Aula 02 CINETICA QUIMICA
Aula 02 CINETICA QUIMICA
Aula 02 CINETICA QUIMICA
Velocidade (média) de reação (𝑣𝑚 ) é taxa média com que varia a concentração de uma espécie (reagente
ou produto) em um intervalo de tempo no decorrer do processo químico.
∆[ ] 𝒎𝒐𝒍
( 𝟑)
𝒅𝒎
𝒗𝒎 = (SI)
∆𝒕(𝒔)
OBS1: O CASO MAIS COMUM é nos referirmos a um reagente – Assim, Introduzimos um sinal negativo,
para denotar o seu consumo ao longo do tempo, o que leva a uma variação negativa (diminuição) da
concentração.
−∆[𝑹𝒆𝒂𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆]
𝒗=
∆𝒕
OBS2: Outras unidades de tempo são utilizadas: min, h, semana, ano (para reações mais lentas).
𝑣𝐴 𝑣𝐵 𝑣𝐶 𝑣𝐷
− =− = =
𝑎 𝑏 𝑐 𝑑
Ou
Velocidade Média de Reação (𝒗𝒎 ): É a expressão da velocidade média de reação sem especificar
qualquer das espécies.
𝑣𝐴 𝑣𝐵 𝑣𝐶 𝑣𝐷
𝑣𝑚 = − =− = + =+
𝑎 𝑏 𝑐 𝑑
- Resposta:
Rigorosamente, a velocidade de reação assume valores diferentes a cada instante, isso porque a
concentração dos reagentes varia a todo instante ao longo da reação.
Para se determinar a velocidade de uma reação em dado instante (𝑣 ), deve-se obter um gráfico de
concentração versus tempo e determinar o valor da tangente à curva em dado ponto (ou instante) – É O QUE
SE CHAMA DE “DERIVADA” DA CURVA.
Veja:
Velocidade Instantânea 𝒗
Coef. Angular da Reta Tangente à Curva Conc. X Tempo
no Ponto Desejado
Trigonometricamente,
𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒐𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 ∆𝒚 ∆[ ]
𝒗= = =
𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒂𝒅𝒋𝒂𝒄𝒆𝒏𝒕𝒆 ∆𝒙 ∆𝒕
EX: Calcule a velocidade instantânea em cada ponto destacado nas curvas acima!
- Descrição da reação evidenciando cada etapa elementar do processo (que não podem ser
desmembrados em eventos mai simples) – Ou seja, o mecanismo é o “passo a passo”, etapa por etapa.
OBS1: Mecanismos de reação não são previsíveis por raciocínios meramente teóricos. Devem ser
verificados experimentalmente.
COLISÃO INELÁSTICA não conserva a energia cinética total, pois parte da energia cinética deve ser
convertida em potencial, resultando na QUEBRA DE LIGAÇÕES.
Lembrando: A formação de ligações libera energia potencial (veja o gráfico abaixo desde uma distância
internuclear infinita até a distância ideal – distância de ligação, da direita para a esquerda)
- A quebra de ligação envolve o fornecimento de Energia Potencial para afastar os átomos ligados desde
a distância de ligação até a distância infinita.
A colisão deve se dar com ENERGIA CINÉTICA suficiente para iniciar a quebra das ligações químicas,
originando a formação um “COMPLEXO ATIVADO” (um ESTADO DE TRANSIÇÃO entre os reagentes e produtos).
- Essa energia cinética mínima com que as moléculas devem se chocar denomina-se ENERGIA DE
ATIVAÇÃO.
Para reações que ocorrem em duas ou mais etapas, A ETAPA DETERMINANTE DA VELOCIDADE SERÁ A
“ETAPA LENTA” – AQUELA DE MAIOR EAT
Uma “Lei de Velocidade” é a expressão matemática de como depende a velocidade de reação em relação
à concentração dos reagentes.
𝒗 = 𝒌 [ 𝑹𝒆𝒂𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆 ]𝒙
Onde:
𝒌 = constante cinética ou velocidade específica (é o valor que a velocidade instantânea terá no instante
em que a concentração dos reagentes for 1 mol/L);
𝒗 = 𝒌 [ 𝑨 ]𝒏 [ 𝑩 ]𝒎
Onde:
IMPORTANTE:
PARA UMA ETAPA ELEMENTAR A MOLECULARIDADE DE
CADA REAGENTE SERÁ O EXPOENTE DA LEI DE
VELOCIDADE. ISSO SÓ VALE PARA AS REAÇÕES
ELEMENTARES!
Lembrando:
Para uma reação não-elementar, a lei de velocidade deve ser obtida a parir de dados experimentais.
