Sistemas de Protecao Contra Incendios e Explosoes
Sistemas de Protecao Contra Incendios e Explosoes
Sistemas de Protecao Contra Incendios e Explosoes
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 CONCEITOS;
Calor
Quando falamos de calor, fica difícil sua definição, pois, vários autores dão esta
definição e fica um pouco complicado em decorrente da Fisica clássica, pois
estamos falando de uma energia, esta que eleva a temperatura dos corpos,
que pode ser através de processos físicos ou químicos, no momento nos
preocupamos em falar em Energia necessária para elevação de temperatura.
Os grandes Físicos, ainda explicam este fenômeno como sendo uma condição
de movimento da matéria quando se movimenta através de suas moléculas, ou
seja, elas estão sempre em movimento, e quando sua temperatura aumenta
através do calor, elas se agitam mais ainda.
Sendo uma forma de energia, podemos concluir que ele terá efeitos fisiológicos
sobre o organismo nos seres e nos corpos inanimados pode produzir efeitos
fiscos e químicos, sendo que, com o aumento do calor teremos alguns
processo nos corpos que podem não ser desejáveis, como expansão, ou
flacidez em outros, trazendo grandes transtornos nas edificações se não
estiverem preparadas estruturalmente falando. Temos da física os pontos de
fusão dos materiais que por sua vez já são conhecidos, o único problema é que
nos sinistros não temos como medir a temperatura dos corpos e prever o
momento que eles vão colapsar ou soltar partes estruturais podendo atingir
tanto pessoas da edificação como emergencistas em ação.
Desta forma, com o aumento do calor, os corpos tendem a mudar seu estado
físico: alguns sólidos transformam-se em líquidos (liquefação), líquidos se
transformam em gases (gaseificação) e há sólidos que se transformam
diretamente em gases (sublimação). Isso se deve ao fato de que o calor faz
com que haja maior espaço entre as moléculas e estas, separando-se, mudam
o estado físico da matéria. No gelo, as moléculas vibram pouco e estão bem
juntas; com o calor, elas adquirem velocidade e maior espaçamento,
transformando um sólido (gelo) em um líquido (água).
Temos que lembrar que citamos até agora os danos estruturais, mas os mais
graves também têm os danos pessoais causados pelo calor que incluem:
desidratação, insolação, fadiga e problemas para o aparelho respiratório, além
de queimaduras, que nos casos mais graves (1º, 2º e 3º graus) podem levar
até a morte.
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Propagação do Calor
Vamos definir agora as diferentes formas do calor se propagar que são de três
diferentes maneiras: condução, convecção e irradiação. Como tudo na
natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objetos com temperatura
mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. O mais frio de dois objetos
absorverá calor até que esteja com a mesma quantidade de energia do outro.
Convecção
Condução
Um corpo mais aquecido emite ondas de energia calorífica para um outro mais
frio até que ambos tenham a mesma temperatura. O bombeiro deve estar
atento aos materiais ao redor de uma fonte que irradie calor para protegê-los, a
fim de que não ocorram novos incêndios. Para se proteger, o bombeiro deve
utilizar roupas apropriadas e água (como escudo).
Combustível
Como toda a maioria dos corpos ele pode se apresentar de três formas na
natureza: sólidos, líquidos ou gasosos, e a grande maioria precisa passar pelo
estado gasoso para, então, combinar com o oxigênio. Dizemos que a
velocidade do combustível queimar, vai depender da sua capacidade de
combinar com oxigênio sob a ação do calor e da sua fragmentação (área de
contato com o oxigênio).
Combustíveis Sólidos
Uma proporção que se deve ser considerado é que quanto maior a superfície
exposto, mais rápido será o aquecimento do material e, conseqüentemente, o
processo de combustão. Como exemplo: uma barra de aço exigirá muito calor
para queimar, mas, se transformada em palha de aço, queimará com
facilidade. Assim sendo, quanto maior a fragmentação do material, maior será
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a velocidade da combustão.
Combustíveis Líquidos
Uma das propriedades muito conhecida dos liquidos é que assumem a forma
do recipiente que os contem. Se derramados, os líquidos tomam a forma do
piso, fluem e se acumulam nas partes mais baixas.
Temos que considerar uma outra propriedade dos líquido que é a solubilidade
do líquido, ou seja, sua capacidade de misturar-se à água. Os líquidos
derivados do petróleo (conhecidos como hidrocarbonetos) têm pouca
solubilidade, ao passo que líquidos como alcoóis, acetona (conhecidos como
solventes polares) têm grande solubilidade, isto é, podem ser diluídos até um
ponto em que a mistura (solvente polar + água) não seja inflamável.
