Gestar 1 Mat - tp5 PDF
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MATEMÁTICA
Geometria I
Geometria I
TP5
TP5
I
Presidência da República
Ministério da Educação
MATEMÁTICA
GEOMETRIA I
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE ASSISTÊNCIA A PROGRAMAS ESPECIAIS
PROGRAMA GESTÃO DA
APRENDIZAGEM ESCOLAR
GESTAR I
MATEMÁTICA
GEOMETRIA I
BRASÍLIA
2007
© 2007 FNDE/MEC
DIPRO/FNDE/MEC
Via N1 Leste - Pavilhão das Metas
70.150-900 - Brasília - DF
Telefone (61) 3966-5902 / 5907
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IMPRESSO NO BRASIL
Sumário
TP5: Geometria I
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................... 7
Cor
Corrreção das aati
tividades de estudo
tividades
UNIDADE 1 ....................................................................................................................................... 83
UNIDADE 2 ....................................................................................................................................... 87
UNIDADE 3 ....................................................................................................................................... 90
Of icinas de FFor
Oficinas or mação de Professor
ormação es
Professores
Sessão Presencial Introdutória ..................................................................................................... 93
Professor, você já analisou e discutiu muita coisa sobre o ensino dos números natu-
rais. Nas unidades anteriores, você conheceu as idéias importantes para a construção
do conceito de número pela criança visando a dar significado às operações e às técni-
cas operatórias a serem realizadas com eles.
Aqui, a representação das figuras é o ponto alto; ela nos leva a aprofundar o que
conhecemos sobre as figuras e a descobrir e relacionar algumas de suas proprie-
dades.
Do grego, vêm as palavras geo, que significa terra, e metria, que significa medida.
Por isso, é importante construir uma proposta de Geometria que leve a criança a
explorar o espaço e os objetos neles contidos para:
9
• reconhecer que perceber características das figuras e classificar figuras são ações
que se complementam quando se aprende Geometria;
• criar situações didáticas para que os alunos tenham a oportunidade de perceber
características das figuras e classificá-las, bem como partir de classificações para
aperfeiçoar seu conhecimento sobre as características dessas figuras.
Seção 1
O ensino da Geometria
Na aprendizagem dos
É IMPORTANTE APRENDER
CONCEITOS GEOMÉTRICOS, POIS números, a construção
ELES DÃO APOIO À CONSTRU- de reta numérica favore-
ÇÃO DE OUTROS CONCEITOS
ce a comparação e orde-
MATEMÁTICOS PELO ALUNO.
nação dos números natu-
rais e fracionários.
Teoria e Prática 5 • Unidade 1
10
QUANDO O ENSINO DA GEOMETRIA APRESENTA
COMO CARACTERÍSTICAS OS ASPECTOS
ESTÉTICOS OU LÚDICOS, OS ALUNOS TENDEM A
SE TORNAR MAIS MOTIVADOS E ENVOLVIDOS NA
APRENDIZAGEM.
Atividade 1
b) Há professores que concordam com Ana, porém, mesmo assim, não incluem
Geometria no ensino fundamental. E você, trata do tema Geometria com seus
alunos?
Em caso positivo, comente o que ensina e como ensina.
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Teoria e Prática 5 • Unidade 1
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Uma opção metodológica para o ensino de Geometria
A Geometria é aprender o espaço... esse espaço em que vive, respira e se
move a criança. O espaço que a criança deve aprender a conhecer, explorar,
conquistar, para poder viver, respirar e mover-se melhor nele."
Desde seu nascimento, em seu contato com o mundo fora dela, a criança recebe
inúmeras informações do espaço em que vive e dos objetos com que convive e obser-
va, nesse espaço.
As explorações que ela faz são seguidas, pouco a pouco, por tentativas de represen-
tar esse mundo, descrevendo e explicando oralmente o que observou, e mais
tarde desenhando e construindo imagens dos objetos com os quais mantém contato.
Essas noções intuitivas servirão de base para que o aluno construa a competência
espacial que consiste em localizar-se e deslocar-se no espaço, interagindo com uma
enorme quantidade de objetos, enfim orientar-se no espaço em que vive.
12
• localizar-se no espaço; ISTO É UM
TRIÂNGULO.
• deslocar-se no espaço;
• perceber características dos objetos existentes
nesse espaço;
• relacionar figuras não-planas e planas.
Localizando
É QUADRA 305 – SUL,
BLOCO F, 4º ANDAR,
ALÔ? PAULO, AQUI É A JOANA. APTO. 45.
VOCÊ VAI À CASA DE MARIA?
Atividade 2
b) Sublinhe no texto os trechos que contêm indicação para a localização dos obje-
tos selecionados por você na resposta anterior.
13
A ação de localizar-se no espaço é desenvolvida pela criança desde que começa a
agir no mundo em que vive: observando os objetos, manuseando-os, arranjando-os
no espaço que o rodeia, movimentando-se nesse mesmo espaço.
I. “João, coloque essas peças de giz na caixa que está na 2ª prateleira do armário
perto da porta.”
II. “Maria, hoje você vai sentar-se na carteira mais próxima da porta”.
III. “Pedro, para ir desta sala até o pátio, você passa pela sala da diretoria?”
IV. “Quem faz um caminho diferente do de Pedro para ir desta sala ao pátio?”
V. “Ao sair da escola, João irá à casa de Júlio para saber porque ele faltou à aula. Como
cada um de vocês informaria a ele o caminho da escola até à casa de Júlio?”
Teoria e Prática 5 • Unidade 1
14
Atividade 3
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Situação B – O referencial
No exemplo VI, você deve ter percebido que, para a pessoa chegar à farmácia, ela
deveria escolher virar à direita ou à esquerda, em relação a seu próprio corpo, assim
que atingisse o portão da escola.
Isso significa que o corpo dessa pessoa foi tomado como referência para que ela
corpo
escolhesse o sentido do percurso que deveria fazer.
Atividade 4
15
a) Em que foto Pipoca está com a luva vermelha em sua mão direita?
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b) Para identificar a foto da pergunta anterior, quem foi tomado como referência:
o palhaço Pipoca ou você que está observando cada foto?
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Para executar sua tarefa após a aula, João escolheu um pequeno mapa indicando o
caminho para a casa de Júlio, feito por seu colega Pedro.
Atividade 5
a) Observe o mapa. Que referência João utiliza para decidir se deve virar à direita
ou à esquerda, quando necessário?
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Teoria e Prática 5 • Unidade 1
b) A partir do portão da escola, descreva o caminho que João fez utilizando esse mapa.
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c) Desenhe no mapa acima, com um lápis de cor, um caminho diferente do sugeri-
do por Pedro, que pudesse levar João da escola à casa de Júlio. A seguir, descreva
esse caminho.
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Suponha que um aluno saiba que, ao sair pelo portão da escola à direita, cami-
nhando 60 metros na mesma rua, ele encontra a farmácia.
Nesse caso, o lugar onde está a farmácia ficou determinado a partir de um ponto de
referência (o portão da escola), de um sentido de per cur
percur so (à direita) e de uma distân-
curso
cia (60m).
Agora é com você. Veja como a medida pode resolver o problema do caminhoneiro.
Atividade 6
Para atingir a cidade de Vale da Luz, um caminhoneiro sai de Brejo Seco com com-
bustível suficiente para andar 450 km sem necessidade de abastecer o tanque de seu
caminhão.
Ele pode fazer essa viagem pela estrada de Baixo ou pela estrada de Cima, mas quer
andar o máximo possível, antes de passar em algum posto para encher o tanque.
Teoria e Prática 5 • Unidade 1
17
b) Em que posto deve abastecer o caminhão? Explique como chegou a essa conclusão.
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Na ati vidade 77, logo a seguir, você encontrará mais um exemplo de localização:
tividade
pontos de cruzamentos de ruas no mapa de uma cidade.
Atividade 7
a) Marque nesse mapa o cruzamento da 1ª rua ao norte do Rio Doce com a 2ª rua à
leste da Avenida do Moínho.
18
Nesse exemplo, o Rio Doce e a Avenida do Moínho constituem nosso referencial de
localização. Cada um deles tem uma direção: horizontal e vertical respectivamente.
c) Podemos percorrer a Av. do Moinho (ou qualquer avenida paralela a esta) segun-
do dois sentidos. Quais são eles?
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d) Do mesmo modo, podemos dizer que existem dois sentidos de percurso, quando
se anda às margens do rio Doce (ou em ruas paralelas a esse rio). Quais são esses
sentidos de percurso?
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Caminhos
O trabalho que você pode fazer em sala de aula com a localização de objetos e
pessoas no espaço, tendo em vista diversos sistemas de referência, será enriquecido se
for desenvolvido integradamente com a construção, descrição, interpretação e repre-
sentação de caminhos e deslocamentos de pessoas ou objetos no espaço.
ea
la
d ou um outro objeto qualquer.
