciá-las e conduzir o processo de forma a criar
as condições necessárias para que sua equipe e seus projetos
sejam bem-sucedidos.
A ideia de construir esse modelo, e depois transformá
-lo em livro, foi fruto de nossas crenças e estudos, mas,
acima de tudo, de nossas inquietudes com relação às várias
interpretações existentes acerca do tema Inovação. O modelo
da Explosão da Inovação foi construído a partir de estudos
de caso, em que foram feitas comparações entre casos reais
bem-sucedidos e projetos que fracassaram. Essas histórias
trouxeram subsídios que apontaram quais são os elementos
que fortalecem o surgimento de Inovações. A construção da
nossa proposta leva em consideração os fatores comuns que
conduziram empresas e pessoas a terem um histórico de
sucesso ou de fracasso com relação à Inovação.
A proposta do modelo não é gerar uma receita com os
passos pré-definidos para uma empresa inovar, mas estabelecer
uma base estruturada em que gestores possam compreender e
refletir sobre seu processo de gestão da Inovação. Assim, sua
aplicação pode ocorrer em vários setores, como nas artes, em
serviços, nos esportes, nos governos e nas indústrias, conforme
ilustrado nos exemplos ao longo da obra. O modelo também
pode auxiliar em muito na ponderação sobre as condições
existentes para que uma empresa inove. Sabendo quais são
os elementos mais críticos, a empresa pode gerar ações para
desenvolvê-los ou pensar em alternativas para superar suas
178
CONCLUSÃO
Asfixia Corporativa
Apesar de termos falado no Capítulo 3 (O Ambiente
Externo como Comburente da Inovação) que é cada vez mais
raro encontrar ambientes pouco inovadores, a verdade é que
eles ainda existem e atrapalham sensivelmente as companhias
neles inseridas. Normalmente, esse fato ocorre de forma
artificial seja pelo desenvolvimento de monopólios e cartéis de
mercado, seja pela criação de barreiras alfandegárias e subsídios
estatais ou pelo estabelecimento de reservas de mercado. É
curioso que as empresas que vivenciam essa realidade não
querem perder as vantagens atreladas a essa situação antes de
se tornarem realmente competitivas e inovadoras, mas elas só
vão conseguir esse novo status após competirem intensamente.
Ou seja, é um círculo vicioso que não termina nunca.
Esse cenário é chamado de “Asfixia Corporativa”, pois
falta oxigênio (comburente) para a empresa respirar o ar da
Inovação. Como ela vive em uma bolha isolada do mundo
179
EXPLOSÃO DA INOVAÇÃO
Problema de Sísifo
Antes de tudo, é necessária a explicação de quem foi Sísifo
na Mitologia grega. Condenado pelos deuses por menosprezar
os seres divinos e por não temer a morte, Sísifo foi sentencia-
do a uma tarefa inglória por toda a eternidade: empurrar uma
enorme pedra até o alto de uma montanha. O problema estava
que, ao chegar ao cume, a pedra sempre rolava de volta para a
base da montanha. Dessa maneira, o trabalho de Sísifo sempre
recomeçava a partir do zero e era feito sem descanso.
Essa é a situação que algumas empresas vivenciam em
relação à Inovação. Querem inovar, tentam inovar, se esforçam
para inovar, mas não conseguem. Tudo por causa de uma bai-
xa capacidade interna: elas não conseguem promover ideias
criativas em novos produtos e serviços e ficam com a sensação
amarga de que o trabalho foi desperdiçado ou de que ele nunca
termina. Os motivos para isso são os mais variados: liderança
que não consegue motivar sua equipe, baixo grau de envol-
vimento dos funcionários, falta de capital para investimento,
estruturas burocráticas, ausência de pesquisa, conhecimento e
180
CONCLUSÃO
Lâmpada Queimada
Há casos em que a grande dificuldade da empresa está
em gerar ideias criativas para os seus produtos e para o seu
negócio. Essa dificuldade está vinculada a uma série de fatos,
sendo que o principal deles é o medo de mudar. Companhias
que tiveram um grande sucesso recente e que cresceram con-
sideravelmente nos últimos tempos acabam ficando receosas
de alterar as bases de sua consagração. Com medo de perder
tudo aquilo que conquistaram até então (muitas vezes por
meio da ousadia e do imprevisível), tornam-se naturalmente
mais conservadoras. Sem perceber, passam a trabalhar para
manter sua participação no mercado e seu status quo em vez de
surpreender o mercado e seus consumidores. Em muitos casos,
elas possuem uma excelente capacidade interna (funcionários
motivados e competentes, capital para o investimento e um
181
EXPLOSÃO DA INOVAÇÃO
Terra Arrasada
A situação da empresa denominada “Terra Arrasada” é
a mais complexa de todas. Essa companhia possui baixa ca-
pacidade interna para a promoção da inovação e tem um nível
pobre de geração de ideias criativas. Os motivos que a levaram
a esta condição são: problemas financeiros que destruíram a
forma de trabalho da empresa e o moral de seus funcionários,
liderança centralizadora e destrutiva que não confia em sua
equipe, briga intensa pelo poder dentro da empresa, deixando
a Inovação em segundo plano, ou problemas de sucessão (nor-
malmente em empresas familiares) que ninguém sabe o que vai
acontecer.
A principal característica da empresa “Terra Arrasada” é
pensar apenas no presente. Sua função primordial é a sobrevi-
vência. Inovar ou pensar no amanhã são luxos que ela não se
dá ao direito de cogitar. Dessa forma, não consegue pensar em
182
CONCLUSÃO
Considerações Finais
183
EXPLOSÃO DA INOVAÇÃO
184
CONSIDERAÇÃO FINAL
Mensagem Final
Inove Sempre!
185
BIBLIOGRAFIA
186
BIBLIOGRAFIA
187
EXPLOSÃO DA INOVAÇÃO
188
BIBLIOGRAFIA
189
CURRÍCULO DOS AUTORES
Márcio Abraham:
Master of Science em Engenharia Industrial pelo Te-
chnion Institute of Technology e Doutor em Engenharia de
Produção pela Escola Politécnica da USP, onde foi professor
por 10 anos e criador do Prêmio Procter & Gamble de Desen-
volvimento de Novos Produtos da Poli-USP. Master Black Belt
e consultor internacional, com ampla experiência em Inovação,
Gestão Empresarial, Lean Seis Sigma e Redução de Custos. É
Diretor Presidente do Setec Consulting Group e Comentarista
do Programa Eldorado Gestão.
Ricardo Bonacorci:
Coordenador de Projetos da Games for Business, empre-
sa especializada no desenvolvimento de jogos empresariais.
Especialista em Administração de Empresas pela FGV-SP,
Pós-graduado em Gestão de Inovação pela ESPM e Bacharel
em Propaganda e Marketing também pela ESPM. Trabalhou
em empresas como Coca-Cola (Brasil e Argentina), Gradiente,
Lojas Renner e Setec Consulting Group.