- São obtidos dados de velocidade inicial de reação x concentração inicial dos reagentes.
𝒎𝒐𝒍 𝒎𝒐𝒍 𝟎
Reação de ordem zero: =𝒌[ ] 𝒌=
𝑳.𝒔 𝑳
𝒎𝒐𝒍 𝒎𝒐𝒍 𝟏
Reação de 1ª ordem: =𝒌[ ] 𝒌=
𝑳.𝒔 𝑳
- Catalisador é uma espécie química que participa do mecanismo de reação interagindo com o reagente
e viabilizando outro caminho de reação, com Eat mais baixa.
- Reforçando: agentes físicos, como luz, calor, agitação NÃO são catalisadores! Esses agentes apenas
fornecem energia para o sistema, aumentando a energia cinética média das moléculas.
- Catalisador NÃO ALTERA: a entalpia (H) ou energia livre (G); nem a natureza dos produtos obtidos;
nem a quantidade dos produtos (rendimento da reação).
- Na catálise homogênea, reagentes e catalisador estão em uma mesma fase (maior superfície de
contato e eficiência do catalisador, porém difícil separação dos produtos e reuso do catalisador).
- Frequência de colisões;
Velocidade de - Energia dos choques ( Energia de ativação);
reação depende
de
- Orientação apropriada das moléculas.
COLISÕES EFETIVAS
Natureza do reagente - Estado físico (velocidades de reação: gás > líq/aq > sólido);
- Tipo de retículo cristalino (Ex: grafita ou diamante);
- Força das ligações químicas envolvidas (determinam a EAT) ;
- Estado Nascente ou molecular de gases (Ex: H2 ou H atômico).
− 𝑬𝒂𝒕
𝒌 = 𝑨. 𝒆 𝑹𝑻 (Lei de Arrhenius)
Onde:
[R] = [R]0 - kt
Gráfico Clássico:
Ln[R] = Ln[R]0 - kt
Gráfico Clássico:
𝟏 𝟏
= + 𝒌𝒕
[𝐑] [𝐑]𝟎
Gráfico Clássico:
III) Evolução da
quantidade de reagente -
(concentração, massa, Qual é
número de moléculas) em a P.G a
função da meia-vida (t1/2) ser
resolvida?
1
𝑉𝑚 =
𝑘
v= k . H3C C CH3
CH3
E) A Energia de Ativação (Eat) de uma reação pode ser relacionada com sua constante cinética (k) pela Lei
de Arrhenius:
𝑬𝒂𝒕 𝟏
𝐥𝐨𝐠 𝒌 = − ( ). + 𝒃
𝟐, 𝟑𝑹 𝑻
Onde:
K = constante cinética
Eat = energia de ativação
R = constante universal dos gases perfeitos = 8,31 J/ mol.K
T = temperatura na escala termodinâmica
b = variável independente (coeficiente linear)
Em seguida, por meio de um programa de computador, elaborou-se o seguinte gráfico, em que y = log k
e x = 1/T:
1/T
0
0.00145
-1 0.0015 0.00155 0.0016 0.00165 0.0017
-2
-3 y = -9530 x + 7,92
-4
Log k
-5
-6
-7
-8
-9
Observe que a equação da reta foi determinada pelo programa de computador, como sendo:
y = - 9530 x + 7,92
Assim, pede-se: calcular o valor da energia de ativação (em kJ/mol) dessa reação.
EMESCAM 2010-2014
OBS: Em 2014-2 NÃO COBRAMOS O ASSUNTO CINÉTICA QUÍMICA – Fique atento quanto a isso para essa
próxima prova!
1. (Emescam – 2014/1) Na hidratação do eteno para formar etanol, o íon H+ age como:
A) Agente oxidante.
B) Agente redutor.
C) Catalisador.
D) Agente nucleófilo.
E) Base de Lewis.
2. (Emescam – 2014/1) No meio intracelular, o ânion iodeto reage com peróxido de hidrogênio na
presença da enzima iodoperoxidase, convertendo-se a iodo elementar (I2). Nesse processo, pode-se
afirmar corretamente que:
[...]
[...]
Uma dessas soluções mais utilizada é a “água oxigenada 10 volumes”. Com o objetivo de determinar a
velocidade inicial de desproporcionamento do peróxido de hidrogênio em função da sua concentração,
a cinética dessa reação foi estudada medindo-se a velocidade inicial de reação (Vr) em diferentes
concentrações iniciais (mol/L) de peróxido de hidrogênio, conforme a tabela abaixo:
[...]