Sa
19
INDO À SALA DE AULA
Numa brincadeira de “esconde-adi vinha”
“esconde-adivinha”
vinha”, um aluno de uma equipe informa a um
colega de outra equipe o lugar em que escondeu um lápis de cor, para que o outro
encontre. A informação deve ser dada oralmente ou por escrito (planta, mapas, gráfi-
co, esquema etc.). Caso o lápis não seja encontrado, as duas equipes devem discutir se
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Quadro A Quadro B
É bem possível que você tenha pego seu lápis para desenhar o caminho da joaninha
ou então tenha ensaiado uma descrição do caminho do coelho. Se assim foi, já está
preparado para a atividade seguinte.
Teoria e Prática 5 • Unidade 1
Atividade 8
21
Realizadas essas atividades, responda às perguntas abaixo.
c) Que “medida” utilizou para resolver esses problemas? Como essa “medida” foi
expressa por você?
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d) Você considera os caminhos percorridos pelo coelho e pela joaninha como sen-
do os menores possíveis? Por quê?
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e) Volte aos quadros A e B, pintando com lápis de outra cor o menor caminho
possível a ser percorrido pelo coelho e pela joaninha para chegarem a seus al-
vos. Descreva, a seguir, como você resolveu as situações propostas.
Quadro A: ______________________________________________________
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Quadro B: ______________________________________________________
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Teoria e Prática 5 • Unidade 1
22
Seção 2
A ffamiliarização
amiliarização com objetos do mundo físico
mundo físico,, numa per
numa s-
pers-
pecti va ggeométrica
pectiva eométrica
Esta atividade tem o objetivo de iniciar a familiarização dos alunos com os objetos
que farão parte do universo de trabalho, no início da aprendizagem de Geometria.
23
INDO À SAL
SALAA DE AUL
AULAA
Fica a critério de cada grupo escolher um só narrador ou determinar que todos
sejam narradores (um a cada vez).
Enquanto a história está sendo contada, cada narrador pode mexer nos objetos
sobre a mesa e mudá-los de lugar, se julgar necessário.
Terminada a história, solicite a cada grupo que represente sua parte da história
numa folha grande de papel a ser fornecida por você.
Ao final, faça uma exposição dos cartazes para que todos possam organizá-los e
admirá-los.
Atividade 9
a) Professor, você considera ser possível desenvolver uma atividade como essa com
alunos do 1º ano de escolaridade no início da aprendizagem de Geometria? Jus-
tifique sua resposta.
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b) Com que objetivos você desenvolveria essa atividade com esses alunos?
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Quantas vezes em nossas vidas ficamos às voltas com a COM QUE TIPO DE
ocupação do espaço, não é mesmo? Quando queremos CAIXINHA, POSSO OCUPAR
TODO O ESPAÇO DA CAIXA
arrumar a mala de modo que possamos levar todos os ob-
GRANDE?
jetos necessários para as férias, quando precisamos modi-
ficar a posição dos móveis da sala para dar uma festinha,
quando arrumamos nosso guarda-roupa. Enfim, lidamos
com a ocupação do espaço a todo momento.
24
A ocupação do espaço está ligada ao tamanho e à forma dos objetos que povoam
esse espaço. Assim, levar a criança a perceber e estabelecer relações de tamanho e
forma de tais objetos é estar dando oportunidade a ela de desenvolver a habilidade de
“dimensionar os espaços, percebendo relações de tamanho e forma” (PCN).
Por ser uma ação concreta, o manuseio dos objetos leva o aluno a perceber muitas
de suas características. O tato e a visão são os sentidos que mais colaboram nesse
trabalho. Veja só!
CONSEGUI EMPILHAR 5
CUBOS DESSAS MANEIRAS.
SERÁ QUE HÁ OUTROS MODOS ...QUATRO, CINCO,
DE EMPILHÁ-LOS? SEIS.
25
Você vai ainda conviver com o manuseio dos objetos no ensino da Geometria nas
próximas unidades, já que ele é de fundamental importância para que as crianças
tenham sucesso na construção de seu conhecimento sobre as características dos obje-
tos que ocupam o espaço.
Atividade 10
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b) Que objetivos podem ser alcançados pelos alunos com o desenvolvimento dessa
atividade?
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Seção 3
A cclassif
lassificação e a descober
lassificação ta de
descoberta
características das ffiguras
iguras
• reconhecer que perceber características das figuras e classificar figuras são ações
Teoria e Prática 5 • Unidade 1
Além disso, existem ações que podem levar o aluno a melhorar sua percepção de
semelhanças e diferenças entre os objetos do mundo físico. A classificação é uma de-
las, pois favorece a observação de características e propriedades dos objetos que estão
sendo estudados.
De qualquer modo, você deve ter notado que para decidir qual seria o critério de arru-
mação das peças nas gavetas foi preciso observar semelhanças e diferenças entre elas.
Em qualquer um dos dois casos, classificando as roupas pelo tipo ou pela cor, você
faz com que:
27
O mesmo deve ocorrer quando você propõe a seus alunos atividades em que eles
tenham de classificar seus objetos de estudo. Isso não é feito só em Matemática, mas
também em outras disciplinas. Por exemplo, em Ciências, perceber semelhanças e
diferenças entre animais que têm ossos e os que não têm, é uma forma de levar as
crianças a observá-los, classificá-los em vertebrados e invertebrados para conhecê-los
melhor.
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Atividade 11
Use um critério para escolher o objeto da mesa acima considerado por você como
diferente dos demais.
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O aspecto mais importante dessa atividade não é o critério escolhido por você para
caracterizar um objeto como diferente dos demais. O que mais importa aqui é que
você teve que obser var todas as peças sobre a mesa.
observar
É também por meio da observação das características dos objetos que os alunos
começam a perceber as características das figuras e, em particular, a diferença entre
figuras planas e figuras não-planas
trabalho que leve o aluno a perceber a diferença entre figuras não-planas e planas.
Procedimento: esta atividade pode ser feita com todos os alunos reunidos ao
redor da mesa, utilizando objetos usados na 1ª atividade.
Solicite a um aluno voluntário que separe os objetos em dois grupos, como se fosse
arrumá-los em duas prateleiras, observando o que têm de semelhante ou diferente.
29
SALA DE AUL
INDO À SALA AULAA
Feita a separação, solicite à classe que adivinhe o que o colega pensou para fazer
tal arrumação.
AS PEÇAS QUE SÃO DO METAL
FICAM PRÁ CÁ E AS QUE NÃO
SÃO, FICAM PRÁ LÁ.
É bem possível que nas primeiras classificações os alunos não pensem em carac-
terísticas geométricas dos objetos; a cor, o material de que são feitos são mais fáceis
de serem reconhecidos.
Depois de algumas sugestões das crianças, você pode apresentar uma arrumação
como a seguinte, caso ela ainda não tenha sido sugerida pelos alunos.
Os alunos poderão reconhecer que à esquerda estão os objetos que "estão acha-
tados" sobre a mesa e à direita os que "saltam" da mesa.
A seguir, apresentando vários objetos (planos e não-planos) para que as crianças pos-
sam colocá-los num ou noutro grupo, solicitando que justifiquem suas escolhas, você
poderá confirmar se a característica de ser plano ou não foi compreendida por todos.
E ESSA ARMAÇÃO DE
ARAME, EM QUE
GRUPO FICA?
E ESSA LATA, EM
QUE GRUPO VAI?
Teoria e Prática 5 • Unidade 1
30
NÃO-PL
NÃO-PLANAN AS
ANAS
AS, que, ao serem colocadas sobre a mesa, apresentam partes que ficam
fora dela como a mola, a lata de óleo, o clipe torcido, a fita de papel etc.
Atividade 12
Identifique com ( p ) as figuras que você considera planas e com ( np ) as que não
são planas:
( ) cone ( ) quadrado ( ) reta ( ) pirâmide
A "redondeza" da bola é uma característica que os outros quatro objetos não têm,
sendo ela que distingue a forma da bola da forma dos demais objetos sobre a mesa.
Você pode iniciar um trabalho com a forma das figuras, propondo a seus alunos
algumas atividades nas quais eles tenham a oportunidade de:
31
• observar e manusear objetos;
• perceber semelhanças e diferenças entre eles;
• identificar caracteristicas ligadas à forma desses objetos;
• identificar elementos desses objetos.
As próximas atividades servem como sugestão para que seu aluno possa desenvol-
ver as habilidades descritas acima. Entretanto, você precisará de um conjunto de cai-
xas e bolas para desenvolver esse trabalho. As caixas podem ser obtidas a par tir dos
partir
moldes constantes nos aneanexxos de 1 a 88, se forem colados em papel cartão, recortados
e montados com o auxílio de fita adesiva. As bolas podem ser de isopor, borracha,
plástico etc. Essa coleção de objetos servirá para muitas atividades, como uma espécie
de material básico para o ensino de Geometria.
