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Juventude: O nosso compromisso!

Guia de apoio

Operacionalização de processos de
RVCC profissional

Maria Jorge da Silva


Vanina Chantal Marcelino

Abril de 2016
Juventude: O nosso compromisso!

ÍNDICE GERAL

PÁGINAS

ENQUADRAMENTO 3

INTRODUÇÃO 4

1. CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS REFERENCIAIS DE QUALIFICAÇÃO E OS REFERENCIAIS DE 7


RVCC PROFISSIONAL E RESPETIVOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

2. ETAPAS, INTERVENIENTES E INSTRUMENTOS 11

2.1. INFORMAÇÃO E ORIENTAÇÃO 13

2.2. RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIAS 17

2.3. VALIDAÇÃO DE COMPETÊNCIAS 24

2.4. CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS 33

3. AVALIAÇÃO DO PROCESSO E POSSIBILIDADES DE ENCAMINHAMENTO 39

CONCLUSÃO 43

GLOSSÁRIO 44

PERGUNTAS FREQUENTES 48

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 57

BIBLIOGRAFIA DE CONSULTA 57

ANEXOS 59

1
Juventude: O nosso compromisso!

ÍNDICE DE FIGURAS E QUADROS


PÁGINAS
Figura 1. Correspondência entre o perfil profissional, o programa formativo e o 7
referencial de competências profissionais.
Figura 2. Correspondência entre Módulos Formativas e Unidades de 8
Competência.
Figura 3. Correspondência entre os Programas Formativas e os Referenciais de 9
Competências Profissionais.
Figura 4. Etapas de conceção e validação de referenciais de competências 10
profissionais.
Figura 5. Determinação do perfil do candidato e encaminhamento para a 11
resposta mais adequada.
Figura 6. Modelo de grelha de autoavaliação (excerto associado à qualificação 14
de Receção em Alojamentos).
Figura 7. Modelo de grelha de identificação de competências (excerto 18
associado à qualificação de Receção em Alojamentos).
Figura 8. Modelo de guião de entrevista técnica (excerto associado à 21
qualificação de Receção em Alojamentos).
Figura 9. Grelha de avaliação da observação de desempenho em posto de 25
trabalho e de prática simulada.
Figura 10. Exemplo de exercício prático (excerto associado à qualificação de 26
Receção em Alojamentos).
Figura 11. Certificação de competências profissionais. 29
Figura 12. Etapas para a obtenção de uma qualificação profissional. 34

Figura 13. Etapas, intervenientes e instrumentos mobilizados no 36


desenvolvimento de processos de RVCC profissional.
Figura 14. Exemplo de grelha de registo das avaliações (excerto associado à 38
qualificação de Receção em Alojamentos).
Figura 15. Registo de avaliações e cumprimento dos requisitos para a 41
validação da UC (excerto associado à qualificação de Receção em
Alojamentos).

Figura 16. Registo de avaliações e cumprimento dos requisitos para a 42


validação da UC (excerto associado à qualificação de Receção em
Alojamentos).
QUADRO 1. O processo de RVCC profissional: etapas, intervenientes, 13
mecanismos e instrumentos

2
Juventude: O nosso compromisso!

ENQUADRAMENTO

Com a passagem da categoria de “país menos avançado” para a de “país de renda média”,
Cabo Verde passou a fazer parte da Organização Mundial do Comércio e a enfrentar novos
desafios, sobretudo, com vista à consolidação do desenvolvimento equitativo, sustentável e
integrado do país. A promoção da economia de Cabo-Verde tem sido pautada pela aposta no
turismo, no reforço do contributo da agricultura para o crescimento, na mobilização de
recursos internos, na ampliação da base produtiva e na promoção dos investimentos.

O reconhecimento e a validação de competências adquiridas em contextos não formais e


informais assumem particular relevância na melhoria e no desenvolvimento de novos
fatores de produtividade, competitividade e complexidade do mercado de emprego,
exigindo a promoção da (re)qualificação dos ativos em particular, e da população em geral.
Assim, a aposta na qualificação dos recursos humanos visa contribuir para a redução da
pobreza e para dignificar a geração de empregos decentes, com efeitos diretos na economia,
bem como na melhoria das condições de trabalho e de vida da população.

A valorização e o reconhecimento formal dos saberes adquiridos e das competências


desenvolvidas pelos indivíduos (aprendizagens não formais e informais), úteis aos atuais
contextos produtivos e sociais, é crucial não só como via de acesso e de elevação de
qualificações, bem como de reconversão e progressão profissional. Promove ainda, práticas
de aprendizagem ao longo da vida, de responsabilidade e de valorização social do
conhecimento técnico e científico e da cultura, ajustando a formação às necessidades dos
indivíduos e dos diferentes contextos.

Por conseguinte, o desenvolvimento destes processos deverá partir da disponibilização de


respostas de qualificação mais articuladas e consentâneas com as necessidades individuais e
do mercado de trabalho, assim como através da otimização de recursos e meios humanos e
materiais, contribuindo para a criação de uma cultura baseada na importância das
competências e da valorização profissional promovendo a dinamização e crescimento da
economia Cabo-Verdiana.

3
Juventude: O nosso compromisso!

INTRODUÇÃO

O Sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências de Cabo-Verde


inscreve-se no Sistema Nacional de Qualificações (SNQ), criado pelo Decreto-Lei n.º 20/2010
de 14 de junho, e de acordo com o estabelecido no seu âmbito, este “abrange um conjunto
de instrumentos e ações necessários à promoção, desenvolvimento e integração das ofertas
da formação profissional e técnica, através do Catálogo Nacional das Qualificações
Profissionais, assim como, permitir a evolução e certificação das correspondentes
competências profissionais, de modo a favorecer o desenvolvimento profissional, humano e
social das pessoas e responder às necessidades do tecido produtivo”.

Neste contexto, entre os objetivos consagrados pelo SNQ salienta-se o de “reconhecer as


competências prévias, incluindo experiências de trabalho e de vida, através de processos de
verificação, reconhecimento, validação e certificação das mesmas, considerando os vários
contextos de aprendizagem”.

O Sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências profissionais de


Cabo-Verde é regulado pelo Decreto-lei n.º 54/2014 de 22 de Setembro e destina-se a
indivíduos com idade igual ou superior a 25 anos e experiência profissional comprovada de,
pelo menos, 5 anos.

O presente guia decorreu de um projeto de consultoria internacional, inserida no quadro do


Programa de Apoio à Estratégia Nacional de Criação de Emprego em Cabo-Verde
(PAENCE/CV) e implementado através da parceria - Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento, Organização Internacional de Trabalho e Ministério da Juventude,
Emprego e Desenvolvimento de Recursos Humanos em Cabo-Verde.

Neste âmbito, constitui uma ferramenta metodológica de apoio à operacionalização dos


referenciais e instrumentos de reconhecimento, validação e certificação de competências
profissionais, dirigida aos profissionais e rede de entidades com competência técnica e
certificadora para o desenvolvimento de processos de RVCC profissional.

4
Juventude: O nosso compromisso!

O presente documento explicita as etapas, intervenientes e duração de referência do


processo de RVCC profissional, bem como os diversos instrumentos, características e
especificidades dos mesmos mobilizados pelos diferentes intervenientes em cada uma das
etapas.

Por se constituir um instrumento de apoio às equipas técnico-pedagógicas, este Guia poderá


e deverá ser objeto de consolidação e de ajustamentos que se julguem necessários, em
função da evolução do contexto de referência dos Sistema de RVCC em geral, e do processo
de RVCC profissional em particular.

O sector de Hotelaria Restauração e Turismo (HRT) foi considerado um dos sectores


prioritários e motor da economia de Cabo-Verde e um dos clusters de desenvolvimento do
país. Neste sentido, a primeira fase de implementação piloto do RVCC profissional incidiu
sobre profissões-chave com potencial estratégico para a criação de emprego dentro do
sector de HRT, designadamente: Cozinheiros, Pasteleiros, Empregados de Mesa e Bar e
Rececionistas de Hotel e Guias de Turismo.

Importa ainda referir que, no âmbito das atividades e profissões regulamentadas, como é o
caso da área da hotelaria, restauração e turismo, a obtenção da Carteira Profissional pela via
da experiência profissional é feita através do Sistema de Reconhecimento, Validação e
Certificação de Competências (RVCC), estabelecido pelo Decreto-Lei nº 54/2014, de 22 de
Setembro, que se desenvolve com base nos referenciais de competências profissionais
integrados no Catálogo Nacional de Qualificações profissionais (CNQ) (artigo 9º do Decreto-
Lei nº 20/2010, de 14 de Junho, regulado pelo Decreto-Lei nº 66/2010, de 27 de Dezembro).

O presente documento encontra-se estruturado nas seguintes partes:

Enquadramento.

Introdução.

1. Correspondência entre os referenciais de qualificação e os referenciais de RVCC


profissional e respetivos instrumentos de avaliação.

2. Etapas, intervenientes e instrumentos:


2.1. Informação e orientação.

5
Juventude: O nosso compromisso!

2.2. Reconhecimento de competências.


2.3. Validação de competências.
2.4. Certificação de Competências.
3. Avaliação do processo e possibilidades de encaminhamento.

Conclusão.

Glossário.

Perguntas frequentes.

Referências bibliográficas.

Anexos.

6
Juventude: O nosso compromisso!

1. CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS REFERENCIAIS DE QUALIFICAÇÃO E OS REFERENCIAIS DE RVCC


PROFISSIONAL E RESPETIVOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Os referenciais de competências profissionais são concebidos tendo por base/referência os


respetivos referenciais de qualificação profissional.

As Unidades de Competência e os Módulos Formativos representam a unidade de menor


dimensão da qualificação que permitem, respetivamente, o reconhecimento e a certificação
autónoma e capitalizável entre um ou vários percursos, conforme representado na figura 1
que segue.

Perfil Profissional Referencial de Competências Profissionais Programa Formativo

Nível QNQ Nível QNQ Nível QNQ

Unidade Competência 1 Unidade Competência 1 (UC 1) Módulo Formativo 1


(UC 1)

Elemento de Elemento de Competência 1 Unidade Formativa 01


Competência 1

Atividade Conhecimentos Critérios de Capacidades e Critérios


Critérios de Profissional 1 desempenho de Avaliação
desempenho
Atitudes Indicadores Conteúdos
de avaliação

Figura 1. Correspondência entre o perfil profissional, o programa formativo e o referencial de competências profissionais.

As Unidades de Competência asseguram a correspondência entre os resultados obtidos


(traduzidos em competências que o candidato detém ou não detém através da realização de
um processo de RVCC profissional) e os Módulos Formativos mobilizados em contextos de
formação. Esta correspondência facilita, assim, o encaminhamento de candidatos para
percursos formativos, de modo a adquirirem as competências em falta e, desta forma,
completarem o seu processo.

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Juventude: O nosso compromisso!

A título de exemplo, no caso da qualificação de Rececionista de Hotel, a Unidade de


Competência “Realizar as atividades específicas da receção em alojamentos” tem uma
correspondência direta com o módulo de formação “Receção e atendimento ao cliente”,
conforme ilustra a figura x.

HRT 006_4 | RECEÇÃO EM ALOJAMENTOS


HRT 006_4. HOTELARIA, RESTAURAÇÃO E TURISMO
422205 | RECECIONISTA DE HOTEL; 422290 | OUTROS
RECECIONISTAS E TRABALHADORES SIMILARES

Programa Formativo| Módulo Referencial de RVCC profissional|


Formativo Unidade de Competência

MF2 (código MF026_4): UC2 (código UC026_4): Realizar


Receção e atendimento ao as atividades específicas da
cliente (270h) receção em alojamentos

Figura 2. Correspondência entre Módulos Formativas e Unidades de Competência.

No âmbito da operacionalização do processo de RVCC profissional é de salientar a forte


correspondência entre os Módulos dos programas formativos específicos a cada qualificação
profissional e as Unidades de Competência dos referenciais de competências profissionais.
Este facto permite que, em função das competências em falta, identificadas através dos
processos de RVCC profissional, o candidato possa ser encaminhado para um percurso de
formação flexível e ajustado às suas necessidades específicas.

Para além da sua função certificadora, os processos de RVCC profissional devem basear-se
em metodologias e instrumentos que permitam o posicionamento dos candidatos em
percursos formativos ajustados às suas necessidades e expectativas de qualificação.

A necessidade de procurar assegurar a correspondência entre Unidade de Competência e


Módulo Formativo é essencial dado que ambas representam a unidade mínima certificável
no âmbito do Catálogo Nacional das Qualificações Profissionais.

As competências adquiridas são avaliadas através da execução de atividades profissionais


específicas, pelo que as duas expressões (competências/atividades profissionais) são
indissociáveis ao longo deste documento, conforme ilustrado na figura 3.

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Juventude: O nosso compromisso!

Programa Formativo Referencial de RVCC profissional

Módulo Formativo Unidade de Competência

Elementos de Competência

Atividade profissional 1 Conhecimentos e Atitudes Critérios de desempenho e


indicadores de avaliação

Atividade profissional 2 Critérios de desempenho e


Conhecimentos e Atitudes
indicadores de avaliação

Figura 3. Correspondência entre os Programas Formativas e os Referenciais de Competências Profissionais.

No âmbito da operacionalização do processo de RVCC profissional, a execução de uma


atividade profissional não deverá constituir um conjunto de gestos “mecanizados” ou
“rotinizados” que traduzam um saber tácito que o candidato não seja capaz de transferir
para um outro contexto diferente daquele em que habitualmente o desenvolve.

Em termos práticos, pode verificar-se o caso de um candidato dominar, do ponto de vista


técnico, a preparação e a confeção de pratos principais de cozinha mas, porque o faz de
forma pouco consciente, rotinizada e sem mobilizar os conhecimentos necessários no que se
refere à aplicação dos procedimentos adequados para as boas práticas de higiene na
produção/confeção de alimentos, não validar a atividade profissional em causa.

Pretende-se, assim, garantir que este processo conduza a certificações valorizadas


socialmente, quer para os cidadãos, quer para os sistemas de educação-formação, quer
ainda para o mercado de trabalho, constatando-se, de facto, que os certificados e diplomas
atribuídos pelo reconhecimento da experiência adquirida devem estar em igualdade de
circunstâncias com os títulos obtidos pelas vias formais.

A certificação obtida através da realização de processos de RVCC profissional assenta na


existência de referenciais de qualidade, metodologias e instrumentos de avaliação exigentes
e rigorosos, do ponto de vista das técnicas e dos critérios aplicáveis; bem como, na
existência de padrões estabelecidos que refletem as exigências dos desempenhos
profissionais, sociais e individuais.

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Juventude: O nosso compromisso!

A conceção de referenciais de competências assenta num conjunto de etapas que


contemplam ainda momentos de validação, com vista a garantir a adequação, o rigor e a
qualidade dos mesmos juntamente com peritos técnicos das áreas e qualificações
profissionais visadas (figura 4).

Atribuir um grau de
Identificar os Descrever as importância às
Identificar as UC Elementos de atividades atividades
Competência profissionais profissionais
(ponderação)

Validação das
Descrever os critérios Validação todos os
atividades Descrever os
de desempenho e elementos
profissionais conhecimentos e
indicadores de constituintes do
nucleares atitudes
avaliação) referencial
(ponderação)

Figura 4. Etapas de conceção e validação de referenciais de competências profissionais.

Por sua vez, a conceção dos instrumentos de avaliação aplicáveis ao processo de RVCC
profissional parte do referencial de competências profissionais, considerando que existe
informação padrão e transversal entre este e os vários instrumentos, por exemplo as
Unidades de Competência e os Módulos Formativos correspondentes, os elementos de
competência e as atividades profissionais.

É de ressalvar que durante a conceção dos instrumentos de avaliação poderá verificar-se a


necessidade de proceder a alguns ajustes no referencial de competências profissionais,
decorrentes designadamente da formulação das questões do guião de entrevista técnica e
dos procedimentos associados às atividades profissionais que constituem as fichas de
exercícios práticos (figura 5).

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Juventude: O nosso compromisso!

Conceção da Grelha
de Avaliação de
Observação de
Conceção da Grelha Conceção do Guião de Conceção das Fichas
Desempenho em
de Autoavaliação Entrevista Técnica de Exercício Prático
Posto de Trabalho e
Grelha de Avaliação
da Prática Simulada

Verificação da
adequação dos Ajustes ao referencial
Validação dos
instrumentos ao de competências
instrumentos de
referencial de profissionais, em caso
avaliação
competências de necessidade
profissionais

Figura 5. Etapas de conceção e validação dos instrumentos de avaliação.

O ponto 2 do presente documento, que se segue, irá explicitar e caraterizar de modo mais
detalhado cada um destes instrumentos contextualizando os mesmos nas respetivas etapas
e intervenientes.

2. ETAPAS, INTERVENIENTES E INSTRUMENTOS

O processo de Reconhecimento Validação e Certificação de Competências profissionais


(RVCC profissional) desenvolve-se com base nos referenciais de competências profissionais
associados a qualificações profissionais que, por sua vez, integram um perfil profissional e
um programa formativo.

Este consiste num processo formal que permite aos indivíduos obter o reconhecimento, a
validação e a certificação das competências de que dispõe, independentemente da via de
aquisição das mesmas. Assenta na implementação de uma metodologia de balanço de
competências. Trata-se de uma metodologia de participação ativa, que envolve todos os
seus destinatários na construção e/ou monitorização das competências adquiridas ao longo
da vida nos mais variados contextos, com base na autoavaliação, análise introspetiva e
reflexiva das práticas (Estevão, 2005). O balanço de competências traduz-se numa
intervenção indutora da exploração e avaliação das competências, capacidades e interesses
do adulto fundamentalmente motivadas pela procura e construção de (novos) projetos para
a sua vida pessoal e profissional (Leitão (coord.), 2002).