[...]
E) Após quanto tempo a concentração de peróxido de hidrogênio na água oxigenada será igual
a ¼ (25%) da concentração inicial?
Respostas:
B) Resposta: A reação é de 1ª ordem em relação ao peróxido de hidrogênio.
D) Resposta: A velocidade inicial de desproporcionamento é igual a 0,0365 mol . L1-. min-1
E) Resposta: Após 33,8 minutos.
5. (Emescam 2012-2/2ª fase) Os halogênios (X2) reagem com aldeídos ou cetonas em meio ácido,
conforme a equação global:
Ao utilizar soluções de iodo (de coloração castanha), pode-se monitorar a velocidade inicial das reações em
função das diferentes concentrações de aldeído ou cetona e de iodo, medindo o tempo de desaparecimento
da coloração castanha.
Considere os dados obtidos em quatro ensaios a dada temperatura, relativos a essa reação:
A) Apresentar a Lei de Velocidade para essa reação (utilize a notação k para a constante cinética).
B) Calcular o valor da constante cinética (k) na temperatura do experimento, expressando nas mesmas unidades
de medida apresentadas na tabela acima.
C) Mantendo‐se fixas ao longo de todo o tempo de reação as concentrações de I2 e H+, ambas iguais a 1,0 mol/L,
determinar a meia‐vida (t1/2) para o consumo de aldeído ou cetona.
E) Qual das grandezas, entre H, velocidade de reação e energia de ativação, permanece inalterada quando
se realiza essa reação na presença ou na ausência de H+ no meio reacional, mantendo‐se todos os demais
fatores constantes?
Respostas
A) Resposta: v = k . [Aldeído ou Cetona] . [ H+]
B) Resposta: k = 3,0 x 10-1 L/mol.s
C) Resposta: t1/2 = 2,3 s
D) Resposta: O íon H+ atua como catalisador.
E) Resposta: A grandeza que permanece inalterada é H (variação da entalpia).
8. (Emescam 2012-1) A molécula de glicose no interior das hemácias reage com grupos amino de
aminoácidos da hemoglobina, formando um produto estável conhecido como hemoglobina glicada, cuja
dosagem no sangue é um parâmetro muito importante no tratamento e acompanhamento do paciente
diabético. Sabendo-se que a meia-vida da hemoglobina é de cerca de 90 dias, após quanto tempo a
concentração de hemoglobina glicada será reduzida para 1/8 da concentração inicial? (Desconsiderar a
renovação metabólica de hemoglobina)
A) 45 dias
B) 90 dias
C) 180 dias
D) 270 dias
E) 360 dias
9. (Emescam 2011-1) No fígado, a oxidação do etanol obedece a uma cinética de ordem zero, isto é,
a velocidade é dada por: voxidação = k.[etanol]0, em que voxidação é a velocidade da reação de oxidação; k
é a constante cinética; [etanol] é a concentração do etanol em mol/L.
10. (Emescam 2011-1) As reações entre ácidos e bases geralmente ocorrem rapidamente e pelo
simples contato entre os reagentes. Para este tipo de reação é correto afirmar que
E) Após quanto tempo a concentração sanguínea do medicamento será reduzida para 6,25% da concentração
inicial?
Respostas:
D) Meia-vida = 4h
E) Após 16h
12. (Emescam 2010-2/ 2ª fase) A ureia, (NH2)2CO, é um metabólito encontrado na urina e em outros
líquidos biológicos. A concentração de ureia na urina é um parâmetro para se avaliar a excreção de
nitrogênio (função renal). Em meio ácido, a ureia se converte em íons amônio e dióxido de carbono. A
constante cinética dessa reação é 2,4 x 10-6 min-1. A velocidade dessa reação varia apenas com a
concentração de ureia. De quantas vezes é aumentada a velocidade inicial dessa reação quando a
concentração inicial de ureia é duplicada?
1.C
2.C
7.E
8.D
9.D
10. B
UFES (2011-2014)
13. (UFES 2013) Considere a equação química não balanceada abaixo, que representa a reação de
obtenção do etanol de primeira geração a partir da fermentação do caldo de cana sob ação de certas
leveduras. O processo ocorre a pressão constante.
(A) Determine qual seria a ordem global da reação acima, supondo que a unidade da constante de velocidade
fosse L.mol-1.s-1.