Vale a pena observar que, nesse momento, os moldes das caixas I, II, III e IV trazem
suas faces separadamente para que os alunos, ao montarem as caixas, percebam como
elas se apresentam em relação à forma e como vão se colocar umas em relação às
outras durante a montagem com fita adesiva.
Já os moldes das caixas de V a XII não trazem as abas de colagem para não darem ao
aluno a falsa impressão que elas fazem parte da planificação da caixa, isto é, que
também são faces. Só mais tarde, é que as abas aparecerão nos moldes como
facilitadoras para a montagem das caixas.
Professor, observar e identificar regiões de apoio dos sólidos é uma ação impor-
tante para diferenciar corpos redondos de poliedros. A atividade proposta a seguir
tem esse objetivo: levar os alunos a estabelecerem semelhanças e diferenças entre
as regiões de apoio desses corpos sobre o plano da mesa.
Solicite aos alunos que pintem com tinta guache a parte externa de cada peça de
sua coleção, com exceção da caixa VIII que será utilizada num segundo momento
após essa atividade. A seguir – antes que sequem –, solicite que apóiem as peças
sobre folhas de caderno, de todos os modos possíveis, como se fosse um carimbo,
deixando os objetos em repouso por alguns instantes.
32
• só a esfera carimbou o papel com um ponto;
Uma outra alternativa é recobrir a superfície dos objetos com giz em vez de tinta
guache.
Várias Faces
Todas as partes dos poliedros que carimbaram as figuras no papel sulfite são as
FACES do poliedro.
poliedro
poliedro
poliedro poliedro
poliedro
33
• Ainda com os poliedros em mãos, elas podem contar quantas faces tem cada
um. Por exemplo:
• Os alunos podem fazer uma previsão sobre como serão as faces carimbadas usan-
do a caixa VIII como carimbo.
Portanto, as crianças devem manusear essa caixa para poderem descrever (com
palavras ou desenhos) as figuras previstas. Para confirmarem suas soluções, depois de
discutirem com os colegas, elas poderão molhar a caixa no guache (ou passar giz na
sua superfície) e carimbar, de fato, uma folha de papel sulfite.
Atividade 13
Para a realização dessa atividade providencie uma pedra (um pedaço) de sabão de
lavar roupa e uma bola feita com massa de modelar.
a) Corte com uma faca cada um desses objetos e verifique que figuras você obteve
na região do corte (na região por onde a faca passou).
Represente aqui as figuras obtidas.
Quando você corta um poliedro, obtém sempre uma região com lados retos, mas quando
corta um corpo redondo pode obter um círculo.
Teoria e Prática 5 • Unidade 1
Exemplo:
34
b) Imagine que você vai cortar, com a faca, objetos feitos com massa de modelar,
com as seguintes formas:
Das figuras acima, quais poderiam ser cortadas com uma faca, obtendo círculos na
região do corte? Explique como você faria o corte para obter esses círculos.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Você deve ter percebido que tanto a região de apoio de uma figura num plano,
quanto a região do corte dessa figura por um plano (lâmina da faca) podem caracterizá-
la como POLIEDRO ou CORPO REDONDO. Em outras palavras:
Batizando poliedros
A atividade "Carimbando com objetos" pode levar os alunos a distinguirem poliedr
poliedros
os
de cor pos rredondos
corpos edondos
edondos. Entretanto, em nenhum momento estivemos preocupados em
nomear cada um dos poliedros envolvidos nessa atividade.
Cada um tem um nome? Como batizá-los? Que critério seguir para nomeá-los? Por
Teoria e Prática 5 • Unidade 1
que nomeá-los?
Quando queremos nos referir a um determinado poliedro, é muito mais simples dizer
seu nome do que identificá-lo por suas propriedades. Retomando o significado da pala-
vra POLIEDRO (várias faces), podemos encontrar um bom critério para nomeá-los.
Você já percebeu que há poliedros com 4 faces, outros com 5, outros com 6 e assim
por diante. Vamos então adotar o seguinte critério: o número de faces do poliedro vai
servir para lhe dar nome.
35
Tradicionalmente, esse número de faces é identificado por uma palavra de origem
grega. Assim,
O conceito de prisma e de pirâmide vai ser construído por você a partir da observação.
Observe a torre da pequena igreja ao lado. Ela está pintada de marrom e é formada
por dois poliedros.
Teoria e Prática 5 • Unidade 1
36
Atividade 14
Antes do “Indo à sala de aula: Carimbando com objetos” você montou caixinhas.
Entre elas, a IX e a XII representam os dois poliedros que formam a torre da igreja.
Observando-as, você pode descobrir algumas diferenças entre esses poliedros.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
• um dos poliedros possui todos os vértices numa única face, com exceção de um
vértice, que fica fora dessa face.
Esse poliedro tem o nome de pirâmide
• o outro tem metade dos vértices numa face e metade numa face paralela e igual
à primeira, denominadas BASES.
Esse poliedro tem o nome de prisma
prisma.
37
Observe que:
Lição de casa
38
2 Moldes
e Modelos
39
Seção 1
A construção de modelos
Assim, com o objetivo de levar o aluno a organizar o espaço a seu redor e a estudar
as formas presentes nesse espaço, as primeiras atividades a ele propostas devem ex-
plorar sua percepção visual e tátil, através de ações como: modelar, construir, traçar,
desenhar, visualizar, e comparar.
No início de seus estudos, o aluno ainda se encontra no período em que está entran-
do em contato com o mundo que o rodeia de modo sensorial, sendo a visão e o tato os
sentidos previlegiados por ele para conhecer os objetos ao seu alcance. Aproveitando
essa característica, é importante que se planejem situações didáticas em que esse alu-
no seja incentivado a manipular materiais como massa de modelar ou argila, para
reproduzir objetos de sua realidade, oferecidos a ele como modelo. Por exemplo:
40
Essas atividades desenvolvem o sentido espacial e preparam os alunos para estuda-
rem, aos poucos, as características das figuras, tanto planas,* como não planas.
Atividade 1
Observe as figuras que uma criança, com massa de modelar, está reproduzindo a
partir de modelos: um cubo e um cilindro.
Que propriedades do cubo e do cilindro você imagina que essa criança poderá des-
cobrir através do trabalho realizado?
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_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Fazendo isso, ela descobre que no cilindro há partes de sua superfície que não são
planas e que, no cubo, todas as partes de sua superfície são planas.
Teoria e Prática 5 • Unidade 2
* As atividades trabalhadas neste caderno Teoria e Prática 5 estão focalizando preferencialmente as figuras não planas. No
caderno Teoria e Prática 7 serão trabalhadas mais especialmente as questões que envolvem as figuras planas.
41
A palavra "poliedro" vem do
grego e significa "muitas faces":
poli – muito
edro – face
Outra propriedade percebida pelos alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental
em um sólido geométrico qualquer é a sua possibilidade de apresentar diferentes aspec-
tos, conforme o ponto de vista sob o qual ele é colocado. Por exemplo: ao manipular
uma caixinha com a forma de uma pirâmide de base quadrada, uma criança descobre
que, conforme a posição em que é apoiada sobre a mesa, ela parece diferente.
Veja, agora, esta sugestão de um jogo em que os alunos são motivados a observa-
rem os diferentes aspectos de uma mesma figura:
O material a ser preparado para esse jogo (para cada grupo de 6 alunos) é:
42
INDO À SALA
SALA DE AUL
AULAA
Desenvolvimento do jogo
* Para preparar esse material para seus alunos, utilize os moldes dos ANEXOS de 5 a 8.
Para cada dupla de alunos de sua sala, a professora forneceu uma folha xerocada,
como a que se encontra no ANEXO 9, e fita adesiva. Colocou sobre sua mesa uma
coleção de caixinhas e latas (com formas de prismas e de pirâmides, alguns cilindros
Teoria e Prática 5 • Unidade 2
e cones).
Propôs, então que cada dupla escolhesse uma das caixinhas apresentadas e, de-
pois de examiná-la com cuidado, recortasse da folha do Anexo, as peças que deveriam
ser usadas para construir outra caixinha, semelhante à escolhida.
43
INDO À SALA
SALA DE AUL
AULAA
Por exemplo, uma das duplas escolheu uma lata de refrigerante. Para reproduzi-
la, recortaram as peças:
Atividade 2
Professor, agora é a sua vez:
b) imagine a atividade anterior sendo desenvolvida com seus alunos. Você acha a
atividade adequada para:
• levá-los a verificar as diferenças de características existentes entre os poliedros
e corpos redondos? Justifique sua resposta.
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
44
• levá-los a distinguir as figuras planas das não planas? Justifique sua resposta.