11
Juventude: O nosso compromisso!

Para além de esta metodologia constituir um meio de demonstrar de forma mais objetiva as
aquisições, em termos de competências, deverá também ter funções de diagnóstico e de
avaliação das competências mais diretamente relacionadas – mobilizadas ou desenvolvidas -
com os objetivos e atividades de um determinado projeto, designadamente na construção
de um Portefólio Profissional no decurso do processo de RVCC profissional. Deverá, assim,
envolver intensamente o candidato que assume diretamente a responsabilidade de
construção do seu Portefólio Profissional.

O desenvolvimento de processos de RVCC profissional destina-se indivíduos com idade igual


ou superior a 25 anos e experiência profissional comprovada de, pelo menos, 5 anos; e
decorre em entidades certificadoras de competências profissionais previamente acreditadas
para o efeito.

Compete às entidades certificadoras assegurar as etapas do processo RVCC, bem como


organizar e ministrar a formação de acordo com os referenciais do CNQP no âmbito das
qualificações em que os candidatos desenvolvem processos de certificação de competências
profissionais durante ou após o processo.

A organização do processo de reconhecimento, validação e certificação de competências


profissionais é da responsabilidade do coordenador pedagógico da entidade certificadora,
assumindo as funções de supervisão pedagógica e coordenação dos recursos humanos
envolvidos. O coordenador pedagógico deverá selecionar os demais elementos que
constituirão a equipa técnico-pedagógica no âmbito do processo de RVCC profissional e
promover a formação dos seus elementos; dinamizar a realização de ações de divulgação do
sistema de RVCC profissional e apoiar e promover a constituição de parcerias para efeitos de
encaminhamento de candidatos.

O processo de RVCC profissional compreende um conjunto de etapas autónomas, mas


interligadas entre si e que deve ocorrer integralmente nas entidades certificadoras de
competências profissionais nas etapas do processo, tendo em conta os principais
mecanismos, intervenientes e os instrumentos aplicáveis, conforme figura abaixo
representada e de forma muito genérica.

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Juventude: O nosso compromisso!

PROCESSO DE RECONHECIMENTO, VALIDAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS (RVCC PROFISSIONAL)

ETAPAS (DURAÇÃO DE INTERVENIENTES MECANISMOS INSTRUMENTOS


REFERÊNCIA)

Técnico de Sessões de Referenciais do CNQP; Brochuras de


Informação e
Informação e divulgação, divulgação do SNQ e do CNQP; Ficha de
Orientação (3h-5h)
Orientação; informação Percurso Formativo e Ficha de Percurso
Candidato(s) Profissional

Reconhecimento de Autoavaliação/ Grelha de autoavaliação; Grelha de


Assessor;
Competências (5h- Autodiagnóstico; Identificação de Competências; Portefólio
Candidato
20h) Identificação de Profissional
Competências

Portefólio Profissional; Grelha de Identificação


Validação de de Competências; Guião de Entrevista Técnica;
Validador; Grelha de avaliação da observação de
Competências (15h- Heteroavaliação
Candidato desempenho em posto de trabalho; Grelha de
30h)
avaliação da prática simulada e exercícios
práticos

Certificação de Júri de Certificação; Portefólio Profissional; Projeto Profissional


Competências (1h- Heteroavaliação
Candidato (demonstração prática); PPQ; PDP
3h)r

Quadro 1. O processo de RVCC profissional: etapas, intervenientes, mecanismos e instrumentos.


2.1. INFORMAÇÃO E ORIENTA

Para além dos requisitos de idade e experiência profissional, é ainda de salientar o requisito
do nível habilitacional à entrada do processo. Se o acesso a alguns níveis de certificação do
QNQ, como é o caso dos níveis 3, 4 e 5 do QNQ, pressupõe uma determinada associação
entre o nível de escolaridade e a qualificação profissional, o Sistema de RVCC deverá
igualmente partir dessa interdependência entre o nível de escolaridade e a qualificação
profissional pretendida.

2.1. INFORMAÇÃO E ORIENTAÇÃO

A etapa de informação e orientação inicia-se diretamente na entidade certificadora onde o


candidato procede à sua inscrição com base na ficha em Anexo 1.

O processo de RVCC profissional inicia-se com uma fase de diagnóstico (conforme ilustrado
no Quadro 1), que permite perceber se os candidatos indiciam grande parte das

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Juventude: O nosso compromisso!

competências a reconhecer, validar e certificar tendo em conta o referencial de RVCC


profissional da qualificação pretendida. É desejável que os candidatos que ingressem neste
processo manifestem competências suficientes para validar metade, ou mais de metade das
Unidades de Competência que configuram o referencial de RVCC profissional.

Nos casos em que esta condição não se verifica, o mais adequado consistirá no
encaminhamento de candidatos para percursos formativos, pois os mesmos não evidenciam
as competências necessárias e não detêm o perfil ajustado para ingressar num processo de
RVCC profissional (figura 6).

Habilitações
Necessidades

Motivações, interesses
Ações/ Cursos de
e expetativas, Idade
formação frequentados

Locais de trabalho, funções


desempenhadas, tempo de
exercício das funções

ÍNDICIOS

EVIDÊNCIAS

PERFIL DO CANDIDATO E ENCAMINHAMENTO PARA PROCESSO DE RVCC PROFISSIONAL


OU PARA PERCURSOS FORMATIVOS

Figura 6. Determinação do perfil do candidato e encaminhamento para a resposta mais adequada.

O técnico responsável por esta etapa é designado por Técnico de Informação e Orientação
que deverá ser detentor de habilitações académicas de nível superior nas áreas das ciências
sociais, de preferência psicologia ou sociologia e possuir formação em orientação

14
Juventude: O nosso compromisso!

profissional, bem como formação específica no âmbito do processo de reconhecimento,


validação e certificação de competências profissionais.

Esta etapa consiste em recolher e analisar informação sobre o candidato, bem como prestar-
lhe informação sobre os perfis profissionais, os referenciais de qualificação e de certificação
profissional, bem como sobre o CNQP, as diferentes modalidades do SNQ e, deste modo,
encaminhá-lo para o percurso de qualificação mais adequado e ajustado ao seu perfil,
motivações, expetativas, interesses e necessidades. Deve ainda esclarecer o candidato sobre
a organização, as etapas, a finalidade e os destinatários do processo de reconhecimento,
validação e certificação de competências profissionais, aconselhando-o do percurso de
qualificação a seguir e guardar sigilo de todas as informações referentes ao candidato.

Nesta etapa, é desenvolvida uma análise global do percurso profissional e formativo do


candidato, recorrendo para tal aos instrumentos: ficha de percurso formativo e ficha de
percurso profissional (Anexos 2 e 3). Tratam-se de instrumentos com carácter generalista,
pois representam uma espécie de currículo organizado do candidato que sistematiza
informação relevante do ponto de vista do seu percurso formativo (habilitações, ações e
cursos de formação frequentados, entre outros aspetos), bem como profissional (locais de
trabalho, funções desempenhadas, tempo de exercício nas funções, relações profissionais,
entre outros aspetos). Estes instrumentos permitem ainda organizar a informação que o
candidato possui sobre o seu percurso académico e profissional auxiliando na recolha de
indícios e evidência.

A aplicação da ficha de percurso formativo e da ficha de percurso profissional é efetuada


pelo técnico de informação e orientação e irá permitir iniciar, caso o candidato ainda não
detenha, a construção de um portefólio com documentos que podem constituir
comprovativos de execução de determinadas atividades profissionais do ponto de vista das
competências adquiridas, orientando ainda o candidato no processo de compilação de
provas/evidências.

A ficha de percurso formativo e a ficha de percurso profissional constituem fontes de


informação imprescindível para o enquadramento da intervenção do Assessor na etapa
seguinte, devendo assim constar do Portefólio.

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Juventude: O nosso compromisso!

Face ao contexto e à realidade de emprego de Cabo-Verde a inexistência de comprovativos


ou de declarações prestadas pelos serviços competentes relativamente às funções já
desempenhadas pelos candidatos não deverão constituir um impeditivo no
encaminhamento para o desenvolvimento de processos de RVCC profissional.

Estas situações deverão ser exploradas juntamente com o Técnico de Informação e


Orientação, de modo a que constem refletidas, através de uma abordagem mais
autobiográfica dos percursos (abordagem formativa que mobiliza todo um trabalho de
reflexividade sobre a identidade, necessidades, escolhas, decisões e sobre as próprias ideias
do adulto (Josso,1999), ainda que possa não ter associado quaisquer comprovativos.

O Técnico de Informação e Orientação não deverá limitar e esgotar a sua intervenção à


etapa de informação e orientação, na medida em que este deverá apoiar os restantes
elementos da equipa técnica, Assessor e Avaliador, e o próprio candidato no
desenvolvimento e consolidação do portefólio profissional deste último, bem como no
equacionamento de uma pequena demonstração prática a concretizar na etapa da
certificação.

Poderá ainda verificar-se a necessidade do Técnico de Informação e Orientação colaborar


com o Assessor e o Avaliador, na organização de grupos de formação ou de formação
individualizada durante o processo, mais concretamente nas etapas de reconhecimento
e/ou de validação. Ou seja, quando, no decurso das etapas de reconhecimento e validação
de competências, for identificada a necessidade de formação até um máximo de 50 horas,
estas deverão ser asseguradas pelas entidades certificadoras/formadoras. Esta formação
visa colmatar necessidades pontuais e individuais de formação, pelo que não se espera que
as entidades organizem grupos de formação no âmbito dos processos de RVCC profissional.

Etapa de Informação e Orientação

Técnico responsável – Técnico de Informação e Orientação.

Instrumentos a mobilizar – referenciais do CNQP, brochuras e material de divulgação e


informação, ficha de percurso formativo e ficha de percurso profissional, portefólio.

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Juventude: O nosso compromisso!

2.2. RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIAS

A etapa do reconhecimento de competências visa a identificação e o reconhecimento das


competências indiciadas ou evidenciadas durante a etapa de informação e orientação, pelo
técnico responsável designado de Assessor. Sendo este um técnico da área profissional em
que desenvolve o processo de RVCC profissional irá focalizar-se nas Unidades de
Competência e nos Elementos de Competência do referencial associado à saída profissional
visada.

O Assessor deverá ser um técnico da família profissional em que se desenvolve o processo


de RVCC profissional e obedecer aos requisitos de acesso ao exercício da atividade de
formador; deter formação específica no âmbito da implementação/operacionalização de
processos de RVCC profissional e; preferencialmente, formação e experiência na área de
educação e formação de adultos. Deverá ainda ter um profundo conhecimento dos
referenciais de qualificação bem como dos referenciais de competências profissionais para
as áreas específicas onde irá atuar.

Assim, o Assessor deverá dar continuidade ao trabalho de evidenciação de competências


mobilizando, para tal, instrumentos que permitam gerar novas evidências ou aprofundar
outras. Tem como missão explicitar de forma aprofundada as etapas, os elementos da
equipa técnica e respetivos instrumentos associados ao processo de reconhecimento e
validação de competências profissionais. Deverá recorrer à aplicação obrigatória, da grelha
de autoavaliação (em Anexo 4), que, não sendo um instrumento com carácter avaliativo
mas sim de autodiagnóstico, deverá permitir o posicionamento do candidato face a um
conjunto de Unidades de Competência e atividades profissionais que integram o referencial
de competências profissionais associado à qualificação profissional pretendida (figura 7).

17
Juventude: O nosso compromisso!

GRELHA DE AUTOAVALIAÇÃO

Denominação: HRT 006_4 | Receção em Alojamentos

Família Profissional: HRT 006_4. Hotelaria, Restauração e Turismo

Nível: 4
Ocupações e postos de trabalho 422205 | Rececionista de Hotel
relacionados: 422290 | Outros rececionistas e trabalhadores similares

A grelha de autoavaliação é um instrumento sem fim avaliativo e com caráter de autodiagnóstico. Este instrumento deverá permitir o posicionamento do
candidato face a um conjunto de UC e atividades profissionais que integram o referencial certificação de competências profissionais.
Tratando-se, assim, de um instrumento de autopreenchimento e de autodiagnóstico do candidato, este deverá indicar se sabe ou não desempenhar as
Observações:
atividades profissionais em questão.
O assessor poderá apoiar o candidato no preenchimento da grelha de autoavaliação sempre que seja necessário descodificar a linguagem técnica
inscrita nas atividades profissionais, “traduzindo-as” em termos reconhecíveis pelo candidato.

UC2 (código UC026_4): Realizar as atividades específicas da receção em alojamentos

MF2 (código MF026_4): Receção e atendimento ao cliente (270h)

Sim Não
Elementos de Competência Atividades Profissionais Critérios de desempenho
(x) (x)

► Escolher os processos adequados para conseguir a maior eficácia na prestação de serviços, com base
nos meios disponíveis e em função da modalidade do estabelecimento.
1.1. Prepara o serviço de
receção ► Organizar o espaço físico de forma eficaz, tendo em conta: a adaptação dos meios disponíveis; o fluxo
de trabalho mais correto e rápido possível; a otimização das tarefas e circuitos, adaptando-se aos princípios
de ergonomia, segurança e saúde no trabalho.
► Aplicar os procedimentos específicos estabelecidos para uma prestação adequada do serviço, tendo em
1. Organizar a prestação de conta as características do estabelecimento: capacidade; categoria; localização; oferta; política da
serviço de receção, determinando empresa; tipologia de clientes; entre outros.
os processos adequados e
rentáveis ► Estabelecer e aplicar os procedimentos de controlo que permitam determinar a capacidade e a eficácia
1.2. Efetua os dos processos do departamento.
procedimentos de gestão
► Aplicar e preencher os formulários e documentos necessários para a gestão da informação na receção,
da informação na receção
cumprindo os prazos e procedimentos estipulados.

► Introduzir e registar corretamente os dados a nível informático, salvaguardando a segurança,


confidencialidade e integridade do cliente.

► Verificar o estado das reservas de serviços e sua disponibilidade, coordenando e informando os


departamentos implicados
► Preencher a documentação necessária, de modo a conseguir uma adequada prestação do serviço
► Efetuar a distribuição de quartos de forma a obter a satisfação da procura e a otimização das reservas.
► Atuar com rapidez e cortesia dando as boas-vindas e efetuando a comprovação da reserva, de acordo
com as normas da empresa
► Aplicar os procedimentos de registo e abertura de conta seguindo os protocolos estabelecidos pela
empresa
► Prestar e facultar informação aos clientes sobre os serviços internos, assim como entregar as
2.1. Efetua a receção e o credenciais no formato e tempo estabelecidos
acolhimento de clientes
► Proporcionar informação correspondente à procurada pelo cliente
► Transportar a bagagem de forma profissional e eficaz

► Preencher e arquivar documentação, durante a estadia, segundo as regras do estabelecimento


2. Realizar as atividades próprias
do balcão, desde a chegada à ► Desenvolver estatísticas, durante a estadia, de acordo com os procedimentos e modelos estabelecidos
saída do cliente, processando e
► Realizar os débitos do cliente em cada setor do hotel, durante a estadia, de acordo com os
gerindo a documentação
necessária, segundo as normas procedimentos estabelecidos
da empresa ou estabelecimento ► Identificar a presença de indivíduos suspeitos, de modo a evitar, na medida do possível, roubos e furtos,
informando sobre circunstâncias estranhas
2.2. Efetua outros
serviços de atendimento ► Aplicar os procedimentos necessários e adequados à prestação de outros serviços de atendimento,
(serviço de despertar, designadamente: correspondência; mensagens; despertador; troco de moeda; aluguer de cofres; entre
correspondência, outros.
mensagens, entre outros)
► Aplicar os procedimentos necessários para assegurar um rápido checkout.

► Recolher a bagagem de forma ordenada, autorizando devidamente a saída.


► Aplicar o sistema de pagamento acordado com o cliente.
2.3. Efetua o check-out
dos clientes ► Comprovar e coordenar com os demais departamentos implicados a faturação de todos os serviços.

► Efetuar o tratamento de reclamações dos clientes ao nível do atendimento, com amabilidade, eficácia e
máxima descrição, registando-as por escrito e tomando as medidas necessárias para a sua resolução,
tendo em conta as normas do estabelecimento.
3. Utilizar técnicas e meios
► Selecionar o meio técnico de comunicação mais adequado à situação.
externos e internos de
comunicação adequados às ► Coordenar as ações comunicativas, de modo a que estas cheguem aos destinatários adequados e por
3.1. Efetua o atendimento
necessidades de cada tipo de forma a obter a satisfação do cliente atuando com a maior celeridade possível.
recorrendo a vários
cliente, atendendo-o com a
meios, designadamente:
finalidade de satisfazer as suas
expectativas e assegurando a
telefónico e internet ► Aplicar a política da empresa e a legislação vigente no atendimento direto ao cliente face a pedidos,
transferência de informação sugestões e reclamações.
interdepartamental

18
Juventude: O nosso compromisso!

Sim Não
Elementos de Competência Atividades Profissionais Critérios de desempenho
(x) (x)
► Obter o controlo económico e administrativo dos serviços prestados, estabelecendo uma boa, rápida,
exata e eficaz coordenação com os departamentos implicados, aplicando as medidas necessárias para a
4. Supervisionar os processos de correção de possíveis desvios.
faturação, processando a
► Comprovar os serviços prestados e a sua respetiva cobrança, por forma a assegurar que correspondem
documentação necessária, e gerir
ao faturado com o cliente ou com o canal de distribuição.
a informação decorrente da 4.1. Efetua a faturação
prestação de serviço de dos serviços de
alojamento e demais serviços do alojamento ► Verificar detalhadamente os depósitos, pré-pagamentos, listas de devedores, entre outros, em
hotel, permitindo um adequado coordenação com o departamento de administração, facilitando o estabelecimento de medidas corretivas e
controlo económico e a aplicação de um controlo contabilístico.
administrativo do mesmo
► Criar e atualizar as bases de dados de empresas e clientes, de modo a facilitar a comunicação entre os
mesmos.