Resposta: 2ª ordem
1. (Fuvest 2014) Um grupo de pesquisadores da área de nutrição realizou um experimento para verificar
se o peptídeo de fórmula C9H16O5N2S, que pode ser tóxico, estava presente em uma amostra de feijão. Para esse
estudo, o grupo utilizou um espectrômetro de massa cujo funcionamento se baseia na medida do tempo que
moléculas de diferentes massas, extraídas da amostra, levam para percorrer, com velocidade constante, um tubo
de comprimento L, em vácuo.
a) Supondo que todas as moléculas penetrem no tubo com a mesma energia cinética E, escreva a expressão da
massa m de uma molécula em função do comprimento L, da energia E e do tempo Δt que ela leva para
percorrer o tubo.
Com os dados obtidos, foi construído o gráfico da página de respostas, que mostra o número N de moléculas
detectadas em função da massa molecular M.
c) Qual das linhas do gráfico corresponde ao peptídeo C 9H16O5N2S? E qual corresponde a moléculas formadas
pela ligação desse peptídeo com um átomo de sódio (Na)?
Elemento Massa
atômica (u)
H 1
C 12
N 14
O 16
Na 23
S 32
u= unidade de massa atômica.
2. (Ita 2014) Considere a reação química genérica A B C. A concentração do reagente [A] foi
acompanhada ao longo do tempo, conforme apresentada na tabela que também registra os logaritmos
neperianos n desses valores e os respectivos recíprocos (1/[A]).
3. (Uerj 2014) A reação química entre o gás hidrogênio e o monóxido de nitrogênio, representada a
seguir, foi analisada em duas séries de experimentos.
Determine a ordem de reação de cada um dos reagentes e calcule o valor da constante cinética.
Os dados obtidos, sob temperatura e pressão constantes, estão representados na tabela abaixo e no
gráfico abaixo.
Tempo Volume de H2
(min) acumulado (cm3)
0 0
1 15
2 27
3 36
4 44
5 51
6 57
7 62
8 66
9 69
10 71
a) Analisando os dados da tabela, um estudante de Química afirmou que a velocidade de formação do gás H 2
varia durante o experimento. Explique como ele chegou a essa conclusão.
Em um novo experimento, a chapa de Mg foi substituída por raspas do mesmo metal, mantendo‐se iguais
a massa da substância metálica e todas as demais condições experimentais.
b) No gráfico abaixo, esboce a curva que seria obtida no experimento em que se utilizou raspas de Mg.
6. (Ita 2013) A reação entre os íons brometo e bromato, em meio aquoso e ácido, pode ser representada
pela seguinte equação química balanceada:
Sabendo que a velocidade de desaparecimento do íon bromato é igual a 5,63 106 mol L1 s1, assinale
a alternativa que apresenta o valor CORRETO para a velocidade de aparecimento do bromo, Br2 , expressa em
mol L1 s1.
a) 1,69 105
b) 5,63 106
c) 1,90 106
d) 1,13 106
e) 1,80 1016
7. (Ime 2013) O gráfico abaixo ilustra as variações de energia devido a uma reação química conduzida
nas mesmas condições iniciais de temperatura, pressão, volume de reator e quantidades de reagentes em dois
sistemas diferentes. Estes sistemas diferem apenas pela presença de catalisador. Com base no gráfico, é possível
afirmar que:
8. (Fuvest 2013) Quando certos metais são colocados em contato com soluções ácidas, pode haver
formação de gás hidrogênio. Abaixo, segue uma tabela elaborada por uma estudante de Química, contendo
resultados de experimentos que ela realizou em diferentes condições.
Reagentes
Solução
Tempo
de
para liberar Observações
HC aq de Metal 30 mL de H2
concentração
0,2 mol/L
1,0 g de Liberação de H2 e
1 200 mL 30 s
Zn (raspas) calor
1,0 g de Não liberou
2 200 mL Sem alterações
Cu (fio) H2
1,0 g de Liberação de H2 e
3 200 mL 18 s
Zn (pó) calor
1,0 g de Liberação de H2 e
4 200 mL Zn (raspas) + 8s calor; massa de Cu não se
1,0 g de Cu (fio) alterou
Com os dados contidos na tabela, a estudante somente poderia concluir o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.
9. (Ufmg 2013) Para investigar a cinética de reações de oxirredução envolvendo o íon iodeto, I –, e iodo,
I2, um estudante utilizou duas substâncias: o persulfato de potássio, K 2S2O8, capaz de promover a oxidação do
iodeto e o tiossulfato de potássio, K2S2O3, capaz de promover a redução do iodo.
As equações químicas das reações envolvendo essas espécies estão apresentadas na tabela.