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
Há muitos outros materiais que podem ser usados por seus alunos para construções
de modelos, como: varetas cortadas em tamanhos convenientes e massa de modelar;
ou canudos de refrigerante (também cortados em tamanhos convenientes), e fios de
barbante, linha ou lã. Naturalmente, com estes materiais os alunos só irão representar
os vértices e as arestas das figuras geométricas.
45
QUE
FIGURA É É UM
ESSA? E AGORA? LOSANGO?
ISSO É UM
QUADRADO.
Uma dificuldade que os homens têm tentado resolver, ao longo da história, é re-
presentar em uma folha de papel (no plano), figuras que não são planas. Por exemplo:
uma bola (esfera) ou um disco (círculo) são representados do mesmo modo.
Por exemplo, a arte egípcia (há 4 mil anos), apresentava as figuras totalmente pla-
nas, sem dar a idéia de profundidade.
46
Os desenhos feitos por crianças das séries iniciais do Ensino Fundamental também
apresentam as figuras totalmente planas – como as dos egípcios.
As representações iniciais devem ser feitas a mão livre, sem grandes preocupações
com medidas, tomando-se o cuidado de mostrar que cada objeto pode assumir dife-
rentes aspectos, conforme o ponto de vista sob o qual ele é observado.
Teoria e Prática 5 • Unidade 2
48
Discutimos, até aqui, a importância da manipulação de modelos de figuras geomé-
tricas, bem como da construção desses modelos e de sua representação gráfica, como
meios que podem proporcionar o desenvolvimento de habilidades como ler e inter-
pretar mapas, roteiros, plantas, gráficos, que irão contribuir para:
Atividade 3
a) Faça um comentário a respeito da afirmação destacada abaixo, levando em con-
ta sua prática.
"Muitas vezes realizamos com nossos alunos atividades que são encaradas
como simples divertimentos, tais como quebra-cabeças, jogos de montar, pin-
turas, colagens etc, aparentemente mais indicadas às aulas de Artes do que de
Matemática. Porém, tais atividades não só são importantes para o desenvolvi-
mento da intuição espacial e de habilidades para visualizar, desenhar, inter-
pretar e construir, como têm relação com a formação do pensamento geomé-
trico dedutivo..."
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Teoria e Prática 5 • Unidade 2
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b) Baseando-se nas considerações feitas até aqui, planeje uma situação didática em
que você coloque em foco a necessidade de o aluno visualizar e representar ob-
jetos no espaço.
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Seção 2
Os moldes: um modo de rreepresentar os sólidos
presentar
Um valioso recurso que se tem para a construção de modelos de figuras não planas
são os moldes.
50
Ao utilizar molde para construir um poliedro, entre seus elementos principais, além
das faces, se destacam:
• os alunos observam que cada dobra deve ser bem vincada, entre duas faces;
com isso, eles entrarão em contato com as arestas do poliedro;
Uma atividade que provoca o aluno para a análise das faces, arestas e vértices de
um poliedro é a que leva à contagem do total desses elementos em cada uma das
caixinhas que compõem a coleção proposta pela professora, como já foi sugerido na
Unidade 1, seção 3.
51
INDO À SALA DE AULA
Vamos criar um produto?
Atividade 4
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Além disso, essa atividade empolgou muito a turma toda, inclusive aqueles alunos
Teoria e Prática 5 • Unidade 2
que eram pouco interessados e pouco atentos às atividades comuns da classe. Muitos
deles realizaram trabalhos melhores do que os dos alunos reconhecidamente mais
aplicados, o que elevou sua auto-estima.
52
A professora aproveitou uma reunião de pais e mestres para fazer a exposição dos
trabalhos, o que motivou ainda mais a turma, que fez questão de participar da organi-
zação e decoração da classe para o evento.
Atividade 5
A partir da atividade descrita, crie uma situação didática a ser desenvolvida por
seus alunos.
b) Descreva, com detalhes, as atividades a serem realizadas por seus alunos crian-
do uma situação didática adequada a seus propósitos.
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Teoria e Prática 5 • Unidade 2
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Seção 3
A composição e a decomposição de ffiguras
iguras
Nas seções anteriores, você refletiu sobre a importância das atividades de manipu-
lação de modelos de figuras geométricas, sejam elas planas ou não planas, como mei-
os de desenvolver, nas crianças, habilidades necessárias para a compreensão do mun-
do físico, resolvendo situações-problema ligadas ao espaço e aos objetos que povoam
esse espaço.
54
do conceito de área de uma superfície (composição e decomposição de figuras planas),
bem como o de volume de um sólido geométrico (composição e decomposição de
figuras não planas).
Você, professor, pode pedir, com antecedência, que os alunos colecionem caixinhas
vazias de fósforos (iguais).
Para realizar esta atividade, a classe deve estar organizada em grupos de quatro
alunos.
Dependendo das atividades planejadas, você pode realizar todas as etapas descri-
tas em uma só seção, ou cada uma delas em um dia diferente.
1a etapa:
Cada grupo é convidado a construir a figura que quiser, utilizando quantas caixinhas
forem necessárias (em geral, aparecem foguetes, prédios, viadutos, pontes etc) de
acordo com os interesses e motivações das crianças.
A seguir, cada grupo deve representar, em uma folha de papel, a figura construída.
2a etapa:
etapa:
Teoria e Prática 5 • Unidade 2
Nesta etapa, você solicita que construam uma figura qualquer, previa-
mente escolhida pela classe, agora utilizando uma quantidade de caixinhas
iguais, determinadas por você (por exemplo, 18 caixinhas).
55
SALA DE AUL
INDO À SALA AULAA
“Se cada uma das figuras construídas é formada por 18 caixinhas, todas elas têm
o mesmo volume – "18 caixinhas", considerando-se "1 caixinha" como a uni-
dade de volume – embora tenham formas diferentes. Então elas são equiva-
lentes, em relação ao volume.
3a etapa:.
etapa:.
Cada grupo recebe uma folha em que estão reproduzidas figuras como:
A B C D E F
Cada grupo deve fazer algumas "fichas": em cada uma deve estar registrada uma
letra, de A até F. A seguir, as fichas são colocadas em um saquinho.
Cada jogador, na sua vez, sorteia uma ficha, analisa a figura com a letra corres-
pondente na folha recebida pelo grupo, reproduz essa figura, usando as caixinhas de
fósforos.
Se conseguir fazer isso corretamente, ganha 1 ponto; se não conseguir, não ga-
nha ponto e passa a vez ao próximo jogador.
A atividade continua até que todas as fichas tenham sido sorteadas. Ganha o
participante que tiver conseguido mais pontos.
Atividade 6
Professor, realize, com alguns colegas, as três etapas da atividade "As construções"
descrita anteriormente, manipulando as caixinhas como os alunos deverão fazer.
Teoria e Prática 5 • Unidade 2
56
Avalie o trabalho realizado pelo seu grupo, indicando:
b) as modificações que faria para tornar o jogo mais adequado a seus alunos;
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c) uma possível 4a etapa da atividade, que permita fazer integração com outra(s)
disciplina(s) do currículo de sua escola.
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Teoria e Prática 5 • Unidade 2
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57
Novas construções INDO À SALA DE AULA
Com a classe organizada em grupos de quatro alunos, você pode propor as se-
guintes situações:
Você pode também realizar atividades em que se pede contagem das peças iguais
que compõem uma figura representada no papel.
Nessas atividades, é importante que haja situações em que nem todas as peças
estejam visíveis na representação da figura, o que exigirá dos alunos um nível mais
elevado de abstração.
Este tipo de representação deve ser trabalhado com alunos por volta dos 9 ou 10
anos pois, só a partir dessa fase, eles se mostram capazes de imaginar, no espaço,
Teoria e Prática 5 • Unidade 2
58
INDO À SALA DE AULA
Com os alunos organizados em duplas, forneça a cada dupla uma folha em que
estão representadas algumas figuras compostas por cubinhos (que representam os
tijolinhos da construção) e o desafio lançado à classe é:
“Cada uma dessas figuras está encostada no canto de uma sala. Quanto tijolinhos
há em cada figura?”*
Atividade 7
Professor, resolva as atividades descritas nos dois últimos quadros “Indo à sala de
aula...” (Novas construções e Vamos contar os tijolinhos?), manipulando os cubinhos
do Material Dourado, sempre que possível.
A partir dessa experiência, crie novas situações que exijam dos alunos empilhamentos
de cubinhos, envolvendo contagens deles, em cada figura organizada. Ou proponha a
situação inversa: solicite que organizem alguns empilhamentos de cubinhos, dando-
lhes a quantidade de cubinhos que deverão usar em cada empilhamento, represen-
tando, depois, a composição feita.
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Outra importante habilidade relacionada à representação espacial é a de interpre-
tação da “vista superior” de figuras, pois ela permite compreender mapas, plantas de
máquinas, de casas, de terrenos ou de bairros etc. É essa habilidade que auxilia o
indivíduo na locomoção, orientação e resolução de situações-problema relacionadas à
direção e sentido, tanto dele próprio, quanto de objetos que povoam esse espaço.