Figura 7. Modelo de grelha de autoavaliação (excerto associado à qualificação de Receção em Alojamentos).

A razão pela qual não se atribui um cariz avaliativo a este instrumento deve-se não só às
subjetividades de interpretação e preenchimento do mesmo, como também ao facto deste
não permitir, por si só, a validação de uma Unidade de Competência.

Trata-se de um instrumento de autopreenchimento que permite um autodiagnóstico do


candidato, devendo o mesmo indicar se sabe ou não desempenhar as atividades
profissionais em questão, cujos resultados são integrados no portefólio profissional.

A aplicação deste instrumento visa antecipar, ainda que a partir das perceções dos
candidatos, as áreas de força e fraqueza face a um determinado referencial, sendo
necessário no decurso do processo confirmar a fiabilidade dessa autoanálise.

Com vista a apoiar e auxiliar o candidato no preenchimento da grelha de autoavaliação, a


cada atividade profissional encontram-se associados os critérios de desempenho, de forma a
clarificar os resultados, as realizações críticas requeridas o desempenho das atividades
profissionais (figura 5).

Assim, quando um candidato considera que sabe desempenhar uma determinada atividade
profissional assume que satisfaz os critérios de desempenho associados.

O Assessor deverá apoiar o candidato no preenchimento da grelha de autoavaliação sempre


que seja necessário descodificar a linguagem técnica inscrita nas atividades profissionais,
bem como os critérios associados, “traduzindo-os” em termos reconhecíveis pelo candidato.

Após o preenchimento deste instrumento, o assessor deverá cruzar a informação nela


contida com as evidências apresentadas no Portefólio e informação veiculada pelo Técnico

19
Juventude: O nosso compromisso!

de Informação e Orientação e, para tal, deverá mobilizar conforme ilustrado na figura 8 a


grelha de identificação de competências (em Anexo 5).

20
Juventude: O nosso compromisso!

GRELHA DE IDENTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Denominação: HRT 006_4 | Receção em Alojamentos

Família Profissional: HRT 006_4. Hotelaria, Restauração e Turismo

Nível: 4
Ocupações e postos
422205 | Rececionista de Hotel
de trabalho
422290 | Outros rececionistas e trabalhadores similares
relacionados:

A grelha de identificação de competências é um instrumento com caráter avaliativo, na medida em que permite, por si só, a validação de UC mediante a existência de comprovativos credíveis e válidos. Assim, caso o candidato valide uma UC por via
deste instrumento obterá pontuação máxima (3), pelo que o mesmo não deverá ser aplicado para a não validação de UC.
No caso de não ser possível validar UC por via deste instrumento, este poderá ser mobilizado sem caráter avaliativo, com vista ao levantamento de indícios (evidências indiretas) do candidato em termos de identificação de competências, facilitando
Observações:
por exemplo a preparação da entrevista técnica.

Escala de pontuação:3. Executa muito bem a atividade profissional.

UC2 (código UC026_4): Realizar as atividades específicas da receção em alojamentos

MF2 (código MF026_4): Receção e atendimento ao cliente (270h)

Elementos de Atividades Evidencia


Conhecimentos Atitudes Ponderação Critérios de desempenho Indicadores de avaliação Notas/ Observações
Competência Profissionais (pontuação 3)

► Escolher os processos adequados para ► Nível de adequação dos processos, com


conseguir a maior eficácia na prestação de vista a maior eficácia na prestação de
serviços, com base nos meios disponíveis e serviços, tendo em conta os meios
em função da modalidade do disponíveis e a modalidade do
Demonstrar capacidade de estabelecimento. estabelecimento.
organização e planeamento;
1.1. Prepara o serviço O departamento de receção
Demonstrar sentido de 2 ► Nível de cumprimento da organização do
de receção (UF_0024).
responsabilidade e ► Organizar o espaço físico de forma eficaz,
espaço físico de forma eficaz, tendo em
autonomia. tendo em conta: a adaptação dos meios
conta: a adaptação dos meios disponíveis; o
disponíveis; o fluxo de trabalho mais correto
fluxo de trabalho mais correto e rápido
e rápido possível; a otimização das tarefas e
possível; a otimização das tarefas e
circuitos, adaptando-se aos princípios de
circuitos, adaptando-se aos princípios de
ergonomia, segurança e saúde no trabalho.
ergonomia, segurança e saúde no trabalho.

1. Organizar a prestação de ► Aplicar os procedimentos específicos


serviço de receção, estabelecidos para uma prestação adequada ►Nível de cumprimento e adequação dos
determinando os processos do serviço, tendo em conta as características procedimentos estabelecidos para a
adequados e rentáveis do estabelecimento: capacidade; categoria; prestação do serviço, tendo em conta as
localização; oferta; política da empresa; caraterísticas do estabelecimento.
Demonstrar capacidade de tipologia de clientes; entre outros.
Execução e controlo de
criar, aplicar e gerir
reservas em
instrumentos para que a
1.2. Efetua os estabelecimentos de
equipa dependente realize o ► Nível de cumprimento do estabelecimento
procedimentos de alojamento turístico
seu trabalho de forma
2 ► Estabelecer e aplicar os procedimentos
gestão da informação (UF_0022); O departamento e da aplicação dos procedimentos de
eficiente, facilitando a de controlo que permitam determinar a
na receção de receção (UF_0024); controlo que permitem determinar a
coesão, a motivação, a capacidade e a eficácia dos processos do
Prestação de serviços de capacidade e a eficácia dos processos do
formação, o controlo interno departamento.
receção (UF_0024); departamento.
e a avaliação de resultados.
► Nível de cumprimento da aplicação e
► Aplicar e preencher os formulários e
preenchimento dos formulários e
documentos necessários para a gestão da
documentos necessários para a gestão da
informação na receção, cumprindo os prazos
informação na receção, cumprindo os prazos
e procedimentos estipulados.
e procedimentos estipulados.

21
Juventude: O nosso compromisso!

Elementos de Evidencia
Atividades Profissionais Conhecimentos Atitudes Ponderação Critérios de desempenho Indicadores de avaliação Notas/ Observações
Competência (pontuação 3)

Demonstrar capacidade de
Execução e controlo de
criar, aplicar e gerir
reservas em
instrumentos para que a
1. Organizar a prestação de estabelecimentos de
equipa dependente realize o ► Introduzir e registar corretamente os ► Nível de cumprimento da introdução e
serviço de receção, 1.2. Efetua os procedimentos alojamento turístico
seu trabalho de forma dados a nível informático, salvaguardando registo de dados a nível informático,
determinando os processos de gestão da informação na (UF_0022); O 2
eficiente, facilitando a a segurança, confidencialidade e salvaguardando a segurança,
adequados e rentáveis receção (continuação) departamento de receção
coesão, a motivação, a integridade do cliente. confidencialidade e integridade do cliente.
(continuação) (UF_0024); Prestação de
formação, o controlo interno
serviços de receção
e a avaliação de resultados.
(UF_0024) (continuação)
(continuação)
► Verificar o estado das reservas de ► Nível de cumprimento da verificação do
serviços e sua disponibilidade, estado das reservas de serviços e sua
coordenando e informando os disponibilidade, coordenando e informando
departamentos implicados os departamentos implicados
► Nível de cumprimento do preenchimento
► Preencher a documentação
da documentação necessária, de modo a
necessária, de modo a conseguir uma
conseguir uma adequada prestação do
adequada prestação do serviço
serviço
► Efetuar a distribuição de quartos de ► Nível de cumprimento da distribuição de
Agir em conformidade com forma a obter a satisfação da procura e a quartos, obtendo a satisfação da procura e a
os protocolos estabelecidos, otimização das reservas. otimização das reservas.
demonstrando respeito pelo ► Nível de cumprimento de uma atuação
► Atuar com rapidez e cortesia dando as
tipo de cliente, o tipo de com rapidez e cortesia, dando as boas-
boas-vindas e efetuando a comprovação
estabelecimento e as vindas e efetuando a comprovação da
da reserva, de acordo com as normas da
normas internas; Demonstrar reserva, de acordo com as normas da
empresa.
sentido de responsabilidade empresa
e confidencialidade no trato ► Nível de cumprimento dos procedimentos
► Aplicar os procedimentos de registo e
O departamento de constante com o cliente; de registo e abertura de conta, cumprindo
abertura de conta seguindo os protocolos
receção (UF_0024); Demonstrar capacidade de com os protocolos estabelecidos pela
estabelecidos pela empresa
Execução e controlo de organização, de empresa
2. Realizar as atividades
reservas em comunicação, empatia e ► Nível de cumprimento da prestação e
próprias do balcão, desde a ► Prestar e facultar informação aos
estabelecimentos de cortesia para com o cliente; faturação de informação aos clientes sobre
chegada à saída do cliente, clientes sobre os serviços internos, assim
2.1. Efetua a receção e o alojamento turístico Demonstrar capacidade de os serviços internos, assim como da entrega
processando e gerindo a 3 como entregar as credenciais no formato
acolhimento de clientes (UF_0022); Prestação de trabalho em equipa; de credenciais no formato e tempo
documentação necessária, e tempo estabelecidos
serviços de receção Demonstrar simpatia e estabelecidos
segundo as normas da
(UF_024); A comunicação educação no trato com os ►Proporcionar informação ► Nível de adequação da informação
empresa ou estabelecimento
e o atendimento ao cliente clientes; Demonstrar correspondente à procurada pelo cliente. proporcionado ao cliente
em alojamentos capacidade de antecipar as
(UF_0023). necessidades dos clientes e ► Transportar a bagagem de forma ► Nível de cumprimento do transporte de
de solucionar os seus profissional e eficaz bagagem de forma profissional e eficaz
problemas; Manter sempre a ► Preencher e arquivar documentação, ► Nível de cumprimento do preenchimento
postura correta e uma durante a estadia, segundo as regras do e arquivo de documentação, tendo em conta
expressão amigável nas estabelecimento as regras do estabelecimento
áreas públicas; Ter em ► Nível de cumprimento do
atenção a limpeza, o ► Desenvolver estatísticas, durante a
desenvolvimento de estatísticas de acordo
ordenamento e o nível de estadia, de acordo com os procedimentos
com os procedimentos e modelos
ruído da sua secção. e modelos estabelecidos
estabelecidos
► Realizar os débitos do cliente em cada ► Nível de cumprimento da realização dos
setor do hotel, durante a estadia, de débitos do cliente em cada setor do hotel,
acordo com os procedimentos durante a estadia, cumprindo com os
estabelecidos procedimentos estabelecidos
► Nível de cumprimento da identificação da
► Identificar a presença de indivíduos
presença de indivíduos suspeitos, de modo a
suspeitos, de modo a evitar, na medida do
evitar, na medida do possível, roubos e
possível, roubos e furtos, informando
furtos, informando sobre circunstâncias
sobre circunstâncias estranhas
estranhas

Figura 8. Modelo de grelha de identificação de competências (excerto associado à qualificação de Receção em Alojamentos).

22
Juventude: O nosso compromisso!

Este instrumento tem um carácter avaliativo, na medida em que permite, por si só, a validação
de uma Unidade de Competência (UC) mediante a existência de comprovativos credíveis e
válidos. Assim, caso o candidato valide uma UC por via deste instrumento obterá pontuação
máxima, isto é, numa escala de 1 a 3 obterá uma pontuação de 3.

Uma possível evidência de que o candidato sabe desempenhar as atividades profissionais


identificadas na figura 6 consiste, por exemplo, na apresentação de um Manual de Acolhimento
efetuado pelo mesmo num contexto profissional. A comprovação pelo candidato de que
elaborou um documento, em contexto profissional que dá resposta às atividades visadas,
poderão revelar que o candidato sabe desempenhar as mesmas e detém os conhecimentos
necessários. As atitudes podem ser avaliadas com base em cartas de recomendação de
empregadores, pares e/ou clientes. Os relatos patentes nos livros de recomendações das
instâncias hoteleiras e documentos de avaliação do desempenho quer pelos responsáveis pela
unidade, quer pelos clientes, podem servir de evidências e comprovativo de que sabe
desempenhar a atividade profissional.

Poderá, contudo, dar-se o caso de não se validar algumas ou nenhuma UC através deste
instrumento, em virtude do candidato não deter comprovativos ou declarações das entidades e
respetivos serviços que comprovem a sua experiência profissional.

Não obstante, este instrumento poderá ser mobilizado em várias fases, sem caráter avaliativo,
numa fase inicial para o levantamento de indícios e, por conseguinte, para a preparação da
entrevista técnica, ou até mesmo após a entrevista técnica, sempre que o avaliador proponha
ao candidato a reunião e contextualização de mais informação e respetivos comprovativos.

Sempre que através da mobilização da grelha de identificação de competências se verifiquem


as condições para validar as UC, o mesmo deverá ser equacionado em conjunto com o
Avaliador, elemento responsável pela etapa seguinte relativa à validação de competências.

Etapa de Reconhecimento de Competências

Técnico responsável – Assessor

Instrumentos a mobilizar – grelha de autoavaliação, grelha de identificação de competências,


portefólio profissional que inclui a ficha de percurso profissional e de formação.

2.3. VALIDAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

23
Juventude: O nosso compromisso!

2.3. VALIDAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

A validação de competências é da responsabilidade do Avaliador que, através da aplicação de


um conjunto de instrumentos de avaliação, valida as competências detidas pelo candidato.

O avaliador tem como responsabilidade apoiar o processo de consolidação do portefólio


profissional, que foi iniciado na etapa da informação e orientação, bem como analisar e avaliar
de forma detalhada as Unidades de Competência que o candidato manifesta condições de
validação, com base na grelha de identificação de competências preenchida anteriormente
pelo Assessor.

O Avaliador recorre ainda ao guião de entrevista técnica (Anexo 6) que constitui um


instrumento com elevado valor avaliativo neste tipo de processos. Este encontra-se
estruturado num conjunto de questões técnicas que mantêm a correspondência com as UC e as
atividades profissionais que integram o referencial de competências profissionais. As questões,
dado o seu índole aberto e exploratório, permitem clarificar se o candidato sabe ou não
executar as atividades profissionais e se efetivamente desenvolveu determinadas competências
(figura 9).

24
Juventude: O nosso compromisso!

GUIÃO DE ENTREVISTA TÉCNICA

Denominação: HRT 006_4 | Receção em Alojamentos

Família Profissional: HRT 006_4. Hotelaria, Restauração e Turismo


Nível: 4
422205 | Rececionista de Hotel
Ocupações e postos de
422290 | Outros rececionistas e trabalhadores similares
trabalho relacionados:

O guião de entrevista técnica constitui um instrumento com elevado valor avaliativo. Este encontra-se estruturado por um conjunto de questões técnicas,
abertas e exploratórias. Desta forma deverá permitir, ainda que de forma indireta, apreender o domínio que este tem dos conhecimentos e das atitudes
associadas a cada uma das atividades profissionais objeto de avaliação.
A ausência de conhecimentos e atitudes pode ser suficiente para inviabilizar a validação de atividades profissionais. Pode dar-se o caso de um candidato
dominar tecnicamente o gesto que conduz à execução de uma tarefa, mas porque o faz de forma rotinizada/mecanizada, pouco consciente, e sem mobilizar
os conhecimentos e as atitudes necessários, seja suficiente para o validador não validar uma determinada atividade profissional.
Observações:
Em sede de entrevista o avaliador poderá mobilizar pequenos exemplos ou demonstrações práticas que facilitem a evidenciação d e competências.
A entrevista deve ser desenvolvida de forma bastante flexível, com diferentes graus de exploração e aprofundamento em função de cada candidato,
respetivos perfis e qualificação profissional.

Escala de pontuação:1. Não executa a atividade profissional; 2. Executa satisfatoriamente a atividade profissional; 3. Executa muito bem a atividade
profissional.

UC2 (código UC026_4): Realizar as atividades específicas da receção em alojamentos

MF2 (código MF026_4): Receção e atendimento ao cliente (270h)

Elementos de Competência Atividades Profissionais Questões Ponderação Notas/ Observações Pontuação

Explique a organização e funções mais


frequentes dos departamentos de receção,
justificando estruturas organizativas
adequadas a cada tipo de estabelecimento.
Descreva os objetivos, as funções e as
1.1. Prepara o serviço de receção
tarefas mais comuns próprias do
departamento de receção. Identifique e
caracterize uma tarefa inerente à
preparação do seu trabalho na receção.
Como procede?
1. Organizar a prestação de serviço de
receção, determinando os processos Descreva os métodos de obtenção, arquivo
adequados e rentáveis e difusão da informação gerada num
departamento de receção, justificando o
grau de confidencialidade adequado.
Descreva os circuitos internos e externos da
1.2. Efetua os procedimentos de informação e documentação gerada como
gestão da informação na receção consequência das operações realizadas no
departamento. Descreva os métodos de
obtenção, arquivo e difusão da informação
gerada num departamento de receção,
justificando o grau de confidencialidade
adequado.