Equação Reação
I K2S2O8 aq 2KI aq 2K2SO4 aq I2 aq
II 2K2S2O3 aq I2 aq K2S4O6 aq 2KI aq
Com essas informações, o estudante propôs um experimento, no qual adicionou a dois tubos de ensaio, A
e B, as seguintes soluções:
Em seguida, ele transferiu o conteúdo do tubo A para o tubo B. Quando o conteúdo dos dois tubos foi
misturado, ocorreu a produção de iodo, de acordo com a reação I, e o seu consumo, de acordo com a reação II,
ambas indicadas na tabela desta questão.
Transcorridos alguns minutos, a solução, que inicialmente era incolor, adquiriu uma coloração azul. Essa
cor aparece somente quando o iodo, I2, se liga ao amido, uma reação que é muito rápida.
c) EXPLIQUE por que a cor somente aparece após algum tempo de reação.
d) Considerando-se as reações I e II, sabe-se que a I é lenta e que a II é rápida. EXPLIQUE como se
modificariam as observações feitas durante o experimento, caso a reação I fosse rápida e a reação II fosse
lenta.
10. (Ufmg 2012) Estanho metálico pode ser oxidado por iodo molecular dissolvido em benzeno. Nessa
reação, produz-se o iodeto de estanho (IV), como representado nesta equação:
Na figura abaixo, mostra-se uma montagem experimental, em que um disco de estanho está imerso em
benzeno e preso a uma balança. Observe que a massa do béquer e da solução nele contida não estão sendo
pesados. Desde o início do experimento, a massa do disco é medida, algumas vezes, durante cerca de 15
minutos.
No gráfico abaixo estão representados os resultados de quatro experimentos, que envolvem a reação
acima descrita e em que foram usados discos de massas ligeiramente diferentes, mergulhados em soluções de
iodo em benzeno, em concentrações iniciais de 0,02 g/mL, 0,03 g/mL, 0,05 g/mL e 0,06 g/mL:
a) A partir da análise desse gráfico, indique, entre as quatro concentrações iniciais de iodo – 0,02 g/mL; 0,03
g/mL; 0,05 g/mL ou 0,06 g/mL – aquela que resulta na reação mais lenta e a que resulta na reação mais
rápida. Justifique suas indicações, comparando a variação de massa que ocorre nos experimentos.
b) Considerando os resultados para o experimento em que se usou a solução de I 2 de concentração 0,05 g/mL,
calcule a velocidade da reação com as unidades gramas de estanho que reagem por minuto. Use dados
referentes ao intervalo de tempo entre 0 e 12 minutos.
c) Indique o tipo de interação intermolecular mais forte entre o benzeno e o iodo nele dissolvido. Justifique sua
indicação.
11. (Uerj 2012) O açúcar invertido é composto por uma mistura de glicose e frutose; já o açúcar comum é
constituído somente por sacarose.
A solução aquosa do açúcar invertido mantém-se no estado líquido sob condições ambientes, pois possui
menor temperatura de congelamento do que a do açúcar comum.
Observe a equação química que representa a produção do açúcar invertido:
H
C12H22O11 H2O
C6H12O6 C6H12O6
sacarose glicos e frutose
Determine a constante cinética dessa reação. Em seguida, aponte o fator responsável pela menor
temperatura de congelamento da solução aquosa de açúcar invertido.
12. (Ime 2012) Um grupo de alunos desenvolveu um estudo sobre três reações irreversíveis de ordens
zero, um e dois. Contudo, ao se reunirem para confeccionar o relatório, não identificaram a correspondência
entre as colunas da tabela abaixo e as respectivas ordens de reação.
t (s) C1 C2 C3
(mol/L) (mol/L) (mol/L)
200 0,8000 0,8333 0,8186
210 0,7900 0,8264 0,8105
220 0,7800 0,8196 0,8024
230 0,7700 0,8130 0,7945
240 0,7600 0,8064 0,7866
ΔC
Considere que o modelo kCn descreva adequadamente as velocidades das reações estudadas.
Δt
Considere ainda que as magnitudes das constantes de velocidade específica de todas as reações são idênticas à
da reação de segunda ordem, que é 1,0 103 L/mol s. Assim, pode-se afirmar que C1, C2 e C3 referem-se,
respectivamente, a reações de ordem
a) 1, 2 e 0.
b) 0, 1 e 2.
c) 0, 2 e 1.
d) 2, 0 e 1.
e) 2, 1 e 0.
13. (Uerj 2012) As curvas que descrevem as velocidades de reação de muitas enzimas em função das
variações das concentrações de seus substratos seguem a equação de Michaelis. Tal equação é representada por
uma hipérbole retangular cuja fórmula é:
V x S
v max
K m S
v velocidade de reação
Vmax velocidade máxima de reação
K m constante de Michaelis
S concentração de substrato
V
A constante de Michaelis corresponde à concentração de substrato na qual v max .