Com a classe organizada em trios de alunos, entregue a cada trio uma folha com
diversas representações de construções, como:
I II III IV V VI VII
Note-se que uma mesma vista superior pode corresponder a mais de uma cons-
trução.
(*) Adaptada do livro “Novo caminho - Matemática”, de Imenes, Jakubo e Lellis, Ed. Scipione (3ª série, p. 86).
60
Nesta Unidade, foram trabalhados temas bastante importantes para o ensino de
Geometria, como:
Lição de casa
Professor,
I. Se você trabalha com uma classe do 4o ano, proponha a atividade “Vistas Su-
periores” a seus alunos. A seguir:
a) faça um pequeno relatório sobre a aplicação da atividade, indicando as
situações que foram facilmente resolvidas por seus alunos e aquelas em
que houve dificuldades, procurando entender e explicar os motivos das
dificuldades apresentadas.
b) planeje uma nova atividade, semelhante a esta, em que as dificuldades
que surgiram sejam retomadas e rediscutidas pelos alunos.
II. Se você não trabalha com classe de 4o ano, você poderá escolher uma das duas
propostas seguintes para desenvolver.
1a) Planeje a aplicação da atividade “Vistas Superiores” com algum colega que
Teoria e Prática 5 • Unidade 2
tenha alunos de 4o ano e procure participar do trabalho. Após avaliar, com seu
colega, a atuação dos alunos durante essa aula:
a) faça um relato de como transcorreu a atividade, enfatizando os pontos em que
os alunos demonstraram facilidade e aqueles em que houve dificuldade;
b) planeje uma atividade semelhante a esta que você considera adequada a
seus próprios alunos.
2a) Escolha uma das atividades propostas nesta Unidade, considerada adequada
à sua classe e a desenvolva com seus alunos. A seguir:
61
a) faça um relato de como transcorreu a atividade, enfatizando os pontos em que os alunos demonstra-
ram facilidade e aqueles em que houve dificuldade;
b) planeje uma nova atividade, semelhante à escolhida por você, em que sejam usados materiais
diferentes dos aqui sugeridos.
62
3 Figuras planas e
não planas
Nesta unidade, retoma-se o trabalho com figuras geométricas, criando novas situa-
ções que levem os alunos a ampliarem e aprofundarem os conhecimentos já
construídos.
Seção 1
A passa
passaggem do espaço para o plano
• identificar a estreita relação entre figuras planas e não planas, criando condi-
ções para que os alunos identifiquem regiões poligonais e polígonos como par-
tes da superfície de um poliedro e regiões não poligonais como partes da super-
fície de um corpo redondo.
Como já vem sendo discutido, a visão espacial das crianças pode ser muito desen-
volvida por meio de atividades em que figuras não planas são representadas no plano
e vice-versa.
Vejamos alguns exemplos de atividades que podem ser desenvolvidas com alunos
que já tenham tido a oportunidade de examinar algumas caixinhas (modelos de
poliedros) e seus elementos principais, como faces, arestas e vértices.
Professor, na véspera da realização desse trabalho, você deve solicitar que cada
Teoria e Prática 5 • Unidade 3
Uma primeira atividade a ser proposta aos alunos é que examinem suas caixinhas
para descobrirem algumas características, como:
• sua forma;
• total de faces, arestas e vértices;
• quantas faces e quais são iguais;
• posições em que se encontram as faces iguais;
• total de arestas que se encontram em cada vértice etc.
64
INDO À SAL
SALAA DE AUL
AULAA
Após esse estudo inicial,
você pode solicitar que cada
aluno abra cuidadosamente
sua caixinha, eliminando as
"orelhas" (ou abas), que só
servem para fechar melhor a
embalagem.
• Cada aluno, na sua vez, deve organizar as 6 faces sobre a carteira, de modo
que, com fita adesiva, se possa ligar essas faces, obtendo novamente a caixinha.
É importante que cada jogador procure imaginar como estas faces ficarão,
depois de coladas.
• Para verificar se a proposta de um dos colegas está correta, basta que o grupo
cole as faces, na posição proposta e observe se a caixinha original aparece
corretamente.
• Se o jogador apresentou uma solução certa, ganha 1 ponto. O jogador que não
conseguir uma nova solução, diferente das já apresentadas (ou não puder con-
vencer os colegas de que já não há novas soluções), passa a vez, sem ganhar
ponto.
Em geral, a primeira solução encontrada é a mais comum, pois foi essa que os
alunos visualizaram, quando estavam desmontando a caixa.
ou
65
Terminado o jogo, cada grupo recebe uma folha de papel manilha (ou papel pardo)
e pincel atômico. A tarefa agora é contornar cada uma das figuras planas obtidas pelo
grupo e que permitiram formar a caixinha. Essas folhas são expostas para a classe, pois
todas elas são moldes do prisma de base retangular representado pela caixinha de
creme dental.
A seguir, pode-se propor aos alunos outras atividades semelhantes a esta envolven-
do a planificação de um prisma especial: o cubo. Veja a conversa de duas professoras
a esse respeito.
EU JÁ FIZ DIFERENTE: DISTRIBUÍ AOS ALUNOS UMA
FOLHA COM DIVERSAS PROPOSTAS DE PLANIFICA-
ÇÃO DA SUPERFÍCIE DE UM CUBO E PEDI QUE ELES
DECIDISSEM QUAIS DELAS ESTAVAM CORRETAS.
FIQUEI ADMIRADA COM O RACIOCÍNIO DE ALGUNS:
ELES LOGO ELIMINARAM A FIGURA EM QUE HAVIA
4 ARESTAS ENCONTRANDO-SE EM UM VÉRTICE.
ELBA
ELES SABEM QUE, NO CUBO, CADA VÉRTICE É O
ANA
ENCONTRO DE APENAS 3 ARESTAS!
Atividade 1
66
• Compare essas atividades com a atividade anterior "Desmontando a caixinha",
registrando abaixo as semelhanças e diferenças observadas, ressaltando os ele-
mentos que tornaram cada questão mais fácil (ou mais difícil) que a inicial.
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• Crie, junto com alguns colegas, outra atividade que seja uma variação das apre-
sentadas.
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Após realizar as atividades já descritas, cada dupla de alunos receberá uma folha com
diversos "moldes", disponível em seguida a esta atividade. As duplas deverão:
Teoria e Prática 5 • Unidade 3
• examinar cada figura e indicar se ela está completa (ou é realmente um mol-
de), ou seja: se apresenta todas as faces necessárias para fechar a caixinha
desejada;
• em caso de considerarem que a caixinha não poderá ser fechada, os alunos
deverão indicar quantas faces estão faltando e desenhá-las;
• em seguida, cada "molde" deverá ser recortado, montando-se a caixinha cor-
respondente a ele para verificar se cada resposta dada estava correta.
67
Teoria e Prática 5 • Unidade 3
Folha com os moldes
68
Veja uma variação dessa atividade, planejada pela professora Elba.
Atividade 2
Professor,
• a partir dessas duas atividades, planeje uma outra situação em que os alunos devem
imaginar como ficará a caixinha depois de fechada e a relação entre as posições de
cada uma de suas faces. Descreva aqui, a atividade planejada por você.
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69
O uso de dobraduras pode contribuir não só para o desenvolvimento de habilida-
des motoras, como também para a criatividade e o estabelecimento de diversas rela-
ções, ampliando e aprofundando os conceitos que o aluno vem trabalhando. Um ma-
terial muito rico em possibilidades é o chamado "triângulo construtor" *, com o qual
os alunos poderão construir figuras planas e não planas: quanto mais eles manipula-
rem esse material, mais figuras conseguirão obter. Veja:
OBSERVAÇÃO
O nome “triângulo constru-
tor” é um nome fantasia, dado
pelo autor P. Patilla, pois com
esse triângulo, pode-se cons-
truir uma coleção de figuras.
Triângulo Construtor
Como sugestão para "aquecimento" dos alunos, apresentamos algumas figuras for-
madas pelo "triângulo construtor", após ter sido dobrado de várias maneiras diferentes:
70
Atividade 3
Até aqui, vimos como, a partir de moldes e recortes em folhas de papel, os alunos
constróem algumas relações entre os sólidos geométricos e as regiões poligonais ou de
outro tipo*, que compõem sua superfície.
* Observação: Nos poliedros, as regiões obtidas são poligonais; nos corpos redondos, as regiões não são poligonais.
71
INDO À SALA DE AULA
OS CONTORNOS
1ª etapa:
Solicite que cada aluno pegue, na sua coleção de caixinhas, uma que tenha a
forma de uma pirâmide de base quadrada.