Combustíveis Gasosos
Vejamos algumas propriedades dos gases, eles não têm volume definido,
tendendo, rapidamente, a ocupar todo o recipiente em que estão contidos.
Se o peso do gás é menor que o do ar, o gás tende a subir e dissipar-se. Mas,
se o peso do gás é maior que o do ar, o gás permanece próximo ao solo e
caminha na direção do vento, obedecendo aos contornos do terreno.
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Para o gás queimar, há necessidade de que esteja em uma mistura ideal com o
ar atmosférico, e, portanto, se estiver numa concentração fora de determinados
limites, não queimará.
Comburente
Reação em Cadeia
Item muito discutido por todos aqueles que se dedicam ao estudo do fogo,
temos a reação em cadeia torna a queima auto-sustentável. O calor irradiado
das chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores,
que se combina com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o
combustível, formando um ciclo constante.
Formas de Combustão
Combustão Incompleta
Combustão Espontânea
Explosão
Retirando o Material
Resfriando
Abafando
Pode-se abafar o fogo com uso de materiais diversos, como areia, terra,
cobertores, vapor d’água, espumas, pós, gases especiais etc.
Este tópico é muito importante e cabe salientar que dele depende o sucesso
das nossas ações de combate a sinistros. Eles são classificados de acordo
com os materiais neles envolvidos, bem como a situação em que se
encontram. Essa classificação é feita para determinar o agente extintor
adequado para o tipo de incêndio específico. Entendemos como agentes
extintores todas as substâncias capazes de eliminar um ou mais dos elementos
essenciais do fogo, cessando a combustão.
Método de extinção
Precisamos fazer uma separação da superfície fogo com os corpos que estão
queimando através do abafamento ou da interrupção (quebra) da reação em
cadeia. No caso de líquidos muito aquecidos (ponto da ignição), é necessário
resfriamento.
Método de extinção
Uma vez que estamos lidando com corpos energizados, a sua extinção
necessita de agente extintor que não conduza a corrente elétrica e utilize o
princípio de abafamento ou da interrupção (quebra) da reação em cadeia.
Esta classe de incêndio pode ser mudada para “A”, se for interrompido o fluxo
elétrico. Deve-se ter cuidado com equipamentos (televisores, por exemplo) que
acumulam energia elétrica, pois estes continuam energizados mesmo após a
interrupção da corrente elétrica.
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Incêndio Classe “D”
Método de extinção
1.2 - LEGISLAÇÃO
Constituição Federal
1.3 - Seguro
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CIRCULAR SUSEP Nº 006, DE 16.03.92
Para fins de proteção de que trata este item, são os riscos isolados, no
conceito da Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, classificados em três classes,
de acordo com a natureza de suas ocupações.
b) 10% (dez por cento) quando o risco for protegido por sistema independente
de abastecimento por gravidade ou por tanque de pressão e não for
beneficiado com desconto por hidrantes.
Extintores Portáteis
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De maneira a utilizar de forma fácil e rápida em seu manuseio, destinados a
combater princípios de incêndio. Recebem o nome do agente extintor que
transportam em seu interior (por exemplo: extintor de água, porque contém
água em seu interior).
Extintor de água:
Capacidade: 10 litros
Aplicação: Classe A
Alcance: 10 metros
Capacidade: 1, 2, 4, 6, 8 e 12 Kg
Unidade extintora: 04 Kg
Alcance: 05 metros
Capacidade: 4, 6, 8 e 12 Kg
Unidade extintora: 04 Kg
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Aplicação: Classes B e C, se for na D, o pó é especial
Alcance: 05 metros
Pressão externa que esta junto ao cilindro em outro cilindro pressurizado, para
se obter a liberação do pó, abre o cilindro pequeno e este pressuriza o extintor
e ai apertam o gatilho para o funcionamento.
Capacidade: 2,4 e 6 Kg
Unidade extintora: 06 Kg
Aplicação: Classes B e C
Tomar cuidado com a descarga, pois, ele opera com baixas temperaturas e
corremos o risco de queimaduras nas mãos, então temos a parte apropiada
para manusear o difusor.