2
Considere um experimento em que uma enzima, cuja constante de Michaelis é igual a 9 103 milimol/L ,
foi incubada em condições ideais, com concentração de substrato igual a 103 milimol/L . A velocidade de
reação medida correspondeu a 10 unidades. Em seguida, a concentração de substrato foi bastante elevada de
modo a manter essa enzima completamente saturada. Neste caso, a velocidade de reação medida será, nas
mesmas unidades, equivalente a:
a) 1
b) 10
c) 100
d) 1000
14. (Fuvest 2012) Ao misturar acetona com bromo, na presença de ácido, ocorre a transformação
representada pela equação química
Dentre as substâncias presentes nessa mistura, apenas o bromo possui cor e, quando este reagente for
totalmente consumido, a solução ficará incolor. Assim sendo, a velocidade da reação pode ser determinada
medindo-se o tempo decorrido até o desaparecimento da cor, após misturar volumes definidos de soluções
aquosas de acetona, ácido e bromo, de concentrações iniciais conhecidas. Os resultados de alguns desses
experimentos estão na tabela apresentada a seguir.
Tempo
Concentra Concentra
Concentra decorrido até Velocid
ção inicial de ção inicial de
ção inicial de o ade da reação
acetona H+
Br2 (mol L-1) desaparecime (mol L-1 s-1)
(mol L-1) (mol L-1)
nto da cor (s)
1 0,8 0,2 6,6 x 10-3 132
2 1,6 0,2 6,6 x 10-3 66
3 0,8 0,4 6,6 x 10-3 66
4 0,8 0,2 3,3 x 10-3 66
b) A velocidade da reação é independente da concentração de uma das substâncias presentes na mistura. Qual é
essa substância? Justifique sua resposta.
15. (Ita 2012) A figura apresenta a variação de velocidade em função do tempo para a reação química
hipotética não catalisada representada pela equação A 2 B2 2AB .
Reproduza esta figura no caderno de soluções, incluindo no mesmo gráfico, além das curvas da reação
catalisada, as da reação não catalisada, explicitando ambas as condições.
16. (Fuvest 2011) Ao abastecer um automóvel com gasolina, é possível sentir o odor do combustível a
certa distância da bomba. Isso significa que, no ar, existem moléculas dos componentes da gasolina, que são
percebidas pelo olfato. Mesmo havendo, no ar, moléculas de combustível e de oxigênio, não há combustão nesse
caso. Três explicações diferentes foram propostas para isso:
I. As moléculas dos componentes da gasolina e as do oxigênio estão em equilíbrio químico e, por isso, não
reagem.
II. À temperatura ambiente, as moléculas dos componentes da gasolina e as do oxigênio não têm energia
suficiente para iniciar a combustão.
III. As moléculas dos componentes da gasolina e as do oxigênio encontram-se tão separadas que não há colisão
entre elas.
17. (Ita 2011) A figura mostra o perfil reacional da decomposição de um composto X por dois caminhos
reacionais diferentes, I e II. Baseado nas informações apresentadas nessa figura, assinale a opção errada.
18. (Uerj 2011) A fim de aumentar a velocidade de formação do butanoato de etila, um dos componentes
do aroma de abacaxi, emprega-se como catalisador o ácido sulfúrico. Observe a equação química desse
processo:
As curvas de produção de butanoato de etila para as reações realizadas com e sem a utilização do ácido
sulfúrico como catalisador estão apresentadas no seguinte gráfico:
a)
b)
c)
d)
19. (Uerj 2011) A irradiação de micro-ondas vem sendo utilizada como fonte de energia para
determinadas reações químicas, em substituição à chama de gás convencional.
Em um laboratório, foram realizados dois experimentos envolvendo a reação de oxidação do
metilbenzeno com KMnO4 em excesso. A fonte de energia de cada um, no entanto, era distinta: irradiação de
micro-ondas e chama de gás convencional.
Para o experimento que proporcionou a maior taxa de reação química, determine a velocidade média de
formação de produto, nos quatro minutos iniciais, em g.L-1.min-1.
Em seguida, calcule o rendimento da reação.
20. (Uerj 2010) O luminol é uma substância utilizada na investigação de vestígios de sangue. O íon ferro
III presente no sangue catalisa a reação de conversão do luminol em 3-aminoftalato, provocando a emissão de
radiação luminosa por um determinado período de tempo. Observe a equação:
Admitindo-se que todo o luminol, cuja massa molar é de 177 g.mol-1, foi consumido durante a emissão
luminosa, calcule a velocidade média de formação de água, em g.min -1, e indique o número de oxidação do
átomo de carbono primário do 3-aminoftalato.