Professor:
Se achar conveniente, você poderá informar aos alunos o nome "polígono" dado a
cada uma dessas figuras. Como o nome "poliedro", essa nova palavra também vem do
grego: "poli" – muito "gono" - ângulo; ou seja, "figura com muitos ângulos".
O mesmo trabalho de contornar superfícies deverá ser feito com outros poliedros:
pirâmides de diferentes bases, ou vários prismas de diferentes bases, tirados da cole-
ção de caixinhas. Os alunos continuarão obtendo figuras que são polígonos.
Para esta atividade, poderão também ser usados os corpos redondos: cone e ci-
lindro, o que permitirá aos alunos descobrirem que
2ª etapa:
Teoria e Prática 5 • Unidade 3
Você pode, a seguir, propor que coloquem sua criatividade para funcionar, crian-
do belas figuras, a partir dos contornos de algumas faces das caixinhas. Por exemplo:
ESTRELAS
72
Uma atividade proposta por um professor de 4º ano do E. F. foi a seguinte:
BARBANTE
73
Atividade 4
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• que objetivos você está atingindo quando desenvolve uma atividade como essa
com seus alunos?
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Seção 2
A simetria: uma propriedade das ffiguras
propriedade iguras planas e
das não-planas
Para fazer tantas belas obras e lindos objetos em que a simetria está presente, o
homem tem se inspirado na natureza, onde sem dúvida nenhuma, encontramos os
mais encantadores exemplo dessa característica – a simetria – tanto nos reinos ani-
mal, vegetal como no mineral.
Você deve ter percebido que os objetos apresentados acima podem ser repartidos
em duas partes de mesma forma e tamanho, como se fossem espelhados.
Se, de nenhuma maneira você conseguir partir o objeto de modo a obter duas
partes “iguais e espelhadas”, é porque nele não existe simetria.
75
INDO À SALA
SALA DE A
AUL
ULAA
“Misturando-se duas xícaras de farinha de trigo, uma xícara de sal, uma xícara de
água, uma colher de sopa de óleo e um pacote de Ki-suco dissolvido em água, ob-
tém-se uma massa colorida de modelar de ótima qualidade e que, além do mais,
não é prejudicial à saúde.”
“Modele, com a massa, dois objetos. Um que possa ser partido em duas partes iguais
e outro que não possa.”
Em caso de dúvida, sempre é possível partir os objetos construídos com uma faca
de plástico para reforçar a argumentação a favor ou contra.
Os objetos que têm a propriedade de poderem ser partidos em duas partes iguais,
na forma e no tamanho, como se fossem espelhados são denominados objetos simé-
tricos.
76
O arranjo de flores naturais no vaso ao lado nos
mostra bem essa convivência: enquanto o vaso é um
objeto simétrico, o arranjo de flores não é.
Atividade 5
Professor, pense nos objetos relacionados abaixo e registre, na frente de cada um,
se você os considera simétricos ou assimétricos.
Uma configuração com cubos Uma antiga cadeira Uma maquete para escultura,
idênticos como acima. de escritório de Emanuel Araújo, feita em
aço carbono pintado. 1998.
Teoria e Prática 5 • Unidade 3
77
Finalizando
No ensino de matemática, as simetrias das figuras são estudadas para desenvolver
no aluno a capacidade de perceber se duas figuras têm ou não a mesma forma e o
mesmo tamanho, independentemente da posição que ocupam no espaço.
Mas é importante lembrar que nas séries iniciais este deve ser um trabalho lúdico,
fortemente marcado pelo prazer de trabalhar com as cores e pela oportunidade de
criar belas formas através da composição de figuras e da criação de imagens. É, por-
tanto, um trabalho marcado pelo exercício das habilidades de observação, concepção
e representação.
(Adaptado de OCHI, Fusako H. e outros. O uso de quadriculados no ensino da geometria – vol 1 IME/USP)
Lição de casa
Escolha uma atividade da seção 1 e outra da seção 2 desta unidade para aplicar
em sua sala de aula.
Referências bibliográficas
GRANDE, J.J. Percepção espacial e geometria primária. In LINDIQUIST, M.M.. e SHULTE, A.P. (org.) Apren-
dendo e ensinando geometria. São Paulo: Atual, 1994 (p.156 – 167).
Neste texto, o autor discute sobre as habilidades de percepção espacial que podem ser desenvolvidas durante
a aprendizagem de geometria. Além disso, ele propõe algumas “atividades de percepção espacial” que levam
o aluno a superar dificuldades e desenvolver as habilidades descritas na primeira parte do artigo.
CÂNDIDO, S. L. Formas num mundo de formas. São Paulo: Moderna, 1997.
Neste livro, a autora pretende levar o leitor a descobrir, analisar, conhecer alguns atributos das figuras geomé-
tricas, como a planicidade, a dimensão, a convexidade e a forma, não só como interesse da matemática, mas
também porque as figuras e suas propriedades fazem parte do nosso mundo e de tudo que está a nossa volta.
Perguntas e atividades misturam-se ao texto, numa perspectiva de instigar o leitor, levando-o a construir
Teoria e Prática 5 • Unidade 3
modelos para testar suas hipóteses a respeito das figuras geométricas e resolver problemas que as envolvem.
CROWLEY, M. L. O modelo Van Hiele de desenvolvimento do pensamento geométrico. In LINDQUIST, M. M.
e SHULTE, ª P. (org.). Aprendendo e ensinando Geometria. São Paulo: Atual, 1994 (p.1-20)
Neste artigo, o autor comenta sobre os “vários níveis de compreensão que descrevem características do proces-
so de pensamento geométrico” , pelos quais é possível que os estudantes de geometria passem, segundo o
modelo de Van Hiele. No texto, a visualização, a análise, a dedução informal, a dedução formal, e o rigor – os
níveis de compreensão do modelo Van Hiele – são amplamente explicados e exemplificados, além de serem
complementados com comentários sobre: propriedades desse modelo.
79
Geometria I
Unidade 1 - Seção 1
Atividade 1
Resposta pessoal.
Atividade 2
a) A casa de Maria e o livro são objetos principais a serem localizados. Entretanto, para localizá-
los a pessoa também precisa localizar a quadra, o bloco, o andar, o apartamento, a cozi-
nha, a saleta, a parede e a mesa.
b) Quadra 305-sul, bloco F 4º andar, apartamento 45. Sobre a mesa da saleta que fica ao lado
da cozinha.
Atividade 3
Resposta pessoal.
Muitos exemplos já foram dados antes dessa atividade.
Atividade 4
a) na foto (2)
b) o palhaço Pipoca
Atividade 5
a) João utilizou seu próprio corpo.
b) Saindo pelo portão, João vira à esquerda, 1a à direita, 1a à direita, 1a à esquerda; 1a à
esquerda, caminha um quarteirão para chegar à casa de Júlio.
c) Resposta pessoal. Uma possível resposta: saindo pelo portão, João vira à direita, 2a à es-
Teoria e Prática 5 • Correção das atividades de estudo
Atividade 6
a) b) Deve percorrer a Estrada de Baixo e abastecer no posto G, pois:
Na Estrada de Cima: 450 está entre 30+200+50 e 50+200+30+200, isto é, 450
está entre 280 e 480.
Como 400 é maior que 280, podendo andar até 450 km ele vai preferir a Estrada de Baixo e
abastecer no posto G que está a 400km de Brejo Seco.
83
Atividade7
a)
Resposta
b) O cruzamento fica na 2a rua ao sul do Rio Doce com a 1a rua a oeste da Av. do Moínho.
c) Sentido norte/sul e sentido sul/norte.
d) Sentido leste/oeste e sentido oeste/leste.
Atividade 8
a) Quadro A: Descrição do caminho percorrido pelo coelho: 3 quadrinhos em frente;
5 quadrinhos à direita;
Quadro B: 4 quadrinhos à esquerda;
caminho percorrido 2 quadrinhos à esquerda;
pela joaninha. 2 quadrinhos à direita;
7 quadrinhos à esquerda;
2 quadrinhos à direita;
11 quadrinhos à direita.
84
f) Resposta pessoal
Possíveis habilidades:
- Localizar-se no espaço, mediante um referencial escolhido.
- Descrever um caminho.
- Interpretar a descrição de um caminho representando-o ou vice-versa, representar um ca-
minho mediante sua descrição.
Unidade 1 - Seção 2
Atividade 9
a) b) Resposta pessoal.
Uma atividade como “Contando uma História” já tem sido desenvolvida com crianças que
estão no 1o ano de escolaridade, porque ela não exige nenhum conhecimento específico de
Geometria, mas apenas criatividade, cooperação, ousadia, e isso as crianças de 7/8 anos têm
de sobra.
Essa atividade pode ser desenvolvida com os objetivos de:
Teoria e Prática 5 • Correção das atividades de estudo
• Familiarizar os alunos com os objetos com os quais vão trabalhar daqui para frente.