Extintor de espuma:
Aplicação: Classes A e B
Alcance: 05 metros
Aplicação: Classes A e B
Alcance: 05 metros
Manutenção e Inspeção
São aparelhos com maior quantidade de agente extintor, montados sobre rodas
para serem conduzidos com facilidade. As carretas recebem o nome do agente
extintor que transportam como os extintores portáteis. Devido ao seu tamanho e sua
capacidade de descarga a operação destes aparelhos obriga o empenho de
dois operadores.
a) de água;
b) de espuma mecânica;
c) de espuma química;
d) de pó-quimico-seco e
e) de CO2.
a) de água:
Carreta de água:
Capacidade: 75 a 150 litros
Aplicação: Classe A
Alcance: 13 metros
Faz-se necessário um cilindro ao lado da carreta para pressurizar a
água e a partir daí pode-se apertar o gatilho para liberação da água.
b) de espuma mecânica:
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Carreta de Espuma Mecânica
Capacidade: 75 a 150 litros mistura de água e LGE
Aplicação: Classe A e B
Alcance: 7,5 metros
Faz-se necessário um cilindro ao lado da carreta para pressurizar a
mistura de água e LGE e a partir daí pode-se apertar o gatilho para
liberação da mistura que entrar em contato com o ar, formar-se-á a
espuma.
c) de espuma química:
d) de pó-quimico-seco:
e) de CO2:
Água que deve ser separados para uso excusivo em caso de sinistros e/ou
princípios de incêndios, não podendo ser utilizada para outros fins.
Hidrante
b) sistema de pressurização.
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O sistema de pressurização consiste normalmente em uma bomba de incêndio,
d) Tubulação;
Mangueira
Ela é formada por um conjunto constituído por um tubo interno revestido com
reforço têxtil e com uma junta de união em cada extremidade para possibilitar o
seu acoplamento.
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Tubo Interno: deve ser de borracha, plástico ou outro material flexível.
Reforço Têxtil: deve ser fabricado com fios sintéticos. O urdume deve ser
entrelaçado com a trama.
Após a utilização das mesmas, devem ser recolhidas recolhidas, devem sofrer
rigorosa inspeção visual quanto ao estado da lona e das uniões. Após, as
mangueiras aprovadas deverão ser lavadas cuidadosamente com água pura, e,
se necessário, com sabão neutro. Escovas de fibras longas e macias podem
ser usadas para remover as sujeiras e os resíduos do sabão empregado. Após
enxáguo sucessivos, a mangueira deverá ser posta para secar em suporte
adequado, à sombra, de onde só deverá ser retirada após completamente
seca. O uso de estufa para secagem deve obedecer às especificações do
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fabricante; todavia, a mangueira deve ser antes suspensa por no mínimo 10
( dez ) dias para completa drenagem da água acumulada na parte interna.
ESGUICHOS
Temos que nos ater a alguns conceitos muito importantes para nos, e um dele
é o conceito de esguicho: que é um acessório hidráulico que é acoplado na
extremidade final das mangueiras para dar forma, direção e velocidade ao
agente extintor em direção ao fogo. Ele transforma a água em um jato e
controla o jato até que o fogo seja extinto de maneira mais eficiente (o que
significa: usando uma quantidade mínima de água, com o mínimo de dano
causado pela água). Um esguicho consiste normalmente de uma ponta e de
uma válvula de abertura e fechamento. A ponta ou extremidade do esguicho
recebe o nome de requinte. A válvula de abertura e fechamento serve não
apenas para abrir e fechar o esguicho, mas, em alguns casos, serve também
como meio para controlar a vazão pela sua ponta. O requinte do esguicho é o
componente do esguicho que forma o jato.
Para se tornar um eficiente agente extintor, a água precisa estar sob a forma
de jato de combate a incêndio. Um jato de água para combate a incêndio se
forma pela conjugação do uso de bombas para desenvolver pressão e
mangueiras para transportar água. Assim, a água pode ser forçada por uma
linha de mangueiras com velocidade suficiente para ser levada do esguicho até
o ponto desejado. Este jato de água é formado pelo esguicho.
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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CAPITULO 2 – PROTEÇÕES ATIVA, PASSIVA E PROTEÇÃO
ESTRUTURAL
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
Definição e conceito
Temos por definição que uma saída de emergência faz parte de um conjunto
que integra a edificação, possuindo requisitos à prova de fogo e fumaça para
permitir o escape das pessoas em segurança, em situações de emergência.