21. (Fuvest 2010) Um estudante desejava estudar, experimentalmente, o efeito da temperatura sobre a
velocidade de uma transformação química. Essa transformação pode ser representada por:
catalisador
A + B P
Após uma série de quatro experimentos, o estudante representou os dados obtidos em uma tabela:
Número do experimento
1 2 3 4
temperatura (oC) 15 20 30 10
massa de catalisador (mg) 1 2 3 4
concentração inicial de A (moℓ/L) 0,1 0,1 0,1 0,1
concentração inicial de B (moℓ/L) 0,2 0,2 0,2 0,2
tempo decorrido até que a
47 15 4 18
transformação se completasse (em segundos)
Que modificação deveria ser feita no procedimento para obter resultados experimentais mais adequados
ao objetivo proposto?
a) Manter as amostras à mesma temperatura em todos os experimentos.
b) Manter iguais os tempos necessários para completar as transformações.
c) Usar a mesma massa de catalisador em todos os experimentos.
d) Aumentar a concentração dos reagentes A e B.
e) Diminuir a concentração do reagente B.
Gabarito:
Resposta da questão 1:
1
a) Sabe-se que a energia cinética é dada por: Ecinética m v2 .
2
Δs L
Como v , substituindo, vem:
Δt Δt
2
1 L
Ecinética m
2 Δt
m 2 Ecinética Δt 2 L2
b) Teremos:
Peptídeo : C9H16O5N2S
MMpeptídeo 9 12 16 1 5 16 2 14 32 264 u
Quando ocorre a combinação do peptídeo com o sódio (Na = 23), a massa aumenta e conclui-se que a
linha mais próxima ao peptídeo representado por II é a linha IV:
Resposta da questão 2:
[A]
[A]
n kΔt (cinética de primeira ordem; v k[A])
[A 0 ]
n[A] n[A 0 ] kΔt
Para t0 0; n[A 0 ] 0,11.
Para t 400; n[A] 1,56.
1,56 ( 0,11) k(400 0)
1,67
k 4,175 103 s1
400
k 4 103 s1
Resposta da questão 3:
A velocidade de uma reação química é obtida pelo valor das concentrações dos reagentes, assim teremos:
v k[H2 ]x [NO]y
Percebe-se que, ao duplicar a concentração, a velocidade também irá dobrar, ou seja, a reação é de
primeira ordem (função de 1º grau).
Nesse caso, ao duplicar a concentração, observe que a velocidade quadruplica, ou seja, a reação é de
segunda ordem (função de 2º grau).
Resposta da questão 4:
a) De acordo com a tabela fornecida, verifica-se que a cada intervalo de tempo varia o volume de H2 .
Tempo Volume de H2
(min) acumulado (cm3)
0 0
1 15
2 27
3 36
4 44
5 51
6 57
7 62
8 66
9 69
10 71
b) Utilizando-se raspas de magnésio, a reação seria mais rápida, devido ao aumento da superfície de contato do
reagente sólido.
HC (aq) Mg(s) H2 (g) MgC 2 (aq)
Resposta da questão 5:
1
a) Decomposição de peróxido de hidrogênio: H2O2 ( ) H2O( ) O2 (g).
2
b) Teremos a seguinte equação de velocidade: v k[H2O2 ]a .
A partir da tabela fornecida, vem:
2,745 k 0,759
2,745 103 mol L1 s1
k 3,66 s1
1
0,750 mol L
c) I aq acelera a reação de decomposição da água oxigenada, ou seja, funciona como catalisador.
Resposta da questão 6:
[A]
Resposta da questão 7:
[E]
Teremos:
A curva 1 representa a reação catalisada, que ocorre com liberação de calor e a sua energia de ativação é
dada por E1.
Resposta da questão 8:
[D]
1,0 g de Zn 8s Liberação de H2 e
200
4 (raspas) + 1,0 g de (menor calor; massa de Cu não se
mL
Cu (fio) tempo) alterou
Cu
O zinco reage com o ácido clorídrico: Zn(s) HC (aq)
H2 (g) ZnC 2 (aq) .
II. Incorreta. Nas experiências, verifica-se a utilização de mesma concentração de ácido clorídrico (0,2 mol/L) e
mesmo volume (200 mL), como na quarta experiência a velocidade foi maior (menor tempo) conclui-se que o
cobre atuou como catalisador.