• Dar condições aos alunos de lidar informalmente com a ocupação do espaço por vários
objetos e sua localização uns em relação aos outros.
• Representar e ordenar os acontecimentos de uma história.
• Integrar e socializar as crianças que estão iniciando a escolaridade (em muitos grupos ela
tem servido como quebra-gelo).
• Desenvolver atitudes de cooperação e respeito ao colega, no que se refere às suas idéias, à
sua argumentação, à sua criação etc.
Atividade 10
Resposta pessoal.
85
Unidade 1 - Seção 3
Atividade 11
Resposta pessoal.
Uma possível resposta:
a) apontei a bola;
b) ela é redonda e os outros objetos não são.
Atividade 12
Atividade 13
a) Resposta pessoal.
Uma possível resposta
Atividade 14
Resposta pessoal.
Outras diferenças são mencionadas no próprio texto, após os quadros com prismas e pirâmi-
des.
86
Lição de Casa
a) marcar com x as faces de 1, 4, 5 e 7
# as faces de 2, 3 e 6
b) nº de nº de nº de
nº vértices faces arestas
P (1) 6 5 9
r
i (4) 8 6 12
s
m (5) 10 7 15
a
s (7) 8 6 12
P (2) 5 5 8
i
r (3) 4 4 6
â
m (6) 6 6 10
i
d
e
s
Unidade 2 - Seção 1
Atividade 1
Resposta no próprio texto.
Atividade 2
a) Muitas são as caixas que poderão ser construídas. Por exemplo:
• Usando os 6 quadrados (Q1, Q2, Q3...Q6) constrói-se um cubo.
• Com um dos retângulos maiores (R5, por exemplo) e os dois círculos (C1 e C2), constrói-se
um cilindro.
• Com os quatro retângulos médios (R6, R7, R8, R11) e os dois pequenos (R9, R10) constrói-se
um prisma retangular (paralelepípedo).
• Com o hexágono (H) e os 6 triângulos grandes (T1, T2, T3, T4, T5, T6) constrói-se uma pirâ-
Teoria e Prática 5 • Correção das atividades de estudo
87
2. Nesse caso, fica muito claro que cada uma das figuras do ANEXO 9 - é uma figura plana
(todos os seus pontos estão no plano da folha do Anexo 9). Cada caixinha construída pelos
alunos é uma figura não plana: ao apoiá-la sobre a mesa, apenas 1 de suas faces fica sobre
o tampo da mesa, as demais ficam fora dele.
Atividade 3
a) Resposta pessoal.
b) Sugestão: Pode-se, por exemplo, sugerir que os alunos escolham, uma figura que gostari-
am de construir, usando algumas caixinhas de sua coleção:
• A figura mais votada deverá ser construída por todos os alunos.
• Suponhamos que a figura é “um foguete”. Então, cada aluno escolherá, em sua coleção,
as caixinhas que considera adequadas para a sua construção.
• Após todos terem construído seu “foguete”, peça que o representem com um desenho,
em seu caderno.
• Prontos todos os trabalhos, cada aluno deixa expostos, em sua carteira, a construção
com as caixinhas e o desenho.
• Todos os alunos serão convidados a percorrerem as carteiras, apreciando os trabalhos
realizados por todos os colegas.
Unidade 2 - Seção 2
Atividade 4
A atividade “Vamos criar um produto?” envolve conhecimento de Geometria: quando o aluno
constrói a caixinha; Educação Artística: quando ele decora a caixa, de acordo com o “produto”
que vai ser embalado nela;
Língua Portuguesa:
1) quando deve ser produzido um texto em que haja a propaganda do
“produto” que o aluno criou;
2) quando o aluno comunica oralmente a seus colegas o desenvolvimento
Teoria e Prática 5 • Correção das atividades de estudo
de seu trabalho: a escolha do “produto”, a montagem da caixinha, os
argumentos utilizados na propaganda feita para o “produto” etc.
Atividade 5
Resposta pessoal.
Unidade 2 - Seção 3
Atividade 6
a) Resposta pessoal.
b) Resposta pessoal.
c) Sugestão: integração com Artes (compor figuras com os blocos e depois desenhá-las e colo-
rir o resultado), Estudos Sociais (construir uma cidade; ou algum meio de transporte; ou
um viaduto; etc).
88
Atividade 7
Resposta pessoal.
Respostas das questões propostas nos quadros ”Indo à sala de aula”:
No quadro “Novas construções” - com 10 cubinhos não se pode construir um cubo, pois ele
deve ser formado por pilhas que tenham a mesma quantidade de tijolinhos no comprimento,
largura e altura:
2 x 2 x 2 = 8 tijolinhos 3 x 3 x 3 = 27 tijolinhos
3 x 4 x 2 = 24
Poderia ser também:
6 x 2 x 2 = 24 tijolinhos ou
12 x 2 x 1 = 24 tijolinhos
3 x 3 x 2 = 18 tijolinhos
No quadro “Vamos contar tijolinhos?”, os totais de peças nas figuras são: 1ª figura: 3 peças; 2ª
figura: 12 peças; 3ª figura: 32 peças; 4ª figura: 9 peças.
Lição de Casa
Respostas pessoais.
Respostas das questões do quadro “Vistas Superiores”: questão 2.
vista A: resposta no texto
89
vista B: construção II
vista C: construção VI
vista D: construção I
vista E: construções III e VII
Unidade 3 - Seção 1
Atividade 1
• Tanto na atividade “Desmontando a caixinha” quanto nas atividades das professoras Elba e
Ana, a proposta é estabelecer relações entre as figuras planas - as faces dos prismas (o
paralelepípedo ou o cubo) e as figuras não planas, que são as caixinhas.
Na 1ª atividade, a caixinha está pronta e é desmontada: passa-se da figura não plana para
a plana.
Nas atividades das professoras Elba e Ana, são dadas as faces (figuras planas) e deve ser
construída a caixinha (figura não plana).
• As demais respostas são pessoais.
Resposta da atividade proposta pela professora Ana: moldes corretos do cubo: B, E.
Atividade 2
Resposta pessoal.
Atividade 3
Resposta pessoal.
Atividade 4
• Nenhuma das caixinhas fecha, pois as dimensões de cada um de seus elementos não estão
adequadas.
• Essa atividade ajuda os alunos a se apropriarem da forma do cilíndro e da forma do cone.
Unidade 3 - Seção 2
Atividade 5
Objetos simétricos:bola de bilhar – violão – cadeira
Os demais não são simétricos: maquete para escultura – enfeite de metal
configuração com cubos idênticos
Lição de Casa
Reposta pessoal.
90
Geometria 1: Características das Figuras
5 e Representações
Ati vidade: Sessão Presencial Introdutória (1 h)
Atividade:
Professor,
Todos sabemos que, durante algum tempo, o trabalho com as figuras geométricas e
suas propriedades ficou bastante marginalizado, nos currículos escolares de todo o
mundo. Assim, muitos de nós, professores, não tivemos a experiência necessária com
o tema, o que tem produzido um certo desconforto para trabalhá-lo com nossos alu-
nos.
A finalidade desta Oficina é, portanto, oferecer condições para que você se envolva
com o mundo das figuras geométricas, analisando modelos de algumas mais usuais,
bem como descobrindo alguns de seus elementos e propriedades fundamentais.
Para essas atividades, você vai precisar de alguns materiais como, régua, tesoura,
cola, fita adesiva e... muita disposição para examinar, experimentar, construir, estabe-
lecer relações e tirar conclusões.
1ª Atividade
Oficina de Formação de Professores • TP5 • Sessão Introdutória
Professor, você vai descobrir maneiras de montar uma caixa, a partir de diversos
materiais. Essa montagem vai auxiliá-lo a construir seu próprio material de ensino.
Também para os alunos, atividades desse tipo são fundamentais para que eles de-
senvolvam habilidades como: visão espacial, esclarecimento de relações posicionais
entre objetos, estimativas de medidas.
Essas habilidades só são desenvolvidas a partir da ação. Assim, você também deve
construir as figuras, avaliando as possíveis facilidades ou dificuldades que seu aluno
poderá encontrar ao desenvolver esse tipo de atividade.
1. Descubra quantos e como são os polígonos com os quais se pode montar uma
caixa como essa.
_______________________________________________________________
2. Desenhe, em uma folha de papel, os polígonos necessários para construir uma
caixa com mesma forma e mesmas medidas do modelo que você recebeu do
formador.
93
3. Recorte e cole esses polígonos, montando o novo cubo.
Agora, juntamente com todos os colegas, discuta a respeito das conclusões a que
chegaram.
2ª Atividade
Você viu como é possível, a partir de 6 regiões quadradas, montar um cubo. O
mesmo você pode fazer, utilizando um material que é bastante adotado: os moldes.
Nesse anexo, você encontra algumas figuras, marcadas pelas letras de A a H, que
podem ou não representar moldes de cubo.