Descrição geral
Elas são compostas por portas, acessos e escadas, que podem ser dos
seguintes tipos:
Após este tempo admite-se, em tese, sua ruína (colapso estrutural). Assim as
ações de resgate e combate ao incêndio devem ter sucesso dentro deste
período. Os métodos para se comprovar os tempos requeridos de resistência
das estruturas são baseados em:
Estruturas metálicas
O uso de perfis metálicos como estrutura vem crescendo bastante nos últimos
anos no mercado da construção civil. O aço absorve rapidamente a variação de
temperatura do ambiente, sendo que suas características físico-químicas são
alteradas com o aumento da temperatura. Conclui-se por meio de testes e
ensaios que a uma temperatura de aproximadamente 550º C o aço perde 50%
de sua resistência mecânica.
c) mantas cerâmicas;
f) alvenaria e concreto.
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Estrutura de madeira
Objetivo
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No caso de um imprevisto com a falta de iluminação na edificação ela deve
proporcionar iluminação suficiente e adequada, a fim de permitir a saída fácil e
segura das pessoas para o exterior da edificação, em caso de interrupção da
alimentação normal, bem como proporcionar a execução de serviços do
interesse da segurança e intervenção de socorro (Bombeiros) e garantir a
continuação do trabalho nos locais onde não possa haver interrupção de
iluminação normal. O sistema alimentará principalmente os seguintes locais:
corredores, escadas, rampas, saídas, áreas de trabalho, áreas técnicas, e
áreas de primeiros socorros.
Composição básica
Quanto ao tipo de sistema para a finalidade acima descrita, são aceitos os
seguintes tipos: conjunto de blocos autônomos (instalação fixa), sistema
centralizado com baterias e sistema centralizado com grupo motogerador.
Sistema centralizado
Bloco autônomo
Sistema centralizado
b) portas corta-fogo;
c) vedadores corta-fogo;
e) selos corta-fogo; e
a) entrepisos corta-fogo;
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b) enclausuramento de escadas por meio de parede corta-fogo;
d) selos corta-fogo;
f) vedadores corta-fogo;
pavimentos consecutivos; e
Átrios
Estes locais são entendidos como locais diferenciados e devem ser entendidos
como espaços no interior de edifícios que interferem na compartimentação
horizontal ou vertical, devendo atender a uma série de condições para não
facilitarem a propagação do incêndio.
Para que a existência do átrio não afete a compartimentação vertical é
necessário que as seguintes condições adicionais sejam atendidas:
a) compartimentação do átrio deve ser feita em todos os pavimentos servidos
em seu perímetro interno ou no perímetro da área de circulação que o rodeia
em cada pavimento;
b) os elementos de compartimentação do átrio devem apresentar resistência ao
fogo, podendo, inclusive, constituírem-se por paredes corta-fogo de
compartimentação, vidros corta-fogo e vedadores corta-fogo;
c) as paredes corta-fogo de compartimentação devem ter resistência ao fogo
de no mínimo 120 minutos;
d) os vedadores corta-fogo podem ser retráteis, de correr ou de deslocamento
horizontal, devendo ser compostos integralmente por materiais incombustíveis;
os vedadores podem apresentar fechamento automático, comandado por
sistema de detecção automática de fumaça;e
e) as condições de fechamento dos vedadores mencionados no item anterior
devem ser tais que não ofereçam risco de provocar acidentes e ferimentos nas
pessoas.
Compartimentação horizontal:
Compartimentação vertical:
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CAPITULO 3 – SITEMAS DE DETECÇÃO DE ALARME, FUMAÇA E
SISTEMAS FIXOS DE PROTEÇÃO A INCENDIOS E EXPLOSÃO.
b) alguns locais que apenas pessoa autorizada possa transitar para operá-la;
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c) instalar a central em altura compatível para a operação (entre 1,20m e 1,60m
do piso acabado);
Este controle que citamos é um sistema que promove a extração dos gases e
da fumaça do local de origem do incêndio, controlando a entrada de ar
(ventilação) e prevenindo a migração de fumaça e gases quentes para as áreas
adjacentes não sinistradas.
3.2.2 VENTILAÇÃO
Formas de ventilação
Ventilação natural
Este tipo de ventilação é bem simples, pois, utiliza o fluxo natural do ar para
retirar a fumaça do ambiente sinistrado. O fluxo natural da fumaça no interior
da edificação pode ser produzido pelo vento ou pelo efeito chaminé. Para fazer
a ventilação natural, o responsável retira as obstruções que impedem o fluxo
natural do ar. Estas obstruções podem ser portas, janelas, alçapões fechados,
paredes e tetos (coberturas ou telhados).