Indique quais os procedimentos aplicáveis


às fases de entrada de um cliente num
estabelecimento de alojamento, e explicite
2.1. Efetua a receção e o as operações inerentes. Escolha uma norma
acolhimento de clientes de protocolo que se deve aplicar em
estabelecimentos de alojamento, em função
do tipo de evento que se vai realizar e
2. Realizar as atividades próprias do explica como deve proceder.
balcão, desde a chegada à saída do
cliente, processando e gerindo a
documentação necessária, segundo as 2.2. Efetua outros serviços de Descreva os serviços que um departamento
normas da empresa ou atendimento (serviço de de receção habitualmente prestados durante
estabelecimento despertar, correspondência, a estadia dos clientes. Dê o exemplo de um
mensagens, entre outros) deles e explique como procede

2.3. Efetua o check-out dos O que entende por check-out? Como


clientes procede?

Relacione a utilização das técnicas e


habilidades de comunicação com as
diferentes situações de atendimento,
informação e venda em estabelecimentos
de alojamento. Exemplifique diversas
3. Utilizar técnicas e meios externos e
situações de resolução de conflitos, em
internos de comunicação adequados às
3.1. Efetua o atendimento situações de atendimento em
necessidades de cada tipo de cliente,
recorrendo a vários meios, estabelecimentos de alojamento e como
atendendo-o com a finalidade de
designadamente: telefónico e deve proceder. Descreva os processos de
satisfazer as suas expectativas e
internet atendimento, identificando as etapas e os
assegurando a transferência de
fatores-chave para conseguir a satisfação
informação interdepartamental
do mesmo. Identifique as normas de
protocolo que se devem aplicar no
atendimento telefónico. Que procedimentos
deve tomar para efetuar uma reserva por
telefone.

25
Juventude: O nosso compromisso!

Elementos de Competência Atividades Profissionais Questões Ponderação Notas/ Observações Pontuação

Que procedimentos devem ser adotados


quando efetua a faturação do serviço
4. Supervisionar os processos de prestado? Como procede? Que cuidados
faturação, processando a deve ter? Descreva o tipo de informação e
documentação necessária, e gerir a documentação que deverá transmitir ao
informação decorrente da prestação de 4.1. Efetua a faturação dos cliente? Que procedimentos devem ser
serviço de alojamento e demais serviços de alojamento adotados para o efetivo controlo económico
serviços do hotel, permitindo um e administrativo dos serviços prestados, em
adequado controlo económico e coordenação com os outros departamentos
administrativo do mesmo internos implicados. Que medidas devem
ser adotadas para a correção de possíveis
desvios?

Figura 9. Modelo de guião de entrevista técnica (excerto associado à qualificação de Receção em Alojamentos).

A entrevista técnica deverá permitir, ainda que de forma indireta, para apreender o domínio
que o candidato tem dos conhecimentos e as atitudes associadas a cada uma das atividades
profissionais objeto de avaliação.

Em sede de entrevista o avaliador poderá mobilizar pequenos exemplos ou demonstrações


práticas que facilitem a evidenciação de competências.

Além das respostas orais que o candidato pode dar, é ainda possível, no âmbito deste
instrumento, a realização de operações práticas. Por exemplo, no âmbito do desempenho da
atividade profissional “Prepara bebidas simples e compostas”, o candidato pode
eventualmente, recorrendo aos equipamentos, máquinas, utensílios e ferramentas específicas
para elaborar uma bebida simples e à medida que vai efetuando os passos, vai dando resposta
às questões colocadas, demonstrando na prática como procede. Além do “saber”, “saber-fazer”
devem ser avaliadas as atitudes (por exemplo as normas de higiene e segurança) e os
conhecimentos (técnicas básicas de preparação de bebidas simples).

A ausência de conhecimentos e atitudes pode ser suficiente para inviabilizar a validação de


atividades profissionais. Pode dar-se o caso de um candidato dominar tecnicamente o gesto
que conduz à execução de uma tarefa, mas porque o faz de forma rotinizada/mecanizada,
pouco consciente, e sem mobilizar os conhecimentos e as atitudes necessários, seja suficiente
para o avaliador não validar uma determinada atividade profissional. No exemplo apresentado,
podemos constatar que a bebida final tem aparentemente uma apresentação cuidada e
apetecível, no entanto, ao prepará-la não teve em consideração as normas de higiene e
segurança, não utilizou a ordem apropriada nem utilizou de forma conveniente os
equipamentos e utensílios.

26
Juventude: O nosso compromisso!

A entrevista deve ser desenvolvida de forma bastante flexível, com diferentes graus de
exploração e aprofundamento em função de cada candidato, respetivos perfis e qualificações
profissionais pretendidas.

Sempre que por via da entrevista técnica não seja possível avaliar todas as atividades
profissionais e UC deverá passar-se à aplicação dos próximos instrumentos, designadamente:
grelha de avaliação da observação de desempenho em posto de trabalho e/ou grelha de
avaliação da prática simulada e respetivos exercícios práticos (em Anexo 7 e Anexo 8).

Entre estas duas formas opcionais de proceder à avaliação das atividades profissionais e UC,
baseada na demonstração prática, dever-se-á privilegiar a observação direta no posto de
trabalho, deixando-se os exercícios a desenvolver em contexto de prática simulada como
recurso a mobilizar apenas nos casos em que não seja possível realizar-se a observação direta
no posto de trabalho, designadamente:

Em situações de candidatos desempregados.


Quando a entidade empregadora não autorize a deslocação e a presença do Avaliador
ao posto de trabalho.
Quando a entidade empregadora não reúne as condições, do ponto de vista dos
espaços e/ou equipamentos, para a observação de determinadas atividades
profissionais específicas.
Sazonalidade das atividades profissionais.
Outras situações de carácter ético, deontológico (confidencialidade, anonimato, etc).

A observação de desempenho em posto de trabalho consiste numa demonstração prática de


execução das atividades profissionais que pressupõe a deslocação do Avaliador ao local e ao
contexto de trabalho do candidato. Representa uma forma privilegiada de proceder à avaliação
do candidato, pois detém um elevado valor avaliativo na medida em que conduz de forma
decisiva a uma validação ou não validação de atividades profissionais e UC.

É fundamental que o Avaliador defina claramente, com o representante da entidade


empregadora, as condições em que a observação do candidato no posto de trabalho poderá
decorrer, bem como as atividades profissionais e UC a avaliar e a natureza das mesmas.

27
Juventude: O nosso compromisso!

A mobilização da grelha de avaliação da observação de desempenho em posto de trabalho


deverá esgotar a necessidade de recorrer a outro tipo de instrumento para confirmar a
avaliação dessas mesmas atividades profissionais e UC (figura 10).

GRELHA DE AVALIAÇÃO DA OBSERVAÇÃO DE DESEMPENHO EM POSTO DE TRABALHO E DA PRÁTICA SIMULADA

Denominação:
Família Profissional:
Nível:
Ocupações e postos
de trabalho
relacionados:

A grelha de avaliação da observação direta do desempenho em posto de trabalho e da prática simulada, apesar de se encontrarem integrados numa única
matriz, constituem dois instrumentos de avaliação de aplicação autónoma. Estes apenas são mobilizados quando a entrevista técnica não for conclusiva
relativamente à possibilidade de validação/não validação de competências.
No âmbito destas duas formas de proceder à avaliação de competências baseada na demonstração prática, dever-se-á privilegiar a observação direta no
posto de trabalho, deixando-se os exercícios a desenvolver em contexto de prática simulada como recurso a mobilizar apenas nos casos em que não seja
Observações:
possível realizar-se a observação direta no posto de trabalho. Os exercícios a desenvolver um contexto de prática simulada, tornam-se mais dispendiosos face
à necessidade de mobilização de recursos, materiais e outras condições necessárias para o desenvolvimento do mesmo.

Escala de pontuação:1. Não executa a atividade profissional; 2. Executa satisfatoriamente a atividade profissional; 3. Executa muito bem a atividade
profissional.

UC2 (código UC026_4): Realizar as atividades específicas da receção em alojamentos

MF2 (código MF026_4): Receção e atendimento ao cliente (270h)

Elementos de Notas/
Atividades Profissionais Ponderação Critérios de desempenho Indicadores de avaliação Pontuação
Competência Observações

Figura 10. Grelha de avaliação da observação de desempenho em posto de trabalho e de prática simulada.

Quando a entidade empregadora não reúne condições para a observação de determinadas


atividades profissionais específicas, pode optar-se por observar/avaliar no posto de trabalho o
máximo possível de atividades profissionais, remetendo apenas as necessárias para a execução
em contexto de prática simulada, mediante a aplicação de exercícios (figuras 11).

28
Juventude: O nosso compromisso!

FICHA DE CARATERIZAÇÃO DE EXERCÍCIO


A DESENVOLVER EM CONTEXTO DE PRÁTICA SIMULADA E/OU DE OBSERVAÇÃO DE DESEMPEHO EM POSTO DE TRABALHO

Denominação: HRT 006_4 | Receção em Alojamentos

Família Profissional: HRT 006_4. Hotelaria, Restauração e Turismo


Nível: 4
Ocupações e postos
422205 | Rececionista de Hotel
de trabalho
422290 | Outros rececionistas e trabalhadores similares
relacionados:

A ficha de caraterização de exercício constitui um instrumento de apoio à aplicação da grelha de avaliação da prática simulada e da observação do
desempenho em posto de trabalho, pelo que não detém um caráter avaliativo.
Observações:
Trata-se de um enunciado genérico de exercício, a partir do qual podem ser elaborados outros exercícios com exemplos concretos, em função dos
candidatos, elaborados pela equipa técnica, designadamente pelo assessor e pelo validador.

UC2 (código UC026_4): Realizar as atividades específicas da receção em alojamentos

MF2 (código MF026_4): Receção e atendimento ao cliente (270h)

Recursos (materiais, equipamentos,


Elementos de Duração
Atividades Profissionais Procedimentos ferramentas, informações técnicas,
Competência prevista
fichas técnicas, normas, outros)

Prepara os equipamentos de escritório, de telecomunicações


e audiovisuais, as principais aplicações informáticas e a
documentação própria do departamento de receção. Efetua
o plannings de reservas. Confere se a atribuição dos quartos
para as chegadas do dia estão de acordo com os pedidos
dos hóspedes (no caso de se efetuar alguma mudança,
Equipamento e material de escritório,
1.1. Prepara o serviço de comunicar ao departamento responsável). Averigua se está
computador com programa específico para 30min
receção prevista a chegada de algum grupo (se sim, verifica as
a tarefa.
instruções de faturação do mesmo, assim como verificar a
necessidade de solicitar algum documento de identificação
dos seus membros). Efetua as previsões de ocupação.
Efetua e confere as listagens de controlo do estado dos
quartos. Efetua os resumos de produção dos departamentos.
Analisa o estado das contas de clientes.

Prepara e verifica a funcionalidade dos equipamentos de


1. Organizar a escritório, de telecomunicações e audiovisuais, as principais
prestação de serviço aplicações informáticas, e a documentação e a terminologia
de receção, próprias de um departamento de receção, em função da
determinando os categoria e do tipo de estabelecimento. Verifica e utiliza os
processos adequados circuitos internos e externos da informação e documentação
e rentáveis gerada como consequência das operações realizadas no
departamento. Verifica a legalidade e idoneidade dos
diferentes documentos. Identifica a documentação exigível
aos clientes do estabelecimento de acordo com a normativa
1.2. Efetua os procedimentos vigente. Seleciona o documento apropriado para cada Equipamento e material de escritório,
de gestão da informação na operação. Explica os diversos conceitos/partes que computador com programa específico para 40min
receção compõem o documento. Preenche a documentação a tarefa.
específica. Elabora relatórios para a gestão de reclamações.
Introduz e regista dados em aplicações informáticas
específicas, atendendo a critérios de segurança,
confidencialidade e integridade. Introduz e verifica os dados
necessários para obter:
• Plannings de reservas;
• Previsões de ocupação;
• Listagens de controlo do estado dos quartos;
• Resumos de produção dos departamentos;
• Estado das contas de clientes.

Aplica as regras do protocolo no acolhimento ao cliente. À


chegada do cliente coloca-se de pé para o atender. Saúda o
cliente de forma apropriada e em português. Verifica o
estado das reservas de serviços e a disponibilidade
coordenando e informando os departamentos implicados.
Solicita a identificação do cliente para pesquisar a reserva.
Verifica a legalidade e idoneidade dos diferentes
2. Realizar as
documentos. Identifica a documentação exigível aos clientes
atividades próprias do
do estabelecimento de acordo com a normativa vigente.
balcão, desde a
Seleciona o documenta apropriado para cada operação.
chegada à saída do
Preenche a documentação específica. Introduz e regista os
cliente, processando e Equipamento e material de escritório,
2.1. Efetua a receção e o dados em aplicações informáticas específicas, atendendo a
gerindo a computador com programa específico para 20min
acolhimento de clientes critérios de segurança, confidencialidade e integridade.
documentação a tarefa.
Confirma a reserva e os dados do cliente. Trata o cliente
necessária, segundo
pelo nome, sempre que possível. Escuta o cliente e todas as
as normas da
suas dúvidas. Usa uma linguagem simples e concreta, com
empresa ou
expressões claras e concisas. Nunca discute com um
estabelecimento
cliente, mantendo a calma em qualquer circunstância.
Interrompe um trabalho em curso, para responder
imediatamente às necessidades do cliente. Responde com
confiança a todas as questões colocadas pelos clientes. Os
quartos são distribuídos com o fim de obter a satisfação da
procura e a otimização das reservas. A bagagem é
transportada de forma profissional e eficaz.

29
Juventude: O nosso compromisso!

Recursos (materiais, equipamentos,


Elementos de Duração
Atividades Profissionais Procedimentos ferramentas, informações técnicas,
Competência prevista
fichas técnicas, normas, outros)
Qualquer hóspede do hotel pode requerer o serviço de
despertar. Solicita ao cliente o número do seu quarto, da
hora a que deseja ser despertado e se necessita de uma
2.2. Efetua outros serviços de
segunda chamada (se sim, quanto tempo após a primeira Equipamento e material de escritório,
2. Realizar as atendimento (serviço de
chamada). Efetua o despertar à hora exata pedida pelo computador com programa específico para 10min
atividades próprias do despertar, correspondência,
cliente, tratando-o pelo nome, informando a hora e a tarefa.
balcão, desde a mensagens, entre outros)
desejando-lhe um bom dia. Mantém-se informado acerca do
chegada à saída do estado do tempo, temperatura ou outra informação relevante
cliente, processando e para o cliente.
gerindo a
documentação Aplica as regras do protocolo no atendimento ao cliente.
necessária, segundo Efetua os check-outs (verificar se há clientes que não saíram
as normas da até às 12 horas e resolve essa situação). Solicita a
empresa ou identificação para pesquisar a reserva. Confirma os dados Equipamento e material de escritório,
estabelecimento 2.3. Efetua o check-out dos
da estadia e os consumos efetuados. A faturação de todos computador com programa específico para 20min
(continuação) clientes
os serviços é comprovada e coordenada com os demais a tarefa.
departamentos implicados. O sistema de pagamento
acordado com o cliente é aplicado. A recolha da bagagem é
ordenada, autorizando devidamente a saída.
Atende o telefone dentro dos primeiros três ou quatro
toques. Efetua um sorriso ao atender. Isso irá sentir-se na
sua voz e ela soará amigável e positiva. Ao atender,
cumprimenta o cliente, diz o nome do Hotel, o seu nome e
Inteira-se de imediato das necessidades do cliente
perguntando "Em que posso ser-lhe útil?". Nas chamadas
internas, ao atender, cumprimenta o interlocutor, diz o nome
do departamento (Receção), o seu nome e Inteira-se de
imediato das necessidades do interlocutor perguntando-lhe
"Em que posso ser útil?". Pergunta o nome da pessoa,
lembra-se que ambas as pessoas que tomam parte de uma
conversa têm o direito de saber com quem estão a falar.
Coloca questões abrangentes para obter informações e
indicações de factos e também questões restritas para
esclarecer e verificar se compreendeu. Responde às
questões colocadas pelo cliente de imediato e
eficientemente. Se não for possível, esclarece-o sobre o que
3. Utilizar técnicas e
está ao seu alcance fazer. Dá feedbacks, isto é, "Ah sim",
meios externos e
"estou a perceber" ou "está certo", para certificar o cliente
internos de
que o está a ouvir. Repete os nomes, números de telefone e
comunicação
de emails e outros dados para se assegurar de que apontou
adequados às
corretamente os dados do cliente. Faz apontamentos e
necessidades de cada
3.1. Efetua o atendimento regista todas as informações. Volta a confirmar todas as
tipo de cliente, Equipamento e material de escritório,
recorrendo a vários meios, informações, lendo um resumo do que foi discutido. Dá toda
atendendo-o com a telefone computador com programa 30min
designadamente: telefónico e a atenção à chamada. Se for um pedido de reserva: confirma
finalidade de específico para a tarefa.
internet se é a primeira vez que o cliente fica hospedado no hotel,
satisfazer as suas
para aceder diretamente ao histórico do cliente. Verifica se o
expectativas e
cliente vem em nome pessoal ou através de alguma
assegurando a
empresa que possa ter contrato com o hotel. Aponta a data
transferência de
de chegada e de saída (o número de noites). Questiona a
informação
tipologia de quarto pretendida pelo cliente (explicar, se
interdepartamental
necessário, os diversos tipos de quartos existentes no hotel
e as diferenças entre eles). Pergunta o número de pessoas
que ficarão alojadas (no caso de haver crianças perguntar a
idade). Anota os possíveis pedidos especiais (cama extra,
berços, refeições, spa, …). Informa a tarifa a praticar (Após
todas estas informações). Aponta o nome da reserva e o
contacto (telefónico e/ou e-mail) de forma a permitir enviar a
confirmação da reserva. Informa sobre a política de
cancelamento da reserva (48 horas antes). Informa a hora
de Check-in (14 horas) e a hora de Check-out (12horas).
Recapitula a reserva e os pedidos do cliente, de forma a
verificar se está tudo correto. Agradece ao cliente o contacto,
e deseja-lhe um bom dia. Termina a chamada num tom
positivo. Verifica se o cliente colocou todas as questões que
queria apresentar e recebeu todas as informações de que
necessitava. Desliga a chamada, despedindo-se de forma
adequada.
4. Supervisionar os
processos de
faturação,
processando a
documentação Desenvolve os processos de faturação e gestão de
necessária, e gerir a cobranças. Realiza as operações de faturação e cobrança a
informação decorrente partir dos dados de estadia e dos serviços consumidos. Equipamento e material de escritório,
4.1. Efetua a faturação dos
da prestação de Procede à emissão da fatura. Emite folha de pagamento. computador com programa específico para 20min
serviços de alojamento
serviço de alojamento Arquiva os check-outs realizados. Apresenta os relatórios de a tarefa.
e demais serviços do gestão e justifica a origem dos desvios nos resultados
hotel, permitindo um esperados, argumentando as medidas corretivas propostas.
adequado controlo
económico e
administrativo do
mesmo

Figura 11. Exemplo de exercício prático (excerto associado à qualificação de Receção em Alojamentos).