1. Decida quais delas representam moldes de cubos e marque com X a letra corres-
pondente.
( )E ( )F ( )G ( )H
2. Justifique por que algumas das figuras não são moldes do cubo. Em caso de
dúvida, recorte a figura e tente montar a caixa.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
94
3. Recorte as figuras que você considerou como moldes do cubo e monte as
caixinhas.
Que habilidades os alunos estarão desenvolvendo a partir do desenvolvimento
das atividades 1 e 2?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Oficina de Formação de Professores • TP5 • Sessão Introdutória
95
Geometria 1: Características das Figuras
5 e Representações
Ati vidade: Sessão Presencial Semanal (2 h)
Atividade:
Unidade 1: Características Geométricas das Figuras
Professor,
Na oficina de hoje você terá a oportunidade de refletir juntamente com seus cole-
gas sobre o que leu na unidade 1 do TP5, tanto do ponto de vista do ensino da Geome-
tria, quanto do ponto de vista do conteúdo lá discutidos.
Você deve ter em mãos as caixinhas montadas a partir dos moldes contidos nos
anexos do TP5 e uma bolinha.
1ª Atividade (individual)
1. Escolha uma dentre essas caixinhas e coloque-a sobre a mesa. A seguir, faça um
desenho a mão livre, no quadro abaixo, para representar a caixinha que você
está vendo.
Oficina de Formação de Professores • TP5 • Unidade 1
97
3. Se você escolheu inicialmente um poliedro, escolha agora um corpo redondo (e
vice-versa) para representá-lo abaixo.
4. Observando as duas caixinhas que você escolheu, faça uma lista de semelhanças
e diferenças entre elas.
SEMELHANÇAS DIFERENÇAS
98
2ª Ati vidade (em par
Atividade es)
pares)
Junte sua coleção de caixinhas com a de um colega. Não esqueça de incluir as
bolinhas nesse material.
Separem os corpos redondos da nova coleção e guarde-os. Vocês vão trabalhar so-
mente com os poliedros.
Prisma Pirâmide
(C) (D)
___________ ____________
___________ ____________
99
___________ ____________
___________ ____________
100
Geometria 1: Características das figuras
5 e Representações
Ati vidade: Sessão Presencial Semanal (2 h):
Atividade:
Unidade 2: Moldes e Modelos
Professor,
É bem possível que vocês tenham respondido que em cada campo do Anexo 2 te-
mos as faces de uma caixa.
b) Vocês consideram que, em todos esses casos, é possível montar uma caixa com
todos os elementos? Justifiquem sua resposta.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
101
c) Façam uma previsão de como cada uma dessas caixas ficará, depois de monta-
das. Representem as caixas montadas no campo abaixo.
Caixa 1 Caixa 2
Caixa 3 Caixa 4
Caixa 5
Agora, vocês vão desenvolver um projeto de criação de um produto que possa ser
acondicionado numa caixa. Para tanto, sigam os procedimentos indicados abaixo.
d) Escolham um caixa para ampliar. Usem o Anexo 3 para fazer a ampliação das
faces; colem essa ampliação numa cartolina e recortem as faces.
e) Criem um produto que será acondicionado nessa caixa. Para tanto:
• escolham o tipo de produto e o nome;
• definam a clientela a que se destina o produto.
102
f) Elaborem um texto publicitário para a divulgação do produto, registrando-o nas
linhas abaixo.
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
g) Criem uma caixa com a forma de bloco retangular, que possa embalar meia
dúzia de caixinhas iguais às que vocês construíram. Coloquem-se no lugar do
produtor e economizem na construção dessa embalagem:
• determinem as medidas que ela deve ter,
• façam um molde dessa caixa,
• montem a caixa.
103
Geometria 1: Características das Figuras
5 e Representações
Ati vidade: Sessão Presencial Semanal (2 h)
Atividade:
Unidade 3: Figuras planas e não planas
Professor,
Hoje você está finalizando o trabalho com o caderno de Teoria e Prática 5, refletin-
do e discutindo sobre o ensino de Geometria, principalmente no que se refere a:
Para tanto, você vai fazer algumas atividades individualmente para depois discutir
sobre elas com seus colegas.
1ª Atividade (individual)
Vamos construir um triângulo construtor (TC) maior do que o que foi sugerido no
TP5?
Você vai precisar de 1 folha de papel sulfite, lápis, régua e compasso. Agora é só
seguir as indicações.
Oficina de Formação de Professores • TP5 • Unidade 3
• Fixe a ponta seca do compasso numa das extremidades (A) desse lado e abra-o
até a ponta com grafite atingir a outra extremidade (B) do segmento.
105
• Com o compasso aberto dessa maneira, você pode transportar o lado de 16cm
para qualquer lugar da folha.
• Mantendo a ponta seca do compasso em A, gire-o, marcando no papel uma par-
te de circunferência.
• Para fazer os triângulos internos, divida cada lado do triângulo ABC em 4 partes
iguais, usando a régua.
106
• Com a régua, ligue cada 2 pontos, obtendo segmentos paralelos aos lados do
triângulo ABC.
Recorte seu triângulo construtor da folha, dobre-o nas linhas obtidas, vincando
bem cada uma delas.
2ª Atividade (individual)
a) Com seu triângulo construtor, dobre-o convenientemente nos vincos obtidos e
construa:
* uma pirâmide * um octaedro
* um trapézio * um hexágono
* um paralelogramo
Oficina de Formação de Professores • TP5 • Unidade 3
b) Dessas figuras construídas com o triângulo construtor, quais são planas? Quais
não são? Por quê?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
c) Das figuras não planas que você construiu com o triângulo construtor, quais são
simétricas? Por quê?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
107
3ª Atividade (em grande grupo)
Terminadas as 2 atividades anteriores, você deverá discutir com seus colegas, no
grande grupo:
108
Oficina de Formação de Professores • TP5 • Anexos
5
Anexo 1
(D)
(A)
(G)
(B)
(E)
(H)
(C)
(F)
109
Oficina de Formação de Professores • TP5 • Anexos
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 1
Anexo 2
111
Oficina de Formação de Professores • TP5 • Anexos
Grupo 5
Anexo 2
Grupo 4
113
Oficina de Formação de Professores • TP5 • Anexos
5
Anexo 3
115
5 Anexo 1 - Unidade 1
Caixa I
Teoria e Prática 5 • Anexos
117
5 Anexo 1 - Unidade 1
Caixa I
Teoria e Prática 5 • Anexos
119
5 Anexo 1 - Unidade 1
Caixa I
Teoria e Prática 5 • Anexos
121
5 Anexo 2 - Unidade 1
Caixa II
Teoria e Prática 5 • Anexos
123
5 Anexo 3 - Unidade 1
Caixa III
Teoria e Prática 5 • Anexos
125
5 Anexo 4 - Unidade 1
Caixa IV
face 4
face 5
Teoria e Prática 5 • Anexos
127
5 Anexo 5 - Unidade 1
Caixa VI
Caixa V
Teoria e Prática 5 • Anexos
Caixa VIII
Caixa VII
129
5 Anexo 6 - Unidade 1
Cilindro
Teoria e Prática 5 • Anexos
Cone
131
5 Anexo 7 - Unidade 1
Caixa IX
Caixa X
Teoria e Prática 5 • Anexos
133
5 Anexo 8 - Unidade 1
Caixa XI
Caixa XII
Teoria e Prática 5 • Anexos
135
5 Anexo 9 - Unidade 2
R1 Q1 R5
C1 C2
R2 Q2
R3 Q3
T1 T2 T3
R4 Q4
T4
T5 Q5
R6 R7 R8
T6
Q6
Teoria e Prática 5 • Anexos
R9 R10 R11
T7 T8 T9 T10
Polígonos e Círculos
137
PROGRAMA GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR
GESTAR I
Língua Portuguesa
Maria Antonieta Antunes Cunha
Doutora em Letras - Língua Portuguesa
Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG
Professora Adjunta Aposentada - Língua Portuguesa - Faculdade de Letras
Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG
Matemática
Cristiano Alberto Muniz
Doutor em Ciência da Educação
Universidade Paris XIII
Professor Adjunto - Educação Matemática - Faculdade de Educação
Universidade de Brasília/UnB
EQUIPE EDITORIAL
Assessoria Pedagógica
Maria Umbelina Caiafa Salgado
Consultora - DIPRO/FNDE/MEC
Coordenação Geral
Suzete Scramim Rigo - IQE
Coordenação Pedagógica
Regina Maria F. Elero Ivamoto - IQE
Elaboração
Marília Barros Almeida Toledo - Matemática - IQE
Suzana Laino Cândido - Matemática - IQE
Maria Valíria Aderson de Mello Vargas - Língua Portuguesa - IQE
Kahori Miyasato - Língua Portuguesa - IQE
Produção Editorial
Instituto Qualidade no Ensino - IQE