III. Correta. Os resultados dos experimentos 1 (raspas) e 3 (pó) mostram que, quanto maior o quociente
superfície de contato/massa total de amostra de Zn, maior a velocidade de reação.
Resposta da questão 9:
a) Tubo A
I – Cálculo do número de mols de KI:
0,5 mol ________ 1L
n KI ________ 0,01L
n KI 5 103 mol
Tubo B
Cálculo do número de mols de K2S2O8
0,02 mol ________ 1L
n K 2S2O8 ________ 0,01L
b) O primeiro reagente a ser consumido será o K 2S2O8, inicialmente presente no tubo B Isso ocorre porque no
processo I é o reagente limitante. Quando os tubos são misturados ocorre primeiramente a reação entre
KI(aq) e K2S2O8(aq) com consumo total de K2S2O8(aq) estando KI(aq) em excesso.
O iodo (I2(aq)) formando em I reage então com K2S2O3(aq) pela reação II.
c) Inicialmente, todo o iodo produzido em I é consumido pelo K 2S2O3(aq) em II e não é possível observarmos a
cor azul resultante da ligação entre iodo I2 e amido.
Após algum tempo, todo o reagente K 2S2O3(aq) da reação II é consumido e assim, o iodo produzido em
II se acumula no sistema, ligando-se ao amido produzindo então a coloração azul esperada.
d) Caso a reação I fosse rápida e II lenta, observaríamos a formação imediata da coloração azul resultante
da formação do iodo em I, e após algum tempo o desaparecimento dessa coloração, resultado da decomposição
do iodo em II.
Analogamente, a reação mais lenta ocorre na concentração de 0,02 g/mL onde se encontra menor
variação de massa e o número de colisões efetivas é menor.
b) No intervalo entre 0 e 12 minutos, observa-se:
c) O tipo de interação se deve à dispersão instantânea dos elétrons (nuvem eletrônica) conhecida como
dispersões de London, neste caso temos a atração do tipo dipolo-induzido.
v k[C12H22O11]
v
k
[C12H22O11]
O açúcar invertido é composto por uma mistura de glicose e frutose. O fator responsável pela menor
temperatura de congelamento da solução aquosa de açúcar invertido é o maior número de partículas de soluto.
ΔC
v ; os valores são retirados da variação da concentração e da variação do tempo são retirados da
Δt
tabela.
mol
v(200 a 210) v(210 a 220) v(220 a 230) v(230 a 240) 8,0 104
L.s
Então, como k 103L /(mol.s)
ΔC
k Cn
Δt
8,0 104 103 Cn
Cn 8,0 101
Para a primeira linha da tabela :
8,0 101 0,8186n
n 0,80 0,8186 n 1 (ordem 1)
v 10 u
Vmax velocidade máxima de reação
K m 9 103 milimol / L
S 103 milimol / L
Substituindo na equação:
V x S
v max , teremos:
K m S
Vmax 103
10 u
9 103 103
Vmax 103
10 u Vmax 100 u
10 103
Tempo
Ve
Concentração Concentração Concentração decorrido
da
inicial de inicial de inicial de até o
rea
acetona H+ Br2 desaparecimento
(m
(mol L-1) (mol L-1) (mol L-1) da cor 1)
(s)
1 0,8 0,2 6,6 x 10-3 132 5,0
2 1,6 0,2 6,6 x 10-3 66 1,0
3 0,8 0,4 6,6 x 10-3 66 1,0
4 0,8 0,2 3,3 x 10-3 66 5,0
(3,3 103 )c
1 2c 1 2c 20 2c c 0
(3,3 103 )c
ou seja,
v k[cetona]a [H ]b [Br2 ]0
v k[cetona]a [H ]b
[B]
Dentre as explicações, está correto apenas o que se propõe em II, ou seja, à temperatura ambiente, as
moléculas dos componentes da gasolina e as do oxigênio não têm energia de ativação suficiente para iniciar a
combustão.
De acordo com a figura o caminho reacional I ocorre em uma única etapa e o caminho reacional II ocorre
em duas etapas. Ambos são exotérmicos, pois a entalpia dos produtos é menor do que a dos reagentes.
Como o caminho reacional I envolve uma única etapa, podemos concluir que:
2X 2T + Z
Então,
v = k[X]2 (reação de segunda ordem)
Cálculo do rendimento:
2,0 mol.L1 100 %
0,8 mol.L1 X%
X 40 %
177 g 3 x 18 g
3,54 x 103 g Yg
3
Y 1,08 x 10 g.min1