30
Juventude: O nosso compromisso!

As fichas de exercício prático enquadram o Avaliador e o próprio candidato relativamente às


condições em que o exercício prático deve ser realizado, objetivos do exercício, tempo de
execução (duração meramente de referência/indicativa) de cada uma das atividades
profissionais, recursos necessários (equipamentos/ferramentas, informação técnica, etc.). Esta
ficha integra ainda um conjunto de procedimentos associados a cada uma das atividades
profissionais, especificando os vários passos que concorrem para a execução das atividades
profissionais e, como tal, balizam a avaliação do Avaliador. Identificam ainda os recursos a
mobilizar e o tempo previsto de execução para cada atividade profissional.

A observação do desempenho em posto de trabalho quando comparada com a realização de


exercícios a desenvolver em contexto de prática simulada, é uma via de agilização de processos
de RVCC profissional, considerando que a demonstração de atividades profissionais por esta via
não implica formalização e custos que subjazem à realização de exercícios práticos.

Assim, os exercícios a desenvolver em contexto de prática simulada traduzem provas práticas e


constituem uma via de avaliação a aplicar em último caso e em último recurso, de modo
alternativo, sempre que a entrevista técnica e a observação de desempenho em posto de
trabalho não sejam conclusivos.

Para cada UC que configura o referencial de competências profissionais existe um exemplo de


exercício prático (Anexo 8) sendo que cabe à equipa técnica construir uma carteira de
exercícios a desenvolver em contexto de prática simulada. Isto porque, muitos dos
procedimentos associados a cada uma das atividades profissionais são formulados de forma
genérica, de modo a que, a partir dela, o Avaliador (conjuntamente ou não com o Assessor)
possa(m) trabalhar exemplos concretos a propor ao candidato.

A aplicação de exercícios práticos detém também um elevado valor avaliativo, na medida em


que estes podem conduzir de forma decisiva a uma validação ou não validação de atividades
profissionais e UC.

Assim, a avaliação através do recurso de exercícios práticos deverá ser igualmente conclusiva,
esgotando a necessidade de se recorrer a outros instrumentos para confirmar a avaliação
dessas mesmas atividades profissionais e UC.

31
Juventude: O nosso compromisso!

É de ressalvar que esta constitui a via de avaliação mais morosa e dispendiosa, obrigando à
criação de condições específicas, simuladas, fortemente exigentes do ponto de vista dos
recursos físicos, materiais e técnicos (trabalho de preparação do exercício) a afetar à entidade
formadora/certificadora.

Os resultados de avaliação são registados numa grelha concebida para o efeito. O desempenho
satisfatório de cada uma das tarefas deverá basear-se na observação dos respetivos critérios de
desempenho e indicadores de avaliação.

Esta etapa culmina com a avaliação do candidato que implica a validação ou não das
competências profissionais com base em toda a informação refletida no portefólio profissional
do candidato, incluindo os instrumentos mobilizados no decurso do processo e todo o registo
efetuado pelos diferentes intervenientes da equipa técnica nos mesmos.

O Avaliador, conjuntamente com o Assessor e com o Avaliador Independente, colabora ainda


na elaboração do Plano Pessoal de Qualificação (explicitado na etapa seguinte) do candidato
no final do processo de reconhecimento, validação e certificação de competências, do qual
resulte uma certificação parcial.

Etapa de Validação de Competências

Técnico responsável – Avaliador

Instrumentos a mobilizar – Portefólio profissional, guião de entrevista técnica, grelha de avaliação da


observação do desempenho em posto de trabalho, grelha de avaliação da prática simulada e
exercícios práticos.

32
Juventude: O nosso compromisso!

2.4. CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

A certificação de competências profissionais constitui a fase final do processo em que o júri


certifica que as competências avaliadas e validadas por referência às qualificações profissionais
disponíveis no Catálogo Nacional de Qualificações Profissionais, bem como os níveis de
qualificação associados ao Quadro Nacional de Qualificações têm um valor formal.

A certificação de competências profissionais validadas depende da deliberação prévia do júri,


com base na apreciação do portefólio profissional elaborado pelo candidato com o apoio da
equipa técnica (Técnico de Informação e Orientação, Assessor e Avaliador), e mediante uma
pequena demonstração prática que incidirá numa UC do referencial de competências
profissionais, determinada no final da etapa de validação pela equipa técnica conjuntamente
com o candidato.

Apenas deverão ser submetidos à demonstração prática, os candidatos que reúnam as


condições para a obtenção de uma certificação total, ou seja, que tenham validado todas as UC
que constituem o referencial de competências profissionais.

No âmbito das certificações parciais, o candidato apenas desenvolverá uma demonstração


prática quando, após o encaminhamento definido, tenha adquirido as competências em falta.
O candidato que opte pela autoformação ou formação no posto de trabalho terá um prazo
máximo de dois anos, após o qual deverá regressar à etapa de validação a fim de validar as
competências em falta (figura 12).

33
Juventude: O nosso compromisso!

AVALIAÇÃO CONCLUÍDA (TODAS AS UC DO REFERENCIAL DE


COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS FORAM OBJETO DE AVALIAÇÃO)

CANDIDATO REÚNE AS CONDIÇÕES PARA A CANDIDATO NÃO REÚNE AS CONDIÇÕES PARA A


CERTIFICAÇÃO TOTAL (TODAS AS UC VALIDADAS CERTIFICAÇÃO TOTAL (UC VALIDADAS E NÃO
DO REFERENCIAL DE COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS) VALIDADAS DO REFERENCIAL DE COMPETÊNCIAS
PROFISSIONAIS)

PORTEFÓLIO PORTEFÓLIO
PROFISSIONAL PROFISSIONAL

DEMONSTRAÇÃO
PRÁTICA

JÚRI DE CERTIFICAÇÃO JÚRI DE CERTIFICAÇÃO

CERTIFICAÇÃO TOTAL CERTIFICAÇÃO PARCIAL

CERTIFICADO DE QUALIFICAÇÃO CERTIFICADO DE QUALIFICAÇÃO (ATESTA


PROFISSIONAL AS UC VALIDADAS) + PLANO PESSOAL
DE QUALIFICAÇÃO (PPQ)

ENCAMINHAMENTO

AUTOFORMAÇÃO OU FORMAÇÃO PERCURSOS FORMATIVOS


EM POSTO DE TRABALHO (MÓDULOS FORMATIVOS)
(ROTEIRO DE ATIVIDADES)

ETAPA DE VALIDAÇÃO COMISSÃO TÉCNICA


(Instrumentos de avaliação) (ato administrativo)

ETAPA DE CERTIFICAÇÃO CERTIFICADO DE QUALIFICAÇÃO


PROFISSIONAL

Figura 12. Certificação de competências profissionais.

O júri de certificação de competências é constituído pelo Assessor, pelo Avaliador – ambos


indigitados pela entidade certificadora, e por um Avaliador Independente que assegura a
presidência do júri e tem voto de qualidade. Compete especificamente ao Avaliador
Independente analisar e validar o portefólio profissional do candidato, articular com o
Avaliador a consensualização das UC validadas e propostas a certificação e a apreciação da
demonstração prática desenvolvida pelo candidato.

34
Juventude: O nosso compromisso!

O júri é responsável por atribuir a certificação profissional total ou parcial consoante conclua
que o candidato adquiriu, respetivamente, todas ou algumas UC necessárias integradas no
referencial de competências profissionais associado a determinada qualificação profissional.

No caso de um candidato que não certificou todas as UC que constituem o referencial de


competências profissionais da qualificação profissional pretendida, e na sequência de uma
certificação parcial que atesta às UC certificadas, este poderá ser encaminhado para
autoformação, ou formação em posto de tralho, ou para percursos formativos, com vista a
obtenção de uma certificação total.

Para a autoformação ou formação em posto de trabalho deverá ser elaborado em conjunto


com o Plano Pessoal de Qualificações (Anexo 9) um Roteiro de Atividades (Anexo 10). Nestas
situações o candidato terá de regressar à entidade certificadora/ formadora para a validação
das competências entretanto adquiridas e desenvolvidas (figura 13). Trata-se, pois, de um
processo de reavaliação desenvolvida pela Avaliador juntamente com o candidato, devendo
mobilizar os instrumentos de avaliação, à exceção da grelha de identificação de competências,
por não se tratar de encaminhamento que visa a obtenção de certificação comprovada. Nestes
casos, aconselha-se o recurso à mobilização do guião de entrevista técnica.

Uma das grandes dificuldades de encaminhamento para os Módulos Formativos


correspondentes às UC não validadas, incide na dimensão do Módulo. A título de exemplo
prático, pode verificar-se o caso de um candidato dominar, do ponto de vista técnico, a
preparação e a confeção de pratos principais de cozinha mas, porque o faz de forma pouco
consciente, rotinizada e sem mobilizar os conhecimentos necessários no que se refere à
aplicação dos procedimentos adequados para as boas práticas de higiene na
produção/confeção de alimentos, não validar a atividade profissional em causa. Neste
contexto, a formação a prescrever não corresponde a um Módulo Formativo, nem a uma
Unidade Formativa, mas sim a uma Unidade mais pequena integrada nestes.

No âmbito da prescrição de Módulos Formativos deverão ser indicados no PPQ os conteúdos


específicos a ministrar na formação.

Todavia, e uma vez encaminhado para a formação, é importante verificar previamente se as


restantes atividades profissionais que constituem a UC foram validadas, de modo a perceber se
é necessário acrescentar outros conteúdos do Módulo. Assim, pretende-se salvaguardar que o
35
Juventude: O nosso compromisso!

candidato reúne as condições para obter o Certificado do Módulo frequentado e, mediante a


apresentação deste comprovativo na Comissão técnica, venha a obter uma certificação total
(Certificado de Qualificação Profissional).

INFORMAÇÃO E ORIENTAÇÃO

ETAPAS RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIAS


DO
PROCESS VALIDAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
O DE
RVCC
PROFISSI CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
ONAL (JÚRI DE CERTIFICAÇÃO)

CERTIFICAÇÃO TOTAL CERTIFICAÇÃO PARCIAL

CERTIFICADO DE QUALIFICAÇÃO CERTIFICADO DE QUALIFICAÇÃO


PROFISSIONAL REGISTO NA CADERNETA (ATESTA AS UC VALIDADAS)
INDIVIDUAL DE
COMPETÊNCIAS
Encaminhamento

PLANO PESSOAL DE QUALIFICAÇÃO PLANO PESSOAL DE QUALIFICAÇÃO


(PPQ) (PPQ) + ROTEIRO DE ATIVIDADES

AUTOFORMAÇÃO

MÓDULOS
FORMATIVOS

UNIDADES FORMAÇÃO EM
FORMATIVAS POSTO DE
TRABALHO

COMISSÃO TÉCNICA VALIDAÇÃO DE COMPETÊNCIAS


(REAVALIAÇÃO)

CERTIFICADO DE QUALIFICAÇÃO
PROFISSIONAL

REGISTO NA CADERNETA
INDIVIDUAL DE
COMPETÊNCIAS

Figura 13. Etapas para a obtenção de uma qualificação profissional.

36
Juventude: O nosso compromisso!

A certificação de qualificações profissionais através do processo de reconhecimento e validação


de competências profissionais é comprovada mediante a emissão de um certificado de
qualificação profissional (Anexo 12). O certificado de qualificação profissional pode ser total ou
parcial conforme o candidato tenha validado todas ou algumas das unidades de competência.

Esta etapa culmina com uma ata de sessão de júri (Anexo 11) onde constam os resultados da
avaliação, nomeadamente as UC validadas e não validadas, bem como proposta de
encaminhamento caso se verifique essa necessidade.

Etapa de Certificação de Competências

Técnico responsável – Avaliador, avaliador e avaliador independente que constituem o júri de


certificação.

Instrumentos a mobilizar – Portefólio profissional.

Na base do desenvolvimento de processos de RVCC profissional deverão ter-se em conta alguns


princípios fundamentais, designadamente (figura 14):

Racionalização de todas as intervenções e do trabalho já desenvolvido pelo


candidato/com o candidato, nomeadamente no que concerne à construção do
Portefólio, pois o candidato poderá ser já detentor de um no âmbito de outras
intervenções. Este constitui a base de trabalho de análise e avaliação no âmbito de
processos de RVCC profissional.
Maximização da recolha de comprovativos credíveis e válidos que demonstrem de
forma inequívoca e consistente que um candidato detém as competências e, por
conseguinte sabe desempenhar as atividades profissionais. Quanto mais comprovativos
válidos e credíveis, mais ágil e estruturado poderá ser o processo.
Organização e planeamento do tralho, sobretudo no que concerne ao trabalho
desenvolvido por cada técnico em cada um das etapas com o candidato, evitando-se
redundâncias e sobreposição na procura de evidências. Apesar das etapas serem
autónomas, deverá existir uma interligação entre as mesmas e uma estreita articulação
entre os diferentes intervenientes, enfatizando a singularidade de cada processo.

37
Juventude: O nosso compromisso!

ETAPA DE INFORMAÇÃO E
CORRESPONDENTES

TÉCNICO DE INFORMAÇÃO E
ORIENTAÇÃO E CANDIDATO

DIAGNÓSTICO, RECOLHA, ANÁLISE E METODOLOGIA DE BALANÇO DE COMPETÊNCIAS; ABORDAGEM


ORGANIZAÇÃO DE INFORMAÇÃO AUTOBIOGRÁFICA; FICHA DE PERCURSO PROFISSIONAL E DE
VARIADA SOBRE O CANDIDATO FORMAÇÃO; PORTEFÓLIO PROFISSIONAL

ENCAMINHAMENTO

CANDIDATO SEM PERFIL PARA CANDIDATO COM PERFIL PARA


PROCESSO DE RVCC PROFISSIONAL PROCESSO DE RVCC PROFISSIONAL

PERCURSOS FORMATIVOS ETAPA DE RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIAS

ASSESSOR E CANDIDATO

INFORMAÇÃO VEICULADA NA ETAPA DE INFORMAÇÃO E


ORIENTAÇÃO; PORTEFÓLIO PROFISSIONAL (QUE INCLUI A FICHA DE
PERCURSO FORMATIVO E FICHA DE PERCURSO PROFISSIONAL);
GRELHA DE AUTOAVALIAÇÃO; GRELHA DE IDENTIFICAÇÃO DE
COMPETÊNCIAS; METODOLOGIA DE BALANÇO DE COMPETÊNCIAS;
ABORDAGEM AUTOBIOGRÁFICA

ETAPA DE VALIDAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

AVALIADOR E CANDIDATO

INFORMAÇÃO VEICULADA NAS ETAPAS DE INFORMAÇÃO E


ORIENTAÇÃO E DE RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIAS;
PORTEFÓLIO PROFISSIONAL (QUE INCLUI A FICHA DE PERCURSO
FORMATIVO E FICHA DE PERCURSO PROFISSIONAL, A GRELHA DE
AUTOAVALIAÇÃO E A GRELHA DE IDENTIFICAÇÃO DE
COMPETÊNCIAS); GUIÃO DE ENTREVISTA TÉCNICA; GRELHA DE
AVALIAÇÃO DA OBSERVAÇÃO DE DESEMPENHO EM POSTO DE
TRABALHO E DA PRÁTICA SIMULADA; FICHAS DE EXERCÍCIO
PRÁTICO; METODOLOGIA DE BALANÇO DE COMPETÊNCIAS;
ABORDAGEM AUTOBIOGRÁFICA
ETAPA DE CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

JÚRI DE CERTIFICAÇÃO (ASSESSOR, AVALIADOR,


AVALIADOR INDEPENDENTE) E CANDIDATO

PORTEFÓLIO PROFISSIONAL (QUE DEVERÁ INCLUIR TODOS OS


INSTRUMENTOS E REGISTOS MOBILIZADOS NO DECURSO DO
PROCESSO); DEMONSTRAÇÃO PRÁTICA

Figura 14. Etapas, intervenientes e instrumentos mobilizados no desenvolvimento de processos de RVCC profissional.