Na ventilação natural, o responsável depende da velocidade do vento e das
aberturas em tamanho suficientes para efetuar a ventilação. Quando as
aberturas naturais forem impróprias, tais como quando desalinhadas ou
pequenas, o responsável pode efetuar a ventilação forçada antes de criar
aberturas adicionais. Ao quebrar paredes e telhados, o responsável pode
provocar um transtorno para o proprietário da edificação, devido aos danos que
pode causar, pois, além do fogo, as ações dos bombeiros também podem
destruir seu patrimônio.
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Ventilação forçada
Este outro tipo já nos preocupa, pois, é necessário de ser realizada por meio de
equipamentos mecânicos, como por exemplo, exaustores, ventiladores ou
aplicação de água com esguichos reguláveis, para forçar a saída da fumaça da
edificação. A ventilação forçada permite criar ou aumentar a velocidade do
fluxo de ar no interior da edificação, para promover a sua extração da fumaça
para o meio exterior.
Temos então que a ventilação forçada é uma operação rápida que produz um
aumento da velocidade do fluxo de ar e fumaça pelas aberturas existentes, que
geralmente é suficiente para retirar a fumaça da edificação, permitindo uma
boa visualização do local sinistrado.
Técnicas de ventilação
Ventilação tática
COMPONENTES DO SISTEMA
Gravidade
Bombas de recalque
Registro de recalque
Temos que tomar muito cuidado com este agente, pois, ele é um gás asfixiante
( retira o oxigênio do local ), especial cuidado deve ser tomado com a proteção
respiratória, além do que, existindo vítimas no ambiente, faz-se necessário
fechar a válvula de segurança que todo sistema obrigatoriamente deve ter.
Localizar esta válvula, da mesma forma que a válvula do sistema de chuveiros
automáticos, depende da disponibilidade do projeto técnico no local do
incêndio. Caso contrário, os bombeiros terão que procurá-la. Normalmente ela
está instalada próximo à bateria de cilindros.
Não temos a intenção de definir diferente do que já esta definida, mas sim
definir de forma simples que é um aglomerado de bolhas de ar formado por
solução aquosa. Trata-se do resultado do batimento de água, ar e extrato
formador. Flutua sobre os líquidos devido a sua baixa densidade.
Para ser eficiente, a espuma, para incêndio, deve ter determinadas
características físicas:
Espuma mecânica
Baixa expansão
Média expansão
Alta expansão
EFE Proteínico
Proteínico comum
Esse foi o primeiro tipo de extrato a entrar no mercado e tem sido utilizado
desde a segunda guerra. É produzido por meio da hidrólise de queratina
granulada como tutano de boi, pena de aves, etc. Em seguida, estabilizadores
e inibidores são incluídos para prevenir corrosão e resistir à decomposição de
bactérias e controlar a viscosidade.
É utilizado em combate a incêndio envolvendo líquidos combustíveis que não
se misturam com água. Possui razoável resistência a temperaturas elevadas e
proporciona boa cobertura. Não deve ser usado para combate a incêndio em
solventes polares (álcool, acetona, etc) porque é dissolvido por eles. Solventes
polares são aqueles que se misturam com a água, conseqüentemente,
destruindo a espuma.
Não pode ser utilizado em esguichos que não contenham estrutura aspirante.
Proteínico polivalente
EFE Sintético
AFFF 6%
É um extrato à base de substâncias fluoretadas, solventes e hidrocarbonos.
Utilizado somente para incêndios em hidrocarbonetos na dosagem de 6%.
Proporcionadores portáteis
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CAPITULO 4 – INCENDIOS FLORESTAIS.
1) natureza química - são os incêndios que têm origem em uma reação química
qualquer;
2) natureza física - são os incêndios que têm origem por meio de um efeito
físico qualquer;
Existem vários tipos de vegetação, bem como diferentes combinações entre si,
conforme segue:
d) cerradão - é constituído por três níveis, sendo os dois primeiros iguais aos
dois do Cerrado e um terceiro formado de árvores que podem atingir de 18 a
20 metros de altura;
f) mangue: formação típica de litoral, sob ação direta das marés, em solos com
limosidade de regiões estuarinas. Constituí-se de único estrato de porte
arbóreo e diversidade muito restrita. Neste ambiente salobro desenvolvendo-se
espécies adaptadas a essas condições, ora denominada por gramíneo o que
lhe confere uma fisionomia herbácea; ora denominadas por espécies arbóreas.