38
Juventude: O nosso compromisso!

3. AVALIAÇÃO DO PROCESSO E POSSIBILIDADES DE ENCAMINHAMENTO

O princípio determinante do sistema de avaliação é o de que o processo de avaliação deve


refletir, com rigor, o processo de formação, garantindo, desta forma, uma conformidade entre,
por um lado, processos, técnicas e instrumentos de avaliação e, por outro, conteúdos
formativos e atividades de aprendizagem. A avaliação incide sobre as aprendizagens efetuadas
e as competências adquiridas, de acordo com os referenciais de formação aplicáveis.

As atividades profissionais podem assumir diferentes graus de importância, mediante a


atribuição de ponderações distintas que têm por base o contributo/imprescindibilidade da
atividade profissional para a validação da UC, para o resultado final/qualificação pretendida,
bem como pertinência para os agentes do mercado de trabalho e importância no exercício da
profissão, designadamente:

3 – Atividade profissional nuclear/fundamental e imprescindível.


2 – Atividade profissional muito importante.
1 – Atividade profissional importante.

Para obter uma qualificação profissional do Catálogo o candidato terá de ver validadas todas as
UC que configuram o referencial de RVCC profissional, considerando a pontuação/classificação
atribuída pela equipa técnica nas diferentes atividades profissionais, designadamente:

3 – Executa muito bem a atividade profissional.


2 – Executa satisfatoriamente a atividade profissional.
1 – Não executa a atividade profissional.

O conjunto dos critérios de desempenho que integram cada uma das atividades profissionais
expressam o nível aceitável e satisfatório de realização profissional, atendendo aos objetivos
das organizações produtivas, fornecendo assim orientações para a avaliação da competência
profissional. O indicador de avaliação associado a cada critério de desempenho tem por base
uma escala graduada, pelo que o candidato é considerado competente quando tem, pelo
menos, a pontuação 2 (desempenho aceitável/regular/satisfatório).

As competências do candidato são avaliadas por UC, ficando a validação destas dependente da
verificação, em simultâneo, das duas condições seguintes:

39
Juventude: O nosso compromisso!

A pontuação atribuída ao candidato em cada uma das atividades profissionais tem de ser igual
ou superior a 2.

A média ponderada das pontuações atribuídas ao somatório das atividades profissionais


(nucleares e não nucleares) tem de ser igual ou superior a 2.

No âmbito do processo de RVCC profissional, se um candidato não demonstrar que sabe


executar uma atividade profissional nuclear, não verá validada a UC à qual a mesma pertence,
mesmo que demonstre que sabe executar as restantes atividades profissionais dessa UC.

As atividades profissionais não nucleares, embora sendo importantes para a obtenção dos
resultados finais/qualificação pretendida, não têm um carácter eliminatório. Isto significa que,
ao contrário do que se passa com as atividades profissionais nucleares, caso o candidato não
saiba desempenhar uma atividade profissional não nuclear, isso não conduz, de forma imediata
e automática, à não validação da correspondente UC.

A diferenciação do grau de importância das várias atividades profissionais numa dada UC é


essencial para efeitos de tomada de decisão relativamente à validação ou não da referida UC.

É de ressalvar que todas as UC e atividades profissionais que integram o referencial de RVCC


profissional deverão ser objeto de avaliação, assumindo posteriormente o estado de validadas
ou não validadas, não se verificando assim a existência de estados por avaliar para a conclusão
do processo e obtenção de certificação total.

Com vista a facilitar o processo de avaliação, e considerando à inexistência de uma plataforma


para o efeito, foi desenvolvida uma grelha de apoio para o registo dos resultados obtidos no
decurso do processo (figura 15).

40
Juventude: O nosso compromisso!

ANEXO 2 - Grelha de registo de avaliação

Denominação: HRT 006_4 | Recepção em Alojamentos


Família Profissional: HRT 006_4. Hotelaria, Restauração e Turismo
Nível: 4
Ocupações e postos de trabalho 422205 | Recepcionista de Hotel
relacionados: 422290 | Outros recepcionistas e trabalhadores similares

O RVCC profissional assenta num processo de avaliação, do qual resulta a validação e/ou não validação de UC, sendo que todas as UC
que configuram o referencial deverão ser objeto de avaliação, não existindo atividades profissionais por avaliar.
As competências do candidato são avaliadas por UC (unidade mínima certificável), ficando a validação destas dependente da
verificação, em simultâneo, das duas condições seguintes:
Condições de certificação: • A pontuação atribuída ao candidato em cada uma das atividades profissionais tem de ser igual ou superior a 2.
• A média ponderada das pontuações atribuídas ao somatório das atividades profissionais (nucleares e não nucleares) tem de ser igual
ou superior a 2.
A obtenção da qualificação profissional e, por conseguinte, da certificação total está dependente da validação de todas as UC que
configuram o referencial de RVCC profissional.

UC2 (código UC026_4): Realizar as atividades específicas da receção em alojamentos

MF2 (código MF026_4): Receção e atendimento ao cliente (270h)

Instrumento de Média
Elementos de Competência Atividades Profissionais Ponderação Pontuação Estado
Avaliação Mobilizado Ponderada

1.1. Prepara o serviço de receção 2


1. Organizar a prestação de serviço de
receção, determinando os processos
adequados e rentáveis 1.2. Efetua os procedimentos de gestão da
2
informação na receção

2.1. Efetua a receção e o acolhimento de


3
clientes
2. Realizar as atividades próprias do balcão,
desde a chegada à saída do cliente, 2.2. Efetua outros serviços de atendimento
processando e gerindo a documentação (serviço de despertar, correspondência, 2
necessária, segundo as normas da empresa mensagens, entre outros)
ou estabelecimento
2.3. Efetua o check-out dos clientes 3

3. Utilizar técnicas e meios externos e


internos de comunicação adequados às
necessidades de cada tipo de cliente,
3.1. Efetua o atendimento recorrendo a vários
atendendo-o com a finalidade de satisfazer 2
meios, designadamente: telefónico e internet
as suas expectativas e assegurando a
transferência de informação
interdepartamental

4. Supervisionar os processos de faturação,


processando a documentação necessária, e
gerir a informação decorrente da prestação 4.1. Efetua a faturação dos serviços de
3
de serviço de alojamento e demais serviços alojamento
do hotel, permitindo um adequado controlo
económico e administrativo do mesmo

Figura 15. Exemplo de grelha de registo das avaliações (excerto associado à qualificação de Receção em Alojamentos).

Relativamente ao exemplo que segue (figura 16) estão cumpridas as duas condições para a
validação da UC, ou seja:

Todas as atividades profissionais nucleares têm pontuação 2 (validadas) e


simultaneamente;
A média ponderada das pontuações atribuídas ao somatório das atividades profissionais
(nucleares e não nucleares) é superior a 2.

41
Juventude: O nosso compromisso!

ANEXO 2 - Grelha de registo de avaliação

Denominação: HRT 006_4 | Recepção em Alojamentos


Família Profissional: HRT 006_4. Hotelaria, Restauração e Turismo
Nível: 4
Ocupações e postos de 422205 | Recepcionista de Hotel
trabalho relacionados: 422290 | Outros recepcionistas e trabalhadores similares

O RVCC profissional assenta num processo de avaliação, do qual resulta a validação e/ou não validação de UC, sendo que todas as UC que
configuram o referencial deverão ser objeto de avaliação, não existindo atividades profissionais por avaliar.
As competências do candidato são avaliadas por UC (unidade mínima certificável), ficando a validação destas dependente da verificação, em
simultâneo, das duas condições seguintes:
Condições de certificação:
• A pontuação atribuída ao candidato em cada uma das atividades profissionais tem de ser igual ou superior a 2.
• A média ponderada das pontuações atribuídas ao somatório das atividades profissionais (nucleares e não nucleares) tem de ser igual ou superior a 2.
A obtenção da qualificação profissional e, por conseguinte, da certificação total está dependente da validação de todas as UC que configuram o
referencial de RVCC profissional.

UC2 (código UC026_4): Realizar as atividades específicas da receção em alojamentos

MF2 (código MF026_4): Receção e atendimento ao cliente (270h)

Instrumento de
Elementos de Competência Atividades Profissionais Avaliação Ponderação Pontuação Média Ponderada Estado
Mobilizado

1. Organizar a prestação de 1.1. Prepara o serviço de receção Entrevista técnica 2 3


serviço de receção,
determinando os processos
1.2. Efetua os procedimentos de
adequados e rentáveis Entrevista técnica 2 2
gestão da informação na receção

2.1. Efetua a receção e o


Entrevista técnica 3 2
acolhimento de clientes
2. Realizar as atividades
próprias do balcão, desde a 2.2. Efetua outros serviços de
chegada à saída do cliente,
atendimento (serviço de
processando e gerindo a Entrevista técnica 2 3
despertar, correspondência,
documentação necessária, UC Validada
mensagens, entre outros)
segundo as normas da (todas as atividades
empresa ou estabelecimento Mp = ((2*3)+(2*2)+(3*2)+(2*3)+ profissionais nucleares
2.3. Efetua o check-out dos (3*2)+(2*2)+(3*3))/ com pontuação igual e
Entrevista técnica 3 2
clientes (3+2+2+3+2+2+3)=2.412 superior a 2 + Média
ponderada igual e
3. Utilizar técnicas e meios superior a 2)
externos e internos de
comunicação adequados às
3.1. Efetua o atendimento
necessidades de cada tipo de Observação de
recorrendo a vários meios,
cliente, atendendo-o com a desempenho em 2 2
designadamente: telefónico e
finalidade de satisfazer as suas posto de trabalho
internet
expectativas e assegurando a
transferência de informação
interdepartamental

4. Supervisionar os processos
de faturação, processando a
documentação necessária, e
gerir a informação decorrente
4.1. Efetua a faturação dos
da prestação de serviço de Entrevista técnica 3 3
serviços de alojamento
alojamento e demais serviços
do hotel, permitindo um
adequado controlo económico
e administrativo do mesmo

Figura 16. Registo de avaliações e cumprimento dos requisitos para a validação da UC (excerto associado à qualificação
de Receção em Alojamentos).

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Juventude: O nosso compromisso!

CONCLUSÃO

A experiência das equipas técnico-pedagógicas e da rede de entidades na certificação de


competências profissionais deverá permitir aferir modelos organizativos e metodologias de
intervenção que potenciem e reforcem a adesão a processos de qualificação valorizadores de
competências profissionais previamente adquiridas.

Todavia, e tendo em conta a realidade e o contexto educativo-formativo Cabo-Verdiano, urge a


necessidade de ajustar modelos de funcionamento de forma a torná-los mais flexíveis,
diversificando as ofertas em matéria de certificação profissional, bem como ao nível da
formação profissional, começando por criar mecanismos para a implementação de formação
pós-laboral.

É, ainda, necessário potenciar e aumentar a capacidade de gerar e mobilizar o interesse das


pessoas, empregadas ou desempregadas, bem como o mercado de trabalho pela certificação
de competências profissionais.

O funcionamento mais flexível assentará no envolvimento de um conjunto variado de


entidades certificadoras e formadoras que operam no âmbito do Sistema Nacional de
Qualificações, com competência e capacidade técnica para desenvolver o reconhecimento,
validação e certificação de competências profissionais em determinadas qualificações.

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Juventude: O nosso compromisso!

GLOSSÁRIO

Atitudes

Capacidade de aplicar as capacidades pessoais e sociais em situações profissionais e de


formação para efeitos de desenvolvimento profissional e pessoal.

Atividades profissionais

Conjunto de ações concretas e diretamente observáveis através das quais o indivíduo


demonstra o domínio das competências requeridas para a validação de cada EC. Correspondem
a pequenas unidades de observação e de avaliação com pender essencialmente funcional e
operativo. Referem-se a um conjunto de ações e comportamentos expressos como resultados
esperados.

Competência

É a capacidade reconhecida para mobilizar conhecimentos, aptidões e atitudes em contextos


de trabalho, de desenvolvimento profissional, de educação e de desenvolvimento humano e
pessoal (Decreto-Lei nº 20/2010 de 14 de Junho).

Competência profissional

A competência profissional é o conjunto de conhecimentos e capacidades que permite o


exercício de uma atividade profissional em conformidade com as exigências da produção e do
mercado de emprego (Decreto-Lei n.º 65/2010 de 27 de Dezembro).

Conhecimentos

Constituem o acervo de factos, princípios, teorias e praticas relacionados com a área de estudo,
trabalho ou formação profissional enquanto resultado da assimilação de informação através da
aprendizagem (Decreto-Lei n.º 65/2010 de 27 de Dezembro).

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Juventude: O nosso compromisso!

Critério de desempenho

Os critérios de desempenho devem expressar o nível aceitável de realização profissional para


cada elemento de competência, que atenda aos objetivos das organizações produtivas e
fornece orientações para a avaliação da competência profissional (Decreto-Lei n.º 65/2010 de
27 de Dezembro). É a componente do enunciado de competência que descreve em forma de
resultados e de realizações criticas as atividades de trabalho, o nível requerido dos elementos
da competência.

Elemento de competência

O elemento de competência é a componente do enunciado de competências que descreve uma


ação ou comportamento que alguém deve ser capaz de realizar e demonstrar numa situação de
trabalho num determinado campo ocupacional (Decreto-Lei n.º 65/2010 de 27 de Dezembro).

Ficha de percurso formativo

Ficha preenchida pelo candidato na etapa de identificação de competências, com o apoio de


um profissional, que sistematiza informação referente ao seu percurso de formação (ações de
formação frequentadas).

Ficha de percurso profissional

Ficha preenchida pelo candidato na etapa de identificação de competências, com o apoio de


um profissional, que sistematiza informação referente ao seu percurso profissional (locais de
trabalho, funções desempenhadas, duração, condições de exercício do trabalho, entre outras).

Indicador

Medida de um objetivo a atingir, de um recurso mobilizado, um efeito obtido, uma dimensão


de qualidade ou de uma variável de contexto. Um indicador produz informação quantificada.

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Juventude: O nosso compromisso!

Instrumentos de avaliação

Conjunto de instrumentos mobilizados no decurso das diversas etapas no âmbito de um


processo de RVCC profissional. Estes instrumentos estão diretamente associados ao referencial
de certificação profissional.

Módulo formativo

É constituído por blocos associados a cada uma das unidades de competência e quando
necessário por módulos transversais a várias delas. O módulo formativo é a menor unidade de
formação credível para se estabelecer cursos conducentes à concessão de diplomas e/ou
certificados de qualificação profissional (Decreto-Lei n.º 65/2010 de 27 de Dezembro).

Perfil profissional

Perfil profissional, a descrição detalhada de um conjunto de atividades e saberes requeridos


para o exercício de uma determinada atividade profissional (Decreto-Lei nº 20/2010 de 14 de
Junho).

Procedimentos

Conjunto de etapas sequenciais nas quais uma atividade profissional se desdobra, de modo a
que se possa avaliar com rigor se o candidato sabe ou não executá-la.

Programa formativo

O programa formativo da qualificação, enquanto referencial de formação, é composto pelos


módulos de formação do Catálogo Modular de Formação Técnico-profissional (CMFTP) que
compõem o diploma ou certificado de qualificação profissional correspondente (Decreto-Lei n.º
65/2010 de 27 de Dezembro).

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Juventude: O nosso compromisso!

Reconhecimento, validação e certificação de competências

O reconhecimento, validação e certificação de competência é o processo formal que permite


aos indivíduos o reconhecimento, a validação e a certificação das competências de que dispõe,
independentemente de como os tenha adquirido (Decreto-Lei nº 20/2010 de 14 de Junho).

Referencial de certificação profissional

O referencial de certificação profissional consiste no referencial associado a cada perfil


profissional, que contempla, para casa Unidade de Competência, o conjunto de atividades
profissionais, conhecimentos e atitudes respetivos, associadas aos respetivos Elementos de
Competência (EC) que integram cada UC.

Referencial de formação

O referencial de formação é o conjunto de informações que orienta a organização e o


desenvolvimento da formação, em função do perfil profissional ou do referencial de
competências associadas, referenciada no Catálogo Nacional de Qualificações Profissionais
(Decreto-Lei nº 20/2010 de 14 de Junho).

Relatório/grelha de análise do percurso profissional

Documento preenchido pelo assessor que explicita o resultado da análise de evidências dos
documentos preenchidos pelo candidato, designadamente a ficha de percurso profissional, a
ficha de percurso formativo, grelha de autoavaliação e o portefólio profissional.

Unidade de Competência

É um conjunto mínimo de competências, capaz de reconhecimento e acreditação em parte


(Decreto-Lei n.º 65/2010 de 27 de Dezembro). É a unidade mínima de certificação com valor
para o mercado de trabalho sendo autónoma para efeitos de reconhecimento.

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Juventude: O nosso compromisso!

PERGUNTAS FREQUENTES (FAQ)

O que é o Sistema de reconhecimento, validação e certificação de competências?

O sistema de reconhecimento, validação e certificação de competências, consiste num


processo formal que permite aos indivíduos obter o reconhecimento, a validação e a
certificação das competências de que dispõe, independentemente da forma como os tenha
adquirido. Compreende um conjunto de etapas autónomas, devidamente interligadas entre si,
e procedimentos metodológicos e de certificação que permitem aos indivíduos obter o
reconhecimento e a certificação de competências profissionais adquiridas de forma não-formal
ou informal.

Quais são os destinatários do sistema de reconhecimento, validação e certificação de


competências profissionais (RVCC profissional)?

O sistema de reconhecimento, validação e certificação de competências profissionais destina-


se a adultos com idade igual ou superior a 25 anos e experiência profissional mínima de 5 anos.

De que forma se pode obter uma qualificação profissional?

Uma qualificação profissional pode ser adquirida mediante formação profissional, experiência
profissional ou através da combinação de ambas, ou ainda, resultar de títulos obtidos noutros
países. A cada qualificação profissional encontra-se associado um perfil profissional, um
programa formativo e um referencial de reconhecimento, validação e certificação de
competências.

Qual a rede de operadores do sistema de reconhecimento, validação e certificação de


competências profissionais (RVCC profissional)?

A rede de operadores do sistema de reconhecimento, validação e certificação de competências


profissionais integra, designadamente:

A Direção Geral do Emprego;


A Unidade de Coordenação do Sistema Nacional de Qualificações (UC-SNQ);

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Juventude: O nosso compromisso!

As entidades certificadoras de qualificações profissionais, como tal reconhecidas nos


termos da lei;
As entidades formadoras, devidamente acreditadas que aderirem ao processo;
As Escolas Técnicas;
Os centros públicos de formação profissional, designadamente os Centros de Emprego e
Formação Profissional do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP);
Os centros privados de formação profissional devidamente acreditados; e
As Unidades Formativas.

Quais as principais etapas do sistema de reconhecimento, validação e certificação de


competências profissionais (RVCC profissional)?

O sistema de reconhecimento, validação e certificação de competências profissionais integra as


seguintes etapas

Etapa de informação e orientação;


Etapa de reconhecimento de competências;
Etapa de validação de competências; e
Etapa de certificação de competências.

O desenvolvimento das etapas indicadas ocorre integralmente nas entidades certificadoras de


competências profissionais.

Qual a competência das unidades certificadoras?

Compete às entidades certificadoras assegurar as etapas do processo RVCC, bem como organizar
e ministrar a formação de acordo com os referenciais do CNQP no âmbito das qualificações em
que os candidatos desenvolvem processos de certificação de competências profissionais durante
ou após o processo.

Qual a função do coordenador pedagógico?

A organização do processo de reconhecimento, validação e certificação de competências


profissionais é da responsabilidade do coordenador pedagógico da entidade certificadora que
tem a função da supervisão pedagógica e a coordenação dos recursos humanos envolvidos. O
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Juventude: O nosso compromisso!

coordenador pedagógico deverá selecionar os demais elementos que constituirão a equipa


técnico-pedagógica no âmbito do processo de RVCC profissional e promover a formação dos
seus elementos; dinamizar a realização de ações de divulgação do sistema de RVCC profissional
e apoiar e promover a constituição de parcerias para efeitos de encaminhamento de
candidatos.

O que se entende por etapa de informação e orientação?

A etapa de informação e orientação inicia-se diretamente na entidade certificadora onde o


candidato procede à sua inscrição e consiste numa fase de diagnóstico que permite perceber se
os candidatos indiciam grande parte das competências a reconhecer, validar e certificar tendo
em conta o referencial de RVCC profissional da qualificação pretendida.

Qual a responsabilidade do técnico de informação e orientação

O técnico de informação e orientação tem como função recolher e analisar informação sobre o
candidato, bem como esclarecer sobre os perfis profissionais, os referenciais de qualificação e
de certificação profissional, bem como sobre o CNQP e as diferentes modalidades do SNQ.
Deve ainda esclarecer o candidato sobre a organização, as etapas, a finalidade e os
destinatários do processo de reconhecimento, validação e certificação de competências
profissionais, aconselhando-o do percurso de qualificação a seguir e guardar sigilo de todas as
informações referentes ao candidato.

O que se entende por portefólio profissional?

Portefólio profissional consiste num conjunto de documentos que constituem comprovativos


de execução de determinadas atividades profissionais do ponto de vista das competências
adquiridas ao longo da vida.

Qual a responsabilidade do assessor?

O Assessor é um técnico da área profissional que desenvolve o processo de RVCC profissional


focalizando-se nas Unidades de Competência e nos Elementos de Competência do referencial

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Juventude: O nosso compromisso!

associado à saída profissional visada. O Assessor é um técnico da família profissional em que se


desenvolve o processo de RVCC profissional e tem como responsabilidade dar continuidade ao
trabalho de evidenciação de competências mobilizando, para tal, instrumentos que permitam
gerar novas evidências ou aprofundar outras. Tem como missão explicitar de forma
aprofundada as etapas, os elementos da equipa técnica e respetivos instrumentos associados
ao processo de reconhecimento e validação de competências profissionais

O que se entende por etapa de reconhecimento de competências?

A etapa do reconhecimento de competências visa a identificação e o reconhecimento das


competências indiciadas ou evidenciadas durante a etapa de informação e orientação.

O que se entende por grelha de autoavaliação?

A grelha de autoavaliação é um instrumento sem fim avaliativo e com caráter de


autodiagnóstico. Este instrumento deverá permitir o posicionamento do candidato face a um
conjunto de UC e atividades profissionais que integram o referencial certificação de
competências profissionais. Tratando-se, assim, de um instrumento de autopreenchimento e
de autodiagnóstico do candidato, este deverá indicar se sabe ou não desempenhar as
atividades profissionais em questão. O assessor poderá apoiar o candidato no preenchimento
da grelha de autoavaliação sempre que seja necessário descodificar a linguagem técnica inscrita
nas atividades profissionais, “traduzindo-as” em termos reconhecíveis pelo candidato.

O que se entende por grelha de identificação de competências?

A grelha de identificação de competências é um instrumento com caráter avaliativo, na medida


em que permite, por si só, a validação de UC mediante a existência de comprovativos credíveis
e válidos. Assim, caso o candidato valide uma UC por via deste instrumento obterá pontuação
máxima (3), pelo que o mesmo não deverá ser aplicado para a não validação de UC. No caso de
não ser possível validar UC por via deste instrumento, este poderá ser mobilizado sem caráter
avaliativo, com vista ao levantamento de indícios (evidências indiretas) do candidato em
termos de identificação de competências, facilitando por exemplo a preparação da entrevista
técnica.

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Juventude: O nosso compromisso!

Escala de pontuação:1. Não executa a atividade profissional; 2. Executa satisfatoriamente a


atividade profissional; 3. Executa muito bem a atividade profissional.

Em que consiste a fase de validação de competências?

A validação de competências consiste na fase em que é um conjunto de instrumentos de


avaliação, de modo a validar as competências detidas pelo candidato.

Qual a responsabilidade do avaliador?

O avaliador tem como responsabilidade apoiar o processo de consolidação do portefólio


profissional, que foi iniciado na etapa da informação e orientação, bem como analisar e avaliar
de forma detalhada as Unidades de Competência que o candidato manifesta ter condições de
validação, com base na grelha de identificação de competências preenchida anteriormente
pelo Assessor.

O que se entende por entrevista técnica?

A entrevista técnica constitui um instrumento com elevado valor avaliativo. Esta encontra-se
estruturada por um conjunto de questões técnicas, abertas e exploratórias. Desta forma deverá
permitir, ainda que de forma indireta, apreender o domínio que o candidato tem dos
conhecimentos e das atitudes associadas a cada uma das atividades profissionais objeto de
avaliação. A ausência de conhecimentos e atitudes pode ser suficiente para inviabilizar a
validação de atividades profissionais. Pode dar-se o caso de um candidato dominar
tecnicamente o gesto que conduz à execução de uma tarefa, mas porque o faz de forma
rotinizada/mecanizada, pouco consciente, e sem mobilizar os conhecimentos e as atitudes
necessários, seja suficiente para o validador não validar uma determinada atividade
profissional. Em sede de entrevista o avaliador poderá mobilizar pequenos exemplos ou
demonstrações práticas que facilitem a evidenciação de competências. A entrevista deve ser
desenvolvida de forma bastante flexível, com diferentes graus de exploração e
aprofundamento em função de cada candidato, respetivos perfis e qualificação profissional.

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Juventude: O nosso compromisso!

Em que casos não é possível recorrer à observação direta no posto de trabalho?

Não é possível recorrer à observação direta no posto de trabalho nas seguintes situações:

Em casos de candidatos desempregados.


Quando a entidade empregadora não autorize a deslocação e a presença do Avaliador
ao posto de trabalho.
Quando a entidade empregadora não reúne as condições, do ponto de vista dos
espaços e/ou equipamentos, para a observação de determinadas atividades
profissionais específicas.
Sazonalidade das atividades profissionais.
Outras situações de carácter ético, deontológico (confidencialidade, anonimato, etc).

Em que consiste a observação de desempenho no posto de trabalho?

A observação de desempenho em posto de trabalho consiste numa demonstração prática de


execução das atividades profissionais que pressupõe a deslocação do Avaliador ao local e ao
contexto de trabalho do candidato. Representa uma forma privilegiada de proceder à avaliação
do candidato, pois detém um elevado valor avaliativo na medida em que conduz de forma
decisiva a uma validação ou não validação de atividades profissionais e UC.

O que se entende por grelha de avaliação direta do desempenho em posto de trabalho?

A grelha de avaliação da observação direta do desempenho em posto de trabalho e da prática


simulada, apesar de se encontrarem integrados numa única matriz, constituem dois
instrumentos de avaliação de aplicação autónoma. Estes apenas são mobilizados quando a
entrevista técnica não for conclusiva relativamente à possibilidade de validação/não validação
de competências. No âmbito destas duas formas de proceder à avaliação de competências
baseada na demonstração prática, dever-se-á privilegiar a observação direta no posto de
trabalho, deixando-se os exercícios a desenvolver em contexto de prática simulada como
recurso a mobilizar apenas nos casos em que não seja possível realizar-se a observação direta
no posto de trabalho. Os exercícios a desenvolver um contexto de prática simulada, tornam-se
mais dispendiosos face à necessidade de mobilização de recursos, materiais e outras condições
necessárias para o desenvolvimento do mesmo.

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Juventude: O nosso compromisso!

Em que consistem as fichas de exercício prático?

As fichas de exercício prático integram ainda um conjunto de procedimentos associados a cada


uma das atividades profissionais, especificando os vários passos que concorrem para a
execução das atividades profissionais e, como tal, balizam a avaliação do Avaliador. Identificam
ainda os recursos a mobilizar e o tempo previsto de execução para cada atividade profissional.

O que se entende por certificação de competências profissionais?

A certificação de competências profissionais consiste no ato de deliberação do júri, com base


na apreciação do portefólio profissional elaborado pelo candidato com o apoio da equipa
técnica (Técnico de Informação e Orientação, Assessor e Avaliador), e mediante uma pequena
demonstração prática que incidirá numa UC do referencial de competências profissionais,
determinada no final da etapa de validação pela equipa técnica conjuntamente com o
candidato.

Qual a unidade mínima certificável?

A unidade mínima passível de certificação é a unidade de competência.

Qual a composição do júri de certificação de competências?

O júri de certificação de competências é constituído pelo Assessor, pelo Avaliador – ambos


indigitados pela entidade certificadora, e por um Avaliador Independente que assegura a
presidência do júri e tem voto de qualidade.

Qual a competência do avaliador independente?

Compete especificamente ao Avaliador Independente analisar e validar o portefólio profissional


do candidato, articular com o Avaliador a consensualização das UC validadas e propostas a
certificação e a apreciação da demonstração prática desenvolvida pelo candidato.

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Juventude: O nosso compromisso!

Qual a responsabilidade do júri de certificação?

O júri é responsável por atribuir a certificação profissional total ou parcial consoante conclua
que o candidato adquiriu, respetivamente, todas ou algumas UC necessárias integradas no
referencial de competências profissionais associado a determinada qualificação profissional.

Quais os casos em que o candidato deve ser encaminhado para autoformação, formação no
posto de trabalho ou percursos formativos?

No caso de um candidato que não certificou todas as UC que constituem o referencial de


competências profissionais da qualificação profissional pretendida, e na sequência de uma
certificação parcial que atesta as UC certificadas, este poderá ser encaminhado para
autoformação, ou formação em posto de tralho, ou para percursos formativos, com vista a
obtenção de uma certificação total.

Como se obtém a certificação de uma unidade de competência?

As competências do candidato são avaliadas por UC, ficando a validação destas depende da
verificação, em simultâneo, das duas condições seguintes:

A pontuação atribuída ao candidato em cada uma das atividades profissionais tem de


ser igual ou superior a 2.
A média ponderada das pontuações atribuídas ao somatório das atividades profissionais
(nucleares e não nucleares) tem de ser igual ou superior a 2.

No âmbito do processo de RVCC profissional, se um candidato não demonstrar que sabe


executar uma atividade profissional nuclear, não verá validada a UC à qual a mesma pertence,
mesmo que demonstre que sabe executar as restantes atividades profissionais dessa UC. As
atividades profissionais não nucleares, embora sendo importantes para a obtenção dos
resultados finais/qualificação pretendida, não têm um carácter eliminatório. Isto significa que,
ao contrário do que se passa com as atividades profissionais nucleares, caso o candidato não
saiba desempenhar uma atividade profissional não nuclear, isso não conduz, de forma imediata
e automática, à não validação da correspondente UC.

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Juventude: O nosso compromisso!

O que são atividades profissionais nucleares?

As atividades profissionais com ponderação 3 consideram-se nucleares e assumem um caráter


eliminatório para a validação da UC, ou seja, deverão ser obrigatoriamente validadas. As
atividades nucleares são determinadas considerando o contributo/imprescindibilidade das
mesmas para a validação da UC, para o resultado final/qualificação pretendida, bem como
pertinência para os agentes do mercado de trabalho e imprescindibilidade no exercício da
profissão. No âmbito do processo de RVCC profissional, se um candidato não demonstrar que
sabe executar uma atividade profissional nuclear, não verá validada a UC à qual a mesma
pertence, mesmo que demonstre que sabe executar as restantes atividades profissionais dessa
UC.

O que se entende por Plano Pessoal de Qualificação?

O plano pessoal de qualificação consiste num documento que deve indicar os módulos
formativos necessários ao candidato para complementar o processo de certificação. Os
módulos a indicar deverão consistir naqueles que fazem parte do programa formativo da
qualificação profissional em causa.

O que é o Certificado de Qualificação profissional?

O certificado de qualificação profissional é um documento comprovativo de que o seu titular,


mediante avaliação e independentemente da frequência de cursos formais de formação
profissional, possui as competências requeridas para o exercício de uma determinada profissão
ou atividade profissional ou percurso profissional equivalente a um dos níveis de qualificação
profissional previstos no Quadro Nacional das Qualificações, nos termos da lei.

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Juventude: O nosso compromisso!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Vários (2008). “Balanço de Competências chave para o empreendedorismo – manual de apoio


ao facilitador”.

Estevão, M. (2005). “Balanço de competências”. Coleção Gabinete de Gestão Equal.

Leitão, José Alberto (coord.) (2002). Centros de Reconhecimento, Validação e Certificação de


Competências. Roteiro Estruturante. Lisboa: ANEFA (2ª edição).

Josso, Marie-Christine (1999). História de vida e projeto: a história de vida como projeto e as
"histórias de vida" ao serviço de projetos. Educ. Pesqui., jul./dez., 25, 2, pp. 11-23.

BIBLIOGRAFIA DE CONSULTA

Silva, M e outros. (2015). Guia Metodológico de conceção de qualificações baseadas em


resultados de aprendizagem. Coleção Projetar em ação. ANQEP., I.P.

Almeida, M e outros (2008). Metodologia de acolhimento, diagnóstico e encaminhamento de


adultos. Centro novas oportunidades. Coleção Recursos e Dinâmicas. ANQ, I.P.

Gaspar, T e outros (2009). A sessão de júri de certificação: momentos, atores, instrumentos –


roteiro metodológico. Coleção Recursos e Dinâmicas. ANQ, I.P.

Silva, M e outros (2008). A operacionalização de processos de reconhecimento, validação e


certificação de competências profissionais – guia de apoio. Coleção Recursos e Dinâmicas. ANQ,
I.P.

57
Juventude: O nosso compromisso!

ANQEP, I.P. (2015). Orientação ao longo da vida nos centros para a qualificação e o ensino
profissional – guia metodológico. ANQEP, I.P.

Villarroel, S. e outros (2013). Sistema Nacional de Qualificações – manual de procedimentos.


PAPNEF – Projeto CV 071/Cooperação Luxemburguesa.

Lameira, S. (2013). Metodologia de conceção dos instrumentos para a certificação de


competências profissionais. Sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de
Competências Profissionais. PAPNEF – Projeto CV 073/Cooperação Luxemburguesa.

LEGISLAÇÃO

Decreto-Lei n° 20/2010 de 14 de Junho: Regula o Regime Jurídico Geral do Sistema Nacional


de Qualificações e define os instrumentos, ações e estruturas necessárias ao seu
funcionamento e desenvolvimento.

Decreto-Lei n° 53/2014 de 22 de Setembro: Estabelece o regime jurídico da formação


profissional.

Decreto-Lei n° 54/2014 de 22 de Setembro: Regula o sistema de reconhecimento, validação


e certificação de competências profissionais adquiridas e desenvolvidas ao longo da vida,
nomeadamente em contextos de trabalho.

Decreto-Lei nº 65/2010 de 27 de Dezembro: Regula a natureza, a estrutura e os efeitos do


Quadro Nacional de Qualificações.

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Juventude: O nosso compromisso!