O mangue abriga grande variedade de espécies da fauna brasileira, como
tapicuru, guará, crustáceos, sapos, insetos, garça, entre outros. O mangue
devido ao acúmulo de material orgânico, característica importante desse
ambiente, garante alimento e proteção para a reprodução de inúmeras
espécies marinhas e terrestres;
COMBUSTÍVEIS
• VENTO: quanto mais forte for o vento, mais rápida será a propagação do
incêndio, isto porque o vento traz consigo um suprimento adicional de oxigênio.
Pode também levar fagulhas além da linha do fogo e iniciar, com isto, focos
secundários. Ventos mudam a direção do fogo rápida e inadvertidamente.
Estas mudanças colocam em risco tanto a segurança no trabalho quando o
próprio controle do incêndio.
Visto que o sol aquece o solo, o ar junto ao solo aquecido sobe. Assim,
as correntes de ar geralmente erguem-se pelos vales e aclives durante o dia.
Durante a tarde e a noite, o solo se refresca e as correntes de ar invertem sua
direção, descendo aos vales de declives. Portanto é importante verificar a
direção do vento nos vales e declives para que se planeje o ataque ao
incêndio.
USO DE ABAFADOR: deve ser aplicado sobre o fogo para extinguí-lo, com
movimentos de sobe e desce, sem ultrapassar a linha do corpo. Podem ser
confeccionados de ramos verdes, tiras de mangueiras;
Nunca devemos tentar construir um aceiro em uma área em aclive pois o fogo
pré-aquecerá a vegetação à frente aumentando consideravelmente a sua
velocidade de propagação, oferecendo risco aos bombeiros. Neste caso, o
melhor ponto para a sua construção será logo após o “cume” (topo).
O aceiro próprio para declives (após o topo) é chamado “aceiro trincheira” cuja
característica essencial é a utilização de enxadões para sulcar a terra,
puxando-a para fora, de forma a criar uma espécie de anteparo aos corpos
incandescentes que possam vir a rolar.
Lembrar que o aceiro deverá envolver todo o perímetro do fogo e que para
conter os flancos e a retaguarda a largura do aceiro poderá ser menor, numa
proporção de 4 a 5 vezes o aceiro que conterá a cabeça ou frente desse
mesmo fogo
Toda a vegetação retirada da área raspada, caso não esteja queimada, deve
ser removida em direção à área a preservar, para mais tarde evitar uma grande
carga de incêndio pela utilização do fogo de encontro.
USO DO FOGO: esta técnica, sempre que possível deve ser evitada pois se
mal executada poderá causar mais danos e ainda cercar outros combatentes,
propiciando-lhes risco de vida. Apenas o líder do grupo de combate deverá
optar e manusear o fogo, sendo que poderemos empregar o fogo nas
seguintes situações:
FOGO DE ENCONTRO: consiste em atear fogo a partir de um aceiro natural
ou construído, contra o vento e em direção à frente principal;
FOGO DE ELIMINAÇÃO OU ALARGAMENTO DE ACEIRO: uma técnica mais
segura e indicada é a utilização do fogo a partir de um aceiro raspado (natural
ou construído) manuseando-se um “pinga-fogo” de forma a se atear fogo e logo
em seguida apagá-lo com abafadores e bomba-costal , aumentando-se a
largura desse aceiro raspado (criação de áreas queimadas);
USO DE RETARDANTES: produtos à base de óxido de ferro e especialmente
produzidos para atuar na extinção dos incêndios florestais, poderão ser
lançados por via aérea de forma a cercar o fogo;
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CONSTRUÇÃO DE LINHA FRIA: fazendo uso de água através de moto-
bomba, viaturas ou aeronaves, lançar água de forma a criar-se um obstáculo
úmido à frente do fogo e se possível envolvendo o seu perímetro.
Fonte: Manual de Combate a Incêndios Florestais; 1ª edição 2006; volume 04
PRECAUÇÕES GERAIS
Fraturas:
Ferimentos:
Uma vez definida a área de origem do incêndio, a causa dele pode estar
aparente. Mesmo que a fonte de ignição não esteja aparente, é possível
eliminar o que não o causou;
Através do processo de eliminação das categorias de causas de incêndio,
pode-se concentrar melhor na busca da fonte de ignição.
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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BIBLIOGRAFIA