ANEXOS
PÁGINAS

ANEXO 1. MODELO DE FICHA DE INSCRIÇÃO 60

ANEXO 2. MODELO DE FICHA DE PERCURSO FORMATIVO 61

ANEXO 3. MODELO DE FICHA DE PERCURSO PROFISSIONAL 62

ANEXO 4. GRELHA DE AUTOAVALIAÇÃO 65

ANEXO 5. GRELHA DE IDENTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS 66

ANEXO 6. GUIÃO DE ENTREVISTA TÉCNICA 67

ANEXO 7. GRELHA DE AVALIAÇÃO DA OBSERVAÇÃO DE DESEMPENHO EM 68


POSTO DE TRABALHO/ GRELHA DE AVALIAÇÃO DA PRÁTICA SIMULADA

ANEXO 8. FICHA DE EXERCÍCIOS PRÁTICOS 69

ANEXO 9. MODELO DE PLANO PESSOAL DE QUALIFICAÇÕES 70

ANEXO 10. MODELO DE ROTEIRO DE ATIVIDADES 72

ANEXO 11. MODELO DE ATA DE SESSÃO DE JÚRI 74

ANEXO 12. MODELO DE CERTIFICADO DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL 77

59
Juventude: O nosso compromisso!

ANEXO 1

MODELO DE FICHA DE INSCRIÇÃO

1. DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE FORMATIVA

Nome: ………………………………………………………………………………………………………………………………………

Data:
…………………………………………………………………………………………………………………………………………

2. DADOS PESSOAIS

N.º do Candidato …………………………………………………………………………………………………………………………

Nome ………………………………………………………………………………………………………………………………………

N.º de Passaporte ou do BI…………………………………………………………………….. válido até …… / …… /……

Data de nascimento ……………………………………… Naturalidade ………………………………………………………………

Morada ……………………………………………………………………………………………..……………………………………….

Telefone
………………………………………………………………………………………………...…………………………………..

3. DADOS PROFISSIONAIS

Condição atual perante o emprego:

Situação específica:

Entidade Empregadora:

Sector Profissional:

Profissão:

4. DADOS DA INSCRIÇÃO

Modalidade/Curso de formação: ………………………………………………………………………………………………………..

Data:…………………………

(o Candidato) (Entidade)

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Juventude: O nosso compromisso!

ANEXO 2

MODELO DE FICHA DE PERCURSO FORMATIVO

1. DADOS PESSOAIS

Nome
…………………………………………………………………………………………………………………………………..…………

N.º de Passaporte ou do BI……………………………………………………………………….. válido até …… / …… /………

Data de nascimento ……………………………………………… Naturalidade


……………………………………………………….

2. MODALIDADE DE FORMAÇÃO/CURSO DE FORMAÇÃO/PROCESSO DE RVCC PROFISSIONAL

Nível de escolaridade:

Modalidade de formação:

Família profissional do Catálogo Nacional de Qualificações:

Designação da qualificação:

Nível de qualificação do QNQ:

Designação do curso de formação:

Ocupações e postos de trabalho relacionados (Saída profissional):

3. FORMAÇÃO PROFISSIONAL COMPROVADA

(Descrever as principais formações que frequentou, identificação da entidade formadora (públicas ou privadas), quer em empresas, assim como
estágios, seminários e outros eventos relevantes).

Designação da Entidade Duração total Data de realização Observações


Ação Formadora (horas)

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Juventude: O nosso compromisso!

ANEXO 3

MODELO DE FICHA DE PERCURSO PROFISSIONAL


Descrever todos os empregos que teve até ao momento, em Cabo Verde ou no estrangeiro, independentemente de estarem ou não,
relacionados com o pedido de certificação, de sere por conta própria de outrem ou voluntário, usando os tópicos indicados para cada um. É
importante descrever todo o percurso profissional.

Identificação da empresa/ramo:
………………..………………………………..………………………………………......................

Morada
………………………………………………………………………………………………………………………………………

Tempo de exercício destas funções ………………………. anos ……………………. Meses

Nome do Serviço/Secção/Departamento e designação da categoria profissional:


………………………………………………...

………………………………………………………………………………………………………………………………………….........

Funções desempenhadas
……………………………………………………………………………………………………………...…

………………………………………………………………………………………………………………………………………….........

………………………………………………………………………………………………………………………………………….........

………………………………………………………………………………………………………………………………………….........

………………………………………………………………………………………………………………………………………….........

………………………………………………………………………………………………………………………………………….........

………………………………………………………………………………………………………………………………………….........

………………………………………………………………………………………………………………………………………….........

………………………………………………………………………………………………………………………………………….........

………………………………………………………………………………………………………………………………………….........

………………………………………………………………………………………………………………………………………….........

62
Juventude: O nosso compromisso!

ANEXO 3

MODELO DE FICHA DE PERCURSO PROFISSIONAL (CONT.)

Informações recebidas para a realização das atividades profissionais (Indicar que tipo de informações, quem lhas dá e
como lhe são transmitidas):

……………………………………………………………………………………………………………………………………………

……………………………………………………………………………………………………………………………………………

……………………………………………………………………………………………………………………………………………

……………………………………………………………………………………………………………………………………………

Informações transmitidas a outros no decorrer das suas atividades profissionais/Indicar que tipo de informações dá, a
quem, como e porque o faz):

………………………………………………………………………………………………………………………………………..…

……………………………………………………………………………………………………………………………………..……

……………………………………………………………………………………………………………………………………………

……………………………………………………………………………………………………………………………………………

Relações profissionais com entidades externas à sua empresa, por exemplo, com clientes ou fornecedores (Indicar que
tipo de relações, com quem e em que casos:

…………………………………………………………………….……………………………………………………………………...

……………………………………………………………………………………………………………………………………………

……………………………………………………………………………………………………………………………………………

……………………………………………………………………………………………………………………………………………

Controlo do seu trabalho (Indicar por quem, como e quando é feito esse controlo, quem decide a organização do seu
trabalho, nomeadamente quanto tempo dedica a cada atividade profissional e o modo como a executa):

…………………………………………………………………….……………………………………………………………………...

……………………………………………………………………………………………………………………………………………

63
Juventude: O nosso compromisso!
ANEXO 3

MODELO DE FICHA DE PERCURSO PROFISSIONAL (CONT.)

CHECK-LIST DE COMPROVATIVOS

(Deve procurar reunir os comprovativos que permitam comprovar que sabe desempenhar as Unidades de Competência
associadas à qualificação do CNQP que pretende certificar).

Comprovativos A preencher pelo candidato A preencher pela entidade

Avaliações de Desempenho

Declarações emitidas pela empresa aquando da


saída

Descrição de funções

Cartas de recomendação de empregadores

Cartas de recomendação de clientes ou fornecedores

Relatórios de diretores relativos às funções


desempenhadas

Trabalhos efetuados

Fotografias de trabalhos efetuados

Atas de reuniões cuja participação foi relevante

Outros

OBSERVAÇÕES

(Este campo destina-se a todo o tipo de outras informações que julga não ter sido solicitadas ao longo desta ficha e que
pensa poderem ser úteis na avaliação da sua candidatura.)

………………………………………………………………………………………………………………………………………………

………………………………………………………………………………………………………………………………………………

Entidade: ……………………………………………………………………………………………………………………………………

Técnico de Informação e Orientação: ………………………...………………………………………………………………………..

Data da sessão: …………………………………………………………………………………………………………………………..

64
Juventude: O nosso compromisso!
ANEXO 4

GRELHA DE AUTOAVALIAÇÃO
GRELHA DE AUTOAVALIAÇÃO

Denominação:

Família Profissional:

Nível:
Ocupações e postos de trabalho
relacionados:

A grelha de autoavaliação é um instrumento sem fim avaliativo e com caráter de autodiagnóstico. Este instrumento deverá permitir o posicionamento do
candidato face a um conjunto de UC e atividades profissionais que integram o referencial certificação de competências profissionais.
Tratando-se, assim, de um instrumento de autopreenchimento e de autodiagnóstico do candidato, este deverá indicar se sabe ou não desempenhar as
Observações:
atividades profissionais em questão.
O assessor poderá apoiar o candidato no preenchimento da grelha de autoavaliação sempre que seja necessário descodificar a linguagem técnica
inscrita nas atividades profissionais, “traduzindo-as” em termos reconhecíveis pelo candidato.

UC (código): Designação

MF (código): Designação (h)

Sim Não
Elementos de Competência Atividades Profissionais Critérios de desempenho
(x) (x)

65
Juventude: O nosso compromisso!

ANEXO 5

GRELHA DE IDENTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS


GRELHA DE IDENTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Denominação:

Família Profissional:

Nível:
Ocupações e postos
de trabalho
relacionados:

A grelha de identificação de competências é um instrumento com caráter avaliativo, na medida em que permite, por si só, a validação de UC mediante a existência de comprovativos credíveis e válidos. Assim, caso o candidato valide uma UC por via
deste instrumento obterá pontuação máxima (3), pelo que o mesmo não deverá ser aplicado para a não validação de UC.
No caso de não ser possível validar UC por via deste instrumento, este poderá ser mobilizado sem caráter avaliativo, com vista ao levantamento de indícios (evidências indiretas) do candidato em termos de identificação de competências, facilitando
Observações:
por exemplo a preparação da entrevista técnica.

Escala de pontuação:3. Executa muito bem a atividade profissional.

UC (código): Designação

MF (código): Designação (h)

Elementos de Evidencia
Atividades Profissionais Conhecimentos Atitudes Ponderação Critérios de desempenho Indicadores de avaliação Notas/ Observações
Competência (pontuação 3)

66
Juventude: O nosso compromisso!

ANEXO 6

GUIÃO DE ENTREVISTA TÉCNICA


GUIÃO DE ENTREVISTA TÉCNICA

Denominação:

Família Profissional:
Nível:
Ocupações e postos de
trabalho relacionados:

O guião de entrevista técnica constitui um instrumento com elevado valor avaliativo. Este encontra-se estruturado por um conjunto de questões técnicas,
abertas e exploratórias. Desta forma deverá permitir, ainda que de forma indireta, apreender o domínio que este tem dos conhecimentos e das atitudes
associadas a cada uma das atividades profissionais objeto de avaliação.
A ausência de conhecimentos e atitudes pode ser suficiente para inviabilizar a validação de atividades profissionais. Pode dar-se o caso de um candidato
dominar tecnicamente o gesto que conduz à execução de uma tarefa, mas porque o faz de forma rotinizada/mecanizada, pouco consciente, e sem mobilizar
os conhecimentos e as atitudes necessários, seja suficiente para o validador não validar uma determinada atividade profissional.
Observações:
Em sede de entrevista o avaliador poderá mobilizar pequenos exemplos ou demonstrações práticas que facilitem a evidenciação de competências.
A entrevista deve ser desenvolvida de forma bastante flexível, com diferentes graus de exploração e aprofundamento em função de cada candidato,
respetivos perfis e qualificação profissional.

Escala de pontuação:1. Não executa a atividade profissional; 2. Executa satisfatoriamente a atividade profissional; 3. Executa muito bem a atividade
profissional.

UC (código): Designação

MF (código): Designação (h)

Elementos de Competência Atividades Profissionais Questões Ponderação Notas/ Observações Pontuação

67
Juventude: O nosso compromisso!

ANEXO 7

GRELHA DE AVALIAÇÃO DA OBSERVAÇÃO DE DESEMPENHO EM POSTO DE TRABALHO


E GRELHA DE AVALIAÇÃO DA PRÁTICA SIMULADA
GRELHA DE AVALIAÇÃO DA OBSERVAÇÃO DE DESEMPENHO EM POSTO DE TRABALHO E DA PRÁTICA SIMULADA

Denominação:
Família Profissional:
Nível:
Ocupações e postos
de trabalho
relacionados:

A grelha de avaliação da observação direta do desempenho em posto de trabalho e da prática simulada, apesar de se encontrarem integrados numa única
matriz, constituem dois instrumentos de avaliação de aplicação autónoma. Estes apenas são mobilizados quando a entrevista técnica não for conclusiva
relativamente à possibilidade de validação/não validação de competências.
No âmbito destas duas formas de proceder à avaliação de competências baseada na demonstração prática, dever-se-á privilegiar a observação direta no
posto de trabalho, deixando-se os exercícios a desenvolver em contexto de prática simulada como recurso a mobilizar apenas nos casos em que não seja
Observações:
possível realizar-se a observação direta no posto de trabalho. Os exercícios a desenvolver um contexto de prática simulada, tornam-se mais dispendiosos face
à necessidade de mobilização de recursos, materiais e outras condições necessárias para o desenvolvimento do mesmo.

Escala de pontuação:1. Não executa a atividade profissional; 2. Executa satisfatoriamente a atividade profissional; 3. Executa muito bem a atividade
profissional.

UC (código): Designação

MF (código): Designação (h)

Elementos de Notas/
Atividades Profissionais Ponderação Critérios de desempenho Indicadores de avaliação Pontuação
Competência Observações

68
Juventude: O nosso compromisso!
ANEXO 8

FICHA DE EXERCÍCIOS PRÁTICOS


FICHA DE CARATERIZAÇÃO DE EXERCÍCIO
A DESENVOLVER EM CONTEXTO DE PRÁTICA SIMULADA E/OU DE OBSERVAÇÃO DE DESEMPEHO EM POSTO DE TRABALHO

Denominação:

Família Profissional:
Nível:
Ocupações e postos
de trabalho
relacionados:

A ficha de caraterização de exercício constitui um instrumento de apoio à aplicação da grelha de avaliação da prática simulada e da observação do
desempenho em posto de trabalho, pelo que não detém um caráter avaliativo.
Observações:
Trata-se de um enunciado genérico de exercício, a partir do qual podem ser elaborados outros exercícios com exemplos concretos, em função dos
candidatos, elaborados pela equipa técnica, designadamente pelo assessor e pelo validador.

UC (código): Designação

MF (código): Designação (h)

Recursos (materiais, equipamentos,


Elementos de Duração
Atividades Profissionais Procedimentos ferramentas, informações técnicas,
Competência prevista
fichas técnicas, normas, outros)

69
Juventude: O nosso compromisso!
ANEXO 9

MODELO DE PLANO PESSOAL DE QUALIFICAÇÕES

1. DADOS PESSOAIS

Nome ……………………………………………………………………..…………………………………………………………………

N.º de Passaporte ou do BI…………………………………………………………………………….. válido até …… / …… /……..

Data de nascimento ……………………………………… Naturalidade ……………………………………………………………..

2. MODALIDADE DE FORMAÇÃO/CURSO DE FORMAÇÃO/PROCESSO DE RVCC PROFISSIONAL

Nível de escolaridade:

Modalidade de formação:

Família profissional do Catálogo Nacional de


Qualificações:

Designação da qualificação:

Nível de qualificação do QNQ:

Designação do curso de formação:

Ocupações e postos de trabalho relacionados (Saída


profissional):

70
Juventude: O nosso compromisso!
ANEXO 9

MODELO DE PLANO PESSOAL DE QUALIFICAÇÕES (CONT.)

3. PLANO PESSOAL DE QUALIFICAÇÃO (PPQ)

Módulos formativos

Código Designação Conteúdos * Duração

OBSERVAÇÕES

ENTIDADE ………………………………………………………………………………………………………………………….

EQUIPA RESPONSÁVEL PELO PPQ:

Nome Função Assinatura

Data: ……………………………………………………………………………………………………………………………….

71
Juventude: O nosso compromisso!
ANEXO 10

MODELO DE ROTEIRO DE ATIVIDADES

Período de ……./……../……… a ……./……../………

72
Juventude: O nosso compromisso!
ANEXO 10

MODELO DE ROTEIRO DE ATIVIDADES (CONT.)

PLANIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES PRÁTICAS A DESENVOLVER DURANTE A EXPERIÊNCIA DE TRABALHO

73
Juventude: O nosso compromisso!
ANEXO 11

MODELO DE ATA DE JÚRI

1. DADOS PESSOAIS

Nome …………………………………………………………..……………………………………………………………………………

N.º de Passaporte ou do BI…………………………………………..………………………………….. válido até …… / …… /……

Data de nascimento ………………………………..…… Naturalidade …………….…………………………………………………

2. MODALIDADE DE FORMAÇÃO/CURSO DE FORMAÇÃO/PROCESSO DE RVCC PROFISSIONAL

Nível de escolaridade:

Modalidade de formação:

Família profissional do Catálogo Nacional de


Qualificações:

Designação da qualificação:

Nível de qualificação do QNQ:

Designação do curso de formação:

Ocupações e postos de trabalho relacionados (Saída


profissional):

74
Juventude: O nosso compromisso!
ANEXO 11

MODELO DE ATA DE JÚRI (CONT.)

3. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO

UC Validadas UC Não Validadas Observações (1)


N.º de ordem Designação N.º de ordem Designação

Nome Assinatura
Avaliador (a) independente
Assessor
Validador
Candidato

Data: ……………………………………………………………………………………………………………………………….

75
Juventude: O nosso compromisso!
ANEXO 11

MODELO DE ATA DE JÚRI (CONT.)

OBSERVAÇÕES (2)

ANEXOS À ATA (3)

ENCAMINHAMENTOS (4)

RÚBRICAS

76
Juventude: O nosso compromisso!
ANEXO 12

Certificado de Qualificação
profissional

Faz-se saber que _______________________________________________ natural de


_____________________ nascida em ___/___/___, com o Documento de Identificação n.º
_______________________________ válido até ___/___/___, sendo titular do ________________
(indicar escolaridade), obteve a qualificação profissional em ______________________ (indicar
designação) conforme o Catálogo Nacional de Qualificações, conferindo o nível ____ de qualificação
do Quadro Nacional de Qualificações, em ____/___/___, no(a) ________________________ (indicar
local).

Cabo-Verde, XX de Abril 2016

O Responsável pela Entidade

(Assinatura e selo branco)

77

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